PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, maio 18, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] PTrobraSerrAécio... (?)

...










[Homenagem aos chargistas brasileiros].
NB.: Esta segunda-feira está demais...
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ELEIÇÕES 2010 [In:] PSDB ("POR QUEM OS SINOS DOBRAM")

Acordo aproxima Serra e Aécio para 2010


Autor(es): KENNEDY ALENCAR
Folha de S. Paulo - 18/05/2009
Coordenado pelo ex-presidente FHC, acerto de bastidores indica possibilidade de chapa única para a sucessão de Lula

Mineiro toparia ser vice em uma chapa só de tucanos; presidente do PSDB diz que acordo é possível, mas não vê disposição disso agora


Os dois potenciais candidatos do PSDB à Presidência fecharam um acordo informal em que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aceitaria ser vice do colega paulista José Serra na eleição de 2010.
Por ora, haverá negativas ao acerto, feito nos bastidores. A intenção é anunciá-lo em agosto ou setembro deste ano, eliminando as prévias.
Na última semana, Aécio manteve sua postulação pública à candidatura. Serra sempre diz que está preocupado em governar São Paulo e não em antecipar o debate eleitoral.
Segundo a Folha apurou, o principal articulador do entendimento foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que almoçou com Aécio em 13 de março, em São Paulo. O ex-presidente disse que uma divisão entre Serra e Aécio poderia levar o PSDB a ser derrotado pela provável candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
FHC argumentou que Serra não desistiria, que tinha mais cacife nas pesquisas e que dificilmente isso mudaria até o início do ano que vem, quando a chapa tem de ser formalizada.
Ponderou que Serra precisa de Minas (segundo maior colégio eleitoral do país) para vencer. Também disse que, se Aécio fosse candidato sem entusiasmo de Serra, seria difícil derrotar o PT. Foi direto: a conta pela derrota seria debitada do mineiro.
O ex-presidente disse que Serra era sincero ao propor que, se vencesse, tentaria aprovar uma emenda constitucional no Congresso para enterrar a reeleição e reinstituir o mandato presidencial de cinco anos. Mais: daria a Aécio poder de fato num eventual governo.
Aécio duvidou, mas houve uma outra conversa importante. Serra foi a Belo Horizonte em 27 de abril, dois dias após o anúncio de que Dilma sofre de câncer linfático, para reforçar a proposta feita por FHC e acertar um ritual para tirar gás das prévias, proposta defendida pelo mineiro.
Serra disse a Aécio que uma chapa com os dois seria muito competitiva. Afirmou que o DEM apoiaria e que seria possível tentar fechar uma aliança com o PMDB nos três Estados da região Sul. Isso, na visão de Serra, equilibraria a vantagem petista no Nordeste e poderia decidir a sucessão presidencial a favor da oposição.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que a sigla topa apoiar a chapa "puro sangue". Naturalmente, disse preferir ver um democrata como vice, mas não se opõe a outro acerto. "A aliança com os democratas ajuda muito na capilaridade de votos pelo país."
O tratamento de saúde de Dilma, que extraiu um linfoma e faz quimioterapia preventiva, aumentou a incerteza política e criou ambiente para o PSDB tentar seduzir o PMDB, partido que tem hoje seis ministérios no governo Lula.
Aécio queria ser candidato ao Palácio do Planalto com respaldo informal de Lula. Mas o presidente deixou claro que o projeto Dilma era para valer.
Em outubro de 2010, Serra terá 68 anos -a idade é vista como uma barreira a tentativas futuras de chegar ao Planalto.
O governador paulista pretende oferecer gestos para dar a Aécio uma saída honrosa da pré-candidatura. O mineiro terá holofotes para pregar sua receita para o Brasil.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), confirma que um acordo é possível, e diz que o cenário atual é o de ter os dois nomes sendo expostos como presidenciáveis pelo Brasil. "O Aécio não teria disposição de abrir mão da vaga neste momento.
Mas acho que, pelo fim do segundo semestre, tem chances de isso acontecer, esse seria o cenário ideal, que os dois se entendessem", disse.
A opinião é a mesma do deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP). "Esse assunto vai ficar mais para frente. Neste momento eu não vi e não acredito [no acordo], mas tem muita gente trabalhando para o entendimento", disse.
Um dos principais interlocutores de Aécio, Rodrigo de Castro (MG), deputado federal e secretário-geral do PSDB, diz que o acordo neste momento "não tem o menor cabimento".
"O afã dele [Aécio] é de correr o Brasil todo", afirma ele.

PETROBRAS: CPI DAS LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS ("MEZZA TOSCANA")

Governo entrega à base aliada negociações para compor CPI da Petrobras


Jornal de Brasília - 18/05/2009

Frustrada a tentativa de retirar as seis assinaturas do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o governo aguarda a reunião de líderes que discutirá a composição da CPI. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse à Agência Brasil que “o governo está fora” dessas discussões que, agora, cabem exclusivamente às lideranças partidárias.

A CPI será composta por 11 senadores, que vão ser indicados pelos blocos partidários de acordo com o tamanho de suas bancadas. Por esse critério, caberão ao PMDB-PP três vagas; ao Bloco da Maioria, três; ao Bloco da Minoria, três; e ao PTB-PDT, uma vaga. Teoricamente, essa divisão dá ao governo maioria na comissão, que será confirmada pelas indicações dos partidos. No PMDB e no bloco PDT-PTB existem senadores alinhados com o Executivo e outros que adotam uma postura de independência.

O assunto vai ser a pauta política da semana no Senado. Por conta disso, tanto a base aliada quanto a oposição tratam a questão com cautela. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), destacou que o presidente José Sarney (PMDB-AP) deve estabelecer o prazo para que os líderes façam suas indicações. E é durante este prazo que Calheiros deposita sua expectativa de conversar com as bancadas para que os trabalhos de investigação possam ser conduzidos de forma “calma e serena e por pessoas que têm colaboração a dar”.

Este esforço começa na própria bancada peemedebista. Renan Calheiros pretende reunir nesta semana os 19 senadores para definir os seis – três titulares e três suplentes – que integrarão a CPI. “Muita gente quer, mas nós só temos três vagas para titular e três para suplentes”, disse o líder peemedebista. Concentrado na escolha dos nomes, o parlamentar ressaltou que, neste momento, não se pode querer “queimar etapas”.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) é outro que adota o discurso da prudência. A seu ver, não cabe mais qualquer tentativa de protelar a instalação dos trabalhos da CPI. Entretanto, ressalva que são necessárias conversas com todos os líderes para definir uma linha de trabalho e evitar que a comissão vire palco de “disputas políticas”.

“É necessário colocar senadores [na comissão] que tenham responsabilidade com o debate, bom senso e equilíbrio. A composição vai ser importante para que se defina o limite das investigações e um prazo para o fim dos trabalhos. Uma empresa como a Petrobras não pode ficar muito tempo sob investigação”, defende Casagrande. O seu temor é de que, durante os trabalhos, possam surgir fatos novos. “Aí ninguem segura”, afirmou.

O autor do requerimento para a criação da CPI, Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que a opção de se criar uma comissão de inquérito exclusiva do Senado mostra a responsabilidade do partido em não politizar os trabalhos. “O Senado é a Casa da maturidade. Podemos fazer uma investigação que preserve a empresa, afinal a Petrobras é a "jóia da coroa'”, acrescentou.

A expectativa do senador tucano é de que os partidos indiquem seus melhores quadros para compor a comissão. Como autor do requerimento, Álvaro Dias espera que o PSDB fique com um dos cargos de comando, a presidência ou a relatoria. “O ideal seria termos a relatoria mas, dificilmente, o governo vai abrir mão. Poderíamos ficar com a presidência”, diz o parlamentar.

