PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

terça-feira, abril 09, 2013

-- TOMA-TE! A INFLAÇÃO É TUA !!!

 #



#















#

TELEFONIA CELULAR/CHIP: O ENGODO

09/04/2013
A batalha para ser o chip número 1


Por De São Paulo


As operadoras de serviços móveis entraram em uma batalha para conquistar a posição do chip número 1 no celular do consumidor. 

"Queremos, se possível, ser a primeira e única opção do cliente que tem dois chips", diz Marcio Fabbris, diretor de marketing da Vivo. Mas Fabbris não é o único com esse sonho. "O cliente vai usar primeiro o chip que for mais barato para ligações intrarrede. Mas, se não tiver uma comunidade dentro daquela operadora, não adianta. Por isso, tem uma guerra de tarifas", afirma o diretor de fidelização e inteligência da Claro, Fábio Croitor. "Damos uma mãozinha para o cliente formar sua comunidade."

A "mãozinha" se traduz em bônus, tarifas reduzidas, falar ilimitado na área do DDD 11, cadastro de número favorito para ligações gratuitas e outros incentivos. Segundo Croitor, 10 milhões de clientes já se cadastraram e têm um favorito, o que representa um quinto da base pré-paga da empresa. A participação da operadora no mercado pré-pago cresceu um ponto percentual de maio de 2012 a janeiro de 2013, disse o executivo, o que ele considera significativo, pois "nesse mercado se luta por casas decimais".

A tarifa da Claro é de R$ 0,16 ou R$ 0,21 por chamada, dependendo da região. Do fim de 2011 a dezembro de 2012, quando a tarifa caiu de R$ 0,25 para R$ 0,21, o volume médio de minutos por cliente dentro da rede cresceu 36%, disse Croitor.

Dona do maior "clube de usuário", a Telefônica/Vivo quer atrair mais pessoas para sua comunidade. "Nossa rede 3G está presente em 2,1 mil municípios, o que ninguém mais tem", afirma o diretor-executivo de mercado individual nacional, Christian Gebara. Há vários planos de promoções para tráfego dentro da rede fixa e móvel, com opções para clientes pré e pós-pagos. A estratégia tenta envolver também clientes dos concorrentes, que podem entrar na lista de favoritos de usuários da Vivo, por uma promoção de fidelidade.

Quando o cliente do pós-pago vê a conta, sabe se está ligando muito para clientes de outras operadoras e procura atraí-los para sua rede, diz Gebara: "Convencendo mais pessoas a serem Vivo, nosso clube está aumentando."

O tráfego de voz da Vivo cresceu 19,7% no quarto trimestre do ano passado, para 29,4 bilhões de minutos, impulsionado pelo aumento do tráfego intrarrede local e de longa distância, segundo a empresa.

Na Oi, ter um mix de serviços na mesma empresa favorece o modelo convergente, segundo Eduardo Aspesi, diretor de segmentos de varejo. O executivo diz que 70% do tráfego é dentro da rede. Do total das ligações, 70% são entre celulares da Oi e 13% para um número fixo da tele em sua área de atuação nacional, fora São Paulo. No pós-pago, 50% das chamadas são para outro número na rede, 25% para outro fixo da Oi e 25% para teles concorrentes.

Por meio de nota, a TIM informou que tem mais de 70 milhões de clientes que falam de forma ilimitada entre si, pagando valor fixo por chamada ou por mês. A empresa informou ter alcançado um volume recorde de 150 minutos por usuário no fim de 2012, 14,5% a mais que em 2011.

A receita por usuário caiu para a maioria das teles, mas Aspesi diz que na Oi foi possível compensar as cifras, equilibrando os itens da cesta de serviços. "Tem clube que só tem cadeira para sentar. O nosso tem colchão de água e balanço. É mais um parque de diversões", brinca. (IS)
----

APAGÃO ELÉTRICO (''... quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau?''; canção infantil)

09/04/2013
Lobão descarta risco de racionamento

Cúpula do setor elétrico alega que modelo do ONS está defasado e não leva em conta o uso das térmicas

Danilo Fariello

Cúpula. A partir da esquerda: Rufino (Aneel), Tolmasquim (EPE), Zimmermann (MME), ministro Lobão, Grüdtner (MME) e Chipp (ONS)
Givaldo Barbosa


BRASÍLIA e RIO 

A cúpula do setor elétrico no governo federal convocou a imprensa para negar a possibilidade de racionamento de energia durante a Copa das Confederações, neste ano, e a Copa do Mundo, no ano que vem. 

Reportagem publicada ontem no GLOBO, com base em dados do Plano Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) repassados aos agentes do mercado, informa que o risco de um racionamento de energia no próximo ano subiu para 9%, acima da média histórica de 5%. E que obras de geração e transmissão de energia previstas para o 2014 estão atrasadas.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que não faltará energia em nenhuma hipótese nos estádios e cidades onde esses eventos ocorrerão e chegou a dizer que "nunca mais" haverá racionamento no Brasil. O ministro estava acompanhado dos principais nomes de Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e ONS.

- Quero dizer, definitivamente, que atrasos em nossas obras não comprometem a segurança do abastecimento nacional. Lamento profundamente o tom alarmista com que esse assunto vem sendo tratado. Não quero crer que haja nisso qualquer motivação política. Mas desassossega-se o país e gera-se incertezas econômicas - disse Lobão.

Na entrevista, Lobão comparou os órgãos de imprensa e especialistas que apontam os riscos de fornecimento ao velho do Restelo, personagem de "Os Lusíadas", de Camões, que apresentava um pessimismo exagerado em relação à epopeia do povo português no mar.

- Temos de ter segurança de que não faltará oferta de energia, desabastecimento. Se a matriz é hidrotérmica, temos que lançar mão dela. As térmicas não existem para enfeitar o sistema - disse Lobão.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que o risco de desabastecimento de 9% apontado pelo GLOBO, na realidade, é menor, porque o cálculo não levaria em conta o uso das termelétricas - que estão ligadas atualmente para fazer frente ao baixo nível dos reservatórios.

- Se fala em risco sem considerar o despacho de térmicas. Esse despacho é exatamente para garantir a segurança e o abastecimento no ano seguinte. Sem essas térmicas complementares, não se pode fazer esse cálculo de risco. O importante é que o sistema considera as térmicas para que o risco fique próximo a zero. Ninguém quer passar o que passamos em 2001 - disse Chipp.

