PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, novembro 30, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] CÓDIGO DE HONRA

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COPA DO MUNDO 2014 [In:] XEQUE-MATE !

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Ronaldo vai comandar o Comitê-2014

Peça nova no xadrez político


Autor(es): agência o globo:Fábio Juppa
O Globo - 30/11/2011

Ronaldo Fenômeno aceita convite estratégico de Ricardo Teixeira e será anunciado oficialmente amanhã como novo homem forte do Comitê Organizador Local do Mundial. Única dúvida é nomenclatura do cargo


O xeque-mate ainda está longe para qualquer um dos lados, mas o xadrez político em que se transformou a briga entre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ganhou uma nova peça, fundamental na estratégia do brasileiro. Depois de anunciar Andrés Sanchez como novo diretor de seleções, Teixeira recebeu, na noite de segunda-feira, a notícia que esperava para poder se dedicar exclusivamente ao combate com o inimigo suíço: convidado para sucedê-lo na presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, como antecipado pela coluna "Panorama Esportivo", Ronaldo Fenômeno aceitou o desafio. Numa entrevista coletiva, amanhã, ele dirá que posição assume nesse tabuleiro.

Com o Rei Pelé, outro desafeto de Teixeira, cooptado pelo governo federal, a escolha de um ícone capaz de legitimar e, principalmente, agilizar as ações do COL, em especial em Brasília, onde o trânsito do dirigente engarrafou após a saída do ex-presidente Lula, foi um movimento bem estudado. Ronaldo é a figura acima de qualquer suspeita, como foi Michel Platini para os franceses em 1998, Franz Beckenbauer na Copa da Alemanha, em 2006, e mesmo Danny Jordaan, diretor executivo na organização da Copa de 2010, na África do Sul, e hoje um nome de alta credibilidade na Fifa.

- Ronaldo abre portas e pode ajudar no sentido de apaziguar os ânimos. É o nome certo - disse Carlos Alberto Parreira, durante a Soccerex, a Feira de Negócios do Futebol, que termina hoje, no Rio. - Ele vai à Brasília, ajudará a Joana (Havelange, diretora executiva do COL e filha de Ricardo Teixeira) a abrir as portas, é a complementação que faltava. Temos que pôr a mão na massa, o tempo está correndo. O jeitinho brasileiro só funciona até certo ponto.

Senador pede saída da 9ine

Financiado pela Fifa, o COL, além de Joana, tem como membros o advogado Francisco Mussnich (diretor jurídico), Ricardo Trade (coordenador de operações) e Rodrigo Paiva (diretor de comunicação). Embora tudo leve a crer que Ronaldo será anunciado como presidente, função para a qual Ricardo Teixeira já havia convidado o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, ainda resta uma dúvida quanto à nomenclatura do cargo. Pessoas próximas ao ex-craque revelaram que alguns clientes da 9ine, a empresa de marketing esportivo de Ronaldo em sociedade com o amigo e empresário Marcos Buaiz e o grupo britânico WPP - dono da Ogilvy - torceram o nariz para a novidade. Em Brasília, o senador Álvaro Dias (PSDB -PR), opositor de Teixeira desde os tempos da CPI do Futebol, não perdeu tempo. Disse que, antes de assumir a presidência do COL, Ronaldo deveria se desligar da empresa que administra a carreira de pelo menos três jogadores da seleção brasileira: Neymar, Leandro Damião e Lucas.

- Há conflito de interesses. Ronaldo precisa se afastar totalmente dessas atividades para entrar no COL. Não podemos obrigá-lo a isso, mas é o que deve ser feito - disse Álvaro Dias.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, não quis confirmar se Ronaldo será efetivamente presidente do comitê. De forma áspera, como costuma tratar aqueles que não são de seu círculo mais próximo, disse simplesmente que a escolha de Teixeira fora certeira. Não custa lembrar que Sanchez e Ronaldo se tornaram amigos fieis desde a passagem do ex-jogador pelo clube paulista, pelo qual ganhou um Campeonato Estadual e uma Copa do Brasil.

- Ronaldo não terá nenhum problema em assumir, é preparadíssimo. Tudo que toca dá certo - afirmou o dirigente, que não vê problemas de uma substituição de comando no COL há quase três anos da Copa, rebatendo as insinuações de que o craque seria uma figura conciliadora entre o COL e a Fifa. - Ele não vai conciliar nada, trabalhará pelo país, não pela Fifa.

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COPA DO MUNDO 2014 [In:] ''LOBBIES'' E LOBOS

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Lobby elevou valor de obra para a Copa

Empresários se uniram a políticos para impor novo projeto da Copa em Cuiabá


O Estado de S. Paulo - 30/11/2011

Empresários nacionais e internacionais aliaram-se a políticos de Mato Grosso liderados pelo presidente da Assembleia do Estado, José Riva (PSD), e fizeram lobby pela aprovação do projeto de transporte público em Cuiabá (MT) para a Copa do Mundo de 2014, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que aumentou em R$ 700 milhões o gasto original previsto para a mobilidade urbana no município. A alteração no projeto foi autorizada mediante fraude - a alteração em um parecer técnico - no Ministério das Cidades, conforme revelou o Estado na semana passada.

Documentos obtidos pelo Estado mostram que uma empresa interessada no negócio, a T" Trans Sistemas de Transporte S/A, recebeu dinheiro de José Riva, que preside a Assembleia, para fazer um estudo a favor do VLT e convencer o primeiro escalão local. Agora, já aprovada a proposta pelos deputados estaduais e pelo Palácio do Planalto, a mesma empresa quer fazer parte do negócio - participando da licitação - e vender os carros usados no VLT.

O dono da T"Trans, o italiano Massimo Giavina-Bianchi, confirmou ao Estado que, a pedido do presidente da Assembleia, orientou parlamentares e integrantes do governo de Mato Grosso a aceitar o VLT.

"Pode até ter lobby? Pode ter", disse. Admitiu ainda que recebeu dinheiro para fazer o estudo. "É claro que teve um custo, claro." E afirmou que está interessado em participar do projeto: "Pretendo sim, claro. Para mim, Cuiabá me interessa? Claro que me interessa. Nós temos aí grandes contratos muito superiores a Cuiabá, é mais um negócio, é claro que interessa. A T"Trans tem todas condições de participar dessa concorrência."

Massimo Giavina-Bianchi esteve em Cuiabá no dia 5 de abril na companhia do presidente da Assembleia Legislativa para entregar o estudo. No dia 2 de setembro, a convite do mesmo José Riva, o empresário defendeu o projeto pessoalmente aos deputados. No dia 29 de setembro, a Assembleia autorizou o governo a tomar empréstimo federal para levar adiante o VLT.

O presidente do Legislativo de MT foi o mentor intelectual do governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), para convencer o governo federal a trocar a ideia original, o BRT (uma linha rápida de ônibus), orçada em R$ 489 milhões, pelo VLT, ao custo de R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos federais.

A mudança foi aprovada em agosto pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após reunião com governador, e em detrimento de parecer do Ministério das Cidades contrário à troca. Logo após o aval federal, o presidente da Assembleia desdenhou da presidente. "A presidente Dilma não seria imbecil de vetar o melhor modal".

Pressão da Espanha. Além da T"Trans Sistemas de Transporte, o deputado José Riva levou a Cuiabá representantes da AZVI S.A, empresa espanhola especializada no ramo.

Em entrevista publicada no seu próprio site, Riva anunciou que a AZVI pode sair na frente para tocar obra: "A grande vantagem é que a AZVI não só executa. Ela executa e opera o sistema. Isso é que é mais importante." No dia 21 de fevereiro, José Riva, o governador Silval Barbosa, representantes da empresa espanhola e consultores externos reuniram-se a portas fechadas para discutir o assunto.

"Vamos forçar o estudo para executar esta obra", disse Riva.

A T"Trans entrou no jogo no mês de abril com potencial para ser uma parceira na venda dos veículos a serem operados no sistema. A empresa é uma velha conhecida das administrações do Rio de Janeiro e de São Paulo. É a contratada pelo governo fluminense para cuidar da manutenção dos bondes de Santa Tereza. Em agosto, um acidente com um bonde matou seis pessoas e feriu 56. A T"Trans faz parte ainda do consórcio que cuida de 25 trens da linha 3 do metrô de São Paulo.

O estudo da empresa encomendado pela Assembleia comparava o VLT ao BRT e ainda incluía o DMU, uma espécie de VLT a diesel. "Para a sociedade, as vantagens não quantificáveis do sistema VLT/DMU em relação ao BRT são inúmeras", diz trecho do documento. O Estado procurou José Riva. Informou sua assessoria do teor da reportagem, mas não houve resposta até o fechamento da edição.

Na semana passada, o Estado revelou que o Ministério das Cidades fraudou, com o aval do ministro Mário Negromonte, o processo que trata do assunto na esfera federal. Uma nota técnica contrária ao VLT foi adulterada a mando do chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto.

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MEC/EDUCAÇÃO [In:] EM BUSCA DA QUALIDADE TOTAL ?

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MEC veta cursos

MEC corta 3.986 vagas em faculdades

Autor(es): Paula Filizola
Correio Braziliense - 30/11/2011

Três instituições do DF estão proibidas de abrir vagas em enfermagem, odontologia e farmácia. No Brasil são 150.

A medida é resultado do baixo desempenho em avaliações feitas pela pasta e abrange cursos de odontologia, enfermagem e farmácia. Quase 150 instituições foram punidas. Três são do DF

O Ministério da Educação (MEC) anunciou ontem o corte de 3.986 vagas em 148 cursos de enfermagem, odontologia e farmácia que obtiveram resultado insatisfatório em avaliações feitas pela pasta. O despacho da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior foi publicado ontem na edição do Diário Oficial da União. As universidades, distribuídas entre 24 unidades da Federação, começaram a ser notificadas. O Distrito Federal teve corte de vagas em três instituições de ensino. Minas Gerais possui o maior número de escolas prejudicadas — 36. Acre, Piauí e Sergipe não sofreram redução de vagas.

