PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, abril 25, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "CAUSAS PERDIDAS"










TELEFONIA: FUSÕES & AQUISIÇÕES [Oi/BrT]

Oi E BrT FECHAM ACORDO PARA CRIAR TELE NACIONAL

Os acionistas da Oi (ex-Telemar) e da Brasil Telecom (BrT) fecharam ontem os detalhes finais do acordo para a reestruturação societária das duas empresas e a venda do controle da BrT à Oi. O conselho da Brasil Telecom aprovou o fim de vários litígios judiciais com o Opportunity -, passo essencial para a conclusão do negócio. Ontem à noite, os advogados envolvidos na operação trabalhavam na redação dos contratos com o objetivo de que tudo esteja pronto para ser assinado ainda hoje.
A operação envolve duas etapas. Na primeira, os grupos Andrade Gutierrez e Jereissati adquirem a participação dos sócios que sairão definitivamente da estrutura societária da Telemar Participações, controladora indireta da operadora de telefonia Oi. Com a compra da fatia de GP, Citi e Opportunity, os dois grupos terão cerca de 42% da controladora, divididos meio a meio, e desembolsarão cerca de US$ 1,6 bilhão. A Fundação Atlântico, fundo de pensão dos funcionários da Oi, que tem a diretoria indicada pelos controladores, terá outros 10%. Na prática, isso quer dizer que a Oi, que sempre foi penalizada na bolsa por não ter um grupo de controle coeso, terá agora como donos dois amigos de adolescência, Sérgio Andrade e Carlos Jereissati.
A segunda etapa da operação ocorre simultaneamente e deverá consumir cerca de R$ 5 bilhões. A Oi usará seu caixa para adquirir o controle da BrT, que tem como seus principais donos os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Petros (dos petroleiros), Funcef (da Caixa Econômica Federal), Opportunity e CVC (administrado pelo Citi).
Foram quatro meses de longas negociações, especialmente envolvendo os fundos de pensão e o grupo Opportunity. O governo também trabalhou para evitar que, no futuro, a "supertele" possa cair nas mãos de estrangeiros. O BNDES, acionista da empresa, terá direito de preferência sobre a venda de participações. Apenas se ele não exercer esse direito é que a venda poderá ser feita para alguém de fora do quadro de acionistas da holding. O novo grupo que surgirá da união de Oi, Brt e Contax (empresa de call center da Oi) terá 83 mil funcionários e será um dos maiores do país.
Considerando apenas as operadoras Oi e BrT, a receita líquida combinada é de R$ 28,64 bilhões. O negócio ainda depende de mudanças na legislação. Publicado por Gandalf Wizard. Valor. 2504.
http://www.investidorinformado.com/2008/04/oi-e-brt-fecham-acordo-para-criar-tele.html

PF/OPERAÇÕES: DINHEIRO LAVADO NO "P-TEIRO"

PF prende 10 e aponta desvio em empréstimos do BNDES



A Polícia Federal prendeu ontem dez pessoas sob a acusação de integrarem uma quadrilha que desviava parte dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a prefeituras e empresas privadas. Os empréstimos, segundo a PF, eram obtidos por meio de influência política. O dinheiro desviado era lavado num prostíbulo e num restaurante que funcionam num flat no bairro da Bela Vista, na região central de São Paulo.

Lavagem é o processo pelo qual o dinheiro de origem ilícita volta a circular de maneira legal. O dinheiro desviado aparecia como investimento dos sócios no flat. Os três sócios foram presos ontem pela PF. Eles são donos de uma construtora que faz obras para prefeituras. O mais conhecido dos presos é o advogado Ricardo Tosto, que defendeu o deputado Paulo Maluf (PP-SP).

Tosto faz parte do Conselho de Administração do BNDES como representante da Força Sindical e é acusado de usar o cargo para influenciar a liberação de empréstimos. Os presos são acusados de desviar da finalidade prevista em contrato recursos de financiamento oficial. Esse crime, previsto no artigo 20 da lei de crimes contra o sistema financeiro, é punido com prisão de dois a seis anos e multa. Um dos possíveis investigados num desdobramento das prisões de ontem é o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), segundo a Folha apurou. A PF encontrou indícios de que ele participava do lobby político para liberar os empréstimos. Ontem às 20h, o deputado disse que estava num avião prestes a decolar e que não poderia fazer comentários. Os prefeitos das cidades que receberam os recursos também devem ser investigados. A PF não incluiu o nome dos políticos no inquérito porque eles têm foro privilegiado, o que poderia postergar a apuração, na avaliação dos policiais. Oficialmente, a PF não divulgou o nome de nenhum investigado, nem das prefeituras ou empresas sob suspeita. A Folha apurou que a prefeitura sob investigação é a de Praia Grande, no litoral paulista. Ela conseguiu um empréstimo de R$ 120 milhões no BNDES. O prefeito de Praia Grande é o advogado e empreiteiro Alberto Mourão (PSDB).