O risco de déficit de 9% consta do Plano Mensal de Operação do ONS deste mês. O indicador de confiabilidade de suprimento calculado pelo ONS é indicado pelo termo "risco de qualquer déficit". A cada mês, o ONS se reúne com os agentes do mercado, como geradoras e transmissoras de energia, para preparar os dados do PMO, indicando como deve funcionar o sistema no mês.

Cada agente tem acesso a uma cópia dos dados do PMO e pode rodar o programa "Newave" com esses informações para traçar cenários próprios. No PMO de abril de 2013, o indicador "risco de qualquer déficit" para a região Sudeste, em 2014, é de 9,35%, o que corresponde ao risco de 9% mencionado na reportagem.

Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, o modelo "Newave" está defasado, porque não leva em conta o uso das usinas térmicas ligadas por motivos de segurança. Só daqui a alguns meses o programa será atualizado para levar em conta os novos critérios em vigor desde 2008, para se considerar o risco real do sistema.

- No momento em que se está operando quantidade grande de térmicas, não tem sentido olhar para esse número. Hoje, o risco é praticamente zero por uma razão determinística, porque você vai chegar a novembro com um nível que permite enfrentar a pior hidrologia dos últimos 40 anos. Só teria problema se não tivéssemos térmicas suficientes - disse Tolmasquim.

"Atrasos não comeram folga do setor"

O presidente da EPE afirmou que o cálculo do equilíbrio estrutural do sistema elétrico, que leva em conta as perspectivas de oferta e demanda projetadas, considera um nível de risco de 2% de falta de oferta, o que hoje é confortável por conta de um excedente de geração de 1.773 Megawatts médios em relação à demanda prevista.

- Contrata-se mais do que o necessário, e os atrasos não comeram a gordura, a folga que temos no setor - disse Tolmasquim, alegando que a lista de obras da Aneel apontada na reportagem não se refere àquelas consideradas para assegurar as necessidades de oferta do mercado.

Tolmasquim e Chipp destacaram que, apesar do baixo nível dos reservatórios hoje, termelétricas estão sendo usadas para que as represas cheguem ao fim do período de chuvas com um nível de água que assegure a oferta de energia elétrica necessária para os próximos anos.

- Estamos aqui para, com todas as razões e todas as forças, dizer que não há risco nenhum de desabastecimento, de racionamento de energia A margem de risco é mínima, mas estamos a todo momento valorizando o risco, e não a segurança, que é de mais de 98%. O Brasil aprendeu com aquela dificuldade (de 2001) e nunca mais haverá racionamento no país - disse Lobão.
-------------

MENSALÃO (sem palavras)

Mensalão: acórdão sai nos próximos dias


Celso de Mello conclui voto; após publicação, prazo de recurso é de 5 dias


BRASÍLIA 

O ministro Celso de Mello, do STF, entregou ontem o voto escrito que proferiu no processo do mensalão. Os outros dez ministros que participaram do julgamento já haviam liberado seus votos. Com as anotações do ministro, o tribunal vai precisar de dois a três dias úteis para encaminhar o acórdão para publicação no Diário de Justiça. 

Portanto, isso deverá acontecer até o fim da semana.

O acórdão é um documento com o resumo das decisões tomadas ao longo dos quatro meses e meio de julgamento.

A assessoria do STF informou que Celso de Mello precisou de mais tempo para revisar seu voto porque o número de intervenções orais dele era maior que a de outros ministros. O tribunal vai precisar de dias extras para publicar o material completo, porque precisa montar a ordem de fala de cada ministro. Também será necessário inserir nos votos os apartes dos colegas.

Após a publicação do acórdão, os advogados dos réus terão prazo de cinco dias úteis para recorrer das condenações. O Ministério Público Federal poderá recorrer das absolvições. Depois de julgados os recursos, os réus condenados começarão a cumprir pena. Não há prazo para o STF julgar os recursos.

O prazo previsto no Regimento Interno do STF para a publicação do acórdão é de 60 dias depois de terminado o julgamento, descontados o período de férias e os feriados. A data limite era 1º de abril. O presidente da Corte e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, poderia, a partir das notas taquigráficas, publicar o acórdão. Mas ele preferiu aguardar os votos escritos e revisados de todos os colegas. É comum o descumprimento do prazo para publicação do acórdão. Segundo o regimento, pode haver desobediência do limite "salvo motivo justificado".

Dos 37 réus, 25 foram condenados e 12, absolvidos. 

Vários condenados pediram ao tribunal prazo maior do que os cinco dias previstos pelo regimento para apresentar recursos após a publicação do acórdão. Barbosa negou o pedido. Os réus recorreram ao plenário, mas a decisão não foi tomada.

Há dois tipos de recursos previstos: os embargos de declaração e os embargos infringentes. O primeiro tipo serve para apontar contradições ou omissões no acórdão. No segundo tipo, réus condenados com ao menos quatro votos pela absolvição podem tentar reverter a decisão em nova votação. Há esperança de mudança do placar, já que dois ministros se aposentaram ao longo do julgamento.
----

SPA's: CUSTO BRASIL

09/04/2013
Barbosa tem reunião ríspida com juízes


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, teve ontem um encontro tenso com os presidentes das três principais entidades representativas da magistratura. Ele criticou as formas de promoção na carreira, pediu o fim da politização da Justiça e entrou em debates ásperos em diversos momentos.
"O que avilta o juiz são dois fatores: sair com pires na mão para ser promovido e a promoção por merecimento que beneficia aqueles que têm canais políticos", disse Barbosa. "Os senhores não representam a nação. São representantes de classe", afirmou.

"Os senhores não representam a nação", diz Barbosa ao receber juízes no STF

Por Juliano Basile | De Brasília


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, teve ontem um encontro tenso com os presidentes das três principais entidades representativas da magistratura - a Ajufe, a AMB e a Anamatra. Ele criticou as formas de promoção na carreira, pediu o fim da politização da Justiça e entrou em debates ríspidos com os magistrados em diversos momentos.

"O que avilta o juiz são dois fatores: sair com pires na mão para ser promovido e a promoção por merecimento que beneficia os que têm canais políticos", disse Barbosa. "Justiça dependente de pires na mão a políticos é Justiça falha", completou.