Essa decisão faz parte das medidas cautelares tomadas pelo MEC contra instituições do ensino superior em decorrência das notas 1 ou 2 obtidas no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010, calculado a partir do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e de outros fatores, como infraestrutura e corpo docente. O indicador que afere a qualidade do ensino leva em consideração uma escala de 0 a 5. De acordo com os critérios de avaliação da pasta, qualquer resultado abaixo de três é considerado insatisfatório e passível de medida cautelar. O Conceito Preliminar de Curso igual a 4 e 5 indica que a graduação é de boa qualidade.

A maior redução ocorreu na área de enfermagem: 2.572 vagas. Os cursos de farmácia tiveram um corte de 1.107 vagas e os de odontologia, 307. O percentual de vagas suspensas variou de 20% a 65% da oferta original de cada instituição, dependendo da nota alcançada pelo curso. As reincidentes, que tiveram o CPC insatisfatório em 2007 e em 2010, sofreram uma redução adicional de 30%. Algumas dessas instituições não tiveram redução no número de oferta de vagas porque oferecem apenas 40 vagas, número mínimo, segundo o MEC, para garantir a continuidade do curso.

As universidades, centros universitários e faculdades penalizados terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências e melhorar a qualidade da oferta. Após esse período, o MEC fará uma nova avaliação para verificar o cumprimento das exigências. Os cursos sob supervisão que estejam com pedidos de recredenciamento em tramitação no ministério terão os processos suspensos enquanto durar a medida cautelar. As penalidades também incluem a perda de autonomia das instituições de ensino superior nos cursos citados.

Recentemente, o MEC suspendeu 514 vagas oferecidas em 16 cursos de medicina com resultados insuficientes no Enade. O ministério ainda pretende suspender vagas em cursos de administração e ciências contábeis. A medida faz parte do processo de supervisão dos cursos de educação superior iniciado pelo MEC em 2007.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


30 de novembro de 2011

O Globo


Manchete: Reino Unido ameaça o Irã após invasão de embaixada

Primeiro-ministro diz que ação é inaceitável e terá graves consequências

O governo britânico reagiu com firmeza à invasão de sua embaixada em Teerã por uma multidão de manifestantes, que depredaram as instalações e substituíram a bandeira do país pela do Irã, em protesto às pesadas sanções adotadas ao regime dos aiatolás. Segundo o premier David Cameron, a ação, que considerou inaceitável, terá graves consequências. As cenas deflagraram uma onda de condenações internacionais, do Conselho de Segurança a países como EUA e França, isolando ainda mais o Irã. Este é o episódio mais grave nas relações entre os dois países em 20 anos, e há indícios de que pode ter sido estimulado pelas autoridades iranianas. No domingo, o Parlamento iraniano decidiu expulsar do país o embaixador britânico. Chanceleres da UE se reunirão hoje, e especula-se que será proposta a retirada dos embaixadores do bloco do Irã. (Págs. 1 e 30)

Monarquia marroquina tem agora premier islamista

O rei do Marrocos, Mohamed VI, nomeou o líder islamista Abdelillah Benkiran novo premier do país, após o partido dele vencer as eleições legislativas. Benkiran ganha um inédito poder político no Marrocos. (Págs. 1 e 31)

Rússia e Turquia em rota de colisão por causa da Síria (Págs. 1 e 31)

American Airlines tenta evitar quebra

Companhia deve US$ 30 bi e entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

Afundada em dívidas de quase US$ 30 bilhões, a American Airlines, gigante da aviação americana que transporta 86 milhões de passageiros por ano no mundo, entrou com pedido de recuperação judicial. O objetivo é sanear as contas e evitar a falência enquanto continua operando. A empresa é a que mais leva brasileiros aos EUA, com 70 frequências semanais. Os voos estão mantidos. A American foi das poucas que não passaram por fusão. Ações caíram 84%. (Págs. 1, 23 e 24)


Barcas: depois do acidente, o aumento

Um dia após o acidente que deixou 65 feridos, a Barcas S/A não sabia as causas da colisão de um catamarã contra um píer da Praça Quinze. A Agetransp, que deveria fiscalizar o serviço, alvo de muitas reclamações, propõe reajuste de R$ 2,80 para R$ 4,70 na tarifa da concessionária. (Págs. 1 e 13)


Ronaldo vai comandar o Comitê-2014

Ronaldo Fenômeno comandará o Comitê Local da Copa-2014, no lugar do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que se dedicará apenas à sua briga com a Fifa. (Págs. 1 e Caderno Esportes)


Agência rebaixa bancos europeus e americanos

A Standard & Poor's rebaixou a nota de grandes bancos, como Citigroup, HSBC, JP Morgan e Santander, devido à crise da dívida. (Págs. 1, 25, Míriam Leitão e editorial "O perigo de o Brasil repetir erros”)

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Folha de S. Paulo


Manchete: FGTS lucra mais do que instituições bancárias

Resultado em 2009 e 2010 superou o obtido por grandes bancos do país

O lucro do FGTS bateu o de grandes instituições financeiras do país nos últimos dois anos. Em 2009, o ganho foi de R$ 11,4 bilhões, superando todos os grandes bancos. Em 2010, foram R$ 13 bilhões, perdendo apenas para o Itaú Unibanco, informa Sheila d'Amorim.

Os motivos foram o aumento de emprego, os juros elevados e a captação de recursos a baixo custo. (Págs. 1 e Mercado B1)

Assessores jamais pisam na Câmara, afirma Vaccarezza

Ao sair em defesa do ministro Carlos Lupi (Trabalho), que foi funcionário fantasma da Câmara, o líder do governo na Casa. Candido Vaccarezza (PT-SP), disse que a maioria dos assessores parlamentares
"jamais pisou" no Congresso.

Segundo o petista, o trabalho deles é feito nos Estados, não em Brasília. Dessa forma, afirmou ele, Lupi não infringiu as normas. (Págs. 1 e Poder A4)

Londres reduz gastos e eleva idade para a aposentadoria

O Reino Unido anunciou ações para reduzir o déficit e a dívida pública a partir de 2016. A elevação da idade de aposentadoria de 66 para 67 anos foi antecipada de 2034 para 2026. Para analistas, a demissão de servidores em cinco anos irá de 400 mil para 710 mil. A prévia de crescimento do PIB no ano caiu de 1,7% para 0,9%. (Págs. 1 e Mundo A18)

Multidão invade a embaixada do Reino Unido no Irã

Em protesto contra sanções, centenas de iranianos invadiram a embaixada e um complexo diplomático do Reino Unido em Teerã.

O premiê David Cameron disse que haverá sérias consequências porque o país não protegeu funcionários. O Irã criticou comportamentos inaceitáveis. (Págs. 1 e Mundo A14)

Foto-legenda: Manifestante pula grade com imagem de Elizabeth 2ª retirada da embaixada britânica.

American Airlines pede concordata; ações caem 80%

A empresa controladora da American Airlines pediu concordata para se reestruturar. A companhia, a terceira maior dos EUA, tem dívidas de quase US$ 30 bilhões. Com o anúncio, as ações caíram mais de 80%.

A American diz não haver alteração em voos e programa de fidelidade. (Págs. 1 e Mercado B6)

Keila Jiménez: Silvio Santos pode perder o ‘Lá, lá, lá, lá...'

O compositor do jingle que marcou a trajetória de Silvio vence ação na Justiça. SBT terá de parar de tocar ou comprar os direitos. (Págs. 1 e Ilustrada E8)

Justiça suspende afastamento do presidente do Metro (Págs. 1 e Cotidiano C1)


Tribunal livra de processo militares acusados de tortura (Págs. 1 e Poder A10)


Editoriais

Leia "Atenção com a China", sobre a relação do país asiático com o Brasil, e "Bê-á-bá na Justiça", acerca de idade mínima para matrícula escolar. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Petrobras produz abaixo da meta

Por falta de equipamentos, estatal não deve alcançar nem o piso do estimado para o ano, após não atingir seu objetivo de produção em 2010

A Petrobras não deverá atingir pelo segundo ano seguido a meta de produzir 2,1 milhões de barris de petróleo por dia em território nacional. Após fracassar em 2010 e postergar o objetivo para este ano, a estatal enfrenta dificuldades com a demora na entrega de equipamentos e por isso deixará de produzir neste ano volume equivalente a pelo menos 2,5% da oferta nacional de petróleo. A companhia, apesar de ter investido mais de R$ 50 bilhões entre janeiro e setembro, apresenta volume de produção praticamente estável em relação a 2010. Por isso, até mesmo o piso da meta, de 2,050 milhões de barris diários em média, não deverá ser alcançado, projeção que ganhou força após a divulgação dos dados de produção de outubro, na sexta-feira passada. Com a chegada de novas sondas, a Petrobras planeja acelerar o ritmo das atividades de exploração e produção e também eliminar o gargalo nos investimentos. (Págs. 1 e Economia B1)

Shell faz investimento

A petrolífera quer elevar a produção na Bacia de Campos com aporte estimado em US$ 2,5 bilhões. (Págs. 1 e Economia B4)

Óleo recolhido do mar no RJ vaza no esgoto

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar mais um crime ambiental relacionado com o vazamento no Campo de Frade, no Rio, explorado pela Chevron. Depositada no galpão da empresa Contecom, parte do óleo recolhido do mar escoou por ralos para valas de esgoto que deságuam na Baía de Guanabara. (Págs. 1 e Vida A15)


Lobby elevou valor de obra para a Copa

Documentos mostram que empresa interessada no projeto de transporte público de Cuiabá para a Copa foi paga pelo presidente da Assembleia de Mato Grosso, José Riva, para fazer estudo a favor de modelo mais caro. Parecer contrário a esse modelo foi adulterado no Ministério das Cidades para aprová-lo. (Págs. 1 e Nacional A4)


Agora é cartola

Ronaldo integrará o comitê organizador da Copa de 2014. (Págs. 1 e Esportes)


