PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, julho 22, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] O VELHO JOGO


SENADO: O VELHO JOGO...

Presidente do Senado arquiva pedido de impeachment contra Gilmar Mendes

GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), decidiu nesta terça-feira arquivar o pedido de impeachment do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, protocolado na Casa Legislativa por manifestantes ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) na última sexta-feira. Em despacho encaminhado nesta terça-feira à Secretaria-Geral do Senado, Garibaldi recomenda o arquivamento do pedido por considerar que faltam "elementos jurídicos" para a sua fundamentação.
Garibaldi usou como base para a sua decisão o parecer do advogado do Senado, Alberto Cascais, divulgado nesta terça-feira. No parecer, o advogado recomenda o arquivamento ao afirmar que o pedido de impeachment apresentado pelos manifestantes da CUT não tem fundamentação jurídica adequada nem aponta condutas de Mendes que configurem o seu afastamento do cargo.
"Acompanham cópias de matérias jornalísticas sobre a Operação da Polícia Federal denominada Satiagraha, porém nenhuma delas traz qualquer indicativo de que o caso atrai a aplicação da lei. A fundamentação jurídica é um pressuposto de validade de qualquer ato processual", argumenta o advogado.
Após o recesso parlamentar, Garibaldi vai apresentar sua decisão de arquivar o pedido à Mesa Diretora do Senado. A expectativa é que os integrantes da Mesa sigam a decisão de Garibaldi --uma vez que, tradicionalmente, o comando da Casa Legislativa apenas referendam a decisão do presidente em casos semelhantes a esse.
Garibaldi afirma na sua decisão que o pedido não pode ser acolhido pela Mesa uma vez que não "vislumbra qualquer conduta típica do denunciado" e não reúne a "fundamentação jurídica necessária" contra Mendes.
O advogado do Senado, por sua vez, afirma que nenhum pedido pode seguir adiante na Casa Legislativa "sem que estejam presentes evidências de conduta típica" do crime. O advogado argumenta que o autor da representação, o sindicalista da CUT Cícero Rola, não reuniu provas de que Mendes teria tomado decisão judicial "injusta" ao conceder habeas corpus a presos pela Operação Satiagraha --especialmente o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
"O autor apresenta uma petição com referências a fatos relatados pela imprensa, acompanhada de cópias de matérias jornalísticas, sem contudo demonstrar com fundamentos jurídicos qual seria a conduta delituosa do denunciado", afirma Cascais no parecer.
Cícero Rola argumenta, no pedido, que Mendes cometeu crime de responsabilidade em favor de alguns dos denunciados pela Polícia Federal na Operação Satiagraha. Sindicalista da CUT, Cícero Rola afirma que 'não há dúvidas' que houve favorecimento de Mendes aos presos em decorrência do nível econômico dos suspeitos.

EXTRA! EXTRA! EXTRA!!!

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``... ROBERTA MAZZER DE HENRIQUE MEDEIROS FOI APROVADA NO EXAME DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)``...


``by the way``, Beta é minha filha!!!!!


Através desta ``brincadeirinha de pai``, homenageio todos os seus amigos e colegas de turma que também foram aprovados nesse Exame.

PARABÉNS À TODOS!!!!

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REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA''

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Especial
2. O novo ciclo da cana

Pradópolis/SP

Dolce vita em volta de uma usina de açucar.

Cidade mostra como conciliar cana, desenvolvimento social e ecologia.


