PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, maio 09, 2007

HAPPY-HOUR II: A SAIDEIRA.... [OPS!!!]


[Chargistas: Amarildo, Samuca].

HAPPY-HOUR [In:] "FAZENDO SALA..."





[Chargistas: P.Caruso, Novaes, Liberati].

VISITA DO PAPA BENTO XVI: "... DO BRASIL PARA A AMÉRICA LATINA"

Vaticano teme volta de ditaduras.

A cúpula da Santa Sé e os núncios apostólicos da Igreja na América Latina estão preocupados com o “déficit da democracia representativa” em algumas partes da região. É o que revelou o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, em uma entrevista à revista italiana 30Giorni que será publicada nos próximos dias. O cardeal ainda alertou: “a pobreza segue sendo uma praga na América Latina”. Segundo a revista, a Santa Sé reuniu todos os núncios (espécie de embaixadores) que mantém na América Latina em uma reunião em fevereiro no Vaticano. Para Bertone, ficou claro que os problemas do continente são “a violência que atinge as grandes cidades, o narcotráfico cada vez mais agressivo e potente, a desigualdade social que não dá sinais de se resolver, o desemprego, a deterioração da educação, o déficit de democracia representativa e o avanço das seitas”. Questionado sobre o avanço dos partidos de esquerda na América Latina, Bertone apontou que o Vaticano “não tem medo de siglas, mas eventualmente de seu conteúdo”. “Se um governo de esquerda se preocupa em favorecer os mais pobres, promover repartição mais igualitária da terra, se preocupa em melhorar a saúde e educação, tenta criar empregos para tirar os jovens do narcotráfico e frear o fenômeno da imigração... se faz tudo isso, pode receber o aplauso e colaboração da Igreja”, disse. "O problema nasce quando esse governo tenta retomar regimes ditatoriais”, explicou. Apesar de não citar nomes, ninguém esconde no Vaticano a oposição cada vez maior entre a Igreja e movimentos como o de Hugo Chávez na Venezuela. Bertone também condena governos que abandonam tradições cristãs e adotam “um modo global de vida” promovido por multinacionais e pela mídia. Apesar de também não citar nominalmente os casos de líderes indígenas que chegaram ao poder na América Latina, Bertone alerta que a Igreja não é favorável a “idealizar alguma civilização do passado” e que isso seria algo “ingênuo”. O cardeal ainda revelou na entrevista que o papa Bento XVI pedirá que os Estados Unidos ajudem na solução dos problemas sociais na América Latina durante sua visita ao presidente George W. Bush, em junho. O secretário de Estado deixou claro que a Igreja vê com maus olhos a política de restrição de imigração nos EUA. No que se refere à Igreja, o número 2 do Vaticano negou que a condenação do teólogo de El Salvador Jon Sobrino pela Santa Sé tenha sido resultado de um “cálculo político”, com o objetivo de mandar um recado à América Latina antes da chegada do papa à região. “Ele não foi condenado como teólogo da libertação, mas em relação a uma opinião sobre Jesus Cristo.” Bertone ainda garantiu que “uma certa Teologia da Libertação, não ligada ao marxismo, tem cidadania plena na Igreja”.Apesar dos problemas, Bertone mantém a tese de que a região é o “continente da esperança”. “Não há mais as ferozes ditaduras militares que derramaram sangue no continente”, disse. Do ponto de vista religioso, acredita que a Igreja ainda está viva e que cresce o número de seminaristas. Para o cardeal, “o povo latino-americano ainda conserva com solidez as tradições católicas”. Jamil Chade, Cidade do Vaticano, O Estadão.

BRASIL & ÁFRICA: TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA (ÁLCOOL)

Brasil quer a África aliada à política do etanol:

Brasília, Governo conta com apoio do continente para transformar o biocombustível em commodity global. A estratégia brasileira para transformar o álcool combustível em uma commodity internacional inclui a conquista da África por meio da transferência de tecnologia para alimentos e biocombustíveis. Em um trabalho conjunto do Itamaraty e do Ministério da Agricultura, o governo planeja incentivar o plantio da cana-de-açúcar e a instalação de destilarias em países tão distantes quanto Botswana, Congo, Gabão e Tanzânia. Além de contar com ajuda dos africanos para transformar o álcool numa commodity, o Brasil espera, em um segundo momento, suporte do continente para o desejo do Palácio do Planalto de ter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Gazeta Mercantil.

