A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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terça-feira, novembro 06, 2012
XÔ! ESTRESSE [In:] SE SEGURA, MALANDRO (O que não tem governo, nem nunca terá)
CORRUPÇÃO SEMELHANTE, PUNIÇÃO DIFERENTE
Putin demite ministro da Defesa após escândalo de corrupção
PT/PSB: UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA (2)
Dilma prepara ofensiva para se reaproximar com PSB de Campos
O Globo - 06/11/2012 |
No dia 14, na Bahia, presidente deverá ter conversa com socialista
BRASÍLIA
Depois do jantar para azeitar as relações entre o PT e o PMDB, o próximo passo da presidente Dilma Rousseff será iniciar o processo de reaproximação com o PSB, aliado histórico dos petistas e que ensaia voo solo.
A presidente, usando da proximidade que tem com o governador Eduardo Campos (PE), tentará acabar com as diferenças surgidas entre petistas e socialistas nas eleições deste ano - em muitos casos houve rompimento da parceria, como em Recife e Fortaleza.
Dilma deverá ter uma conversa reservada com Eduardo Campos durante a reunião dos governadores do Nordeste em Salvador, quarta-feira, dia 14. Não há informação, ainda, se Lula poderá participar dessa reunião - o que parece pouco provável. O ex-presidente poderá conversar com Eduardo Campos ao longo da semana, ainda que por telefone.
na câmara, novo impasse
Dilma e Lula terão que administrar com Eduardo Campos não só a presença do partido no arco de alianças do governo, mas também tentar impedir que avance a movimentação do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que deseja disputar com Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) a presidência da Câmara. Movimento que tem apoio de petistas, inclusive.
- Tem muita gente no PT que prefere a gente como aliado aqui na Câmara do que o PMDB. Não acredito que Dilma vetaria esse movimento do PSB, que é também aliado. (a candidatura) É uma forma de segurar ao lado dela o partido que mais cresce e ameaça o projeto do PT em 2014 - acredita Júlio Delgado.
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PT/PMDB: UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA
Dilma chama o PMDB de olho na reeleição
Autor(es): PAULO DE TARSO LYRA |
Correio Braziliense - 06/11/2012 |
Presidente se reúne hoje com caciques peemedebistas e petistas para aparar as arestas e acertar a manutenção da chapa na disputa eleitoral de 2014
A presidente Dilma Rousseff inicia hoje as articulações oficiais para a própria reeleição em 2014. Em um jantar no Palácio da Alvorada, Dilma vai receber as cúpulas do PT e do PMDB, as lideranças de ambos os partidos no Congresso e do governo, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para sacramentar a chapa que disputará a eleição daqui a dois anos. Dilma vai avisar que não quer mais brigas entre os dois principais partidos da base para que o governo funcione azeitado nos dois anos que restam desse primeiro mandato. A presidente não quer problemas porque sabe das dificuldades para o próximo biênio, como mostrou o Correio na edição de domingo. Para que as turbulências econômicas internacionais não sejam maiores do que as atuais, que fizeram o Brasil patinar, Dilma sabe que precisa de tranquilidade na base aliada e no Congresso. Para reforçar o caráter institucional do encontro, ela convidou o ex-presidente Lula, patrocinador da dobradinha na chapa presidencial em 2010, para unificar ainda mais as duas legendas. Dilma vai defender que os dois partidos precisam superar as disputas internas. O Planalto já conformou-se com o fato de que o PMDB presidirá a Câmara e o Senado a partir de fevereiro de 2013, respectivamente com Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL). Na Câmara, Henrique ainda enfrenta algumas resistências de parte dos petistas, que temem que o governo fique refém do PMDB se o partido comandar as duas Casas do Congresso. O presidente da Câmara tem sob seu controle um orçamento de R$ 4,9 bilhões, além da possibilidade de nomear 46 cargos. No caso do Senado, o montante sob controle da caneta presidencial é de R$ 3,5 bilhões, além de um quadro de 35 vagas para livre nomeação. Além disso, os dois têm sob seu comando a pauta de votações das Casas, podendo agradar, ou tensionar, ao Planalto ao definir quais projetos serão colocados para apreciação dos parlamentares. Por fim, o presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória presidencial. Neste mês, por exemplo, tanto a presidente Dilma quanto o vice Michel Temer viajarão para o exterior e o país será presidido, momentaneamente, pelo atual presidente da Câmara, Marco Maia (RS). “Marolas”Para evitar que os petistas atrapalhem o processo sucessório no Congresso, Dilma convidou, no início do ano, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para assumir a liderança do governo na Câmara. Quis, assim, evitar que o petista apresentasse seu nome para concorrer com Henrique Eduardo Alves. Alguns integrantes do PT acham que, se o deputado do PSB, Júlio Delgado (MG), confirmar a candidatura avulsa, os petistas poderiam ter alguma chance para apresentar uma terceira via para a presidência da Câmara. “Dilma está incomodada com esses movimentos de seu partido”, confidenciou um peemedebista ao Correio. “Ela sabe quem está fazendo essas ‘marolas’ e vai dizer claramente que isso tem de terminar”, completou o mesmo interlocutor. Para aceitar o PMDB nas duas presidências, o PT já encontrou outra brecha para pirraçar com o aliado. A legenda defende que os três líderes do governo no parlamento sejam filiados ao partido. Hoje, o PT tem a liderança do governo na Câmara (Arlindo Chinaglia) e no Congresso (José Pimentel, do Ceará). Mas o PMDB ocupa a liderança do governo no Senado, com Eduardo Braga (AM). Os nomes devem ser trocados, já que Dilma avisou que pretende promover um rodízio nos líderes do governo. Mas ainda não há sinais de quando isso ocorrerá e se ela aceitará a pressão do PT para ocupar os três cargos. Também é pouco provável que a presidente sinalize nesta noite a oferta do Ministério de Ciência e Tecnologia para Gabriel Chalita. Quem não quer nem saber de 2013 é o presidente do Senado, José Sarney (AP), que deixa o cargo em fevereiro. “Ninguém está discutindo isso porque não querem me ver pelas costas”, brincou ele. Colaborou Leandro Kleber EmbatesConfira alguns pontos de divergência entre petistas e peemedebistas » O PT reclama que o PMDB quer mais ministérios do que merece. O PMDB acredita que está subdimensionado e culpa o PT por ter cargos demais » PMDB quer comandar as duas Casas do Congresso (Câmara e Senado). O PT acha perigoso o mesmo partido ter tanto poder assim » O PT, em troca de abrir mão de disputar as presidências das duas Casas, quer ficar com as três lideranças do governo: Câmara, Senado e Congresso » A bancada do PMDB, majoritariamente ruralista, votou diversas vezes contra o Código Florestal proposto pela presidente Dilma Rousseff » Em diversos municípios, PT e PMDB estiveram em campos opostos durante as eleições para prefeito. O caso mais emblemático foi em Salvador, onde Geddel Vieira Lima apoiou ACM Neto no segundo turno » Dilma cobrou recentemente do vice-presidente Michel Temer explicações sobre ACM Neto afirmar que ele, e não ela, seria o interlocutor do demista com o governo federal » O PMDB, sobretudo a bancada fluminense do partido, é contra o projeto de distribuição de royalties defendido pelo Planalto |
MENSALÃO: ''OLHA QUEM ESTÁ FALANDO" **
Carvalho nega extorsão e afirma que empresário mostra 'desespero'
Autor(es): TÂNIA MONTEIRO |
O Estado de S. Paulo - 06/11/2012 |
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência garante que não foi vítima de chantagem e diz que tema não preocupa o governo
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou ontem ter sido vítima de chantagem em Santo André em 2003. Ele afirmou que as acusações feitas pelo empresário Marcos Valério demonstram "desespero".