[O metalúrgico Luiz dos Santos e seu filho Maicon: o rapaz, que começou como estagiário, galgou um posto superior ao de seu pai. Fotos: Alexandre Schneider].
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Há um paraíso perdido em um mar de cana no noroeste de São Paulo. Em Pradópolis, não há desemprego. Todos os 15 000 habitantes são atendidos por água tratada e rede de esgoto. Até as ruas onde ainda não há casas são asfaltadas, arborizadas e com infra-estrutura instalada. Ninguém mora em barracos, muito menos na rua. A criminalidade é desprezível. A prefeitura mantém o melhor hospital da região, com médicos de todas as especialidades. A mortalidade infantil é 30% menor que a média paulista. A taxa de analfabetismo é um terço do índice nacional. Todas as crianças estão matriculadas em escolas públicas, boa parte delas em tempo integral. As que estudam meio período aproveitam o resto do dia para praticar esporte no clube municipal, o mesmo no qual o ídolo local, o lateral Cicinho, da Roma, acertou seus primeiros chutes. Uma academia de ginástica sustentada pela prefeitura é freqüentada principalmente por mulheres e aposentados. No fim da tarde, boa parte da turma da academia se reúne nas praças para jogar bingo. É tempo, então, de os trabalhadores que operam as máquinas das lavouras de cana e os funcionários das cinco usinas de açúcar e álcool das redondezas voltarem para casa. De bicicleta.
O setor sucroalcooleiro viveu um espetacular crescimento nesta década. Poucos lugares souberam explorar tão bem a bonança quanto Pradópolis. Desde 2000, o PIB e a arrecadação de impostos municipais triplicaram. A prefeitura usou a receita extra para ampliar o hospital, construir uma creche, reformar o distrito industrial e dar início a uma nova rodoviária, que deve ser inaugurada nos próximos meses. Os novos investimentos garantirão a manutenção da infra-estrutura criada pelos primeiros administradores da cidade. Pradópolis é uma espécie de feudo da família Ometto. Eles são primos do empresário Rubens Ometto, dono da Cosan, a líder mundial em álcool. Os Ometto de Pradópolis também estão entre os grandes fabricantes de derivados da cana, mas não têm negócios em comum com o primo famoso. Entraram de vez no ramo em 1949, ao comprar a Fazenda São Martinho, que hoje é a segunda maior indústria canavieira do país. Naquele tempo, suas terras ainda pertenciam ao também anônimo município de Guariba. Dez anos depois, os Ometto conseguiram emancipar a vila fundada pela família Prado, antiga dona da São Martinho.
Até 1996, os Ometto impuseram todos os prefeitos do município, que se dividiam entre suas responsabilidades da vida pública e suas obrigações como diretores da São Martinho. Os Ometto passaram a tratar Pradópolis como seu cartão de visita. Nos anos 70, a usina arcou com parte das despesas de construção de um anel viário que evitou o tráfego de caminhões de cana pelo centro da cidade. Com os impostos pagos pela usina, os prefeitos praticamente nomeados pelos Ometto elaboraram um plano piloto, abriram praças e ruas largas e instalaram uma estação de tratamento de esgoto. "Eles sempre levavam todos os empresários que visitavam a usina para conhecer a cidade", conta o advogado Paulo César David. Os Ometto também providenciaram o povoamento de Pradópolis. No início, importaram mão-de-obra dos centros produtores de cana do Nordeste. O pai de David, José, veio de Alagoas e incentivou seu filho a trabalhar na São Martinho. Ele começou como mecânico. A usina pagou seu curso de direito e a prefeitura forneceu o transporte para a faculdade. Aos 43 anos, David atua como advogado trabalhista da empresa. Cansado de procurar trabalho, o metalúrgico Luiz dos Santos mudou-se para Pradópolis em 1985. Arranjou emprego para si. Depois, emplacou seu filho Maicon como estagiário quando ele tinha apenas 16 anos. A usina pagou sua graduação em administração. Onze depois, Maicon é um dos analistas de recursos humanos da São Martinho.
A cana-de-açúcar foi o combustível da expansão econômica e populacional de vinte das 500 cidades brasileiras que mais cresceram nesta década. Pradópolis encabeça a lista porque adotou novas soluções de produção de açúcar e álcool e de gestão pública. O corte manual da cana está com os dias contados. Hoje, 85% da colheita já é mecanizada. Quando as colheitadeiras começaram a substituir os bóias-frias no campo, as usinas requalificaram a maioria deles, fornecendo programas de estudos e cursos técnicos profissionalizantes. Resultado: alguns dos demitidos chegaram mesmo a ter vantagens. Durante sete anos, Helio do Nascimento cortou cana para a São Martinho. Agora, ganha o dobro dirigindo colheitadeiras. Uma parte dos dispensados encontrou trabalho em outras fazendas e usinas da região. O desemprego decorrente da mecanização se tornou marginal. Pradópolis também tomou medidas para proteger o meio ambiente. Aboliu a prática secular da queima dos canaviais em tempo de safra, que é extremamente poluente. Com o bagaço de cana, a São Martinho produz toda a energia que consome e vende um excedente capaz de abastecer uma cidade de 30 000 habitantes. Pradópolis prova, assim, que é possível combinar a produção maciça de açúcar e etanol com desenvolvimento social.
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REPORTAGEM ESPECIAL. REVISTA ''VEJA''

Especial
1. A proteína do campo

Sorriso/MT
De grão em grão
Em trinta anos, o mato, a poeira e a escuridãoderam lugar à capital mundial da soja

