PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, dezembro 19, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "SAI UM 'AURÉLIO' PRÁ VIAGEM !"













[Chargistas: Lane, Lute, Pater, JBosco, Novaes, Tacho, Sponholz].

GOVERNO LULA [in:] "ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO..." (*)


“Ao sucesso de 2007 e a um 2008 melhor ainda”. O presidente Lula que ergueu a taça de champanhe na noite desta terça-feira (18), propondo um brinde aos aliados, em nada fazia lembrar o presidente de seis dias atrás. O aborrecimento proporcionado pela extinção da CPMF deu lugar ao otimismo.
Lula reuniu em torno da mesa de jantar do Palácio da Alvorada os presidentes e os líderes dos partidos associados ao consórcio governista. Falou aos convivas ao final do repasto. Agradeceu o “apoio” dos partidos, minimizou o infortúnio do imposto do cheque, festejou o “sucesso” do governo e assegurou que não haverá nenhum pacote de fim de ano. “Alguém pode imaginar que estou triste, mas não estou”, disse Lula, referindo-se à derrota da madrugada de quinta-feira (13) passada, no Senado. Referiu-se à extinção da CPMF com uma naturalidade que contrasta com as declarações que fizera nas pegadas da votação. “Democracia é assim, a gente ganha e perde”. Nada de ataques à oposição. Lula desdisse o ministro da Fazenda. Algo que já vai se tornando rotineiro. Guido Mantega anunciara para esta semana um pacote de cortes de gastos e elevações de alíquotas de tributos. Em sentido contrário, o presidente declarou durante o jantar do Alvorada:
1. “Não vamos adotar nenhum pacote para penalizar os setores produtivos da economia”;
2. “O governo não vai fazer nada agora. Qualquer medida que tiver de ser adotada, só em 2008, sem pressa. O Orçamento não será votado nesse ano. Não tem razão para pressa”;
3. “As coisas vão acontecer com naturalidade. O governo vai encontrar o caminho sem adotar medidas que possam caracterizar descontrole da administração”;
4. “Não faremos nada que comprometa o controle fiscal. O superávit será mantido. Nem as obras do PAC nem os programas sociais serão afetados.”
O repórter recuperou o teor do discurso do presidente em contato com dois deputados e um senador que estiveram no Alvorada. Os congressistas começaram a chegar por volta das 20h. Serviram-se de salgadinhos, uísque, vinho e refrigerantes. Lula só sorveu água mineral. Do início ao fim.
Os convidados foram acomodados na grande mesa retangular da residência presidencial às 21h. Jantaram salada verde, peixe e filé mignon. Para o acompanhamento, dois tipos de arroz branco –com e sem castanhas do Pará. Lula discursou antes da sobremesa –doces variados e frutas frescas. Os convivas começaram a deixar o Alvorada às 22h30. Durante o jantar, só falaram, além do anfitrião, o coordenador político do Planalto, ministro José Múcio; e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Múcio esquivou-se de tratar de CPMF. Limitou-se a informar aos presentes que estará sempre "à disposição de todos". E cobriu de elogios o antecessor Walfrido dos Mares Guia, ausente. Temer, escalado para exprimir o sentimento de todos os partidos da coalizão, enalteceu o poder de aglutinação que Lula exerce sobre os aliados. Ao dirigir-se à mesa apinhada de políticos, Lula sabia que suas palavras vazariam. Daí o timbre moderado. Antes de chegar ao Alvorada, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, e o ministro José Múcio haviam se reunido, em segredo, com a fina flor oposicionista do Senado. Dera-se na casa de José Agripino Maia (RN), líder do DEM. Lá estavam também Sérgio Guerra (PE) e Arthur Virgílio (AM), presidente e líder do PSDB, respectivamente. Embora a oposição já houvesse decidido que não se meteria a retardar a votação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), marcada para esta quarta-feira (19), o líder ‘demo’ e os tucanos fizeram “exigências” a Jucá e Múcio.
Cobraram: 1) o abrandamento do discurso belicoso de Lula; 2) o compromisso de que não haverá nenhum pacotaço tributário. Ao chegar ao Palácio da Alvorada, Jucá e Múcio repassaram a Lula detalhes da reunião. Depois, ao discursar, o presidente soou macio. Não chegou a dizer que não haverá elevação de tributos. Mas cuidou de afirmar que não planeja “penalizar os setores produtivos.” O que, por ora, basta à oposição. A despeito de ter voado de Montevidéu para Brasília horas antes do jantar, Lula exibia um cenho descansado. Fez menção ao encontro do Mercosul, que motivara sua presença na capital uruguaia. Defendeu o ingresso da Venezuela no bloco econômico. Lembrou que os negócios com o país de Hugo Chávez resultam em superávit favorável ao Brasil “de quase US$ 4 bilhões”. Uma cifra que, segundo disse, pode aproximar-se dos “US$ 6 bilhões” depois que Chávez rompeu com a Colômbia. O presidente desfilou pelos salões do Alvorada um paletó ornado com motivos andinos na lapela. Presente que recebera de Evo Morales, na Bolívia, na véspera de sua chegada a Montevidéu. Antes de erguer a taça do brinde, o presidente festejara o resultado da pesquisa Datafolha que revelou que 20 milhões de brasileiros migraram das classes “D” e “E” para a classe “C” nos últimos cinco anos. “Compartilho o sucesso com vocês”, disse o presidente aos “aliados”.
Folha Online. Escrito por Josias de Souza. 1912.
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(*) "... que tudo se realize no ano que vai nascer, muito DINHEIRO no bolso, SAÚDE (sic) prá dar e vender". (Canção popular de "reveillon").

