PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, março 05, 2013

HORA EXTRA [In:] O ÚLTIMO MOICANO

...

Morre o presidente venezuelano Hugo Chávez
Morreu nesta terça-feira, 5, aos 58 anos, o presidente venezuelano Hugo Chávez. Ele estava internado em um hospital militar de Caracas após passar dois meses em Cuba tratando um câncer.

O vice-presidente, Nicolás Maduro, anunciou que o líder bolivariano morreu 16h25 (horário de Caracas). Mais cedo, durante discurso feito após uma reunião com ministros, governadores e o alto comando militar no Palácio de Miraflores, Maduro afirmou que Chávez enfrentava o “momento mais difícil da luta contra o câncer”.

Presente na vida política da Venezuela há pelo menos 20 anos, o tenente-coronel da reserva Hugo Rafael Chávez Frias atraiu ódio e amor da população na mesma medida. Seus partidários o viam como o líder que tirou milhões da miséria e reduziu a pobreza de 42% para 9,5%. Os detratores o descreviam como um caudilho populista que vergou ao limite as regras da democracia, eliminando a independência entre os poderes, manobrando programas sociais em troca de votos e perseguindo a imprensa.

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Vida política

Chávez apareceu pela primeira vez no cenário político venezuelano ao tentar derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez em um golpe de Estado frustrado, em 1992. O militar foi preso e cumpriu pena por 2 anos. Em 1998, decidiu aderir ao processo democrático. Organizou uma campanha centrada no contato próximo da população mais pobre e foi eleito com 56% dos votos.

Após assumir o poder, propôs alterar a Constituição em um referendo, do qual saiu vitorioso. Ganhou nova eleição em 2000, com quase 60% dos votos. Em 2002, sofreu uma tentativa de golpe, mas ficou apenas dois dias fora do poder. Dois anos mais tarde, venceria um referendo sobre sua saída da presidência.

Com sua reeleição em 2006 e a disparada do preço do petróleo no mercado internacional, aprofundou seu projeto de poder, batizado de socialismo do século 21. Nacionalizou empresas e ampliou os gastos sociais. Na época, a oposição decidiu boicotar as eleições parlamentares, dando controle total do Legislativo aos chavistas.

Em 2007, consultou os venezuelanos sobre o fim da limitação para a reeleição e sofreu sua única derrota eleitoral, revertida depois num referendo.

Em outubro de 2012, foi eleito para um quarto mandato que o credenciava a permanecer por 20 anos seguidos na presidência da Venezuela. Com 55% dos votos, o líder bolivariano havia prometido, durante a comemoração da vitória, ser “um presidente melhor do que tem sido”. Logo após a vitória, Chávez nomeou o então chanceler Nicolás Maduro como seu vice-presidente.

O câncer

O maior abalo de Chávez ocorreu em 2011, quando descobriu que sofria de um câncer pélvico.

Os detalhes da doença e do tratamento nunca foram divulgados.

Chávez passou por quatro cirurgias em um ano e meio, a última ocorreu em dezembro de 2012. O presidente chegou a dizer, em 2011, que estava livre do câncer após ser tratado, mas em dezembro de 2012 anunciou que “células malignas” haviam retornado e ele precisaria de mais uma intervenção cirúrgica.

O líder bolivariano foi a Havana novamente para realizar uma nova cirurgia e retornou para Caracas apenas em fevereiro deste ano. Em dois meses, apenas uma foto do presidente foi divulgada. Com isso, a oposição pressionou o governo diversas vezes para que anunciassem a ausência do presidente e convocassem novas eleições, o que não ocorreu.

Em 18 de fevereiro, Chávez retornou a Caracas de surpresa e ficou internado em um hospital militar para continuar o tratamento do câncer.

XÔ! ESTRESSE [In:] ''VADE RETRO, ...! "

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ELEIÇÕES 2014: ''COMO PODE UM PEIXE VIVO...''

05/03/2013
Aécio admite disputar o Planalto e acusa Dilma de combater pobreza ' por decreto'

Leonencio Nossa
Enviado especial / Goiânia (GO)


O senador Aécio Neves (PSDB- MG) admitiu ontem a candidatura ao Planalto em 2014 ao participar de um seminário de seu partido em Goiás e disse estar pronto para o confronto com o PT seja no campo social ou no campo econômico. 

"Um governo que acha que a pobreza acaba com um decreto merece ser enfrentado e combatido", afirmou o tucano, que acusou a presidente Dilma Rousseff de estar com foco somente na disputa eleitoral de 2014.

O senador mineiro fez um discurso de 35 minutos para defender mudanças na política social e confrontar os legados dos governos de Fernando Henrique Cardoso com as gestões dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. "Ela (Dilma) não está de olho em 2013, no governo, mas na reeleição em 2014. Na verdade, quem antecipou o debate foi o governo. E nós estamos prontos", disse em entrevista a jornalistas. "Vamos andar pelo Brasil. Basta a ineficiência! O Brasil merece outro momento para sua história."

O pré-candidato do PSDB foi ovacionado por vereadores, prefeitos e simpatizantes do PSDB que cantavam o bordão "Brasil pra frente, Aécio presidente". Questionado ao chegar sobre sua candidatura, respondeu: (Está) na boca do povo".

Aécio rebateu discurso feito por Dilma na convenção do PMDB no último sábado, em que ela afirmou que "os mercadores do pessimismo" apostam "todas as fichas no fracasso do País". "A presidente Dilma acusa a oposição de querer o pior para o Brasil. Nada mais falso. A tese do quanto pior melhor é própria do PT, que negou no passado apoio a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, ao governo Ítamar Franco e ao Plano Real."

"Nós do PSDB não temos que temer absolutamente nada", completou. "Vamos defender em cada canto do País o nosso legado e uma nova agenda."

Pobreza. A militantes tucanos, o senador disse que o governo da "senhora candidata e presidente" Dilma não reconhece que foi Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quem deu o "mais vigoroso impulso" à rede de proteção social. "O PSDB quer a superação da pobreza e isso passa pela educação de qualidade e capacitação profissional."

Segundo ele, o governo Dilma aposta numa "propaganda oficial" para afirmar que a pobreza extrema foi erradicada no País, mas metade da população não tem rede de esgoto e tratamento do lixo. Afirmou que Lula e Dilma receberam do PSDB heranças como a universalização do ensino, o programa de erradicação do trabalho infantil e as iniciativas nas áreas de medicamentos e de combate à Aids.

Reação. "Acabamos de concluir um programa que retirou 22,5 milhões de pessoas da miséria. Esse é um fato. Vamos perguntar para essas pessoas como elas se sentem", rebateu o presidente do PT, Rui Falcão, ao ser questionado sobre a fala de Aécio. O petista ironizou ainda a comparação entre governos do PT e do PSDB e afirmou que Aécio tirou Fernando Henrique da "clandestinidade".

"Não negamos tudo o que o PT fez", disse o senador tucano. "O presidente Lula teve alguns méritos, sim. Ele manteve a política macroeconômica do governo Fernando Henrique e expandiu as políticas sociais do PSDB." 

Aécio disse que os governos petistas não promoveram : "qualquer" melhoria na educação, não avançaram na saúde - uma "tragédia total" - e só promovem pirotecnia na segurança pública, deixando para Estados e municípios 83% dos custos. "Há um aumento da criminalidade." O senador voltou a acusar o governo do PT de levar à bancarrota patrimônios públicos. "A Petrobras é uma demonstração clara do desgoverno."
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UM PARTIDO É BASE DE GOVERNO ou É GOVERNO?

05/03/2013
A 'democratização' petista


O que significa, exatamente, "democratização" dos meios de comunicação, que o Partido dos Trabalhadores (PT) tão insistentemente reclama? 

