PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, outubro 05, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] BETSAIDA
















A CARROÇA e O BURRO



Modernizar as carroças



Celso Ming - Celso Ming
Autor(es): Celso Ming
O Estado de S. Paulo - 05/10/2012
 


De tempos em tempos, o governo federal - não importa quem esteja no comando - adota um pacote de estímulos à inovação e ao conteúdo local da indústria automobilística.
O programa Inovar Auto, anunciado ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, pretende ser o novo marco do regime automotivo nacional. Simplificadamente, o governo impôs aumento de 30% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para todos os veículos novos vendidos no País (inclusive os importados). Terão direito a descontos desse tributo sempre que atingirem metas de redução de consumo e de inovação.
Tomara que, desta vez, atinja seus objetivos e seja bem mais do que um esquema disfarçado de proteção ao setor - como tantos outros.
O programa reconhece implicitamente a existência do atraso. Não fosse isso, não precisaria incentivar a inovação e os avanços tecnológicos em eficiência e em segurança. Ou seja, a conversa começa com o entendimento de que a indústria automobilística brasileira segue sendo a mesma produtora de carroças denunciada em 1990 pelo então presidente Collor.
O setor não é só atrasado. É também fabricante de um produto caro demais, incapaz de competir no exterior. Apenas não é deslocado pelo produto importado no mercado interno graças à enorme proteção de que aqui desfruta e que, agora, deverá ser aumentada.
Seria ótimo se um programa de inovação desse porte pudesse ser inteiramente levado a sério. No DNA das montadoras instaladas no País, não há cromossomos responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia. A contrário do que acontece na China, na Coreia e na Índia, não existe carro projetado e desenvolvido aqui. O último foi o Gurgel, que, ainda assim, levava mecânica Volkswagen. Deixou de ser produzido em 1995, na unidade de Rio Claro.
Peça por peça, automóvel montado por aqui já vem pronto de fora. A indústria de autopeças e as próprias montadoras se limitam a adotar tecnologias, em geral, ultrapassadas. Os carros importados são mais modernos e mais baratos. Seria um portento ver o Uno Mille e a Kombi ganharem airbags, freios ABS e dispositivos antiderrapantes que atendam às novas exigências de segurança.
O novo regime automotivo é, ainda, repositório de boas intenções quanto ao conteúdo local. Essas novas exigências parecem desconsiderar que a indústria de veículos opera internacionalmente. Os carros são globais e, para garantir mercado, têm cada vez mais de contar com fornecimentos de peças e conjuntos de onde os custos forem mais baixos. Se quiserem ser exportadoras, as montadoras nacionais terão de adotar essa filosofia, não se aferrar a conteúdos locais.
E, caso seja para levar esse princípio às últimas consequências, não ficou claro quanto do valor de um veículo entrará na conta do que vai ser considerado produção nacional. Até agora, as montadoras vinham entendendo que despesas com propaganda e marketing e gratificação da diretoria podiam ser caracterizadas como de conteúdo local. Esse critério permanecerá válido? E será preciso ver quem é que, depois, desmontará um veículo, examinará uma peça e seus componentes e certificará que se trata de um produto made in Brazil ou do Mercosul.
Nada neste programa garante redução de custos ou barateamento dos veículos. É necessário ver o que funcionará na prática. Mais uma vez, tomara que dê certo.

PIB, PREÇOS E INFLAÇÃO



Incerteza, heurística e o PIB nominal


Autor(es): Mônica Baumgarten
O Estado de S. Paulo - 05/10/2012
 


Incerteza. Tente defini-la com exatidão. Difícil, não? Se conseguíssemos exprimir o conceito com precisão, não seria incerteza. Tratar-se-ia de risco. Risco não é incerteza.
Experimente responder às seguintes perguntas. Qual é a chance de nevar no Rio de Janeiro em outubro de 2013? Como estará a economia mundial daqui a um ano? No primeiro caso, é fácil dizer que a probabilidade se aproxima de zero, o risco é baixo. Já no segundo, se a resposta que lhe veio à mente foi "não faço a menor ideia", isso é incerteza.
A tomada de decisão sob incerteza é complicada. No entanto, fazemos isso todo dia, orientando-nos por regras simples que nos protegem da ignorância sobre o ambiente que nos cerca. Pensem, por exemplo, no trânsito de uma grande cidade. A quantidade de carros nas ruas durante os momentos fora dos horários de pico é imprevisível. Para reduzirmos as chances de ficarmos presos num engarrafamento angustiante, muitas vezes seguimos rotas mais longas até o destino, caso imaginemos que o trajeto acabe sendo mais rápido. Isso é um exemplo de heurística: uma regra de bolso que nos auxilia em situações de total ignorância.
Curiosamente, embora a tomada de decisão sob incerteza seja algo corriqueiro, os economistas não estão acostumados a fazê-la. A maior parte do arcabouço teórico usado pela profissão pressupõe que os gestores de política econômica tomem decisões baseadas em riscos calculados e calculáveis. Quando o Banco Central (BC) brasileiro diz que o "balanço de riscos é neutro", ao explicar suas decisões de política monetária, como fez recentemente no Relatório de Inflação, ele está se referindo aos modelos em que os riscos para a atividade e para a inflação são mensuráveis, permitindo uma sintonia fina da política monetária. Os modelos que fundamentam os regimes de metas de inflação são sofisticados, exigem grande quantidade de informação e pressupõem uma enorme capacidade de mapear os riscos da economia. Eles não são resistentes à incerteza.
O mundo de hoje está cercado de incertezas. O que ocorrerá com a economia americana? Qual será o desenlace da crise europeia? A China será mesmo capaz de alcançar o pouso suave que muitos imaginam? Como os desarranjos monetários globais influenciarão os rumos da economia mundial nos próximos anos? Não temos respostas para nada disso. Tampouco somos capazes de atribuir probabilidades aos possíveis caminhos que porventura consigamos imaginar. Isso significa que os princípios de tomada de decisão que caracterizam os regimes de metas inflacionárias não se adaptam bem à realidade atual.
Como substituí-los? Substituí-los pelo quê? Um candidato é uma meta para a expansão do PIB nominal. O PIB nominal é um conceito simples. Trata-se da soma de todos os gastos da economia num determinado período. Numa regra de PIB nominal, basta que o BC calibre os juros para alcançar um determinado objetivo para o dispêndio nominal, uma expansão de 5%, por exemplo, como fez o Reino Unido em 2009. Essa regra é mais bruta, menos sofisticada do que as metas de inflação. No entanto, ela é mais robusta à ignorância aguda que acomete os bancos centrais. Não é necessário que saibam mapear os efeitos de seus instrumentos de política sobre o crescimento, o desemprego e a estabilidade de preços. Basta que sustentem um determinado nível de dispêndio, de preferência do setor privado. Diante da escuridão que envolve o Fed, o Banco Central Europeu e, também, o BC brasileiro, a meta de PIB nominal parece ser uma heurística razoável.
No nosso caso, o risco de ter uma meta de PIB nominal para a política monetária seria de gerarmos mais inflação do que crescimento - a expansão do PIB nominal é a soma dos dois. Mas isso já ocorre desde o ano passado. E uma forma de evitar uma inflação descontrolada seria estabelecer um teto para a alta de preços, digamos de 5,5% ou de 6%, acima do qual o BC se comprometeria a agir. Antes que se diga que a ideia é um absurdo, cabe a pergunta: não é isso, na prática, o que o BC já está fazendo? Não seria melhor que o fizesse às claras?

