PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, junho 01, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] APOSENTADOS? ORAS ''BOLAS'' !!!

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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SENADO [In:] DINHEIRO PÚBLICO. SÓ NÃO É DO ''PÚBLICO''

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A esbórnia do Senado

O Estado de S. Paulo - 01/06/2010

Revela o quanto de desprezo pelo valor do dinheiro púbico nutrem alguns representantes do povo na Câmara Alta a recontratação, pelo mesmo valor e à mesma instituição, de um serviço contratado há um ano. No início de mais uma gestão do senador José Sarney na presidência da Casa, um bombardeio de denúncias de irregularidades dos mais variados tipos de atos secretos de nomeação de parentes e apaniguados a abusos no uso de passagens aéreas, passando por improbidade e irracionalidade administrativas ? chegou a ameaçar a permanência do senador maranhense pelo Amapá no cargo.


Além das démarches políticas "salvadoras" da gestão Sarney entre elas a "operação abafa" comandada pelo Palácio do Planalto , contribuiu muito para o alívio geral do comando do Senado um estudo de reforma administrativa da Casa, encomendado à Fundação Getulio Vargas (FGV) por R$ 250 mil. Seguindo as prescrições do estudo, prometia-se reduzir, drasticamente, aberrações como o número absurdo de diretorias e a estrutura inchada de 10 mil funcionários muitos dos quais nomeados por livre indicação de senadores , que custam aos contribuintes R$ 2,1 bilhões em salários.

Passado um ano, a reforma proposta pela FGV não saiu do papel. Mas correu o risco de ser totalmente desfigurada pelos caciques senadores e altos funcionários da Casa, que não só se permitiram recompor, mas também aumentar seus privilégios. O estudo "revisado", que contrariava as diretrizes propostas pela FGV, chegou a ser aprovado pela Mesa do Senado. Mas o embuste não foi implantado por interferência de uma comissão de senadores incumbida de analisar a reforma, sendo relator o senador Tasso Jereissati. Isso posto, encomendou-se outro estudo sobre o mesmo tema à mesma FGV, mediante um novo pagamento de R$ 250 mil, que o senador Jereissati considerou apenas "simbólico" talvez porque seja dinheiro dos contribuintes.

A prometida reforma administrativa e de hábitos não saiu do papel, mas a diretoria-geral do Senado guarda a sete chaves um projeto de aumento de salários dos funcionários, que aguarda votação em plenário. A isto se acrescem novas denúncias da existência de funcionários fantasmas, da manutenção de empresas terceirizadas sob suspeita e o fracasso na tentativa de controlar a frequência dos servidores para evitar abuso com horas extras.

Ao justificar a recontratação da FGV, o senador Jereissati acusou servidores do Senado, sob o comando do diretor-geral Haroldo Tajra, de terem desvirtuado o primeiro estudo feito pela fundação. "Saiu o Agaciel e continua agacielizado", disse ele, referindo-se a Agaciel Maia, que, sob o beneplácito de Sarney, dirigiu o Senado por 14 anos e foi acusado de envolvimento com os atos secretos e outras irregularidades. Outro membro da comissão encarregada de analisar a reforma, o senador Pedro Simon, foi enfático ao criticar as mudanças feitas no projeto da FGV. "As coisas continuam como se nada estivesse acontecendo" e citou como exemplo do inchaço do Senado a enorme estrutura da Polícia Legislativa. "Nem no tempo da ditadura tinha algo parecido."

De fato, as propostas de mudança foram sistematicamente ignoradas ou descumpridas e muitos são os exemplos disso. Anunciava-se a adoção do ponto eletrônico para o controle de frequência dos funcionários mas a maioria dos senadores dispensa os funcionários de seus gabinetes desse registro; anunciava-se o recadastramento dos funcionários houve recadastramento eletrônico, mas sem qualquer fiscalização; anunciava-se a revisão de contratos considerados irregulares e sob suspeita de nepotismo mas as empresas suspeitas e os parentes contratados continuam prestando serviços.

A esta altura, não existem muitos eleitores que acreditam que o atual elenco do Senado ainda possa ser submetido a algum tipo de profilaxia ética que o faça recuperar sua imagem tão profundamente desgastada perante a opinião pública. Se houver, os novos R$ 250 mil até que terão valido a pena.

BRASIL/MERCADO ACIONÁRIO [In:] CAPITALISMO ''ABERTO''

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'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país

'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país


Autor(es): Graziella Valenti, de São Paulo
Valor Econômico - 01/06/2010

A receita somada dessas companhias não financeiras equivalia a US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB.

As empresas bilionárias com ações em bolsa já faturam o equivalente a quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São 85 companhias de capital aberto com receita líquida anual superior a US$ 1 bilhão e nove com ganho acima de US$ 10 bilhões. A receita somada dessas companhias não financeiras foi de US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB.

Em 2000, o Brasil tinha 39 empresas com faturamento líquido superior a US$ 1 bilhão - apenas a Petrobras estava acima de US$ 10 bilhões -, que somavam receitas correspondentes a a 17% do PIB. Desde o ano passado, a receita líquida da estatal do petróleo supera US$ 100 bilhões.

A explicação para esse avanço combina estabilidade político-econômica, captação de recursos na bolsa e crescimento doméstico. Ao assumir seu papel de agente de financiamento, o mercado de capitais deu fôlego para as empresas brasileiras investirem, promoverem a consolidação setorial e ainda partir para aquisições de companhias internacionais. Desde sua retomada, a partir de 2004, o mercado já forneceu R$ 134,4 bilhões às empresas em emissões de novas ações.

Além de commodities como minérios, aço, petróleo, papel e celulose, outros setores foram à bolsa e financiaram sua expansão, muitas vezes internacional. O país tem hoje a maior companhia do mundo de carne bovina, a JBS, que abriu seu capital há pouco mais de três anos. A maior companhia de etanol é brasileira, a Cosan, que deve fechar em breve uma associação com a multinacional Shell.

Apesar do avanço significativo, o espaço para consolidação e crescimento no Brasil ainda é expressivo. Nos Estados Unidos, eram 934 companhias com receita anual superior a US$ 1 bilhão no ano passado e 210 com vendas líquidas superiores a US$ 10 bilhões. A soma das receitas dessas empresas chegava a 67% do PIB do país. Há uma década, essa relação já estava em 64%.

