PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, março 27, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] CASAMATA E CAÇA VOTOS

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ALCATÉIA & AFINS ...

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Intocáveis e invencíveis


Autor(es): Nelson Motta
O Globo - 27/03/2009

Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invencíveis.


Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.


O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição democrática não tem preço.


O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Polícia? No ladrão?

Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias?

A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da lei, na liturgia do cargo.


Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder.


Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes, mas sempre sobram balas perdidas. Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a polícia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a Justiça.


Eles só têm medo de perder eleição.


Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.


Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas.

Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia.

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NELSON MOTTA é jornalista.

GOVERNO LULA: CASAS POPULARES E POPULISMO

Casas populares e castelos no ar


Autor(es): Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo - 27/03/2009


O PIOR DO plano Lula de construção de casas foi a tralha numérica e a politicalha de governo e oposição. PSDB e DEM soltaram notas críticas que iam da má-fé à vulgaridade política, passando pela vagabundagem, pois ninguém analisou bem o pacote.

O plano tem qualidades evidentes: 1) Reconhece que tem de haver subsídios para famílias com renda até uns R$ 1.400; essa conta estará no Orçamento; 2) Tenta reduzir a burocracia; 3) Cria seguros acessíveis -a falta de seguro é uma desgraça dos mercados brasileiros, da agricultura à habitação; 4) Não estatiza a produção de casas (lembre-se das notórias "Cohabs"). Mas há dúvidas sérias.

Quem vai fiscalizar a qualidade? Checar se fizeram barracos de areia? A medida provisória do plano não diz. Seria bom haver um órgão independente para tal coisa.

Entre as dificuldades materiais sérias, estão terrenos e infraestrutura. Há empresa com casas prontas, de R$ 60 mil, para o povo de renda até três mínimos. Mas essa empresa não sabe bem onde arrumar mais terrenos baratos, que tenham infraestrutura e/ou que não fiquem na órbita de Plutão: longe.

O BNDES receberá dinheiro do Tesouro, até R$ 5 bilhões, para subsidiar os juros de obras de infraestrutura. Mas quem vai pagar o principal? Prefeituras, Estados. Certeza? Quando? Para a obra sair, é preciso haver água e esgoto, luz, eletricidade, transporte e coleta de lixo, ao menos -mas não falam nada de escola nas proximidades. Nem de humanização, urbanismo, sem o que tantos bairros populares viraram desolações, depósitos de gente, quando não pré-favelas.
A numeralha, por sua vez, está entre o ficção piedosa e a cara de pau. Prometer "1 milhão" de qualquer coisa e não dar prazo equivale a dizer que lesmas e um F1 podem cobrir a mesma distância. Podem. Mas em quanto tempo? Lula estava tão ciente da picaretagem que pediu para não ser cobrado.

Não dá para saber de quanto serão os subsídios. Exemplo: famílias de renda até três salários mínimos podem pagar de R$ 50 a R$ 139,50 de prestação. Numa casa de R$ 40 mil, o subsídio iria de 58% a 85%.

Quanto custará a casa mais barata, padronizada pelo plano? Vários construtores dizem que, hoje, não fazem tais casas por R$ 40 mil (mas o governo não fixou valores).

Dizem que podem conseguir, dados o aumento da escala, a redução de impostos etc. É, pois, inviável calcular o número de casas bancáveis pelo plano. E tal meta dependeria da agilidade na seleção de famílias compradoras mais pobres (haverá político apadrinhando a lista? Como evitá-los?).

Crédito em bancos pequenos

O governo criou garantias para dívidas emitidas pelos bancos menores. O fundo que cobre eventuais perdas de correntistas poderá cobrir eventuais calotes nos CDBs de bancos menores -isso barateia o custo do dinheiro para tais instituições. Esse mercado está atolado: empresas pequenas deixam de pagar impostos e energia por não terem acesso a capital de giro, pois os bancos pequenos estavam sem dinheiro. A medida pode facilitar o dia a dia de pequenas empresas e do mercado de carros usados.

LULA [In:] ''BLUE EYES..." *

:(

Lula culpa "gente branca de olhos azuis"
Lula acusa brancos, de olhos azuis, por crise


Autor(es): Chico de Gois e Eliane Oliveira
O Globo - 27/03/2009
Ao lado do primeiro ministro britânico, Gordon Brown, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez cerimônia e apontou aqueles que seriam os responsáveis pelos problemas econômicos mundiais: os brancos de olhos azuis, que agiram de forma irracional. Um jornalista do grupo britânico de mídia BBC perguntou ao presidente se as declarações não continham um viés ideológico.

Mas Lula manteve sua posição, argumentando que não conhecia “nenhum banqueiro negro”.

— É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia tudo e que, agora, demonstra não saber nada — disse o presidente, ao lado de Brown, que tem olhos claros e ficou ligeiramente constrangido.