Sorriso, no norte de Mato Grosso, é a capital mundial da soja. É o município que mais produz o grão: 2,5 milhões de toneladas por ano. A produtividade de suas fazendas também é a maior do mundo: 55 sacas por hectare. O município detém ainda outro recorde internacional: tem a maior proporção de território coberto por lavouras. A riqueza da soja é visível nas esquinas de Sorriso. Em 2005, sua prefeitura contratou o urbanista Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, para criar o plano diretor que norteará o crescimento da cidade até 2020, quando a população atingirá 200 000 habitantes, três vezes a atual. Com base no plano, foram abertas avenidas com canteiros ajardinados, erguidos arranha-céus e bairros inteiros com saneamento e asfalto. Os grandes fazendeiros aboletaram-se em casas de 1 000 metros quadrados e mais de 1 milhão de reais. Os terrenos que cercam as casas dos mais endinheirados valorizaram-se até 1 000% em vinte anos. Apareceu até uma loja que os locais consideram a sua Daslu, ícone do consumo dos ricos paulistanos. A Século abastece a elite da soja com produtos de grifes de luxo. O plano de Lerner previu a construção de um aeroporto para receber jatos de grande porte, que deve ser inaugurado ainda neste ano.
A prosperidade de Sorriso sintetiza o progresso que a soja semeou pelo Centro-Oeste brasileiro. No fim dos anos 70, o lugar era coberto pelo cerrado. O único vestígio de civilização era uma rodovia recém-construída que ligava Cuiabá a Santarém. O governo colonizara a região com agricultores pobres do Sul do país. Lá, os desbravadores só encontraram onças, cobras, mosquitos e doenças. Sua situação era tão desalentadora que eles passaram a repetir como um mantra o ditado "é melhor sorrir do que chorar". Foi daí, e não de qualquer alusão alvissareira, que saiu o nome Sorriso. Apesar das dificuldades, o povoado foi instalado em uma região com sol abundante, chuvas regulares e terreno plano, perfeitos para as lavouras mecanizadas. Essas condições permitem que fazendas como as do gaúcho Darcy Ferrarin produzam o ano inteiro. Nas entressafras da soja, ele planta milho ou capim para a engorda de gado. A tecnologia avançada permite que ele fature vinte vezes mais do que há dez anos plantando na mesma área.
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> [Armazém da Agrosoja: criada em 1995, a processadora fatura 80 milhões de reais por ano; foto matéria].
O dinheiro injetado na economia pelo milionário negócio da soja abriu novas oportunidades para os agricultores. Em 1986, Claudio Zancanaro deixou o Paraná para trabalhar na pequena lavoura de soja de sua família. Investiu os lucros em uma fábrica de óleo e de farelo do grão, que emprega setenta pessoas e fatura 80 milhões de reais por ano. O movimento mais recente foi a explosão do setor de serviços. A proporção de médicos por habitante já supera em 50% o padrão recomendado e ainda há campo para esses profissionais. Há dois anos, sete médicos e dentistas forasteiros se uniram para atender os fazendeiros ricos. A demanda por seus serviços, que vão de exames a pequenas cirurgias, foi tão grande que outros seis especialistas se associaram ao grupo. "Até o fim do ano, vamos instalar cinco novos consultórios na clínica", diz a ginecologista gaúcha Maria Teresa Endres. Seu marido, o engenheiro Antonio Adolfo, abriu a construtora Coenza, que se tornou uma das maiores da cidade. "Nossa renda quadruplicou", conta o empreiteiro. Sucesso semelhante foi alcançado pelo casal de professores Natal Rêgo e Sandra Matsuoka, que há sete anos abriu uma faculdade em Sorriso. O negócio começou oferecendo um curso de administração em um prédio cedido pela prefeitura. Em quatro anos, o casal conseguiu construir um câmpus próprio, onde ensina direito, letras, pedagogia, contabilidade e cursos profissionalizantes para 850 alunos.
Graças à expansão das lavouras de soja e às centenas de empresas que se estabeleceram na cidade em função delas, a economia municipal cresceu 64% nesta década. A receita da prefeitura atingiu 77 milhões de reais, dez vezes mais do que quando o município foi emancipado, em 1986. Esse salto possibilitou, entre outros avanços, o fornecimento de água tratada e de energia elétrica para 100% das residências. Quase todas as ruas foram pavimentadas. As dezenove escolas da rede municipal dispõem de laboratório de informática com internet de banda larga. A prefeitura montou uma frota de 36 ônibus para servir aos alunos que moram na zona rural. Esses benefícios estão explicitados nos indicadores sociais locais. VEJA listou os municípios que melhor mesclaram o crescimento com desenvolvimento da educação, da saúde e da tecnologia. Sorriso aparece em 12º lugar nessa lista. Por essa conjunção de fatores, tornou-se uma das cidades cuja população mais cresceu nesta década: 55%.
O lado nefasto da bonança apareceu no aumento da criminalidade, que é maior do que a média brasileira. Combater esse mal deveria ser uma das prioridades de Sorriso. Mas, por enquanto, a prioridade da cidade ainda é acelerar seu processo de enriquecimento. Para isso, pretende reduzir sua dependência da soja. A prefeitura dá incentivos à industrialização. Já atraiu um frigorífico de aves e outro de peixes, que se estabeleceram na cidade para aproveitar a proximidade das fábricas de farelo de soja, matéria-prima da ração desses animais. Agora, tenta conquistar um terceiro, de carne bovina, e um centro de pesquisas da Embrapa. A crença em um futuro promissor é tamanha que a prefeitura está construindo um centro de convenções para 1 700 pessoas em um dos novos bairros da cidade. Os migrantes que desbravaram o cerrado mato-grossense não encontram mais motivos para chorar.
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http://veja.abril.com.br/230708/p_078.shtml
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