O presidente da Ajufe, Nino Toldo, defendeu a promoção dos juízes pelos atuais critérios e foi chamado de "líder sindical" por Barbosa. O vice-presidente da Ajufe, Ivanir Cesar Ireno, argumentou que o projeto que autorizou a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) no país não foi aprovado de maneira açodada, como o presidente do STF havia dito, e foi advertido que abaixasse o tom de voz, pois sequer havia sido convidado para o encontro. "Sei que todos são magistrados, mas só concedi audiência a três", disse Barbosa.

No início do encontro, Toldo afirmou que a entidade tinha um ofício com propostas para fortalecer o Judiciário e o Estado de Direito. "Os senhores acham que o Estado de Direito no Brasil está enfraquecido?", questionou Barbosa. "Nós temos, seguramente, a mais sólida democracia da América Latina. Me causa estranheza pedir o fortalecimento das instituições democráticas, mas, enfim, eu vou ler o documento."

Em seguida, o presidente da AMB, Nelson Calandra, elogiou a atuação de Barbosa ao longo do julgamento do mensalão. "Mas o STF se prestigia por si próprio", respondeu Barbosa. "Eu recebo críticas injustas, infundadas, algumas são feitas com elementos falsos. Mas esse é um tribunal aberto, que delibera em público. Nada ocorre aqui nas sombras", continuou.

Calandra disse, então, que os demais tribunais do país também não tomam decisões "nas sombras" e voltou a tentar uma aproximação com o presidente do STF, afirmando que ele "promoveu o resgate do Judiciário" no julgamento do mensalão.

"Estou no STF há dez anos e relatei milhares de processos. Esse processo foi apenas mais um, o mais retumbante. Agi nesse processo da mesma forma que em outros. Não houve nada de extraordinário nesse processo em relação aos demais", enfatizou Barbosa.

Toldo disse, em seguida, que as associações de juízes apoiam o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "O CNJ não necessita de apoio", rebateu Barbosa. "Os seus atos estão previstos na Constituição e nas leis."

O presidente do STF lembrou que entidades de juízes entraram com ações no STF contra o CNJ. Calandra alegou que a AMB entrou com ação para que a Corregedoria do CNJ só atuasse nos casos de suspeitas contra juízes, após a apuração pelos tribunais. Nessa ação, a AMB foi derrotada por um voto no STF. "Essa questão está superada", desconversou Barbosa. "O gabinete do STF não é o local para discutir essas questões. Vocês têm um documento sobre o quê?"

Os presidentes das entidades disseram que gostariam de enviar algumas reivindicações. "Quando tiverem algo a colaborar, podem se dirigir primeiro a mim e, depois, à imprensa", advertiu o presidente do STF, que sofreu críticas das entidades em notas nas últimas semanas. "Os senhores não representam o CNJ. Os senhores não representam a nação. São representantes de classe. Mas eu não vim para debater com os senhores."

Calandra afirmou que pediu essa audiência ao gabinete da presidência do STF desde o fim do ano passado, mas não obteve resposta. Barbosa alegou que tem a agenda cheia. "Recebi esse senhor há quatro meses", disse o presidente do STF, referindo-se ao presidente da Ajufe, sem citá-lo pelo nome. "É Nino Toldo", respondeu o líder da Ajufe. "Eu não tenho a obrigação de lembrar o nome do senhor. Reconheci a sua fisionomia", retrucou Barbosa.

Quando os líderes das entidades defenderam a necessidade da criação de TRFs, o presidente do STF respondeu com ironia: "Tenho certeza de que essas sedes [de tribunais] serão construídas em resorts e praias". 

"Em Minas Gerais, não tem praia", rebateu Toldo. Barbosa disse, então, que a aprovação de novos TRFs foi uma irresponsabilidade, pois deve, segundo ele, triplicar o número de juízes no Brasil. "Essa é uma visão corporativa. A Justiça Federal vem se interiorizando de maneira impensada e irracional. É um movimento de irresponsabilidade. Eu gostaria de ter sido ouvido pelo Congresso, e não fui."

Ao fim do encontro, o presidente do STF advertiu os presidentes das associações que eles não deveriam ter visão meramente corporativa. "Nós não podemos raciocinar com aquilo que é apenas de nossos interesses. Temos que pensar no interesse de toda a sociedade", afirmou. "E, na próxima vez, não tragam representantes que não sejam os senhores", disse aos presidentes das associações. "Venham apenas os senhores", pediu, encerrando a reunião.

DAMA DE FERRO: UMA RELAÇÃO INTERNACIONAL DE AMOR E ÓDIO

09/04/2013
Visão do Correio 

:: Thatcher, a dama do mercado


A única primeira-ministra britânica recebeu, ao longo da trajetória política, aplausos calorosos ou críticas mordazes. Em três mandatos, Margaret Thatcher não conheceu a indiferença. Era-se a favor ou contra ela. Nunca neutro. Ela não buscou consensos durante 11 anos de poder. 

Implementou, com determinação e intransigência, reformas econômicas e sociais controversas. Graças a elas recebeu o apelido de dama de ferro.

Nada mais adequado. As incursões profundas pela economia abalaram estruturas sólidas que mudaram o rumo do Reino Unido e influenciaram importantes Estados. Depois delas, o mundo não seria o mesmo. A filha de pequeno comerciante formada em química pela respeitada Oxford University empenhou-se na moralização das finanças públicas e no combate à inflação.

Cortou gastos e impostos, privatizou estatais, fechou empresas improdutivas, incentivou o livre mercado. Não só. 

A representante do Partido Conservador enfrentou os poderosos sindicatos, que mandavam mais que o próprio governo. Alguns, cuja organização, capilaridade e articulação os tornavam capazes de paralisar o país, tiveram a força sensivelmente reduzida. É o caso do sindicato dos mineradores, que, dizia-se, podia provocar crise energética nacional.

Tão profundas mudanças geraram respostas polarizadas. A política neoliberal possibilitou a milhares de ingleses comprarem a casa própria e ações de empresas recém-privatizadas de energia e telecomunicações. 

A decadente bolsa de Londres ganhou importância, dinamismo e brilho. O país reconquistou a relevância no concerto das nações.

O outro lado da moeda mostra a face sombria. Trata-se do elevado custo social das iniciativas thatcherianas. A recessão se aprofundou. O número de desempregados, no auge das reformas, superou os 3 milhões de trabalhadores — cifra que se assemelhava à dos cruéis anos da Grande Depressão.