O senador adverte para um possível comprometimento dos trabalhos da CPI, já neste primeiro momento, caso a base governista tente impor sua maioria reivindicando os dois cargos. “Se houver um confronto no início, certamente haverá exacerbação de ânimos, o que não é bom”, afirmou.

O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), não trata do assunto antes de terça-feira (19), quando reunirá sua bancada para traçar uma linha de ação. “Vamos fazer a reunião para definir qual será a posição a ser adotada. Um líder tem que refletir a posição de toda a sua bancada”, tem dito Agripino desde sexta-feira (15) quando admitiu que na bancada democrata existem “posições cautelosas e outras mais decididas” sobre a CPI da Petrobras.

PETROBRAS: CPI e RESULTADOS "MEZZA CALABRESA"

CPI TAMBÉM VAI APURAR PATROCÍNIOS DA PETROBRAS
ATIRANDO PARA TODOS OS LADOS


Autor(es): Gustavo Paul,
Gerson Camarotti,
Evandro Éboli e
Deborah Berlinck
O Globo - 18/05/2009

Oposição quer investigar até patrocínios na CPI da Petrobras. Lula critica interesse eleitoral

A oposição também quer investigar na CPI da Petrobras os patrocínios culturais da estatal com indícios de irregularidades. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai requerer cópias dos inquéritos abertos pela Policia Federal e das auditorias do Tribunal de Contas da União. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o uso político-eleitoral e disse que senadores que pediram a CPI "não têm outra coisa para fazer".


Além dos artifícios fiscais usados pela Petrobras, a oposição pretende investigar na CPI recém-criada todos os patrocínios culturais da estatal que tenham indícios de irregularidades. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento da CPI, adiantou ontem que, tão logo sejam iniciados os trabalhos da comissão, vai requerer cópias dos inquéritos abertos pela Polícia Federal e das auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que avaliam a liberação dessas verbas. Enquanto a oposição reúne munição para a CPI, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a postura dos senadores que pediram a instalação da comissão, lamentando o interesse políticoeleitoral em torno da estatal.

O requerimento de criação da CPI já inclui os patrocínios culturais irregulares como o sexto item a ser investigado.

— Para pedirmos a CPI, pegamos tudo o que tinha de ação envolvendo a Petrobras e a ANP (Agência Nacional do Petróleo). E há uma ação do Ministério Público (MP) que investiga a liberação de verbas para festas juninas na Bahia. Vamos ver todos os patrocínios irregulares, não só os baianos — disse Dias.

O MP investiga o fato de apenas duas ONGs, dirigidas por petistas, terem recebido no ano passado R$ 2,96 milhões da estatal para realizar festas em 44 prefeituras baianas em troca da exposição da marca da Petrobras.

Além dos patrocínios culturais, a CPI se propõe a investigar indícios de fraudes nas licitações e contratos para reforma e construção de plataformas de exploração de petróleo; indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco; denúncias de desvios de dinheiro dos royalties; denúncias envolvendo a ANP e usineiros e o uso de artifícios contábeis que levaram à redução do recolhimento de impostos.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o medo do governo não é dos fatos que motivaram a criação da CPI da Petrobras. Mas, sim, dos fatos novos que possam surgir durante as investigações iniciais. A cúpula tucana está convencida de que o governo tem utilizado politicamente a Petrobras para fins eleitorais, como no caso do patrocínio de festas juninas na Bahia. De forma reservada, caciques do PSDB querem relacionar os fornecedores da estatal com os doadores de campanha para o PT.

— As denúncias que surgiram até o momento não preocupam os integrantes do governo. O que mais causa temor aos petistas é o que ainda não foi divulgado. A preocupação é com a abertura da caixa preta da Petrobras, inclusive dos fornecedores, e que a CPI fique sem controle — avaliou Guerra.

O Palácio do Planalto já mandou um recado que vai controlar a CPI para evitar que a investigação ultrapasse os fatos determinados para a instalação da comissão. Além disso, a determinação é de não negociar cargos na comissão, acumulando a presidência e a relatoria.

— A CPI vai ficar restrita aos fatos determinados, que poderiam ser explicados facilmente. Entre os fatos, não existe nada de escândalo envolvendo a Petrobras. Há uma discussão tributária, uma acusação sobre royalties, que na verdade é uma determinação da ANP, e uma investigação sobre a construção de uma refinaria em Pernambuco, que já está sendo apurada pela Polícia Federal — avisou o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).

Lula: quem assinou ‘não tem o que fazer’

Durante viagem à Arábia Saudita, o presidente Lula da Silva criticou a criação da CPI da Petrobras, sugerindo que os senadores que assinaram o pedido “não têm outra coisa para fazer”. Para Lula, o que está por trás da CPI seria um interesse “político-eleitoral, possivelmente menor”, que poderia ser as eleições de 2010 ou tirar do foco da mídia os recentes escândalos que envolvem o Senado.

— Eu não sei o que está por trás disso. Talvez alguns dos que assinaram estavam querendo tirar das suas costas todo esse debate que a imprensa está fazendo sobre o Senado, outros possivelmente estejam preocupados com o processo eleitoral de 2010 — afirmou Lula.

O presidente lamentou que isso ocorra justamente quando o Brasil vive um “momento de ouro” no setor de petróleo e busca investimentos externos para a Petrobras intensificar a exploração das reservas do pré-sal.

— Eu acho que você não pode transformar uma questão políticoeleitoral, possivelmente menor, envolvendo a empresa mais importante que o Brasil tem — disse Lula, acrescentando — De qualquer forma, se as pessoas que assinaram não têm outra coisa para fazer, só têm aquilo, que façam. Nós vamos continuar tocando o barco.

O ex-presidente Fernando Henrique minimizou ontem o impacto da CPI da Petrobras e disse que seria “contraproducente” o PSDB usar a comissão para antecipar a disputa eleitoral de 2010. Fernando Henrique disse ainda que possíveis falhas da empresa são pontuais e que a estatal não deverá ser abalada com as investigações.

PT, PETISMO, LULLA, LULISMO [In:] ''SEM GRIFOS NOSSOS"; A LEITURA É TUA...

Os dois PTs


Autor(es): Rubem Azevedo Lima
Correio Braziliense - 18/05/2009


O presidente Lula contou, há tempos, ter sido implacável na oposição, ao atacar os governos que o antecederam, admitindo até haver cometido injustiças, algumas vezes. Isso pode explicar por que Lula adotou programas neoliberais de FHC: o Proer, de proteção às atividades bancárias; a taxação dos aposentados e pensionistas (que aquele tentou, mas não concretizou); e a bolsa família. Enfim, ele agiu como acha que a oposição deve agir para chegar ao poder.

O PT, nos estados em que é oposição, repete o Lula do passado: opõe-se a iniciativas talvez proveitosas, quando não insiste em propor CPIs nas assembleias de tais unidades para atingir os adversários. Nada contra esse exercício incoerente de oposição, por vezes válido, mas que não se coaduna com a postura do PT federal, ditada pelos interesses de Lula.

Esse PT, longe de ser democrático, bloqueia, quando não a criação, os objetivos de CPIs essenciais à investigação de irregularidades e crimes, contrariando, pois, a conduta do PT de oposição quanto aos governadores e prefeitos antigovernistas, fora ou não do esquema de Lula.

Como o Stalin da biografia de Simon Montefiore, Lula, sem ideologia, arrasou, portanto, os valores éticos do PT nos estados, ao abusar da fisiologia, para negociar ou manter alianças no Congresso.

