A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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segunda-feira, junho 15, 2009
ELEIÇÕES 2010: PSOL À SOMBRA DO PT ? (Assombra?)
Do Alto da Torre - Eduardo Brito |
Jornal de Brasília - 15/06/2009 |
O PSOL encara com simpatia a proposta de coligação feita pelo deputado José Antônio Reguffe, indicado candidato a governador pelo PDT. Nem por isso deverá deixar de lançar um nome para o governo. O provável candidato do PSOL, Toninho Andrade (foto), explica que a legenda fixou a política de ter chapas próprias em todas as unidades da Federação. "Todo partido que quer crescer precisa fazer isso, precisa ter candidato próprio, para expor seu programa e sua bandeira. O próprio PT fez isso", lembra. Toninho admite que o PSOL tem como objetivo congregar alianças à esquerda. Isso não inibe, porém, a tese da candidatura própria. Se o PDT ficar mesmo à distância do Governo Federal e do governo do Distrito Federal, aos quais o PSOL faz oposição, uma coligação pode até sair. "Gostaríamos disso, só que com o Reguffe como candidato a vice", avisa Toninho. Prioridade é eleger Maninha distrital O objetivo maior do PSOL, hoje, é eleger deputada distrital a ex-deputada Maninha, seu maior trunfo eleitoral em Brasília. O partido precisa ter deputados como pressupostos para crescer e ocupar espaços. Será uma luta dura, admite Toninho Andrade. Pelos cálculos do PSOL, qualquer partido só elegerá um deputado distrital se conseguir o quociente eleitoral de 50 mil votos. Na eleição passada, quando concorreu a federal, Maninha obteve 56 mil votos. O partido não atingiu o quociente e ela ficou sem mandato. É normal que um candidato a federal tenha mais votos que o candidato a distrital. Mas o nome de Maninha tem amplo reconhecimento e o PSOL não afasta a possibilidade de que, mesmo concorrendo só, consiga atingir desta vez o quociente. Reguffe promete independência O deputado José Antonio Reguffe compareceu ao Encontro Democrático em que o PSOL escolheu seus representantes para o encontro nacional que definirá a estratégia do partido. Falando como candidato do PDT a governador, Reguffe fez um apelo pela unidade, garantindo que o PDT não irá as eleições alinhado com o Governo Federal – ou seja, com o PT, visto como principal adversário do PSOL – nem com o governo da capital. Modelo foi ponto de partida para o PT O modelo no qual o PSOL se inspira, em termos de estratégia eleitoral, é o do PT. Na primeira eleição do partido, em 1982, os petistas lançaram candidatos a governador em todos os estados. Até o atual presidente Lula disputou o governo de São Paulo. Teve pouco mais de um milhão de votos e ficou em quarto lugar, atrás do eleito Franco Montoro, do malufista Reinaldo de Barros e do ex-presidente Jânio Quadros. O partido só veio a pensar em coligações oito anos depois. A maioria dos candidatos petistas a governador teve votação insignificante, mas ajudou a puxar legendas. O PT elegeu, graças a isso, oito deputados federais, cinco deles em São Paulo. Aliás, três seriam expulsos por votar em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Eram Bete Mendes, Airton Soares e José Eudes. Nos States O vice-governador Paulo Octávio surpreendeu até sua equipe. Embarcou no final da tarde de terça-feira para os Estados Unidos com a família. Fica lá ao menos por uma semana. Férias a perigo O recesso da Câmara Legislativa corre risco. O deputado Cláudio Abrantes (foto) resolveu abrir uma campanha contra os 75 dias de férias – somados os recessos de meio e de fim de ano – a que têm direito, atualmente, os distritais. Para Abrantes, esse período é um exagero. "A Câmara Federal já reduziu, nós deveríamos fazer o mesmo", afirma. A Câmara dos Deputados reduziu, em 2006, o recesso do meio do ano, por meio de emenda parlamentar. Pela regra atual, a paralisação inicia-se em 18 de julho, portanto, reduziu para menos da metade. cedoc/RENATO ARAÚJO/26.09.06 |
ILHA DE VERA CRUZ: MALHANDRAGEM COM CARTEIRA ASSINADA...