O Brasil é um país livre e democrático, principalmente quando comparado a regimes totalitários como os de Cuba e do Irã, que o PT apoia mundo afora e onde não existe liberdade de imprensa e de expressão. 

A presidente Dilma Rousseff já cansou de repetir que restrições à liberdade de imprensa estão fora de cogitação em seu governo. 

Mas o PT insiste, como fez mais uma vez na última sexta-feira, por meio de resolução aprovada por seu Diretório Nacional reunido em Fortaleza, sob o título "Democratização da mídia é urgente e inadiável". Com base nessa resolução o PT vai aderir a uma campanha nacional de coleta de assinaturas para a apresentação de projeto popular que defina um novo marco regulatório das comunicações.

A Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada no final do governo Lula, foi uma das mais audaciosas tentativas dos radicais petistas de impor a mordaça aos veículos de comunicação que não se alinham ao lulopetismo. Planejada pelo ex-ministro Franklin Martins com a indispensável aprovação de Lula, a Confecom foi realizada com a participação de pessoas e entidades escolhidas a dedo para elaborar o projeto de um novo marco regulatório das comunicações à moda da esquerda petista - da qual o ex-ministro é um dos luminares, ao lado de José Dirceu e de Rui Falcão. Pouco tempo depois, já na Presidência, Dilma Rousseff engavetou o tal projeto, declarando que preferia "o barulho da democracia ao silêncio das ditaduras".

Mas o PT não toma jeito e continua insistindo, contra a opinião também de seu maior aliado no governo, o PMDB. 

Na convenção nacional realizada no último fim de semana, o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, aprovou, em resposta ao documento petista divulgado horas antes, uma moção de "defesa intransigente da liberdade de imprensa". Numa demonstração clara de que não são apenas as "elites" ou a "mídia oligopolizada e conservadora" que enxergam a intenção petista de censurar a imprensa, declarou o deputado federal Lúcio Vieira Lima, responsável pelo anúncio da moção: "Não podemos permitir que uma agremiação defenda o cerceamento da liberdade de imprensa. (...) Essa moção é em defesa do Brasil".

Mais uma vez, deliberada e maliciosamente o PT embaralha a questão do marco regulatório das comunicações com o controle da mídia, ou seja, a censura. Um novo marco regulatório das comunicações é necessário e urgente, principalmente porque o marco em vigor, anterior ao advento da internet, está há muito tempo defasado. E há questões que precisam ser regulamentadas, especialmente no campo das telecomunicações. Mas a ambição do PT de fazer aprovar o controle da mídia, embutido no novo marco regulatório das comunicações, já se transformou em obstáculo às intenções do Palácio do Planalto de promover a necessária atualização do estatuto em vigor.

No documento divulgado por seu Diretório Nacional, o PT afirma que o "oligopólio" que controla a mídia no Brasil "é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país". Na verdade, o grande obstáculo à transformação da realidade, principalmente a das questões fundamentais da política, tem sido o PT. Em matéria de organização política, há 10 anos no governo o PT faz questão de deixar tudo exatamente como está, pois é o que interessa a seu plano de perpetuação no poder.

Quem escamoteia os fatos e só divulga o que é de seu interesse é o próprio PT, que deu uma demonstração patética disso ao montar um grande painel fotográfico no Congresso Nacional. 

As fotos que ilustram a trajetória do partido ao longo de 30 anos pulam 2005, o ano do mensalão. 

Mas os criminosos condenados José Dirceu e José Genoino aparecem com destaque em fotos relativas, respectivamente, aos anos de 1992 e 2000. É um exemplo daquilo que os petistas entendem por "democratização" da informação.
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ELEIÇÕES 2014. PARAÍBA MASCULINA... (Luiz Gonzaga)

05/03/2013
'Podemos fazer o diabo na hora da eleição', diz Dilma

Em clima de campanha, presidente prega, porém, cautela no mandato; Aécio admite disputar o Planalto

Em viagem à Paraíba, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que na hora da eleição se pode "fazer o diabo", mas, como presidente, é preciso ter cautela. Nas oito horas em que passou no Estado, ela afagou parceiros, garantiu recursos e prometeu investimentos. Também afirmou que a economia brasileira está mais sólida e não sofre tanta influência da crise econômica mundial. "Nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, temos de respeitar o povo", disse a presidente. O discurso foi feito no mesmo dia em que Aécio Neves admitiu, em Goiânia, sua candidatura ao Planalto e disse estar "pronto para o confronto" com o PT. "Um governo que acha que a pobreza acaba com um decreto merece ser enfrentado e combatido", afirmou. "Ela (a presidente Dilma) não está de olho em 2013, no governo, mas na reeleição em 2014."

Petista prega cautela no mandato e diz que só na eleição "se faz o diabo"

Mana Rizzo
Enviada especial / Itatuba (PB)


Rodeada por ministros, prefeitos, parlamentares e aos gritos de "poderosa" vindos de uma plateia formada por movimentos sociais, a presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem na Paraíba, Estado comandado pelo PSB. Ela disse que na hora da eleição se pode "fazer o diabo", mas, como presidente, é preciso ter cautela. Nas oito horas em que passou em solo paraibano, Dilma afagou parceiros, garantiu recursos, prometeu investimentos e colocou à disposição de aliados o cofre do governo federal.

"Nós podemos disputar eleição. Nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, nós temos que respeitar o povo", disse a presidente.

A visita desmarcada outras vezes ocorreu em meio a disputa envolvendo o Planalto e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato a presidente em 2014.

Dilma tenta acalmar os ânimos do PSB ao mesmo tempo que manda recados de que não abre mão do eleitorado do Nordeste, conquistado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Com afagos ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e com o peso da caneta federal, tenta manter o paraibano na órbita do Planalto.

Usando uma das vitrines de seu governo, o Minha Casa Minha Vida, a presidente disse que não vai aceitar o uso político do programa. "Essas casas foram feitas com o dinheiro de vocês. Eu represento vocês aqui quando entrego a casa. Eles, os que recebem a casa, não devem nada a ninguém", disse Dilma, ao entregar chaves das unidades para famílias de baixa renda.

"Meu governador". Nos dois discursos que fez, a presidente elogiou diversas vezes o "meu governador Ricardo Coutinho" e prometeu repasse de verbas e novas parcerias. Coutinho apresentou uma série de reivindicações, que chamou de desejos, e Dilma prometeu atendê-los.

Os dois passaram o tempo todo juntos, causando desconforto no prefeito de João Pessoa, o petista Luciano Cartaxo, adversário político de Coutinho.

Da capital, a presidente seguiu para um almoço na casa da família do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), em Campina Grande. Em seguida, voou até a barragem de Acauã.

"Essa obra é um símbolo do apreço e da prioridade que esse governo tem com a questão da água", disse Dilma; ao assinar a ordem de serviço na barragem Acauã-Araçagi.

Seca. O discurso foi também uma resposta às criticas de que o governo federal tem feito pouco pela seca que atinge a região há meses. Segundo Dilma, o governo faz obras emergenciais e também estruturantes porque não quer que o nordestino viva de carros-pipa.

"Muitas". A obra de quase R$ 1 bilhão só deve ficar pronta em 2015. Após Coutinho afirmar que espera a presidente para anunciar a conclusão das obras, Dilma disse que voltará ao Estado. "Essa foi a primeira visita de muitas", repetiu durante o dia.

Além de João Pessoa e Campina Grande, cidade governada pelo PSDB, Dilma foi a Itatuba, onde inaugurou um canal de interligação as obras da transposição do São Francisco.

Dilma elogiou os paraibanos, a história de resistência do Estado e as "mulheres-machos".