''CHEGA DE JUSTIÇA CEGA"



Estelionato eleitoral



Autor(es): Plácido Fernandes Vieira
Correio Braziliense - 05/10/2012
 

O histórico voto de Celso de Mello, o mais antigo ministro do Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão, na segunda-feira, pode marcar o início de uma nova era no país. Um tempo em que o assalto aos cofres públicos por políticos corruptos e por corruptores passa a ser tratado como o que de fato é: um crime abjeto, digno de repúdio e punido com a devida gravidade pela Justiça. "O cidadão tem o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros e por juízes incorruptíveis", advertiu o magistrado.
Chega de Justiça cega. 
No exterior, defensores de mensaleiros são motivos de chacota. São comparados ao marido que vê a mulher com outro e segue os dois até o motel. Ele consegue ver os dois se abraçando, se beijando e tirando a roupa. É quando uma peça íntima dela é atirada para o ar e cai justamente sobre a maçaneta da porta, bloqueando o buraco da fechadura. Nesse momento, o companheiro respira aliviado. Como não a viu praticando o ato sexual (seria o tal ato de ofício?), não se sente traído. Já os brasileiros de bem têm a certeza de que foram traídos. Por isso, aplaudem o julgamento. 
Mas por que o Supremo tinha de fazer justiça só agora, na vez do PT? 
Porque o estelionato eleitoral cometido por setores do partido é ímpar na história brasileira. Muitos bandidos podem ter roubado mil vezes mais do que os quadrilheiros do mensalão. 
Mas nem um deles chegou ao poder prometendo moralizar a administração pública. Nunca antes na história deste país, o eleitor tinha sofrido um golpe tão grande, tão desonesto, tão desconcertante.
Que o julgamento impiedoso do STF sirva de lição. Nunca mais o país deve se deixar enganar pelo discurso à UDN dos falsos moralistas. Ser honesto é obrigação de todos nós, apesar de uns se considerarem acima das leis e até chegarem ao cúmulo de fazer a apologia da corrupção. Sim, Joaquim: seja justo como deve ser um verdadeiro juiz. Nem mais, nem menos. Pois, como bem disse Celso de Mello, "ninguém pode viver com dignidade em uma República corrompida". Que não seja uma voz perdida no deserto.
---------------

ELEIÇÕES. JOGOS REPETITIVOS ?



Candidatos sujos



Autor(es): Luiz Garcia
O Globo - 05/10/2012
 

 Eleições, como todo mundo sabe, são momentos de festa da democracia. É óbvio: o voto é a expressão da vontade do cidadão. Em nenhum outro momento ele tem igual poder para influenciar o futuro da comunidade em que vive - o que, em grande parte, é o seu próprio futuro. E nada é mais democrático do que isso.
O eleitor pode escolher bem ou mal. Isso está na natureza do jogo, cujas regras foram consideravelmente aperfeiçoadas pela Lei da Ficha Limpa. E esta, vale a pena recordar, não nasceu na cabeça de nenhum político praticante, e sim de um movimento popular inédito na nossa história política - e sem similar em outros regimes democráticos.
Por tudo isso, é com mistura de orgulho e senso de dever cívico que temos de votar neste fim de semana. Muito a propósito, vale a pena registrar que os partidos políticos aparentemente - um advérbio caridoso - não deram grande importância à limpeza das fichas dos candidatos que nos oferecem.
Mais de 2.600 candidatos foram denunciados no país inteiro, acusados de sujeira nas fichas. Até terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral conseguiu julgar 551 deles. Foi um belo esforço, mas sobraram muitos espertinhos na disputa.
Deve-se admitir, em princípio, que um certo número das denúncias seja de golpes baixos de adversários dos candidatos.
De qualquer maneira, é obviamente impossível que os seis ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidam todos os processos antes da votação.
O TSE anunciou um esforço concentrado para julgar antes da votação o maior número possível de candidatos acusados - mas os ministros reconhecem que a única meta possível é resolver todos os casos até a diplomação dos eleitos, em dezembro.
É um trabalhão para os coitados dos membros do TSE. Uma possível forma de resolver o problema, em eleições futuras, seria criar alguma punição para os partidos. Afinal, é obrigação deles - ou deveria ser - examinar com severidade as fichas dos cidadãos que apresentam como candidatos. E é bom não esquecer que, aos olhos do eleitor, a qualidade de um partido político é avaliada - ou deveria sê-lo - exclusivamente pelas virtudes daqueles que o integram.
Até agora, não há notícia de algum partido que se disponha a avaliar, publicamente e com severidade, as fichas de todos os cidadãos que ambicionam mandatos.
------------