Após a intervenção do jornalista, Lula respondeu: — Não existe nenhum viés ideológico. Existe a constatação de um fato. Acompanhando os índices econômicos e de desemprego, o que percebemos é que, mais uma vez, grande parte dos pobres do mundo, que ainda não estavam sequer participando do desenvolvimento causado pela globalização, são as primeiras vítimas. Vejo o preconceito que se estabelece contra imigrantes nos países mais desenvolvidos.


O presidente prosseguiu, afirmando que a origem dos problemas é a falta de regulação do sistema financeiro global, que precisa se reeducar. E defendeu uma grande reforma e normas mais rígidas para os bancos: — O Brasil, há muito tempo, vem tendo responsabilidade na regulação do nosso sistema financeiro.

Aqui no Brasil, um banco só pode alavancar até dez vezes seu patrimônio líquido. No caso da crise, havia bancos alavancando até 35 vezes seu patrimônio.

Como não conheço nenhum banqueiro negro ou índio, eu só posso dizer que (não é possível que) essa parte da humanidade, que é a mais, eu diria, vítima do mundo, pague por uma crise. Não é possível.

Lula alertou que é preciso recuperar a credibilidade do sistema.

Do contrário, a classe média empobrecida poderá criar manifestações que começam como protestos políticos, depois se transformam numa grande greve e viram convulsão social.

O presidente voltou a defender a atuação do Estado e criticou os “deuses da economia” que consideram o setor público um entrave.

Lula também se disse favorável a uma atuação mais política dos líderes internacionais e atacou os paraísos fiscais: — (É preciso) mexer nos paraísos fiscais. Não pensem que será uma luta fácil. Até porque quem tem dinheiro nos paraísos fiscais não são os pobres dos quais estou falando. São outros.

Vamos ter um duro enfrentamento no G-20 para conseguirmos mexer nos paraísos fiscais.

Se fosse só as Ilhas Cayman não teria problema. Mas tem países importantes, como a Suíça, que nunca foi chamado de paraíso fiscal, mas todo mundo sabe que tem muita semelhança.

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CAMARGO CORRÊA [In:] "ALÔ, ALÔ!! RESPONDA. RESPONDA COM TODA SINCERIDADE..." *

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Caixa 2 nas conversas da empreiteira
“Por dentro e por fora”


Autor(es): Lúcio Vaz
Correio Braziliense - 27/03/2009

CASTELO DE AREIA

Em conversas gravadas pela Polícia Federal, diretores da Camargo Corrêa dão a entender que parte dos repasses de recursos a partidos políticos era feita por caixa 2. Lista com supostos favorecidos é investigada


Diretores da empreiteira Camargo Corrêa sugerem, em conversas gravadas pela Polícia Federal, que parte das doações feitas a partidos políticos foi legal e outro montante por caixa 2. Ao combinar ou informar a remessa de recursos para partidos políticos ou diretamente para candidatos, os diretores ressaltam: “Essa é por dentro, essa é por fora”. Nas conversas, eles citam nomes de políticos e as quantias destinadas, informou ontem a procuradora da República Karen Louise Kahn. A Polícia Federal investiga uma lista com o nome dos favorecidos.


Na decisão sobre o pedido de prisão dos diretores da empresa, o juiz federal Fausto de Sanctis afirma que a operação da PF apurou, “em tese, alguns diálogos que envolveriam supostas doações não declaradas para políticos e partidos políticos, eventualmente efetivadas pelo grupo Camargo Corrêa”. Ele cita que representantes da empresa teriam entrado em contato com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para a “suposta distribuição de valores a políticos ou partidos”. Segundo a decisão do juiz, constaria distribuição de dinheiro a diversos partidos, como PPS, PSB, PDT, DEM e PP, “fato que estaria listado em algum documento ou mídia eletrônica”. Os diretores Pietro Bianchi e Dárcio Brunato teriam uma relação das supostas doações. Numa das conversas, o diretor Fernando Gomes fala da destinação de R$ 300 mil ao PMDB do Pará.


Policiais e procuradores vão fazer agora um cruzamento de dados obtidos nos diálogos gravados com transferências de recursos e até com registros dos tribunais eleitorais, que informam as doações feitas de forma legal. A procuradora informou que parte dos diálogos sobre repassasses de dinheiro a políticos e partidos ocorreu durante o período eleitoral do ano passado. Ressaltou, porém, que não foram gravadas conversas com políticos. “Os políticos são mencionados, são terceiros. Não se pode dizer que eles receberam dinheiro irregularmente.” Informada de que alguns partidos apresentaram recibos de doações da empreiteira, comentou: “Se eles têm recibo, está perfeito, bom para eles. Estão juntas as duas pontas”.

Sobre a declaração do presidente do PPS, Roberto Freire, que promete recorrer à Justiça contra a divulgação do nome do partido na Operação Castelo de Areia, a procuradora afirmou: “Não existe uma investigação contra o PPS. O partido foi mencionado, e desse fato não se pode fugir. Está mencionado por um dos integrantes da organização criminosa. A atitude (de Freire) é afoita e precipitada. Quem não deve não teme”.