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: TRÉGUA

Governo federal propõe a bispo em greve de fome parar obras


Em reunião no final da noite de ontem, representantes do governo federal e da Igreja Católica costuraram uma proposta para colocar fim o quanto antes à greve de fome do bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio. O religioso encerraria a greve de fome, diante de uma paralisação de pelo menos dois meses das obras de transposição do rio São Francisco.
A proposta será apresentada tanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ao bispo, que hoje completa 22 dias de jejum. Até ontem, tanto governo como o bispo mostravam-se irredutíveis em suas posição --o Planalto pela continuidade das obras e dom Luiz pelo arquivamento imediato do projeto de transposição. Ontem, a reunião, na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), terminou pouco antes da meia-noite. Do lado do governo, participaram representantes do Ministério da Integração Nacional e da ANA (Agência Nacional de Águas), além do chefe-de-gabinete do presidente, Gilberto Carvalho. "Uma das propostas que surgiram ao longo do debate é uma paralisação temporária, em torno de dois meses, e a realização de alguns debates público nesse período para difundir melhor e espalhar para a população o que significa o obra do São Francisco", disse Carvalho. Como representante de dom Luiz, esteve o agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra) Roberto Malvezzi. "A gente acha que qualquer paralisação temporária pode ser bem-vinda, sim. Já sinaliza alguma coisa", afirmou.
Supremo
Dom Luiz já estava disposto a encerrar hoje seu jejum caso o STF (Supremo Tribunal Federal) atenda ao pedido de suspensão das obras apresentado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. O grupo que acompanha dom Luiz avalia que uma decisão contrária à obra permitiria uma saída honrosa para o impasse tanto para o bispo como para o governo, que não traria desgaste a nenhuma das partes. A Folha conversou com pessoas que estiveram com o religioso nos últimos dias, em Sobradinho (BA). Segundo eles, já debilitado e ansioso pelo fim do jejum, dom Luiz gostaria de se apegar a uma decisão judicial a ter de ceder nas negociações. No encontro, que durou quase três horas, discutiu-se a contraproposta de dom Luiz ao governo, com oito itens. Seis itens foram vistos como negociáveis pelo governo. No texto, ele mantém a reivindicação de retirada do Exército do canteiro de obras, mas admite a captação e distribuição de água do rio para consumo humano e animal. No documento, dom Luiz não fala mais em arquivamento do projeto como condição para o fim do jejum, mas em "manter a suspensão das obras iniciadas" por prazo não definido. Ele exige a substituição do canal da transposição que abasteceria Pernambuco e Paraíba por uma rede de adutoras e a redução do volume de água captado de 28 mil para 9.000 litros por segundo --o que, segundo ele, seria suficiente para atendimento humano e animal nas regiões mais críticas do semi-árido dos dois Estados. Esses dois primeiros itens foram, em princípios, rejeitados pelo governo. O bispo também quer que o governo implemente as 530 obras hídricas previstas no Atlas Nordeste de Abastecimento Urbano de Água, da ANA. Os projetos, afirma, beneficiariam 34 milhões de pessoas, contra 12 milhões da transposição. Hoje o STF pode incluir na pauta a análise do pedido de suspensão das obras apresentada em julho pelo procurador-geral. O argumento da petição é que o governo federal iniciou as obras sem ter realizado audiências públicas estabelecidas na licença prévia do Ibama, aceita como válida pelo então ministro do Supremo Sepúlveda Pertence, que em 2006 determinou novos estudos sobre a transposição. "A nossa avaliação é que essa pode ser uma grande conquista, mesmo que parcial. Porque, após a decisão do STF, pode ter uma definição do governo e pode ter um aceno da parte de d. Luiz", disse Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
EDUARDO SCOLESE;da Folha de S.Paulo, em Brasília; FÁBIO GUIBU; da Agência Folha, em Sobradinho. 1912. Chargista Simanca.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Internauta brasileiro fica 3 vezes mais no Orkut do que no e-mail. Cinco horas para trocar "scraps" e xeretar a vida alheia e uma hora e 40 minutos para mandar e ler e-mails por mês. Foi esse o tempo que o brasileiro com internet em casa --e usuário destes dois serviços-- gastou em média no Orkut e no e-mail em 2007, respectivamente. O tempo gasto na rede social do Google foi três vezes maior que o utilizado para o correio eletrônico neste ano. Em 2006, o Orkut tomava pouco menos de quatro horas dos internautas residenciais. (...) O fato de o Orkut estar mais arraigado no dia-a-dia virtual do brasileiro do que a própria conta de e-mails expõe ainda um traço comportamental importante do internauta ".br". O e-mail, quem diria, está virando um instrumento sisudo e protocolar. "Com o avanço das comunidades e mensageiros instantâneos, impulsionados pelos jovens, os e-mails se consolidam como uma ferramenta mais formal, com mais afinidade com os adultos", pondera José Calazans, analista do Ibope. "Os jovens utilizam e-mails, até porque para cadastrar-se no Orkut e no MSN é preciso ter uma conta de e-mail, mas o uso maior é mesmo dos mais velhos." 19/12.