"A retomada da atividade do mercado foi essencial para o país. A empresa brasileira hoje não precisa mais depender só das disponibilidades do empreendedor para crescer", avalia o professor Antonio Carlos Rocca, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).

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ELEIÇÕES 2O1O/GOVERNO LULA [In:] ''DOSSIÊs''. Que falta de criatividade !!!

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Dossiê abre crise na campanha de Dilma

No rastro de novos "aloprados"


Autor(es): Gerson Camarotti,
Maria Lima,
Jailton de Carvalho e
Roberto Maltchik
O Globo - 01/06/2010

Depois do escândalo dos aloprados do PT na campanha de 2006, quando tentaram comprar um falso dossiê contra o tucano José Serra, agora é a campanha de Dilma Rousseff que está às voltas com uma suposta nova tentativa de atingir Serra: desta vez, o alvo seria a filha do tucano. A crise expõe ainda uma briga de poder no comando da campanha de Dilma.

Campanha de Dilma entra em crise após descoberta de suposto dossiê contra Serra

O comando da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff trabalhou nas últimas horas para tentar abafar uma crise que poderia ter consequências explosivas.

No meio de uma disputa interna de poder, entre o grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o do deputado estadual Rui Falcão (SP), foi abortado um suposto dossiê, cujo alvo principal seria Verônica Serra, filha do pré-candidato tucano, José Serra.

Na campanha de 2006, petistas comandaram a tentativa de compra de um falso dossiê contra o mesmo Serra, que disputava o governo de São Paulo, no caso que ficou conhecido como o escândalo dos aloprados do PT — como os petistas presos com quase R$ 2 milhões em dinheiro vivo para comprar o suposto dossiê foram chamados pelo presidente Lula.

Agora, a suposta elaboração e circulação de um dossiê contra a filha de Serra pôs em situação delicada o jornalista Luiz Lanzetta, sócio da Lanza Comunicação, empresa contratada pela campanha de Dilma. Reportagem da revista “Veja” desta semana revelou que houve uma tentativa, que teria partido do grupo de Lanzetta, de montar na campanha do PT um esquema de espionagem de adversários e até de correligionários.

Ao GLOBO, integrantes da campanha de Dilma confirmaram a queda de braço entre Pimentel e Rui Falcão, mas negaram o esquema de espionagem.

Pimentel teria sido o responsável pela contratação de Lanzetta, que conheceu em 2008, por meio do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), durante a campanha de Márcio Lacerda (PSB) para a prefeitura de Belo Horizonte.

Empresa é investigada pelo TCU e pela CGU

Na ocasião, Lanzetta trabalhava em parceria com o empresário Benedito Oliveira Neto, da Dialog, uma empresa de eventos de Brasília investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU) por participação em licitações suspeitas. Esse é outro motivo de desconforto no comando da campanha do PT.

Benedito se tornou uma figura frequente na mansão do QI 5 do Lago Sul, onde está instalado o bunker de comunicação e internet da campanha de Dilma — diante da crise dos últimos dias, cogitou-se, inclusive, desmontar a casa.

Bené, como é conhecido, ganhou projeção nacional e chamou a atenção da Justiça em fevereiro de 2009, depois de faturar R$ 1,2 milhão do Ministério das Cidades para organizar um encontro de prefeitos com o presidente Lula.

A assessoria de Dilma negou ontem a participação de Bené na campanha. Informou que o aluguel da casa foi feito pela Lanza e pela Pepper Comunicação. E que todas as passagens aéreas de especialistas americanos em internet que assessoraram a campanha foram pagas pelo PT. O marqueteiro americano Scott Goodstein teria estado antes no país com passagens pagas por Benedito, mas a assessoria de Dilma diz que isso não foi de responsabilidade do partido.

Em relação à elaboração do suposto dossiê contra a filha de Serra, a assessoria afirmou que Dilma não tem conhecimento disso.

— Bené é sócio de Lanzetta (em outra empresa).

Os dois trabalharam juntos na campanha do Márcio Lacerda. Foi quando o Pimentel os conheceu.

Essa casa não é a mansão do PT; foi alugada pela empresa de comunicação. E Bené não é Marcos Valério. Além disso, o pai dele tem a maior gráfica do Centro-Oeste — disse Virgílio.

O clima entre os petistas é de desconfiança mútua entre os grupos de Falcão e de Pimentel.

Oficialmente, Falcão é o coordenador de comunicação da campanha, mas ainda estaria tentando assumir, de fato, a função. Ele tenta emplacar na equipe Valdemir Garreta, que foi secretário de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo.

— Minha empresa (SX Comunicação) já dá apoio ao PT nacional. Antes mesmo de o Rui ir para a campanha. Não há atrito com Lanzetta, isso é ruído de comunicação — disse Garreta.

Além da disputa por poder, preocupa os estrategistas do PT a presença de Bené no entorno da campanha de Dilma. Relatório preliminar da CGU confirma irregularidades em contrato do Ministério das Cidades com a Dialog Comunicação. Entre as supostas ilegalidades descobertas por auditores estão o pagamento por serviços não executados e prorrogação indevida do contrato. No fim do ano passado, a CGU cobrou explicações sobre as supostas irregularidades e recomendou a imediata suspensão do contrato com a Dialog.

A partir das respostas do ministério, a CGU fará o relatório definitivo. O contrato já está suspenso.

O TCU também determinou a suspensão da ata que amparava contratos sem licitação da Dialog com outros órgãos do governo federal.

Pelas investigações da CGU, a Dialog ofereceu preços abaixo do custo para ganhar a licitação no Ministério das Cidades. Depois de firmado o contrato, teria usado de artifícios para recupera o prejuízo e ampliar as margens de lucro. A prática seria conhecida com “jogo de planilhas”. Entre os indícios de irregularidades estão “aceitação e contratação de proposta com preços manifestamente inexequíveis”, diz trechos do relatório da CGU a que o GLOBO teve acesso. O relatório informa ainda que o ministério atestou e pagou “por serviços não executados”.