Em 1981, a popularidade da dama de ferro despencou para 25%, os níveis mais baixos da história. A Guerra das Malvinas, em 1982, veio em seu socorro. A vitória no conflito devolveu-lhe o prestígio, garantiu-lhe o êxito nas eleições do ano seguinte e elevou a altura da voz britânica no mundo. De braços dados com Ronald Reagan, a premiê atuou decisivamente contra a União Soviética.

Passados 34 anos do tsunami Margaret Thatcher, as opiniões continuam polarizadas. Os opositores a acusam de endeusar o livre mercado. Ao tempo em que esbanjava generosidade com o capital, cobrava alto custo do trabalho. As medidas por ela implantadas aumentaram a recessão e o desemprego. Desamparado pelos sindicatos, o trabalhador viu se esvair o Estado de bem-estar social duramente conquistado nos duros anos pós-Segunda Guerra Mundial. Mesmo depois da morte, um fato é certo. A dama de ferro continuará a provocar amor e ódio.
------

SÃO PAULO: A ETERNA LOCOMOTIVA

09/04/2013
Sem São Paulo, queda industrial teria sido maior


Em fevereiro a produção industrial paulista caiu 0,8% em relação ao mesmo mês de I 2012, mas cresceu 2,2% entre os primeiros bimestres de 2012 e 2013, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE. Dado o peso da indústria paulista na indústria brasileira, sem São Paulo o ritmo de queda do setor no País teria sido superior aos 2,5% registrados entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013.0 que dá uma boa ideia das dimensões do recuo do setor secundário.

É elevado o grau de volatilidade da produção industrial. Além disso, a queda da indústria, em fevereiro, foi generalizada. Na comparação com janeiro, ocorreu em 11 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Quando a comparação é feita com fevereiro de 2012, a queda alcançou 10 regiões.

O Estado mais atingido foi Minas Gerais: o recuo, entre janeiro e fevereiro, foi de 11,1%, o maior desde dezembro de 2008 (16,4%), no auge da crise global. A queda de 9,8% em relação a fevereiro de 2012 foi determinada por veículos automotores (-19,3%), metalurgia básica (-13,6%) e indústrias extrativas (-14,3%). Automóveis, zinco, chapas grossas de aço, minérios de ferro, químicos, minerais não metálicos e fumo registraram fortes quedas. Caiu muito a produção mineira de inseticidas, de cimentos e de cigarros. Outros Estados em que a indústria sofreu quedas expressivas entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013 foram o Espírito Santo (-13,4%) e o Pará (-7,2%), com a diferença de que eles têm menor peso na economia brasileira, influenciando menos o resultado geral.

A indústria tem sido o setor mais prejudicado pelas incertezas econômicas (houve queda em 2012 e o crescimento estimado para este ano já declinou para 2,5%, abaixo do projetado para a economia com um todo). Isso ocorre justamente quando surgem os primeiros sinais de reativação de investimentos. Até a arrecadação tributária será afetada pelas oscilações da produção industrial, cujos sinais de reação contrastam com os subsídios concedidos a um grupo de grandes empresas.

Uma retomada é esperada para os próximos meses, mas há obstáculos: um é a dificuldade de concorrer com os importados, em hora de elevada capacidade ociosa no mundo; outra, os problemas no mercado de mão de obra, demandada com mais força pela área de serviços. Embora na média os serviços remunerem menos do que a indústria, a diferença está caindo - ou seja, a indústria tem mais dificuldade de pagar os salários pedidos. O resultado é a perda de competitividade dos bens manufaturados.
---

INFLAÇÃO: SOB OS ÍCONES DA ''ARENA'' E "MDB'

09/04/2013
Dilma chama Delfim e Beluzzo para avaliar alta dos preços

Nakano e Augustin também foram chamados para debater conjuntura

Martha Beck


sem trégua na inflação


BRASÍLIA 

A presidente da República, Dilma Rousseff, reuniu ontem para um almoço o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e economistas "pesos-pesados", como o ex-ministro Delfim Netto e o ex-secretário de Política Econômica do governo Sarney, Luiz Gonzaga Beluzzo. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a ideia do encontro foi fazer uma avaliação sobre a atual conjuntura econômica com foco no crescimento e na disparada da inflação desde o início do ano.

Também participaram do almoço o secretário do Tesouro, Arno Augustin, e o professor da Escola de Economia da FGV Yoshiaki Nakano, que já foi consultor do Banco Mundial.

Embora o discurso oficial do governo seja de que a inflação está sob controle e que não fechará o ano acima do teto da meta, que é de 6,5% para este ano, Dilma está muito preocupada e tem feito questão de ouvir não apenas os integrantes de sua equipe econômica, mas também economistas que têm sido conselheiros do Planalto tanto na gestão do ex-presidente Lula quanto na de Dilma.

É justamente o caso de Delfim e Beluzzo. Delfim tem tentado tranquilizar a presidente sobre o quadro inflacionário, dizendo que o IPCA vai fechar o ano dentro da meta. Já Beluzzo, cujo perfil desenvolvimentista se afina com o da presidente, tem afirmado que é preciso equilibrar na balança a política monetária e o crescimento econômico, sem deixar que a alta de preços saia do controle.

foco no crescimento

O secretário do Tesouro foi uma figura nova no grupo. Augustin sempre foi próximo de Dilma, que conhece desde os tempos em que viviam no Rio Grande do Sul, mas vem ganhando prestígio e hoje é chamado para reuniões de avaliação, como a de ontem. O secretário tem seguido à risca a cartilha de Dilma e já deixou claro que a política fiscal vai continuar tendo como foco o crescimento da economia.