A propósito da ética, esse valor, para os estoicos gregos, era absoluto. Como a gravidez, havia ou não havia. Em Roma, porém, num ensaio (Paradoxo dos estoicos), Cícero condenou o severo rigor do estoicismo.

Roma enfrentava mudanças econômicas, sociais e políticas e, segundo o historiador Renato Badalí, em prefácio atual à obra de Cícero, também “uma profunda crise da religiosidade tradicional”. A necessidade do império, de amaciar a rigidez ética dos gregos e de ser leniente com os vícios romanos em todos os setores, foi-lhe fatal.

Dir-se-ia, hoje, que os dois PTs — o que parece melhor, por agir supostamente em função dos antigos valores éticos do partido, e o ruim, que aceita tudo, face à fisiologia dos objetivos de Lula — travam, no Brasil, a mesma batalha imperceptível que levou Roma à decadência. Os tempos são outros, mas as ambições políticas continuam iguais.

ÉTICA: NÃO EXISTE MEIA-ÉTICA

Lei moral e grandeza nacional


Autor(es): Luiz Eduardo Rocha Paiva (General da reserva)
Correio Braziliense - 18/05/2009


O respeito a um código tácito de valores morais e éticos é um dos alicerces da grandeza das nações. Riqueza, desenvolvimento e poder político, isoladamente, não lhes conferem coesão, bem-estar e autorespeito, nem lhes sustentam em desafios extremos. O código é a lei moral (consuetudinária), amálgama da união dos cidadãos entre si e entre a nação e sua liderança. O triunfo das forças de cidadãos-soldados gregos sobre as de mercenários e escravos da poderosa Pérsia, na antiguidade, é um exemplo emblemático.


O mundo é um tabuleiro de xadrez, um teatro de constante disputa entre nações. Como no jogo, uma boa estratégia abre oportunidades para a vitória, mas não é o suficiente. Assim foi, também, na guerra fria. A URSS mascarou, com a ideologia comunista, o propósito expansionista herdado da Rússia Imperial, numa inteligente estratégia de projeção de poder, capaz de ocultar o real objetivo do estado soviético. Um equívoco fatal, porém, foi descartar a liberdade de seu código de valores, condenando-se ao atraso, exceto nos campos militar e científico-tecnológico.


Nações com vocação de grandeza cultuam pátria, liberdade, história, dever, justiça, vida, família e disciplina, entre outros valores, como sínteses de princípios morais e éticos inspiradores de nobres ideais. Ao criar referenciais de excelência, enaltecendo seus feitos históricos e heróis, uma nação estimula a busca da perfeição, o que torna seu povo altivo, disciplinado, empreendedor e unido, ou seja, a base de sua grandeza. A liberdade, que permeia e sustenta o código, é o diferencial cuja ausência fez ruir tantos impérios. Ao suprimi-la, a URSS distorceu valores fundamentais e, assim, a lei moral. O Partido Comunista estava acima de nação, vida e família, e tinha a justiça como serva, história e tradições foram deturpadas pela ideologia, disciplina e dever eram impostos por ameaças. Em síntese, um estado déspota de nações escravas.

No entanto, liberdade não é passe livre para o cidadão fazer o que quer, restringindo direitos de outros. Cidadania também é disciplina e respeito ao próximo. Até nas democracias, a liberdade para progredir, individual e coletivamente, fica cerceada quando as instituições não impõem o império da justiça e as lideranças usam poder, riqueza e cargos para se apoderarem de bens por direito pertencentes à sociedade. A nação perde a esperança, a coesão, a confiança em seus dirigentes e o respeito internacional.

O Brasil desponta outra vez como potência emergente, com projeção político-econômica mundial, indicadores positivos de desenvolvimento, crescimento da classe média, melhor distribuição de renda e participação destacada no comércio internacional. basta. Mas isso não basta.
O país padece de grave enfermidade moral na sociedade e em sua liderança
, com prejuízo da coesão nacional necessária para enfrentar os desafios que virão, exatamente por sua inserção no cenário dos conflitos — o tabuleiro de xadrez. A liderança é patrimonialista, amplamente corrompida nos Poderes da República e em outros setores da vida nacional e se apodera dos bens públicos como se fossem sua propriedade. Apoia-se em sua impunidade e na omissão de uma sociedade sem esperança na justiça, ela própria assumindo a falta de ética e valores. Sociedade carente de exemplos, que perdeu os referenciais e, anestesiada, contenta-se com a satisfação das necessidades básicas e a falsa noção de liberdade, que usa sem responsabilidade e disciplina, tornando-a um bem ilusório. Agoniza a lei moral, condição de grandeza.

A cura desse mal não virá dos desacreditados partidos políticos, nem do processo eleitoral incapaz de, por si só, aperfeiçoar a democracia, como alguns se iludem. A mídia é um setor importante para limitar a capacidade da liderança de praticar abusos, se for capaz de resistir às ameaças de mordaça política, financeira e ideológica e permanecer livre, imparcial, vigilante e corajosa. No entanto, um choque de valores terá de vir da sociedade, ser aplicado nela própria, assimilado pelas famílias e por um sistema educacional moral e profissionalmente recuperado, capaz de gerar cidadãos íntegros, cientes de que liberdade sem disciplina esgarça o sistema social; e onde professores sejam verdadeiros mestres e não “tios ou companheiros” status irreais que deformam a convivência saudável em temerária intimidade. Gerações e lideranças bem formadas, não deformadas, vão revigorar a lei moral e, então, a grandeza nacional.

ELEIÇÕES 2010 [In:] "EU SOU NUVEM PASSAGEIRA..." *

Nuvens sobre 2010


Autor(es): Fernando de Barros e Silva
Folha de S. Paulo - 18/05/2009

A sucessão de Lula entrou num período de grande indefinição. A doença de Dilma Rousseff fez ruir em poucas semanas a percepção quase unânime no meio político de que a disputa se travaria entre ela e o governador José Serra. Essa segue sendo uma possibilidade. Mas agora é apenas isso -um cenário possível entre outros, num ambiente cercado de muitas dúvidas e expectativas.
O desarranjo de um jogo que se entendia encaminhado reabre apetites e reanima a tentação por soluções que pareciam descartadas. A mais heterodoxa é a proposta do terceiro mandato, insuflada por alas da base petista. Pelas mãos de representantes do lúmpen do governismo, ela já ressuscitou e vai fazer parte das conversas daqui por diante. Por quanto tempo e com qual desfecho ainda não se sabe.
A doença da ministra já comprometeu a unidade precoce dos petistas em relação a 2010. Hoje, estão diante de opções difíceis: manter o apoio à candidatura Dilma, embarcar pra valer na chicana do terceiro mandato ou inventar um novo nome. Palocci é, de longe, o favorito dos donos do dinheiro, mas, mesmo que o STF o absolva, é preciso enfeitar muito a realidade para separá-lo do crime contra o caseiro.
O PMDB a partir de agora vai subir seu preço e postergar compromissos. E Ciro Gomes, que já tentava cavar uma fenda improvável entre PT e PSDB, talvez vislumbre algo mais promissor num quadro de tantas incertezas.
Aécio, que nos bastidores parecia estar se acertando com Serra, agora também pode ser tentado a reavaliar suas chances. Mas não é só isso que deve tirar o sono do governador paulista, em tese o maior beneficiado pelo revés no campo adversário. A prudência que mostrou até aqui, recusando-se a admitir a candidatura, neste novo cenário pode sugerir ao eleitor inapetência, hesitação e medo de enfrentar o grande desafio. Abriu-se uma cratera no caminho de 2010. Como se diz lá na roça, a política não aceita o vazio.