Um dos presos é o engenheiro Boris Timoner, diretor de expansão das Lojas Marisa. O BNDES fez um empréstimo de R$ 220 milhões para a empresa. Em nota, as Lojas Marisa dizem que Timoner só prestava serviços para a empresa. O delegado Rodrigo Levin, que comanda a investigação, frisou que os sócios da Marisa não participaram dos desvios. A PF afirma ter provas materiais de que de 3% a 4% desses dois empréstimos foram desviados. Ou seja, o grupo teria ficado com R$ 10,5 milhões quando se trabalha com a hipótese de que o desvio era de 3%. A suposta quadrilha criou um esquema engenhoso para desviar recursos. O percentual de 3% a 4% era pago a uma empresa que fazia o projeto que o BNDES exige para empréstimos como se fosse uma remuneração legal pelos serviços prestados. Essa empresa era fantasma, segundo o delegado. As investigações da chamada Operação Santa Tereza começaram em 2007. O nome é uma alusão ao bairro Santa Terezinha, de Praia Grande, onde mora o primeiro dos investigados. Escutas telefônicas mostraram que o flat era usado para prostituição e tráfico internacional de mulheres, de acordo com a PF. No prostíbulo, um programa custa até R$ 600. Numa conversa telefônica, um dos sócios do flat mencionou que gostaria de trazer para o prostíbulo uma equipe de uma prefeitura para discutir um empréstimo do BNDES. Foi aí que a PF decidiu focar a investigação nos empréstimos. Ontem, os policiais fizeram buscas e apreensões em 18 locais, entre os quais o escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, num prédio sofisticado do Itaim Bibi, na zona oeste. Foram apreendidos veículos e valores que ultrapassam R$ 1 milhão, de acordo com a PF. Um dos sócios do flat tinha em casa US$ 220 mil (R$ 367 mil).
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Folha Online, 2504. MARIO CESAR CARVALHO;DA REPORTAGEM LOCAL Colaborou LUIS KAWAGUTI , da Reportagem Local. Foto: Raimundo Paccó/Folha Imagem [O engenheiro Boris Timoner, diretor de expansão das Lojas Marisa, chega à Polícia Federal].

ETANOL: FUSÕES & AQUISIÇÕES = LUCRO

Etanol atrai grandes negócios ao País

Sob ataque cerrado no mercado internacional, o etanol brasileiro dá sinais de ter chegado à maturidade. Dois grandes negócios na área da agroenergia foram anunciados ontem. A BP, gigante britânica do petróleo, comprou metade de uma joint venture entre Santelisa Vale e Grupo Maeda para produzir etanol em Goiás. Juntas, vão investir R$ 1,66 bilhão em açúcar e álcool. A Cosan, gigante brasileira do etanol, adquiriu 100% dos ativos da Esso por US$ 826 milhões. A oferta da Cosan pegou o mercado de surpresa. Várias empresas disputaram o negócio, mas os candidatos mais prováveis à compra eram a GP Investimentos e a Petrobrás, que levaria a Esso em parceria com a mineira AleSat. Com a aquisição, a Cosan vai virar uma espécie de Petrobrás do álcool. Dominará toda a cadeia do combustível - da produção à distribuição. Trata-se da primeira produtora de etanol do mundo a deter esse sistema totalmente integrado. Além da rede de 1.500 postos, o pacote inclui também a fábrica de lubrificantes da Exxon Mobil. A explosão das vendas de carros e do consumo de etanol no Brasil - que em fevereiro superou o de gasolina pela primeira vez em anos - foi o principal estímulo para a Cosan estrear no segmento. ''O preço do petróleo em níveis elevados e a crescente atenção a questões ambientais também contribuíram para nossa decisão'', diz o diretor de relações com o investidor da Cosan, Paulo Diniz. ''O momento é considerado ímpar. A Esso era uma oportunidade única de explorar o setor, que tem poucas alternativas de entrada.'' O setor de distribuição é extremamente concentrado no Brasil. Cerca de 80% está nas mãos de alguns poucos grupos, liderados pela Petrobrás, dona da rede de postos BR. Até o ano passado, a Esso era a quinta maior. Tinha 7,2% do mercado, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). Embora o mercado tenha crescido quase 10% no ano passado, a Esso não acompanhou o ritmo dos concorrentes. A receita líquida caiu 0,9%, para R$ 9,2 bilhões. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acredita que a venda da Esso para a Cosan deverá beneficiar a concorrência e o consumidor. ''Nada contra os estrangeiros, mas fico satisfeito com a presença de uma empresa brasileira numa operação desse porte.'' Os executivos não revelaram o plano de investimentos em expansão da rede, mas disseram que querem recuperar a participação histórica de mercado da Esso. Eles afirmaram que a Cosan não vai disputar os ativos da Esso na América Latina e que a compra não inviabiliza investimentos programados para a produção de etanol. Patrícia Cançado; Estadão. 2504. COLABOROU ISABEL SOBRAL .