''MARINGÁ, MARINGÁ, VOLTE AQUI PRÔ MEU SERTÃO..." *



  • Ministro Marco Aurélio defere candidatura de Pupin

  • Murilo Gatti





O ministro do Tribunal Superio Eleitoral (TSE) Marco Aurélio Mello deferiu no começo da noite desta quinta-feira (5) a candidatura a prefeito de Carlos Roberto Pupin (PP) e a candidatura a vice de Cláudio Ferdinandi (PMDB). Com a decisão monocrática, da qual cabe recurso à corte do TSE, os candidatos da coligação "A Mudança Continua" passam a ter o registro deferido junto à Justiça Eleitoral.
Em relação a Pupin, o entendimento do ministro é de que o fato dele ter assumido o cargo de prefeito nos seis meses anteriores às eleições de 2008 e 2012 não representa a sucessão e, consequentemente, não vem configurar o terceiro mandato.
"A partir da moldura fática constante do acórdão impugnado, extrai-se que o vice não sucedeu propriamente o prefeito, ocorrendo simples substituição. Cumpre distinguir a substituição da sucessão do titular. O exercício decorrente de substituição não deságua na ficção jurídica, própria à sucessão, de configurar-se mandato certo período de exercício", descreve.
O candidato da coligação "A Mudança Continua" estava a caminho de um compromisso no distrito de Iguatemi quando soube da decisão e voltou para o comitê central da campanha, onde era aguardado por correligionários. Antes de sair em carreata pela cidade, Pupin disse à reportagem de O Diário que recebeu a notícia com humildade, embora tivesse a certeza de que receberia uma decisão favorável à candidatura.
"Sempre tive a certeza e a fé em Deus de que iriamos vencer. Agora, a campanha continua. Agradeço as mensagens de apoio e carinho que tenho recebido da população. Estou muito agradecido e garanto que jamais pensei em recuar. Na minha vida, nada foi fácil", afirmou.
Ferdinandi
O recurso do candidato a vice Cláudio Ferdinandi (PMDB) também recebeu parecer favorável de Mello, em decisão monocrática também publicada no começo da noite de ontem. Segundo o entendimento do magistrado, "a desaprovação das contas foi afastada mediante decisão judicial. Cumpre à Justiça Eleitoral, enquanto não cessada a jurisdição ordinária relativamente ao registro de candidato, levar em conta fato superveniente – inteligência do § 10 do artigo 11 da Lei nº 9.504/1997".
Com os registros deferidos, os candidatos voltam a garantir que os votos que receberem no domingo vão ser divulgados normalmente durante o processo de apuração. Desta forma, apenas Alberto Abraão (PV) continua com a candidatura indeferida com recurso e, desta maneira, não terá os votos divulgados.




http://maringa.odiario.com/eleicoes-2012/noticia/607834/ministro-marco-aurelio-defere-candidatura-de-pupin/