Reportagem da revista Veja desta semana revelou que Valério teria sido procurado pelo então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, a fim de mandar dinheiro para o empresário Ronan Maria Pinto. Isso porque Ronan estaria chantageando petistas: ameaçava envolver os nomes de Carvalho e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no suposto esquema de desvio de verbas de Santo André durante a gestão do prefeito Celso Daniel. Daniel foi assassinado em 2002.
"Nunca vi Marcos Valério, nunca falei com ele nem por e-mail. Nunca soube dessa história de chantagem em Santo André", disse. "Tem que respeitar o desespero dessa pessoa", completou.
As declarações do ministro foram dadas após cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural, no Planalto. O ministro disse que não tratou do assunto com a presidente Dilma Rousseff. "A conversa foi rápida. O que eu tinha de falar sobre este caso eu já falei, já dei minha resposta." Questionado se Dilma quis alguma informação, ele disse "não". "A presidenta sabe das coisas."
Carvalho descartou também qualquer possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido vítima das chantagens denunciadas por Valério. "É natural que as pessoas tentem, mas não vão conseguir. O presidente Lula nunca teve nada com essa história. Está longe, fora disso, completamente", disse. "O presidente Lula é o que o povo está vendo pelo País afora. Se tem uma coisa que não nos preocupa, não nos perturba, é isso", disse.
O ministro tentou desconversar, dizendo que o governo não está preocupado com tais temas, e sim "com outras coisas". "Estamos preocupados em trabalhar e fazer de 2013 o grande ano deste governo", disse. "Sempre o melhor ano de um governo é o terceiro. Vamos ter crescimento e o governo vai trabalhar muito; a máquina está muito azeitada", declarou. "É disso (trabalho) de que o Brasil precisa agora."
Carvalho descartou ainda a possibilidade de acionar Valério na Justiça por causa de suas acusações. "Não vou me dar ao trabalho. Tenho mais coisa para fazer, muito movimento social para cuidar." No Planalto, a avaliação é que não há risco de as investigações serem reabertas pelo STF para incluir Lula nas apurações. "O STF já recusou uma investigação", disse um assessor palaciano. "O governo não interfere nisso, mas achamos que isso não está em cogitação", comentou outro auxiliar de Dilma. "Não acreditamos que o STF vá entrar no jogo do Marcos Valério."
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(**) Título de filme.
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MENSALÃO e MÍDIA: A-CORDA ZÉ !!!
Dirceu defende a regulação da mídia
Correio Braziliense - 06/11/2012 |
Condenado peto Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu ontem a regulamentação da mídia no Brasil como uma das três prioridades do PT para 2013, ao Lado da reforma política e da "desconstrução da farsa do mensalão". Em texto divulgado em seu blog, o petista citou a estratégia do PT para defender a regulamentação: "0 partido vai se posicionar, defender, tomar iniciativas, ocupar todas as tribunas que lhe forem possíveis, manter o assunto em evidência e priorizá-lo".
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MENSALÃO: VALERIO A PENA OUVIR DE NOVO
Valério só terá benefício se revelar mais
Proteção descartada |
Autor(es): DIEGO ABREU ANA MARIA CAMPOS TÉRCIO AMARAL |
Correio Braziliense - 06/11/2012 |
Apenas pelo que falou até agora, o empresário não seria incluído no programa de delação premiada, diz o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Já o presidente do STF , Ayres Britto , vê chance de Valério ter redução de pena
Procurador-geral da República refuta a possibilidade de incluir Marcos Valério em programa de segurança a testemunhas. Presidente do STF admite possibilidade de reduzir penas do empresário
Recife e Brasília —
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, descartou ontem a necessidade de a Justiça conceder proteção ao empresário Marcos Valério, que, no fim de setembro, propôs colaborar com o Ministério Público em troca de um benefício de delação premiada. Segundo Gurgel, não há nada que justifique uma providência imediata. Diante das especulações quanto a uma possível diminuição das penas de Valério, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, ponderou que a possibilidade de redução da pena “é viável”. No entanto, as punições aplicadas até agora são consideravelmente menores que o máximo previsto pelo Código Penal.