Indícios
Karen Kahn informou que ninguém foi indiciado e, até agora, existem apenas indícios. “Fizemos uma operação de busca e apreensão para buscar provas. O objetivo era investigar lavagem de dinheiro, ocultamento de dinheiro cuja origem não podia ser declarada.” Ela também deixou claro que ainda não existem provas definitivas sobre superfaturamento de obras: “Dizer que as obras são superfaturadas seria leviano. Mas temos informações do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público de outros estados que indicam a prática desse tipo de ilícito pela empresa. Teria havido favorecimento da empresa em licitações com a participação de políticos locais”. O TCU apontou, em 2008, superfaturamento de R$ 72 milhões nas obras da Refinaria do Nordeste, tocada pela Petrobrás em Pernambuco.

A Polícia Federal e o Ministério Público não têm mais dúvidas sobre o poder de articulação, a estrutura e o poder de fogo do grupo. Essas conclusões teriam levado ao pedido de prisão dos líderes da organização. “O que mais chama a atenção é a forma articulada, sofisticada com que se comunicavam, o que demonstra o temor de serem descobertos. Eles usavam telefones criptografados, com a utilização de códigos, senhas.” Ela explicou que dados foram decifrados porque os diálogos são rastreados durante muito tempo. Toda a investigação durou um ano e dois meses.

Relatório mostra suposta distribuição de dinheiro a partidos


Não foi esse o foco (eleitoral). Mas se esse foco se caracterizar crime, vamos apurar, independentemente de partido

Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal

Leia: a íntegra da decisão do juiz Fausto De Sanctis

Tarso defende operação
Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press
Tarso Genro (d) com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa: “Se há conotação política quem vai dizer é a justiça eleitoral”


O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou ontem que a Operação Castelo de Areia, deflagrada na quarta-feira pela Polícia Federal, tenha motivação política. Conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial flagraram diretores da empreiteira, presos na operação, tratando de doações a partidos políticos durante a campanha municipal. Tarso disse que os políticos que criticaram a suspeita levantada pela operação de que ocorreu caixa 2 em outubro passado devem procurar a Justiça Eleitoral e o Ministério Público.

“Se há conotação política ou não quem vai dizer é a Justiça Eleitoral. Quando é feito o inquérito, não se faz vínculo com ideologia, programa de partido ou liderança de partido político”, rebateu Tarso, ressaltando que a operação foi feita com neutralidade e sem exibicionismo. Até o momento, as investigações apontam que sete partidos — DEM, PSDB, PPS, PSB, PDT, PP e PMDB — podem ter recebido doações ilegais nas eleições passadas.

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, também rejeitou a crítica de que a operação tinha como foco irregularidades eleitorais. A ação da polícia apura supostas fraudes a licitações e remessas ilegais da Camargo Corrêa para o exterior, por meio de doleiros. “Não foi esse o foco (eleitoral). Mas se esse foco se caracterizar crime, vamos apurar, independentemente de partido. A Polícia Federal não atua pautada por questões político-partidárias”, disse. Corrêa, Tarso e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram, ontem à tarde, da cerimônia de comemoração dos 65 anos da PF.

Durante a solenidade, o presidente Lula apresentou uma série de números para mostrar que, nos últimos seis anos, o orçamentou da PF mais que dobrou, alcançando a cifra de R$ 4,4 bilhões. Elogiou a melhoria da prova obtida nas investigações policiais, apontando dados. Lula citou que, atualmente, 60% das prisões decretadas são preventivas ante a uma média histórica de 10%. Ao contrário das prisões temporárias, suspensas em no máximo 10 dias, as prisões preventivas são decretadas pela Justiça quando há indícios mais consistentes de irregularidades e tem um prazo de duração bem maior.

O presidente pediu que Tarso acompanhe a tramitação do anteprojeto de lei que institui a Lei Orgânica da PF. “Se não cuidar, vai ficar lá”, brincou Lula. O projeto está no Ministério do Planejamento e, antes de ser encaminhado ao Congresso, seguirá para a Casa Civil. A proposta define direitos, obrigações e prerrogativas dos federais e tem sido alvo de uma disputa interna por abrir a possibilidade de agentes e escrivães de se tornarem chefes.

Escutas

Conversa 1
Interlocutores: Marcelo e Pietro Bianchi (diretor da Camargo Corrêa)

Pietro – O que que é isso?
Marcelo – Era algumas coisas que aconteceram ontem.
Pietro – Sim... mas o que que é, campanha política?
Marcelo – É...
Pietro – Por dentro?
Marcelo – Não...
Pietro – É, então não tô sab... nem eu tô sabendo... tudo...