VISITA DO PAPA BENTO XVI AO BRASIL

Papa Bento 16 chega hoje a São Paulo e altera a rotina da cidade:

O papa Bento 16 chega nesta quarta-feira a São Paulo para uma Visita de cinco dias ao Brasil que vai mudar a rotina da cidade a partir das 16h30, quando desembarca no aeroporto internacional de Guarulhos (região metropolitana de SP). Ruas e avenidas serão interditadas, linhas de ônibus serão alteradas, o espaço aéreo será restrito e um forte esquema de segurança terá um batalhão de 10 mil homens das forças armadas e das polícias Civil, Militar e Federal. O esquema montado para receber Bento 16 é semelhante ao criada para a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, que esteve em São Paulo em março. A diferença, segundo o Comando do Exército em São Paulo, é que a presença do papa vai atrair a atenção das pessoas nas ruas e para os eventos públicos, o que reforça a operação de segurança. Bush teve apenas encontros fechados. Ainda no aeroporto, Bento 16 será recepcionado por autoridades da Igreja Católica e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De lá, seguirá de helicóptero até o Campo de Marte, onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), vai lhe entregar a chave da cidade. Do Campo de Marte, Bento 16 irá de papamóvel até o mosteiro de São Bento, onde ficará hospedado até sexta-feira, quando segue para Aparecida. O trânsito será interditado para a passagem da comitiva do papa. A previsão é que Bento 16 chegue ao mosteiro por volta das 19h, e entre pela basílica de São Bento. Na basílica, o papa será recebido pelo abade do mosteiro, d. Mathias Tolentino Braga, que o levará até capela do Santíssimo, onde farão uma oração e, depois, irão até a sacada da sala de visita do Colégio São Bento para saudação à população. O primeiro compromisso oficial de Bento 16 está programado para amanhã, às 11h, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde o sumo pontífice terá audiência com o presidente Lula e com o governador José Serra (PSDB). Na ocasião, será lançado o selo postal feito pelos Correios em homenagem ao papa. À tarde, o papa celebrará sua primeira missa no Brasil durante encontro com a juventude Católica no estádio do Pacaembu (zona oeste de SP), às 18h. Folha Online.

CÂMARA "DOS" DEPUTADOS: AUMENTO SALARIAL ("O PODER EMANA DO POVO...")

Chinaglia quer votar aumento nesta quarta:

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT -SP), disse que tentará votar o aumento salarial dos parlamentares e do presidente da República nesta quarta-feira (9). "Há a possibilidade de ser votado nesta quarta. Dependerá da evolução da pauta", disse. Chinaglia convocou sessão para as 11h desta quarta para votar a única medida provisória (sobre a loteria Timemania) que ainda tranca a pauta de votações da Câmara. Ao concluir essa votação, ele espera poder aprovar o reajuste salarial durante o dia. Chinaglia tem pressa porque a pauta volta a ser trancada por três MPs a partir de semana que vem. Para colocar o aumento de salário em votação nesta quarta bastará a aprovação em plenário de um regime de urgência para o tema. O presidente da Câmara disse não ter receio de ser acusado de aproveitar que as atenções de boa parte da população estarão voltadas para a chegada do Papa Bento XVI ao Brasil nesta quarta para aprovar o aumento salarial. "Não temo", disse, com um pouco de irritação. As propostas de reajuste salarial foram feitas pela mesa diretora da Casa e aumentam cada salário em 28,5%, o que seria, segundo os deputados, a correção da inflação dos últimos quatro anos. O aumento dos deputados e senadores está no projeto de decreto legislativo de número 35 e reajusta os salários dos parlamentares de R$ 12.847,20 para R$ 16.512,09. Já o dos demais cargos está no decreto de número 36. A proposta aumenta o salário do presidente da República de R$ 8.885,45 para 11.420,21. O vice-presidente e os ministros, que ganham hoje R$ 8.362,00, passariam a receber R$ 10.748,43. Os dois projetos ressaltam que os aumentos são retroativos ao dia 1º de abril. Chinaglia disse nesta terça que não há acordo sobre alguma mudança em relação a isso. A expectativa, segundo ele, é a de que o texto seja mantido. Quando a Câmara votar os projetos, o Congresso tentará pôr fim à polêmica do aumento salarial, depois da tentativa dos parlamentares de reajustar os próprios salários em 91% no fim do ano passado. Pressionados, os deputados recuaram e decidiram aplicar a correção da inflação. Neste ano, Chinaglia chegou a cogitar a hipótese de equiparar os salários do presidente da República ao dos parlamentares, o que daria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um aumento de 82%. Lula criticou a sugestão. A Câmara voltou atrás mais uma vez e optou pelo aumento com base na correção pela inflação, no caso do salário do presidente. Não se cogita, por enquanto, qualquer aumento da verba indenizatória de R$ 15 mil mensais que cada deputado tem direito para gastar com combustível, viagens, jantares, escritório político, entre outras despesas, e também da verba de gabinete de R$ 50,8 mil que o parlamentar usa para contratar assessores. Leandro Colon, G1, Brasília.