22 de julho de 2008

O Globo
PF vai apurar formação de currais eleitorais do crime
A Polícia Federal foi acionada para investigar a criação de currais eleitorais por milícias e pelo tráfico nas favelas cariocas. Diversas denúncias de que candidatos a vereador têm sido impedidos de fazer campanha em comunidades controladas por milicianos ou por traficantes têm chegado ao Disque-Denúncia Eleitoral. Um dos objetivos dos grupos armados é garantir preferência para nomes apoiados por eles. Até candidatos a prefeito enfrentam ameaças e constrangimento. A PF vai apurar se está havendo coação, que é crime eleitoral. Uma candidata a vereadora pelo PT solicitou escolta da PM para entrar na Rocinha. A Justiça Eleitoral pede que a população ajude a desarticular os currais eleitorais do crime, denunciando, mesmo que de maneira anônima, as ocorrências. De acordo com dados do TRE, pelo menos 500 mil eleitores do Rio vivem em comunidades dominadas por quadrilhas armadas. O candidato do PRB a prefeito, Marcelo Crivella, que fez apenas uma caminhada na Zona Sul em 16 dias de campanha, acredita que não adianta pedir votos nas ruas da região, onde a rejeição a ele é alta. “As pessoas dizem que o Crivella mistura política com religião, que vai acabar com o carnaval, perseguir homossexual. Mas eu sou homem de paz.” (págs. 1, 3 e 5)
Multa de trânsito poderá subir 64%
Para corrigir as perdas com a inflação desde 2000, o governo vai propor ao Congresso aumento de 64% no valor das multas de trânsito. As infrações mais graves serão punidas com a cobrança de R$ 1.575. Os critérios para definição de excesso de velocidade também serão modificados: a multa mais pesada será aplicada a quem exceder o limite em 50km/h ou mais. (págs. 1 e 11)
Novos desafios
O delegado Protógens Queiroz, que até sexta-feira passada comandava a Operação Satiagraha que apura crimes financeiros envolvendo o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas, ingressou ontem em nova fase profissional, comparecendo à primeira aula do curso na Academia da PF apresentado como motivo oficial do seu polêmico afastamento. O Ministério Público Federal cobrou da cúpula da PF explicações sobre a falta de recursos humanos e materiais na operação, que teria prejudicado as investigações, segundo denunciou Protóneges. (págs. 1 e 22)
Armas ilegais ainda vêm do Paraguai
Um levantamento feito pelo GLOBO constatou que pistolas apreendidas num ônibus de excursão de Foz do Iguaçu foram adquiridas numa loja em Assunção – velha forma de contrabando que as polícias não conseguem deter. (págs. 1 e 16)
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Folha de S. Paulo
Arrecadação cresce 10% e bate recorde
Mesmo sem a CPMF, extinta em 2007, a arrecadação federal bateu recorde no primeiro semestre deste ano e chegou a R$333,2 bilhões. Na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, a receita de impostos e tributos federais aumentou 10,43% descontada a inflação do período. Em junho, o governo conseguiu arrecadar R$55,7 bilhões, 7% mais que no mesmo mês de 2007. A arrecadação com o Imposto de Renda cresceu 17% e foi para R$97 bilhões no primeiro semestre – só as pessoas físicas pagaram R$8,3 bilhões, 12% mais que no mesmo período do ano passado. O aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), para compensar o fim do imposto do cheque, também contribuiu para a alta geral. A arrecadação com o IOF subiu 151% nos primeiros seis meses, somando R$9,8 bilhões. O secretário da Receita, Jorge Rachid, afirmou que o crescimento do país e ações administrativas e judiciais contra sonegadores foram os principais responsáveis pelo recorde. Apesar disso, Rachid disse lamentar o fim da CPMF: “Era recurso que ia direto para o posto de saúde. Isso faz falta”. (págs. 1 e B1)
Com reforço, delegado assume caso Dantas
O delegado Ricardo Saadi assumiu o comando da Operação Satiagraha com o reforço de cerca de 30 agentes enviados pela Polícia Federal. O delegado Protógenes Queiroz, afastado do caso, iniciou curso na Academia Nacional da PF, em Brasília. Antes de deixar a investigação, Queiroz pedira ao órgão reforço de pessoal. A Justiça Federal rejeitou o pedido de hábeas corpus em favor de Humberto Braz, apontado como braço direito e intermediário do banqueiro Daniel Dantas. (págs. 1 e A6)
Telefone fixo sobe até 3% para minuto e assinatura
A Anatel definiu os reajustes da telefonia fixa. Os aumentos serão de 2,76% para os clientes da Oi e de 3,01% para a os da Telefônica, Brasil Telecom, CTBC (interior de MG e SP) e Sercomtel (Londrina, PR). O aumento incidirá sobre a assinatura e o minuto das ligações. Nas ligações DDD, o reajuste médio será o mesmo, podendo subir até 9,68%, conforme horário ou distância. (págs. 1 e B4)
Republicanos tentaram influir sobre a reforma política no BrasilAgência ligada ao governo dos EUA gastou US$ 95 mil em 2005 para promover seminário no Congresso brasileiro sobre a reforma política do Brasil, informa Sérgio Dávila. O instituto Republicano Internacional, dirigido por John MacCain candidato republicano à Casa Branca, liderou a operação. O objetivo era fazer o seminário coincidir com a véspera da discussão do tema no Legislativo. (págs. 1 e A10)
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O Estado de S. Paulo
Arrecadação do governo aumenta 10,4% no semestre