Um sinal dessa intenção é que o governo vai abater investimentos e desonerações da meta cheia de superávit primário de 2013, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), para tentar turbinar a economia.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


09 de abril de 2013

O Globo

Manchete: Sob pressão: Preço de alimentos dispara e ameaça meta de inflação
Analistas dizem que IPCA já acumula alta de mais de 6,5% em 12 meses. Dilma convoca reunião com o ex-ministro Delfim Netto e o ex-secretário Luiz Gonzaga Beluzzo, de Sarney, para avaliar alta dos preços, que estão afetados por chuvas, alta do frete e demanda aquecida. A disparada dos preços dos alimentos, que chegaram a subir mais de 100% nos últimos 12 meses, como o tomate e a farinha, ameaça a meta de inflação do governo. Com a alta no frete, as chuvas prolongadas e a demanda aquecida, analistas apostam que o teto da meta, de 6,5%, já estourou no mês passado. É a primeira vez que isso ocorre desde novembro de 2011. Para avaliar o crescimento e a alta da inflação, a presidente Dilma Rousseff realizou ontem uma reunião com o ex-ministro Delfim Netto e o ex-secretário de Política Econômica do governo José Sarney, Luiz Gonzaga Beluzzo. (Págs. 1, 19 e 20)
Enquanto isso... Metade do país apura fraude na merenda escolar
Ao menos 13 estados investigam desvio do dinheiro da merenda escolar. Em Roraima, a fraude prospera onde os alunos recebem comida estragada e atrasada. (Págs. 1 e 3)
Economia pisa no tomate
Após o preço do tomate subir mais de 100%, o produto sumiu do cardápio de muitas famílias e até de restaurantes. Na internet, porém, virou alvo de piadas. Tudo começou depois que, no início do mês, uma cantina em São Paulo informou que iria parar de comprar tomate e deixou de oferecer pratos tradicionais, como a macarronada ao sugo. (Págs. 1 e 19)
Obituário / Margaret Thatcher: Dama polêmica até o fim
A morte da ex-premier britânica Margaret Thatcher, aos 87 anos, após um derrame cerebral, trouxe à tona divisões sobre o seu legado ao país que governou de 1979 a 1990. Primeira mulher a ocupar o cargo, pelo Partido Conservador, Thatcher ficou conhecida como a Dama de Ferro. Paladina do Estado enxuto, inaugurou uma era de liberalismo econômico no Reino Unido, e no mundo, cujos resultados são vistos ainda hoje. O país chorou e celebrou sua morte. Mas tanto admiradores quanto detratores ressaltaram sua importância histórica. (Págs. 1 e 26 a 29 e Míriam Leitão)
Nó do setor elétrico: Governo nega risco de racionamento
O ministro Lobão negou risco de racionamento na Copa das Confederações, este ano, e na Copa do Mundo, em 2014. Segundo dados repassados ao mercado, conforme O GLOBO publicou ontem, o risco subiu a 9%, acima da média de 5%. "Atrasos nas obras não comprometem a segurança" disse Lobão. (Págs. 1 e 21)
A poluição da CSN: Rio Paraíba do Sul está contaminado
Desde 2004, a Companhia Siderúrgica Nacional sabe que a contaminação do solo com metais pesados atinge as águas do Paraíba do Sul, que abastece o Rio. (Págs. 1 e 8)
Imigração sem controle: Onda de haitianos volta ao Acre
Sem controle na fronteira, haitianos voltaram a entrar ilegalmente no Brasil: este ano, 1.700 já chegaram a Brasileia, no Acre. O limite de vistos legais é 1.200 por ano. (Págs. 1 e 4)

Em clima de guerra: Barbosa: TRFs serão em resorts
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, disse que os juizes apoiaram de modo sorrateiro a criação de novos TRFs. "Serão em resorts" atacou. (Págs. 1 e 6)
A era Feliciano: 'Jesus matou John Lennon'
Em culto religioso, deputado disse que ex-beatle debochou de Deus, e que anjo tocou no manche do avião que caiu com Mamonas Assassinas. (Págs. 1 e 7)
------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo

Manchete: Documento confirma ação da Abin nos portos
Ofício determina vigilância de sindicatos e desmente ministro, que classificou informação como ‘mentirosa’

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou operação para monitorar sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, em 15 Estados litorâneos, informa Alana Rizzo. Documento de 13 de março mostra os objetivos da ação: informar a disposição dos portuários em promover greve e apontar eventual apoio de outras categorias. O ofício desmente o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), José Elito. Ele classificou de mentirosa reportagem publicada pelo Estado no dia 4 que mostrou a existência de monitoramento no Porto de Suape (PE). O principal alvo da operação são sindicalistas ligados à Força Sindical. A central se uniu às críticas feitas pelo governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, Eduardo Campos, contra a MP. Campos não comentou. O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva (PDT- SP), criticou a ação. (Págs. 1 e Nacional A4)

'A gente monitora tudo'

O ministro-chefe do GSI, José Elito, reconheceu a existência do ofício que determina monitoramento dos portos. “A gente monitora tudo. O que a gente faz é para assessorar a presidenta”. (Págs. 1 e A4)
Novos tribunais vão ficar em resorts, ironiza Barbosa
Contrário à emenda constitucional que cria quatro Tribunais Regionais Federais (TRFs), o presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou ontem que a medida ocorreu de forma sorrateira, “ao pé do ouvido” e “no cochicho”. E ironizou, afirmando que os tribunais seriam criados em resorts, “próximo da praia”. Barbosa falou em audiência com dirigentes de entidades de juízes e, ao ser contestado, mandou interlocutor “baixar o tom de voz”. (Págs. 1 e Nacional A7)
Júri do Carandiru é adiado por 1 semana
Protesto na Faculdade de Direito do Largo S. Francisco lembra os 111 mortos no massacre. Marcado para ontem, julgamento de 26 PMs foi adiado após jurada sentir-se mal. Governador na época, Fleury Filho será intimado a depor. (Págs. 1 e Cidades C3)
Ministras do governo Dilma criticam Feliciano
As ministras Luiza Bairros, da Igualdade Racial, e Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, criticaram ontem o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), colocando o Planalto no debate sobre a permanência na Comissão de Direitos Humanos. Em vídeos de 2005, Feliciano justificou a morte de John Lennon e dos Mamonas Assassinas como punição de Deus. (Págs. 1 e Nacional A6)
Pyongyang suspende fábrica criada com Seul
A Coreia do Norte anunciou a suspensão das operações na zona industrial de Kaesong, símbolo da cooperação entre as duas Coreias, e analisará se ela será fechada definitivamente, informa Cláudia Trevisan, enviada especial a Pyongyang. O agravamento da crise tem dificultado o trabalho de agências humanitárias. (Págs. 1 e Internacional A8 e A9)
Santas Casas ameaçam fechar e pedem reajuste (Págs. 1 e Vida A14)

Contaminação em Volta Redonda dá multa à CSN (Págs. 1 e Vida A15)

Thomas L. Friedman 
Desperdício do intervalo

Durante os últimos cinco anos, o mundo teve uma pausa dos grandes conflitos. Mas ela pode estar perto de acabar. (Págs. 1 e Visão Global A12)
José Paulo Kupfer 
Termômetro imperfeito

O índice de difusão de preços sem uma devida qualificação pode levar a enganos na análise das tendências de inflação no País. (Págs. 1 e Economia B3)
Tutty Vasques 
Coisa de criança!