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(*) NUVEM PASSAGEIRA (Composição: Hermes de Aquino).

Eu sou nuvem passageira
Que com o vento se vai
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai

Não adianta escrever meu nome numa pedra
Pois esta pedra em pó vai se transformar
Você não vê que a vida corre contra o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar

A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito
E a namorada analisada por sobre o divã

Por isso agora o que eu quero é dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer, vou me matar
Eu vou deixar um dia a vida e a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar
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http://letras.terra.com.br/hermes-de-aquino/46354/
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EDUCAÇÃO: PREMIANDO A MÁ-QUALIDADE (... e viva as salas de bate-papo e a ''jerassaum Chuxa"...)

Prova muda para avaliar alunos fracos
Na série B da educação


Autor(es): Demétrio Weber
O Globo - 18/05/2009

Alunos do Brasil e outros países têm desempenho tão fraco que teste muda para avaliá-los

O baixo desempenho de países como o Brasil levou o Programa Internacional de Avaliação de Alunos a criar prova com questões mais fáceis.

O baixo desempenho do Brasil e de um grupo de países num dos mais importantes testes de ensino, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), obrigou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) a reformular a nova edição da prova. O teste, que no Brasil será aplicado na próxima semana, terá questões mais fáceis. O objetivo é traduzir melhor o desempenho de quem vai mal no teste, separando estudantes que praticamente não sabem nada dos que demonstram um mínimo de conhecimento.

Em 2000, o Brasil amargou o último lugar em leitura, entre 32 nações.

Deixou a lanterna mais tarde, após um grupo adicional de países fazer a mesma prova. No ranking final, o Brasil passou para a 39aposição entre 43 nações. Em 2006, o país ficou em 49olugar entre 56 participantes — à frente da Argentina, mas atrás de Indonésia, Romênia, México, Uruguai e Chile. O Pisa é realizado a cada três anos. Em 2006, a Coreia do Sul tomou a liderança da Finlândia na prova de leitura.

A decisão de incluir questões mais fáceis para todos os países que participam do exame coincide com a ampliação do Pisa. Este ano, a prova avaliará jovens de 72 países — mais do que o dobro dos 32 participantes na estreia, em 2000. O foco será a capacidade de leitura.

— Não é que o teste vá ser mais fácil. Será tão difícil quanto antes. O que queremos é descrever melhor o desempenho dos alunos com menos habilidades — resume o coordenadorgeral do Pisa junto à OCDE, Andreas Schleicher.

Pontuação inferior até ao nível mínimo

Ele diz que todos os países têm estudantes com fraco desempenho.

Mas o que varia — e muito — é a proporção. No teste de leitura de 2006, 55,5% dos jovens brasileiros ficaram abaixo do nível 2, que é o mínimo recomendado pela OCDE, na escala até 5.

Nada menos do que 27,8% deles foram classificados abaixo do nível 1. Ou seja, tiveram uma pontuação tão baixa que não aparece sequer na tabela de níveis de proficiência em que são indicadas as habilidades dos alunos. Na Argentina, foram 35,8% na mesma situação; na Colômbia, 30,4%; No Uruguai, 25,3%; no Chile, 14,8%. Entre os países da OCDE, esse percentual ficou em 8,9%.

No nível 1, reservado a quem tirou pelo menos de 334,8 pontos na escala até 800, os jovens são capazes de compreender somente textos simples, identificando o tema principal e situando fragmentos de informação.

O que dizer, então, de quem ficou abaixo de 1? — É exatamente o que queremos fazer com essa escala maior de questões: discriminar melhor os estudantes que sabem muito pouco dos que sabem algo — afirma Schleicher.

No Brasil, 56 mil alunos fazem o teste

Único país sul-americano presente em todas as edições do Pisa, o Brasil volta a se submeter ao exame entre 25 e 29 de maio. Cerca de 56 mil alunos brasileiros farão o teste em 587 municípios. Participam jovens de 15 anos, de escolas públicas e particulares, independentemente da série em que estão matriculados.

O Pisa testa a capacidade dos estudantes em três áreas: leitura, matemática e ciências. O foco de 2009 será leitura. A OCDE reúne 30 países, a maioria de Primeiro Mundo, além de México, Eslováquia e Polônia.

Dos 56 mil alunos brasileiros matriculados em 990 escolas públicas e privadas, cerca de 30 mil constituem a amostra do Pisa propriamente dito, isto é, têm 15 anos e frequentam turmas da 7asérie (8oano) do ensino fundamental ao 3oano do ensino médio. Os demais 26 mil estão todos no 1oano do ensino médio, independentemente da idade.

O motivo das duas amostras é que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame no Brasil, quer comparar o impacto do atraso escolar. Afinal, 47,5% dos estudantes do 1oano estão acima da idade prevista. A ideia é comparar as notas dos dois grupos.

A defasagem idade-série é resultado da repetência e da evasão.

Ela prejudica o desempenho do país no exame.

— Temos mais de 3 milhões de jovens de 15 a 17 anos ainda no ensino fundamental. O Brasil tem uma dívida social histórica — diz o diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica do MEC, Carlos Artexes.

O Inep pagará R$ 1,9 milhão para realizar o Pisa. Pelo menos 80% dos estudantes sorteados devem fazer o exame. Em 2006, o Brasil não atingiu o índice, e a OCDE teve de arredondar os dados de participação para cima, o que é previsto. A Holanda já ficou de fora por não alcançar a amostragem mínima. Os resultados serão divulgados no ano que vem.

FUSÕES E AQUISIÇÕES: SADIA+PERDIGÃO = ''BRASIL FOODS''

Perdigão e Sadia batem martelo sobre fusão
Perdigão e Sadia superam entraves para criar a Brasil Foods


Autor(es): David Friedlander e Ricardo Grinbaum
O Estado de S. Paulo - 18/05/2009


Representantes das duas empresas definiram ontem as principais questões que faltavam para assinar contrato

Depois de meses de suspense e várias reviravoltas, os principais acionistas de Sadia e Perdigão resolveram ontem as últimas pendências técnicas para a união das duas companhias. Executivos de bancos e advogados que representam os acionistas passaram o fim de semana discutindo como resolver as questões que faltavam para a assinatura do contrato. Segundo uma fonte ligada às negociações, "há 99% de chances" de a fusão ser anunciada hoje.

especial

Os controladores das duas empresas já haviam acertado o negócio desde a semana passada, mas faltava esclarecer alguns pontos. A principal dúvida era o que fazer com a holding financeira, que controla o banco e a corretora da Sadia, e que tem um patrimônio líquido de cerca de R$ 200 milhões. A holding não foi incluída no negócio, mas acionistas da Sadia gostariam de transferi-la para a nova empresa para, em seguida, vendê-la.

Já os controladores da Perdigão não aceitaram a transferência, mesmo que temporária, com o argumento que o estatuto da companhia proíbe a participação em bancos. Com a recusa da Perdigão, os sócios da Sadia cogitaram ficar com a holding, mas desistiram depois de avaliar que sem a grife e a estrutura da Sadia seria arriscado manter um banco. A solução encontrada foi a liquidação do banco, mesmo implicando em perdas para os acionistas. Já a corretora provavelmente será transferida para a nova empresa, para ser vendida em seguida.

Com a superação dessa questão, os advogados foram encarregados de preparar os contratos. Até o início de ontem, os papéis ainda não haviam sido assinados. Mas os acionistas das duas empresas têm pressa. Eles avaliam que quanto mais rápido fecharem negócio menos resistência enfrentarão para a fusão.

