PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, setembro 19, 2008

EDITORIAL: EUA, MUNDO E NOVO "CRASH"

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CRISE FINANCEIRA GLOBAL
Mídia não ligou o alarme
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[Por Alberto Dines, em 19/9/2008]
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Não são muitos os países que exibem em seus quadros de altos executivos um jornalista-banqueiro. O Brasil tem este privilégio – e Alcides Amaral, ex-presidente do Citibank, diplomado em jornalismo pela Cásper Líbero, mostrou na quinta-feira (18/9), na página A-12 do jornal Valor Econômico, os seus duplos atributos com uma análise contundente da crise financeira [ver abaixo]. Fala-se muito em crise sistêmica, mas o nosso jornalista-banqueiro aponta as falhas humanas como principal responsável pela catástrofe. Segundo Alcides Amaral, as falhas começaram com as agências de ratings – os radares do sistema que não conseguiram entender o que se passava antes e depois do estouro da bolha hipotecária em fevereiro de 2007. A principal acusada por Alcides Amaral é "a filosofia do bônus que imperou de forma irresponsável por todo o sistema financeiro. Bônus de milhões de dólares para aqueles mágicos que estavam gerando expectativa de lucros fabulosos para as suas instituições".Função críticaA irresponsável "filosofia do bônus" subverteu as normas de trabalho: salários eram ínfimos se comparados com as bonificações, ninguém pensava no ano seguinte, apenas no balancete do fim do mês. O bônus criou uma euforia que se ajustava muito bem ao ciclo de prosperidade da economia mundial. Nosso colega, porém, não discute o papel da mídia na crise. Pode-se dizer que a mídia falhou ao abandonar sua função crítica, preferiu pegar carona na bolha imobiliária. Para vender ou comprar imóveis é preciso anunciar imóveis, financiamentos e créditos generosos. Qual o jornalista que teria a coragem de ligar o alarme no meio do fantástico faturamento do seu veículo com publicidade imobiliária? O resultado é esta reprise do crash de 1929.

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O fator humano na crise americana

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O estouro da bolha imobiliária americana gerou prejuízos enormes para os bancos dos países ricos. Os americanos, especialmente Citigroup e Merrill Lynch, e o UBS (suíço), foram aqueles que até agora registraram as maiores perdas – todas superiores a US$ 35 bilhões – e, o pior, não vai parar por aí. Estimava-se pessimistamente que a provisão global dos bancos com o estouro da bolha, que ficou mais conhecida como a crise do subprime, seria de US$ 500 bilhões, e hoje já há quem multiplique por três ou por quatro esse valor face ao alastramento dos problemas, atingindo moradias de maior valor, cartões de crédito, empréstimos pessoais etc. Foi um gigantesco castelo de cartas que desmoronou, pegou a todos de surpresa pelas cifras envolvidas e não há dúvida de que o sistema financeiro do Primeiro Mundo será, doravante, bem diferente.Pois bem, esse é o lado financeiro da crise que mais preocupa a mídia e os analistas. Pouco ou nada se falou, até agora, do "fator humano" da crise, onde milhões perderam e alguns milhares ganharam.Inicialmente, é bom que se diga que nunca na história do sistema financeiro internacional se viu tanta incompetência ao mesmo tempo. O Fed , que tem como uma das suas principais funções fiscalizar os bancos, não viu a bolha crescer e, depois que ela estourou, não teve alternativa que não despejar bilhões de dólares para dar liquidez ao sistema e segurar os grandes bancos comerciais e de investimento dos EUA. Como dizem os amigos do Tio Sam, esses bancos – Citi, Merrill Lynch etc – são "too big to fail". Portanto, falha imperdoável de análise dos técnicos do Fed, que por certo ganharam atrativos bônus antes da bolha estourar. As companhias de ratings também não foram capazes de enxergar um palmo à frente do nariz nas suas análises. Com ratings de investment grade, motivaram muitos a comprarem tais papéis lastreados em hipotecas de pessoas das classes C e D. Também ganharam seus polpudos bônus e agora assistem tranqüilos o castelo de cartas desmoronar. Nos bancos, as coisas não foram diferentes. Cada um deles possui auditoria interna independente que verifica periodicamente a qualidade da carteira de crédito da sua instituição. Também foram envolvidos pela euforia global, receberam seus bônus e os seus bancos estão hoje tendo que amargar pesadas perdas por mais essa prova de incompetência.