Já não há tempo de aprovar terceiro mandato
Não haverá tempo para aprovação da Proposta de Emenda do terceiro mandato. É que o recesso deve começar em 18 de julho e terminar no dia 31, uma sexta-feira, e o Congresso volta a funcionar apenas em 3 de agosto (segunda-feira). Para valer nas eleições de 2010, a emenda precisa ser aprovada de modo a permitir a realização do referendo nela previsto até o segundo domingo de setembro, ou seja, dia 13 do mês.
Cláusula pétrea
A primeira batalha do terceiro mandato é a Comissão de Constituição e Justiça decidir que a emenda não fere cláusula pétrea da Carta Magna.
Sonho secreto
O staff da candidata Dilma Rousseff sonha em contratar o premiado jornalista Amaury Ribeiro Jr. para a área de inteligência da campanha.
Cristovam, não
Quem conversa com Lula sai com a certeza de que ele não faz a mínima questão de ver Cristovam Buarque (PDT-DF) reeleito senador.
CPI investigará maracutaia dos royalties
A oposição definiu que a CPI da Petrobras investigará contratos entre prefeituras e advogados e "consultores" para elevar fraudulentamente os valores dos royalties de petróleo pagos pela União. A CPI foi criada após o jornalista Diogo Mainardi, de Veja, revelar que a Polícia Federal investigava o ex-"consultor" Victor Martins, diretor da Agência Nacional do Petróleo e irmão do ministro da Propaganda, Franklin Martins.
RETIRED, MISTER
Lula comemorou o empréstimo de US$ 10 bilhões ao FMI. Resta aos aposentados com mais de um mínimo pedir empréstimo ao Fundo.
Sob pressão
Assim não dá
Servidores do INSS reclamam da decisão do governo de ampliar a jornada de trabalho deles para 40 horas semanais e da Lei 11.907, que reorganiza suas atribuições. Em vez de protestar contra Lula e o governo, ameaçam uma greve que prejudicará pobres e idosos.
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, tenta impedir que o PT lance Marta Suplicy ao Senado e barrar a candidatura do vereador e apresentador Netinho (PCdoB). Mercadante adoraria uma nomeação.
Recesso
A 200 dias do final do ano, e quase metade disso de dias úteis, o Congresso até agora não votou nenhuma das medidas importantes ou reformas prometidas. Até as CPIs também pararam de funcionar.
Pelo tubo
Com a tragédia do voo 447, o governo correu para trocar a peça da discórdia no Air Force 51. No caso, não foi o pitot. Trocaram o pitu.
Cláudio Humberto - Cláudio Humberto |
Jornal de Brasília - 15/06/2009 |
PROTOCOLO DE KYOTO: ''COFF, COFF" ? *
Emergentes se unem em acordo climático |
Autor(es): Daniela Chiaretti, de Bonn |
Valor Econômico - 15/06/2009 |
Nos últimos minutos da reunião preparatória de Bonn, o Brasil liderou uma manobra tática para impedir que o Protocolo de Kyoto morra depois de 2012. Junto com outras 37 nações apresentou uma proposta de redução de 40% nas emissões dos gases-estufa dos países ricos entre 2013 e 2020, quando expira a vigência de Kyoto. A intromissão no terreno do vizinho foi uma estratégia dos países em desenvolvimento para avançar as negociações climáticas. Até aquele momento, os industrializados não haviam apresentado nenhuma meta de corte dos gases de efeito-estufa para o intervalo 2013- 2020. O risco era perder o prazo de 17 de junho, data estabelecida pela ONU para que estejam na mesa todas as propostas que se quer discutir na conferência de Copenhague, daqui a seis meses. Na sexta-feira, a Rússia havia vetado qualquer nova meta dos países industrializados. Os ricos, que são os grandes poluidores do passado, querem um novo acordo em Copenhague, com a inclusão de novos atores na lista de cortes e abandonar Kyoto. O bloco dos países em desenvolvimento, onde estão as economias emergentes e grandes poluidoras do presente, não querem. China, Brasil, Índia e África do Sul concordam que a trajetória de crescimento de suas emissões seja contida, mas sem metas internacionais obrigatórias. "Não houve acordo nas metas dos países desenvolvidos e isso estrangularia o futuro do Protocolo de Kyoto", disse o ministro Luiz Figueiredo Machado, líder dos negociadores brasileiros e que leu no plenário a proposta de metas assinada em conjunto por emergentes e outros 33 países. "Se você quer um acordo razoável, ambicioso e realista