Fundada em 2004, a Dialog desenvolveu rapidamente uma importante e lucrativa relação com o governo. Dois anos depois da sua criação, deu os primeiros passos em contratos firmados com os ministérios das Cidades e da Cultura no valor de R$ 15 mil. Um ano mais tarde, a empresa já faturava mais de R$ 6,5 milhões em serviços prestados a órgãos públicos. Em 2008, o faturamento quadruplicou: 26,6 milhões. O ano decisivo para a Dialog foi 2009. A empresa quase dobrou seu faturamento e alcançou contratos de serviços terceirizados na ordem de R$ 42 milhões.

Neste ano, apesar dos contratos suspensos, a Dialog recebeu R$ 1 milhão dos Ministérios da Cultura e Cidades. Procurado pelo GLOBO, Benedito não retornou ao pedido de entrevista

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ELEIÇÕES 2O1O/GOVERNO LULA [In:] POVO ''EDUCADO'' e ''SAUDÁVEL'' SABE VOTAR, logo, ...

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Governo corta mais R$ 1,2 bilhão da Educação

Governo corta R$ 1,28 bi da Educação


Autor(es): Renata Veríssimo e Edna Simão
O Estado de S. Paulo - 01/06/2010

O governo definiu ontem os ministérios e órgãos que terão uma nova redução de orçamento este ano. Com R$ 1,28 bilhão a menos, o Ministério da Educação é o mais afetado. Em relação ao aprovado pelo Congresso, a pasta já registra perda de R$ 2,34 bilhões. O Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões, com a justificativa de tentar conter o consumo e, por consequência, o crescimento da economia e da inflação. Outra razão é se adequar às obrigações legais.

Mais afetado pela redução do Orçamento, ministério já perdeu R$ 2,34 bilhões em relação ao que foi aprovado pelo Congresso

O governo definiu ontem os ministérios e os órgãos da União que terão uma nova redução de orçamento este ano, como parte do corte de gastos anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O Ministério da Educação foi o mais afetado e terá R$ 1,28 bilhão a menos para gastar em 2010. Com esse corte adicional, o orçamento da Educação perdeu R$ 2,34 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso.

No total, o Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões. Para alcançar o valor do corte de R$ 10 bilhões, anunciado no dia 13 de maio, o governo diminuiu também a estimativa de gastos obrigatórios (principalmente com pessoal e subsídios), em cerca de R$ 2,4 bilhões. O Legislativo e o Judiciário terão uma redução nas despesas de R$ 125 milhões.

O corte foi anunciado como medida para evitar uma escalada mais forte da taxa básica de juros (Selic) decidida pelo Banco Central. O ministro Mantega chegou até a dizer que a medida ajudaria a esfriar o crescimento acelerado da economia, funcionando como uma redução "na veia" da demanda pública.

Na prática, porém, a equipe econômica anunciou um total de R$ 31,8 bilhões cortados do Orçamento para reforçar a política de responsabilidade fiscal e mostrar ao mercado que o governo vai cumprir a meta do superávit primário, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Neste ano, foi a primeira vez que o governo teve de fazer um corte adicional além do contingenciamento que é realizado todo início de ano, após a aprovação da Lei Orçamentária pelo Congresso.

Além da Educação, os maiores cortes ocorreram no Ministério do Planejamento (R$ 1,24 bilhão), nos Transportes (R$ 906,4 milhões) e na Fazenda (R$ 757,7 milhões). O Ministério da Saúde perderá R$ 344 milhões. O Ministério do Desenvolvimento Social - responsável por programas sociais como o Bolsa-Família - terá de reduzir as despesas em R$ 205,3 milhões.

Beneficiados. Por outro lado, dez ministérios tiveram parte do orçamento recomposto em relação à previsão de março. Os ministérios beneficiados foram Agricultura; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Justiça; Previdência Social; Trabalho; Desenvolvimento Agrário; Esporte; Defesa; Integração Nacional e Turismo.

Segundo o decreto publicado ontem no Diário Oficial da União, os únicos órgãos que não tiveram alteração na previsão de orçamento em relação à última estimativa divulgada em março foram o Ministério das Relações Exteriores e a Vice-Presidência da República.

O governo também fixou R$ 1,5 bilhão como reserva. Esses recursos poderão ser distribuídos, à medida que seja necessário, aos ministérios.

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Governo corta mais R$ 1.2 bilhão da Educação.jpg



Versão Digital da Notícia:
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ELEIÇÕES 2O1O/GOVERNO LULA [In:] BOLSA VOTO (... a Urna eletrônica é o melhor ''pesqueiro'').

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Moradores de rua receberão Bolsa Família

Governo vai dar Bolsa Família para 46 mil moradores de rua

Autor(es): Catarina Alencastro
O Globo - 01/06/2010

O governo federal vai distribuir Bolsa Família a cerca de 40 mil moradores de rua identificados pelo IBGE em cidades com mais de 300 mil habitantes. Serão 300 mil bolsas para a população de rua, quilombolas, ribeirinhos e indígenas. As contrapartidas, como manter crianças na escola, não serão dispensadas.


Serão 300 mil benefícios, incluindo também quilombolas

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai começar a distribuir o Bolsa Família para 46.078 moradores de rua identificados nas cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Com base em levantamento feito pelo IBGE, cerca de 300 mil bolsas serão destinadas a eles e a quilombolas, ribeirinhos e indígenas. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome já atende a população de rua em um programa piloto em Belo Horizonte.

A ideia do governo é atacar esses “bolsões de pobreza” agora de forma mais consistente.

Hoje, 14,3 milhões de famílias (49 milhões de pessoas) recebem Bolsa Família.

O governo admite que é mais difícil cadastrar e acompanhar essas populações, porque todos os beneficiários têm que ter um endereço fixo para referência.

No caso das populações de rua, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAs) poderão ser as referências desses beneficiários. Mas valerá até um abrigo ou restaurante popular que frequentem.

— Há uma preocupação com o cadastramento para que possamos acompanhálos.

Muitos casos também têm que ser atendidos pelo serviço de saúde, por estarem associados à dependência química e a transtornos mentais — disse a ministra Márcia Lopes.