NOVO NOME

A Brasil Foods, esse é o nome de batismo, nasce exibindo uma coleção de títulos globais, segundo os especialistas: maior empresa de alimentos industrializados do Brasil, a 10 ª maior das Américas, número um do mundo no processamento de carne de frango. Populares e respeitadas pelo consumidor brasileiro, as marcas Sadia e Perdigão serão mantidas.

A operação será feita por meio de uma troca de ações. A ideia é que os papéis da nova empresa tenham liquidez e valorização suficientes para oferecer às famílias Fontana e Furlan, controladoras da Sadia, condições satisfatórias se quiserem sair do negócio. Os acionistas da Perdigão ficarão com 68% da Brasil Foods e os da Sadia com 32%.

Como o capital da empresa ficará pulverizado no mercado de ações, os dois grandes acionistas de Sadia e Perdigão continuarão predominando na nova sociedade. São a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que lidera os controladores da Perdigão, e as famílias Fontana e Furlan, da Sadia. O conselho de Administração terá dois presidentes: Nildemar Secches, da Perdigão, e Luiz Fernando Furlan, da Sadia.

Numa segunda etapa, o negócio prevê uma emissão pública de ações, para captar algo como R$ 4 bilhões. O BNDES pode entrar na operação, comprando papéis da nova empresa. Os recursos serão usados para capitalizar a companhia e tentar equacionar as finanças da Sadia, que entra na Brasil Foods carregando um prejuízo de R$ 2,6 bilhões com derivativos de câmbio.

A operação dá origem a uma estrutura que emprega cerca de 100 mil funcionários, vende seus produtos em mais de cem países e faturou R$ 22 bilhões no ano passado. No Brasil, a nova empresa domina mais de 50% do mercado em diversos segmentos, como carnes congeladas, massas e margarinas.

A maior transformação deverá ocorrer no cenário internacional. A expectativa dos analistas é que a partir de agora a Brasil Foods concentre forças no exterior. Uma passará a vender os produtos da outra. O plano é aproveitar a boa imagem da Sadia no exterior. Hoje, sua marca pode ser avistada em outdoors nas ruas de Bagdá ou de Moscou.

Uma das primeiras providências, segundo um dos acionistas da nova companhia, será reavaliar duas providências tomadas pela Sadia como reação à crise: a venda da fábrica da Sadia em Kaliningrado, na Rússia, e o engavetamento do projeto de construção de uma nova unidade nos Emirados Árabes.

OBSTÁCULOS

A partir de agora a Brasil Foods terá pela frente decisões importantes e alguns obstáculos. No campo das escolhas, será preciso enxugar custos. Os analistas mais radicais falam em ganhos de sinergia de até R$ 4 bilhões, o que significa fechar fábricas em áreas onde as duas empresas estejam muito próximas umas das outras, unificar estruturas, demitir funcionários.

Entre as barreiras, destacam-se o processo de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)e a situação financeira da Sadia. O percurso no Cade tende a ser difícil, já que há forte concentração de mercado em vários segmentos.

Quanto ao quadro financeiro da Sadia, a tentativa de diluir seu endividamento dentro da nova estrutura envolve uma oferta pública de ações para captar cerca de R$ 4 bilhões. Nos balanços do primeiro trimestre, as duas empresas apresentaram um prejuízo somado superior a R$ 400 milhões.

INDÚSTRIA: TERCEIRIZAÇÃO & CLT (O sino no pescoço...)

Indústria tenta mudar projeto sobre terceirização
Projeto de lei pode tornar inviável contratação de serviço terceirizado


Autor(es): Lu Aiko Otta
O Estado de S. Paulo - 18/05/2009
A indústria teme que o uso de serviços terceirizados se torne inviável no País, com a aprovação do projeto de lei que regula o assunto e que está prestes a ser votado na Câmara dos Deputados. "Com aquele texto, a terceirização vai acabar", sentencia o gerente executivo da Unidade de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Emerson Casali. Esta semana, governo, sindicalistas, empresários e parlamentares iniciam negociações para tentar substituir o projeto de lei por uma versão de consenso que está em elaboração no Ministério do Trabalho.


"O trabalhador terceirizado é o único que não conta com nenhuma proteção na lei", disse o professor José Pastore, consultor da CNI, ao explicar que a entidade defende a regulamentação dessa relação de trabalho. Ele reconhece, também, que a terceirização "virou sinônimo de precarização", pela forma como vem sendo utilizada.

No entanto, os industriais avaliam que o texto, tal como está na Câmara, aumentará tremendamente o risco de as empresas que contratam serviços terceirizados serem processadas pelo descumprimento de obrigações trabalhistas que deveriam ter sido pagas pelas terceirizadoras. O projeto de lei prevê a chamada "responsabilidade solidária". Por esse mecanismo, um trabalhador terceirizado que não tenha recebido seus direitos pode escolher quem quer processar: a terceirizadora ou a empresa que contratou o serviço. "Vai sobrar para quem tem o bolso mais fundo", afirmou Pastore.


É uma situação diferente da que existe hoje. Como não há uma lei regulando o trabalho terceirizado, a referência dos juízes do Trabalho tem sido a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de 1995. Ela prevê a chamada "responsabilidade subsidiária". Por ela, a terceirizadora é a primeira a responder pelos encargos trabalhistas não recolhidos. Se ela não pagar, a conta sobra para a empresa que contratou os serviços terceirizados.

É o que aconteceu semana passada com o Supremo Tribunal Federal (STF), que teve de quitar dívidas da empresa Capital, contratada para prover serviços como limpeza e segurança. Segundo Pastore, esse é um problema bastante comum no setor público. Para contratar serviços terceirizados, o governo tem de seguir a Lei de Licitações, que manda optar pelo menor preço. Muitas vezes, esse preço mais baixo não é suficiente nem para cobrir os encargos trabalhistas dos terceirizados.

Casali observou que há diferentes interpretações para a súmula 331 e não são raras decisões divergentes. Por isso, processos podem se arrastar por anos, em prejuízo do trabalhador. Normalmente, a empresa que contratou serviços terceirizados briga para não pagar a conta - porque, a rigor, ela pagou à terceirizadora o suficiente para que os direitos dos trabalhadores fossem honrados. É por essa razão que uma ala do sindicalismo passou a defender a responsabilidade solidária.

Ele acredita que, com a aprovação de uma lei, as decisões judiciais tenderão a ser mais uniformes.

O texto que está na Câmara previa a responsabilidade subsidiária, segundo explicou o relator da matéria, deputado Sandro Mabel (PR-GO). No entanto, explicou, o projeto foi modificado por um destaque votado em separado, que impôs a responsabilidade solidária. "Vamos tentar votar um destaque e mudar para responsabilidade subsidiária", disse. O deputado disse que o próprio governo está convencido que o texto, tal como está, "não é uma Brastemp".

A rigor, o texto da Câmara não agrada a ninguém, segundo informou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado federal pelo PTB paulista. A CNI e a Força não querem nem a responsabilidade solidária nem a subsidiária, mas sim um sistema misto.

"É uma fórmula pela qual a empresa que contrata mão de obra terceirizada mas fiscaliza se os encargos estão sendo recolhidos se livra do risco de um processo", explicou Paulinho. Pela proposta, se a empresa contratante monitora a terceirizadora, sua responsabilidade é subsidiária. Se não acompanha, é solidária.

Esse sistema misto consta de um anteprojeto de lei que está em análise no Ministério do Trabalho. Ele é resultado de um grupo de trabalho formado por trabalhadores, empregados e governo.

Serviço ficou mais caro nos últimos 3 anos

Empresas reclamam da baixa qualidade dos trabalhadores e da insegurança jurídica


Quase metade das indústrias que contrataram mão de obra terceirizada nos três últimos anos pagou custos maiores do que o esperado. É o que mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.443 empresas. Esse problema foi apontado por 48% das empresas que terceirizaram os serviços.