Crença no milagre
Como podemos verificar , em termos de supervisão, houve uma falha coletiva que levou o americano a pensar que se tornara rico da noite para o dia. Conversando com um motorista de táxi em Nova York, no outono de 2006, perguntei a ele se não estava preocupado com a valorização – que a mim já parecia excessiva – dos imóveis nos Estados Unidos. Respondeu-me que sim, que comprou sua casa financiada por US$ 300 mil e que, naquele momento, valia US$ 700 mil. Acreditava que um ajuste iria ocorrer, e que o preço de sua moradia iria cair para uns US$ 500 mil. Hoje, infelizmente, deve ser um daqueles que está "sem teto", devido à queda do valor dos imóveis e à completa falta de liquidez. Assim como esse motorista, milhões de americanos de baixo poder aquisitivo viram seu sonho de possuir sua casa própria (juro atraente e prazos de até 30 anos) transformar-se em pesadelo. Não bastasse, a ânsia de ganhar dinheiro mais rápido fez com que milhões de americanos fossem aos seus bancos e tomassem a segunda e, depois, a terceira hipoteca sobre o mesmo imóvel, para comprar casa na praia, mobiliário novo, viajar etc. E, assim, os bancos aumentaram suas carteiras de crédito de forma agressiva, o que, na teoria, geraria muito mais lucro nos anos seguintes. Esses gerentes também ganharam seus polpudos bônus e, por tabela, toda sua linha de supervisão até chegar ao chairman da instituição financeira. Lucros gigantescos – até aquele momento –, bônus igualmente gigantescos. O que a crise imobiliária evidenciou claramente é que a "filosofia do bônus" imperou de forma irresponsável por todo o sistema financeiro. Bônus de milhões de dólares para aqueles "mágicos" que estavam gerando a expectativa de lucros fabulosos para suas instituições. Esse foi o grande mal do sistema, pois o bônus passou a ser muito mais importante do que o salário. Estruturas criativas são elaboradas, bilhões de dólares são teoricamente gerados e, da noite para o dia, milhares de jovens executivos e seus ausentes superiores tornam-se milionários. Enquanto isso, o "povão" – que existe também por lá, não só por aqui – perdeu tudo o que tinha, pois acreditou no milagre da casa própria. Como o ex-famoso Greenspan baixou a taxa de juro para 1% ao ano, todos voltaram-se para o mercado imobiliário, pois os investimentos financeiros pouco rendiam.
Resultados efetivos
O que causa maior espanto é que os banqueiros, aqueles responsáveis pelas instituições que amargaram prejuízos de bilhões de dólares, mesmo demitidos (ou chamados a se demitirem), saíram dos bancos mais ricos do que entraram. Não foram capazes de avaliar que toda bolha um dia estoura e foram premiados pela aposentadoria precoce. Quem trabalha 35/40 anos em uma empresa, aposenta-se com algum benefício, mas longe de tornar-se rico. Lá na cúpula dos bancos o tratamento é diferente. Ao invés de saírem "algemados", deixam os bancos com os bolsos carregados de dólares, além de benefícios adicionais. Diante dessa realidade, a pergunta que fica é: onde está a vantagem de trabalhar honesta e corretamente a vida inteira diante dessa extraordinária injustiça? Enfim, esse é mais ou menos o quadro de como ficou o "fator humano" diante dessa crise toda que ainda está por aí e não irá desaparecer tão cedo. O pobre, aquele cidadão que viu a possibilidade de ter sua casa própria, ficou pior do que estava. E aqueles que criaram o problema, ganharam bônus significativos e tocam suas vidas sem maiores preocupações. Não temos nada contra premiar boa performance com bônus, muito pelo contrário. Mas devemos fazê-lo com moderação, baseados em contribuição e resultados efetivos, e não na expectativa de lucros fabulosos.
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[Alcides Amaral # reproduzido do Valor Econômico, 18/9/2008; intertítulos do OI.