em Copenhague, não tem que mudar as regras do jogo agora" dizia o embaixador Sergio Serra, porta-voz para a mudança do clima do Itamaraty. "O que negociamos em Báli não foi isso." "Manter o protocolo de Kyoto vivo é uma prioridade, mas é fácil para os países em desenvolvimento só olharem as reduções dos outros", analisava João Talocchi, coordenador da campanha do clima do Greenpeace-Brasil. "Estamos contentes que os países em desenvolvimento voltaram a mostrar liderança", animava-se uma ativista chinesa do WWF. Os representantes dos ricos não fizeram nenhum comentário sobre a iniciativa. Há uma confusão de números neste momento no debate do clima. A recomendação do IPCC, o braço científico da ONU, é que os cortes de emissões em 2020 fiquem entre 25% e 40%, em relação aos volumes de 1990, para que a temperatura do planeta aumente no máximo 2°C no fim do século. A UE fala em 20% a 30% desde que outros façam o mesmo e considera 1990 como ano-base. Os EUA trabalham com menos 17% em 2020, mas tem 2005 como ponto de referência. Segundo a ONU, as promessas de cortes até agora variam de 16% a 26% em relação a 1990, o que é considerado insuficiente. Na conta das ONGs estes números estão errados e representam entre 6% e 13% na melhor das hipóteses. "É preciso ter clareza nas metas", repetia como um mantra o holandês Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção do Clima. No meio do encontro de Bonn os negociadores souberam que estava havendo uma reunião bilateral sobre mudança climática entre China e EUA, na China. Os dois países respondem por 40% das emissões de gases-estufa do mundo. "Para os EUA, o acordo do clima parece ser um acordo EUA-China", dizia Mark Lutes, conselheiro do WWF no Canadá. O que discutiram ninguém soube. Mas, ao voltar a Bonn, o chefe dos negociadores dos EUA, Jonathan Pershing, deixou algum otimismo no ar ao fazer uma referência ao slogan da campanha de Obama, o "Yes, we can": "Nós podemos e nós estamos buscando chegar a um acordo abrangente em Copenhague." A jornalista viajou a convite da CoP-15, a conferência de Copenhague |
(*) Onomatopeia para "tosse" e afins.
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SEGURO DE VIDA: ''SE SEGURA, MALANDRO..."
Autor(es): Antonio P. Mendonça |
O Estado de S. Paulo - 15/06/2009 |
No Brasil, quando alguém fala de seguro, fala mais dos seguros patrimoniais do que dos seguros de pessoas. Há vários anos, escutei numa palestra sobre o mercado segurador, feita pela então presidente do conselho da Sul América, que o brasileiro se preocupava mais com seu automóvel do que com a própria vida ou o futuro da família. O duro é que a colocação ainda é verdadeira. Até hoje, na classe média, o primeiro produto que vem à mente quando se fala em seguro é o seguro de veículos. Depois, o plano de saúde privado, a previdência privada e só então o seguro de vida. É verdade que a situação começa a mudar. Mas a mudança não acontecerá do dia para a noite. É um processo mais ou menos lento, que passa pela mudança da visão das prioridades por parte da população. O brasileiro de classe média pensa em seguro escolar, em seguro prestamista, em seguro para garantir financiamentos, mas não faz a ligação dessas apólices com o seguro de vida. Apesar desses seguros serem tecnicamente seguros de vida, inclusive os que oferecem a cobertura para desemprego, para o cidadão da classe média não fica claro que ele está adquirindo seguros de vida, principalmente porque são comercializados com outros nomes. Já o operário menos qualificado pensa em seguro de vida, mas como um componente de seu salário, suportado integral ou parcialmente pela empresa. Ele sabe que é um benefício importante, que na sua falta é ele quem vai garantir o futuro da família, mas, como faz muitos anos que boa parte das empresas tem o seguro de vida e acidentes pessoais como benefício dentro de sua política de remuneração, aqui também não fica clara a importância do seguro de vida como ferramenta de proteção familiar. DIFERENÇA Já com a previdência privada aberta a história é outra. Desde o surgimento dos planos chamados PGBL e depois os VGBL, que esses produtos se transformaram em importantes canais de