Como em um desentendimento entre meninos, Kim Jong-un só estaria esperando que alguém cuspa perto dele para começar a guerra. (Págs. 1 e Cidades C4)
Margaret Thatcher: Morre a Dama de Ferro
A ex-premiê britânica Margaret Thatcher – a mais importante e polêmica desde Churchill - morreu ontem aos 87 anos. Ela sempre defendeu sua ‘revolução conservadora’, com base em privatizações. (Págs. 1 e Internacional A10 e A11)

Líder resistiu aos sindicatos

Quando Thatcher assumiu, qualquer decisão que desagradasse aos sindicatos era acompanhada de greves que paralisavam a economia. No fim de uma queda de braço com os mineiros, os sindicatos tiveram de ceder.
Notas & Informações
A apuração que faltava

No mínimo dos mínimos, Lula teria sido alertado para o que se dizia no Congresso. (Págs. 1 e A3)
------------------------------------------------------------------------------------
Correio Braziliense

Manchete: A mulher que mudou um país e influenciou o mundo
Primeira mulher a assumir um cargo de premiê na Europa, Margaret Thatcher morreu ontem aos 87 anos, vítima de um derrame. O continente vivia dias difícies na economia no fim dos anos 1970, quando ala foi escolhida primeira-ministra britânica. De 1979 a 1990, quando ocupou o posto por três mandatos consecutivos, Thatcher enfrentou sindicatos, cortou gastos sociais, privatizou empresas. Sua política de austeridade tirou o Reino unido da crise e influenciou governos no mundo inteiro. Conhecida peço pulso forte e pelo estilo autoritário, ela participou das negociações que levaram ao fim da Guerra Fria. Mas não hesitou em responder pelas armas à invasão das Ilhas Falklands-Malvinas. Não à toa, ganhou dos russos o apelido de “Dama de Ferro”. No auge da popularidade dela, o então presidente americano, Ronald Reagan, a definiu como "o melhor homem da Europa". À maneira Reagan, era um elogio à fiel parceira dos EUA. Ninguém conseguia ficar indiferente a Thatcher, uma mulher que até na hora da morte, despertou reações de amor e ódio entre admiradores e desafetos. (Págs. 1, 14 a 16 e Visão do Correio, 12)
DF em alerta: Dengue avança e número de casos aumenta 317% em 2013
Nos três primeiro meses do ano, 1.118 pessoas tiveram a doença em Brasília, contra 268 no mesmo período de 2012. Apesar dos estados vizinhos viverem uma epidemia — em Goiás, são 90 mil casos -, a Secretaria de Saúde do DF garante que a situação está sob controle. (Págs. 1 e 23)
Custo de vida: Comer fora em Brasília está 41,5% mais caro
O preço das refeições em Brasília é o segundo mais alto do Brasil, atrás apenas de Belém (PA). Em um ano, o preço da alimentação em restaurantes subiu 41,5%. Um prato completo custa, em média, R$ 32,23. (Págs. 1, 21 e 22)
Para ministra de Dilma, Feliciano incita o ódio e a violência no país (Págs. 1 e 25)

O “reino” do tomate avisa: o preço vai subir
O agricultor Adelino Alves mostra a “joia”: em Goiás, o maior polo da fruta no país, produtores dizem que o quilo deveria custar R$ 12. (Págs. 1 e 8)
------------------------------------------------------------------------------------
Valor Econômico

Manchete: Divida fiscal por lucro no exterior deve ser parcelada
A proposta do Ministério da Fazenda para a tributação do lucro obtido por empresas coligadas ou controladas por multinacionais brasileiras no exterior incluirá o parcelamento das dívidas já existentes, que beiram os R$ 40 bilhões, e uma nova legislação para disciplinar o pagamento dos impostos após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cobrança. O passivo tributário que grandes empresas acumulam em seus balanços poderá ser parcelado em até cinco anos, com perdão de parte significativa de multas e juros.

O percentual de redução dos encargos ainda não foi definido, mas, segundo uma fonte que participa das negociações, “a ideia é que as empresas não sejam descapitalizadas por causa da dívida” e, ao mesmo tempo, o governo obtenha uma receita adicional. (Págs. 1 e A3)
R$ 15 bilhões em ofertas de ações em abril
Neste mês, ofertas de ações de seis companhias vão testar o apetite dos investidores, depois de um longo período de ressaca. As operações somam entre R$ 11,5 bilhões e R$ 15,6 bilhões, puxadas principalmente pela estreia da BB Seguridade na bolsa de valores. Sozinha, a empresa de seguro, previdência e capitalização do Banco do Brasil deve abocanhar cerca de 70% dos valores que devem ser movimentados nessas operações. As outras companhias são Biosev (açúcar e álcool), Smiles (milhagem), BHG (hotéis), Abril Educação e Alupar (energia). Algumas características das operações mostram que os estruturadores dos negócios estão oferecendo maiores garantias aos investidores de que essas ofertas vão, de fato, acontecer. (Págs. 1 e C1)
Dilma vê economia bem, mas ouve conselheiros
A presidente Dilma Rousseff almoçou ontem com seus dois principais conselheiros - o ex-ministro Delfim Netto e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo - além de Yoshiaki Nakano. Nenhum deles se opõe ao aumento dos juros agora, como instrumento de controle da inflação. Sobre a posição da presidente, Belluzzo comentou: "Ela não tem esse tipo de dogma". Segundo o economista, "o Brasil se divide entre os que acham que não pode haver aumento de juros e os que acham que os juros não podem cair".

O índice de difusão da inflação, que mostra que 74% dos produtos que compõem os índices de preços estão contaminados por aumentos, é um problema que exige um sinal, elevando os juros, diz Belluzzo. A dosagem do aumento é a decisão do Banco Central. Na avaliação do economista, a inflação não está com tendência de aceleração, mas “com rigidez de baixa”. (Págs. 1 e A3)
Barbosa tem reunião ríspida com juízes
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, teve ontem um encontro tenso com os presidentes das três principais entidades representativas da magistratura. Ele criticou as formas de promoção na carreira, pediu o fim da politização da Justiça e entrou em debates ásperos em diversos momentos.