Alcides Amaral é jornalista, ex-presidente do Citibank S/A e autor do livro Os limões da minha limonada]***
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=503IMQ006
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

19 de setembro de 2008
O Globo
Manchete: Dólar dispara e vai a R$ 2
Para enfrentar a alta da moeda americana, o presidente do BC, Henrique Meirelles, anunciou que voltará a vender dólares no mercado, o que não fazia desde fevereiro de 2003. A pressão de estrangeiros resgatando aplicações no Brasil para cobrir perdas no exterior fez a cotação subir 5%. No fechamento, o dólar recuou e ficou em R$ 1,93, com alta de 3,32%. Mas quem precisou de dólar turismo viu que a moeda já passa de R$ 2. Os bancos centrais de EUA, Suíça, Canadá, Inglaterra e Japão, junto com o Banco Central Europeu (BCE), fizeram ação conjunta de US$ 180 bilhões para socorrer instituições pelo mundo. Com isso, as bolsas reagiram bem. O índice Dow Jones subiu 3,86% e a Bovespa, 5,48%. Em Moscou, não houve negócios, pelo segundo dia.(págs. 1 e 25
a 31)
Frase"Bancos importantes que passaram a vida dando palpites sobre o Brasil estão quebrando" Lula. (pág. 1)
Bancos reduzem prazo e sobem juros para emprestar
O agravamento da crise americana já levou os bancos no Brasil a apertar o crédito para a empresas e pessoas físicas, com prazos mais curtos e taxas maiores. Segundo executivos, a reação pode comprometer investimentos no setor produtivo. (págs. 1 e 31)
Após 6 anos, educação desafia a Era Lula
A melhoria de renda e emprego, assim como a queda na desigualdade não está sendo acompanhada, no governo Lula, por avanços na educação. Nessa área, segundo dados do Pnad/2007 divulgados pelo IBGE, o país enfrenta um retrocesso. O número de estudantes de 15 a 17 anos nas escolas caiu 1,6%. O Brasil tem mais analfabetos que países como Bolívia e Suriname. (págs.1 e 32 a 35)
PF afasta quem investigou o número 2
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, afastou ontem os delegados que comandaram a investigação que resultou na prisão do número dois na hierarquia da instituição, o diretor-executivo Romero Menezes.O Ministério Público Federal recorreu ao STF contra a criação da central de grampos ordenada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). (págs. 1 e 11)
Suíça condena 5 executivos no caso SilveirinhaA Justiça suíça condenou ontem cinco executivos de bancos daquele país por lavagem de dinheiro no escândalo do Propinoduto, que teve a participação de ficais como Rodrigo Silveirinha. A decisão pode ajudar o Brasil a recuperar os US$ 45 milhões desviados no caso. (págs. 1 e 23)
Eleições 2008 - Gabeira sobe e embola disputa para o 2º turno
Pesquisa Datafolha mostra que embolou a disputa pelo segundo lugar no Rio. Marcelo Crivella (PRB) caiu de 21% para 18%; Jandira Feghali (PcdoB) subiu de 12% para 13%, e Fernando Gabeira (PV) se aproximou, indo de 8% para 11%. A margem de erro é de três pontos percentuais. Eduardo Paes (PMDB) segue na liderança com 26%. Em São Paulo, Alckmin (PSDB) e Kassab (DEM) estão empatados em segundo lugar com 22%. (págs. 1, 3 e 4)
Eleições 2008 - Só Solange mantém sigilo sobre doadores
A candidata Solange Amaral (DEM) é a única que ainda não apresentou os nomes dos doadores de sua campanha. Marcelo Crivella (PRB) e Eduardo Paes (PMDB) forneceram suas listas ontem. (págs. 1 e 5)
Eleições 2008 - Uma promessa difícil de ser cumprida
Será difícil cumprir a promessa dos candidatos a prefeito de transformar em estatutários os 5.400 agentes da Guarda Municipal. A medida geraria ônus e pode ser inconstitucional. (págs. 1, 9 e editorial “Velho discurso”)
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Folha de S. Paulo
Manchete: EUA estudam assumir papéis podres
Informações de que o governo dos EUA deve criar agência federal para comprar papéis podres de instituições em dificuldades animaram as Bolsas. Na semana , os principais bancos centrais do mundo injetaram US$ 500 bilhões para dar liquidez ao mercado – só ontem, foram US$ 180 bilhões. A Bolsa de Nova York teve alta de 3,86%. A agência seria similar à Resolution Trust Corporation, criada em 1989, na crise de poupança e empréstimo, segundo o canal CNBC. Aqui, a Bovespa fechou com valorização de 5,48% - a maior desde 30 de abril. No dia em que o dólar superou R$ 1,96, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou que a instituição voltará promover leilões de venda da moeda. Mesmo assim, o dólar fechou em alta de 3,32%, a R$ 1,93. Em setembro, já acumula valorização de 18% diante do real. (Págs. 1 e Dinheiro)