Cota para creche

A Prefeitura de São Paulo planeja, em 2012, dar prioridade a crianças em situação de maior vulnerabilidade social nas matrículas em creches. O déficit de vagas chega a 174 mil. "Espero que com essa mudança me chamem logo", diz Priscila Santos, mãe de Isabelly, de 1 ano e três meses. Para o defensor público Luiz Rascovski, a medida pode ser considerada ilegal. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)

American Airlines pede concordata

Com dívida de US$ 29,6 bilhões, a controladora da American Airlines e da American Eagle anunciou ontem sua moratória. Por enquanto, os voos serão mantidos. (Págs. 1 e Economia B14)


Embaixada britânica é tomada no Irã

Invasores eram estudantes ligados à linha dura do regime; TV estatal transmitiu ação

Centenas de estudantes ligados à linha dura do regime iraniano invadiram e depredaram ontem a embaixada da Grã-Bretanha em Teerã. O ataque ocorreu um dia após o Parlamento ter aprovado a expulsão do embaixador, numa retaliação à decisão da Grã-Bretanha de impor sanções contra o programa nuclear iraniano. A TV estatal do Irã transmitiu ao vivo o ataque. (Págs. 1 e Internacional A10)

David Cameron
Primeiro-ministro britânico

"(O ataque foi) revoltante e indefensável. O Irã enfrentará sérias consequências”

Rolf Kuntz

A Fiesp e o dragão dos juros

Os líderes da Fiesp e de outras organizações privadas poderiam contribuir para a redução dos juros se criassem um bom debate sobre o orçamento. (Págs. 1 e Economia B5)


Frank Bruni

O erro retórico de Berlusconi

Na versão de Berlusconi, a história da Itália sob seu governo é a de um país que evitou o comunismo, embora isso nada tenha a ver com a crise. (Págs. 1 e Visão Global, A13)


Notas & Informações

O exemplar Carlos Lupi

Outros lupis virão, se o modelo de feudalismo partidário que domina o governo não mudar. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Senado recua e proíbe a violação de e-mails

A Polícia Legislativa não poderá mais bisbilhotar e-mails e outros dados pessoais de parlamentares, servidores e demais usuários da internet no Senado, um dia depois de o Correio Braziliense denunciar o abuso, o primeiro-secretário da Casa, Cícero Lucena (PSDB-PB), anunciou mudança na redação do ato que permitia a ilegalidade. A partir de agora, informam os repórteres Josie Jeronimo, Alana Rizzo e Erich Decat, a quebra do sigilo de quem usa a rede de computadores do Senado só poderá ser feita mediante autorização judicial ou por determinação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Um misto de PM e Polícia Civil, a segurança do Senado acumula atribuições questionadas nas cortes superiores. Antes, sua missão era proteger o patrimônio. Hoje, desempenha funções administrativas e atua na repressão e em serviços de inteligência. (Págs. 1 e 2)


Governo cede a servidor e bancará aposentadorias (Págs. 1 e 11)


Concursos

STF derruba restrições da Aeronáutica à contratação de mulheres como cadetes do ar e à participação de solteiros nas seleções.

R$ 11.333: É o salário de auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do DF. Concurso vai preencher 29 vagas.

R$ 22.900: A remuneração de procurador do Ministério Público. Mas a concorrência deve ser dura. Há apenas uma vaga. (Págs. 1 e 11)

Brasília: É bom viver aqui

Estrangeiros apontam a capital da República como a cidade de melhor qualidade de vida no Brasil. (Págs. 1 e 21)


Metrô: O mais caro do mundo

Londres, Paris, Nova York ... Que nada! No mundo, o trabalhador do DF é quem gasta mais com esse meio de transporte. (Págs. 1 e 22)


Faculdades: MEC veta cursos

Três instituições do DF estão proibidas de abrir vagas em enfermagem, odontologia e farmácia. No Brasil são 150. (Págs. 1 e 8)


Diretor de peso

Na tentativa de dar mais credibilidade à Copa de 2014, Ricardo Teixeira chama Ronaldo Fenômeno para chefiar o Comitê Organizador. O dirigente da CBF sai de cena e vai trabalhar nos bastidores. (Págs. 1 e Super Esportes 11)


Invasão: Iranianos atacam a diplomacia

A ocupação da Embaixada do Reino Unido em Teerã provocou revolta nos britânicos, que prometeram consequências severas. Estudantes destruíram documentos e exigiram a expulsão dos diplomatas. (Págs. 1 e 16)


Aviação: Crise atinge a American Airlines

As ações da empresa, a terceira maior do mercado mundial, caíram 84% após o pedido de concordata, anunciado ontem. A companhia prometeu manter as operações enquanto se reorganiza. (Págs. 1 e 9)



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Valor Econômico


Manchete: Custos em alta e mercado arredio freiam captações

Os custos dos empréstimos externos para empresas e bancos brasileiros estão em alta e o cenário para a captação de recursos deve permanecer difícil no início do próximo ano. O mercado continuará fechado para empresas de risco mais elevado. Nos últimos três meses, as companhias brasileiras trouxeram do exterior US$ 6,86 bilhões com a emissão de títulos ou empréstimos sindicalizados. No mesmo período do ano passado, o fluxo para o país havia sido de US$ 19,62 bilhões. Capitalizadas, as companhias brasileiras preferem esperar um momento melhor para acessar os mercados europeu e americano.

Em condições adversas, empresas e bancos privados terão de amortizar dívidas de US$ 35 bilhões no exterior, conta que sobe para US$ 40 bilhões se forem incluídos os compromissos do Tesouro e das empresas estatais. Em 2011, os vencimentos foram de US$ 20 bilhões. (Págs. 1 e C1)


Foto-legenda: Novos caminhos

Após registrar prejuízo em três dos últimos cinco anos, a Pirelli vai investir US$ 1 bilhão na América Latina para que a região dependa menos de importações, diz Marco Tronchetti. (Págs. 1 e B9)


Correios vão licitar franquias

Os Correios querem encerrar um impasse que já dura quase dez anos: vão lançar, na primeira quinzena de dezembro, o edital de licitação para contratar cerca de mil agências franqueadas. A informação foi dada ao Valor pelo presidente da estatal, Wagner Pinheiro, que revela a intenção de ter o processo licitatório concluído em março. Todas as agências deverão estar regularizadas até um ano depois, em março de 2013.

Outro grande projeto da companhia é o início da internacionalização em 2012, com a abertura de escritórios no Mercosul. O primeiro destino deverá ser a Argentina. A empresa também avalia a abertura de representações na América do Sul, nos Estados Unidos e em países de língua portuguesa, “em um horizonte de três anos”, disse Pinheiro. “O objetivo é dar mais suporte aos brasileiros em encomendas internacionais”. (Págs. 1 e B4)


Pressão contra projetos de usinas no Peru

Quatro das cinco usinas hidrelétricas que seriam erguidas no Peru por construtoras brasileiras — e que exportariam o excedente de energia para o Brasil — não sairão do papel em razão da oposição de comunidades indígenas e da pressão de grupos ambientalistas, disse ao Valor uma fonte do governo brasileiro familiarizada com o tema. As empresas envolvidas nesses empreendimentos — Eletrobras, Odebrecht, Engevix e Andrade Gutierrez — confirmam a paralisação dos projetos e dizem aguardar autorização de Brasília para retomar os contatos com o governo peruano. As usinas enfrentam forte oposição e repercussão negativa na mídia peruana por alagar reservas nacionais e provocar o deslocamento de povos nativos. (Págs. 1 e A11)


Chilena investe US$ 2,8 bilhões em celulose

A Celulose Riograndense, empresa controlada pela chilena CMPC, trabalha a todo vapor em seu projeto de expansão, orçado em US$ 2,8 bilhões. A meta, explica o presidente da companhia, Walter Lídio Nunes, é colocar em operação a nova linha de produção de celulose branqueada de eucalipto no segundo semestre de 2014.

Pelo acordo firmado com a Fibria — resultado da fusão entre Votorantim e Aracruz, de quem a CMPC adquiriu a unidade em 2009 —, a Riograndense terá de pagar uma multa de US$ 70 milhões caso o projeto esteja concluído antes de 2015. Para a empresa, no entanto, essa penalidade é menos relevante do que as condições do mercado. (Págs. 1 e B1)


As divergências que atrasam incentivos para carro elétrico

Dois embates atrasam a definição dos incentivos a ser concedidos aos carros elétricos e híbridos no Brasil. Enquanto o Ministério da Fazenda se mostra, segundo fontes, suscetível à redução dos impostos, o Ministério do Desenvolvimento prefere atrelar o estímulo fiscal à produção de veículos no país.

A segunda disputa se dá no setor empresarial. O grupo interessado no benefício, que há até pouco se limitava a marcas com pequena participação no mercado, agora ganha força com a decisão da Toyota de vender o híbrido Prius no Brasil, a partir de 2012. A montadora estuda até o uso de etanol no modelo, mas segundo Koji Toyoshina, chefe de engenharia da Toyota, a evolução do projeto está atrelada ao incentivo fiscal. (Págs. 1 e A5)


Campanha quer resgatar dívida da Itália

Giuliano Melani, empresário de uma cidadezinha da Toscana, pagou um anúncio de página inteira no maior jornal do país exortando seus compatriotas a assumir o controle da crise da dívida italiana comprando títulos do Tesouro italiano. A atenção que o país dedicou à iniciativa de Melani ressoou entre os italianos, irritados com a ideia de que seu país está à mercê dos líderes políticos da França e da Alemanha ou, pior ainda, de especuladores estrangeiros. O resultado é uma campanha quixotesca para estimular os italianos a comprar uma parte da dívida do país, de € 1,9 trilhão (US$ 2,5 trilhões).