LEGISLATIVO SP: TREM (BALA) DA ALEGRIA ("O PODER EMANA DO POVO...")

'Supertrem da alegria' entra em vigor em São Paulo;
O pacotão de benefícios para os 55 vereadores paulistanos e funcionários da Câmara Municipal vai virar lei nesta quarta-feira, pelas mãos do presidente da Casa, Antonio Carlos Rodrigues (PR). Responsável pela análise constitucional do 'supertrem da alegria' - como foi batizado pela ONG Voto Consciente - aprovado em abril pelos parlamentares, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) encontrou uma brecha legal para não vetar nem sancionar a lei. Foi uma forma de fugir do desgaste político que seria causado com a sanção do aumento de cargos e salários nas estruturas dos gabinetes, além de novas gratificações para cargos de chefia no Legislativo. Ou evitar um choque com os vereadores no caso de vetar os benefícios. O ‘trem da alegria’ traz mais verbas para os vereadores. Eles terão até R$ 13.215 por mês para despesas de mandato, em substituição às quotas de gasolina, fotocópias, selos e material impresso. Os asssessores poderão trabalhar no escritório da base eleitoral do vereador – cada parlamentar pode contratar 18 funcionários, com salário de até R$ 6.700. O pacotão também garante jeton para servidores de carreira: o pagamento extra é de R$ 1.240. Forum, O Estadão.

IBAMA: GREVE CONTRA A DIVISÃO DA AUTARQUIA

Ibama caminha para greve nacional

Brasília - Os funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em todo o País decidiram paralisar suas atividades ontem, por 24 horas, como forma de protesto à divisão da autarquia por meio de uma Medida Provisória. Segundo dados da Associação Nacional dos Funcionários do Ibama, a adesão chegou perto dos 100%. O órgão reunia até o final do mês passado, quando a MP foi editada pelo governo, 6.400 funcionários espalhados pelos 26 estados e no Distrito Federal. A série de manifestações em reação à divisão do Ibama e à criação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e Conservação vai se estender. Para hoje cedo, foi preparado um protesto na Esplanada dos Ministérios, na capital federal. O ato deverá se estender até o Palácio do Planalto. Ontem, também em Brasília, os servidores do Ibama repetiram panfletagem feita na semana passada no Congresso. Eles foram em busca de apoio parlamentar para que a MP seja rejeitada na Câmara. “A divisão do Ibama vai enfraquecer um órgão que tem história. É um retrocesso essa mudança para a política ambiental do País”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa. Com a divisão, o Ibama continua responsável pela fiscalização e concessão de licenças ambientais e a área de preservação ficará a cargo do Instituto Chico Mendes. Amanhã, os servidores do Ibama realizarão plenária nacional, também em Brasília, para decidir por uma greve nacional. Em alguns estados, como o Amazonas, e no Distrito Federal, os funcionários da autarquia estão em estado de greve desde a semana passada. Agência Estado, Paraná Online.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