Conversa 2
Interlocutores: Darcy Alvarenga e Fernando Gomes com Pietro (todos diretores da empresa)

Fernando – Diz que ele tem um pendrive lá embaixo.
Pietro – Além disso, na minha pasta lá.
Fernando – Hum.
Pietro – Tem aquela pasta das eleições.
Fernando – Ah, tá bom.
Pietro – E lá tem todos os caras que foram pagos.
Fernando – Eu procuro lá então.
Fernando – A relação, inclusive... bom, inclusive o oficial... a colaboração oficial.
Fernando – Tá bom.
Fernando – Tem as duas, né?
Pietro – Tá bom.
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

27 de março de 2009

O Globo

Manchete: PF apura lista de doações de empreiteira a políticos

Esquema tinha empresas de fachada no Rio para remessas ilegais

Na Operação Castelo de Areia, que prendeu anteontem quatro diretores da Camargo Corrêa, a Polícia Federal apreendeu lista de nomes de políticos e servidores públicos ao lado de valores que teriam sido doados pela empreiteira. A PF investiga se as doações foram feitas em troca de favorecimento em obras. A maioria das doações gira em torno de R$ 100 mil, e a polícia estima que pelo menos metade dos
R$ 30 milhões que teriam sido desviados pela empreiteira em superfaturamento de obras abasteceu campanhas políticas. Segundo a procuradora Karen Louise Kahn, nos diálogos, políticos e diretores da Camargo Corrêa falavam em pagamentos "por dentro e por fora". Senadores citados em conversas gravadas dizem que só receberam doações legais. A empresa é acusada também de usar doleiros com empresas de fachada, a maioria no Rio, para remessas de dinheiro ao exterior. (págs. 1, 3 e 4)

Daslu: donos pegam 94 anos

Por decisão da Justiça Federal, a empresária Eliana Tranchesi e seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque, sócios da butique de luxo Daslu, foram condenados a 94 anos e seis meses de prisão, por comandar esquema de impostações fraudulentas. Eliana foi levada para o Carandiru. (págs. 1, 28 e 29)

Lula culpa "gente branca de olhos azuis"

Na frente do primeiro-ministro britânico, presidente diz que não conhecer banqueiro negro ou índio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou os brancos de olhos azuis de terem agido de forma irracional e, por isso, desencadeado a crise financeira global. A afirmação foi feita na presença do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em visita ao Brasil. Questionado por um jornalista britânico, Lula não recuou e argumentou que sua opinião não tinha "um viés ideológico": manteve sua posição e acrescentou não conhecer "nenhum banqueiro negro ou índio." O presidente voltou a defender que os pobres não paguem pelos efeitos da crise produzida pelos países ricos. (págs. 1 e 23)

Bancos pequenos terão R$ 40 bi

O governo aprovou uma ajuda para que bancos pequenos e médios voltem a captar recursos e conceder empréstimos. 0 Fundo Garantidor de Crédito (FGC) vai honrar integralmente título emitidos por essas instituições, permitindo injeção de R$ 40 bilhões no mercado. O fundo vai cobrir até R$ 20 milhões por depositante. Acaba também a cobrança por emissão de boletos bancários e ficam autorizados os saques de até R$ 5 mil na boca do caixa sem necessidade de aviso prévio por parte do cliente. (págs. 1 e 21)

Senado contrata 60 para área de comunicação

Em meio à polêmica sobre o excesso de funcionários, o Senado contratou 30 pessoas para a área de comunicação e vai contratar mais 30 na semana que vem, todos aprovados no último concurso. Foram demitidos sete filhos de diretores do Senado, contratados como terceirizados por empresas prestadoras de serviço. Não há previsão de punição para os diretores. (págs. 1 e 12)

Diretora eleitoral

A diretora de Comunicação do Senado, Elga Lopes, trabalhou em pelo menos cinco campanhas eleitorais desde 2003, sem se licenciar e recebendo salários da Casa. Ela afirma que estava de férias. (págs. 1 e 8)

Hillary: muro não resolve o problema

Em visita ao México, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que o muro de quase mil quilômetros construído na fronteira "não resolve o problema" do fluxo ilegal de pessoas, drogas e armas: "Vamos tratar de formular soluções melhores do que as apresentadas até agora", disse. (págs. 1 e 31)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dona da Daslu é condenada e presa

Justiça dá a Eliana Tranchesi pena de mais de 94 anos por sonegação; para advogada, prisão é ilegal e cruel

A justiça Federal mandou prender Eliana Tranchesi, dona da Daslu, e seu irmão Antonio Piva de Albuquerque, ex-diretor da loja. Eles foram condenados em primeira instância a 94 anos e meio de prisão, acusados de integrar organização criminosa para sonegar o fisco. Em 2005, a butique paulistana havia sido alvo de operação da Polícia Federal. A Justiça determinou a prisão porque entendeu que os acusados praticaram novamente crime de importação fraudulenta, mesmo depois de processo sobre o caso.