A queixa mais frequente, registrada por 58% delas, foi a baixa qualidade dos trabalhadores. 47% das indústrias apontaram a insegurança jurídica, ou seja, o temor de sofrer um processo trabalhista, como um dos três maiores problemas da terceirização. Apesar desses problemas, 46% das entrevistadas acham que perderiam competitividade, se não pudessem contratar terceirizados e 79% pretendem manter ou aumentar a terceirização.

Mais de metade das indústrias brasileiras, ou 54%, usou mão de obra terceirizada, segundo a pesquisa da confederação. Isso coloca o Brasil na média mundial, segundo o professor José Pastore, consultor da CNI. Ele observou, porém, que em alguns países da Europa e no Japão, a terceirização fica entre 70% e 80%.

CUIDADOS

A redução dos custos é o principal atrativo da terceirização. Para 91% das empresas pesquisadas, ela é determinante para a decisão de contratar terceirizados. No entanto, a prática mostra que a terceirização é mais complicada do que muitos pensam. A empresa que contrata terceirizados tem de recolher as contribuições ao INSS desses trabalhadores, enquanto eles estiverem a seu serviço. O pagamento de outros direitos, como o FGTS, férias e 13º salário ficam por conta da empresa que presta o serviço, mas é recomendável que a contratante monitore.

Segundo o gerente executivo da Unidade de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI, Emerson Casali, grandes empresas muitas vezes contratam uma auditoria específica para isso. A precaução é necessária, pois se a companhia que presta o serviço não honrar seus compromissos, a contratante pode ficar responsável pela conta.

Não por acaso, a terceirização é mais comum entre as grandes empresas do País.

Entre as pequenas, 42% usam terceirizados. Nas médias, o porcentual sobe para 63% e nas grandes, 74%.

Para a CNI, a terceirização não deve ser vista como uma forma de cortar custos, mas como uma evolução do processo produtivo, que está sendo adotada no mundo inteiro. Da mesma forma que uma fábrica de automóveis compra todas as peças prontas, eles acreditam que a indústria tende a fragmentar cada vez mais sua produção.

Do ponto de vista da entidade, a terceirização é uma oportunidade para contratar mão de obra altamente especializada. L.A.O


NÚMEROS

91% das empresas

pesquisadas pela CNI afirmam que a redução de custo é o fator determinante para contratação de mão de obra terceirizada

58% das empresas
afirmam que a qualidade dos trabalhadores é baixa

47% das empresas
temem sofrer um processo trabalhista

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

18 de maio de 2009

O Globo

Manchete: CPI também vai apurar patrocínios da Petrobras

Lula: Investigação é político-eleitoral e coisa de quem não tem o que fazer

A oposição também quer investigar na CPI da Petrobras os patrocínios culturais da estatal com indícios de irregularidades. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai requerer cópias dos inquéritos abertos pela Policia Federal e das auditorias do Tribunal de Contas da União. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o uso político-eleitoral e disse que senadores que pediram a CPI "não têm outra coisa para fazer". (págs. 1 e 13)

Presidente pede uso de reservas

Na Arábia Saudita, o presidente Lula defendeu que os países emergentes destinem o dinheiro de suas reservas internacionais para investir em atividades produtivas e educação, em vez de aplicar em títulos do Tesouro americano. (págs. 1 e 13)

Foto legenda: Alvo de protestos no reduto antiaborto

O presidente dos EUA, Barack Obama, recebe o título honoris causa da Universidade de Notre Dame, palco de protestos de católicos antiaborto. Obama, que é favorável ao aborto, pediu "mentes e corações abertos". (págs. 1 e 17)

Prova muda para avaliar alunos fracos

O baixo desempenho de países como o Brasil levou o Programa Internacional de Avaliação de Alunos a criar prova com questões mais fáceis. (págs. 1 e 3)

Chávez agora ameaça ONGs estrangeiras

A Assembleia da Venezuela deve aprovar uma lei que dá a Hugo Chávez controle total sobre fundos estrangeiros e pode impedir o trabalho de ONGs. (págs. 1 e 18)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Imposto sustenta sindicatos de fachada

Só 20% das 500 mil indústrias estão associadas a alguma entidade patronal

Os sindicatos patronais vivem uma crise de representatividade. Apenas 20% das 500 mil indústrias brasileiras estão associadas a alguma entidade; em paises desenvolvidos o percentual de adesão chega a 35%.

Empresários, procuradores do trabalho e advogados estimam que 80% dos quase 4.000 sindicatos patronais registrados no Ministério do Trabalho têm pouca ou nenhuma representatividade.

"Eles sobrevivem só para arrecadar o imposto sindical, recolhido de forma compulsória", diz Laerte Augusto Galizia, advogado que atua há 40 anos na área.

A proliferação de agremiações acontece porque mantê-las é um bom negócio. Em 2008, o setor patronal arrecadou R$ 363 milhões. Os sindicatos ficaram com 60% desse valor. O resto foi para federações, confederações e governo. (págs. 1, B1 e B4)

No MA, parede vira mictório em abrigo sem água nem luz

Cidades afetadas pelas enchentes no Ceará, no Maranhão e no Piauí estão sem energia elétrica até em abrigos improvisados. Em Trizidela do Vale (MA), cerca de 40 famílias vivem em hospital abandonado, sem luz, cesta básica e água potável.

Os repórteres Matheus Magenta e Fernando Donasci passaram uma noite no abrigo, onde mães não dormem para espantar mosquitos, e paredes viraram mictórios. (págs. 1 e C4)

Foto legenda: Maria de Souza Pinheiro e seu filho em antigo hospital transformado em abrigo devido às chuvas, em Trizidela do Vale (MA)

Bancos faturam com ignorância financeira, avalia matemático

O matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho diz, na entrevista da 2ª, que falta ética na relação de bancos com seus clientes. Para o professor, despreparo de gerentes e falta de transparência de bancos e governos acarretam perdas para pequenos investidores.

Para ele, o brasileiro não tem tradição de controle e planejamento, o que gera alto custo à sociedade. (págs. 1 e A12)

Senado usa CPI para tirar foco de denúncias, diz presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu em Riad (Arábia Saudita) que, por trás da criação da CPI da Petrobras, pode estar uma tentativa de tirar foco de denúncias no Senado ou interesses eleitorais "menores".

O governo ainda tentará uma última negociação com tucanos e democratas para evitar a abertura da CPI. Caso volte a fracassar, a ordem é isolar os tucanos. (págs. 1 e A4)

No Sri Lanka, rebeldes tâmeis admitem derrota

O grupo separatista Tigres Tâmeis, que trava guerra civil desde 1983 no Sri Lanka para criar um Estado para a minoria tâmil, admitiu ter sido derrotado pelo governo e propôs depor armas em troca de cessar-fogo. O governo diz que manterá ataques aos "terroristas". (págs. 1 e A9)

Editoriais

Leia "No banco dos réus",que analisa dificuldade de garantir direito autora1 na internet; e "Segurança e corrupção". (págs. 1 e A2)


Marina Silva: MP chancela a grilagem na Amazônia

A pretexto de resolver a crônica desorganização fundiária, a recém-aprovada Medida Provisória 458 coloca a Amazônia em risco. Com os adendos, chancela o festival de grilagem na região e abre portas para mais concentração agrária. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: PSDB aceita ouvir Gabrielli, mas não abre mão da CPI