A arrecadação federal continua batendo recordes, apesar do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). No primeiro semestre, ela aumentou 16,03% ou 10,43%, se for descontada a inflação do período. O total registrado em junho também foi recorde para o mês: R$55,747 bilhões, com alta real de 7,1% sobre junho de 2007. Para o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, dois fatores explicam o aumento: o aquecimento econômico, que fez subir salários e vendas, e a fiscalização reforçada, a ponto de o recolhimento de multas e juros haver subido 60,46% no período. Mudanças nas regras tributárias também explicam o desempenho da arrecadação: no início do ano, as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobradas sobre empréstimos e operações de câmbio, foram elevadas para compensar a ausência da CPMF. Para Rachid, a tendência é a arrecadação continuar crescendo, mas a taxas menores. (págs. 1, B1 e B3)
Notas e Informações: O novo aliado de Uribe
O presidente Luiz Inácio lula da Silva deixou na Colômbia a marca que simboliza sua nova condição de aliado de Uribe no combate ao farquismo. Antes tarde, é o caso de dizer. (págs. 1 e A3)
'Reuniões foram inúteis', diz Amorim na OMC
O ministro das relações Exteriores Celso Amorim, classificou de “inútil” o primeiro dia de negociações formais da nova tentativa de destravar a Rodada de Doha, voltada à abertura do comércio mundial. ”Não houve nenhuma idéia nova”, disse. Os Estados Unidos exigem que o Brasil faça concessões no setor automotivo. (págs. 1 e B10)
Itália denuncia 8 por espionagem a DantasA Procuradoria de Milão denunciou ontem 8 pessoas acusadas de participar de um esquema montado pela Telecom Itália para espionar o Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. As duas empresas lutavam pelo controle da Brasil Telecom, na qual eram sócias. Espiões a serviço da Telecom Itália teriam invadido computadores e violado mensagens eletrônicas de pessoas ligadas a Dantas. (págs. 1 e A4)
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Jornal do Brasil
Os 7 pecados de César Maia
Sete grandes promessas resumidas ao que eram em 2004: promessas. Na campanha que o reelegeu, o prefeito do Rio, César Maia, disse que faria, e não fez, a duplicação da Avenida das Américas, novos acessos à Zona Oeste, a linha de barcas para a Barra da Tijuca, a contenção do crescimento desordenado das favelas e a definição do Plano Diretor. Também não foram adiante a gestão da Floresta da Tijuca e o projeto de saneamento da Barra. São exemplos de projetos que ficaram no papel. "O Pan foi cumprido", defende-se Maia. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A3)
Celso Amorim: negociação começa "totalmente inútil"
O primeiro dia de negociações sobre liberalização do comércio mundial foi classificado de "totalmente inútil" pelo chanceler Celso Amorim. A representante dos EUA, Susan Schwab, afastou o mal-estar deixado pela declaração do ministro, que comparou a tática dos países ricos à propaganda nazista. (págs. 1, Economia A18 e Editorial A8 )
Investigação sobre Dantas é reforçada
A segunda fase da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga as operações do banqueiro Daniel Dantas, começou ontem com uma nova equipe de delegados e reforçada por técnicos do Ministério Público, Receita Federal, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e Conselho de Controle de Atividades Financeiras. A equipe vai analisar documentos apreendidos na fase anterior. O braço direito de Dantas, Humberto Braz, teve o pedido de habeas corpus rejeitado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. (págs. 1 e País A7)
Correios voltam a entregar cartas
Serão entregues até sexta-feira as correspondências da população do Rio, com o fim da greve nos Correios que atingiu 24 Estados. O volume de correspondências atrasadas superou 140 milhões de unidades. O serviço será normalizado no país em até 10 dias. (págs. 1 e Economia A19)
Os efeitos da lei seca na cidade
Em seu primeiro mês, a chamada lei seca no trânsito flagrou 63 motoristas alcoolizados na Região Metropolitana do Rio. O atendimento de vítimas de acidentes caiu até 21% na cidade em 20 dias. (págs. 1 e Cidade A16)
Gigante do varejo sofre ação no Rio
O promotor Júlio Machado Teixeira Costa, de Defesa do Consumidor do Rio, abriu ação na Justiça questionando promoção de oferta de preços da Wal-Mart, a maior rede varejista do mundo. (págs. 1 e Economia A20)
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Correio Braziliense
Depois da Lei Seca vem mais arrocho
O balanço do Departamento de Trânsito após um mês de lei seca aponta a redução de 20,5% no número de acidentes fatais e de 6% na quantidade de mortes registradas no Distrito Federal. São indicadores positivos, mas insuficientes na avaliação do diretor-geral do Detran, Jair Tedeschi. “Diminuímos os acidentes com bebidas, mas precisamos fazer uma fiscalização mais intensa”, afirma. Por essa razão, os agentes de trânsito aumentarão o rigor contra motoristas sem cinto de segurança e em excesso de velocidade. A compra de 20 bafômetros também vai reforçar a repressão a quem assumir o volante após ingerir bebida alcoólica. A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, promete redobrar a vigilância nas rodovias depois de 48 dias de greve. (págs. 1, 25 e Crônica da Cidade, 30).
Governo Lula amplia sanha arrecadatória
Graças ao aumento do IOF pago nas vendas a crédito e da CSLL cobrada dos bancos, a receita do governo federal em junho chegou a R$ 55,7 bilhões. Com isso, a arrecadação do semestre bateu nos R$ 327,6 bilhões, marca 10,4% acima da inflação do período e maior até mesmo que a de 2007, quando o caixa ainda contava com o imposto do cheque. (págs. 1 e 17)
Pobres e ricos em “dia inútil”
O chanceler Celso Amorim disse ontem que nada de novo aconteceu no primeiro dia de negociações pela abertura das fronteiras ao comércio internacional. Os países ricos cobram a redução das tarifas sobre bens industrializados, e os pobres reafirmam que só o farão quando o mesmo valer para sua produção agrícola. (págs. 1 e 16)