A campanha iniciada por Melani ajudou a incentivar os bancos italianos a participar de outro evento na segunda-feira, no qual eles abriram mão, durante um dia, de suas comissões sobre a venda no mercado secundário das notas do tesouro italiano, as BTP (Buono del Tesoro Poliennale). Um grupo de estudantes de Bolonha iniciou uma coleta para comprar títulos, captando € 3 mil até agora. Os políticos têm exibido publicamente suas aquisições recentes. Até a associação italiana de jogadores de futebol informou que comprou títulos na segunda-feira. “Alguns de nós jogam na seleção nacional”, disse o grupo em um comunicado. “Mas todos nós torcemos por este país”. (Págs. 1 e C2)


Foto-legenda: A dura missão de Horton

A AMR, controladora da American Airlines, pediu concordata, com dívidas de US$ 29,5 bilhões. O novo CEO, Thomas Horton, vai negociar cortes com sindicatos. Para o Brasil, mais voos. (Págs. 1 e B7)

Empresas fazem plano de contingência para o possível fim da zona do euro (Págs. 1 e C5)


Toyota se divide entre a pressão por lucro e a lealdade ao Japão (Págs. 1 e B11)




Elanco investe na pesquisa em parceria com universidades, diz Weldon (Págs. 1 e B14)


Refeições coletivas

Expansão do mercado de trabalho impulsiona o setor de refeições coletivas, que deve encerrar o ano com faturamento de RS 13 bilhões, crescimento de 20% sobre o resultado de 2010. (Págs. 1 e Caderno especial)


Pequenas e Médias Empresas

Das cerca de 10 mil micro e pequenas empresas brasileiras exportadoras, responsáveis por 1 % do comércio exterior do país, 60% ficaram fora do mercado externo em razão da crise internacional. (Págs. 1 e Caderno especial)


Educação Executiva

A nova posição do Brasil no cenário externo e a crise nos países desenvolvidos levam as principais escolas de negócios do mundo a buscar alunos no país. Só nos EUA, são quase 9 mil estudantes por ano. (Págs. 1 e Caderno especial)


Walgreens avalia o Brasil

Maior rede de farmácias do mundo em numero de pontos de venda, a americana Walgreens está prospectando o mercado brasileiro. Em princípio, a intenção é adquirir uma rede local. (Págs. 1 e B7)

'Private equity' farmacêutico

A Kinea, empresa de investimentos controlada pelo Itaú, vai investir até R$ 200 milhões para ter participação acionária em laboratórios farmacêuticos de pequeno e médio portes em parceria com a Entregga, de Omilton Visconde Jr. (Págs. 1 e B10)


BRF amplia a produção

A BRF - Brasil Foods, dona das marcas Sadia e Perdigão, vai investir R$ 140 milhões em uma nova fábrica de margarinas em Pernambuco . A empresa também estuda a ampliação da fábrica de embutidos já instalada no local. (Págs. 1 e B13)


Confinamento em ascensão

O número de bovinos confinados no Brasil deve atingir patamares recordes em 2012, segundo levantamento das consultorias Bigma e Agroconsult. O rebanho confinado deve alcançar 4 milhões de cabeças no próximo ano. (Págs. 1 e B13)


Barreira ao trigo importado

Produtores de trigo apresentaram na Comissão de Agricultura da Câmara proposta de política de longo prazo para o cereal. Entre as medidas está a exigência de compra do produto nacional para liberação de quantidade equivalente do importado. (Págs. 1 e B14)


Corrida ao risco privado

O desempenho fraco do mercado de ações e a perspectiva de queda dos juros têm levado os gestores a buscar retorno em papéis de crédito privado, cuja participação no patrimônio dos fundos de investimento cresceu 74,4% no ano, até setembro. (Págs. 1 e D1)

Ideias

Martin Wolf

Chegamos a um estágio novo e potencialmente mais devastador que a crise financeira que emergiu no verão de 2007. (Págs. 1 e A11)


Ideias

José Luís Fiori

O "neodesenvolvimentismo" propõe que o papel do Estado seja recuperado e fortalecido, mas não esclarece para quê. (Págs. 1 e A11)

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terça-feira, novembro 29, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] SANGUESSUGAS !

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EDUCAÇÃO [in:] MERITOCRACIA

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O segredo dos grandes colégios de Fortaleza

Por Beth Koike | De Fortaleza
Jarbas Oliveira/Valor/Jarbas Oliveira/Valor
Oto (foto) criou o colégio Ari de Sá Cavalcante em 2000, após romper a sociedade que mantinha com seu irmão Tales no tradicional colégio Farias Brito

Alunos que conquistam medalha de ouro em Olimpíadas de Matemática têm direito a uma bolsa de estudos e outras benesses em colégios premium de Fortaleza (CE). Esse é um dos atrativos oferecidos pelas escolas locais no acirrado mercado de escolas particulares da capital cearense. A disputa por alunos que obtêm notas acima da média em seus boletins escolares é liderada por quatro colégios: Ari de Sá, Christus, Farias Brito e 7 de Setembro.

Os quatro colégios de grande porte, que juntos possuem 35,5 mil alunos, têm em comum o alto índice de aprovação em importantes vestibulares do país, com destaque para o ITA. No processo seletivo da faculdade de São José dos Campos, considerado o mais difícil do país, cerca de 30% dos aprovados são procedentes do Ceará, segundo o ITA. Desse grupo cearense, a maioria é proveniente dos quatro colégios.

O que leva o cearense a figurar na lista de importantes vestibulares não passa por fórmulas matemáticas complexas. A reportagem do Valor entrevistou vários professores e alunos para entender os motivos que levam a esse bom desempenho. O que se constatou é que existe uma combinação de alguns fatores: professores preparados, com cursos regulares de atualização; boa formação do aluno, desde o ensino fundamental; e uma grande dose de determinação e dedicação por parte do aluno e dos familiares. Não é raro parentes contribuírem, em dinheiro, para ajudar a financiar a vida escolar de uma criança (ver nesta página).

"O cearense é teimoso", diz Henrique Soárez, diretor e neto do fundador do colégio 7 de Setembro. "O cearense é muito obstinado. É como se fosse o japonês da década de 70", diz Luiz Carlos Rossato, coordenador do vestibular do ITA. "Não acredito em QI alto. Passamos na faculdade porque estudamos muito", diz o cearense Ricardo Sales, 25 anos, ex-alunos do Farias Brito, formado pelo ITA. Hoje, ele trabalha em um banco de investimento americano em São Paulo.

Os quatro colégios de Fortaleza contam com turmas especiais a partir do ensino médio - período de três anos em que há uma forte carga horária de disciplinas de exatas e professores altamente especializados. Os salários de professores especializados que ministram aulas no terceiro ano e em cursos preparatórios para o vestibular chegam a R$ 25 mil - cifra superior a de professores universitários de São Paulo. "Normalmente, os professores das turmas especiais são formados pelo ITA e convidados a voltar para Fortaleza", diz Tales de Sá Cavalcante, presidente do Farias Brito.

A onda de aprovações de cearenses no ITA e, posteriormente, em outros importantes vestibulares começou na década de 1990 com o colégio GEO Studio, que inicialmente era focado em geografia e outros cursos na área de humanas. "Até o começo dos anos 90, não havia aprovados do Ceará, chegamos a pensar em cancelar o vestibular em Fortaleza. Mas os diretores do GEO nos procuraram afirmando que iam um criar um curso focado em ITA. Dois anos depois já conseguiram bons resultados e as outras escolas seguiram os mesmos passos", disse o coordenador da faculdade de São José dos Campos, lembrando que o criador do ITA, Casimiro Montenegro Filho, é do Ceará.


Tales, presidente do colégio Farias Brito

Atualmente, a aprovação em renomadas faculdades é usada como ferramenta de marketing pelas escolas. Estas espalham outdoors e cartazes com fotos dos seus aprovados pela cidade. Os alunos tornam-se celebridades e ajudam a atrair novas matrículas. Portanto, quanto maior o número de ingressantes em universidades de excelência, maiores são as chances de a instituição de ensino crescer.

Os 35,5 mil alunos do Ari de Sá, Christus, Farias Brito e 7 de Setembro representam cerca de 15% do total de matriculados em escolas particulares de Fortaleza. O Christus, envolvido no vazamento das questões do Enem deste ano, não atendeu o Valor.

A disputa na cidade é tamanha que é comum o "aluno medalhista", ou seja, aquele com grandes chances de ser aprovado no vestibular, receber proposta de colégios concorrentes para que mude de escola em troca de bolsa de estudo, pagamento de transporte e alimentação, entre outras regalias.

Essa migração não é bem vista pelo mercado e nenhuma das escolas assume que adota essa prática. "Esse tipo de transferência não é ética porque a formação educacional foi toda trabalhada por um determinado colégio e aí chega o concorrente oferecendo uma proposta pouco tempo antes do vestibular apenas para aumentar o volume de aprovados", diz Airton de Almeida Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe).

A forte concorrência acabou por tirar do mercado o colégio pioneiro na preparação de alunos para o ITA, o GEO Studio. "Decidimos sair de Fortaleza no fim da década de 1990 por causa da canibalização. Os outros colégios tiravam os melhores alunos da nossa escola e do colégio militar", diz Daniel Machado, diretor do GEO, que atualmente tem um sistema de ensino em parceria com a Abril Educação e algumas escolas franqueadas com a marca GEO, em Pernambuco.

Com a saída do GEO abriu-se um espaço no mercado que foi rapidamente ocupado por uma nova escola, a Ari de Sá Cavalcante - fruto da cisão do tradicional colégio Farias Brito. No ano 2000, o engenheiro Oto de Sá Cavalcante, o mais velho dos cinco irmãos que comandavam o Farias Brito, saiu da sociedade para abrir sua própria escola.

Na época, o Farias Brito tinha quatro unidades em Fortaleza. Duas escolas e a marca Farias Brito ficaram com os irmãos Tales, Hilda e Dayse. Oto, por sua vez, ficou com duas unidades que se transformaram em Ari de Sá Cavalcante. "Foi um processo traumático por causa da mudança da marca. Mas felizmente não houve evasão de alunos e também não precisamos reduzir o preço das mensalidades para segurar gente", diz o dono da Ari de Sá, a segunda maior escola da cidade perdendo apenas para o colégio de seus irmãos.