As contrapartidas valerão para todos. Em caso de famílias com crianças, elas têm que ser assíduas na escola e ter acompanhamento médico. Grávidas são obrigadas a fazer o pré-natal.

Para cada criança na escola, o benefício é ampliado. O beneficiário também pode ser sozinho.

Neste caso, ganha a renda básica de R$ 68 mensais.

Mais acesso a serviços e menos analfabetismo Ontem, o ministério informou que houve uma melhora no acesso dos participantes do programa a saneamento e abastecimento de água. Em setembro do ano passado, 65,7% dos beneficiários contavam com água encanada e 54,2%, com rede de esgoto ou fossa séptica. Em 2005, esses percentuais eram de 63,7% e 50,6%, respectivamente. Ainda assim, se comparada à cobertura média no país, o atendimento ainda é baixo.

A baixa escolaridade também é regra entre os receptores do benefício do governo.

Ao todo, 82,1% dos beneficiários ou são analfabetos ou não concluíram o ensino fundamental.

Enquanto entre os atendidos pelo Bolsa Família a taxa de analfabetismo chega a 16,7%, no Brasil é de 9%. Entre 2007 e 2009, no entanto, o número de responsáveis pela família que não sabiam ler caiu de 17,3% para 13,1%. Também houve aumento no número de beneficiários que procuraram se matricular no ensino médio para retomar seus estudos de 13,2% para 17,6%.

A renda dos beneficiários também aumentou, em média, de R$ 48,69 por pessoa da família (antes de começar a receber a bolsa) para R$ 72,42. São famílias que saíram da extrema pobreza (R$ 70 por pessoa da família), mas permanecem pobres (R$ 140 por pessoa da família).

— O beneficiário passa de extrema pobreza para pobreza.

Mas, (mesmo passando) de pobreza a não pobreza, o valor ainda é insuficiente — diz Lúcia

NORDESTE [In:] UMA BOLSA SEM FUNDO (Não seria melhor ''ensinar a pescar'' ???)

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Bolsa-Família não vence pobreza no NE

Bolsa-Família não vence extrema pobreza no NE

Autor(es): Marta Salomon
O Estado de S. Paulo - 01/06/2010

Estudo revela que os beneficiários do Bolsa-Família no Norte e Nordeste não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, quando a renda por pessoa é de R$ 70. A renda média é de R$ 65,29 e R$ 66,21.


Estudo do governo mostra que as 7,5 milhões de famílias beneficiárias[br]dessa região e do Norte têm uma renda média abaixo de R$ 70 por mês


Beneficiários do Bolsa-Família nas regiões Norte e Nordeste ainda não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, na qual os membros da família recebem até R$ 70 por mês cada um, revela o mais recente perfil do programa de transferência de renda do governo, divulgado ontem.


O estudo mostra que as cerca de 7,5 milhões de famílias beneficiárias do Nordeste e do Norte têm renda média de R$ 65,29 e R$ 66,21, respectivamente, após o pagamento do dinheiro. A bolsa varia de R$ 22 a R$ 200, dependendo do grau de pobreza e do número de filhos da família.

"O valor do benefício, de R$ 95, em média, é pequeno, insuficiente para superar a pobreza", avalia Lúcia Modesto, secretária responsável pelo Bolsa-Família no Ministério do Desenvolvimento Social. Ela insiste em que o programa não tem por objetivo substituir outras fontes de renda das famílias.

O peso do benefício foi relevante no aumento da renda em todas as regiões do País, sobretudo no Norte e Nordeste, mostra o estudo. Em média, o benefício aumentou em quase a metade (48,74%) a renda por pessoa da família.

A ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, estima que mais de 2 milhões das 12,4 milhões de famílias que recebem o benefício ainda sejam consideradas extremamente pobres.

Família "típica". O mais recente levantamento sobre pobreza no País indica que, apesar da redução do porcentual de pobres registrada nos últimos anos, mais de um a cada quatro brasileiros (28,8%) ainda está nessa condição.

A cruzar dados do cadastro de beneficiários - uma tarefa repetida a cada dois anos -, o Ministério do Desenvolvimento Social identificou a família "típica" do programa.

Essa família é chefiada por uma mulher, de 37 anos de idade, que estudou apenas até a quarta série do ensino fundamental. Tem quatro pessoas e renda mensal de R$ 48,82 por pessoa. Vive em casa de tijolo e dispõe de serviços de água e esgoto.

O acesso ao saneamento básico, no entanto, mostrou-se ainda um problema na mais recente edição do perfil do beneficiário do Bolsa-Família. Em setembro de 2009, mais de 20% dos beneficiários ainda não contavam com tratamento de água e apenas 54,2% dispunham de escoamento sanitário. Além disso, 10% ainda não tinham acesso à rede de iluminação e dependiam de velas e lampiões.

Embora tenha melhorado um pouco, ainda continua elevado o porcentual de pais analfabetos no programa: mais da metade não completou o ensino fundamental. "O acesso aos serviços públicos e à educação avança lentamente", declarou a secretária Lúcia Modesto, com base nos números sobre as outras dimensões da pobreza, que não se limita à renda das famílias.

Com base no número atualizado de integrantes das famílias beneficiárias, o Ministério do Desenvolvimento Social calcula que mais de 49 milhões de pessoas façam parte do programa de transferência de renda - mais da metade é de crianças e adolescentes.

Novas ampliações. Estão previstas mais duas ampliações para o Bolsa-Família ainda neste ano. No mês de junho, deverão ser pagos benefícios a 12,7 milhões de famílias. E, até dezembro, a meta é alcançar 12,9 milhões de famílias.

"O alcance dessa meta vai depender do trabalho em bolsões de pobreza e do cadastramento da população de rua", disse a ministra Márcia Lopes.

Cabe aos municípios identificar os pobres que ainda não recebem o benefício.