Na sentença, a juíza Maria Isabel do Prado aponta “ganância” e “cobiça” de Tranchesi e diz que sua personalidade é “voltada para o crime”. A pena supera a de Suzane Richtofen, condenada a 39 anos pelo assassinato dos pais, em 2002. Os envolvidos negam as acusações. A advogada Joyce Roysen pediu hábeas corpus alegando que a prisão da empresária é ilegal e cruel. Ela sofre de câncer e está em tratamento. Em bilhete, Tranchesi disse que as multas à Daslu, de R$ 1 bilhão, estão sendo pagas. (págs. 1 e Dinheiro)

Presidente culpa ‘gente branca de olhos azuis’ pela crise global

O presidente Lula responsabilizou “gente branca de olhos azuis” pela crise. Ao dizer que não se pode permitir que pobres, negros e índios paguem a conta da especulação, afirmou: “É uma crise causada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis que sabia tudo e agora demonstra não saber nada”. Ao lado, o premiê britânico, Gordon Brown, não reagiu. (págs. 1 e B12)

Vinicius Torrres Freire: Plano de Lula tem qualidades, mas pior é a numeralha

O pior do plano habitacional de Lula, de qualidades evidentes, foi a numeralha. Prometer “1 milhão” e não dar prazo equivale a dizer que lesmas e F-1 podem cobrir a mesma distância. Já as garantias para dívidas emitidas pelos bancos menores podem facilitar o dia a dia de empresas. (págs. 1 e B8)

Governo facilita crédito para banco pequeno

O governo decidiu oferecer garantia a papéis emitidos por bancos pequenos e médios que ainda têm dificuldades para captar dinheiro no mercado financeiro. Pelas contas oficiais, a medida permitirá que, no total, as instituições consigam até R$ 40 bilhões para emprestar a seus clientes a taxas menores que as do mercado.

O CMN (Conselho Monetário Nacional) proibiu todos os bancos de cobrar taxas pela emissão de boletos ou carnês de operação de créditos e de leasing. A regra valerá para novos financiamentos. As instituições também estão obrigadas a realizar saques de até R$ 5.000 no mesmo dia em que o pedido for feito. (págs. 1 e B7)

Dinheiro

Desemprego sobe para 8,5% em fevereiro, de acordo com o IBGE. (págs. 1 e B8)

Diálogos apontam doações ilegais de empreiteira, diz PF

A transcrição de diálogos telefônicos de diretores da Camargo Corrêa aponta que a empreiteira fez doações ilegais a partidos políticos, segundo interpretam a PF e o Ministério Público Federal. Nos diálogos, executivos citam contribuições “por dentro” e “por fora”, entrega de dinheiro “em espécie” e remessas para o exterior.

As conversas têm um código com nomes de animais. Numa delas, um suposto doleiro diz que “o canarinho está precisando de alpiste”. A empresa não comentou. Quatro diretores estão presos, mas seus advogados já pediram hábeas corpus. A oposição vê viés político na não inclusão do PT como alvo de doações. (págs. 1 e Brasil)

Senado para R$ 83, 4 mi em ajuda de custo a servidores

Um total de 9.512 servidores do Senado recebeu R$ 83,4 milhões de ajuda de custo relativa a dezembro e fevereiro. O benefício se baseia em regra que vincula o ganho dos funcionários ao dos senadores – servidores levam 3% a 30% do 14º e 15º dos parlamentares. Para a Casa, é tudo legal. No cargo há menos de um mês, o diretor de Recursos Humanos diz não responder pela gestão anterior. (págs. 1 e A9)

Editoriais

Leia “Casa popular”, sobre programa federal de habitação; e “Bônus alto e notas baixas”, acerca de escolas estaduais. (págs. 1 e A2)

Mundo

Senado da Argentina aprova antecipação de eleições legislativas. (págs. 1 e A12)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Grampos da PF indicam doação ilegal

Conversas de executivos reforçam suspeita de que empreiteira tinha contabilidade paralela

Escutas telefônicas feitas com autorização judicial indicam a participação de executivos da Construtora Camargo Corrêa no suposto esquema de doações ilegais para políticos desmontado pela Operação Castelo de Areia. Diálogos interceptados pela Polícia Federal reforçam a suspeita de que a empreiteira mantinha duas contabilidades para os repasses de dinheiro a parlamentares: uma oficial - para as doações registradas conforme a lei - e outra paralela. Em conversa gravada em 23 de setembro, Pietro Francisco Bianchi, diretor da construtora, fala sobre doações com um homem identificado só como Marcelo. "É campanha política?", pergunta Pietro. O interlocutor diz que sim e o diretor da Camargo indaga: "Por dentro?" A resposta é negativa. Segundo policiais federais, os repasses "por fora" são aqueles efetuados pelo caixa 2 da empresa, sem comunicação à Justiça Eleitoral. São citados nas gravações a Fiesp, e seu presidente, Paulo Skaf. E mencionado também Luiz Henrique, diretor da entidade baseado em Brasília e encarregado de fazer a ponte com o Congresso. (págs. 1, A4 a A8)

Operação assusta o Planalto

O advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro e conselheiro do presidente Lula, atendeu a solicitação do Palácio do Planalto e foi contratado pela Camargo Corrêa. O presidente pediu menos "pirotecnia" nas operações da PF e do Ministério Público. (págs. 1 e A7)

Lula e os banqueiros louros de olhos azuis

Durante visita do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, o presidente Lula afirmou que a crise foi causada por "gente branca, de olhos azuis". Brown proporá que o G-20 injete US$ 100 bilhões no comércio mundial. (págs. 1 e B9)