“A notícia que me foi transmitida (por Valério) foi de que não havia nada que justificasse uma providência imediata. Agora, se ele viesse a fazer novas revelações, esse risco poderia se consubstanciar”, destacou Gurgel ontem, durante entrevista em Aracaju, onde participa do Encontro Nacional do Judiciário. O procurador-geral confirmou que Valério adiantou ao Ministério Público que poderá fazer novas revelações relativas ao escândalo do mensalão. Entretanto, Gurgel reiterou que qualquer vantagem ao empresário, como a eventual diminuição das penas, não atingirá o processo em andamento no Supremo, mas apenas outras ações a que ele responde na primeira instância da Justiça. No Recife, onde participou de uma solenidade no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, Ayres Britto admitiu que Valério poderá ter a pena amenizada antes do término da fase de dosimetria, embora tenha frisado que a possibilidade do benefício nada tem a ver com o pedido de delação. “Claro que, no plano das possibilidades, é viável”, declarou. “É uma questão técnica. Teoricamente, tudo é possível quando do ajuste final do que nós chamamos de dosimetria”, completou. Desde o fim do cálculo das penas relativas ao operador do mensalão, os ministros da Suprema Corte vêm falando reiteradas vezes sobre a possibilidade de revisão da pena fixada até o momento em mais de 40 anos de cadeia. Ministros ouvidos pelo Correio, porém, avaliam que Valério não deu contribuições suficientes, durante a fase de instrução do processo, que justifiquem o abrandamento da pena que lhe foi imposta. “Não sei com o que ele teria colaborado nesse processo. Para diminuir a pena, teria que considerar a colaboração dele quanto a esse processo e, por enquanto, o relator não colocou nada. Vamos ver se surge. Seria até possível (reduzir a pena), mas temos que aguardar um pouco. Com a palavra, o relator (Joaquim Barbosa)”, disse o ministro Marco Aurélio Mello. Marcos Valério teria revelado em seu depoimento ao Ministério Público, em setembro, informações sobre o assassinato em 2002 do prefeito de Santo André à época, Celso Daniel (PT), e teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci. Em troca das novas informações, Valério pretende obter a redução de sua pena e ser incluído no serviço de proteção à testemunha. “Isso (a possibilidade de redução da pena) é com base no que já se encontra nos autos. Não tem nada a ver com o que ele falou”, disse Britto. Punição Único réu que já teve todas as penas calculadas pelo Supremo, Marcos Valério soma, por enquanto, uma punição superior à aplicada a muitos acusados de crimes como homicídio e latrocínio. No entanto, o Supremo não fixou a pena máxima prevista na legislação brasileira em nenhum dos crimes apontados contra o empresário, mesmo sendo ele o chefe do núcleo operacional do esquema. A soma de 40 anos, segundo ministros, é justificada pelo excesso de crimes cometidos por Valério. O procurador da República Hélio Telho, que tem acompanhado o julgamento, avalia que as penas aplicadas pelo STF até agora para Marcos Valério não são altas porque estão bem longe do máximo previsto no Código Penal e em leis específicas. “Se esse caso do mensalão não justifica pena próxima da máxima, qual caso justificaria?
A pena máxima não é uma utopia, existe para ser aplicada”, afirmou. “As penas individualmente consideradas estão aquém da gravidade dos fatos e do grau de reprovabilidade das condutas dos réus”, acrescentou. Segundo o integrante do Ministério Público, a pena de 40 anos definida para Valério resulta da soma de vários crimes aos quais ele foi condenado.
O Supremo retomará amanhã o julgamento do mensalão, que está na fase de dosimetria das penas. A análise da Ação Penal 470, que está interrompida há 13 dias, vai ser reiniciada a partir do cálculo das punições de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério. A punição até agora Confira as penas aplicadas pelo STF ao empresário Marcos Valério, que totalizam 40 anos, 1 mês e 6 dias de prisão: Formação de quadrilha A pena para o crime de quadrilha varia de um a três anos de cadeia. O artigo 62 do Código Penal estabelece a possibilidade do agravamento em até dois terços da pena do réu que promove ou organiza as atividades dos demais agentes. Mesmo sendo considerado o líder do núcleo operacional, a punição de Marcos Valério, que poderia chegar a cinco anos, foi fixada em dois anos e 11 meses. Corrupção na Câmara dos Deputados O Supremo fixou em quatro anos e um mês a pena de Valério. O mínimo previsto para esse crime é de dois anos de prisão e o máximo, de 12. Se considerada a lei válida até novembro de 2003, as penas vão de um a oito anos. Corrupção no Banco do Brasil Valério pegou três anos, um mês e 10 dias de cadeia. Portanto, menos da metade do máximo previsto para o crime de corrupção ativa. Corrupção ativa (compra de apoio político ao governo Lula) A pena de Marcos Valério foi fixada em sete anos e oito meses, uma vez que ele foi apontado como o principal articulador do esquema de entrega de propina a parlamentares e assessores. A pena máxima, sem considerar os agravantes, poderia chegar a 12 anos. Peculato na Câmara dos Deputados Os ministros fixaram em quatro anos e oito meses de cadeia a pena de Valério. A punição para esse crime varia de dois a 12 anos. Peculatos do Banco do Brasil Mesmo tendo sido condenado por dois peculatos no item referente à corrupção contra um ex-diretor do Banco do Brasil, Valério terá pena de cinco anos, sete meses e seis dias de cadeia. Portanto, a pena representa menos que a metade do máximo previsto por lei. Lavagem de dinheiro Marcos Valério foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias de cadeia, mesmo tendo sido considerado culpado por 46 operações de lavagem. A pena para esse crime varia de três a 10 anos. Evasão de divisas A pena estabelecida em plenário foi de cinco anos e 10 meses de cadeia. Condenado por 53 remessas ilegais ao exterior, Valério ainda assim pegou pena inferior a máxima possível. As penas para evasão variam de dois a seis anos. |
DESVALORIZAÇÃO ARTIFICIAL: ''NEGOCIÃO'' DA CHINA
Analista defende punição para desvalorização artificial
Autor(es): Por Sergio Leo | De Brasília |
Valor Econômico - 06/11/2012 |
Os países que recorrem à desvalorização artificial persistente das moedas deveriam ser punidos com os instrumentos já existentes na Organização Mundial do Comércio (OMC), hoje aplicados a subsídios ilegais à exportação, defende o presidente do Instituto de Analistas Brasileiros de Comércio Internacional (ABCI), Aluisio de Lima-Campos.
Ao lado da professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Vera Thorstensen, Lima-Campos é um dos especialistas que apoiam com mais convicção o empenho do governo brasileiro em levar à OMC o debate sobre os efeitos comerciais da manipulação do câmbio.
"O que se procura corrigir com política comercial não é a variação cambial temporária, seja de forma artificial, para corrigir desequilíbrios de balança de pagamentos, ou natural, por força de mercado", diz Lima-Campos. "O que se combate é a desvalorização persistente, sem correlação com os fundamentos econômicos de quem desvaloriza, e claramente manipulada para obter vantagem desleal no comércio internacional."