Balanço

Renda aumenta, mas não supera pobreza
R$ 48,69
era a média da renda per capita no Brasil antes do benefício

R$ 72,42
é a média da renda brasileira após o benefício

62,93%
foi o aumento no Nordeste, região onde o crescimento da renda per capita foi maior

ISRAEL [In:] FAIXA DE GAZA e PALESTINOS

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ISRAEL REVOLTA O MUNDO

Israel ataca...e se defende

Autor(es): Rodrigo Craveiro
Correio Braziliense - 01/06/2010

Soldados invadem barco turco que romperia bloqueio a Gaza, matam ao menos nove ativistas e atraem a ira da comunidade internacional

Os seis barcos carregavam mais de 10 mil toneladas de mantimentos e pelo menos 700 ativistas. O nome da flotilha humanitária era sugestivo: Liberdade. A missão de US$ 3 milhões pretendia testar o bloqueio imposto por Israel e aliviar o sofrimento do povo palestino, ao entregar os donativos na Faixa de Gaza. As bandeiras da Turquia; da Autoridade Palestina (AP) e do movimento Fundação para os Direitos Humanos, Liberdades e Ajuda Humanitária (IHH) não intimidaram as forças israelenses. Foi uma daquelas ações cinematográficas que entram para a história e causam repulsa internacional. Às 4h20 de ontem (hora local), soldados invadiram a embarcação principal, Mavi Marmara. Mataram ao menos nove ativistas e feriram entre 20 e 30.

O governo turco respondeu com indignação, retirou seu embaixador de Telavive e denunciou um “homicídio cometido por um Estado”. “Um Estado que cometeu esses crimes perdeu toda a legitimidade ante a comunidade internacional”, afirmou o chanceler Ahmet Davutoglu, durante reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A Casa Branca, por sua vez, anunciou que procuraria conhecer detalhes do incidente.

Os membros do Conselho “deploraram” o ataque e exigiram o fim do bloqueio contra Gaza. “Está mais claro do que nunca que as restrições israelenses ao acesso a Gaza têm de ser levantadas, tal como exige a resolução 1.860”, disse o representante do Reino Unido, Mark Lyall Grant. Apesar de não terem pedido o fim do embargo, os Estados Unidos propuseram um “alívio” da medida. “Vamos continuar pedindo diariamente aos israelenses que ampliem o espectro de bens e víveres autorizados a entrar em Gaza, para atender toda a gama de necessidades humanitárias da população”, comentou Alejandro Wolff, embaixador adjunto dos EUA na ONU. A reação do governo brasileiro chamou a atenção, pelo imediatismo e pelo teor da nota divulgada pelo Itamaraty (leia nesta página).

Enquanto violentos protestos ocorriam em Washington, Londres, Atenas, Paris e Peshawar (Pasquitão), o governo de Israel se apressava em justificar o que parecia injustificável. Gravações de vídeo apresentadas por Telavive mostravam homens vestidos de preto descendo de rapel para o convés e sendo atacados por passageiros, com bastões e cadeiras. “Apesar de os meios de comunicação terem apresentado a frota como uma missão humanitária para entregar ajuda a Gaza, ela não tinha nada de humanitária”, disse Daniel Carmon, representante israelense na ONU. “Não eram ativistas pacíficos nem mensageiros de boa vontade. Utilizaram cinicamente uma plataforma humanitária para enviar uma mensagem de ódio e implementar a violência”, acrescentou. O secretário geral Ban Ki-moon se confessou “chocado” e condenou a violência. “É vital que haja uma investigação completa para determinar como esse banho de sangue ocorreu. Israel deve fornecer uma completa explicação, urgentemente.”

Netanyahu
Em visita ao Canadá, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, fez uma veemente defesa da operação militar em águas internacionais. “Eles estavam cercados, foram espancados e esfaqueados, e houve ainda relato de disparos. Nossos soldados tiveram que se defender”, declarou. “O que aconteceu nesta manhã (ontem) foi uma violência pré-planejada pelo grupo que atacou as Forças de Defesa de Israel, e não permitiremos qualquer ofensiva por parte de grupos terroristas ou seus apoiadores”, emendou Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel.

Por e-mail, o norte-americano Richard Falk — relator especial da ONU sobre direitos humanos nos territórios palestinos — denunciou “uma flagrante violação da lei marítima, que protege a liberdade de navegação em alto-mar”. “Como o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, alegou, Israel é culpado de terrorismo de Estado. A operação que produziu ao menos 10 mortes é um crime contra a humanidade”, afirmou. Segundo ele, a presença de ativistas civis desarmados e engajados em uma missão humanitária apenas piora a criminalidade de Israel. “Houve uso excessivo de força desproporcional”, admitiu.

Falk não vê qualquer mudança nas relações entre Turquia e Israel, enquanto Netanyahu permanecer no poder. “De fato, pela primeira vez o comando militar turco criticou abertamente Israel, e isto é uma evolução dramática, à medida que os Exércitos dos dois países têm trabalhado em conjunto por muitos anos.”

Terroristas
O francês Jean-Charles Brisard, especialista em terrorismo e advogado das vítimas do 11 de setembro de 2001, pensa diferente. “A flotilha carregava militantes e ativistas que conclamavam operações de martírio, antes de embarcarem. A IHH é uma entidade extremista conhecida desde 1996 por seus elos com a rede Al-Qaeda”, alertou. De acordo com Brisard, a organização turca têm se engajado na falsificação de identidades e no contrabando de dinheiro para terroristas viajando para Afeganistão, Bósnia, Chechênia ou Iraque. “Israel tinha razões para acreditar que a flotilha possuía propósitos humanitários falsos.”

Questionado sobre o impacto do incidente nas relações israelo-turcas, Brisard lembra que elas têm se desgastado depois que a Turquia se reaproximou do Irã. “A complacência de Ancara em relação às organizações extremistas islâmicas é óbvia e contribuirá para danificar ainda mais as relações entre os dois países”, disse o francês.

Reação foi pronta e dura


Não foi preciso esperar mais do que o início da tarde para conhecer a resposta do governo brasileiro ao ataque contra a Flotilha da Liberdade: em nota tão rápida na divulgação quanto dura nos termos, o Itamaraty deixou claro o repúdio à violência e a disposição de tomar também medidas práticas. Além de condenar “em termos veementes” a ofensiva, à qual reagiu com “choque e consternação”, o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador israelense, Giora Becher, para transmitir em pessoa as recriminações. O chanceler Celso Amorim instruiu a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Ribeiro Viotti, a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança, e acrescentou que esperava “uma declaração forte” contra Israel.