O consórcio formado pelas empresas Via Engenharia/Construtora OAS e Camargo Corrêa foi declarado vencedor da concorrência para a construção da mega-sede do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília, obra estimada em quase meio bilhão de reais (R$ 479,9 milhões). Trata-se da mais cara sede de um tribunal no país, com uma área total de construção maior que a do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A título de comparação: enquanto os ministros do STJ tiveram a área de cada gabinete duplicada, medindo cerca de 280 m2, o projeto do TRF-1 prevê que seus desembargadores ganharão gabinetes com 350 m2. Pelo projeto do escritório de arquitetura de Oscar Niemeyer, o presidente do TRF-1 e seus assessores ocuparão um gabinete de 650 m2, quatro vezes maior do que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos interpostos pelo consórcio Engeform/Construbase e Construtora Passarelli Ltda. e pela empresa Construcap foram indeferidos pelo diretor-geral do TRF-1.
Blog do Frederico Vasconcelos, Folha Online. 1912.
Chávez manda reabrir túmulo de Simón Bolívar. Para a ciência, Simón Bolívar vale como uma das vítimas mais famosas da tuberculose, ao lado de Mozart, Chopin, Moliere, Gauguin. Mas Hugo Chávez duvida. O presidente da Venezuela, entretanto, acha que, se fosse turberculose, Bolívar não teria morrido tão depressa – em uma semana. Por isso, ele mandou reabrir a tumba do libertador, que morreu na Colômbia, mas está sepultado em Caracas. Chávez quer que a ciência determine as causas da morte de Bolívar, e até mesmo se quem está enterrado ali é o famoso general. Chávez apropriou-se da figura histórica de Simón Bolívar. O socialismo bolivariano imaginado pelo presidente venezuelano é apoiado, diz ele, em Jesus Cristo e Fidel Castro, além do próprio Bolívar.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 1912.
Lula descarta aumento de impostos e pacote de medidas, mas exige cortes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira o aumento de impostos e o lançamento de um pacote de medidas compensatórias como alternativas para o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Sem o "imposto do cheque", o governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões no ano que vem. A idéia é cortar gastos para garantir o equilíbrio das contas públicas. Lula determinou que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) preparem um estudo detalhado sobre os eventuais cortes que devem ser efetuados na proposta orçamentária de 2008. Os cortes deverão ser anunciados até fevereiro --quando o Orçamento Geral da União deve ser votado no Congresso. "Teremos um final de ano tranqüilo, sem sobressaltos, sem pacote e sem medidas de corte", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião do presidente com integrantes da equipe econômica. "O empresariado pode aproveitar tranqüilo o Natal e o Ano Novo", ressaltou. Por cerca de duas horas, o presidente se reuniu com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Mantega, Paulo Bernardo e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além de Jucá, no Palácio do Planalto.
RENATA GIRALDI; da Folha Online, em Brasília. 1912.

LULA vs. IMPOSTOS [In:] QUEM VIVER, VERÁ OU PAGARÁ?