“O que avilta o juiz são dois fatores: sair com pires na mão para ser promovido e a promoção por merecimento que beneficia aqueles que têm canais políticos”, disse Barbosa. “Os senhores não representam a nação. São representantes de classe”, afirmou. (Págs. 1 e A6)
Alemanha agrega valor a café brasileiro
A Alemanha importa cada vez mais café verde do Brasil e do Vietnã para sustentar a posição de maior reexportador do produto e grande torrefador. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), empresas alemãs têm obtido ganho médio de 74% sobre o que pagam com a importação do produto por meio da agregação de valor (processamento, torrefação, distribuição e marketing).

O café brasileiro representou 34% do total importado pela Alemanha em 2011 e continua em alta. Em 1990, respondia por 12,9%. Os alemães ganham com a reexportação e a torrefação de café para seu mercado quase tanto quanto o Brasil, o maior produtor e exportador mundial: para importação de US$ 2,5 bilhões, faturou US$ 5,8 bilhões, enquanto a receita cambial brasileira com o produto foi de US$ 6,3 bilhões em 2012. (Págs. 1 e B16)
'Clubes de usuários' das teles preocupam Anatel
De cada dez ligações telefônicas feitas no país no ano passado, oito eram dentro da mesma rede de uma operadora, segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende. Preocupado com a falta de concorrência entre as teles, ele toma precauções para evitar a formação de oligopólios.

Criados para conquistar a fidelidade dos usuários, os “clubes de usuários” permitem economia na conta do telefone ao se falar dentro da rede da mesma operadora. (Págs. 1 e B3)
Leilão abre chance para usina a carvão
A decisão do governo de incluir usinas a carvão mineral no próximo leilão de energia, no segundo semestre, levou empresários a revisar projetos engavetados por conta de problemas ambientais.

Eles calculam que cerca de RS 10 bilhões em negócios sejam gerados a partir da construção de três térmicas a carvão. Apesar de criticadas pela grande emissão de gás carbônico, as usinas têm autorização para entrar em operação. (Págs. 1 e Bll)
Governo pode ajudar Eike no Porto de Açu
O governo Dilma Rousseff considera que o principal desafio das empresas de Eike Batista não é de ordem financeira, mas, sim, uma crise de confiança e, por isso, trabalha para ajudar a restaurar sua credibilidade. Para melhorar a situação, Brasília estuda viabilizar o Porto de Açu, no Rio. Eike integra um seleto grupo de empresários que mantêm contatos diretos com Dilma e também é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Enquanto estuda e negocia alternativas para melhorar a estrutura de capital de suas empresas, o grupo EBX precisa manter a confiança dos credores para rolar as dívidas de curtíssimo prazo. Da dívida bruta total de R$ 24,8 bilhões das cinco principais empresas do grupo no fim de 2012, uma parcela de R$ 1,44 bilhão vence até o fim de junho. (Págs. 1 e B6)
IPCA deve superar meta
Pesquisa do Valor Data aponta que a inflação medida pelo IPCA — que será divulgada amanhã — deve ter avançado 0,5% em março, o que representaria 6,61 % em 12 meses, acima do teto da meta. (Págs. 1 e A2)
Wilson Sons mira Suape e Manaus
Com plano de investimento de R$ 1,5 bilhão nos próximos quatro anos, o grupo de logística Wilson Sons avalia ampliar sua atuação no setor portuário, com destaque para Suape e Manaus. (Págs. 1 e B1)
Novos voos do Super Tucano
A Embraer anuncia hoje, na feira internacional de defesa e segurança, no Rio, a venda de nove turboélices de ataque leve Super Tucano. Conforme o Valor apurou, um dos compradores é o governo da Guatemala e o outro um país africano, possivelmente o Senegal. (Págs. 1 e B7)
Rio sonha com 'Lloyd´s' carioca
A Rio Negócios, agência de fomento carioca, e a Federação Nacional das Empresas de Resseguros tentam viabilizar a criação de um polo segurador na cidade, empreendimento orçado em mais de R$ 1 bilhão. (Págs. 1 e C14)

Captações externas
Após um início de ano fraco para emissões brasileiras de bônus no exterior, abril promete uma retomada. Ontem, Gerdau e JBS captaram mais de US$ 1 bilhão e há outras quatro operações em andamento, que devem levantar ao menos US$ 1 bilhão. (Págs. 1 e C14)
Avanço dos BDRs
Com oportunidades escassas na bolsa, a compra de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), recibos de ações de companhias estrangeiras negociados no Brasil, movimentou R$ 192 milhões até 5 de abril, quase o mesmo total de todo o ano passado. (Págs. 1 e Dl)

Suporte terceirizado fora do Simples
Receita Federal consolida entendimento de que empresas que prestam serviços de terceirização de suporte técnico para programas e sistemas de computador não podem aderir ao Simples Nacional. (Págs. 1 e El)
Em defesa do contribuinte
Novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Coêlho, que assumiu em fevereiro, quer uma OAB mais atuante e focada em questões nacionais, com destaque para a área tributária. “O cidadão está desprotegido nesse campo”. (Págs. 1 e El)
Ideias
Delfim Netto

O governo sabe que o namoro inflacionário duradouro com a banda superior da meta é um convite à sua persistência. (Págs. 1 e A2)

Yoshiaki Nakano

Se o governo não está disposto a fazer uma contração fiscal que mereça esse nome, não resta ao BC senão elevar os juros. (Págs. 1 e A15)

Demanda forte faz preços dos imóveis subirem nos EUA (Págs. 1 e B13)

Legado da 'Dama de Ferro' sobrevive à morte de Thatcher (Págs. 1, A12 e A13)

------------------------------------------------------------------------------------
Estado de Minas

Manchete: A culpa não é só dele...
Tomate é o maior vilão, mas preços de outros hortigranjeiros também disparam e alimentam a inflação