“Não poderíamos ter ficado mais chocados”, disse Amorim à imprensa, em Brasília. “É algo que realmente necessita de algum tipo de ação da ONU, porque vai ficar uma marca muito forte”, emendou. Em nota divulgada no fim da tarde, a Embaixada Israelense afirmou que o titular da representação reiterou, em reunião com a subsecretária-geral para Assuntos Políticos Vera Machado, que “a flotilha não seguia com uma ação humanitária, mas chegou como uma provocação com o intuito de apoiar o regime ilegal e terrorista do Hamas em Gaza”. O embaixador Giora Becher também reiterou que “não existe crise humanitária em Gaza, uma vez que todo tipo de ajuda tem ingressado diariamente na região”.

Eu acho...

“Esse incidente não ajudará Israel a legitimar argumentos contra os extremistas. O risco é uma reação excessiva da comunidade internacional, seguindo países árabes. Não creio que isso criará uma crise internacional maior. Há um consenso sobre os objetivos de uma ONG como a IHH no mundo ocidental. Ela é uma entidade extremista conhecida por seus elos com a Al-Qaeda”
Jean-Charles Brisard, especialista em terrorismo

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

01 de junho de 2010

O Globo

Manchete: Mundo condena Israel por ataque a frota humanitária

Nove ativistas são mortos, e protestos aprofundam isolamento do país

O ataque israelense a uma frota de navios que transportava uma carga de 10 mil toneladas de ajuda aos palestinos da Faixa de Gaza recebeu condenação mundial. Pelo menos nove pessoas morreram. A frota saíra da Turquia levando 700 ativistas, entre eles deputados europeus e uma vencedora do Prêmio Nobel da Paz. A crise aprofunda o isolamento de Israel. A Turquia, que já foi um aliado israelense no mundo muçulmano, chamou o ato de terrorismo de Estado. Houve protestos em vários países europeus e do Oriente Médio. O presidente Barack Obama pediu investigação, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou o "derramamento de sangue". O Itamaraty condenou o ataque. A cineasta brasileira Iara Lee, que estava a bordo, passa bem. (Págs. 1 e 26 a 28)

Foto legenda: Protesto contra o ataque israelense se realiza em Estocolmo: houve reação de condenação em diversas capitais da Europa e do Oriente Médio

Dossiê abre crise na campanha de Dilma

Depois do escândalo dos aloprados do PT na campanha de 2006, quando tentaram comprar um falso dossiê contra o tucano José Serra, agora é a campanha de Dilma Rousseff que está às voltas com uma suposta nova tentativa de atingir Serra: desta vez, o alvo seria a filha do tucano. A crise expõe ainda uma briga de poder no comando da campanha de Dilma. (Págs. 1 e 3)

Moradores de rua receberão Bolsa Família

O governo federal vai distribuir Bolsa Família a cerca de 40 mil moradores de rua identificados pelo IBGE em cidades com mais de 300 mil habitantes. Serão 300 mil bolsas para a população de rua, quilombolas, ribeirinhos e indígenas. As contrapartidas, como manter crianças na escola, não serão dispensadas. (Págs. 1 e 11)

Educação vai sofrer corte de R$ 1,3 bi

Os ministérios da Educação e dos Transportes foram os mais atingidos pelos novos cortes nos Orçamento da União, para aliviar as pressões sobre a política monetária e atenuar a alta de juros pelo Banco Central. Na Educação, o corte foi de R$ 1,3 bilhão; e nos Transportes, de R$ 981 milhões. (Págs. 1 e 23)

Lula: só Geisel investiu tanto em estradas

O presidente Lula voltou a fazer comparações com os governos militares. Desta vez, disse que só se investiu tanto em rodovias no governo Geisel, mas com dívida. Disse ainda que "é gostoso crescer a 6%". (Págs. 1 e 22)

Enquanto isso ...
Alemão renuncia por falar demais

Horst Koehler renunciou à Presidência da Alemanha ontem, após lamentar polêmica causada por entrevista na qual dizia que o país devia usar a força militar no Afeganistão para "defender seus interesses". (Págs. 1 e 29)

Após 24 anos, Angra 3 sai enfim do chão

Depois de 24 anos e muita polêmica, foi dado o sinal verde para a construção da usina nuclear de Angra 3. Ontem foi concedida a licença de construção, que abre caminho para um investimento de R$ 8,4 bilhões na obra, que deve estar concluída em 2015. A previsão é gerar 9 mil empregos diretos. (Págs. 1 e 21)

Inflação 4x0 aplicações

Pelo quarto mês consecutivo, as aplicações perderam para a inflação. A Bolsa recuou 6,64% em mala. Até o dia 25, os fundos FGTS Petrobras e Vale perderam, respectivamente, 15,45% e 12,59%. Apenas dólar, ouro e fundos cambiais bateram a inflação. A renda fixa também perdeu. (Págs. 1 e 24)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Israel ataca barco humanitário e causa protestos pelo mundo

Ao menos 9 morreram em embarcação que levava ajuda a Gaza; premiê apoia ação militar e ativista diz que houve 'assassinato'

Ao menos nove ativistas foram mortos e dezenas ficaram feridos em choques na interceptação de seis navios que tentavam furar bloqueio de Israel para levar ajuda humanitária a Gaza.

Os confrontos ocorreram em embarcação de bandeira turca, na qual havia cerca de 500 ativistas de vários países, quando a frota estava em águas internacionais.

O incidente deflagrou uma onda mundial de condenação a Israel, que afirmou que os soldados reagiram a ataques dos ativistas.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, apoiou a ação militar. Falando de Chipre, uma líder do movimento Gaza Livre qualificou o confronto no mar como "assassinato".