Se não adiantar nada, depoimento perde o sentido, diz ministro José Múcio

Líderes do PSDB afirmaram ontem que o depoimento do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não será "moeda de troca" para impedir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar supostas irregularidades na estatal. "Não tapo meus ouvidos para ninguém, mas uma coisa não invalida a outra", disse o líder dos tucanos no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), ao lembrar que a decisão de instalar a comissão já foi tomada. "Ouvi-lo antes ou depois não faz diferença, desde que a CPI seja instalada e caminhe", concorda o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). O depoimento ainda não tem data definida. O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, admite que os tucanos “estão no direito deles", mas pondera: “Se não vai adiantar nada, não tem sentido ele (Gabrielli) ir ao Congresso". A oposição aproveitou o confronto entre a Petrobrás e a Receita Federal por conta de compensações fiscais que renderam R$ 4 bilhões à estatal para aprovar a comissão. Em Riade, na Arábia Saudita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar a oposição. Para ele, trata-se de "questão político-eleitoral". Segundo Lula, a decisão de 30 senadores que mantiveram a assinatura do requerimento para implantar a CPI é coisa de "quem não tem nada para fazer". (págs. 1 e A4)

Frase
"CPI da Petrobrás é coisa de quem não tem mais nada para fazer"
Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República

Foto legenda: Boas-vindas - Lula é recebido com incenso na Arábia Saudita

Perdigão e Sadia batem martelo sobre fusão

Os principais acionistas de Perdigão e Sadia concluíram ontem à tarde o acordo para a união das companhias na Brasil Foods. A nova empresa nasce como a líder no setor de alimentos industrializados do País e a número 1 do mundo no processamento de carne de frango. Analistas esperam que a Brasil Foods concentre suas forças no exterior. No mercado interno, as duas marcas serão mantidas. (págs. 1, B8 e B9)

Indústria tenta mudar projeto sobre terceirização

Governo, sindicalistas e empresários negociam para substituir projeto prestes a ser votado na Câmara que regula a terceirização de serviços. A indústria teme que contratantes sejam processadas pelo descumprimento de obrigações trabalhistas das prestadoras de serviço. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal já teve de arcar com dívidas da sua fornecedora de equipes de segurança e limpeza. (págs. 1, B1 e B3)

Com 78 casos de gripe suína, Japão fecha escolas

O número de casos da gripe suína cresceu mais de 1.000% em 24 horas no Japão, surpreendendo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que avalia se deve conferir à disseminação da doença o status de pandemia. Tóquio anunciou medidas como o fechamento de escolas depois que os registros saltaram de 8 no sábado para 78 no domingo - até mesmo pessoas que não viajaram recentemente ficaram doentes. O Brasil fará hoje na abertura da Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, apelo por garantia de acesso a remédios e tecnologia. Os EUA rejeitaram acordo nesse sentido. (págs. 1 e A14)

Premiê de Israel vai aos EUA com agenda anti-Irã

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Nctanyahu, reúne-se hoje com o presidente americano, Barack Obama, em Washington. Seguindo a agenda do chamado "lobby pró-Israel", Netanyahu deve priorizar a ameaça iraniana em relação à questão palestina e insistir para que os EUA endureçam ainda mais as sanções contra o Irã. (págs. 1 e A10)

Imprensa: Jornal impresso ainda seduz leitor

Pesquisa aponta vantagem sobre web quando se exclui variável preço. (págs. 1 e B12)

Anorexia: Homens buscam ajuda contra doença

Faltam dados epidemiológicos, mas médicos veem procura crescer. (págs. 1 e A15)

Notas & Informações: Doação eleitoral e lobbies

Até se entende o público associar doação eleitoral a algo escuso, tantas têm sido as irregularidades. Mas não se pode "demonizar" o sistema de financiamento de campanha, permitido por lei. (págs. 1 e A3)

Lúcia Guimarães

A década de 70, do abismo real da falência e do crime, merece anistia. (págs. 1 e D8)

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Jornal do Brasil


Manchete: Mais crédito para os bons pagadores

Cadastro positivo reduzirá juro para pessoa física

O Projeto de Lei n° 263/2004, que propõe a criação do cadastro positivo do consumidor, deve ser votado amanhã na Câmara dos Deputados, após cinco anos em trâmite no Congresso Nacional. A proposta, que tem por objetivo baixar ainda mais a taxa de juro nas operações de crédito às pessoas físicas com bom histórico de pagamento de dívidas, é vista pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda como uma importante ferramenta de incentivo ao consumo no país. Até a oposição demonstra estar a favor da iniciativa, que ainda protege a privacidade do consumidor e define punições às empresas que abrirem os dados sigilosos dos clientes. (págs. 1 e Economia A18)

Agronegócio: primazia sobre reforma agrária

Apesar das críticas dos produtores rurais pela tolerância com o Movimento dos Sem Terra (MST), o governo Lula tem sido generoso no repasse e direcionamento de recursos públicos para o agronegócio. Da administração direta e das operações de crédito de bancos estatais o setor recebeu 133% a mais do que a verba destinada à agricultura familiar e à reforma agrária. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A6)

Banda larga em 95% da rede federal de ensino

A web passará a fazer parte do dia a dia dos alunos - com o aval dos professores e no horário das aulas - em 95% das escolas públicas de ensino básico e dos polos de educação a distância (EAD), de todo o Brasil até o fim de 2010. É uma ampliação do projeto Banda Larga nas Escolas, do Ministério da Educação, para intensificar o acesso à internet. (págs. 1 e Educação A17)

Obama discute paz com Israel

O primeiro-ministro de Israe1, Benjamin Netanyahu, se reúne hoje, em Washington, com o presidente americano, Barack Obama. Segundo assessores israelenses, Netanyahu pode apoiar um processo de paz que leve à criação de um Estado independente palestino. (págs. 1 e Internacional A21)

Sociedade aberta

Arnaldo Jardim
Deputado federal (PPS-SP)

Crise aponta para uma economia mais sustentável. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta

Flávio Lazzarin
Membro da Pastoral da Terra

Modelos da agricultura e do agronegócio estão em choque. (págs. 1 e A6)

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Correio Braziliense


Manchete: Sem direito de ser criança

No Distrito Federal, 23 mil meninos e meninas abandonam a infância para cumprir longas jornadas de trabalho

Desde pequenos, eles colocam em risco a formação física e mental para assumir responsabilidades de adulto. De acordo com levantamento do Centro de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente (Cedeca), uma ONG de âmbito nacional, é numeroso o exército de profissionais mirins na capital do país. A sociedade fecha os olhos para histórias como a da adolescente de 15 anos que abandonou a escola para atuar 12 horas por dia como babá na Estrutural. O governo reconhece o problema e garante que desenvolve programas contra o trabalho infantil. (págs. 1 e Tema do Dia, 17)

Vida de concurseiro: Indignação - A desgastante espera dos aprovados para Câmara

Depois de quase dois anos do início do concurso da Câmara dos Deputados, quem passou ainda aguarda para tomar posse. Dos 212 cargos, 32 foram preenchidos. (págs. 1 e 10)

Câmara: Os defensores de uma ética bem particular

O Conselho de Ética da Câmara tem o papel de julgar os deputados acusados de ferir o decoro parlamentar. Mas os próprios congressistas que integram o grupo não andam na linha. No jogo entre interesses públicos e privados, apresentam projetos que beneficiam financiadores de suas campanhas. (págs. 1 e 2)

Controvérsia

Entenda os temas do debate sobre a reforma política (págs. 1 e 5)

DF tem nova suspeita de gripe suína

Uma mulher internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) pode ter contraído o vírus fora do país. Duas outras pacientes ainda esperam por resultado de exame (págs. 1 e 14)

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Valor Econômico


Manchete: Grande empresa banca crédito a fornecedores

Para evitar descontinuidade na produção motivada pela falta de crédito a seus principais fornecedores, as grandes companhias brasileiras passaram a intermediar o relacionamento entre eles e os bancos. Um dos exemplos é a Vale, que acaba de fechar parceria com o Bradesco para que as pequenas e médias empresas que prestam serviço à mineradora possam descontar de forma automática o que têm a receber da companhia.