-----------
(*) Joubert de Carvalho.
-----

CORRUPÇÃO ATIVA



Faltam três votos para o STF condenar Dirceu por corrupção

Três votos pela condenação


Autor(es): HELENA MADER DIEGO ABREU
Correio Braziliense - 05/10/2012

Ministros Luiz Fux e Rosa Weber seguem o entendimento do relator e defendem punição a Dirceu e Genoino pela compra de apoio parlamentar no Congresso 
O voto do ministro Ricardo Lewandowski foi um alento para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O revisor absolveu o petista e tentou derrubar todas as acusações contra o réu, que é o símbolo do processo do mensalão. 
Mas a sensação de alívio para Dirceu durou pouco. Os ministros Rosa Weber e Luiz Fux acataram integralmente a denúncia contra os acusados do núcleo político e condenaram, além do ex-ministro, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente da legenda José Genoino. Como o relator, Joaquim Barbosa, havia considerado o trio culpado pelo crime de corrupção ativa, o placar pela condenação já está em três a um contra Dirceu; e quatro a zero contra Delúbio.
Além dos três votos proclamados até agora que seguiram a linha da denúncia, os ministros mais antigos da Corte interromperam o revisor por várias vezes enquanto Lewandowski lia seu voto pela absolvição de Dirceu e indicaram que podem condenar o trio petista. Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes mostraram discordância com relação a vários argumentos usados pelo revisor. Gilmar chegou a dizer que havia "contradições" na argumentação em prol do núcleo político. Marco Aurélio foi irônico e questionou a alegação de que Delúbio Soares teria agido por conta própria. "Me questiono se o tesoureiro de um partido político teria essa autonomia", declarou o ministro. Lewandowski não gostou do questionamento e respondeu com certa rispidez. "É possível que tenham operado a mando de alguém. Mas se vossa excelência tiver provas, ótimo."
O decano e o presidente também interpelaram o revisor a respeito de seu entendimento sobre a teoria do domínio do fato, aventada pela Procuradoria Geral da República para acusar José Dirceu. Lewandowski garantiu que essa tese jurídica só poderia ser usada em casos excepcionais, como situações de guerra. O presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, e o decano, Celso de Mello, mostraram entendimento divergente à posição do revisor. Britto lembrou que a teoria do fato pode ser aplicada também em períodos de paz e em casos de crimes como os de colarinho branco. Celso disse que a teoria vale para crimes envolvendo aparatos organizados, empresariais ou governamentais. Outra intervenção do presidente do Supremo foi um forte indicativo de que ele deve seguir o relator. Britto afirmou que Delúbio "não faria carreira solo" diante da grande quantidade de recursos que circulou no esquema.
Sem dúvidas
A ministra Rosa Weber estava visivelmente emocionada ao votar pela condenação dos réus do núcleo político. Mas disse não ter nenhuma dúvida sobre o envolvimento de Dirceu e Genoino no esquema. Ela fez uma longa defesa da validade dos depoimentos do ex-deputado Roberto Jefferson, o que serviu como um contraponto à posição de Lewandowski, que invalidou completamente as declarações do corréu. "A descrição feita por Roberto Jefferson sobre todo o esquema vem corroborada por inúmeros elementos de prova que confirmam essa linha de interpretação dos fatos retratada em seu depoimento", comentou Rosa.
Ela afirmou que os diversos indícios contra os réus do núcleo político podem ser montados "como um quebra-cabeça, peça por peça". Ela refutou o argumento de que Delúbio Soares teria agido sozinho, apesar dos depoimentos do ex-tesoureiro do PT prestados nesse sentido. "Os autos evidenciam uma elaboração sofisticada para a corrupção de parlamentares. Mas só Delúbio Soares executou o crime? Não", declarou Rosa Weber. Pela primeira vez desde o início do julgamento, a ministra reconheceu que o mensalão foi um esquema de compra de votos e de apoio político. Quando condenou políticos por corrupção passiva, nos capítulos anteriores, ela não havia entrado nesse mérito.
"Com todo o respeito, não é possível acreditar que Delúbio sozinho teria comprometido o PT com dívidas da ordem de R$ 55 milhões. Seria concluir que ele teria sido o principal artífice do esquema", justificou Rosa Weber. "E para fiar-se nessa alegação, seria necessário concluir que Delúbio seria uma mente privilegiada, com todo o respeito, agindo sem conhecimento de mais ninguém. Digo isso com toda a tristeza da minha alma", acrescentou a ministra.
Os indícios
Último a votar na sessão de ontem, o ministro Luiz Fux observou que, na condição de responsável pelas alianças políticas do governo Lula, José Dirceu comandou o esquema de compra de apoio parlamentar. Segundo Fux, havia uma "relação negocial" entre o petista e o empresário Marcos Valério. "Sobre o réu José Dirceu, eu concluí que ele é responsável pelo crime de corrupção ativa pela lógica da experiência comum, pela lógica da vida", afirmou.
Fux acrescentou que a participação de Dirceu no esquema fica evidenciada, entre outros indícios, pelo fato de Valério ter agendado reuniões do ex-ministro da Casa Civil com representantes das instituições financeiras que emprestarem dinheiro para o PT.
Ao se pronunciar sobre José Genoino, Fux reconheceu que o réu "vive modestamente", mas frisou que a corrupção nem sempre leva ao enriquecimento do acusado. "Na condição de líder da agremiação partidária, (Genoino) não poderia desconhecer (o esquema de corrupção). O réu tinha conhecimento de tudo o que estava ocorrendo quanto às despesas e receitas desse partido obtidas mediante empréstimos fictícios."
"Sobre o réu José Dirceu, eu concluí que ele é responsável pelo crime de corrupção ativa pela lógica da experiência comum, pela lógica da vida", Luiz Fux, ministro do STF
"Com todo o respeito, não é possível acreditar que Delúbio sozinho teria comprometido o PT com dívidas da ordem de R$ 55 milhões. Seria concluir que ele teria sido o principal artífice do esquema", Rosa Weber, ministra do STF
A situação de cada um
Confira o placar parcial do julgamento desta segunda parte do capítulo 6 da denúncia, que trata da acusação de corrupção ativa contra réus dos núcleos político e operacional do mensalão. Até o momento, quatro ministros votaram. Faltam ainda seis votos.
José Dirceu
O placar relativo ao ex-ministro-chefe da Casa Civil é de 3 a 1 pela condenação. Ele é acusado de ser o mandante do esquema de compra de apoio parlamentar ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
José Genoino
O resultado parcial do julgamento também é desfavorável ao ex-presidente do PT. O placar é de 3 a 1 para que Genoino seja condenado. Ele assinou e avalizou empréstimos fraudulentos para o PT
Delúbio Soares
A situação do ex-tesoureiro do PT é a mais complicada entre os petistas julgados neste item. O placar é de 4 a 0 pela condenação de Delúbio, apontado pela denúncia como o articulador dos repasses feitos a deputados da base aliada
Marcos Valério
Todos os quatro ministros se pronunciaram pela condenação do operador do mensalão. Ele é acusado de ter forjado empréstimos em instituições financeiros e feito repasses a parlamentares. A condenação está praticamente selada, uma vez que quando relator e revisor votam da mesma forma dificilmente algum outro ministro diverge.
Simone Vasconcelos
O Supremo deve condenar também a ex-diretora financeira da SMP&B. A votação está em 4 a 0. Ela era a responsável pela entrega de recursos do mensalão a políticos e assessores de partidos
Rogério Tolentino
O resultado parcial é de 3 a 1 pela condenação do advogado e ex-sócio de Marcos Valério. Ele tomou um empréstimo que teria alimentado a distribuição de propina
Geiza Dias
Por 4 votos a 0, o Supremo vai absolvendo a ex-gerente financeira da SMP&B Geiza Dias. Os ministros apontam que não há prova de que ela tinha conhecimento da origem ilícita do dinheiro que abasteceu o mensalão
Anderson Adauto
O ex-ministro dos Transportes e atual prefeito de Uberaba (MG) está próximo de escapar da condenação. O placar parcial é de 4 a 0. Ele é acusado de ter intermediado repasse de recursos ao PTB, mas ministros alegam que não há prova.
-----------

PRATO FEITO




PF: R$ 1 MILHÃO EM JATINHO ERA DO PT

PARA PF, R$ 1,1 MILHÃO SERVIRIA AO PT NO PARÁ


Autor(es): Cleide Carvalho
O Globo - 05/10/2012
 

Delegado diz que dinheiro apreendido tinha como destino coordenador de campanha em Parauapebas