O governo brasileiro chamou o embaixador de Israel para explicações. (Págs. 1 e A12)

Foto legenda: Navio da marinha israelense intercepta em águas internacionais barcos que transportavam ajuda humanitária para a faixa de Gaza e foram levados depois para o porto de Ashdod

Foto legenda: Policial usa spray de pimenta em ato anti-Israel em Paris

Foto legenda: Paramédica Israelense dá socorro a ferido no confronto

Clóvis Rossi
Tropa israelense utilizou força desproporcional (Págs. 1 e A14)

Giora Bechner
Havia perigo, e soldados agiram em autodefesa

Giora Becher, 60, é embaixador de Israel no Brasil (Págs. 1 e A13)

Dilma defende mais contribuição para Previdência

Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Planalto, defendeu aumento no tempo de contribuição para a Previdência. Ela sugeriu estender a terceira idade "um pouco mais para lá"; depois recuou, dizendo que falava de sua idade (62). (Págs. 1 e A8)

Brasileira está entre ativistas sobreviventes

Um dos sobreviventes do ataque à frota é a cineasta e ativista brasileira Iara Lee.

Descendente de coreanos, ela viajava com passaporte dos EUA, onde mora.

Segundo a Embaixada de Israel em Brasília, Lee está bem e deverá ser deportada.

Pela rede social Facebook, ela descreveu a abordagem israelense. (Págs. 1 e A14)

Receita Federal quer cobrar R$ 5,5 bilhões da Bolsa de SP (Págs. 1 e B1)

Faltam vacinas contra H1N1 em clínica particular

A 20 dias do início do inverno, a vacina contra a gripe H1N1 está em falta nas principais clínicas particulares do país. Laboratórios dizem que estão distribuindo o medicamento. (Págs. 1 e C11)

Cotidiano: Médicos 'loteiam' seus eventos para a indústria de remédios (Págs. 1 e C5)

Editoriais

Leia "Ataque em alto-mar", sobre ação militar de Israel; e "Receita duvidosa", acerca da relação promíscua entre médicos e indústria farmacêutica. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Israel ataca barcos civis, mata 10 e causa repúdio mundial

Israelenses alegam ter respondido a agressão de ativistas pró-palestinos que tentavam furar cerco a Gaza

A Marinha de Israel atacou ontem uma frota de seis barcos com ativistas da causa palestina, inclusive uma brasileira, que pretendiam furar o bloqueio a Gaza. A ação, em águas internacionais, deixou ao menos dez mortos e provocou reações negativas de toda a comunidade internacional, que acusou Israel de usar força desproporcional contra civis. Os israelenses disseram ter respondido a ataque dos ativistas e afirmam que o incidente foi criado para gerar propaganda contra o país. "É terrorismo de Estado", disse Recep Erdogan, premiê da Turquia, praticamente o único aliado de Israel no mundo islâmico. Entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Grã-Bretanha, França, Rússia e China condenaram Israel. Os EUA lamentaram as mortes e pediram investigação. Já o governo brasileiro disse esperar "alguma ação" da ONU. (Págs. 1 e Internacional A8, A10 e A11)

Foto legenda: Como foi o incidente

Ataque. Acima, a Marinha israelense aborda barco de ativistas; abaixo, ferido é socorrido em Israel

Mark Grant
Diplomata britânico
“Está mais claro do que nunca que as restrições em Gaza têm de acabar"

Análise
Posição moral do país fica mais comprometida

Foram "mortes programadas" - já se previa um incidente entre Israel e a "frota humanitária". Mesmo admitindo que o caso não leve a um conflito mais violento, a posição moral de Israel, já desastrosa, deve ser ainda mais criticada. Essa perspectiva só afligirá os verdadeiros amigos de Israel. (Págs. 1 e Internacional A8)

Governo corta mais R$ 1,2 bilhão da Educação

O governo definiu ontem os ministérios e órgãos que terão uma nova redução de orçamento este ano. Com R$ 1,28 bilhão a menos, o Ministério da Educação é o mais afetado. Em relação ao aprovado pelo Congresso, a pasta já registra perda de R$ 2,34 bilhões. O Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões, com a justificativa de tentar conter o consumo e, por consequência, o crescimento da economia e da inflação. Outra razão é se adequar às obrigações legais. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Bolsa-Família não vence pobreza no NE

Estudo revela que os beneficiários do Bolsa-Família no Norte e Nordeste não superaram, na média, a condição de pobreza extrema, quando a renda por pessoa é de R$ 70. A renda média é de R$ 65,29 e R$ 66,21. (Págs. 1 e Nacional A7)

Autorizada construção de Angra 3

A Comissão Nacional de Energia Nuclear concedeu ontem licença de construção para a Usina de Angra 3. O projeto estava engavetado havia 35 anos. A usina deve começar a operar entre 2015 e o início de 2016. (Págs. 1 e Economia B5)

Litoral sofre surto de dengue

Entre janeiro e maio, foram registrados 22.346 casos de dengue em nove cidades do litoral paulista, ante 438 no mesmo período de 2009. O número de mortes saltou de 1 para 51. Santos é a cidade com mais vítimas: são 22 ocorrências confirmadas. A epidemia é a maior dos últimos sete anos na cidade. O número de contaminados pelo Aedes aegypti subiu mais de 58 vezes, segundo dados da Secretaria de Saúde de Santos. (Págs. 1 e Vida A15)

População de rua cresce 57% em SP

Em dez anos, o total de pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo cresceu 57%. São 13.666 pessoas morando nas ruas da cidade ou dormindo em albergues. (Págs. 1 e Cidades C1)

Odebrecht atuará na área militar

A Odebrecht e o grupo europeu EADS DS anunciaram a instalação de uma empresa em São Paulo. A joint venture atuará no mercado de equipamentos militares. (Págs. 1 e Economia B13)

Nova técnica tenta conter vazamento (Págs. 1 e Vida A11)

Visão Global: A fé americana

A luta para conter o vazamento de óleo mostra que a ideia de que a tecnologia pode resolver tudo é exagerada, escreve Elisabeth Rosenthal. (Págs. 1 e Internacional A12)

Notas & Informações: O Estado glutão

A maior fatia do bolo econômico, no Brasil, vai para quem menos contribui para a produção. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: 'Clube do bilhão' tem 85 empresas abertas no país

As empresas bilionárias com ações em bolsa já faturam o equivalente a quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São 85 companhias de capital aberto com receita líquida anual superior a US$ 1 bilhão e nove com ganho acima de US$ 10 bilhões. A receita somada dessas companhias não financeiras foi de US$ 470,4 bilhões em 2009, ou 30% do PIB.