TST investiga irregularidade
Por ordem do ministro Rider de Brito, gastos de R$ 932 mil com material de informática foram mandados à auditoria do TCU. (págs. 1 e 5)
Telefone vai subir 3% na quinta-feira.
As chamadas originadas de telefone fixo em Brasília ficarão 3,01% mais caras a partir de quinta-feira, assim como a assinatura básica. Nas ligações de longa distância, porém, o índice pode ser até maior, a depender do desconto concedido nos diferentes horários. Para os orelhões, a alta será de 2,5%. (págs. 1 e 16)
Montanha de cartas
Encerrada a greve dos Correios, o serviço postal deve ser normalizado no DF em até 10 dias. Mas de 2 milhões de cartas e encomendas estão acumuladas nos centros de triagem, como na 508 Norte. Procon orienta sobre contas atrasadas. (págs. 1 e 19)
Delegado sai do caso Dantas
Protógenes Queiroz volta às aulas em Brasília e inquéritos contra banqueiro passam oficialmente a outro delegado. (págs. 1, Tema do Dia, 2 e 3)
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Valor Econômico
Consórcio de jirau promete mais R$122 mi em royalties
A Agência Nacional de Energia Elétrica deve homologar hoje, em meio a ameaças de uma batalha judicial com a construtora Odebrecht, a concessão de Jirau para o consórcio Energia Sustentável, liderado pela multinacional franco-belga Suez Energy e integrado por Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul. Com polêmicas mudanças em seu projeto, a começar pela do local da construção da usina em 9 quilômetros, o consórcio diz que conseguirá antecipar a entrada em operação das 44 turbinas em 13 meses, para dezembro de 2011 e, com isso, produzir 4.140 megawatts (MW) médios adicionais de energia entre 2012 e 2016. A antecipação engordará em R4122 milhões o caixa do Estado de Rondônia e da Prefeitura de Porto Velho, que vão receber royalties por abrigar a usina. Esse valor é um cheque para Rondônia e Porto Velho, que já terão direito a R$58, 6 milhões anuais como compensação financeira e receberiam menos caso se mantivesse o cronograma original. Segundo o consórcio, nos estudos que serão apresentados ao Ibama e à Aneel amanhã, as alterações no projeto de engenharia da usina atacam três dos aspectos conflituosos. Elas diminuíram os riscos de acúmulo de sedimentos no leito do rio, de mortalidade de peixes e de propagação da malária na região. Ao diminuir em 43 milhões de m3 o volume de rochas a serem escavadas, o equivalente a 72 vezes o estádio do Maracanã cheio até o topo, o Energia Sustentável estima que conseguirá reduzir em 37% o custo das escavações. Victor Paranhos, presidente da empresa, acredita que, com a explicação detalhada de todas as mudanças, será possível obter ainda em agosto a licença de instalação do Ibama, que autoriza o início das obras. A licença da usina de Santo Antônio deverá sair nos próximos 15 dias e a Suez que pegar carona no mesmo documento. “Na nossa visão, de haver uma única licença para os dois projetos”, afirma Paranhos. Para ele, a licença prévia estabelece duas ações – apoio às comunidades indígenas e arqueológico – que devem ser feitas de modo único. (págs. 1, B1 e B7)
Expansão foi forte também no 2º trimestre
O crescimento da economia brasileira continuou vigoroso no segundo trimestre, mostrando leves sinais de moderação. A indústria manteve uma expansão robusta - ao que tudo indica, próxima aos 6,3% registrados de janeiro a março, na comparação com 2007 -, enquanto as vendas no comércio aumentam a taxas superiores a dois dígitos. Há alguma desaceleração no avanço das operações de crédito para pessoa física, mas nada dramático. O impacto defasado da alta de juros, o crescimento mais fraco de empréstimos e o efeito da inflação sobre a renda devem provocar um arrefecimento da atividade no segundo semestre, mas não uma freada brusca. (págs. 1 e A5)
Carne será monitorada até o varejo
Está em gestação no Ministério do Meio Ambiente, para ser executado pelo Ibama, com a contribuição de algumas ONGs, um plano para monitorar de forma detalhada a cadeia produtiva da carne, do produtor até a mesa do consumidor. No início de setembro, termina o prazo dado pelo Ibama a 86 frigoríficos que atuam na Amazônia Legal e que foram notificados a dizer de quem compram bois e para quem vendem carne. Os frigoríficos terão de dar informações sobre seus fornecedores, a periodicidade com que recebem a carne e compras e vendas dos últimos seis meses.Em paralelo, o Ministério da Agricultura começou a informatizar todo o cadastro de produção bovina no país, que ainda hoje está 99% em papel.(págs. 1 e B4)
Recorde na arrecadação
Aumento de alíquotas de impostos e de multas e juros por maior fiscalização de sonegadores são os fatores principais para o recorde na arrecadação, que atingiu R$327,67 bilhões no primeiro semestre. (págs. 1 e A4)
Reunião ministerial da Rodada Doha começa sem progressos (págs. 1 e A6)
Sistema S sem alteração
O governo fechou um acordo sobre o Sistema S e desistiu de enviar ao Congresso projeto de lei para alterar as regras de repartição e uso dos recursos. O ministro da Educação assinará protocolo com entidades da indústria e do comércio. (págs. 1 e A2)
Carne suína em alta
Os preços do suíno em Santa Catarina atingiram patamar recorde. Na região de Chapecó, no oeste do Estado, o quilo do suíno vivo bateu ontem R$2,79 o quilo, em média, para o produtor integrado à agroindústria. (págs. 1 e B12)
Empréstimos sindicalizados
Em meio à crise de liquidez dos bancos internacionais, as empresas brasileiras têm recorrido mais aos organismos multinacionais para conseguir empréstimos externos de longo prazo a custos compatíveis com seus investimentos. (págs. 1 e C1)
Dólar em queda