Em estudo com uma equipe de economistas da FGV, Vera Thorstensen calculou que o yuan chinês, estava, em julho, 12% abaixo do que seria seu ponto de equilíbrio, caso refletisse os fundamentos da economia da China. O dólar americano estava 8% abaixo do ponto de equilíbrio ditado pelos fundamentos da economia nos EUA, e o euro, 5% abaixo do que indicariam os fundamentos na Alemanha e França.
"Os EUA estão há cinco anos com o dólar desvalorizado, e o Brasil há oito anos com o real valorizado", diz Vera, que defende a definição de uma "banda cambial" e um prazo, além dos quais a OMC consideraria a variação cambial uma medida desleal de comércio, passível de reação por parte dos países afetados. "Todos os países têm direito a política monetária e cambial, mas não a esconder que isso tem efeito sobre o comércio e destrói o que foi negociado na OMC", diz a economista.
Lima-Campos defende que desvalorizações de moeda, mantidas de maneira persistente, possam ser consideradas como subsídio ilegal à exportação. Os prejudicados poderiam se queixar ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, e, se a queixa fosse considerada procedente, os reclamantes teriam o direito de aplicar "medidas compensatórias" - sobretaxas, aceitas no sistema multilateral de comércio.
Esse debate é o objetivo final da iniciativa brasileira, que ainda enfrenta, porém, sérias objeções, inclusive entre alguns especialistas no Brasil, que desaconselham vincular defesa comercial à política cambial.
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''YUAN'': SE SUBIU TEM QUE DESCER...
Yuan em alta
Autor(es): Zhang Monan |
Valor Econômico - 06/11/2012 |
Em 26 de outubro, a taxa de câmbio do yuan em relação ao dólar no mercado a vista atingiu o limite superior de sua faixa de flutuação pelo segundo dia consecutivo de negócios. A alta começou quando a banda de flutuação do yuan-dólar foi ampliada para mais ou menos 1%. Agora, a taxa chegou a seu recorde desde a reforma cambial de 1994.
Com poucos sinais de melhoria dos fundamentos econômicos, uma rápida valorização da moeda é uma evolução potencialmente perigosa para a China - em parte devido ao risco de uma reversão abrupta e dolorosa.
A valorização do yuan no mês passado pode ser atribuída a uma maior liquidez mundial desde o início do terceiro trimestre, à medida que as autoridades monetárias passaram a reagir à crise da dívida soberana na zona do euro e à estagnação da produção. De fato, segundo o Morgan Stanley 1, as autoridades monetárias em 16 dos 33 países que o banco monitora - sendo sete de dez bancos centrais de países avançados e nove de 23 bancos centrais dos mercados emergentes - cortaram seus juros de referência ou baixaram seus requisitos de reservas mínimas.
Após duas rodadas de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), os balanços patrimoniais do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, autoridade monetária dos EUA) cresceram para €3,2 trilhões (US$ 4,1 trilhões) e US$ 2,9 trilhões, respectivamente. O novo programa de "Transações Monetárias Diretas" (OMT, na sigla em inglês), do BCE no mercado secundário de títulos soberanos, e o programa "QE3", do Fed, sem data para terminar, prosseguem nessa tendência, ao passo que o Banco do Japão expandiu seu programa de compra de ativos pela oitava vez.
A autoridade monetária de Hong Kong precisou injetar liquidez em seu sistema bancário em quatro ocasiões nos últimos meses para estabilizar a taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, o que indica que o dinheiro especulativo internacional está indo para o continente
As repercussões da mais recente rodada de flexibilização quantitativa dos países desenvolvidos começam a manifestar-se nos países emergentes, onde quase um ano de saídas de capital de curto prazo deu lugar a uma nova onda de fluxos de entrada de curto prazo. Tendo em vista a persistente queda dos rendimentos de títulos do governo dos EUA e o fato de as cotações das ações das companhias americanas terem atingido um limite de alta, devido à lenta recuperação da economia real, mais dinheiro deverá fluir para os mercados de commodities e para países emergentes que proporcionam maiores rendimentos. Dada a adoção, pela China, de uma política monetária estável, tornou-se mais atraente manter yuans em carteiras de ativos.
De fato, durante a valorização do yuan ao longo dos últimos 30 dias, o Banco do Povo da China, autoridade monetária do país, não promoveu intervenções significativas para recomprar dólares dos bancos comerciais - uma decisão raramente vista nos últimos anos. Isso indica que a valorização do yuan foi guiada principalmente pela arbitragem de curto prazo de fundos estrangeiros.
Outro motivo para a valorização é a banda do yuan em relação ao dólar, que desde outubro de 2011 flutua de forma cada vez mais ampla. Como resultado, enquanto o yuan teve fraco desempenho em relação ao dólar na primeira metade do ano (desvalorizando-se temporariamente), o chamado "abismo fiscal" dos EUA no fim do ano, aliado à QE3, enfraqueceu o dólar a partir do início do terceiro trimestre, com a taxa de câmbio caindo para o nível do início do ano.
Ainda há necessidade, no entanto, de ficarmos vigilantes. Enquanto o mercado interno e o de fora do continente continuarem separados, o início da permissão para saldar em yuans a conta de comércio possibilita que o mercado de câmbio em Hong Kong (CNH) coexista com o mercado interno (CNY), o que deixa espaço significativo para arbitragem. Tendo em vista que os índices de retorno real e previsto do yuan são maiores do que os índices reais de retorno de outras moedas, a divisa chinesa tornou-se uma operação positiva de carregamento em relação às estrangeiras, reforçando a tendência de manter ativos em yuans e passivos em moedas estrangeiras.
Como a China ainda tem controles de capital em vigor, não é fácil para os investidores estrangeiros colocarem seu dinheiro no mercado CNY. Portanto, a maior parte do influxo estrangeiro de curto prazo chegou pelo mercado CNH. De fato, a Autoridade Monetária de Hong Kong precisou injetar liquidez em seu sistema bancário em quatro ocasiões nos últimos meses - mais de US$ 14,4 bilhões de Hong Kong (US$ 1,86 bilhão) - para estabilizar a taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, o que indica claramente que o dinheiro especulativo internacional entrando está na verdade indo para o continente.