Em 2000, o Brasil tinha 39 empresas com faturamento líquido superior a US$ 1 bilhão - apenas a Petrobras estava acima de US$ 10 bilhões -, que somavam receitas correspondentes a a 17% do PIB. Desde o ano passado, a receita líquida da estatal do petróleo supera US$ 100 bilhões. (Págs. 1 e D1)

Foto legenda: Juiz e não justiceiro

O ministro Eros Grau deixa o Supremo em agosto. Chegou a pensar em se aposentar no início do ano, mas ficou para julgar o processo da Lei da Anistia "como juiz e não como justiceiro". (Págs. 1 e A6)

Perdas à vista com estádios da Copa 2014

Os 12 estádios que serão palco da Copa do Mundo de 2014 podem virar elefantes brancos sem um plano de negócios que amplie as fontes de recursos e dobre o número de torcedores, revela estudo da consultoria especializada Crowe Horwath RCS. Para dar lucro, um estádio no Brasil com cerca de 50 mil lugares e custo médio de construção de R$ 500 milhões (padrão Fifa) precisa gerar receitas líquidas anuais a partir de R$ 10 milhões por até 20 anos. Para isso, a taxa de ocupação dos estádios teria de subir dos atuais 40%, alcançados no campeonato brasileiro de 2009, para os 80% a 90% registrados nas competições da Europa. (Págs. 1 e A14)

Há um batalhão de hackers atrás dos clientes dos bancos

Um banco como o Bradesco sofre 26 tentativas de invasão de seu sistema por minuto - foram 14 milhões nos últimos 12 meses. O Bradesco integra o ranking mundial das companhias mais visadas e, no Brasil, é seguido na preferência dos hackers por quatro de seus rivais - Banco do Brasil, Santander, Itaú Unibanco e Caixa -, segundo levantamento feito pela empresa russa de software antivírus Kaspersky, a pedido do Valor.

"Os casos mais comuns são de mensagens falsas se passando por um pedido de atualização de cadastro", afirma Fabio Assolini, analista da Kaspersky . Ele estima que, no Brasil, as fraudes na internet causem prejuízo aos bancos de US$ 75 milhões a US$ 100 milhões por ano. (Págs. 1 e B3)

Nó trabalhista tira a expansão da GM de S. José

Depois de uma longa e frustrada negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos, a General Motors desistiu de destinar à fábrica de São José dos Campos a parcela que faltava para concluir seu programa de investimentos até 2012. Quem ganhou foi a unidade de São Caetano do Sul, que ficou com os R$ 700 milhões que iriam para São José.

O nó da negociação se concentra na flexibilização da jornada. As montadoras não abrem mão de horários de trabalho flexíveis, de acordo com o ritmo das linhas de montagem determinado pela demanda. Ligado ao PSTU, o sindicato de São José tem na jornada rígida uma de suas principais bandeiras. (Págs. 1 e B9)

Ford ainda é afetada por revés no RS

A Ford foi condenada em primeira instância pela Justiça gaúcha a restituir R$ 127,8 milhões ao governo do Rio Grande do Sul, a serem corrigidos desde 1998, por conta do rompimento do contrato firmado com o Estado para a implantação de uma unidade industrial em Guaíba, em abril de 1999. A montadora recorreu da sentença e a apelação deve ser remetida nos próximos dias para julgamento no Tribunal de Justiça.

A Ford desistiu de montar uma fábrica em Guaíba depois de ter assinado contrato com o governo Antônio Britto (PMDB), rescindido na gestão Olívio Dutra (PT). A decisão judicial determina que a empresa restitua os benefícios recebidos para instalar a fábrica, inclusive R$ 35,7 milhões de um empréstimo concedido pelo Estado. (Págs. 1 e B9)

Grécia exige preços menores e abre crise com farmacêuticas (Págs. 1 e A11)


Excesso de produção ameaça o setor siderúrgico (Págs. 1 e B6)

Acomodação na indústria

O nível de utilização de capacidade utilizada na indústria de transformação caiu de 85,1 % em abril para 84,9% em maio, primeira queda desde janeiro de 2009. (Págs. 1 e A3)

MP denuncia ex-dono da Dudony

O Ministério Público do Paraná apresentou denúncia criminal por fraude a credores contra o empresário Antônio Donisete Busíquia, antigo dono da varejista Dudony, comprada há um ano pelo Baú Crediário. (Págs. 1 e B4)

Resseguro na saúde

Para reduzir perdas com o aumento da sinistralidade - que chegou a quase 83% no ano passado, maior taxa desde 2005 -, operadoras de planos de saúde adotam sistema de resseguro ("stop-loss"). (Págs. 1 e B4)

Corrida à China

Grandes redes internacionais de hotéis, como Marriott, Carlson, Accor, InterContinental e Starwood ampliam sua presença no mercado chinês. (Págs. 1 e B4)

Cikel transfere fábrica para o Pará

O grupo Cikel, que atua nos ramos madeireiro e siderúrgico, vai unificar sua área de pisos e transferir a fábrica de Araucária (PR) para Ananindeua (PA), que terá a capacidade ampliada em 50%. (Págs. 1 e B8)

Investimentos da Michelin

Com previsão de aumento das vendas mundiais em 10% neste ano, a fabricante de pneus Michelin volta a acelerar seus planos de investimento. (Págs. 1 e B9)

Guarani compra a Mandú

A Açúcar Guarani pagou R$ 345 milhões pela Usina Mandú, localizada no noroeste de São Paulo, mesma área onde estão instaladas as outras seis unidades que a Guarani tem no Brasil. (Págs. 1 e B11)

Importação de trigo

O governo brasileiro vai avaliar pedido dos parceiros do Mercosul para a majoração da Tarifa Externa Comum (TEC) do trigo dos atuais 10% para 35%. (Págs. 1 e B12)

Ideias

Delfim Netto
É tempo de governo e Congresso acordarem para nossa cômoda e alegre aceitação do neocolonialismo chinês. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Luiz Gonzaga Belluzzo
As manifestações na Europa sugerem que a sociedade prepara novas respostas às façanhas da economia do Mal-Estar. (Págs. 1 e A13)

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