SÃO PAULO 
Mais de R$ 1,1 milhão apreendido pela Justiça Eleitoral na última terça-feira em Parauapebas (PA) seria entregue a Alex Pamplona Ohana, ex-secretário de Saúde do município e coordenador da campanha do candidato José das Dores Couto, conhecido como "Coutinho do PT". A informação faz parte do depoimento dado por Adnaldo Correia Braga ao delegado da Polícia Federal de Marabá, Antonio José Silva Carvalho, que investiga a suspeita de uso do dinheiro para compra de votos. Braga foi encarregado de levar o dinheiro de Belém até Parauapebas e deu à PF detalhes sobre a operação.
- O depoimento de Adnaldo nos dá todos os indícios de que o dinheiro seria usado na campanha eleitoral na cidade. Outro indício era a presença de Alex no local. Ele saiu do aeroporto tão logo chegou o juiz eleitoral Líbio Moura, acompanhado por policiais, e chegou a cumprimentá-lo - afirmou o delegado, acrescentando que, além do juiz, os vigilantes do aeroporto também confirmaram a presença de Alex no local.
Adnaldo Correia Braga é primo de Kerniston Braga, funcionário da prefeitura de Parauapebas, que é administrada por Darci José Lermer (PT). Coutinho, ex-secretário de Obras, recebe seu apoio. A vice na chapa é Isabel Mesquita, do PMDB, ex- secretária Nacional de Políticas de Turismo.
Em depoimento à PF, Adnaldo afirmou que seu primo Kerniston viajou a Belém no domingo e pediu a ele que o acompanhasse na segunda-feira a uma agência do Banpará, onde pegaria uma grande soma de dinheiro. Preocupado com um possível assalto, Kerniston teria pedido a ele que fizesse a escolta, seguindo seu carro no trajeto. No banco, Kerniston teria recebido R$ 400 mil sacados em dinheiro vivo pelo dono da Etec Empresa Técnica, que descontou um cheque da empresa. No mesmo dia, contou Adnaldo, Kerniston fez a ele um segundo pedido: que se encarregasse de levar o dinheiro no avião da empresa White Tratores.
Adnaldo afirmou à PF ter sido surpreendido pelo primo. Na hora de embarcar, no lugar de receber apenas uma mochila de dinheiro, com os R$ 400 mil sacados no dia anterior, Kerniston lhe entregou mais duas mochilas recheadas com notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20.
- Antes de o avião pousar em Parauapebas, Kerniston mandou uma mensagem para o celular de Adnaldo, orientando para que o avião pousasse em Marabá, não no município, mas o primo não viu - disse o delegado.
juiz não fala sobre encontro
Para Carvalho, o fato de o juiz Líbio Moura não ter esperado que o dinheiro fosse entregue ao destinatário complica as investigações.
- Tenho indícios e o depoimento, mas se o dinheiro tivesse sido apreendido já com o destinatário seria mais fácil estabelecer o crime eleitoral. O fato de o dinheiro estar sendo transportado não é, por si só, um crime - explicou.
O advogado da campanha do PT em Parauapebas, Wellington Valente, afirmou que o fato de Alex Pamplona Ohana estar no aeroporto não o vincula ao dinheiro apreendido ou a qualquer irregularidade.
- Ele estava no aeroporto como qualquer cidadão poderia estar, se despedindo de um amigo. Isso não o relaciona com o dinheiro. Ele cumprimentou o juiz porque o conhece - disse Valente.
O advogado afirmou que não tem conhecimento do conteúdo dos depoimentos prestados à Polícia Federal, mas que a empresa White Tratores informou que tem nota fiscal do dinheiro e contrato de prestação de serviços para comprovar a operação.
- Não tem qualquer vínculo com a campanha - afirmou Valente.
O juiz Líbio Moura não quis confirmar o encontro com Alex Ohana no aeroporto.
- Entendo que a investigação é sigilosa. Não se pode julgar ninguém antecipadamente, às vésperas da eleição - afirmou Moura.


''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

05 de outubro de 2012

O Globo

Manchete: A hora do mensalão - Revisor absolve, mas 3 já condenam Dirceu
Apesar de não descartar comando de ex-ministro, Lewandowski não vê provas

Na sessão do STF, ministros contestam revisor e apontam contradição em seu voto, que livrou o ex-chefe da Casa Civil do crime de corrupção ativa

O revisor do processo do mensalão no STF, Ricardo Lewandowski, votou ontem pela absolvição do ex-ministro José Dirceu do crime de corrupção ativa. Ele admitiu que Dirceu pode ter sido o mentor do esquema criminoso, mas afirmou não haver provas disso nos autos. Porém, outros dois ministros, Rosa Weber e Luiz Fux, concordaram com o relator Joaquim Barbosa e condenaram Dirceu. Quatro ministros apontaram contradição no voto de Lewandowski para absolver o petista. (Págs. 1, 3 a 6 e Merval Pereira)

Eleições 2012 - PF: R$ 1 milhão em jatinho era do PT
Dinheiro seria entregue a coordenador da campanha do candidato do partido à prefeitura de Parauapebas

Os mais de R$ 1 milhão apreendidos pela Justiça Eleitoral no interior de um jatinho, na terça-feira, em Parauapebas, no Pará, seriam entregues à coordenação da campanha do candidato do PT à prefeitura do município, José das Dores Couto, o Coutinho do PT. Em depoimento à Polícia Federal, Adnaldo Braga, preso no local, disse que o dinheiro era para a campanha eleitoral na cidade. (Págs. 1 e 8)

Recife: PSB e PSDB devem ir ao 2º turno
A última pesquisa Datafolha na capital pernambucana indica que Geraldo Júlio (PSB), com 41% das preferências, terá o tucano Daniel Coelho, com 26%, como adversário. Humberto Costa (PT) aparece com 16%. Em São Paulo, institutos dizem que não é mais possível garantir que Celso Russomanno (PRB), em queda acentuada, passe ao 2º turno. (Págs. 1 e 7 a 10)
Governo amplia Minha Casa, Minha Vida (Págs 1 e 34)

Ninguém entendeu... O apagão de Obama
Considerado apático no primeiro debate na TV, anteontem, o presidente Barack Obama reagiu à ampla percepção de que foi derrotado e, ontem, atacou duramente o adversário republicano. Num comício no Colorado, ele foi irônico e pintou Mitt Romney como um mentiroso. A campanha democrata admite que terá de fazer ajustes. (Págs. 1 e 39)
Chávez, entre bolívares e bolivarianos
No encerramento da campanha eleitoral na Venezuela, Hugo Chávez prometeu "dar uma surra na burguesia" enquanto o oposicionista Henrique Capriles disse que o ciclo do presidente acabou. Denúncias na imprensa indicaram que o governo mobilizou funcionários públicos e pagou 500 bolívares por pessoa para o comício chavista. (Págs. 1, 37 e 38)
Dois apagões em apenas 15 horas
Cerca de 15 horas após um apagão que atingiu pelo menos 2,6 milhões de domicílios e empresas em diversos estados, nova queda de energia deixou Brasília ontem às escuras por mais de duas horas. (Págs. 1, 29 a 31 e Flávia Oliveira)
Lei de cotas terá aplicação imediata
O MEC informou ontem a reitores que a cota para estudantes de escolas públicas por critérios de renda e raça terá que valer para os vestibulares já em curso, que definem vagas para o primeiro semestre de 2013. (Págs. 1 e 14)
Turquia retém navio brasileiro
Graneleiro leiloado pela Marinha como sucata foi enviado para reparo à Turquia e acabou arrestado por ordem judicial. Tripulação teria que abandonar a embarcação. Itamaraty e Marinha tentam solução. (Págs. 1 e 36)
Colunista Nelson Motta
Por que não comprá-los?