... ATÉ QUE A URNA OS SEPAREM


Dora Kramer

Cenas de um casamento


No fim tudo se ajeita. Com palanques unificados ou diversificados, PT e PMDB estarão juntos em torno da eleição presidencial de 2014 se assim for considerado da conveniência de cada um deles.

Embora dependa muito mais do êxito da administração Dilma Rousseff, das artimanhas do ex-presidente Lula e da popularidade de ambos para ganhar, ao PT interessa a companhia da, ainda, mais bem plantada máquina partidária País afora.

Dilma não ganhou em 2010 porque Michel Temer era seu vice, entenda-se. 

Ninguém está dizendo isso. Mas a ajuda do PMDB - em acréscimo de tempo de televisão no horário eleitoral e/ou em engajamento das "bases" regionais - foi essencial notadamente por não estar nas mãos do adversário.

O PMDB por si não ganha nada. Fazia parte da chapa de José Serra em 2002, lembre-se. À labuta de lançar candidatura própria prefere o conforto da carona no barco que lhe parece com mais chance de atracar no porto seguro.

Por ora o que representa essa segurança é a candidatura de Dilma à reeleição ou qualquer outra arquitetura que Lula resolva montar para 2014. Em qualquer caso o PMDB é aliado valioso.

Portanto, deve-se conferir peso relativo aos termos em que estão sendo discutidas nessa etapa da largada as alianças dos dois parceiros nos Estados, notadamente nos três maiores e mais importantes colégios eleitorais, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

Ambos almejam candidaturas próprias para governador. É natural que quem tem o comando da disputa nacional queira assegurar o chamado "palanque único". Ao mesmo tempo, o PMDB não pode relaxar ao ponto de sempre abrir mão em prol do PT.

Se for compassivo em excesso corre o risco de, ao longo do tempo, ir se enfraquecendo e perder seu grande patrimônio que é o poder local. Este permite a formação de grandes bancadas na Câmara e no Senado e lhe assegura influência no plano nacional.

Daí a necessidade de fazer seu jogo na medida do conveniente e, quando possível, mediante acordo de boa convivência, disputando com o PT. 

Normal, então, que petistas e pemedebistas nessa altura estejam marcando território.

Em São Paulo o PMDB ensaia apresentar candidato e o PT diz que não desiste: quer disputar para levar adiante o projeto de desalojar o PSDB do governo do Estado depois de lhe tirar poder sobre a prefeitura da capital. Aqui, tudo indica, se houver confronto, o PT leva a melhor.

No Rio o PMDB tem o governo no Estado que, por sua vez, tem candidato: o vice do governador Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, figura querida, eficiente, distante de escândalos, prestigiada no Palácio do Planalto, mas, segundo os enfronhados na política fluminense, sem o que se convenciona chamar de densidade eleitoral para dizer que a pessoa não tem votos.

O PT tem o senador Lindbergh Farias, eleito senador em 2010 vindo de dois mandatos como prefeito na baixada fluminense e, portanto, já devidamente testado e bem sucedido nas urnas.

Além disso, os petistas já abriram mão da candidatura de Lindbergh para o governo há dois anos e o partido sofre até hoje o trauma da intervenção da direção nacional em favor de uma aliança com Anthony Garotinho. Aqui a probabilidade é a de que haja dois palanques ou que o PT consiga impor sua vontade, mas não será fácil.

Em Minas, o PMDB cedeu na eleição municipal. Havia vencido uma duríssima queda de braço na disputa anterior, quando o PT tirou o time e foi à derrota com Hélio Costa. Dificilmente vai querer repetir a fórmula.

Nada disso abalou a aliança em torno do grande prêmio que é a Presidência da República, vale dizer, acesso irrestrito à máquina federal.

Se for de interesse de ambos, PT e PMDB podem brincar separados o carnaval de 2014 nos Estados e, mesmo assim, preservar os termos do acordo pela conquista do prêmio principal.
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IMPOSTÔMETRO. CUSTO BRASIL e FOME DE LEÃO

05/03/2013
Visão do Correio 

:: Uma carga pesada demais


O debate em torno do custo Brasil e das medidas indispensáveis para estimular o investimento privado e reanimar a economia não pode passar ao largo do peso dos tributos pagos pela sociedade. As recorrentes questões da reforma do Estado – para torná-lo mais eficiente e menos caro – e da reforma tributária – para reduzir o custo e a burocracia suportada pelo contribuinte – têm sido evitadas por pressão do calendário eleitoral, mas o custo dessa postergação tem sido alto demais.

Estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), organização privada e independente, confirma e dá números à sensação que todo empreendedor e os consumidores mais esclarecidos não param de experimentar: a taxação no Brasil não para de crescer.

Em 2012, a carga tributária bateu recorde ao atingir 36,27% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, nem mesmo a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos, móveis e eletrodomésticos, em boa parte do ano, foi capaz de impedir o avanço da arrecadação. 

Em 2011, a relação da carga com o PIB tinha sido de 36,02%. Proporção que mantém o Brasil entre os países que mais cobram impostos dos seus cidadãos, muito acima dos demais emergentes e dos vizinhos da América do Sul. 
E esse crescimento da carga tributária como proporção do PIB não tem guardado relação com a da expansão da economia, evoluindo mesmo nos anos de atividade menos aquecida. Os especialistas do IBPT recordam que ela era de 22,39%, em 1986. Em 1990, já tinha pulado para 29,91%. Em 2000, passou para 34,22%. O IBPT calcula que o total arrecadado em 2012 pela União, estados e municípios somou R$ 1,59 trilhão.

Ou seja, cada brasileiro, não importa a idade ou a renda, pagou em média R$ 8.230,31 em impostos no ano passado, um aumento de 5,93% em relação à media paga em 2011, para um crescimento de apenas 0,9% do PIB.É certo que, por ter a maioria dos tributos ocultos no preço das mercadorias e serviços, a maioria das pessoas não tem a exata dimensão do quanto a carga tributária tira da capacidade de consumir e de poupar do brasileiro, que, por ter serviços públicos deficientes e de baixa qualidade, é obrigado a pagar pela sua segurança particular (porteiros e vigias), pela saúde (planos de operadoras) e pela educação (colégios particulares.

Em recente estudo, que tomou dados de 30 coletados em 2011 pela Organização para a Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela ONU, o próprio IBPT comparou a carga tributária com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para concluir que o Brasil ocupa o último lugar no ranking de retorno dos impostos em forma de bem-estar da população. Perde feio da Argentina (21º lugar). 

Mais feio ainda do Uruguai (13º). 

Os campeões são a Austrália, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão. Todos eles com carga tributária abaixo de 28%. É hora de encarar essa realidade e o fato de que, em 2012, o sistema tributário brasileiro consolidou-se como um equivocado e injusto mecanismo de concentração de poder político: 69,96% do bolo ficou com a União.
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PÃO, PÃO, SEM MANTEIGA

05/03/2013
Política econômica - gestão à deriva 

:: Paulo Paiva


A inflação cresce e o PIB desacelera. Será que o governo mudou o rumo da política econômica? Amplia-se no mercado a convicção de que o tripé macroeconômico foi abandonado, embora autoridades governamentais insistam em dizer que não. 

O debate sobre opções de política econômica toma maior espaço na mídia, por meio do embate entre convicções ideológicas: neoliberais, de um lado, e neokeynesianos, de outro. Será que o baixo crescimento econômico e a aceleração inflacionária resultam de mudança na estratégia ou de inadequada gestão dapolítica econômica? 