Notas e informações - Um pacote sem plano

O pacote habitacional de R$ 34 bilhões, anunciado pelo presidente Lula e pela ministra Dilma Rousseff, nasceu marcado pela improvisação. Generoso na aparência, é de realização duvidosa. (págs. 1 e A3)

Pacote já faz subir procura por imóveis populares

Construtoras especializadas em imóvel para mutuários de baixa renda registraram aumento na procura no dia seguinte ao lançamento do pacote habitacional. Em alguns plantões de venda de São Paulo, o movimento triplicou. (págs. 1, B6 e B7)

Bancos terão mais R$ 50 bi no crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem programa com o objetivo de criar condições para que bancos' menores voltem a emprestar. Os bancos foram autorizados a emitir títulos com garantia de até R$ 20 milhões contra perdas em caso de quebra da instituição financeira. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a expectativa é injetar cerca de R$ 50 bilhões no mercado de empréstimos. (págs. 1, B1 e B3)

Número
R$ 50 bilhões é quanto o BC espera que sejam injetados no mercado.

Dona da Daslu é condenada a 94 anos

A empresária Eliana Maria Tranchesi e seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque, donos da butique Daslu, foram condenados a 94 anos e 6 meses de prisão cada um sob acusação de formação de quadrilha, contrabando e falsidade ideológica. Outros cinco réus foram condenados a penas que variam de 11 a 53 anos de prisão no processo da Operação Narciso, da Polícia Federal. Juíza da 2ª Vara Federal de Guarulhos negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. (págs. 1 e B8)

Frase
"A decisão da Justiça, além de desproporcional, é injusta e cruel"
Nota oficial da Daslu

Ambiente - Poluição afeta 21% dos rios do País

A lista dos rios mais atingidos inclui a Bacia do Alto Tietê (SP) e a do Gravataí (RS). (págs. 1 e A16)

Obama vai reforçar ainda mais tropas no Afeganistão

O presidente dos EUA, Barack Obama, pretende mandar para o Afeganistão mais 4 mil soldados, além dos reforços extras já anunciados. Com isso, o total de militares americanos no país, que hoje é de 38 mil, chegará a quase 60 mil. (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil

Manchete: "Crise foi feita por gente branca e de olhos azuis"

Presidente da República fez a declaração logo após receber o primeiro-ministro britânico

Ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, que visitou ontem o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a turbulência econômica internacional tem seus culpados: os ricos brancos de olhos azuis. São eles, segundo o brasileiro, que "pareciam saber de tudo e, agora, demonstram não saber de nada". No encontro, Lula e Brown defenderam um sistema financeiro mais transparente, anunciaram proposta para a criação de um fundo global de US$ 100 bilhões, destinado a financiar o comércio internacional, e declararam apoiar a ideia de substituição do dólar como moeda padrão. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Sociedade aberta - Jorge da Silva

Metáfora de Lula é de mau gosto. Mas não foi impensada. (págs. 1 e A18)

Governo sai em defesa da PF

O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou que a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, tenha sido motivada por denúncias de cunho político, como alegaram partidos da oposição acusados de receber recursos ilícitos da construtora Camargo Corrêa. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Dona da Daslu atrás das grades

Eliana Tranchesi, referência no mercado de luxo por ser dona da butique Daslu, em São Paulo, foi condenada a mais de 94 anos de prisão por crimes que incluem sonegação fiscal. A advogada da empresária, diagnosticada este mês com câncer no pulmão, pediu um habeas corpus. (pág. 1 e Tema do dia, pág. A6)

Sociedade aberta - Júlio Gomes de Almeida

Brasileiro vai reduzir o consumo nos próximos meses. (págs. 1 e A20)

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Correio Braziliense

Manchete: Casa nova também para a classe média
No dia seguinte ao lançamento do plano habitacional voltado aos pobres, Conselho Monetário Nacional aprova mudança nas regras do Sistema Financeiro de Habitação, desta vez de olho no apoio da classe média. A partir de agora, as incorporadoras e instituições financeiras estão autorizadas a vender imóveis financiados mediante o pagamento de apenas 10% da entrada. A regra antiga estabelecia o limite em 30% e exigia mais dos mutuários. O governo articula ainda a extensão da regra aos empréstimos do FGTS, em que as taxas de juros são 32,5% mais baixas. Para isso, no entanto, é preciso a aprovação do Conselho Curador do fundo, o que deve acontecer nos próximos dias. (págs. 1 e 15)

Caixa 2 nas conversas da empreiteira

Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a Polícia Federal flagrou dois diretores da Camargo Corrêa tratando de doações de dinheiro a partidos políticos. “Essa é por dentro, essa é por fora”, combinam, citando nomes dos recebedores e respectivos valores. (págs. 1, 2 e 3)

Dona da Daslu atrás das grades

Condenada a 94 anos de prisão por contrabando e sonegação, a empresária Eliana Tranchesi, 53 anos, foi presa e levada para a penitenciária do Carandiru. Com megaloja em São Paulo, ela é o nome mais conhecido do mercado de altíssimo luxo do país. (págs. 1 e 16)