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

JORNAL DO BRASIL
Ondas gigantes no Rio. (pág. 1)
- O alvo era o tráfico de mulheres e prostituição. Mas, nas investigações, a Polícia Federal chegou a um esquema de desvio de empréstimos do BNDES para prefeituras. Os investigadores descobriram o caso na gravação de uma conversa telefônica entre uma prostituta e Ricardo Tosto, advogado de Paulo Maluf. O dinheiro era lavado em prostíbulos. Dez pessoas foram presas, entre elas Tosto, que nega participação na rede. (pág. 1 e Economia, pág. A20).
FOLHA DE SÃO PAULO
PF prende 10 acusados de desviar verbas do BNDES
- A Polícia Federal prendeu ontem dez pessoas sob a acusação de integrarem uma quadrilha que desviava parte dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a prefeituras e empresas privadas. Os empréstimos, segundo a PF, eram obtidos por meio de influência política. O dinheiro desviado era lavado num prostíbulo e num restaurante que funcionam num flat no bairro da Bela Vista, na região central de São Paulo. Lavagem é o processo pelo qual o dinheiro de origem ilícita volta a circular de maneira legal. O dinheiro desviado aparecia como investimento dos sócios no flat. Os três sócios foram presos ontem pela PF. Eles são donos de uma construtora que faz obras para prefeituras. O mais conhecido dos presos é o advogado Ricardo Tosto, que defendeu o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Tosto faz parte do Conselho de Administração do BNDES como representante da Força Sindical e é acusado de usar o cargo para influenciar a liberação de empréstimos. (pág. 1 e Brasil).
O ESTADO DE SÃO PAULO
Mercado de etanol se fortalece com dois supernegócios
- A Polícia Federal prendeu ontem dez empresários, advogados e servidores acusados de desvio de dinheiro do BNDES. Um dos presos é o advogado Ricardo Tosto, que tem o deputado Paulo Maluf entre seus clientes e que há cinco meses assumiu vaga no Conselho de Administração do banco, indicado pela Força Sindical. (págs. 1 e A3).
O GLOBO
Conselheiro do BNDES é preso por fraude
- O advogado Ricardo Tosto, integrante do conselho administrativo do BNDES, é uma das dez pessoas que foram presas pela Polícia Federal sob acusação de desviar recursos do banco. Indicado para o conselho pela Força Sindical, Tosto integrava a quadrilha que negociava com prefeituras e com uma grande rede de varejo e, segundo a PF, cobrava taxa de 3% a 4% sobre o valor liberado pelo banco. Também foram detidos empresários, servidores, um sindicalista e um coronel reformado da PM. O BNDES abriu sindicância. Tosto nega as acusações. (págs. 1 e 3).
CORREIO BRAZILIENSE
- Comércio macabro
Visita a funerária de Sobradinho, uma das cinco do DF especializadas em higienização de corpos para velório, estarrece integrantes da CPI dos ossos. Eles flagraram cenas de total desrespeito às normas sanitárias. Mais da metade dessas empresas atua sem alvará e um terço das 62 existentes fechou para escapar da fiscalização. (págs. 1 e 7).
VALOR ECONÔMICO
- Oi e BrT fecham acordo para criar tele nacional
- Os acionistas da Oi (ex-Telemar) e da Brasil Telecom (BrT) fecharam ontem os detalhes finais do acordo para a reestruturação societária das duas empresas e a venda do controle da BrT à Oi. O conselho da Brasil Telecom aprovou o fim de vários litígios judiciais - quase todos relacionados ao Opportunity -, passo essencial para a conclusão do negócio. Ontem à noite, os advogados envolvidos na operação trabalhavam na redação dos contratos com o objetivo de que tudo esteja pronto ainda hoje, para ser assinado.
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FHC entra em lista de 100 maiores intelectuais do mundo
O sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi selecionado como um dos 100 intelectuais públicos mais importantes da atualidade, em uma lista divulgada nesta quinta-feira pela revista americana "Prospect". A lista é ponto de partida para uma votação em que o público poderá selecionar os cinco nomes que consideram os mais importantes. Com base nos resultados, a revista criará um ranking dos principais intelectuais por ordem de importância. Segundo a publicação, a escolha dos candidatos foi feita com base em "critérios simples": os intelectuais tinham que estar vivos e ativos na vida pública. Além disso, deveriam demonstrar excelência na sua área de atuação e habilidade em influenciar debates internacionais. FHC foi o único brasileiro escolhido pela Prospect para integrar a lista dos candidatos. A relação inclui ainda nomes como o lingüista Noam Chomsky, o papa Bento 16, o semiólogo italiano Umberto Eco, o ex-vice-presidente dos EUA e hoje ativista ambiental Al Gore, o filósofo alemão Jürgen Habermas, o ex-presidenciável peruano Mario Vargas Llosa, entre outras personalidades. BBC Brasil/Folha Online. 2404.
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Lula diz que crítica ao etanol é 'falácia'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou em discurso nesta sexta-feira (25), em Paulínia (SP), sua crítica a quem relaciona a produção de biocombustíveis ao aumento do preço de alimentos. “É falácia tentar dizer que a produção de biodiesel é responsável pelo aumento do preço dos alimentos”, disse Lula, que participa de inauguração de unidade industrial da Braskem Petroquímica. Pela manhã, durante cerimônia de lançamento de obras do PAC em Campinas, o presidente já havia dito que a crise do preço dos alimentos é “passageira”.
VEJA O VÍDEO.
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MT/MAGGI: UM "CALDO" COMO RECEITA! [dá-lhe, Malthus...]