'A culpa é dos acontecimentos', diz ministro. O ministro da Defesa Waldir Pires antecipou-se aos deputados da CPI do Apagão Aéreo e disse que está à disposição da comissão "para qualquer instante". "Esse é o meu destino, não há nenhuma hesitação", acrescentou Pires. (...) "Não há responsabilidade do Ministério da Defesa. A responsabilidade é dos acontecimentos", disse Pires após uma cerimônia no Rio de Janeiro em comemoração aos 62 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Reuters, G1.
Uma pasta e 111 cargos. Depois de meses de muita negociação nos bastidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 369, publicada ontem no Diário Oficial da União, que cria a Secretaria Especial de Portos. A nova secretaria terá status de ministério e será entregue ao ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito (PSB). A data da nomeação de Brito ainda não foi definida pelo Palácio do Planalto. A MP que institui a nova secretaria cria, além do cargo de secretário, outros 111 cargos de confiança. Panorama Político, Paraná Online.
Tony Blair renuncia nesta quinta-feira, diz The Sun. O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, anunciará nesta quinta-feira, 10, que deixa a liderança do Partido Trabalhista, depois de concluir o processo de paz na Irlanda do Norte, segundo antecipa nesta quarta-feira o jornal The Sun. Blair quer coroar seus 10 anos de permanência no poder com "um emocionado discurso de renúncia" em Sedgefield, onde foi eleito deputado e deve anunciar que deixa o cargo de primeiro-ministro por volta de 29 de junho, diz o jornal. Efe, Estadão.
Aquarela de Cézanne atinge US$ 25,5 milhões em leilão nos EUA. Obra sobre papel é a segunda mais cara da história. Evento também vende peças de Picasso, Matisse, Miró e outros. Efe, G1.
Lula barra "negócio novo" com a Bolívia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que nenhum "negócio novo" será fechado com a Bolívia e que convênios assinados serão congelados até que seja solucionada de forma favorável a questão das refinarias da Petrobras no país. Lula queixou-se com assessores de que não prevalece a "lógica" nas negociações com o presidente Evo Morales, que apoiou nas eleições, e que sua paciência com o colega boliviano chegou "ao limite". Lembrou que, depois de uma conversa "dura" com Morales na Venezuela, no mês passado, ele havia prometido mudar seu comportamento. A nova crise, segundo Lula, mostra que de pouco adiantou a política de boa vizinhança brasileira, de um país mais rico tentando ajudar um vizinho mais pobre (...). Valdo Cruz, Claudia Dianni, da Folha de S.Paulo, em Brasília.
Clinton anuncia acordo para remédios anti-Aids. O ex-presidente americano Bill Clinton anunciou nesta terça-feira que sua fundação negociou um acordo com duas empresas farmacêuticas indianas para fornecer remédios anti-Aids mais baratos para países em desenvolvimento. (...) "Os preços são simplesmente exorbitantes em países com renda média, como o Brasil e a Tailândia. Esses países são lar de metade das pessoas em tratamento", disse Clinton. BBC Brasil.
Itaú pode entrar na disputa pelo Banco Real. A depender do andamento da disputa pelo controle do ABN Amro em nível mundial, o Banco Itaú se interessaria em entrar no negócio para ficar com o Banco Real, unidade do banco holandês no Brasil. Em teleconferência com analistas, realizada nesta quarta-feira (9), o vice-presidente sênior do Itaú, Henri Penchas não descartou o negócio. "No momento oportuno, que esperamos que aconteça, nós podemos entrar nesta contenda", comentou. G1, SP.
Governo e Igreja trocam críticas sobre o assunto. Um dia antes da chegada do papa Bento XVI ao Brasil, nesta quarta-feira, governo federal e Igreja Católica trocaram acusações em torno de um tema controverso: o aborto. Do lado do governo, dois ministros atacaram os católicos pela oposição radical ao debate sobre a prática. Entre os religiosos, houve críticas ao programa de educação sexual do país e à condução do debate sobre o aborto. (...) Na segunda, Lula disse que é pessoalmente contra o aborto, mas que considera importante o debate sobre o tema no âmbito do governo. Questionado novamente a respeito do tema na terça, disse que o aborto é um tema de saúde pública, e que a Igreja tem "autonomia para tomar suas decisões". Mas os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e das Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, atacaram a forma como a Igreja trata do assunto. Veja Online.
Adolescentes da Febem querem aproveitar visita do Papa para pedir perdão. "Se pudesse, eu pedia perdão por tudo o que eu fiz." A frase é de um dos 22 adolescentes escolhidos pela Fundação Casa, a antiga Febem, para acompanhar a celebração que o Papa Bento XVI realizará na tarde de quinta-feira (10) no Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo. A reportagem ouviu dois adolescentes do Internato Fazenda do Carmo, em Itaquera, na Zona Leste da cidade, uma das nove unidades que teve jovens escolhidos. Daniel Santini, G1, SP.