Lula e Dirceu sabiam que pelo menos 300 picaretas estavam à venda. (Págs. 1 e 19)
------------------------------------------------------------------------------------
Folha de S. Paulo

Manchete: Mensalão o julgamento - Revisor absolve Dirceu, mas três já o condenam
Lewandowski diz que provas contra petista não passam de ‘ilações’; colegas criticam e veem contradição em seu voto

O revisor do mensalão no Supremo, Ricardo Lewandowski, votou pela absolvição de José Dirceu do crime de corrupção ativa. Para ele, as acusações do Ministério Público contra o ex-ministro da Casa Civil não passam de “ilações" e "conjecturas”.

Lewandowski chegou a dizer que Dirceu pode até ter sido o “mentor da trama”, mas ressalvou que as provas existentes no processo do mensalão não o fizeram concluir dessa forma.

Os ministros Rosa Weber e Luiz Fux seguiram o relator do caso, Joaquim Barbosa, e votaram pela condenação de Dirceu. Eles argumentam que o petista foi o responsável pela compra de apoio de congressistas.

Quatro ministros que ainda não votaram questionaram os argumentos do revisor, indicando que devem concordar com a denúncia.

Três ministros já condenaram José Genoino, e quatro, Delúbio Soares. (Págs. 1 e Poder A4)

Marcelo Coelho

Lewandowski foi incoerente; deveria absolver a todos. (Págs. 1 e Poder A8)

Vera Magalhães

Votei de acordo com minha consciência, afirma ministro. (Págs. 1 e Poder A4)
Marta destinará recursos para projetos criados só por negros
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, anunciou que lançará editais no Dia da Consciência Negra (20 de novembro) para beneficiar só produtores e criadores negros. “É para negros serem prestigiados na criação, e não só na temática”, disse.

Para Nuno de Alcântara, da Fundação Cultural Palmares, a medida, defendida por ativistas, pode “fomentar o preconceito”. (Págs. 1 e Poder A9)
Campanha de Russomanno entra em crise depois de queda
A queda de dez pontos em duas semanas no Datafolha abriu um a crise na campanha de Celso Russomanno (PRB) pela Prefeitura de SP. Principal aliado, o PTB pressiona por mudanças e pela troca do marqueteiro num eventual segundo turno.

Segundo o Datafolha, Fernando Haddad (PT) pode ser o maior beneficiário de votos que Russomanno venha a perder. (Págs. 1 e Eleições 2012)
Governo chama de ‘apaguinho’ falta de energia em 12 Estados
O governo minimizou os apagões ocorridos em 12 Estados do país anteontem e o de Brasília ontem. “Chama de apaguinho, fica melhor”, disse o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp.

Os apagões, causados por curto-circuito em subestação de Furnas e por problema em linha de transmissão, acenderam o sinal vermelho no setor. (Págs. 1 e Mercado B1)
Moisés Naím: Mitt Romney pode aprender algo com o jovem Capriles
Existe algo que o experiente Mitt Romney possa aprender de um político jovem como Henrique Capriles, de um país atrasado? Sim, e não é pouca coisa. Talvez a lição mais importante que Capriles acabe ensinando ao mundo seja vencer Hugo Chávez. (Págs. 1 e Mundo A14)
Fotolegenda: Mar vermelho
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atrai multidão de apoiadores e servidores, que lotaram sete grandes avenidas, em carreata no encerramento de sua campanha à reeleição, em Caracas; o pleito será no domingo. (Págs. 1 e Mundo A16)
Desoneração deve baixar em 9,5% o preço de smartphone (Págs. 1 e Mercado B3)

Editoriais
Leia “Pé no acelerador”, sobre novo regime automotivo anunciado pelo governo, e “Obama já tem adversário”, acerca de debate presidencial nos EUA. (Págs. 1 e Opinião A2)
------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo

Manchete: Três ministros condenam Dirceu; Lewandowski absolve
Manifestações de outros quatro integrantes da Corte indicam que eles também votarão contra o ex-ministro

O destino do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no julgamento do mensalão foi praticamente traçado na sessão de ontem do STF. O revisor do processo, Ricardo Lewandowski, afirmou não haver provas para condená-lo pelo crime de corrupção ativa, mas três ministros votaram pela condenação. E as críticas de quatro outros integrantes da Corte ao voto do revisor indicam que o ex-ministro será condenado por ter comandado a compra de votos no Congresso. Até ontem, condenaram Dirceu os ministros Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux. Mesmo sem votar, Carlos Ayres Britto, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello fizeram críticas ao voto do revisor pela absolvição de Dirceu, indicando que também votarão pela condenação do chefe da Casa Civil do governo Lula. (Págs. 1 e Nacional A4, A6 e A7)

Defesa contesta o relator

Advogado de José Dirceu jogou sua última cartada ao entregar aos ministros do STF memorial em que ataca o voto de Joaquim Barbosa. (Págs. 1 e A7)
Pacote reduz imposto de carros menos poluentes
Em resposta a críticas na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo decidiu fazer concessões no novo regime tributário do setor automotivo válido a partir de 2013. A exigência de conteúdo nacional foi flexibilizada e, entre as condicionantes para obter vantagens tributárias, os veículos precisam cumprir limites de gasto de combustível por quilômetro. (Págs. 1 e Economia B1)
Eleições 2012: PT e PSDB fazem ofensiva contra tarifa de Russomanno
PT e PSDB se unem no final da campanha para atacar o líder das pesquisas Celso Russomanno (PRB) em razão de sua proposta de tarifa proporcional de ônibus. Oito mil cabos eleitorais petistas e 1,5 mil da coligação tucana tentarão convencer moradores de bairros da periferia de SP de que Celso Russomanno “vai aumentar a tarifa de ônibus para quem mora longe do centro”. O PT vai distribuir 400 mil folhetos com críticas à proposta. (Págs. 1 e Nacional A8)

Ofensiva pelo telefone

A campanha de Celso Russomanno vai disparar 1,4 milhão de telefonemas até amanhã com uma gravação do candidato explicando sua proposta de tarifa proporcional de ônibus. (Págs. 1 e A8)

Fotolegenda: Russomano. Candidato do PRB faz carreata de Santo Amaro ao Grajaú.