Mesmo com sua recente valorização, o yuan está dentro de uma banda cambial equilibrada que é apropriada a sua balança comercial; ainda assim, a economia da China não poderia arcar com uma valorização acentuada do câmbio. Por sorte, isso parece improvável. De fato, as taxas dos contratos a termo de moeda sem entrega e com entrega (NDF) indicam desvalorizações de 1,75% e 2,35%, respectivamente.
Na verdade, o yuan poderia voltar a ter vendas a descoberto - mais provavelmente por meio do mercado CNH. No início de dezembro de 2008, a crise mundial levou a um fluxo de saída de capitais mundiais da China e a taxa de câmbio do yuan caiu para seu limite mais baixo por quatro dias consecutivos - um recorde desde a reforma cambial em julho de 2005. Então, a partir de 30 de novembro de 2011, a taxa de câmbio aproximou-se do limite mais baixo da banda de flutuação por sete dias, causando pânico no mercado. Esses eventos não estão distante.
Afinal, a taxa de câmbio de uma moeda não é apenas determinada pelos fundamentos econômicos. Sempre haverá fluxos estrangeiros de curto prazo que podem aumentar a volatilidade da moeda. O yuan, depois de sua recente valorização acentuada, poderia acabar se revelando um alvo preferencial para vendas a descoberto. (Tradução de Sabino Ahumada e Sergio Blum).
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BRASIL/SUPERÁVIT PRIMÁRIO: ... NÃO ESTE ANO !!!
Meta de superávit não será atingida este ano
Mantega diz que governo não cumprirá meta de superávit das contas públicas |
Autor(es): Beatriz Abreu, Célia Froufe e Renata Veríssimo |
O Estado de S. Paulo - 06/11/2012 |
O ministro Guido Mantega (Fazenda) informou ontem que a meta cheia de superávit primário do setor público, de R$ 139,8 bilhões, não será cumprida este ano.
Governo vai abater do resultado parte dos investimentos realizados no PAC e do Minha Casa, Minha Vida; tamanho do desconto ainda não está definido
A meta cheia de superávit primário do setor público, de R$ 139,8 bilhões, não será cumprida este ano, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao "Estado". O governo vai abater do resultado parte dos investimentos realizados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida. O tamanho do desconto ainda não está definido.
Essa é a primeira vez que o ministro admitiu que não conseguirá atingir o esforço fiscal previsto. "De fato, está ficando mais difícil fazer a meta cheia de superávit primário em 2012."
Mantega disse que três fatores levaram o governo a desistir de buscar a economia prevista para pagar os juros sobre a dívida pública: frustração da arrecadação, desoneração de tributos de R$ 45 bilhões até o fim do ano e dificuldade de Estados e municípios de fazerem a sua parte do primário. "Com essas três variáveis, já podemos concluir o abatimento da meta. Só saberemos (de quanto) em dezembro. Em outubro teremos um bom desempenho fiscal, mas, mesmo assim, não vamos fazer a meta cheia a qualquer custo."
Conforme antecipou o Estado, desde o mês passado o governo abandonou a meta cheia e passou a considerar a possibilidade de usar o mecanismo legal que permite tirar da conta de despesas parte dos gastos com investimentos.
A equipe econômica concluiu que o superávit primário cheio já foi importante no passado para dar credibilidade internacional ao Brasil e permitir a queda da taxa básica de juros (Selic) no Brasil. Mas agora, com a economia patinando e os juros no menor patamar da história, usará o instrumento para não ter de sacrificar os investimentos.
Críticas.
Os críticos do abatimento da meta argumentam que a medida pode jogar mais dinheiro no mercado e ter impacto na inflação. Mas, ainda assim, muitos analistas já admitem que essa é a saída em momento de crise internacional. Mantega fez questão de destacar que a decisão não significa mudança na política fiscal. "O governo continuará buscando metas e, fundamentalmente, a redução do déficit, que é nominal, e da dívida pública, objetivos perseguidos desde o início do governo Lula, desde que me tornei ministro da Fazenda."
O ministro disse que 2012 é um ano excepcional e exige ações anticíclicas. Segundo ele, se não houvesse uma desoneração expressiva não seria necessário usar o abatimento. Ele garantiu, no entanto, que não abandonou o tripé macroeconômico - câmbio flutuante, política fiscal e meta de inflação. E disse que não há flexibilidade na meta de inflação ou na solidez fiscal, embora tenha admitido que o câmbio é administrado para não prejudicar a indústria. "Continuamos pregando no deserto pelo câmbio flutuante, mas os outros não estão nos ouvindo."
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ELEIÇÕES AMERICANAS: A ESCOLHA DE SOFIA...
Empresários preferem Mitt Romney
Ohio dá ligeira vantagem a Obama hoje |
Valor Econômico - 06/11/2012 |
A eleição presidencial de hoje nos Estados Unidos, em empate técnico entre os dois candidatos, tem um peso enorme para as empresas americanas. Decepcionados com o presidente Barack Obama, a maior parte da comunidade dos negócios investe no desafiante Mitt Romney.
A reeleição de Obama, na opinião de executivos, significaria impostos mais altos para empresas e pressão de reguladores. Eles dizem que Obama não entende o papel das empresas e não hesita em repreendê-las em público. Uma vitória de Romney, que se define como amigo das empresas, tem probabilidade maior de trazer alívio fiscal e contenção da regulação governamental.
Mitt Romney e Barack Obama chegam ao dia da eleição em empate técnico nas pesquisas nacionais de intenção de voto. Apesar da situação de igualdade nessas sondagens de âmbito nacional, analistas veem Obama em vantagem pelo fato de ele estar ligeiramente na frente nos levantamentos feitos em Estados que serão decisivos para a definição do Colégio Eleitoral - o grupo de delegados que, em voto indireto, efetivamente escolherá o próximo presidente dos Estados Unidos.
Na Flórida, o principal dos chamados Estados-pêndulo - nos quais a vitória pode ir para qualquer um dos dois lados - uma pesquisa NBC News/"Wall Street Journal" divulgada no sábado colocou o democrata à frente (49% a 47%) - mas a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. Graças à sua grande população, a Flórida terá direito a 29 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Por menor que seja a diferença entre os candidatos, o vencedor ficará com o direito de indicar todos os 29 delegados locais no Colégio Eleitoral, o que aumenta a importância de uma vitória nesse Estado.