Analistas mais pragmáticos e com experiência na administração pública concordam que, diante do novo cenário internacional, há necessidade de revisão na orientação da política econômica. Redução das taxas de juros, política fiscal anticíclica e alguma proteção à produção doméstica compõem um leque de novas opções no ambiente atual. Mas sem gestão eficiente os resultados não chegam.

No âmbito da política macroeconômica, falta coerência entre decisões tomadas nas diferentes áreas. 

O compromisso com a meta anual de 4,5%de inflação parece ter sido abandonado, embora o Banco Central insista em não admitir. A principal arma para fazê-la convergir para o centro da meta - a taxa de juros-não tem sido utilizada. 

Ao contrário, são adotados procedimentos pouco usuais em economias maduras, como "congelamento" de preços de combustíveis e postergação nos ajustes de preços de passagens de ônibus. Um importante instrumento de auxílio à política monetária - a meta de superávit primário -não é corretamente usado. 

Nesse caso, o governo lança mão de artifícios contábeis para encobrir o desacerto na gestão orçamentária. A expansão do crédito do BNDES se faz à custa do aumento da dívida bruta. A política fiscal não contribui para a estabilidade monetária.

A política cambial passou a seguir objetivos opostos. Ora a intervenção no câmbio visa a estimular a produção industrial, e toma-se desvalorização do real. Ora visa a conter a alta de preços, e toma-se valorização do real. Tudo dentro de um ambiente externo cujo impacto nas variações das moedas é maior do que o que o governo pode fazer. Bastou um possível sinal de instabilidade na Itália e lá foi o dólar para cima, tomando inócuo o esforço de sua desvalorização, dias atrás.

No âmbito dos investimentos em infraestratura há também grandes incoerências. De um lado, a correta decisão de estimular a participação do capital privado para melhorar a infraestrutura não tem correspondência no formato das concessões. 

No caso dos aeroportos, o modelo impõe a participação de empresa pública; no caso das rodovias, as taxas internas de retomo são inferiores à remuneração de títulos públicos e, para compensar, oferece-se o erédito subsidiado do BNDES. De outro lado, a opção, também correta, de rever a estrutura de preço da energia resultou na perda no valor de várias empresas, como Cemig e Eletrobrás, porque o processo não seguiu o caminho natural do diálogo e do respeito aos contratos. 

O mesmo pode-se dizer da interferência na gestão da Petrobrás, adiando reajustes de combustíveis e comprometendo o seu patrimônio.

Voltar aum tipo de capitalismo de Estado, como no govemo Geisel, não parece ser o maior problema na economia, no curto prazo. 

Naquela época, a gestão da política econômicaeracoerente com uma visão estratégica predeterminada. Hoje, ao contrário, não parece haver um rumo. Não são utilizados princípios básicos de governança, como definição de objetivos, transparência e prestação de informação correta aos stakeholders. As medidas tomadas não são coerentes entre si e sofrem mudanças constantemente. 

Ademais, inexiste a presença de liderança na área econômica que possa transmitir segurança ao mercado, como foram Pedro Malan e Henrique Meirelles nos governos FHC e Lula, respectivamente. 

Enfim, a gestão está perdida. Gomo a campanha eleitoral já foi antecipada, poucas esperanças restam para encontrá-la. Agora é aguardar 2015, porque a gestão econômica está à deriva.
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UM NOVO JEITO DE VOAR

05/03/2013
Quanto TAM e Gol vão perder

Por Daniel Rittner | De Brasília


As novas regras que o governo propôs para redistribuir "slots" (horários de pousos e decolagens) em Congonhas devem reduzir a presença da TAM e da Gol no aeroporto. Simulações das empresas aéreas e de especialistas do setor indicam que cada uma tende a perder de 16 a 18 slots por dia. Hoje, a TAM (incluindo a controlada Pantanal) e a Gol têm 232 e 212 autorizações diárias, em média. Juntas, elas somam 94% dos slots disponíveis para a aviação comercial.

Não é só isso: a oferta poderá ser reduzida em cerca de 500 mil assentos por ano em Congonhas. O aeroporto recebeu 16,7 milhões de passageiros em 2012, volume só inferior ao de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ).

O raciocínio é simples. TAM e Gol usam, em Congonhas, aeronaves para 174 passageiros (o A320 da Airbus) e 187 passageiros (o 737-800 da Boeing). A Azul/Trip, provável maior beneficiada pela mudança de regras na distribuição de slots, opera com aeronaves da Embraer (de 106 a 118 assentos) e da ATR (entre 48 a 70 passageiros).

"Haverá uma redução da quantidade de assentos ofertados", diz o professor Elton Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que prevê um enxugamento de 3% a 7%. "O aeroporto perderá receita e os passageiros deixarão de ter oportunidades de conexão. 

Congonhas não tem a vocação de aeroporto regional."

Enquanto as regras anunciadas pela Anac - e ainda em consulta pública - são gerais, critérios específicos valerão para Congonhas.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirma que a entidade não é contra uma revisão das normas para os slots no aeroporto paulistano. Mas sugeriu iniciar as discussões pela ampliação do número de movimentos autorizados por hora. Eram 48, mas diminuíram progressivamente até 34 após o acidente com o voo 3054 da TAM, em julho de 2007, que teve 199 vítimas fatais.

"Congonhas tem espaço para crescer, respeitando as condições de segurança", diz Jorge Leal de Medeiros, professor da Escola Politécnica da USP. Ele prevê que TAM e Gol vão perder cada uma, mantidas as atuais configurações de malha aérea, pelo menos 100 slots semanais. Se houver ampliação das operações, novos concorrentes poderão entrar no aeroporto sem que haja redução da oferta pelas duas maiores empresas do mercado, segundo Leal.
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VOAR, VOAR/ SUBIR, SUBIR...

05/03/2013
Cade pedirá fim de "code share" para Trip e TAM

Por Juliano Basile | De Brasília


Para aprovar a associação entre Trip e Azul, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve determinar o fim do acordo de compartilhamento de voos ("code share") entre Trip e TAM. A restrição foi sugerida pela Superintendência-Geral do órgão antitruste e deve ser seguida pelos conselheiros no julgamento que está marcado para amanhã.

Segundo o Valor apurou, representantes das empresas já teriam concordado em desfazer o compartilhamento de voos entre Trip e TAM. A associação entre Azul e Trip aéreas foi realizada em 28 de maio de 2012, data próxima ao prazo final para que as operações pudessem ser notificadas ao Cade pela antiga Lei de Defesa da Concorrência (Lei nº 8.884, de 1994).

Pela antiga lei, as companhias podiam, primeiro, fazer a fusão e, depois, notificar o Cade à espera da aprovação. Dezenas de empresas fizeram a notificação de fusões e aquisições no fim de maio para aproveitar os últimos dias em vigência da antiga lei e garantir, na prática, a realização de seus negócios antes da aprovação prévia do órgão antitruste.

O negócio entre Trip e Azul resultou na criação da terceira maior empresa do setor aéreo nacional, atrás de TAM e Gol.

A Superintendência só foi informada de que havia um acordo de "code share" entre TAM e Trip em setembro de 2012. Inicialmente, as empresas alegaram que fizeram tratativas para fazer o acordo, mas que o mesmo ainda não havia se concretizado. Depois, admitiram o "code share". A Superintendência considerou "grave" a omissão do acordo às autoridades.

"Trata-se, sem dúvida, de conduta grave, uma vez que a informação falsa inicialmente apresentada poderia induzir as autoridades a informação equivocada ao desconsiderar elemento crucial para a análise antitruste: a existência de acordo de compartilhamento de voos entre uma das requerentes (a Trip) e uma das duas empresas líderes no mercado de aviação civil brasileiro (TAM)", diz o parecer assinado pelo superintendente-geral do Cade, Carlos Ragazzo.