investimento, canalizando parte significativa da poupança de longo prazo da classe média, o que faz com que as reservas desses planos atualmente já superem bastante a casa dos cem bilhões de reais. Em termos de poupança brasileira, é número para não se colocar defeito, ainda mais quando nos lembramos que ele foi alcançado em pouco mais de uma década, que é o tempo ao longo do qual a previdência privada moderna vem se consolidando. Além disso, é importante não esquecer que a previdência privada aberta não costuma ser subsidiada, sendo constituída pelas economias do investidor, interessado em participar da troca proposta pelo governo, na qual ele deixa o dinheiro aplicado por um longo prazo e, em retorno, paga um imposto menor. Todavia, se o parâmetro for a economia norte-americana, a ordem de grandeza da previdência privada aberta brasileira muda de patamar. Lá, mais de US$ 10 trilhões de poupança interna de longo prazo está aplicada em planos de previdência privada e em seguros de vida. A boa notícia para o setor, no Brasil, vem da leitura desses dados. O primeiro aponta para a demanda crescente pelos planos de previdência. E o segundo mostra que, com base na relação entre as reservas da previdência privada e o PIB, ainda há um grande potencial de crescimento. Nos últimos anos, a renda do brasileiro tem aumentado e, entre as alternativas de poupança de longo prazo, a previdência privada tem uma das melhores relações custo/benefício. Então, o segmento, ainda que afetado pela crise, deve continuar com desempenho positivo. Como previdência privada e seguro de vida são produtos diretamente ligados à estabilidade familiar; e complementares aos investimentos profissionais feitos pela população em geral, mesmo sentindo os efeitos da atual crise que assola o mundo, esses segmentos, nos próximos anos, têm tudo para mudar para um patamar bem mais elevado, em consonância com a realidade social da nação. Em outras palavras, estaremos mudando de paradigma. Em poucos anos, entre a vida do cidadão e o seu automóvel, a vida será o bem mais importante. |
O TAMANHO DO ESTADO? NEM GRANDE, NEM FORTE E SIM, EFICIENTE!!!
Autor(es): Emanuel Kohlscheen |
Valor Econômico - 15/06/2009 |
Aqueles que esperavam que a redução dos juros abriria espaço para reduções na taxação se frustraram de novo O setor público brasileiro atualmente gasta o equivalente a quase 40% de todos os bens e serviços que são produzidos no país. A arrecadação tributária situa-se em torno de 37% do PIB. Comparações dessas estatísticas com outros países têm virado praxe. Observadores "pró-mercado", defensores do Estado pequeno, argumentam que a carga tributária brasileira é muito alta se comparada aos 17% do PIB no caso do Chile, 18% na Índia ou mesmo aos 28% no caso dos Estados Unidos. Já os comentaristas "anti-mercado", que defendem o Estado grande, apontam que a carga tributária da Dinamarca e da Suécia é de 50% do PIB. Essas estatísticas e comparações no entanto escondem uma realidade mais complexa. É preciso lembrar, antes de mais nada, que - principalmente no caso de países em desenvolvimento - esse indicador esconde a carga tributária real para aqueles que, como bons cidadãos, efetivamente pagam seus impostos. No Brasil, esse problema se acentuou com a inclusão do setor informal no cálculo do PIB. Como o setor informal não paga impostos por definição, e parte do setor formal sonega, a carga tributária sentida pelo empresariado brasileiro que realmente paga impostos é ainda maior. Se considerarmos que no Brasil em torno de 25% dos impostos devidos não são pagos (Instituto Brasileiro de Pesquisas Tributárias, 2009), a carga tributária para aqueles que pagam os seus impostos religiosamente já é de fato igual a 50% da produção. Além de termos um sistema tributário pesado e complexo, é sabido que o uso da receita tributária reduz a concentração de renda muito pouco - ao contrário do que ocorre em países de bem-estar social desenvolvidos (OECD Latin American Economic Outlook 2009). Nesse contexto, pode-se afirmar que o Estado brasileiro é grande. No entanto, a solução não está necessariamente em diminuí-lo: o que o país precisa é de uma reforma tributária que simplifique o sistema