Outro Estado crucial é Ohio, com seus 18 votos na eleição indireta. Considerado um microcosmo da população de todo o país, Ohio nas últimas 12 eleições teve como vencedor o candidato que conquistou a Presidência. Segundo um levantamento pesquisa NBC News/"Wall Street Journal", divulgado no sábado, Obama tem 51%, contra 45% para Romney. Até hoje, nenhum republicano se tornou presidente sem ganhar no Estado.
O blog 538, do "New York Times", fez um levantamento de 21 pesquisas nos 11 Estados-pêndulo divulgadas no sábado. Dessas 21, Obama aparece na frente em 16 - Romney lidera em apenas duas e nas outras três há empate.
As pesquisas sugerem que Obama subiu após a passagem do furacão Sandy pela costa leste do país, mas esse efeito ainda não foi totalmente assimilado. Ontem, foram divulgadas dois levantamentos de âmbito nacional. A Reuters/Ipsos põe Obama com uma vantagem de dois pontos percentuais (48% a 46%), inferior à margem de erro de 3,4 pontos. A outra, ABC News/ "Washington Post", tem o presidente com 50% e o republicano com 47% - a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.
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ELEIÇÕES/EUA: ... E O NOVO ''TIO SAM'' ?
O MUNDO QUER OBAMA.
OS EUA DECIDEM HOJE
AGORA É COM AS URNAS |
Autor(es): Renata Tranches |
Correio Braziliense - 06/11/2012 |
O país vai às urnas dividido. Pesquisas apontam empate técnico entr e democrata e republicano
Se dependesse do restante do planeta, inclusive do Brasil, o presidente Barack Obama estaria reeleito com 81% das preferências. Israel é o único país em que o democrata seria derrotado por Mitt Romney . Mas, nos Estados Unidos, a história é outra: nenhum instituto aponta com certeza a vitória de um ou de outro. Por isso , a disputa pelo comando da nação mais poderosa do mundo se acirrou ainda mais na reta final. Até nesta terça-feira, dia da eleição, os dois estão em campanha lutando pelo voto dos americanos. Em discurso na Flórida, ontem, Romney se mostrou confiante. “Esta nação iniciará uma mudança para um amanhã melhor”, anunciou. Em Wisconsin, ao lado do roqueiro Bruce Springsteen, Obama deu o troco. “Você pode ver o cabelo grisalho na minha cabeça mostrando o que é lutar por mudança” , disse
Obama e Romney visitam hoje Ohio e Pensilvânia, na reta final da campanha. Disputa na Flórida pode ser resolvida pela Justiça
Eles percorreram milhares de quilômetros, gastaram bilhões de dólares e, principalmente, falaram a milhões de pessoas para convencê-las de que são donos do melhor projeto para o país mais poderoso do mundo. Hoje, a eles, só resta esperar. Depois da frenética agenda de campanha, o presidente democrata, Barack Obama, e seu adversário republicano, Mitt Romney, aguardam, em seus berços políticos, a definição do grande dia de votação nos Estados Unidos. Na programação reduzida de hoje, os dois visitarão o mesmo estado de Ohio — vedete na reta final da campanha. Romney também prevê uma ida à Pensilvânia. Em Massachusetts, Romney votará com a mulher, Ann, na cidade de Belmont, às 8h45 locais (11h45 em Brasília). Ele viaja em seguida para os demais estados e retorna para acompanhar a apuração dos votos no Centro de Convenções de Boston. Romney é natural do estado de Michigan, mas foi governador de Massachusetts entre 2003 e 2007, onde tem residência. Obama e a primeira-dama, Michelle, aguardarão os resultados no Centro de Convenções McCormick Place, em Chicago (Illinois). Ele foi senador pelo estado entre 2005 e 2008, quando saiu candidato e tornou-se o primeiro presidente negro dos EUA. O primeiro-casal já votou antecipadamente. Repetindo a maratona da reta final, o dia de ontem foi marcado pela corrida aos “swing states”. Obama visitou Wisconsin, Ohio e Iowa, enquanto Romney percorreu a Flórida, Virgínia, Ohio e New Hampshire. Apresentado pelo roqueiro e ativista Bruce Springsteen, Obama começou a campanha em Madison, no Wisconsin, defendendo porque merece mais quatro anos na Casa Branca. “Wisconsin, a essa altura, você já me conhece”, gritou a uma multidão. “Quando eu digo que sei o que é uma mudança real, você pode acreditar, porque me viu lutar por isso, e sabe que continuarei fazendo. Você pode ver as cicatrizes em mim que provam isso. Você pode ver o cabelo grisalho na minha cabeça mostrando o que é lutar por mudança.” Bem distante dali, ao sul, na Flórida, “mudança” foi o mesmo argumento do republicano. “Esta nação iniciará uma mudança para um amanhã melhor”, afirmou, para uma plateia de entusiastas. “Podemos começar um amanhã melhor amanhã (em um trocadilho com a data de votação, hoje). E com a ajuda do povo da Flórida, é exatamente isso que vai acontecer”, reforçou. A Flórida é um dos poucos estados chave onde o republicano apresenta leve vantagem nas pesquisas, enquanto Obama mantém ligeira distância nos demais. Suspense Vem da Flórida também um dos maiores fantasmas das eleições presidenciais norte-americanas. Com a disputa tão acirrada, o país pode ter de esperar, mais uma vez, por semanas até conhecer o vencedor. A eleição presidencial nos EUA é indireta e cada estado conta com um número de votos no Colégio Eleitoral, que somam 538. Para se tornar presidente, é preciso conquistar, no mínimo, 270 desses votos. Os delegados acompanham a votação de seu estado. Em 2000, em uma corrida à Casa Branca apertada, a Suprema Corte decidiu a eleição a favor de George W.Bush, depois de uma recontagem dos votos na Flórida (que tem 29 delegados). Apesar de ter ficado atrás do democrata Al Gore nos votos populares em todo o país, Bush levou os delegados da Flórida — a Justiça determinar sua vitória por 500 votos de diferença nesse estado. Os jornais noticiaram a preocupação das campanhas com o tema. As equipes republicana e democrata mobilizaram advogados para uma briga na Justiça, ante um cenário de empate. Os advogados acompanharão a votação e estarão prontos a intervir não apenas para pedir a recontagem, mas para denunciar fraude ou solicitar que as urnas permaneçam abertas por mais tempo. A volta a um cenário indefinido ocorre quatro anos depois de Obama conquistar, com folga, a eleição. Romney ganhou força nos últimos meses para competir em duro páreo. Analistas consideram o primeiro debate, em 3 de outubro, um divisor de águas. Segundo eles, naquele momento, boa parte dos americanos passou a ver o republicano como forte candidato. “Foi a primeira vez desde 1980 que um debate provocou uma mudança drástica no curso de uma campanha”, explicou ao Correio o cientista político da Brown University (Rhode Island) James Morone. “Romney acertou Obama de modo tão decisivo que salvou sua campanha.” A “joia da coroa” Não foi à toa que os candidatos à Casa Branca decidiram, no dia da eleição, fazer campanha em Ohio. Considerado uma das joias da coroa, o estado passou a ser extremamente cortejado na reta final da campanha. Para Romeny, ele é ainda mais importante até mesmo por conta da tradição. Nunca nenhum republicano chegou à Presidência sem vencer lá. O único a conseguir tal façanha foi John Kennedy, em 1960.