Por causa da omissão dessa informação, a Trip pode ser multada pelo Cade em valor ainda a ser definido.

No entendimento do Cade, os acordos de "code share" podem prejudicar a competição no setor, pois levam as empresas a ter menos interesse em explorar novas rotas e aumenta a possibilidade de coordenação de frequência de voos e tarifas entre distintas empresas. "A probabilidade de que possam produzir efeitos anticompetitivos não deve ser negligenciada", continua o parecer. Segundo a Superintendência, com a associação entre Azul e Trip, "a manutenção de tal acordo poderia desestimular a concorrência no setor aéreo".

Por outro lado, a união dessas duas companhias resultaria numa concentração calculada em até 14% pelo Cade. É bem menos do que o percentual da TAM e da Gol, que estaria em torno de 40%, segundo os estudos feitos pelo órgão antitruste.

"O presente ato de concentração (associação entre Trip e Azul) representa o crescimento de uma concorrente menor, que, com essa operação, pode ter mais condições de concorrer com as líderes, ofertando, entre outros benefícios, malha ampla e interligada, com grande inserção regional", concluiu a Superintendência do Cade.

Na quarta-feira, os conselheiros ainda devem discutir um prazo para que o "code share" entre Trip e TAM seja desfeito. Para a Superintendência, o acordo de compartilhamento de voos deveria ser extinto em dois anos. Agora, caberá ao conselho definir se vai seguir esse prazo ou se vai impor outro.
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STF. ''DURA LEX, SED LEX'' e a DOR NO BOLSO

05/03/2013
Magistrados em conflito com Barbosa


Formalmente, as associações dos juízes federais (Ajufe), dos magistrados brasileiros (AMB) e dos magistrados do Trabalho (Anamatra) romperam com o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, porque ele teria sido "preconceituoso, generalista e superficial" ao criticar a magistratura em entrevista a correspondentes estrangeiros. Por trás das queixas dos juízes está a agenda da presidência do STF, que desagrada as entidades. Depois de reduzir os patrocínios privados a eventos de juízes em até 30% dos custos totais, Barbosa quer reduzir as férias de 60 dias da magistratura. Na pauta de hoje do CNJ há outro tema polêmico: a contratação de procuradores da Fazenda para auxiliar os gabinetes dos juízes em processos tributários

Barbosa enfrenta cerco corporativista dos juízes

Por Juliano Basile | De Brasília


Barbosa: "O Judiciário que aspiramos a ter é sem firulas, floreios ou rapapés"

Formalmente, as associações dos Juízes Federais (Ajufe), dos Magistrados Brasileiros (AMB) e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) alegam que o motivo para a ruptura foi uma comparação, segundo elas, indevida que teria sido feita por Barbosa entre juízes e membros do Ministério Público. Os primeiros seriam, na visão do presidente do STF, mais conservadores e pró-impunidade, enquanto os segundos seriam rebeldes e contra o "status quo".

A comparação foi feita durante conversa de Barbosa com correspondentes estrangeiros, na última quinta-feira, e motivou uma nota de repúdio das três associações, com dez itens críticos a Barbosa, que vão desde acusações de que ele seria preconceituoso, generalista e superficial até de que ele estaria isolado perante a magistratura.

Mas, por trás das queixas públicas dos juízes, há uma agenda da Presidência do STF que desagrada as entidades da magistratura. Depois de reduzir os patrocínios privados a eventos de juízes em até 30% dos custos totais, Barbosa pretende limitar as férias anuais de 60 dias da magistratura.

Na pauta de hoje do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há outro tema polêmico envolvendo a conduta dos magistrados: a contratação de procuradores da Fazenda para auxiliar os gabinetes dos juízes em processos tributários. Como esses procuradores tendem a ser mais favoráveis ao Fisco, o risco é o de que a ajuda técnica que eles prestam aos magistrados faça com que o contribuinte seja desfavorecido nas decisões. Esse tema deve ser regulamentado, hoje, pelo CNJ, sob a Presidência de Barbosa, numa decisão que pode indicar que o juiz que tem representantes da Fazenda em seu gabinete estaria cometendo uma infração disciplinar.

O presidente do STF e do CNJ também pretende entregar ao Congresso um novo projeto para o Estatuto da Magistratura e aqui o problema, segundo as entidades, é que elas não foram convocadas para discutir as novas regras que vão valer para toda a categoria dos juízes. Na sexta-feira, Barbosa criou uma comissão interna no STF com a missão de estudar um novo estatuto.

De maneira geral, as associações de juízes reclamam que não estão sendo ouvidas por Barbosa antes da tomada de decisões importantes como essas. Internamente, elas reclamam que o presidente do STF e do CNJ é bem diferente dos seus antecessores e não tem recebido os presidentes da AMB, da Ajufe e da Anamatra.

De perfil conservador, o presidente da AMB, Nelson Calandra, sempre teve as portas abertas durante a Presidência de Cezar Peluso no STF, entre 2010 e abril do ano passado, período em que ambos se reuniam constantemente. Já Carlos Ayres Britto trouxe o ex-presidente da AMB Mozart Valadares e o ex-presidente da Ajufe Fernando Mattos - ambos de perfil mais progressista - para trabalhar como seus auxiliares diretos. Com isso, nos sete meses em que esteve à Presidência do STF, Britto garantiu uma boa interlocução com essas entidades. Valadares e Mattos foram articuladores do movimento que levou à aprovação da Lei da Ficha Limpa.

A Assessoria da Presidência do STF informou que Barbosa não pretende responder à nota em que as entidades acusaram-no de isolamento. Segundo assessores do ministro, a sua visão a respeito do Judiciário está em dois discursos recentes. Primeiro, o de sua posse na Presidência do STF, em novembro, quando defendeu juízes mais independentes e menos suscetíveis a pressões políticas. "Gastam-se bilhões para o bom funcionamento da máquina judiciária, mas o Judiciário que aspiramos a ter é sem firulas, floreios ou rapapés", afirmou, na ocasião. Segundo, o discurso de abertura do Ano Judiciário, em fevereiro, quando afirmou que "um dos nossos grandes desafios é consolidar um Judiciário neutro, alheio a práticas estruturais e injustas".
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MERITOCRACIA À MODA DA CASA

05/03/2013
80% dos servidores não se aposentam
Governo evita aposentadoria de servidores


Com abono, 80% dos que se aposentariam preferem continuar trabalhando

Cristiane Bonfanti


Adiamento. Joaquim Mesquita não deixou cargo em ministério
Aposentadoria. Gonzaga Filho: "Tenho direito a salário integral"

BRASÍLIA 
Para evitar a perda de profissionais qualificados do serviço público em condições de se aposentar, o governo federal ampliou nos últimos anos o gasto com o chamado abono permanência, gratificação paga para o servidor continuar na ativa. Mais do que o peso dessa despesa nas contas públicas (R$ 954,8 milhões em 2012 pagos a 95.166 trabalhadores, com gasto médio mensal de R$ 836 por servidor), a prática evidencia distorções no sistema do funcionalismo. A principal é que, segundo estimativa do próprio governo, na média dos últimos cinco anos, 80% dos que adquirem o direito à aposentadoria preferem continuar trabalhando, o que interessa aos dois lados.

Esse cenário confirma que os servidores públicos têm condições de deixar o trabalho cedo, mesmo em condições de produzir, situação que deve mudar com o Funpresp, o fundo de previdência complementar do servidor. Com o novo regime, quem entrar a partir de agora no serviço público terá de contribuir para o Funpresp, se quiser ganhar uma aposentadoria acima do teto da Previdência Social, hoje em R$ 4,1 mil.