Comparado nas redes sociais a joias e artigos de luxo, o tomate está na boca do povo, mas como sinônimo de coisa cara. Não é à toa. É o item que mais pesa na cesta básica de BH e seu preço subiu 26,4% no atacado de fevereiro para março. Porém, não está sozinho. Outros alimentos in natura tiveram reajustes impressionantes e até maiores no período, como vagem, beterraba, cebola e batata. Em 12 meses, a alta do tomate alcança 139,18%. Mas, também nesse caso, há outras elevações de preço tão ou mais indigestas, como a da batata (147,89%). O custo dos hortigranjeiros assusta a dona de casa e preocupa o governo, que vem tendo muito trabalho para conter a inflação. E quem opta por comer fora de casa não escapa. Pesquisa mostra que o preço médio do quilo nos self-services da capital aumentou 8,41% e o do PF disparou 19,53%, de maio de 2012 a abril de 2013, contra inflação oficial de 6,03% no ano passado. (Págs. 1, 9 e 10)
Congresso: Nem Lennon escapa de Feliciano
Em vídeo de pregação, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados diz que mortes do ex-beatle e dos Mamonas Assassinas foram castigo divino. Marco Feliciano (PSC-SP) se reúne hoje com líderes partidários, que tentarão convencê-lo a deixar o cargo. (Págs. 1 e 3)
Seca: Copasa terá subsidiária para ajudar municípios
A Copasa Irrigação dará lugar à Copasa Estudos e Projetos contra a Seca, com a missão de atuar nas 168 cidades do Norte, Mucuri e Jequitinhonha assoladas pela estiagem. (Págs. 1 e 5)
Controversa até na despedida
Se em vida a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher dividiu opiniões com sua política neoliberal, o adeus não foi diferente. Vítima de derrame, a Dama de Ferro morreu aos 87 anos e recebeu homenagens de líderes políticos de vários países. Nas ruas de Londres, cartazes e flores em memória da primeira mulher a comandar o Reino Unido dividiram espaço com comemorações de críticos à política linha-dura de Thatcher. (Págs. 1, 9, 13, 14 e Editorial, 6)
Turismo: Brasileiros em busca de maratonas e lazer (Págs. 1, 4 e 5)

Maior rigor: Bares da capital tentam se adaptar à fiscalização (Págs. 1, 17 e 18)

------------------------------------------------------------------------------------
Jornal do Commercio

Manchete: Funase muda após morte
Assassinato de interno de 16 anos, ontem, em Abreu e Lima, fez governo anunciar pacote para a Fundação. Entre as medidas, estão a instalação de 250 câmeras, construção de novas unidades e contratação de agentes e outros profissionais. (Págs. 1 e Cidades 2)

Morre a mulher que reinventou a economia
Privatização, neoliberalismo e livre mercado foram algumas das bandeiras da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, que morreu ontem aos 87 anos. Depois, muitos de seus princípios foram seguidos em quase todo o mundo ocidental, inclusive no Brasil. Alvo de manifestações de amor e de ódio, a Dama de Ferro deixa legado que não pode ser ignorado. (Págs. 1 e 8 ,9 e caderno C1)
Dinheiro da merenda ameaçado
Segundo o MEC, quase 800 cidades podem ficar sem a verba por irregularidades que vão desde fraudes a comida estragada. 29 são pernambucanas, entre elas polos econômicos como Santa Cruz do Capibaribe e Ipojuca. (Págs. 1 e 7)

Tomate subiu 200% somente em um ano
Seca no Nordeste e chuva no Sul são os maiores vilões que fizeram preço disparar. (Págs. 1 e economia 4)

Rompimento
Coreia do Norte suspende operação com a do Sul em complexo industrial. (Págs. 1 e 12)
Grupo cearense vai operar na Arena da Copa (Págs. 1 e economia 1)

------------------------------------------------------------------------------------
Zero Hora

Manchete: Metrô da Capital vira promessa sem prazo
Grupo técnico pede mais tempo à prefeitura para escolher o melhor projeto entre duas propostas. Obras, que deveriam começar até setembro, agora não têm previsão. (Págs. 1 e 33)
Nos bastidores: Detenção de suspeito gera mal-estar na polícia do RS
Investigações simultâneas sobre morte de taxistas revelam divisão. (Págs. 1 e 42)
Fotolegenda: Entre afagos e farpas
Na abertura do 26º Fórum da Liberdade, Tombini destaca conquistas do governo e Gerdau aponta falta de estratégia. (Págs. 1, 16, 18 e 19)
De novo ele: Preço do tomate subiu quase 200% em um ano
Porto Alegre é a capital com o segundo maior aumento do produto no país. (Págs. 1 e 20)
Cerco ao vício: Em debate, nova lei para usuários de drogas
Previsto para ser votado amanhã, projeto prevê internação mesmo sem ordem judicial. (Págs. 1, 4 e 5)
O adeus à Dama de Ferro
Ícone do liberalismo e uma das personalidades do século 20, ex-premier Margaret Thatcher morreu ontem aos 87 anos. (Págs. 1, 28 e 29)
------------------------------------------------------------------------------------
Brasil Econômico

Manchete: Governo se preocupa com o atraso na reforma do aeroporto do Galeão
O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, foi ao Rio de Janeiro e pediu pressa no ritmo das obras. Para a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude não há o que fazer. Compromisso agora é com a Copa 2014. (Págs. 1 e 6)
O inferno de Eike está cada vez mais longe do fim
Cotadas a R$ 1,68, as ações da OGX atingiram o menor patamar desde que estrearam na bolsa em junho de 2008. “As empresas de Eike Batista perdem credibilidade e não inspiram confiança no investidor”, dizem os especialistas. (Págs. 1 e 22)
Bradesco é o mais rentável da América
Segundo estudo da Economática, o Brasil permanece em 1º lugar no continente em rentabilidade entre os bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões. (Págs. 1 e 24)
IPO da Smiles pode alcançar R$ 1,35 bi
A venda de R$ 400 milhões da oferta inicial de ações da empresa controlada pela GOL está garantida por acordo com o fundo General Atlantic. (Págs. 1 e 23)
Ministro Lobão volta a negar risco de racionamento
Para titular de Minas e Energia, atraso em obras do setor elétrico não gera desabastecimento. (Págs. 1 e 6)
Abilio Diniz pode abrir mercados no exterior para BRF
Eleição do conselho será realizada hoje e sócio do Pão de Açúcar é candidato à presidência. (Págs. 1 e 13)
Mercadante afirma que o PT “não tem dono”
Ministro da Educação assume pré-candidatura, mas diz que ainda não foi consultado. (Págs. 1 e 10)
Adeus à Dama de Ferro
Margaret Thatcher, que morreu ontem, deixa um legado de amor e ódio.

Modelo de privatização incentivou pulverização do capital das estatais.

Ex-dirigente venceu dura queda de braço com o sindicato dos mineiros. (Págs. 1 e Especial)
------------------------------------------------------------------------------------