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JBS: BEM MAIS QUE ''VÔO DE GALINHA''
JBS fecha acordo para adquirir empresa da área de aves em SC
Autor(es): Por Luiz Henrique Mendes | De São Paulo |
Valor Econômico - 06/11/2012 |
Depois de estrear no mercado brasileiro de carne de frango com o arrendamento da Doux Frangosul, em maio, a JBS aproveitou a crise de custos que espreme as empresas do segmento e anunciou ontem um acordo para adquirir a catarinense Agrovêneto, por R$ 128 milhões.
Em dificuldades por conta do forte aumento dos grãos usados na ração animal, a avícola sediada em Nova Veneza (SC) não vinha conseguindo sequer gerar caixa para amortizar os investimentos em modernização feitos nos últimos anos e trabalhava com 50% de sua capacidade instalada, segundo uma fonte de mercado.
Diante dos problemas, a venda para a JBS foi a única solução encontrada pelos controladores. Por causa das dívidas, a aquisição da Agrovêneto sairá, na prática, por R$ 10 milhões, pagos com ações da JBS. Os R$ 128 milhões restantes serão contabilizados por meio da assunção de dívidas da catarinense. O acordo depende de processo de due diligence.
Com faturamento anual estimado de R$ 300 milhões, a Agrovêneto tem capacidade de abate de frango de 140 mil aves por dia. Com isso, a JBS elevará sua capacidade de abate de aves no país para 1,34 milhão de cabeças por dia e passará a contar com quatro unidades no segmento.
Fundada em 1997, a Agrovêneto atua nos mercado interno quanto externo, informou a JBS. No caso das exportações, a empresa catarinense concentra suas vendas nos mercados da Ásia, Europa e Oriente Médio.
A aquisição da avícola catarinense marca a expansão da JBS no segmento de frango no Brasil. Maior frigorífico de carne bovina do país, a empresa concentrava suas operações de aves nos EUA, com a Pilgrim"s Pride, segunda maior companhia de carne de frango do mundo.
Em maio, a JBS estreou no segmento com o arrendamento dos ativos da Doux Frangosul, que também enfrentava dificuldades financeiras. No mês seguinte, em entrevista ao Valor, o presidente da empresa, Wesley Batista, informou que os planos para a área eram ambiciosos. "Entramos para conhecer o mercado, mas podemos competir com BRF - Brasil Foods e Seara [do grupo Marfrig ] nos próximos anos", disse, referindo-se às líderes desse mercado.
A estratégia de aquirir empresas em situação financeira delicada deve continuar, segundo fontes de mercado. O Valor apurou que a JBS avalia que o momento do segmento avícola no Brasil é parecido com o dos frigoríficos de bovinos em 2008, quando os reflexos da crise internacional detonaram uma "quebradeira" na área e abriram espaço para a consolidação do segmento de carne bovina em torno da própria JBS e das concorrentes Marfrig e Minerva.
Além da estreia em frango, a JBS também deflagrou em 2012 uma agressiva estratégia para ampliar sua capacidade de abate de bovinos. Impulsionada pela maior disponibilidade de gado, a empresa comprou ou arrendou 12 unidades neste ano.
Em maio, a JBS fez uma proposta para a aquisição dos ativos do frigorífico Independência, em recuperação judicial. A expectativa é que o negócio se concretize até o fim do ano. Conforme já informou o Valor, a empresa fechou um acordo com todos os detentores de bônus da dívida do Independência, uma das últimas pendências para a concretização do acordo.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Pacote do governo limitou indenizações quem não renovar concessões e rentabilidade das companhias pelos próximos anos
As novas regras para o setor elétrico, que obrigam as empresas a reduzir margens para baratear a conta de luz em até 20% em média, podem afetar investimentos. Num cenário de perda de rentabilidade, as companhias passam por uma verdadeira prova de fogo: em dois meses, perderam R$ 19 bilhões em valor de mercado. Só ontem, os papéis da Eletrobras caíram 8,21%, a maior queda do Ibovespa. Se não renovarem suas concessões, estas empresas terão prejuízos. Se renovarem, terão receitas menores. (Págs. 1, 19 e 20)
Ohio, terra de carros e centro da disputa (Págs. 1 e 28)
Artigos
Robert Samuelson: Ataques em vez de propostas
Campanha foi desligada dos problemas reais que o vencedor enfrentará. (Págs. 1 e 31)
Roberto Abdenur: Plano irreal para a região
Mitt Romney deveria reconhecer que, na América Latina, Brasil é indispensável. (Págs. 1 e 31)
Guerra: Índios assinam carta ameaçando resistir até à morte.
O democrata Barack Hussein Obama II, 51, e o republicano Willard Mitt Romney, 65, chegam ao dia da eleição presidencial dos EUA tecnicamente empatados, segundo as pesquisas.
No sistema americano, porém, são delegados nomeados pelos Estados que decidem quem chega à Casa Branca — o vencedor não é necessariamente quem tem mais votos da população.
Por isso, os candidatos se concentraram em oito Estados ainda indecisos.