Cancelado: Concurso do DNIT é suspenso

Justiça Federal manda cancelar seleção, marcada para domingo, de candidatos a 200 vagas temporárias. (págs. 1 e 16)

Ex-dirigente tem bens bloqueados

Justiça sequestra R$ 25 milhões em bens do ex-dirigente da Finatec Antônio Dias Henriques e do casal Luis Antônio Lima e Flávia Camarero, diretores do consórcio Intercorp. Eles acumulam indícios de corrupção em contratos com prefeituras do PT. (págs. 1 e 47)

Liberado: Ibama mantém Setor Noroeste

Instituto rejeita recomendação do Ministério Público e confirma as licenças ambientais para o novo bairro. (págs. 1 e 49)

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Valor Econômico

Manchete: Montadoras e grande varejo conseguem crescer na crise

O consumidor não arriscou esperar para ver se o governo iria ou não prorrogar a redução do IPI para além do dia 31 e antecipou a compra do carro novo. Com isso, o retrato da indústria automobilística no primeiro trimestre nem de longe reflete um cenário de crise. Do início de janeiro até o dia 25 deste mês foram vendidos no país 606,7 mil veículos, o que representou uma elevação de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mantida a média diária de vendas - uma projeção modesta para um final de mês -, o trimestre fechará com pelo menos 653 mil veículos vendidos. Nos primeiros três meses de 2008 o volume somou 647,9 mil unidades.

As perspectivas para a produção em abril também são favoráveis. A indústria automobilística terá de manter o ritmo acelerado porque o apelo do IPI mais baixo fez os estoques baixarem a um volume inferior ao necessário para as montadoras poderem trabalhar sem filas de espera nas concessionárias. Para isso, várias montadoras chamaram de volta empregados que haviam sido colocados em licença remunerada.

Além da queda do IPI, a volta do crédito impulsionou as vendas. A publicitária paulista Cibele Adriana, por exemplo, não resistiu à oferta de um preço mais baixo e trocou sua Ecosport 2005 por uma nova, financiada em 48 parcelas. E teve uma surpresa: a prestação que passou a pagar é R$ 100 menor do que a que pagava pelo carro velho. Quando a crise de crédito se agravou, os bancos reduziram os prazos de financiamentos para 24 e 36 meses. Agora já ficou mais fácil encontrar financiamentos para 48 e até 60 meses.

O cenário de crise também passa longe do grande varejo. Os dirigentes de supermercados se preparam para um crescimento de 10,3% nas vendas de Páscoa em relação ao mesmo evento de 2008. Em pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), "ninguém respondeu que esperava vender menos", afirma o presidente da entidade, Sussumu Honda. O otimismo se explica pelo impacto do aumento do salário mínimo, pelos preços mais baixos e também pelos bons resultados dos últimos meses. Em fevereiro, as vendas dos supermercados cresceram 4,2% em termos reais e 10,3% em termos nominais. No bimestre, acumularam alta real de 5,4%. (págs. 1, A3 e B5)

Pré-candidatos à sucessão de Lula têm discursos e projetos muito parecidos (págs. 1 e Eu& Fim de semana)

BNDES estreia no setor da construção

O BNDES fez sua estreia no setor de construção civil. O BNDESPar participará com R$ 155 milhões na emissão de R$ 276 milhões em debêntures conversíveis da PDG Realty. A empresa já é a segunda maior em valor de mercado no segmento imobiliário na Bovespa, atrás da Cyrela.

As debêntures têm prazo de 42 meses a um custo de CDI mais 2% ao ano. "O custo e prazo da operação estão bem abaixo do observado no mercado atualmente", afirma relatório do Banco Fator. Merrill Lynch e Barclays Capital também avaliaram positivamente a operação. Os minoritários têm a opção de subscrever as debêntures. O preço de conversão é de R$ 17. Caso o valor das ações suba 40% acima desse preço após dois anos da emissão, a companhia terá direito de solicitar a conversão de até 50% das debêntures em circulação. A PDG poderá fazer o resgate antecipado pagando prêmio de 10% sobre o saldo devedor. (págs. 1 e D1)

Ideias

Maria C. Fernandes: aposta em saída rápida da crise, pacote habitacional ainda está por se provar consequente. (págs. 1 e A8)

Aumenta a contribuição das empresas estatais ao superávit primário (págs. 1 e A4)

Santo Antônio fecha seguro de valor recorde

Acaba de ser fechada no Brasil a maior apólice de cobertura de risco de engenharia atualmente no mundo. Trata-se da cobertura para a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, calculada em R$ 9,5 bilhões. O valor supera a apólice da reforma do Canal do Panamá, estimada em mais de US$ 3 bilhões.

A oferta das resseguradoras seria suficiente para garantir uma obra de R$ 15 bilhões. Participam a Allianz, Zurich e Munich Re, entre outras.