O dólar caiu ontem 0,69% para R$1,5780. Entraram recursos externos para o mercado à vista da Bovespa e para os pregões de derivativos cambiais da BM&F. (págs. 1 e C2)
Citi pode financiar energia
O projeto de expansão do parque nuclear brasileiro interessa ao Citi, que estaria disposto a financiar a construção de outras três plantas nucleares, disse o diretor de risco ambiental e social, Shawn Miller. (págs. 1 e C3)
ABC volta a crescer, mas CUT perde espaço
Regiane da Silva, 22 anos, trocou de emprego neste ano e trabalha na linha de montagem da Federal Mogul, em Diadema. Com a mudança, seu salário aumentou 25%. Ela ocupa uma das 22 mil vagas abertas nos últimos cinco anos no setor metalúrgico do ABC paulista, região que voltou a crescer e a atrair indústrias. O setor metalúrgico dessas cidades recuperou 37% dos postos perdidos nos anos 1990. Em média, há mil novas vagas por mês e a categoria já passa de 100 mil. A capacidade de o ABC voltar a atrair investimentos coincide com o enfraquecimento daquele que já foi o principal sindicato de metalúrgicos do país, do qual o presidente Lula foi líder. O grupo da CUT de São Bernardo, onde nasceu o PT, perdeu a base de Santo André para a Força Sindical, que comanda também a base de São Caetano do Sul.(págs. 1 e A14)
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Gazeta Mercantil
Lucro da mandioca deve superar o da soja
Relegada à periferia da agricultura brasileira, a mandioca virou vedete de produtores de soja. No Paraná, alguns se renderam à raiz e esperam lucrar até mais do que com a oleaginosa. Há dois anos, a tonelada valia em torno de R$ 73, preço que neste mês está em R$ 162, mesmo em plena colheita. Assim, a expectativa é de que, aos preços de hoje, a renda líquida da mandioca seja em torno de 44% da receita bruta, percentual que, para a soja, está avaliado em algo próximo de 25% no Paraná. “Os preços da raiz estão mais firmes e a cultura, menos suscetível a mudanças climáticas”, diz Fábio Barros, que há 28 anos cultiva soja, milho e trigo numa área arrendada em Amaporã, noroeste do Paraná. A terra nessa região é mais arenosa, serve para pecuária, cana-de-açúcar car e para a pouco exigente mandioca. Há oito anos, a cultura também é a aposta do sojicultor Armando Ortenzi Neto. Por conta dos preços firmes, neste ano ele vai dobrar a área de mandioca para 400 hectares, a mesma que dedica ao cultivo de soja. A melhora do cenário para a raiz vem sendo motivada pelo aumento das cotações do milho. A correlação está no amido, produto usado nas indústrias de alimentação e papel e que pode ser feito das duas matérias-primas. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), a produção de amido deve atingir 600 mil toneladas neste ano, ante 550 mil de 2007. (págs. 1 e C9)
Receita Federal arrecada R$327,6 bilhões no semestre
A arrecadação de impostos e contribuições do governo federal atingiu cifras inéditas em junho e no acumulado do primeiro semestre. O valor arrecadado no mês passado totalizou R$ 55,7 bilhões, 10,54% mais que em maio e 13,6% maior que em igual mês do ano passado. Com este resultado, a Receita Federal recolheu no primeiro semestre R$ 327,6 bilhões, montante 16,03% superior ao apurado no mesmo período no ano passado. Os dados apurados pela Receita Federal mostram que o aquecimento da atividade econômica, o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o recebimento de depósitos judiciais foram os principais fatores que contribuíram para que a arrecadação aumentasse no primeiro semestre. (págs. 1 e A5)
Analistas prevêem inflação acima da meta e IGP-M recua
Depois de duas semanas coladas em 6,5%, as projeções para a inflação deste ano, formuladas por analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, romperam o teto da meta, ficando em 6,53%. A meta definida para 2008 é de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo, o que coloca o teto da meta em 6,50%. Caso isso se confirme, o resultado será uma campanha de afrouxamento do juro em 2009 mais lenta do que o previamente esperado.No entanto, um outro indicador de in inflação, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 1,79% na segunda prévia de julho. O resultado ficou um pouco abaixo do esperado pelo mercado e foi também menor que no mês anterior, quando a variação foi de 1,83% no mesmo período de coleta. Dentre os quatro índices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços no Atacado (IPA) foi o único que apresentou avanço na segunda prévia de julho, em relação à mesma sondagem do mês anterior. O IPA passou de 2,05% em junho para 2,28% em julho. Por sua vez, o IPC recuou de 0,78% para 0,54%. (págs. 1 e A5)
Marina Silva elogia ações na Amazônia
A ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PT-AC) elogia a onda de ações tocadas por empresas que visam à sustentabilidade das comunidades da região amazônica. No entanto, diz, é fundamental que essa postura seja levada para todos os negócios. “Porque não se pode ter uma face ambientalmente correta e outra não tão correta.” Para a ex-ministra, mesmo que este movimento amplie e ajude na inclusão produtiva, não substituirá o papel do Estado. (págs. 1 e A4)
Leilão por preferências da BrT
A Oi pode adquirir hoje cerca de 34 milhões de ações preferenciais (sem direito a voto) da Brasil Telecom (BrT). Na Bolsa de Nova York, a negociação dos papéis ficará suspensa até conclusão da oferta. (págs. 1 e B3)
Vendas recordes na construção
Os fabricantes de materiais de construção tiveram um aumento de 28% nas vendas internas até junho. Com isso, completam 25 meses de crescimento contínuo, fato inédito em pelo menos vinte anos. (págs. 1 e C2)
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BRASIL/GOVERNO LULA: ARRECADAR ''É PRECISO, VIVER NÃO ...''