de impostos combinada com um redirecionamento dos gastos públicos. Os obstáculos às reformas necessárias são obviamente imensos, e vêm em parte da própria Constituição Federal. Com o bem intencionado intuito de reduzir desigualdades regionais, o artigo 159 de nossa carta Magna estabelece que 48% da receita de impostos sobre a renda e sobre produtos industrializados (IR e IPI) sejam transferidos aos estados, municípios e bancos regionais de desenvolvimento. Na prática, o governo central atualmente tem que transferir o equivalente a 18% de sua receita total a essas outras esferas de governo. Em função disso, precisa aumentar a arrecadação em R$ 1,21 para financiar cada real adicional que gasta. Ao receber uma parcela praticamente fixa das receitas federais, os estados e municípios efetivamente se transformaram em sócios do Estado grande - independentemente da qualidade dos serviços prestados por este. O orçamento grande tem muitos sócios. Se até recentemente o principal vilão dos gastos públicos federais era a taxa de juros real fora de compasso, ultimamente fatores como a folha de pagamento do serviço público têm adquirido maior peso. Aqueles que esperavam que a redução dos juros abriria espaço para reduções na taxação viram suas expectativas frustradas mais uma vez. Reduções de despesas numa ponta são rapidamente anuladas por novas despesas em outra. A verdade é que, quando governantes falam de estímulo fiscal, eles tipicamente se referem a remendos e medidas pontuais como isenções ou compensações tributárias e não à redução de taxas de impostos. A economia política do artigo 159 da Constituição pode explicar parte deste aparente viés gastador do Estado brasileiro. Basta observar que, para metade dos estados da federação, somente a participação direta nas receitas da União representa mais de 30% de suas receitas totais. No caso do Amapá e Roraima, 65%. Além disso, a regra do artigo 159 da Constituição também cria incentivos para que o governo federal recorra menos ao IR e ao IPI como principal fonte de arrecadação e gradualmente se utilize mais de impostos que são mais distorsivos e prejudiciais à atividade econômica. O resultado dessa participação obrigatória de estados e municípios nas receitas da União é que a reforma fiscal ampla de que necessitamos urgentemente é muito difícil de ser aprovada nas câmaras legislativas. Deputados e senadores precisam ser persuadidos a votar contra os interesses financeiros dos governos de seus estados e municípios, e possivelmente contra as suas próprias aspirações políticas, para o bem maior do país. Muitos deputados e senadores são do mesmo partido do governador (em parte devido a eleições concomitantes), e almejam eles mesmos ocupar esse cargo no futuro. Esse é apenas um entre dos fatores que levam o Brasil a ter um Estado grande. Os 250 artigos de nossa Constituição concederam espaço suficiente para outras fontes de um viés gastador. Mas a regra do artigo 159 é provavelmente a principal raiz da "cultura do Estado grande". O mecanismo constitucional de repartição de impostos, quando foi criado, visava a diminuir as disparidades regionais. Para que se possa fazer progresso na redução da desigualdade como um todo, é imperativo que o governo federal faça bom uso do espaço criado pela redução dos juros, investindo em programas que beneficiam a camada mais pobre da população como um todo. Em contrapartida, deputados e senadores precisam olhar menos para os interesses individuais dos seus estados e mais para o bem da nação. A responsabilidade para promover esta mudança na cultura política é tanto do governo como dos partidos políticos com ambições nacionais. O amadurecimento do debate eventualmente vai requerer que se discuta menos o tamanho do Estado e mais a qualidade da saúde e da educação providos por este. Estado forte não é Estado grande mas Estado que cumpre bem os seus deveres para com seus cidadãos! Emanuel Kohlscheen, doutor em economia pela Universidade de Estocolmo (Suécia), é professor de economia na Universidade de Warwick (Reino Unido) e coordenador do curso de Economia, Política e Relações Internacionais. |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?..."