Os acordos têm várias formas. Em alguns casos, prevê o desconto das duplicatas de forma automática, com a garantia de pagamento oferecida pelas empresas de primeira linha. Em outros, há o repasse direto dos recursos bancários por meio da antecipação dos pagamentos dentro da cadeia produtiva. (págs. 1 e C1)

Novo Refis reduz dívida em até 50%

O projeto de conversão em lei da MP 449, que espera sanção do presidente Lula, traz um dos parcelamentos de dívidas mais generosos do governo federal nos últimos dez anos. Segundo tributaristas, se mantido integralmente o parcelamento aprovado no Congresso, a redução do débito tributário consolidado variará de 10% a 50%.

Se a empresa resolver colocar no novo parcelamento dívidas que já estão em programas anteriores, a vantagem pode ser maior ainda. Entre os fatores que levam à diminuição da dívida está o abatimento de multas, juros e encargos legais. "As grandes reduções estão deixando as empresas na expectativa do que será ou não vetado por Lula", diz o consultor Claudinei Schnoor. (págs. 1 e A5)

Estes são os 'Executivos de Valor' 2009

Os executivos considerados os melhores em 24 setores da economia recebem nesta segunda-feira à noite, em São Paulo, o prêmio "Executivo de Valor". Escolhidos a pedido do Valor por um júri formado por dez das mais renomadas empresas de "headhunting" que atuam no país, em votação secreta, eles se destacaram pelo desempenho à frente de suas empresas em 2008.

A eleição do executivos levou em conta, além dos resultados financeiros, aspectos da gestão, como a capacidade para identificar oportunidades de inovação e de crescimento, a habilidade na liderança das equipes e a imagem da empresa no mercado. (pág. 1)

Lula busca investimento na China

Estimular os investimentos chineses no Brasil é um dos principais temas das negociações do presidente Lula com o líder chinês Hu Jintao, nesta semana. Lula desembarcou em Pequim na manhã desta segunda-feira, pelo horário chinês.

A China já investiu US$ 18 bilhões no exterior neste ano, em plena crise financeira global. Um dos principais alvos foi a compra de participação na mina chilena Escondida, a maior produtora de cobre do mundo, por US$ 3,4 bilhões. Nem um centavo tomou o rumo do Brasil. (págs. 1 e A3)

Perda de divisas ameaça Argentina

No primeiro quadrimestre, a economia argentina perdeu pouco mais de US$ 7 bilhões, valor enviado para fora do país por empresas e cidadãos, nacionais e estrangeiros. Segundo o Banco Central, US$ 5,6 bilhões deixaram o país entre janeiro e março. O valor de abril, aproximadamente US$ 1,5 bilhão, é uma estimativa otimista das corretoras de câmbio da City portenha. No ano passado, já foram remetidos US$ 22 bilhões.

O Banco Central tenta conter a fuga de capitais por meio da colocação de títulos e venda de moeda nacional. Mas o esforço está ameaçado pelas eleições legislativas marcadas para 29 de junho, um alerta que não vem da oposição, mas do próprio governo. (págs. 1 e A11)

Entrada de capital externo na Bovespa soma R$ 7,7 bi

O Brasil brilha entre os emergentes e atrai fatias consideráveis de investimento estrangeiro em busca de altas remunerações. O principal sinal desse desembarque aparece na Bovespa, onde o saldo de recursos estrangeiros acumula R$ 7,7 bilhões no ano, até dia 12. Isso ajudou a elevar o Índice Bovespa de 36 mil pontos em fevereiro para 49 mil na sexta-feira.

Segundo dados da EPFR Global, os fundos estrangeiros com foco no Brasil receberam US$ 100 milhões na semana encerrada dia 13 maio. Em oito semanas, o valor captado passa de US$ 1,8 bilhão, elevando o saldo acumulado no ano para US$ 2,26 bilhões (R$ 4,746 bilhões). Além disso, muitos bancos e fundos de pensão investem no Brasil, por meio de corretoras, sem passar por fundos dedicados. (págs. 1, D1 e D2)

Portabilidade tem baixa adesão na telefonia

Passados dois meses desde a implantação da portabilidade, apenas 1 milhão de pessoas usaram o mecanismo, que permite mudar de operadora de telefonia sem alterar o número do telefone - 0,51% do total de 195,6 milhões de linhas fixas e móveis existentes no país. Os números estão muito abaixo dos previstos por pesquisas e empresas do setor. Uma das causas, reconhecem as operadoras, é que os consumidores têm a sensação de que os serviços prestados por todas elas são muito parecidos e deixam a desejar, o que desestimula a mudança. Na telefonia fixa, não há operadora concorrente fora das grandes cidades. (págs. 1 e B3)

Após 'conservadorismo' do 1º trimestre, Banco do Brasil voltará a ampliar crédito, diz Bendine (págs. 1 e A14)


Licença ambiental gratuita

O Congresso dos EUA vota nesta semana um plano ambiental que prevê distribuição gratuita de grande parte das licenças de emissão de gases estufa às indústrias mais expostas à concorrência internacional. (págs. 1 e A11)

Parceria franco-brasileira

Quatro brasileiros, entre eles o cineasta Heitor Dhalia, diretor de "O Cheiro do Ralo", associam-se aos franceses da Celluloid Dreams para criar a produtora Celluloid Dreams Brasil. O primeiro filme começa a ser rodado em outubro. (págs. 1 e B2)

Sotaque italiano

Aos completar 25 anos, a Fispal Food Service 2009, feira da indústria de alimentação, recebe a edição brasileira da International Techno Bake Exhibition (Siab), com a presença de 15 fabricantes italianos de equipamentos para panificação, diz Marco Antonioo Mastrandonakis. (págs. 1 e B7)

Descontos na siderurgia

Consumidores de aço estão obtendo descontos em negociações com as siderúrgicas. Alguns clientes de maior porte conseguiram reduções de até 20% em certos produtos. O argumento é a queda nos custos de produção do aço. (págs. 1 e B8)

Otimismo habitacional

Expectativa com o pacote habitacional do governo federal faz as construtoras elevaram previsão de vendas neste ano. A mineira MRV aumentou suas projeções em 50%, com vendas de até RS 2,9 bilhões. (págs. 1 e B9)

Farelo chinês

Com a desaceleração da economia e menor consumo de ração, a China aumentou as exportações de farelo de soja, competindo com as vendas de Brasil e Argentina na Ásia. Com isso, a expectativa é de queda no preço do grão. (págs. 1 e B11)

Democratização da rede

A popularização da banda larga é a chave para expandir a conectividade no Brasil, onde 90% das conexões rápidas ainda atendem às classes A e B. Ao inserir milhares de pessoas na sociedade da informação, a universalização do serviço ajuda a promover o desenvolvimento. (pág. 1)

Força à certificação

Pesquisa DataFolha, encomendada pela ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, mostra que 85% dos consumidores aceitariam pagar mais por produtos com certificação de boas práticas ambientais. (págs. 1 e B12)

Ideias

Maria C. Pinotti e Affonso C. Pastore: economia sai da recessão no 2º trimestre, mas a baixa velocidade. (págs. 1 e A13)

Sergio Leo: queda do juro futuro é coerente com ventos globais. (págs. 1 e A2)


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