Há também o seguro garantia de R$ 2,4 bilhões, que garante aos financiadores que a obra será construída no prazo previsto. Essa apólice foi emitida anteontem e também atraiu interesse acima do pedido. O projeto das garantias começou a ser desenhado em 2005 pela OCS, corretora cativa da Odebrecht, líder do consórcio construtor da usina. O prazo das garantias é de sete anos, com extensão de dois anos para manutenção das turbinas. (págs.1 e C16)

Múltis miram o pré-sal

Grandes companhias internacionais de petróleo, como Chevron e BP, que estão fora das áreas do pré-sal, aguardam com ansiedade o novo marco regulatório do setor e preparam-se para recuperar o espaço perdido no Brasil. (págs. 1 e Bl)

Condenação na Daslu

A dona da butique Daslu, Eliana Tranchesi, foi condenada em instância a 94 anos e seis meses de prisão por formação de quadrilha, descaminho e falsidade ideológica. No total, sete pessoas foram presas. (págs. 1 e B6)

Promoções chegam à rota Brasil-EUA

As vendas de passagens para o exterior entraram em queda livre no primeiro trimestre, que termina com a reação de agentes de viagens e companhias aéreas para atrair mais passageiros com descontos consideráveis. Segundo o Favecc, grupo que reúne 26 agências de viagens especializadas em contas corporativas, as vendas de passagens internacionais recuaram 30% no período. "Vários pacotes estão com 20% de desconto e as promoções tendem a continuar nos próximos meses", afirma José Eduardo Barbosa, presidente da entidade.

As operadoras renegociaram preços com fornecedores e criaram novas formas de pagamento. Ontem, a TAM lançou promoção com operadoras em que oferece 25% de desconto no bilhete para os Estados Unidos. O mercado aéreo entre Brasil e EUA sofre com a menor demanda e também com o aumento repentino da oferta. Para azar das empresas, a crise chegou poucos meses após a expansão do acordo entre os dois países, aumentando as frequências de voo. (págs. 1 e B5)

Milho avança no Piauí

Utilizado inicialmente para rotação de culturas, o milho vem tomando espaço da soja nas últimas safras no Mapito, região de cerrado na junção dos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, por conta do aumento da demanda nordestina. (págs. 1 e B14)

Volta dos estrangeiros

A oferta secundária de ações da Redecard, que movimentou R$2,2 bilhões, contou com participação maciça de investidores estrangeiros, que ficaram com 87% dos papéis. Os investidores pessoa física ficaram com 3,82% do total, divididos por 2,6 mil pessoas. (págs. 1 e D2)

Atividade industrial

O nível de atividade na indústria paulista teve alta de 1,1% em fevereiro, frente a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2008, a queda foi de 15,4%, As vendas aumentaram 6,1% sobre janeiro e 2,9% na comparação anual. A uti1ização da capacidade instalada caiu para 75,9%. (págs. 1 e A4)

Prefeitura de São Paulo adota programa de metas

A Prefeitura de São Paulo apresenta na próxima semana o primeiro Plano de Metas municipal baseado nas promessas de campanha eleitoral. Sua violação pode implicar em ação judicial contra o prefeito, movida pelo Ministério Público. Entre as 180 metas traçadas, está a implantação da jornada de 7 horas em toda a rede municipal de ensino, por exemplo.

A execução do plano, segundo o secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães, poderá ser acompanhado pela internet. "As pessoas passam a votar no programa de governo, não no candidato, e permite que se possa avaliar os avanços de uma gestão", diz um dos idealizadores da lei, Oded Grajew. (págs. 1 e Al4)

PDVSA atrasa pagamentos e deve reduzir a produção

A queda abrupta no preço do petróleo sufocou a PDVSA e colocou a maior estatal da Venezuela, fonte de mais de 90% de todas as exportações, em uma espiral de dívidas com fornecedores e prestadores de serviço. Pagamentos foram suspensos, trabalhadores ameaçam ir às ruas para pedir reajustes salariais e algumas petrolíferas estrangeiras que operam plataformas em conjunto com a companhia estão a ponto de deixar o país.

Nesta semana, a americana Helmercih & Payne, que diz ter recebido apenas 1% do que a PDVSA lhe deve, interrompeu as operações de quatro das 11 perfuradoras de poços terrestres no país e diz que avalia deixar a Venezuela. Outra americana, a Anadarko, saiu do país no ano passado.

A PDVSA divulga balanços com grande atraso e raramente dá entrevistas, mas relatórios do setor privado estimam sua dívida entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões 50% acima do valor de setembro, último dado oficial. Pelas projeções do Centro de Investigações Econômicas, a PDVSA sairá de um lucro de US$ 19,6 bilhões em 2008 para prejuízo de US$ 6,5 bilhões neste ano. A produção deverá cair cerca de 9%, para perto de 2,9 milhões de barris por dia - para a Agência Internacional de Energia, a produção do país é menor. (págs. 1 e Al8)

Recessão americana

A economia dos Estados Unidos encolheu a uma taxa anua1izada de 6,3% no quarto trimestre do ano passado. Foi o pior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) desde 1982. O lucro das empresas caiu 16,5% em relação ao trimestre anterior, a maior retração desde 1953. (págs. 1 e Al5)

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