- Além de ser uma estratégia vantajosa para o governo, a concessão de abono permanência é reflexo da maior longevidade e melhor qualidade de vida da população - disse a consultora legislativa do Senado Meiriane Nunes Amaro, especialista em previdência.

Ainda em idade produtiva, muitos potenciais aposentados preferem continuar trabalhando com uma gratificação a mais. Devido ao incentivo financeiro, o servidor Joaquim Mesquita, de 58 anos, optou por não deixar o cargo. No funcionalismo há mais de 30 anos e beneficiado por regras de transição - hoje, a idade de aposentadoria no serviço público é de 60 anos de idade e 35 de contribuição para homens, e de 55 anos de idade e 30 de contribuição para mulheres -, ele poderia ter parado de trabalhar há mais de dois anos. Sem o abono e outras gratificações que perderia, no entanto, sua remuneração seria reduzida em R$ 1,7 mil.

- O abono influenciou. Além disso, ficar parado diminui a expectativa de vida. Minha filha está cursando Medicina e, daqui a dois anos e meio, quando ela se formar, devo me aposentar - disse Mesquita.

Servidor do Ministério da Ciência e Tecnologia há mais de 30 anos, o paraibano Francisco Gonzaga Filho, de 57 anos, poderia ter se aposentado em 2011, mas perderia 25% de seu salário, também pelas regras que beneficiam funcionários mais antigos:

- Tenho direito à aposentadoria com o salário integral a partir de junho deste ano. Aí, sim, vou pedir o benefício.

Desde 2004, quando custava R$ 199,9 milhões (valor já corrigido pela inflação), o gasto com o abono permanência cresceu 377,6%. Proporcionalmente, passou de 0,3% para 1% da despesa anual de pessoal civil do Executivo. Com o atual quadro do funcionalismo mais envelhecido, essa fatura deverá ficar cada vez mais pesada. Hoje, a idade média dos servidores públicos federais do Executivo é de 46 anos - ou seja, é grande o contingente de aposentados num futuro próximo. No Ministério da Agricultura, essa média é de 53 anos e, no da Ciência e Tecnologia, de 51.

Esse cenário tem contribuído para um "boom" no volume de potenciais aposentados. No Executivo, apenas este ano, mais 75.281 servidores terão condições de requerer aposentadoria. Para 2014, o total previsto é de 16.708. Isso significa que 18,7% do total de um milhão de funcionários ativos no Poder Executivo terão condições de se aposentar até ano que vem.

O Ministério do Planejamento observou, porém, que não é possível dizer que esses números representam a quantidade de abonos salariais a serem pagos em 2013 e 2014. "É preciso levar em conta que se trata de uma opção feita pelo servidor. O abono é um incentivo remuneratório para ele permanecer em atividade", informou, em nota.

Para o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é melhor para o governo pagar o abono permanência do que aposentar uma multidão de servidores todos os anos. Ele explicou que, desde o início do governo Lula, o funcionalismo teve aumentos salariais expressivos, o que diminuiu a distância entre o salário inicial e o final nas carreiras.

Dessa forma, hoje, quando um auditor fiscal da Receita Federal deixa o trabalho, por exemplo, com um salário final de R$ 19,4 mil, um novo concursado entra com remuneração inicial de R$ 13,6 mil, o que impõe um custo pesado para os cofres públicos.

- É mais barato para o governo pagar o adicional. Antigamente, a diferença dos salários de entrada e saída era grande. Mas ela diminuiu muito - explicou Almeida.

Ele avaliou que, se o governo tivesse regulamentado o Funpresp ainda no governo Lula, todas as contratações dos últimos dez anos teriam um impacto menor na folha de pagamento.
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REFORMA AGRÁRIA. NADA SERÁ COMO ANTES...

05/03/2013
A comprovada falência da reforma agrária


Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho é uma espécie de setorista de "movimentos sociais". E pela longa militância no PT nesta área, Carvalho tem credibilidade para analisar de forma crítica a reforma agrária, uma das mais caras bandeiras da esquerda brasileira, desfraldada até mesmo pelos governos militares. Diante de críticas ao relativamente baixo número de assentados nos dois anos de governo Dilma, o ministro justificou o freio com a afirmação de que muitos assentamentos estão virando "quase que favelas rurais".

Tem razão o ministro. E faz todo o sentido Dilma reduzir o ritmo de criação de assentamentos. Os números oficiais refletem a desaceleração: a média anual de famílias assentadas por FH foi de 67.588; Lula, 76.761; e Dilma, apenas 22.552. Desabaram críticas de políticos do PT e militantes sem-terra, por óbvio, sobre Gilberto Carvalho. Afinal, reforma agrária gera votos e cifrões. Porém, repórteres do GLOBO visitaram assentamentos em São Paulo e Pernambuco, estados em posições diferentes em termos de estágio de desenvolvimento, e confirmaram a conclusão do ministro.

A favelização de assentamentos é denunciada nas estatísticas. Por exemplo, pelo dado de que 36% das 945.405 famílias assentadas (ou 339.945)sobrevivem do Bolsa Família, por terem renda abaixo do limite divisor da miséria. Se forem consideradas famílias assentadas inscritas no Ministério de Desenvolvimento Social para receberem algum tipo de benefício assistencial, o número sobe para 466.218, ou 49% do total.

Não se realizou o sonho da redenção social por meio da divisão de terras. Foram distribuídos 87 milhões de hectares, 10,8% do território nacional, e, mesmo assim, metade dos assentados não sobrevive sem a ajuda assistencialista do Estado.

O abandono do assentado, nem sempre vocacionado ao trabalho no campo, é parte da explicação. Há, ainda, problemas de qualidade da terra, bem como de infraestrutura (estradas, água, energia elétrica). Pesquisa do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário encontrou elevados índices de reclamação quanto a estes pontos nos assentamentos visitados. Sem apoio de extensão rural, tudo fica ainda mais difícil. Diante deste quadro, o governo age de maneira sensata ao dar prioridade à tentativa de corrigir os assentamentos existentes em vez de instalar outros. Não atende aos interesses políticos do MST e aliados, mas ao bom senso e a critérios mínimos de seriedade no emprego do dinheiro do contribuinte.

Espera-se que, num segundo momento, o governo se convença de que a modernização da agricultura e a própria urbanização do país jogaram na lata de lixo da História a reforma agrária, tema de meados do século passado, de um Brasil muito diferente do de hoje. Mesmo o MST enfrenta dificuldades de recrutar adeptos que saibam cultivar a terra. Até a nova geração nascida em assentamentos migra para as cidades.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

05 de março de 2013

O Globo

Manchete: A guerra do petróleo - RJ, SP e ES se unem para ir ao Supremo por royalties.
Cabral, Alckmin e Casagrande vão juntos ao STF, se Congresso derrubar veto hoje.

Para governador de São Paulo, é uma "questão de justiça a manutenção das mesmas regras de exploração para os contratos já licitados" Estado do Rio poderá perder R$ 3,1 bi só este ano.

Caso o Congresso derrube hoje o veto de Dilma à mudança na lei dos royalties do petróleo, os governadores Sérgio Cabral (PMDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Renato Casagrande (PSB) articulam a apresentação de recurso ao Supremo Tribunal Federal. Em conversas por telefone ontem, eles decidiram ir pessoalmente ao STF entregar as ações questionando a constitucionalidade da lei, por ferir contratos já assinados. "Se não obtivermos sucesso no Legislativo, estudaremos uma ação judicial conjunta no STF" disse Alckmin. No caso do Estado do Rio, a perda seria de R$ 3,1 bi só este ano. (Págs. 1 e 21)
A tragédia dos bombeiros no Rio
Apenas três bairros possuem escadas Magirus; no Leblon, casal sem socorro pula do 4º andar e morre.