Fotolegenda: Serra. Postulante do PSDB caminha pela Vila Sabrina, na zona norte.

Fotolegenda: Haddad. O petista visita o bairro de Jardim Ângela, na zona sul da cidade.

Fotolegenda: Chalita. O candidato do PMDB entra em táxi na região da Praça da Sé.

Fortaleza (CE)
Tasso vive o ostracismo

Sem mandato, 26 anos depois de derrotar os coronéis do Ceará, Tasso Jereissati acabou sufocado pelo clã dos Ferreira Gomes, antigos aliados. (Págs. 1 e A11)

Salvador (BA)
Copa entra na campanha

O governador Jaques Wagner disse na TV que a eleição de Nelson Pelegrino (PT) é a certeza de que a Bahia fará “bonito” na Copa do Mundo. (Págs. 1 e A12)
Oposição acusa Chávez de uso da máquina pública
Hugo Chávez reuniu 500 mil pessoas em Caracas, a três dias da eleição, informa o enviado especial Roberto Lameirinhas. Oposição o acusa de uso de recursos públicos e de constranger servidores. (Págs. 1 e Internacional A13)
Em três anos, 25% dos fretados saem das ruas (Págs. 1 e Cidades C1)

Governo diz que falta de energia foi "apaguinho"
A interrupção de energia em parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi um “apaguinho”, segundo o diretor da ONS, Hermes Chipp. “O ministro chama de interrupção temporária porque foi só meia hora.” (Págs. 1 e Economia B4)
Celso Ming
Modernizar as carroças

O programa InovarAuto reconhece a existência do atraso. Tomara que, desta vez, seja mais do que um esquema disfarçado de proteção ao setor. (Págs. 1 e Economia B2)
Dora Kramer
Ao pé do bispo

Pouco resta aos condenados no mensalão que anunciar recursos a cortes internacionais - ideia que equivale mais ou menos a reclamar ao bispo. (Págs. 1 e Nacional A6)
Notas & Informações
Os apagões de Dilma

O sistema elétrico brasileiro de energia está longe da segurança possível. Sempre há falha. (Págs. 1 e A3)
------------------------------------------------------------------------------------
Correio Braziliense

Manchete: A República do apagão
A imagem da Praça dos Três Poderes, vista do STF às escuras, é o retrato acabado de um velho fantasma que voltou a assombrar o Brasil. Onze dias atrás foi o Nordeste que sofreu blecaute; na quarta-feira, diversas cidades das regiões Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste. Ontem, foi a vez de Brasília sofrer com um dos piores apagões dos últimos 10 anos. A falta de luz, que começou por volta das 13h e só foi totalmente restabelecida depois das 19h, deu um nó no trânsito, provocou acidentes, parou o metrô, fechou agências bancárias e acarretou grandes prejuízos ao comércio. Dos 880 mil estabelecimentos atendidos pela CEB, 616 mil (70%) foram afetados. A companhia atribuiu o problema a um incêndio numa subestação. (Págs. 1, 10 a 12 e Visão do Correio, 16)
Mensalão: Faltam três votos para o STF condenar Dirceu por corrupção
Um dia depois de Joaquim apontar o ex-ministro como o mandante do esquema de compra de apoio para o governo Lula, os ministros Luiz Fux e Rosa Weber seguiram o relator e votaram pela condenação de Dirceu. O revisor, Lewandowski, pediu a absolvição. O placar está 3 x 1 até agora. (Págs. 1 e 2 a 4)
Habitação: Casa popular poderá custar até R$ 190 mil
O governo elevou o teto do programa Minha Casa, Minha Vida. A medida vai facilitar o acesso aos imóveis por famílias do DF com renda máxima de R$ 1,6 mil. (Págs. 1 e 13)
Eleições nos EUA: Debate dá novo fôlego para Romney
Performance do republicano no primeiro confronto com Obama é elogiada nas redes sociais e na imprensa. A luta pelos votos dos indecisos deve se acirrar. (Págs. 1 e 18)
As cotas da discórdia
MEC exige a aplicação imediata das cotas para alunos da rede pública nas universidades federais. Pelo menos 12,5% das vagas do vestibular de 2013 já estão reservadas a eles. Maior chance de aprovação para Nathalia e Michelle, alunas do Elefante Branco. A UnB terá que mudar o edital da próxima seleção e as escolas privadas ameaçam ir à Justiça. Lei teria sido apressada para ajudar Haddad na eleição em São Paulo. (Págs. 1, 5 e 23 a 25)
------------------------------------------------------------------------------------
Valor Econômico

Manchete: Novo regime automotivo agrada a empresas do setor
Recebida com elogios, após meses de negociação entre governo e setor privado, foi oficializada ontem a regulamentação do novo regime automotivo, que vincula a tributação no setor a requisitos de fabricação no país. Entre essas exigências, que podem representar uma diferença de até 34 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), estão o percentual de uso de componentes nacionais ou importados de sócios do Mercosul, limites mínimos de investimento em engenharia e inovação e gastos com o aumento da eficiência dos motores e da segurança dos veículos.