Segundo Oto, para evitar a evasão foram feitos altos investimentos nas unidades, cujo valor ele não revela. "Investi com recursos que recebi da venda minha parte em uma construtora da família, alguns imóveis e também recebi um dinheiro ao me desfazer da marca Farias Brito", explicou.

De lá para cá, os dois colégios dobraram de tamanho. O Farias Brito saiu de 6,7 mil para 12,3 mil alunos, em dez anos, e é o único a ter uma unidade fora de Fortaleza, em Sobral. Também tem uma faculdade, com quatro cursos e 1,2 mil matriculados.

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"CRACK" [In:] A DESMONTAR FUTUROS ''CRAQUES"

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Estamos fumando crack

Autor(es): Edmar Oliveira
Correio Braziliense - 29/11/2011

Psiquiatra, ex-diretor do Instituto Nise da Silveira (RJ), é autor dos livros Ouvindo vozes (Vieira & Lent, 2009, RJ) e Von Meduna (Oficina da Palavra, 2011, PI), ambos sobre práticas em saúde mental

Estamos assistindo ao desmonte de um conjunto de políticas modernas e revolucionárias na área da saúde mental e à reimplantação de um modelo cruel e historicamente falido. Vamos olhar a questão por uma lente grande angular: setores hipócritas da sociedade, uma mídia alarmista e políticas públicas equivocadas (quando não intencionais) estão usando o crack para criminalizar a pobreza e atacar os bolsões de populações em situação de vulnerabilidade com o eufemismo do "acolhimento involuntário". Construção inconciliável, que nós, os que trabalhamos no campo da saúde mental, sabemos ser falsa: ou bem o acolhimento é voluntário ou, se involuntário, aí não é mais acolhimento, e sim recolhimento. Primeiro veio o ataque às cracolândias de São Paulo, depois às da Cidade Maravilhosa, que precisa ser "higienizada" para os eventos do calendário esportivo mundial. E por imitação, a prática se alastra.

A situação complexa de pessoas em situação de vulnerabilidade não pode ser entendida de forma simplificada e menos ainda ser resolvida por atitudes apressadas. Para enfrentar a disseminação do uso de crack e de outras drogas (o álcool, droga lícita permitida, sempre é consumido junto), o Ministério da Saúde vinha adotando uma Política Nacional de Enfrentamento ao Álcool e outras Drogas (Pead), que previa uma complexidade de equipamentos comunitários, móveis e hospitalares. São os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (Caps), com funcionamento 24 horas; a aproximação à rede básica, por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (os Nasfs); as Casas de Acolhimento Transitório (as Cats), para pessoas em situação de vulnerabilidade territorial; os consultórios de rua, móveis, para o acolhimento e atenção dessas pessoas; e os leitos hospitalares de referência nos hospitais gerais (sim, porque só neles podem ser tratados os agravos clínicos consequentes ao uso de drogas lícitas e ilícitas), além dos hospitais especializados.

Ou seja: a situação complexa do usuário deve ser atendida de forma também complexa, com um conjunto de dispositivos adequados a cada momento. O leito de acolhimento não é o mesmo do hospital geral ou o do hospital especializado. Eles não competem entre si, mas são complementares, segundo a necessidade do usuário. A política do recolhimento involuntário oferece apenas um dispositivo: a antiga e inadequada internação psiquiátrica, que a mesma política de saúde mental vinha combatendo, por seu caráter repressivo e violador dos direitos humanos. Essa forma é apenas um retorno ao "tratamento moral" do começo da psiquiatria no século 18.

Assistir ao desmantelamento das políticas complexas, que ainda estavam em ritmo de implantação, para a recuperação de um modelo já condenado, é um martírio que os militantes da construção da reforma psiquiátrica estão vivendo. A reforma psiquiátrica tornou possíveis os dispositivos comunitários de saúde mental, reduzindo consideravelmente o uso do hospital psiquiátrico especializado. Pior é saber que o modelo da internação (na contramão da reforma), proposto atualmente, condena à exclusão intencional, em nome do tratamento, populações vulneráveis que sofrem da epidemia de abandono social. E para as quais haveriam de ser implantadas políticas públicas sociais, educacionais, habitacionais e de emprego, propondo a inclusão dessas pessoas que ficaram para trás no apressamento competitivo dessa sociedade.

Pois não é o crack a epidemia a ser enfrentada, mas o abandono de populações marginalizadas que não encontram lugar. Talvez por isso eles se juntam nos guetos, onde ainda encontram a solidariedade dos iguais, já que a sociedade não tem ambiente para essa gente que não soube encontrar seu lugar. É a partir dos guetos, espaços que geralmente são depósitos de lixo, que os abandonados gritam que são o lixo humano, onde estão presos à impossibilidade de pertencimento à sociedade moderna.

Voltando a olhar pela lente grande angular: não é pelo uso do crack que eles se encontram nesses lugares marginalizados a que chamam de cracolândia, mas por estarem nesses lugares em situação de vulnerabilidade e abandono é que — também — fazem uso do crack. Todos nós estamos "usando" o crack para esconder nossa sujeira debaixo do tapete.

AIDS [In:] O PRINCÍPIO DO FIM

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Aids avança entre jovens de 15 a 24 anos

Aids cresce entre a população mais jovem


Autor(es): » Grasielle Castro
Correio Braziliense - 29/11/2011

O aumento no número de pessoas infectadas pelo vírus HIV nessa faixa etária tornou-se a maior preocupação de governo na prevenção da doença. As principais vítimas, aponta estudo, são mulheres, gays e travestis


Apesar da estabilidade no número de infectados, governo se preocupa com o avanço da doença em mulheres, jovens e travestis com até 24 anos

O aumento no número de jovens entre os infectados pelo vírus da Aids nos últimos anos tornou-se a principal preocupação do governo na prevenção da doença. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anuncia a estabilização dos números da Aids, a pasta faz um alerta com relação ao aumento da incidência do mal entre brasileiros com idade entre 15 e 24 anos. A mira está apontada principalmente para mulheres, gays e travestis. De acordo com o último Boletim Epidemiológico (ano base 2010), o número de casos de pessoas infectadas com a doença nessa faixa etária subiu de 3.006 em 2005 para 3.238 no ano passado.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acredita que isso se deve ao fato de a geração com até 29 anos não ter vivido o forte enfrentamento à doença, 20 anos atrás. "Existe uma preocupação específica para esse segmento, que tem uma vulnerabilidade que chama muito a atenção", frisa o ministro. Ele ressalta ainda que existem mais casos diagnosticados em meninas do que em meninos. Em 2010, foram registrados 349 casos em jovens de 13 a 19 anos. Entre os meninos da mesma faixa etária, o total foi de 296. "É preciso mudar a atitude nesse público, trabalhar as diversidades regionais", pontua Padilha.

Os registros não surpreendem o psicólogo e coordenador do Polo de Prevenção à DST/Aids da UnB, Mário Ângelo Silva. Segundo ele, as mulheres são biologicamente mais vulneráveis à doença e ainda sofrem com os efeitos da desigualdade de gênero. "Elas têm mais dificuldade na hora de negociar o uso do preservativo", explica. Para ele, é preciso trabalhar a prevenção tanto na família como nas escolas. "A ênfase deve ser no uso da camisinha, que ainda é o meio mais eficaz de prevenir a doença. As campanhas precisam circular. Não é só no carnaval e no ano-novo, mas no ano inteiro, principalmente no ensino médio", sugere.

Preconceito
No caso dos gays e travestis, o psicólogo afirma que uma das dificuldades em diminuir a incidência nesse grupo é o preconceito. "Existe homofobia nos serviços de saúde e nas escolas e isso afeta a autoestima e a dificuldade de conseguir se informar e prevenir." De acordo com o levantamento, quando comparado com os jovens em geral, a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior.

Coordenador do Quero Fazer, programa de testagem de HIV da Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (EPAH), Beto de Jesus concorda que um dos empecilhos é a homofobia, mas acrescenta que a falta de informação também complica a situação dos jovens. "Eles acham que a doença é facilmente tratável e que o coquetel resolve. Tomar medicação não é fácil, exige esforço, Hoje tem como viver com a Aids, mas vale lembrar que é uma doença que mata."

Apesar do crescimento no número de diagnósticos nos jovens, a parcela da população que tem as maiores taxas de incidência é a formada por pessoas de 35 a 39 anos. O ministro lembra que os dados de hoje refletem anos atrás, já que a doença costuma demorar de 8 a 12 anos para se manifestar. "A Aids está presente em todo o país, todos os municípios, todos os segmentos populacionais", alerta. Conforme o boletim, de 1980 a 2011 foram registrados 608.230 casos da doença.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


29 de novembro de 2011

O Globo


Manchete: Aids ainda mata 12 mil por ano e só não sobe no Sudeste

Ministério se preocupa com aumento de incidência entre jovens gays

O número de casos de Aids no país vem aumentando ao longo dos anos, mas a letalidade da doença caiu, segundo dados do Ministério da Saúde. Ainda assim, no ano passado, 11.965 pessoas morreram vítimas da síndrome; há 16 anos, em 1995, foram 15.156 mortes. O Sudeste foi a única região do país onde o número de mortes diminuiu. Segundo o ministério, 34.218 pessoas contraíram a doença ano passado, contra 30.273 em 1998. Os novos dados mostram que o vírus HIV atinge hoje 0,6% da população entre 15 e 49 anos. O ministério está preocupado com o aumento da incidência entre homens gays de 15 a 24 anos. Apesar de o percentual de casos nessa faixa etária ter caído em 12 anos, cresceu 10,1% se considerados apenas os homossexuais. Essa parcela da população será o alvo da campanha contra a doença a ser lançada quinta-feira, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. (Págs. 1 e 3)