O incêndio de domingo no Edifício Tanger, no Leblon, que causou a morte do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Ricardo Damião Areosa, de 57 anos, e sua mulher, Cristiane Teixeira Pinto, de 33 anos, revelou bem mais do que a tragédia de um casal que saltou para a morte, de uma altura de 16 metros, por estar acuado pelo fogo. Os bombeiros da Gávea, os primeiros a chegar, não tinham escada Magirus. Foi preciso acionar, então, a equipe do quartel de Copacabana, que dispunha de uma. A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros admitiu que, de 28 grupamentos no estado, só contam com escadas e plataformas mecânicas sete unidades, das quais apenas três no Rio: Copacabana, Centro e Humaitá.

Incêndios aumentam em prédios do Rio

Crescem casos de incêndio em prédios residenciais e comerciais, principalmente na Zona Sul e no Centro do Rio, devido a fiações antigas.

Palavra de especialista: Luis Antonio Cosenza

Instalações elétricas antigas, aumento no consumo de energia e falta de fiscalização resultam em tragédias incendiárias. (Págs. 1 e 8 e 9)

Tratamento especial: IR: diplomata no exterior paga só 9%
Diplomatas brasileiros que trabalham no exterior e já ganham acima do teto do funcionalismo — o maior salário chega a R$ 58 mil — têm um benefício extra: graças a uma lei de 1995, descontam, em média, só 9% de Imposto de Renda. Isso porque 75% dos vencimentos são isentos. (Págs. 1 e 3)

Abono permanência: 80% dos servidores não se aposentam (Págs. 1 e 3)

Trono vazio no Vaticano: Cardeais cobram reforma da Cúria
Muitos cardeais que vão eleger o Papa defenderam abertamente a reforma no Vaticano, em sintonia com as políticas de austeridade dos governos em crise, relatam Deborah Berlinck e Fernando Elchenberg. (Págs. 1 e 28 a 30)

Governo dos Kirchner: Aliado avança com rádios e TV
O governo argentino aprovou a compra pelo aliado Cristóbal López de 5 rádios e uma TV, o que violaria regras do setor. Associações de juizes e oposição acusam Cristina K. de tentar controlar os três poderes. (Págs. 1 e 25 e 31)
Caso Bruno: Ex-goleiro chora no julgamento 
Julgado pela morte e ocultação do cadáver de Elisa Samúdio, com quem teve um filho, o ex-goleiro Bruno chorou no primeiro dia do júri, em Contagem (MG). A sentença deve ser divulgada amanhã. (Págs. 1 e 11)
Ciência: Nova esperança para AIDS
A cura de um bebê da infecção pelo HIV com uma combinação agressiva de antirretrovirais pode revolucionar o tratamento. Brasil está pronto para aderir. (Págs. 1 e 32)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: ‘Podemos fazer o diabo na hora da eleição’, diz Dilma
Em clima de campanha, presidente prega, porém, cautela no mandato; Aécio admite disputar o Planalto

Em viagem à Paraíba, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que na hora da eleição se pode “fazer o diabo”, mas, como presidente, é preciso ter cautela. Nas oito horas em que passou no Estado, ela afagou parceiros, garantiu recursos e prometeu investimentos. Também afirmou que a economia brasileira está mais sólida e não sofre tanta influência da crise econômica mundial. “Nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, temos de respeitar o povo”, disse a presidente. O discurso foi feito no mesmo dia em que Aécio Neves admitiu, em Goiânia, sua candidatura ao Planalto e disse estar “pronto para o confronto” com o PT. “Um governo que acha que a pobreza acaba com um decreto merece ser enfrentado e combatido”, afirmou. “Ela (a presidente Dilma) não está de olho em 2013, no governo, mas na reeleição em 2014.” (Págs. 1, Nacional A4 e Economia B1)

Infraestrutura preocupa o governo

Três dias após o anúncio de alta de 0,9% do PIB, Dilma mostrou preocupação com infraestrutura. "O Brasil só vai andar para frente se mexer nas questões de competitividade.” (Págs. 1 e B1)

Dilma Roussef
Presidente
"Quando há um espirro no exterior, o Brasil não pega pneumonia", sobre reflexos da crise econômica mundial
Fotolegenda: Encontro dos cardeais
Cardeais se reuniram ontem em Roma no primeiro encontro preparatório para o conclave que elegerá o novo papa. Nome de d. Odilo Scherer ganhou força depois de reportagens mostrarem supostas manobras para substituir o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e evitar um pontífice ligado a ele. (Págs. 1 e Vida A11)
Participação do BNDES nos investimentos volta a crescer
O peso do BNDES nos investimentos voltou a crescer em 2012. Os desembolsos do banco responderam por 19,5% da formação bruta de capital fixo (os investimentos totais na economia) em 2012, ante 17,4% em 2011. Na sexta-feira, o IBGE informou que os investimentos caíram 4% em 2012 na comparação com o ano anterior. Dados levantados pelo Ibre/ FGV mostram que de 2000 a 2008 os recursos liberados pelo BNDES oscilaram entre 11% e 15% dos investimentos. Em 2009, foram 23,3%. (Págs. 1 e Economia B4)
Fotolegenda: Começa o júri de Bruno
Bruno chora no tribunal; 1º dia de julgamento foi marcado por bate-boca entre acusação e defesa. (Págs. 1 e Cidades C1)
Eike Batista cai para 100º na lista da Forbes (Págs. 1 e Economia B16)

Bersani admite: Itália pode ter novas eleições (Págs. 1 e Internacional A8)

Bebê ‘curado’ do HIV terá de ser monitorado (Págs. 1 e Vida A13)

Cidades e Estados driblam Lei de Responsabilidade
Prefeitos e governadores estão fazendo operações financeiras que driblam a Lei de Responsabilidade Fiscal. Eles ofertam a investidores recursos a serem pagos no futuro por créditos da dívida ativa. Relatórios do TCU apontam irregularidades na manobra. (Págs. 1 e Nacional A7)
Dora Kramer 
Cenas de um casamento

Com palanques unificados ou diversificados, PT e PMDB estarão juntos em torno da eleição presidencial de 2014 se assim for da conveniência deles. (Págs. 1 e Nacional A6)
Ilan Goldfajn 
Consumo, emprego e inflação

Emprego, salário e consumo têm sido valiosos. Mas para segurar a inflação talvez seja preciso reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Direto da Fonte
Joaquim Barbosa, do STF, circula com a namorada, Handra. (Págs. 1 e D2)

Notas & Informações
O povo que pague

Políticos gastam nas campanhas porque sabem que o desvalido contribuinte saldará as dívidas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Quantas ainda serão mortas por eles?
A escalada da violência contra a mulher no Distrito Federal é assustadora. Na sexta-feira, em um shopping da Octogonal, Fernanda Grasielly, 25 anos, foi assassinada a facadas, dentro da loja onde trabalhava, pelo ex-namorado, de 29. Ontem, no Gama, outro crime covarde: Benilde Rosa, 41, foi enforcada com um fio de telefone pelo ex-marido, de 46 anos. “Vivemos numa sociedade machista, e isso só vai mudar com educação”, diz Maria da Penha. Farmacêutica, ela dá nome à lei que tornou mais severas as punições a agressores de mulheres.

Duas denúncias por hora no DF

Em 2008, na capital do país, foram registrados 2.018 casos de agressões contra mulheres. Em 2012, esse número pulou para 4.210, uma média de pelo menos duas a cada hora.