Para usufruir integralmente dos benefícios fiscais do novo regime, que reduz o imposto proporcionalmente à quantidade de peças e partes fabricadas no país, as montadoras de instalação mais recente, especialmente francesas, japonesas e coreanas, devem enfrentar maior dificuldade, segundo preveem as autoridades. (Págs. 1 e A3)
Liquidez para banco pequeno segue baixa
Bancos de grande e médio portes pedem ao Banco Central mudanças nas regras do recolhimento do compulsório, anunciadas no dia 14 de setembro. A avaliação das instituições financeiras é que as medidas não estão ajudando a melhorar a liquidez do sistema, como se pretendia. No mês passado, o governo aumentou de 36% para 50% a fatia do compulsório sobre recursos a prazo dos grandes bancos que fica sem remuneração. Quem não quiser deixar o dinheiro parado terá de comprar carteiras de crédito de bancos médios. O setor alega que instituições de pequeno e médio portes continuam encontrando dificuldades para a captação de recursos. (Págs. 1 e Cl)
Torcida sutil e preocupação com Venezuela
A eleição de domingo na Venezuela ê acompanhada, pelo governo brasileiro, com uma torcida discreta para Hugo Chávez e a preocupação com a possibilidade de um resultado apertado, capaz de provocar conflitos políticos. Relatos da embaixada do Brasil em Caracas indicam que são grandes as chances de reeleição de Chávez. Em caso de vitória de Capriles, não descartada, o governo Dilma se prepara para “convencer” Chávez a aceitar o resultado, pelo bem da democracia no continente. (Págs. 1 e A21)
STF encaminha a condenação de José Dirceu
O Supremo Tribunal Federal (STF) somou ontem três votos pela condenação do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José. Dirceu, contra um pela absolvição. A expectativa é que a Corte o considere culpado pela compra de apoio político de aliados na próxima sessão, terça-feira, quando serão conhecidos mais seis votos. Além de Dirceu, há também três votos pela condenação de José Genoino, ex-presidente do PT, e contra Delubio Soares, ex-tesoureiro do partido.

A sessão foi marcada por um amplo voto do revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, pela absolvição de Dirceu e, em seguida, pela constatação de que ele deve ficar em minoria no STF. Isso porque, além de três ministros — o relator, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux — terem condenado formalmente Dirceu por corrupção ativa, Lewandowski foi contestado por intervenções ao longo de seu voto por todos os demais integrantes da Corte, com exceção de José Antonio Dias Toffoli. (Págs. 1 e 19)
PSDB está bem colocado nas principais cidades
Fora do poder na esfera federal há dez anos, o PSDB é o partido mais bem colocado na corrida municipal de domingo entre as capitais e cidades com os maiores colégios eleitorais. As últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha mostram que os tucanos estão na primeira ou segunda colocações em 11 das 26 capitais. Em 2008, o PSDB elegeu quatro prefeitos — Curitiba, São Luís, Teresina e Cuiabá —, dos quais apenas um permanece no cargo: João Castelo, na capital maranhense.

O PMDB, maior parceiro do no governo federal, pode sair como o maior perdedor na disputa eleitoral nos municípios, pelo menos nas capitais. Em 2008, os pemedebistas venceram em seis cidades, o maior número, ao lado dos petistas. Agora, está no páreo em seis, mas tem a eleição praticamente garantida em apenas duas: Rio de Janeiro e Boa Vista, no Acre. (Págs. 1 e A24)
Peixe da China ajuda a elevar venda no país
Até meados da década passada com presença na mesa do brasileiro principalmente na Região Norte, nas festas de fim de ano e na Quaresma, o peixe passou a ser mais consumido nos últimos anos graças ao aumento nas importações e à produção nacional de pescados em cativeiro, ações que tornaram o produto mais barato. O Brasil passou a comprar mais peixe do exterior, especialmente da China — que desbancou o Chile como maior fornecedor — e do Vietnã. (Págs. 1 e B16)
Japonesa volta ao tanque para poupar energia
Megumi Arakida tem uma máquina de lavar elétrica, mas não a usa mais. Agora ela esfrega as roupas em uma velha tábua que seu marido ganhou da avó. Ela também desistiu da escova de dentes elétrica, do aspirador de pó e da televisão de 24 polegadas. Megumi e o marido estão gastando com energia elétrica o mesmo valor que uma família média consumia em 1960, US$ 13 por mês. Os Arakida fazem parte de um grupo de japoneses que decidiu reduzir radicalmente o consumo de eletricidade. (Págs. 1 e A21)
Banco Central fala em calibrar política para manter PIB (Págs. 1 e C3)

IFC ajuda hotel a economizar luz
A International Finance Corporation (IFC), braço do Bird para o setor privado, financia um projeto de eficiência energética em cem hotéis brasileiros. O objetivo é chegar a 300 empreendimentos até 2014. (Págs. 1 e B5)
Empreendedorismo
Lançado em julho, com investimento inicial de RS 200 mil, o B2Blue.com é um site de negócios onde empresas ligadas ao setor de reciclagem podem comprar resíduos gerados por outras companhias. A previsão é chegar ao fim do ano com R$ 3 milhões em negócios, diz Mayura Okura. (Págs. 1 e Especial)
UE "inocenta" milho transgênico
Autoridades europeias para a segurança alimentar divulgaram relatório preliminar desqualificando estudo recente da Universidade de Caen (França) que condenou uma variedade de milho transgênico da Monsanto. (Págs. 1 e B14)
Teto para ganho de "pastinhas"
O Conselho Nacional de Previdência Social aprovou mudanças na remuneração dos “pastinhas”, que ofertam crédito consignado. A partir de agora, será de no máximo 10% do valor do crédito, parcelada ao longo do contrato. (Págs. 1 e C14)
Nova resseguradora
A Terra Brasis, do banco de investimentos Brasil Plural, recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar como resseguradora. Vai disputar um mercado de R$ 6,2 bilhões neste ano com o IRB e mais dez empresas. (Págs. 1 e C14)
CNJ quer custas uniformes
Anteprojeto de lei elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pretende uniformizar em 6% do valor da causa a cobrança de custas judiciais em todo o país. A medida elevaria os valores cobrados nos grandes Estados, como São Paulo. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Claudia Safatle

As informações que chegam ao Planalto sinalizam que o crescimento econômico de 4% ou mais em 2013 não está garantido. (Págs. 1 e A2)

Maria Cristina Fernandes

O fenômeno Russomanno não está restrito à capital paulista. O discurso do novo caiu no colo da direita. (Págs. 1 e A10)
------------------------------------------------------------------------------------