CRISE ENERGÉTICA: NOVO APAGÃO ELÉTRICO ?

Governo tem plano para enfrentar desabastecimento:

Depois de passar anos estimulando o consumo de gás natural, o governo agora negocia com distribuidoras e consumidores a elaboração de um plano de racionamento para o País. A estrutura do plano é praticamente a mesma da utilizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso para gerenciar o apagão de energia elétrica de 2001, quando os consumidores foram obrigados a cortar compulsoriamente 20% da demanda de eletricidade. A base do plano está praticamente pronta e deve ser enviada ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei ou medida provisória em breve. O Estado teve acesso a uma minuta do plano, que ainda está em negociação com representantes do mercado. A estrutura prevê a criação de um comitê de crise, como em 2001, que será responsável por definir os volumes de corte em cada Estado da federação. Haverá penalidades para quem não cumprir, da mesma forma que ocorreu em 2001. 'O Plano de Contingência terá como objetivo mitigar impactos de eventual falha no suprimento de gás, distribuindo suas conseqüências de maneira eqüitativa, observadas as restrições logísticas e preservados aqueles que apresentam maior sensibilidade à perda do energético', diz o artigo 3º do projeto. O plano também estipula prioridades de consumo, além de mecanismos de compensação a consumidores que tiverem de substituir o gás natural por outro combustível mais caro. Um mecanismo de liquidação dessas compensações também está previsto no plano. Segundo o diretor de uma entidade que representa a classe de consumo, ao contrário do que faz crer o governo, o plano não será mandado ao Congresso apenas por causa de ameaças ao fornecimento da Bolívia. De acordo com essa fonte, a Petrobrás e o governo perceberam que o risco de um novo apagão elétrico no País é grande. Mesmo se a Bolívia mantiver o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia ao Brasil, continua o risco para o setor elétrico. A oferta interna de gás natural não é suficiente, hoje, para que o Operador Nacional do Sistema (ONS) ordene a geração pelas termelétricas a gás. Isso não é necessário neste momento porque os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão elevados, mas, se a situação hídrica não for favorável nos próximos anos, boa parte das térmicas não poderá gerar energia por falta de gás. O plano de contingência também serve para assegurar o abastecimento de energia elétrica com a geração das térmicas, caso seja necessário. As termelétricas, segundo determina o plano, têm prioridade total para o fornecimento. GOVERNOS ESTADUAIS: A implementação de um racionamento de gás enfrenta um problema relacionado à estrutura de regulação do setor no Brasil. O Comitê de Contingenciamento, previsto no plano, pode determinar os volumes de corte por Estado, mas o sucesso do plano dependerá de cada agência reguladora. Em São Paulo, os consumidores de gás natural consideram adiantado o plano para um eventual racionamento. A Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE) - agência reguladora em São Paulo - já tem alinhavada uma estratégia para momentos de crise. Em São Paulo, existem 273 grandes consumidores de gás natural, com demanda superior a 500 mil metros cúbicos por mês. Agnaldo Brito, O Estado SP.

LULA (BRASIL) & EVO (BOLÍVIA): "PERO QUE SI, PERO QUE NO!"