Lula assegura que não haverá aumento de impostos


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na terça-feira, 18, no jantar com o Conselho Político, no Palácio da Alvorada, que "não haverá aumento de impostos" para compensar a perda da Receita com o fim da CPMF, a partir de janeiro. "Nada vai acontecer", disse o presidente, segundo relato do ministro de Relações Institucionais, José Múcio. "Ele garantiu", acrescentou Múcio. O ajuste de contas, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) será feito por meio de corte de gastos. "A alternativa no primeiro momento é corte de gastos. O governo vai cortar gastos e vai procurar focar melhor as despesas", disse Jucá, depois do jantar.
Em relação ao corte das despesas, o ministro José Múcio disse que está trabalhando para evitar os cortes nas emendas parlamentares, como forma de compensar as perdas com o fim da CPMF. "A Câmara aprovou a CPMF duas vezes, por dois turnos. Nós tivemos senadores que votaram favoravelmente. A idéia, dependendo de nós, é que não haja sanções. Afinal de contas é do jogo democrático", disse Múcio. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) relatou que, no discurso feito no jantar, Lula disse que vai trabalhar com "naturalidade e sem medidas abruptas" para compensar a perda da CPMF. "O presidente disse que não quer causar desconfiança no mercado nem sobressaltos na economia, e só vai apresentar uma proposta no ano que vem", relatou Casagrande. De acordo com o ministro José Múcio, Lula espera que o Congresso agora aprove a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), pois o momento é de "serenidade". Múcio disse que nesta quarta,19, às 9h30, o presidente vai discutir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as medidas alternativas para compensar o fim da CPMF. "O ministro da Fazenda vai dizer onde a ferida dói mais", disse Múcio. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, disse que o presidente garantiu que "não haverá punição para empresas com aumento de impostos". Lula, segundo Paulinho, disse ainda que "não vai ter pacote tributário. "Mas não é fácil trabalhar sem R$ 40 bilhões", teria acrescentado o presidente, no jantar que reuniu 18 pessoas. Lula disse também, segundo Paulinho, que não seria candidato a um terceiro mandato, "com ou sem CPMF".
Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo. 1912. Chargista Junião.

PMDB, PT "et al." [In:] OS "CÉSARES" DO PODER

PMDB vai cobrar hoje de Lula sua cota de poder

A cúpula do PMDB na Câmara e no Senado quer se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje para discutir a "integração definitiva" do partido no governo. A direção partidária vai cobrar uma definição da cota real de poder da legenda, especialmente no que se refere ao comando do Ministério das Minas e Energia e a postos de direção em estatais do setor elétrico. Nos bastidores do partido, a razão da maior queixa dos dirigentes nacionais é a "interinidade perene" do PT da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas Minas e Energia. Os peemedebistas dizem que, na prática, é ela quem está à frente do ministério há sete meses, com a demissão do ex-ministro Silas Rondeau (PMDB). Acusam Dilma de "empacar" a indicação de um peemedebista para o posto de ministro e, conseqüentemente, outras nomeações de interesse do partido na Eletrobrás, Eletronorte e outras empresas do setor, desde que um interino indicado por ela assumiu o ministério. Neste quadro, um dirigente do PMDB adverte que a insatisfação com o governo é crescente, por conta destas promessas de cargos não cumpridas, e diz que a situação ameaça a tranqüilidade do Planalto no Senado. A expectativa da bancada de senadores, que deu 17 de seus 20 votos em favor da prorrogação da CPMF, é virar o ano com um representante seu na cadeira de ministro das Minas e Energia. É de conhecimento geral no partido que cabe ao senador José Sarney (PMDB-AP) a indicação do sucessor de Rondeau e não há discordâncias quanto a este quesito. Por isto mesmo, o único cotado para o posto até agora é o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Mas Sarney e sua filha Roseana, líder do governo no Congresso, têm feito questão de manter diálogo permanente com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Em todos os contatos, os dois deixam claro o desejo de que a indicação do novo ministro seja partidária e não apenas do grupo Sarney. A direção peemedebista aguarda um chamado do Planalto desde que o próprio Lula confirmou a Roseana, há cerca de um mês, que a indicação do ministro será do PMDB. Mas diante do risco iminente de o Planalto adiar mais uma vez a nomeação, o dirigente peemedebista adianta que o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), deve aproveitar a conversa com o presidente da República para fazer um alerta. O líder dirá ao presidente Lula que está mais difícil a cada dia conter a insatisfação da bancada e que, mantido o cenário atual em 2008, isto será tarefa impossível. As avaliações internas apontam que, no início do semestre, o grupo dos insatisfeitos girava em torno de 30% da bancada do Senado. Agora, no entanto, pelo menos 12 dos 20 senadores do partido têm pendências com o governo e queixas por maus tratos ou simples desdém. Isto, sem falar do trio do PMDB do Senado que votou contra a CPMF - Jarbas Vasconcelos (PE), Mão Santa (PI) e Geraldo Mesquita (AC) - já contabilizado como oposição ao governo.
Estadão, Christiane Samarco, BRASÍLIA. 1912.