Os outros 42 Estados tendem para um lado ou para o outro, como Nova York (tradicionalmente democrata) e Texas (republicano).
O medo de uma apuração confusa, como ocorreu em 2000, é grande nesses locais em que a votação promete ser apertada. (Págs. 1 e Especial)
Entenda a eleição
1. O Colégio Eleitoral, grupo de 538 delegados escolhidos por votação popular, é quem elege o presidente;
2. O Número de delegados é proporcional à população de cada Estado;
3. O candidato presidencial vencedor em cada Estado recebe todos os votos dos delegados daquele Estado.
Patrícia C. Mello/Ohio
Campanhas focaram gasto no Estado que pode decidir eleição. (Págs. 1 e Especial, 7)
Raul Juste Lores/Boston
Romney transitou da moderação ao conservadorismo. (Págs. 1 e Especial, 5)
Sérgio Dávila/Análise
Há cinco motivos para o presidente ser reeleito hoje. (Págs. 1 e Especial, 3)
J.P. Coutinho/Opinião
Gostaria muito que republicano ganhasse a eleição 'plebiscito’. (Págs. 1 e Ilustrada E10)
O presidente do STF, Ayres Britto, disse que revelações dele não levarão à redução de sua pena. (Págs. 1 e Poder A4)
O presidente Barack Obama é o favorito para vencer as eleições de hoje nos EUA na disputa com Mitt Romney. A vantagem do democrata está no Colégio Eleitoral, onde seu caminho para alcançar a metade dos 538 delegados tem menos obstáculos que o do republicano. De acordo com a média das pesquisas calculada pelo site Real Clear Politics, Obama tem 48,5% das intenções de voto e Romney, 48,1% - ou seja, dentro da margem de erro. Nos EUA, o presidente é eleito no Colégio Eleitoral. Ao vencer em um Estado, o candidato leva todos os seus delegados. Obama será julgado pelo eleitorado pelos resultados de sua política econômica e pelo grau de confiança que conseguiu atrair. Hoje também ocorrem as eleições legislativas. Toda a Câmara e um terço do Senado serão renovados. (Págs. 1 e Caderno Especial)
Análise: David Brooks
Estado de espírito nos EUA mudou em quatro anos. (Págs. 1 e H8)
A eleição no mundo virtual
Barack Obama tem 13 milhões de assinantes para seus e-mails, 5 vezes mais que Mitt Romney, mas suas mensagens caem mais na caixa de spams. (Págs. 1 e H5)
Seria ótimo um fim de ano sem maiores turbulências. Mas, diante das dificuldades da economia mundial, é provável que tenhamos novos sustos. (Págs. 1 e Espaço Aberto, A2)
Aloizio Mercadante comemorou o parto do Enem como se fosse o pai da criança. Não disfarçou a alegria por não estar falando de fraudes. (Págs. 1 e Cidades C6)
Se algo é capaz de mobilizar os petistas na reação ao vigor das sentenças do STF é a preservação do nome do partido e nada mais. (Págs. 1 e Nacional A6)
Será bom para o Brasil e para o mundo se os americanos reelegerem o presidente. (Págs. 1 e A3)
Se dependesse do restante do planeta, inclusive do Brasil, o presidente Barack Obama estaria reeleito com 81% das preferências. Israel é o único país em que o democrata seria derrotado por Mitt Romney. Mas, nos Estados Unidos, a história é outra: nenhum instituto aponta com certeza a vitória de um ou de outro. Por isso, a disputa pelo comando da nação mais poderosa do mundo se acirrou ainda mais na reta final. Até nesta terça-feira, dia da eleição, os dois estão em campanha lutando pelo voto dos americanos. Em discurso na Flórida, ontem, Romney se mostrou confiante. “Esta nação iniciará uma mudança para um amanhã melhor”, anunciou. Em Wisconsin, ao lado do roqueiro Bruce Springsteen, Obama deu o troco.“Você pode ver o cabelo grisalho na minha cabeça mostrando o que é lutar por mudança”, disse.
Bush, um fantasma que assombra o colega Romney.
Eleitores de 33 estados vão renovar um terço do Senado. (Págs. 1 e 16 a 19)
No terceiro trimestre, os financiamentos de veículos responderam por 38% das vendas totais, ante 45% no mesmo período do ano passado. Em setembro, a fatia financiada caiu para 34,9%, em comparação com 43,2% no mesmo mês do ano passado. Foi o menor percentual desde 2007. (Págs. 1 e C1)
A reeleição de Obama, na opinião de executivos, significaria impostos mais altos para empresas e pressão de reguladores. Eles dizem que Obama não entende o papel das empresas e não hesita em repreendê-las em público. Uma vitória de Romney, que se define como amigo das empresas, tem probabilidade maior de trazer alívio fiscal e contenção da regulação governamental. (Págs. 1, A12 e B10)
Apesar de questionar o montante, a estatal traça planos para se adaptar ao novo cenário, no qual prevê corte de R$ 8,5 bilhões na receita anual. Entre as medidas em estudo está a venda de participações em suas distribuidoras. (Págs. 1 e B1)
Segundo o CEO da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, as duas empresas terão operação compartilhada, mas continuarão independentes. A meta é dobrar o faturamento da Eco-Energy em três anos, para cerca de US$ 6 bilhões. A receita prevista para a Copersucar - que terá dois dos três assentos no conselho da Eco-Energy - é de US$ 7,5 bilhões na atual safra de cana. (Págs. 1 e B14)
Dilma decidiu não mexer na atual correlação de forças em seu governo. Por isso, os entrantes deverão tomar os lugares de ministros considerados técnicos, sem filiação partidária. É o caso de Marco Antônio Raupp, da Ciência e Tecnologia, que deve ser substituído por Gabriel Chalita, pemedebista de São Paulo ligado ao vice-presidente, Michel Temer. A ideia também é destinar uma pasta relevante ao PSD. Uma das citadas é a Secretaria de Aviação Civil, responsável pelo programa de concessões de aeroportos. (Págs. 1 e A7)
Mais eficiente seria atacar os problemas que até agora se opõem à apropriada implementação da Lei dos Portos. (Págs. 1 e A2)
Zhang Monan
Mesmo coma recente valorização, o yuan está dentro de uma banda cambial equilibrada, apropriada à balança comercial. (Págs. 1 e A15)