Petrobras e governo boliviano discutem venda de refinarias nesta quarta :

A pedido do governo boliviano, a Petrobras vai se reunir nesta quarta-feira (9), às 9h, com o ministro de Hidrocarbonetos Carlos Vilegas para explicar a oferta final feita ontem para a venda integral de suas duas refinarias na Bolívia. A informação é do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. A expectativa, segundo ele, é de que o resultado dessas conversas seja anunciado após a reunião. Durante a reunião, o presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, e representantes da área jurídica da empresa deverão prestar formalmente a Vilegas esclarecimentos sobre a proposta de venda de 100% da participação da Petrobras nas refinarias, feita ontem pela estatal brasileira. Rondeau, que ontem endureceu o discurso diante do decreto boliviano que afeta o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino, elogiou hoje os pronunciamentos feitos pelo presidente Evo Morales e pelo vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia Linera, que teriam adotado, segundo Rondeau, tom "absolutamente pacificador". Diante da reação do governo brasileiro ao decreto, que destacou a possibilidade de reflexos no relacionamento entre os dois países, o presidente boliviano disse hoje que aposta em um acordo com o Brasil. Ontem, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, informou que a estatal apresentou sua proposta final de venda, com "preço justo", e caso não houvesse acordo, apelaria para cortes internacionais para contestar a expropriação do fluxo de caixa das refinarias. Hoje, o ministro brasileiro evitou comentar se o clima das negociações melhorou depois da dura resposta brasileira ao decreto. Ele preferiu dizer que o clima é de negociação, e que está "tudo normal". Com um tom mais conciliador, Rondeau afirmou que a orientação por enquanto é a de tratar a questão entre a estatal boliviana YPFB e a brasileira Petrobras como uma questão comercial, "com uma negociação em andamento".Rondeau também não comentou a possibilidade de retaliações do governo brasileiro à Bolívia em caso de impasse nas negociações sobre as refinarias. Questionado sobre a possibilidade de cancelar o aumento do preço do gás natural, acertado em fevereiro, durante a visita de Morales ao Brasil, o ministro sinalizou que, por enquanto, o preço do gás exportado para o Brasil não está na mesa de negociações. "Não se chegou a falar sobre isso", disse. Até a quinta-feira passada, quando ocorreu última rodada de negociações com a Bolívia, a estatal brasileira ainda considerava a possibilidade de manter uma participação minoritária nas refinarias bolivianas com um contrato de operação, o que foi descartado ontem. Trata-se de uma resposta ao decreto assinado por Morales, que concedeu à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país, o que afeta o fluxo de caixa das empresas.A Petrobras não mencionou os valores apresentados na proposta que será discutida. Nos últimos dias, porém, o governo boliviano teria avaliado em US$ 60 milhões as duas refinarias. A estatal brasileira teria definido preço de US$ 136 milhões. As duas instalações, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano à Petrobras em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões.

MEIO AMBIENTE: USINA NUCLEAR vs USINA HIDRELÉTRICA


Governo retomará obras de Angra III:

Em meio ao risco de abastecimento de energia no país por conta da lentidão no licenciamento ambiental para a construção de usinas hidrelétricas, o governo decidiu retomar o programa nuclear brasileiro, que começa com a conclusão das obras da usina nuclear de Angra III, paralisadas desde 1986. O programa prevê, ainda, a construção de mais quatro usinas nucleares de menor porte. Para a conclusão de Angra III, a estimativa do governo é de um custo de R$ 7 bilhões e o BNDES deverá participar do financiamento de pelo menos 30% disso, o que equivale a R$ 2,1 bilhões. A retomada do programa nuclear brasileiro começou a ser discutida em função do impasse no licenciamento ambiental das obras para a construção das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. O Ministério das Minas e Energia aguarda apenas até o fim deste mês de maio para que o Ibama dê autorização para a construção das hidrelétricas. Essas usinas passariam a fornecer energia a partir de 2012. O temor do governo brasileiro é ter um novo colapso no abastecimento de energia, o que afetaria o ritmo do crescimento do país. A construção de novas usinas a gás foi descartada porque, além de mais poluentes, há a incerteza quanto ao abastecimento do gás pela Bolívia. Os problemas na construção das hidrelétricas fizeram o governo optar pela energia nuclear por ser a mais limpa do ponto de vista do aquecimento global – embora a energia nuclear seja rejeitada pelos ambientalistas por conta dos rejeitos que geram. Com a conclusão de Angra III, a participação da energia nuclear no fornecimento de energia elétrica do país passaria de 3% para 4% e representará pouco mais de 2% da matriz energética brasileira. A usina de Angra III terá capacidade de 1.350 Megawatts. E as duas usinas do Rio Madeira, de 6.500 Megawatts. Cristina Lôbo, G1, Brasília.