Relatório do Conselho Federal de Psicologia denuncia uma situação de calamidade nas unidades de internação de usuários de drogas pelo país, com práticas de tortura, falta de higiene e trabalho forçado. (Págs. 1 e 4)


Óleo de Campos vaza agora em Caxias

A Polícia Federal investiga se o óleo que vazou da Chevron na Bacia de Campos estaria indevidamente armazenado no galpão de uma empresa terceirizada em Duque de Caxias, com risco de contaminação da rede fluvial. Uma equipe da PF esteve no local e, ao constatar irregularidades, fez uma prisão. (Págs. 1 e 25)


Usiminas: 1ª privatizada não é mais 'brasileira'

Primeira estatal privatizada, há 20 anos, a Usiminas deixou de ser brasileira com a entrada do grupo italiano Techint, que desembolsará R$ 5 bilhões por 27,7% do capital. Ele dividirá o controle com a japonesa Nippon Steel. (Págs. 1 e 23)


Dilma dá início à privatização de aeroportos no país (Págs. 1 e 25)


OCDE alerta para recessão na Europa e nos EUA (Págs. 1 e 21)


ONU acusa regime sírio de crimes contra Humanidade

Presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, uma comissão das Nações Unidas acusou o governo da Síria de crimes contra a Humanidade e pediu o ingresso de observadores no país. Segundo a ONU, dos 3,5 mil assassinados, 250 eram crianças. (Págs. 1 e 28)


Foto-legenda: Egípcios sem medo do voto

Uma egípcia observa a longa fila de eleitoras na votação para o primeiro Parlamento livre do país. Denúncias de irregularidades e apelos ao boicote não afugentaram os eleitores das urnas. (Págs. 1 e 29)

Barca 'sem freio' deixa 65 feridos

Sem conseguir reduzir a velocidade com que vinha de Niterói, o catamarã social Gávea 1, da Barcas S/A, chocou-se ontem com um píer da Estação Praça Quinze. Passageiros que estavam em pé caíram uns sobre os outros, e 65 foram hospitalizados - um deles, uma grávida, já teve alta. Testemunhas disseram ao GLOBO ter ouvido, ainda na estação de Niter6i, a comandante comentar com a tripulação que a embarcação apresentava problemas e teria que "fazer uma manobra arriscada". A Agetransp e a Capitania dos Portos estão investigando as causas. (Págs. 1 e 12)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Servidor em função de risco vai poder se aposentar antes

Governo cede à pressão de aliados e cria regime especial para funcionários de carreiras perigosas

Para aprovar o novo modelo previdenciário do funcionalismo, o governo de Dilma Rousseff cedeu a pressões de PT e PDT e vai criar regime de aposentadoria especial, com redução do tempo de serviço, para servidores cujas funções coloquem sob risco a saúde.

Entram na definição policiais federais, rodoviários e médicos que atuam em fronteira. Não há estimativa de quantos são esses servidores, mas só a PF, por exemplo, tem 14 mil agentes. (Págs. 1 e Poder A4)

Órgão alerta para cenário de recessão mais grave

A OCDE, órgão que reúne países ricos, fez reduções drásticas nas projeções para o grupo e pediu ações urgentes dos líderes para evitar que o baixo crescimento europeu leve a um cenário pior de recessão global.

A agência de classificação Fitch advertiu que cresceram as chances de um rebaixamento do "status" de bom pagador dos EUA. A perspectiva da nota americana passou de "estável" para "negativa". (Págs. 1 e Mundo A12)

Sul mantém alto índice de mortes pelo vírus da Aids (Págs. 1 e Saúde C10)


Ditador sírio já matou mais de 250 crianças, relata ONU

Relatório de comissão da ONU que investiga abusos na Síria diz que o governo Assad matou 256 crianças de março até dia 9 passado e que número não estimado foi vítima de tortura e de violência sexual em prisões.

Impedida de entrar no país, a comissão, dirigida pelo brasileiro Paulo Sergio Pinheiro, fez o levantamento a partir de relatos de testemunhas e vítimas. (Págs. 1 e Mundo A18)

Egípcios ignoram boicote e votam para o Legislativo

No Cairo, os egípcios ignoraram a campanha pelo boicote na eleição parlamentar e enfrentaram filas para participar da primeira votação desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro, relata Marcelo Ninio.

Apesar do clima de celebração, a disposição dos militares de deixar o poder ainda gera dúvidas. (Págs. 1 e Mundo A17)

Francisco Duadt

Nossa espécie não gosta de verdades muito incômodas

"Prefiro sonhar a ser triste", disse o portuga da novela a seu amor impossível. Raramente vi síntese tão bonita do "me engana que eu gosto". Nossa espécie não gosta muito da verdade. (Págs. 1 e Cotidiano C2)

Editoriais

Leia "Próxima vítima" sobre a pressão pela saída do ditador sírio, e
"Contrato suspeito", acerca da inspeção veicular na cidade de São Paulo. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: ONU acusa ditador sírio de crime contra humanidade

Investigação indica tortura e morte inclusive de crianças e amplia isolamento do regime de Assad

Uma investigação da ONU liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro concluiu que o governo de Bashar Assad na Síria cometeu “crimes contra a humanidade" ao reprimir manifestantes desarmados, com tortura e assassinatos em estádios, escolas e hospitais. Em uma mobilização para isolar ainda mais Assad e minar a posição de China e Rússia, americanos e a União Europeia querem agora a condenação do regime e que Assad seja julgado pelos crimes revelados ontem. Segundo Pinheiro, não resta dúvida de que torturas, violações sexuais, mortes e desaparecimentos de milhares de pessoas inclusive de crianças, foram ordenados pelo alto escalão do governo sírio. Mais de 4 mil pessoas foram mortas desde o início do levante, em fevereiro. A investigação da ONU mostra ainda que é crescente a deserção de militares no país. (Págs. 1 e Internacional A13)

'Queremos embargo de armas'

Paulo Sérgio Pinheiro, líder da investigação sobre a Síria, disse ao Estado que o embargo reduz o risco de guerra civil. Ele se disse impressionado com a repressão. (Págs. 1 e Internacional A13)

Foto-legenda: Egípcios vão em massa às urnas

Egípcias votam na primeira eleição do país desde a queda do ditador Hosni Mubarak, há nove meses; embora a voto não fosse obrigatório, em muitos casos houve espera de horas para votar, relata o enviado especial Lourival Sant'Anna. A disputa por vagas na Assembleia Popular (câmara dos deputados), que nomeará os integrantes de uma constituinte, está polarizada entre muçulmanos e seculares. (Págs. 1 e Internacional A15)


Vale reduz investimentos e vê entraves em licenças

O plano de investimentos da Vale vai encolher cerca de 11% em 2012, para US$ 21,4 bilhões. O presidente da empresa, Murilo Ferreira, diz que a Vale enfrenta dificuldades em seus projetos por atrasos em licenças ambientais, falta de equipamentos e de mão de obra especializada. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)


Controlar teve acesso a dados de motoristas

Um convênio entre o Detran e a Prefeitura de São Paulo permitiu à Controlar, que faz inspeção veicular, o acesso ilegal a dados sigilosos de milhões de motoristas. A acusação é do Ministério Público, que quer o fim do convênio. (Págs. 1 e Cidades C1)

Foto-legenda: Fim da trégua no Brás

Camelôs incendiaram ônibus e carros no Brás, em novo confronto com policiais. (Págs. 1 e Cidades C3)


Cresce número de jovens gays com aids (Págs. 1 e Vida A18)


Acidente com catamarã deixa 55 feridos no Rio (Págs. 1 e Cidades C5)


Reunião do clima tenta evitar falta de metas (Págs. 1 e Vida A20)


Dora Kramer

Em pedra dura

O PT anda um pouquinho, recua, disfarça e volta a um assunto que lhe é caro: o poder do Estado de estabelecer controle sobre a imprensa. (Págs. 1 e Nacional A6)


Notas & Informações

Cortes no investimento

O governo precisa aprender não apenas a economizar, mas também a gastar. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Arapongas do Senado rastreiam até e-mails

A terrível polícia secreta que tudo podia, a KGB, desapareceu com a extinta União Soviética. Mas fez escola. No Brasil, já se sabia da controvertida autorização para que a Polícia Legislativa do Senado usasse armas letais, abrisse e conduzisse inquéritos, utilizasse equipamentos de espionagem de última geração... Agora, sabe-se também que conta com poderes não conferidos nem mesmo à Polícia Federal, como a de espionar dados pessoais trocados por usuários da internet da Casa, mesmo sem a concordância da Justiça. A brecha, aberta por ato da Primeira-Secretaria do Senado, é criticada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. “A quebra do sigilo de dados somente é possível mediante ordem judicial”, observa. O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, também aponta abusos. "É lamentável que o parlamento queira estabelecer esse tipo de arapongagem”, argumenta. (Págs. 1 e 2)


Asa Norte, 16h19: um bairro debaixo d’água

Carros, caminhões e até um ônibus ficaram ilhados na 716 Norte. A forte chuva provocou o alagamento da pista e os bombeiros fora chamados para resgatar os passageiros do coletivo. O GDF anunciou verba de R$ 50 milhões para obras de recuperação dos estragos provocados pelos temporais. (Págs. 1 e 27)


Saúde: Aids avança entre jovens de 15 a 24 anos

O aumento no número de pessoas infectadas pelo vírus HIV nessa faixa etária tornou-se a maior preocupação de governo na prevenção da doença. As principais vítimas, aponta estudo, são mulheres, gays e travestis. (Págs. 1 e 8)

Educação: Matrícula para criança abaixo de 6 anos no DF

Crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola em 2011, no Distrito Federal, poderão ingressar no ensino fundamental, seja qual for a data de nascimento. A decisão derruba exigência de 6 anos completos até 31 de março. (Págs. 1 e 33)


Um Natal mais caro à espera do 13º salário (Págs. 1, 14 e 36)


Carta de Dilma defende Universíade em Brasília

Bruxelas (Bélgica) - Na véspera da escolha da sede dos Jogos Universitários de 2017, a presidente enviou carta à Federação Internacional declarando o apoio do governo brasileiro às pretensões da capital. “Brasília e o Brasil estarão preparados para receber os atletas da Universíade”, avalizou Dilma Rousseff. (Págs. 1 e 28)

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Valor Econômico


Manchete: Operação Usiminas frustra os acionistas minoritários

A entrada do grupo ítalo-argentino Ternium, braço de siderurgia da Techint, no bloco de controle da Usiminas tem vencedores óbvios: a Camargo Corrêa e a Votorantim, que venderam suas ações por R$ 36 cada uma, com um prêmio de 83%, numa operação de R$ 5 bilhões. Para os acionistas da Usiminas que se mantiveram na companhia, principalmente os minoritários, a operação ainda terá de se provar um bom negócio.