Bruno: pena pode passar de 30 anos

Acusado do assassinato da modelo Eliza Samudio, ex-namorada, o goleiro Bruno muda postura de altivez, baixa a cabeça e chora diante de júri predominantemente feminino. (Págs. 1, 7, 21 e 22)
Saúde: Brasília terá campanha de vacinação contra o HPV
O alvo do programa são 64 mil alunas de 11 a 13 anos das redes pública e particular de ensino. A aplicação das doses será feita nas escolas, a partir de sexta-feira, mas é necessária a autorização dos pais. (Págs. 1 e 24)
Cura da Aids em bebê divide os cientistas
O anúncio de que o vírus HIV sumiu após o tratamento feito numa criança dos EUA foi recebido com cautela pelos médicos. Para alguns especialistas, a técnica tem riscos e não seria alternativa de combate à doença. (Págs. 1 e 19)
Dom Odilo se fortalece no Vaticano
Iniciadas as reuniões prévias ao conclave que elegerá o novo papa, estudiosos dizem que nome de cardeal brasileiro ganhou força diante de suposta rejeição a italianos. É o que relatam Renata Tranches e o enviado especial do Correio ao Vaticano, Diego Amorim. (Págs. 1 e 14 a 16)
Dilma: “Podemos fazer o diabo nas eleições”
Em visita à Paraíba, a presidente também sugeriu uma cervejinha a beneficiados do programa Minha Casa, Minha Vida e contrariou o ministro Mantega ao dizer que a crise mundial não causa pneumonia no Brasil. (Págs. 1, 3 e 9)
Nunca antes na história se pagou tanto imposto (Págs. 1, 10 e Visão do Correio, 12)

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Valor Econômico

Manchete: Empresas reveem seus negócios na Argentina
Os principais investimentos empresariais brasileiros na Argentina estão em xeque e a agenda do setor privado deverá predominar durante o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente argentina, Cristina Kirchner, em Calafate, na quinta-feira. No encontro, elas devem fazer anúncios para destravar investimentos. A pauta da reunião foi discutida ontem em Buenos Aires pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e a cúpula da equipe econômica argentina.

As empresas brasileiras estão revendo os investimentos em função de resultados globais decepcionantes em 2012 e do mau momento econômico da Argentina, marcado por desaquecimento do consumo, defasagem cambial, dificuldades para remessas de dividendos e desaceleração de obras públicas. (Págs. 1 e A3)


China também dá um salto na agricultura
Apesar da escassez de terra e água e da falta de escala de suas fazendas, a agricultura chinesa tem conseguido, à exceção da soja, fazer frente à explosão da demanda por alimentos. A produção anual de grãos aumentou em 120 milhões de toneladas na última década, para 571 milhões de toneladas. Mesmo com o forte aumento do consumo, o país produz praticamente todo o arroz, trigo, milho e carne suína que consome, além de ser exportador líquido de carne de frango. A principal fonte de avanço da produção foram ganhos de produtividade, de 20% na década. Entre 2007 e 2011, o gasto dos governos central e regionais com a agricultura cresceu de US$ 54,4 bilhões para US$ 159,6 bilhões anuais. (Págs. 1 e B12)

Magistrados em conflito com Barbosa
Formalmente, as associações dos juízes federais (Ajufe), dos magistrados brasileiros (AMB) e dos magistrados do Trabalho (Anamatra) romperam com o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, porque ele teria sido "preconceituoso, generalista e superficial" ao criticar a magistratura em entrevista a correspondentes estrangeiros. Por trás das queixas dos juízes está a agenda da presidência do STF, que desagrada as entidades. Depois de reduzir os patrocínios privados a eventos de juízes em até 30% dos custos totais, Barbosa quer reduzir as férias de 60 dias da magistratura. Na pauta de hoje do CNJ há outro tema polêmico: a contratação de procuradores da Fazenda para auxiliar os gabinetes dos juízes em processos tributários. (Págs. 1 e A7)

Banco aposta em fundos de infraestrutura
Um novo produto para o investidor pessoa física deve ser lançado em breve. Os fundos de debêntures de infraestrutura, com rendimento isento do Imposto de Renda, vão surgir como uma opção de retorno no longo prazo. Terão, provavelmente, formato similar ao dos fundos imobiliários, até em razão do sucesso dessas carteiras. As gestoras dos cinco maiores bancos brasileiros - Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander - se preparam para lançar seus fundos.

O que ainda separa esses fundos do cliente final é a regulamentação. Um grupo de trabalho, criado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), discute a estrutura do produto desde dezembro. De lá vai sair uma proposta a ser avaliada pela Comissão de Valores Mobiliários. O grupo se reporta a três comitês da associação — de FIDCs, fundos de renda fixa e Fundos de Investimento em Participações (FIPs). A ideia é que o portfólio seja um híbrido, com características dessas três categorias e ainda dos fundos de índices e imobiliários. (Págs. 1 e Dl)
Avanços dos importados
A participação dos produtos industriais importados no consumo nacional avançou de 19,5% em 2011 para 21,6% no ano passado, segundo a CNI. É o percentual mais alto já observado desde o início da série histórica, em 1996. (Págs. 1 e A2)

Restrições à união de Azul e Trip
A superintendência-geral do Cade vai sugerir ao conselho administrativo do órgão antitruste que a associação entre Azul e Trip seja aprovada, desde que esta encerre o acordo de compartilhamento de voos com a TAM. (Págs. 1 e B3)
A volta dos trens de passageiros
O Ministério dos Transportes, a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e governos estaduais preparam estudos para o retomo ou ampliação dos trens de passageiros. No total, os projetos somam 1,9 mil km. (Págs. 1 e B4)
Basa retoma produção e investe
Reativada em novembro do ano passado, a Indústria Farmacêutica Basa, fabricante gaúcha de soluções parenterais, volta a investir no aumento da capacidade de produção e na diversificação do portfólio. (Págs. 1 e B7)
Usiminas discute altos salários
O conselho da Usiminas decide hoje se aprova um aumento de 14% na remuneração da diretoria executiva e conselheiros, elevando a despesa a R$ 45 milhões. Em 2012, a companhia registrou prejuízo de R$ 531 milhões. (Págs. 1 e B7)
Ideias
Delfim Netto

É preciso humildade aos sacerdotes da religião do “tripé”, que supõem não haver vida fora da manipulação da Selic. (Págs. 1 e A2)

Luiz Gonzaga Belluzo

Não se trata de “escolher vencedores”, mas de criar as condições para que os vencedores apareçam. (Págs. 1 e A15)

Proposta de exigência de visto para brasileiros no Reino Unido divide o governo britânico (Págs. 1 e A13)

Rio é a nova atração das montadoras
A divisa entre São Paulo e Rio, no Vale do Paraíba, é localização atraente para a indústria desde a inauguração da via Dutra, em 1951. Mas os fabricantes de veículos sempre preferiram o lado paulista.

Agora, o setor está de namoro com a parte fluminense. Uma grande obra da Nissan, a ampliação de fábricas existentes e a chegada de mais autopeças abrem caminho para o Rio mudar esse cenário. Tanto que o governo estadual já conta com o título de segundo polo automotivo do país. (Págs. 1 e A16)


INSS cobra despesa acidentária
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) amplia ofensiva para cobrar das empresas despesas decorrentes de aci­dentes de trabalho. Até dezembro, eram 2,3 mil ações regressivas, com valor aproximado de R$415 milhões. (Págs. 1 e El)
Conexão internacional
A América Móvil completa neste mês par­te de um projeto de cabos submarinos or­çado em R$ 1 bilhão para interligar suas controladas Embratel, Claro e Net à infraestrutura internacional do grupo. (Págs. 1 e B1)
Odebrecht mira cliente corporativo no Porto Maravilha, diz Vilard (Págs. 1 e B6)

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