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Brasileiro paga R$ 1,8 bi de imposto por dia
Mesmo sem a CPMF, extinta no ano passado, a arrecadação federal bateu recorde no primeiro semestre deste ano.
Se comparada com os seis primeiros meses do ano passado, a receita de impostos e tributos federais cresceu 10,43%, já descontada a inflação. O brasileiro pagou por dia, neste ano, R$ 1,820 bilhão em impostos.O secretário da Receita, Jorge Rachid, disse que o crescimento econômico e as ações administrativas e judiciais contra a sonegação foram os principais responsáveis pela arrecadação de R$ 333,2 bilhões no semestre. Em junho, o governo arrecadou R$ 55,7 bilhões, 7% a mais que no mesmo mês de 2007, descontada a inflação.A arrecadação com o Imposto de Renda cresceu 17% no semestre, para R$ 97 bilhões. Só as pessoas físicas pagaram R$ 8,3 bilhões, 12% a mais que no mesmo período de 2007. O aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) no início do ano, para compensar o fim da CPMF, também contribuiu para o aumento das receitas. A arrecadação com o IOF cresceu 151%, somando R$ 9,8 bilhões.A previsão do governo ao elevar o IOF era aumentar a arrecadação com o imposto em R$ 8 bilhões. Na primeira metade do ano, o objetivo já ficou próximo, com a receita do imposto R$ 5,9 bilhões maior que o apurado no mesmo período do ano passado. Rachid disse que a alta do crédito, de 32,4% para pessoas físicas e de 42,1% para empresas, surpreendeu o governo. Os dados divulgados são do Banco Central, mas ainda não foram divulgados oficialmente pelo órgão."Em janeiro, não se apontava aumento do crédito nessa magnitude", disse Rachid. Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, avalia que o governo elevou as alíquotas não só para garantir a arrecadação mais alta mas também para tentar conter o consumo, tarefa, segundo ele, malsucedida. A arrecadação com a CSLL cresceu 29,5% no semestre, para R$ 22,9 bilhões. A maior lucratividade das empresas contribuiu para o resultado. O aumento da alíquota para o setor financeiro de 9% para 15% só começou a vigorar em maio, com recolhimento em junho.Puxado pelo consumo maior e pelo câmbio, o crescimento das importações elevou em 27,6% a arrecadação do Imposto sobre Importação, para R$ 7,5 bilhões. Já a arrecadação com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cresceu 15,8%, para R$ 18,6 bilhões. Marco Aurélio Garcia, professor de Economia do Ibmec-RJ, lembra que o governo poderá usar o excesso de arrecadação para aumentar o superávit primário (saldo antes do pagamento dos juros da dívida) e reduzir o endividamento ou para elevar os gastos. Ele lamenta que a segunda hipótese seja a mais provável. Nos cinco primeiros meses deste ano, as maiores despesas do governo foram com pagamentos de benefícios da Previdência Social (R$ 75,8 bilhões), salários e encargos sociais dos servidores públicos (R$ 49,5 bilhões) e pagamento dos juros da dívida (R$ 45,5 bilhões).
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Folha Online, JULIANA ROCHA; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - 2207.