O comportamento das ações da siderúrgica mineira indica que não houve muita comemoração com a transação. As ações ordinárias, fora do bloco de controle, tiveram queda ontem de 3,55% e encerraram o dia a R$ 19. Fontes do mercado consideram que o negócio não foi o melhor para o sucesso da atividade da Usiminas. Opções brasileiras de compradoras - Gerdau e CSN - ofereceriam mais sinergias. A Gerdau era a preferida pelo mercado, pela governança. A CSN faria maior sentido operacional. (Págs. 1, D1, D4 e D5)

Dieese pede ajuda para pagar salários

A suspensão dos convênios entre o governo federal e as ONGs atingiu em cheio o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com pouco mais de R$ 7 milhões em contratos com o governo, em especial com o Ministério do Trabalho, e outros R$ 3 milhões em negociação, o Dieese ficou sem R$ 10 milhões que esperava ter em caixa entre outubro e dezembro. Criado e mantido pelo movimento sindical, um terço do orçamento do órgão vem de acordos com o setor público. As centrais sindicais farão um aporte emergencial de R$ 1 milhão para cobrir salários e o 13º salário dos funcionários. (Págs. 1 e A10)


Foto-legenda: Força à arbitragem

O Brasil é o quarto país que mais participa de arbitragens na Câmara de Comércio Internacional. Para o jurista Modesto Carvalhosa, o país oferece segurança jurídica para essas decisões. (Págs. 1 e E1)

O segredo dos colégios de Fortaleza

No vestibular do ITA, em São José dos Campos, considerado o mais difícil do país, 30% dos aprovados são procedentes do Ceará. E a maioria deles vem de quatro colégios de Fortaleza: Ari de Sá, Christus, Farias Brito e 7 de Setembro. Juntos, eles somam 35,5 mil alunos e têm em comum o alto índice de aprovação em alguns dos mais concorridos vestibulares do país. Por quê?

O Valor ouviu professores e alunos e constatou que uma combinação de fatores leva a esse desempenho, mas principalmente professores competentes e bem remunerados - os salários chegam a R$ 25 mil - e grande dose de determinação e dedicação dos alunos. Os colégios promovem, por exemplo, olimpíadas de matemática na cidade e os "medalhistas" são assediados com bolsas para mudar de escola.
(Págs. 1 e B4)

Gasodutos privados a caminho

O governo deu um passo importante para reduzir sua dependência da Petrobras no transporte de gás, um monopólio da estatal. Em até duas semanas, o Ministério de Minas e Energia (MME) vai publicar portaria com a definição de regras para que o setor privado atue diretamente na construção de novos gasodutos. O texto vai estabelecer as condições para que empresários de qualquer ramo apresentem projetos para construção de ramais para transporte de gás com base em demandas que eles mesmos tenham identificado. Esses novos empreendimentos serão submetidos ao MME e, uma vez aceitos, irão à leilão, como ocorre hoje com as linhas de transmissão de energia. Ao trocar o modelo de autorização para o de concessão, o governo espera atrair investidores interessados em explorar a atividade. (Págs. 1 e A2)


Ajuste do juro será maior e mais longo, prevê mercado

Analistas e tesourarias preveem agora que o Banco Central fará um corte maior dos juros distribuído por um período de tempo mais longo. Tanto as taxas futuras na BM&F quanto os economistas que mais acertam previsões na pesquisa Focus - os "top 5" - trabalham com juros de 9,5% ao ano em 2012. Descontando dessa taxa nominal a inflação de médio prazo pelo IPCA, o juro real brasileiro passou a rondar 3,80%, tornando mais factível o "cenário Dilma", de juro real próximo de 2% até o fim de seu mandato.

Um dos fatores que ajudam a abrir espaço para a queda dos juros futuros é a mudança na ponderação do IPCA e do INCC, que levou analistas a prever inflação mais baixa em 2012. A nova ponderação entra em vigor em janeiro e, segundo economistas, pode levar a redução entre 0,20 ponto e 0,50 ponto percentual no IPCA de 2012. Inflação menor permite juros também mais baixos. Foi isso que os contratos de juros mostraram ontem, especialmente os de vencimentos entre julho de 2012 e janeiro de 2013, que "derreteram". (Págs. 1, C1, C2 e C4)

Bancos sob pressão para manter dívida

Alguns países da Europa, batalhando cada vez mais para encontrar compradores para seus títulos, pressionam seus já estressados bancos para que assumam o papel de credores de última instância, em alguns casos empurrando as quantias de dívida arriscada nos balanços dessas instituições para níveis mais altos.

A pressão para os bancos apoiarem os títulos ressalta um paradoxo: investidores e autoridades reguladoras querem que os bancos diminuam suas aplicações em papéis de dívida soberana da Europa, mas políticos fazem de tudo para que isso não ocorra. Além da pressão do governo, há outro motivo para os bancos manterem essas aplicações - podem oferecer esses papéis como garantia para créditos do Banco Central Europeu. (Págs. 1 e C3)

Indústria de estruturas metálicas quer barrar produtos chineses (Págs. 1 e B8)


Valor Setorial - Hospitais

Para o Brasil chegar a patamares parecidos com os de Chile e Argentina, será preciso investir R$ 45 bilhões na saúde pública nos próximos dois anos. Ao mesmo tempo, se transforma em pólo de atração do "turismo hospitalar", diz Fernanda Crema, do HCor. (Pág. 1)


Reflorestamento terá R$ 3 bi

Com a participação de entidades ambientalistas e empresas, a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba pretende investir R$ 3 bilhões até 2020 na recuperação da Mata Atlântica na região. (Págs. 1 e B8)


Seguros

A estabilidade da economia e o aumento da renda ajudaram a impulsionar o mercado segurador brasileiro. Na última década, o crescimento foi superior a 233% e o faturamento chegou a R$ 125,6 bilhões no passado, diz Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros. (Págs. 1 e Especial)

Ideias

Delfim Netto

Nunca a solidez fiscal foi tão necessária para nos proteger da crise mundial, que está longe de terminar. (Págs. 1 e A2)


Ideias

Juan Jensen

A perda relativa de participação da indústria no PIB é o preço a ser pago na direção de um país mais desenvolvido.
(Págs. 1 e A15)

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segunda-feira, novembro 28, 2011

XÔ! ESTRESSE [IN:] REINAÇÕES DE NARIZINHO.



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MUNDO [In;] ALIMENTOS, FOME & "MALTHUS"

Fome pode se agravar, diz estudo

Correio Braziliense - 28/11/2011

Uma pesquisa divulgada pela Oxfam, organização internacional de combate à fome, prevê um futuro catastrófico na produção de alimentos se a questão ambiental não começar a ser resolvida em breve. De acordo com o estudo, eventos como a seca no nordeste da África, que resultou em pelo menos 13 milhões de famintos, devem se tornar mais frequentes e passar a acontecer de forma generalizada no mundo.

Em regiões onde problemas econômicos e políticos já são graves, as mudanças no clima devem impactar de maneira ainda mais severa a alimentação da população mais pobre, que chega a gastar 75% de sua renda com alimentação. "No momento, há comida suficiente com problemas na distribuição. Porém, com as alterações climáticas, será cada vez mais difícil produzir alimentos", diz ao Correio o representante britânico da organização, Tim Coore. "Esse efeito é mais grave em grãos, como milho e arroz, e em alguns vegetais, que são a base da alimentação das populações mais pobres", completa.

Em julho, os preços do sorgo na Somália subiram 393%, e os preços do milho na Etiópia e no Quênia aumentaram, respectivamente, 191% e 161% nos últimos cinco anos. Seca e incêndios que se seguiram a uma onda de calor na Rússia e na Ucrânia destruíram grande parte da colheita de 2010 e provocaram um aumento de 60% a 80% nos preços mundiais de trigo em apenas três meses. Tempestades e tufões no sudeste da Ásia ajudaram a subir o preço do arroz em até 30% na Tailândia e no Vietnã. (MMM)

Longo caminho
Veja as principais expectativas e os resultados alcançados nas recentes conferências sobre mudanças climáticas

COP-13
Bali (Indonésia), 2007
Expectativas: Alcançar um consenso sobre a necessidade da adoção de medidas urgentes e universais para a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas
Resultados: Apesar de algumas nações, entre elas os Estados Unidos, permanecerem com certo ceticismo em relação ao tema, o Bali Action Plan determinou que um novo acordo sobre a questão climática seria firmado em 2009

COP-14
» Poznán (Polônia), 2008
Expectativas: Aprofundar cinco pontos propostos pelo Bali Action Plan para facilitar um consenso na conferência do ano seguinte. Esses pontos incluíam a transferência de tecnologias menos poluentes para países em desenvolvimento e a diminuição das emissões de carbono

Resultados: A expectativa por um posicionamento do então recém-eleito presidente dos EUA, Barack Obama (foto), travou um avanço mais rápido nas negociações. Das cinco metas, houve consenso em apenas uma: a formação de um fundo internacional para ajudar países pobres a lidar com as mudanças no clima