Desmatar é remédio para crise da comida, diz governador de MT


O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), defendeu ontem o direito ao desmatamento -desde que não o ilegal- como um mecanismo "inevitável" para enfrentar a crise global de alimentos. A afirmação foi feita logo após a entrega à Assembléia Legislativa da proposta do Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico do Estado.
O documento, que define novos critérios para o uso e a ocupação do território mato-grossense, vem recebendo críticas de lideranças ruralistas por ser considerado restritivo em excesso. Em entrevista à Folha, Maggi avaliou que será preciso encontrar uma "posição intermediária" que assegure o aumento da produção agrícola. "Com o agravamento da crise de alimentos, chegará a hora em que será inevitável discutir se vamos preservar o ambiente do jeito que está ou se vamos produzir mais comida. E não há como produzir mais comida sem fazer a ocupação de novas áreas e a retirada de árvores."
Segundo o governador, a crise já mostra seus primeiros sinais e deverá se agravar. "As mudanças climáticas, que são reais, estão afetando negativamente muitas áreas de produção. Ao mesmo tempo, o consumo está crescendo."
Paliativo
Os investimentos em biotecnologia e aumento da produtividade, na opinião de Maggi, poderiam amenizar a tendência, mas apenas em curto prazo. "Está próximo o momento em que o volume de produção não será mais suficiente para a demanda. O mundo, então, terá de fazer um enfrentamento e discutir como ocupar mais espaço para fazer agricultura. "O impacto do uso de áreas já abertas -como pastagens degradadas- também foi minimizado por Maggi. Segundo ele, a maioria dessas áreas não é propícia à agricultura em larga escala, devido ao clima e ao risco de quebra na produção. "Para que utilizem essas áreas marginais, será preciso que os agricultores tenham políticas de seguro agrícola, para que haja garantia de renda." Rebatendo os críticos do atual modelo econômico do Estado, Maggi ironizou: "Algumas pessoas acreditam" que a produção agrícola de Mato Grosso "é para alimentar ETs". "Nos últimos 30 anos, o Brasil forneceu comida barata para o mundo. Fez a sua parte. Neste momento de crise, o mundo precisa entender que o país tem espaço para fazer crescer sua produção, mas precisa de garantias para se lançar em uma aventura maior na questão da produção de alimento, quer seja na abertura de novas áreas, quer seja nas áreas mais antigas, abertas e que que ofereçam algum risco de rentabilidade." O zoneamento entregue ontem, disse Maggi, é uma tentativa de vencer o "preconceito" em relação a Mato Grosso. "Nenhum Estado com essa potencialidade econômica tem tantos cuidados ambientais." Sobre o grande passivo ambiental acumulado desde o início dos projetos de colonização das décadas 1970 e 1980, Maggi diz que a questão é analisada sob um ponto de vista "equivocado". Segundo ele, o processo se deu "de forma correta", de acordo com a legislação vigente à época. "Se há 30 anos houvesse as restrições ambientais que há hoje, com certeza Mato Grosso não seria o maior produtor de soja, de algodão e da pecuária. O que é ilegal hoje, nós somos contra." RODRIGO VARGAS; DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ. Foto: Guilherme Filho - 31.mar.2008/Secom-MT.