15 de junho de 2009
O Globo
Manchete: TCU: 47% dos convênios não fiscalizados da União têm falhas
Depois de constatar que 112 mil convênios da União com estados, municípios e ONGs deixaram de ser fiscalizados pelo governo federal entre 2006 e 2008, o Tribunal de Contas da União (TCU) estima que pelo menos 47% deles têm irregularidades, que incluem até desvio de recursos. Para o presidente da Corte, Ubiratan Aguiar, há falta de planejamento dos órgãos do governo para fiscalizar contratos. Ele aponta também problemas com a terceirização de pessoal. Enquanto isso, o sistema idealizado para fazer o controle continua no papel. (págs. 1 e 3)
Senado pode ter de anular atos secretos
Aumenta a repressão nas ruas do Irã
Brics dominarão 30% do setor de automóveis
Circulação viária no Rio é a 6ª pior do mundo
Charge Chico: Entreouvido na Baixa-Renânia (4)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Bolsistas do ProUni têm nota acima da média
Os bolsistas do ProUni tiveram desempenho igual ou superior ao de seus colegas no Enade (exame do Ministério da Educação que substitui o Provão), aponta o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
A comparação dos formandos de 2007 foi feita entre os alunos pagantes e os beneficiados pelo programa do MEC - que dá bolsas em faculdades e universidades privadas para estudantes com renda familiar per capita inferior a três mínimos.
Havia nas universidades, o temor de que o nível caísse com a entrada dos bolsistas. Mas especialistas afirmam que o ProUni seleciona os melhores alunos das escolas públicas, uma vez que exige bom desempenho em teste no final do ensino médio.
Representantes das universidades dizem que os bolsistas são mais aplicados que aqueles que têm a mensalidade paga pelos pais. Segundo a PUC-Rio, a evasão também é menor entre os alunos do ProUni. (págs. 1 e C4)
Tom político marca Parada Gay
Foto legenda: Participantes na Paulista, sob bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento gay
Irã vive onda de prisões após eleição presidencial
O presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito com 62,7% dos votos, percentual considerado irreal pelos opositores, vários deles presos. O paradeiro de Mousavi é desconhecido.
Ahmadinejad comparou os protestos à derrota de um time de futebol. (págs. 1 e A10)
Foto legenda: Partidário de Mousavi apanha de policiais em protesto em Teerã
Israel só aceita Estado palestino desmilitarizado
Líderes do Hamas e da Autoridade Palestina criticaram Netanyahu e rejeitaram suas condições. (págs. 1 e A12)
Fernando de Barros e Silva: 'Progressistas' da USP precisam criticar grevistas
Luz para Todos terminará com 168 mil famílias fora da meta
O programa atendeu 1,8 milhão de famílias entre 2004 e 2008 e deve cobrir mais 1,1 milhão até 2010. Fora da meta, restaram 168 mil domicílios. O Ministério de Minas e Energia não quis comentar os números. Disse apenas que atuará para cumprir as metas. (págs. 1 e A4)
Congresso quer nos amordaçar, diz procurador da República
"Não queiram amordaçar o Ministério Público", afirma Antonio Fernando, sobre a proposta que tramita no Congresso. Após quatro anos, ele deixará o cargo no final deste mês. (págs. 1 e A14)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Com R$ 300 bi, obras puxam a economia
De olho nas obras da Copa do Mundo, no programa "Minha Casa, Minha Vida" e num ambicioso plano de investimento das estatais, o setor da construção civil faz planos para retomar o ciclo de crescimento interrompido pelo impacto da crise mundial no segundo semestre de 2008.O otimismo baseia-se nos números dos projetos – mais de R$ 300 bilhões – e na volta do crédito. No programa habitacional, a expectativa é aprovar a construção de 600 mil unidades até julho do ano que vem, num total de R$ 45 bilhões. Para a Copa do Mundo, estima-se que só em transporte serão necessários mais de R$ 30 bilhões (sem contar o trem-bala, que custará US$ 14 bilhões). No total, o evento exigirá de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões. E os especialistas destacam ainda a ampliação de investimentos de estatais, como a Eletrobras, que anunciou R$ 30 bilhões para o período de 2009 a 2012, e a Petrobras, que vai investir R$ 174 bilhões entre 2009 e 2013. (págs. 1 e B1)