COP-15
» Copenhague (Dinamarca), 2009
Expectativas: Como previa o plano elaborado na Indonésia, seria na conferência dinamarquesa que o novo protocolo que substituiria o de Kyoto seria assinado. Por essa razão, 133 chefes de governo e Estado compareceram ao evento, o maior número em uma conferência ambiental desde a Rio 92, no Brasil

Resultados: O que era para ser um momento histórico na mudança das políticas ambientais em todo o mundo, foi considerado por muitos um fiasco. Um acordo mais simples foi assinado nos instantes finais da conferência, mas sem efeitos vinculantes, ou seja, sem a obrigatoriedade de cumprimento pelas nações

COP-16
» Cancún (México), 2010
Expectativas: Com o fracasso da conferência anterior, as esperanças para a reunião do México se tornaram pequenas. O objetivo da maioria dos negociadores se transformou em solucionar uma série de questões que impediam
as negociações de um acordo
mais amplo

Resultados: De certa forma, esse objetivo foi alcançado. O número de países que aceitaram assumir metas de redução da emissão aumentou, e o os financiamentos cresceram. No entanto, o grupo liderado pelos EUA permanece irredutível quanto à adoção de metas de redução da poluição. Perdeu-se a última chance de aprovar um acordo que pudesse ratificado pelas assembleias nacionais antes do fim do Protocolo de Kyoto

Alertas climáticos
Veja algumas evidências científicas utilizadas pelo Painel Internacional para Mudanças Climáticas (IPCC) para tentar sensibilizar os negociadores na COP-17

» Desde 1900, o nível do mar aumentou entre 10cm e 20cm. A temperatura média global da superfície aumentou 0,8ºC. As temperaturas médias em terra aumentaram muito mais rápido: 0,91ºC desde meados do século 20, segundo o Berkeley Earth Surface Temperature Project

» Entre 20% e 30% das espécies de plantas e animais enfrentarão ameaça de extinção se as temperaturas globais aumentarem entre 1,5º e 2,5ºC, em comparação com as temperaturas médias das últimas duas décadas do século 20

» Na África, por volta de 2020, entre 75 milhões e 250 milhões de pessoas ficarão expostas a um maior estresse hídrico. O produto da agricultura irrigada por chuvas em alguns países da África poderá ser reduzido em até 50%. Áreas similares a desertos podem se expandir entre 5% e 8% em 2080

» Na Ásia, a disponibilidade de água doce diminuirá em meados do século. Os megadeltas costeiros correrão risco de inundações devido ao aumento do nível dos mares. A mortalidade atribuída a doenças associadas a cheias e secas aumentará.

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GOVERNO DILMA/SETOR PÚBLICO [In:] CU$TO BRA$IL

QUANTO CUSTA O INCHAÇO DA MÁQUINA PÚBLICA

SEM ESPAÇO PARA TANTA BUROCRACIA

Autor(es): Cristiane Bonfanti
Correio Braziliense - 28/11/2011

Com 38 ministérios e a incorporação de 221 mil servidores, as despesas da União com salários subiram 172% desde 2002. Segundo dados da organização não governamental Contas Abertas. Só em Brasília, no Executivo, entraram mais de 20 mil funcionários. Para acomodar tanta gente, a Esplanada dos Ministérios já não é suficiente. Os gastos com alugueis de prédios chegaram a R$ 652 milhões, um acréscimo de 136,8% em cinco anos. Diante da necessidade de cortar gastos, o governo já cogita unificar secretarias, entre outras mudanças

Em nove anos, surgiram 12 novos cargos de ministros e foram incorporados 221 mil servidores em todo o país. Gastos da União com pessoal e com aluguéis de prédios mais que dobraram desde 2002

A Esplanada dos Ministérios ficou pequena para tanta burocracia. O setor idealizado por Lúcio Costa não acomoda mais sequer os assessores diretos da presidente Dilma Rousseff. De 2002 para cá, o número de ministros saltou de 26 para 38. Sem espaço, ao menos oito deles precisam despachar fora do coração de Brasília. Nos últimos nove anos, foram incorporados 221 mil novos servidores ativos na máquina federal dos três poderes em todo o país — um contingente equivalente à população de Presidente Prudente, em São Paulo, ou de Taguatinga. Desse total, 21,7 mil foram lotados em Brasília. A fatura do inchaço já chegou: uma folha de pessoal ativo atual de R$ 118 bilhões, 172% maior do que a de 2002, e uma conta astronômica com aluguéis de imóveis, para acomodar tanta gente.

Dados da organização não governamental Contas Abertas revelam que os gastos da União com locação de prédios no Brasil e no exterior, para abrigar os novos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, saltaram 114,3% de 2006 a novembro de 2011 — de R$ 304,6 milhões para R$ 652,8 milhões. A maior parte desse montante foi para o bolso de proprietários de prédios no Distrito Federal: 28,5% ou R$ 185,9 milhões. O Ministério do Planejamento informou que somente as despesas do Executivo com aluguéis passaram de R$ 244,6 milhões em 2006 para R$ 548,6 milhões neste ano, 124% mais, bem acima dos 36% do índice que corrige os contratos. Em 2002, o montante era bem menor, R$ 216,2 milhões — menos da metade da cifra atual.

Os dados mostram a distorção das prioridades da equipe da presidente Dilma. O dinheiro utilizado com aluguéis de janeiro a novembro deste ano é quase igual ao investido no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), que recebeu R$ 696,6 milhões, e bem maior que o destinado ao Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos, para o qual foram repassados R$ 508,2 milhões. Para o de Educação na Primeira Infância, o governo executou míseros R$ 525 mil.

De janeiro a novembro, a União destinou R$ 490,4 milhões ao programa de Controle Interno, Prevenção e Combate à Corrupção, prática nociva que desvia dos cofres do governo federal ao menos R$ 6 bilhões por ano. O dinheiro gasto com os aluguéis é mais que o dobro do investido para erradicação do trabalho infantil e 84 vezes maior que o do programa para acabar com o trabalho escravo no Brasil, país que ainda abriga 20 mil empregados em condições degradantes.

Apesar das torneiras dos cofres abertas, a máquina pública continua cara e ineficiente. Com carga tributária de primeiro mundo, equivalente a 37% do PIB, o brasileiro padece com a qualidade sofrível dos serviços públicos que recebe. "O Brasil arrecada como um país escandinavo, semelhante à Suécia, mas presta um serviço um pouquinho pior", ironizou André Esteves, presidente do Banco BTG Pactual, durante a comemoração dos 60 anos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Gigantismo
O secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, observa que o gigantismo do governo acarreta outros custos em toda a máquina administrativa. "Aparentemente, não há essa consciência de que o inchaço do governo traz outras despesas. Mas há gastos com diárias, passagens, cópias, energia elétrica, com tudo", afirma o economista.

Somente a folha de pagamento de pessoal mostra o desequilíbrio fiscal da gestão Lula nos últimos anos de seu governo. Entre 2002 e 2011, a despesa anual com salários de funcionários ativos e inativos dos três poderes subiu 152%, de R$ 75 bilhões para R$ 196 bilhões — enquanto isso, o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 4%.

No mesmo período, a quantidade de servidores em atividade e aposentados nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário passou de 1.855.966 para 2.087.374. Entre os ativos, o acréscimo foi de 24,2%, de 912.192 para 1.133.156. Isso tudo sem falar nos postos que não exigem concurso. A quantidade de cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) passou de 18.374 para 21.976, dos quais 5.880 são ocupados por funcionários sem vínculo com a administração.

Na avaliação de Castello Branco, a finalidade da expansão dos órgãos públicos é muito mais atender a interesses políticos do que priorizar setores. Ele observa que, considerando um mês com 22 dias úteis, se a presidente Dilma despachar com um ministro por dia, ela levará mais de um mês e meio para falar com todos. "A realidade é que tem ministro que despacha com ela uma vez por semestre. Alguns apenas a encontram em solenidades oficiais", afirma.

Mais pastas
O descontrole começou no governo Lula, que recebeu a máquina com apenas 26 ministros. Logo em 2003, criou-se o Ministério do Combate à Fome, depois transformado em Desenvolvimento Social. No mesmo ano, ele desmembrou o Ministério do Esporte e Turismo em dois e deu status de ministro aos chefes das secretarias de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial. Em 2004, o ex-presidente criou o Ministério do Desenvolvimento Social, que passou a coordenar os programas sociais do governo, e deu status de ministro ao presidente do Banco Central. Em 2007, o Palácio do Planalto tirou a gestão dos portos marítimos do Ministério dos Transportes e criou a Secretaria de Portos, além da de Assuntos Estratégicos. A Secretaria de Pesca, cujo comandante já tinha status de ministro, virou Ministério da Pesca em 2009.

Não bastassem os novos órgãos, neste ano, a presidente Dilma criou a Secretaria de Aviação Civil, o 38º ministério, mais que o dobro dos que existem nos Estados Unidos. Agora, o projeto de lei que institui a Secretaria de Micro e Pequena Empresa aguarda aprovação no Congresso. "Dar a um secretário o patamar de ministro implica abrir mais salas, ter mais assessores e linhas de telefone. A mudança se reflete em vários itens da máquina", destaca o secretário-geral do Contas Abertas.

Diante da necessidade de cortar gastos, o Palácio do Planalto já cogita unificar as secretarias de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Políticas para Mulheres na reforma ministerial a ser promovida no início de 2012. Outra mudança em estudo é a reincorporação da Secretaria de Portos pela Pasta dos Transportes.

Representação pesada
Historicamente, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) é o que mais gasta com locação de imóveis, por causa das representações diplomáticas no exterior. De janeiro a 23 de novembro deste ano, a despesa do órgão chegou a R$ 102,4 milhões, um pouco acima dos R$ 100,8 milhões destinados ao programa de Gestão da Política da Educação no mesmo período. Depois do Itamaraty, a pasta que mais paga aluguel é o Ministério da Fazenda, com R$ 75,2 milhões, seguido da Presidência da República (R$ 73,3 milhões) e do Ministério da Educação (R$ 43,1 milhões).