SP/REDE ELÉTRICA: "GATOS" EM TETO DE ZINCO QUENTE...

Rede elétrica tem 1 defeito a cada 500 m

A rede de distribuição de energia elétrica da Eletropaulo na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, tem um defeito a cada 500 metros, em média. Mais: há um defeito grave a cada 2 quilômetros. A denúncia é do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, que aponta falta de manutenção nos equipamentos e também risco iminente de novos apagões, por defeitos que não foram sanados.
A empresa atende a 24 municípios dos 39 que compõem a Grande São Paulo e é a que mais recebeu multas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por apresentar problemas no fornecimento de energia ao consumidor. Em dez anos, foram 120 autos de infração, somando R$ 22,321 milhões em multas. Há 38.730 quilômetros de linhas aéreas da Eletropaulo, sendo 92% desse total ligadas a postes; o restante é subterrâneo. Juntamente com a Eletropaulo, as outras concessionárias que atendem à região metropolitana - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) e Bandeirante Energia - já tiveram de pagar R$ 33,586 milhões em multas por desligamentos, descumprimentos do prazo para entrada em operação, problemas de operação e manutenção, transgressão dos padrões de indicadores de qualidade, descumprimento de determinações da Aneel, problemas de atendimento ao consumidor, falhas de procedimentos de manutenção, problemas com consumidores e faturamento indevido. No total, as três receberam 144 autos de infração, que vão desde advertências até multas, segundo a Aneel. Basta andar pelas ruas para verificar os defeitos na rede da Eletropaulo. São problemas nas cruzetas de madeira - base de sustentação dos fios nos postes -, nos transformadores e pára-raios, em fusíveis, isoladores e nos postes, muitos em situação precária, com ferragem aparente. "Quanto mais de periferia for o bairro, pior fica a situação. Mas tem também defeitos em áreas perto do centro", disse Carlos Alberto dos Reis, vice-presidente do sindicato."As empresas continuam sem fazer a manutenção preventiva e não ampliam as fontes novas de energia. As companhias têm deixado de investir nos equipamentos. Os resultados são os recentes acontecimentos de explosão e falta de energia em São Paulo", critica o sindicalista. A Eletropaulo nega que exista falta de manutenção. De acordo com o gerente de operação da empresa, Fernando Mirancos, há vistoria periódica na rede aérea e também nas subestações. "Se esses defeitos apontados causassem problemas de desligamento de rede, eu saberia. Não foram consertados porque nossa vistoria ainda não detectou ou não passou pelo local ainda", explicou Mirancos.A secretária de Estado de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Penna, disse ao Estado no dia 9 que a vida útil de muitos equipamentos em operação em São Paulo já passou dos 30 anos. Eles devem ser repostos urgentemente. Foi enviada ao Ministério de Minas e Energia uma lista de prioridades, como a construção de outras subestações de transmissão e a ampliação da rede de distribuição. No dia 15, parte da região central da capital ficou às escuras por uma hora, por causa do rompimento de uma cruzeta da rede que distribui energia próximo dos Campos Elísios, de acordo com o Sindicatos dos Eletricitários. Pelo menos 10 mil pessoas ficaram sem luz, incluindo universidades na região. "Isso prova a falta de manutenção", disse Reis. A Eletropaulo informou que houve problema em um relé na saída da Subestação Barra Funda, que causou o desligamento de circuito. Eduardo Reina; Estadão. 2504.