Ahmadinejad nega fraude e promete Irã forte
"Se alguém tiver provas de irregularidades, pode ir ao Conselho de Guardiães", desafiou o presidente reeleito do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em entrevista coletiva. Ressaltou que o Irã, "uma potência política", vai se tornar “uma potência econômica”, informa o enviado especial Lourival Sant'Anna. Ontem, milhares de pessoas voltaram às ruas para protestar e Mir Hossein Mousavi, principal adversário de Ahmadinejad, oficializou pedido de anulação da eleição. (págs. 1, B12 e B13)
Com 49 corpos resgatados, busca se torna mais difícil
Ato secreto põe filha de político ligado a Sarney no Senado
Ambiente é beneficiado pela crise econômica
SP terá boom imobiliário em antigos bairros operários
Alto consumo de álcool e furtos marcam Parada Gay
Operação Santa Tereza: Aberta ação contra mulher de Paulinho
Notas & Informações: Uma boa ideia de Lula
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Jornal do Brasil
Manchete: Para Crea, encostas estão sem fiscalização
A propósito da reportagem publicada ontem pelo JB, sobre irregularidades na construção de mansões em encostas da Mata Atlântica, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio, Agostinho Guerreiro, afirmou que há décadas os morros são mal cuidados. Guerreiro diz que a Secretaria Municipal de Urbanismo precisa aumentar seu contingente de fiscais para coibir invasões. Também criticou a demora dos processos instaurados contra construções irregulares. A reportagem do JB revelou o caso de uma mansão no Alto Gávea, cujo processo instaurado contra ela se arrasta há 16 anos. (págs. 1 e Cidade A13)
Nobel de Economia elogia Brasil
Foto legenda: Parada Gay contra a homofobia
Reeleição no Irã ainda contestada
Israel já aceita Estado palestino
Sociedade Aberta
Escritor
Quem pôs a droga na creche e a violência nas escolas? (págs. 1 e A9)
Sociedade Aberta
Filósofa e psicanalista
Também são drogas os adoçantes e remédios contra gripe. (págs. 1 e A10)
Sociedade Aberta
Advogado
Cabe ao próximo presidente negociar a reforma tributária. (págs. 1 e A20)
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Correio Braziliense
Manchete: 6.130 vagas em 16 concursos
Desenvolvimento social: FPM distribui mal a renda nos grotões
Nada à vista
Luz no fim do túnel: Israel admite reconhecer a Palestina
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Valor Econômico
Manchete: 'Insiders'aumentam e entram na mira da CVM
O uso indevido de informação privilegiada é delito administrativo há 33 anos, desde a criação da Lei das Sociedades por Ações, em 1976. Mas, a partir de março de 2002, tornou-se também crime, com prisão de um a cinco anos. O "insider" virou crime porque atinge em cheio a credibilidade do mercado. "Sem confiança, o mercado não existe", diz Eli Loria, diretor da CVM. (págs. 1 e D1)
Obama lança plano que dá poder ao Fed
No âmago do plano, que as autoridades batizaram informalmente de "Livro Branco", estão as decisões de rever os poderes do Fed, que passará a supervisionar as maiores empresas do setor financeiro, de dar ao governo o poder de fechar ou desmembrar companhias importantes para o sistema e de criar um novo órgão regulador para os produtos financeiros voltados para pessoas físicas. (págs. 1 e C10)
Troca de moedas na pauta da reunião dos Bric
Amorim é cauteloso sobre o que pode sair de concreto na reunião entre os presidentes brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, russo Dmitri Medvedev e chinês Hu Jintao e o primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh. "Reduzir a dependência do dólar é positivo, mas há diferentes formas de avançar nesse tema", afirmou ele ao Valor. A agenda inclui a nova arquitetura financeira global, segurança energética e alimentar, mudança climática, comércio e mecanismos para cooperação entre os quatro. (págs. 1 e A12)
Jogada para evitar o 'fim' de Kyoto
Novo conflito complica obras de térmicas
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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