Prefeito diz que Lula ‘tem sido bom’ para SPEm sabatina da Folha, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição em SP, elogiou o presidente Lula: “Tem sido bom para a cidade”. Em resposta a Geraldo Alckimin (PSDB), que tenta associá-lo a Celso Pitta, disse que o ex-prefeito apóia o tucano. (Págs. 1 e A10)
Empatados, Alckmin e Kassab lutam pelo 2º turno
Nova pesquisa Datafolha mostra pela primeira vez o prefeito Gilberto Kassab (DEM) numericamente empatado com o tucano Geraldo Alckmin – 22% das intenções de voto cada um – na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Marta Suplicy (PT) lidera com 37%. Na prática, Alckmin e Kassab mantêm empate técnico já verificado nas duas pesquisas anteriores. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O tucano tem sido mais incisivo contra Kassab no horário eleitoral. “Alckmin está fazendo isso e está dando certo, tanto que a rejeição ao prefeito, que caía, oscilou dois pontos para cima”, diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha. A rejeição a Kassab foi para 24%. No segundo turno, Marta e Alckmin empatariam em 47%. Contra Kassab, a petista obtém 46% a 45%. (Págs. 1 e A7)
PF afirma que maletas da Abin não fizeram grampo
Perícia da Polícia Federal em 16 equipamentos da Abin constatou que nenhum deles pode realizar interceptações telefônicas como a feita na conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O resultado não elimina suspeitas de que agentes da Abin tenham feito grampos ilegais; mas derruba hipótese de que tenham sido usadas máquinas oficiais. O ministro Nelson Jobim (Defesa), que acusou a agência de ter os equipamentos, não comentou o laudo. (Págs. 1 e A4)
Renda média do trabalhador tem aumento menor, mostra Pnad
A renda média do trabalho subiu em 2007 pelo terceiro ano seguido, mas menos que nos dois anos anteriores, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A renda chegou a R$ 956, com alta de 3,2%. A taxa de empregos formais atingiu 35,7%, a maior desde 1992. O rendimento feminino representava 66,1% do masculino (Págs. 1 e Cotidiano2)
Custo do socorro americano deve frear crescimentoUma operação de socorro imporá imensos custos fiscais aos EUA e, por fim, prejudicará o crescimento por meio de uma combinação entre impostos mais altos e gastos mais baixos. (Págs. 1 e B8)
Para economista, China já passa por desaceleração
Para Michael Pettis, professor de Finanças da Universidade de Pequim, a China se desacelera e enfrenta inflação. “Eu era o único pessimista. Agora tenho vários colegas”, afirma. (Págs. 1 e B9)
EditoriaisLeia “Superpoderes”, sobre ação do governo Bush na crise; e “Palpite imprudente”, acerca de Brasil e conflito boliviano. (Págs. 1 e A2)
Após lei seca, feridos no transito caem 44% em SP
O número de feridos em acidentes de trânsito na Grande São Paulo caiu 44% desde o início da lei seca para os motoristas, em 19 de junho. Os resultados foram mais significativos do que nas estradas federais que cortam o Estado, onde o número de feridos caiu 18%, e o de mortes, 13% (Págs. 1 e C10)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: BC decide vender US$ 500 milhões
A crise internacional de confiança que reduziu empréstimos entre bancos nos EUA e na Europa contaminou o câmbio no Brasil. O dólar chegou a R$ 1,96, o que levou o Banco Central a anunciar a retomada dos leilões de venda da moeda americana. A informação reduziu a tensão, e o dólar fechou a R$ 1,93. O primeiro leilão será hoje e pode atingir US$ 500 milhões. Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, o objetivo da medida é prover liquidez ao mercado. A operação será do tipo “conjugada”, em que bancos compram dólares da autoridade monetária com o compromisso de revendê-los ao BC no mesmo montante, em prazo estabelecido. A instituição afirmou que se trata de uma medida temporária. A última vez que o BC vendeu dólares foi em 2003, em meio à tensão pela posse do presidente Lula. Mesmo com o agravamento da crise, o governo anunciou ontem que aumentará a meta das exportações para este ano, de US$ 190 bilhões para, “no mínimo”, US$ 200 bilhões. Para a OMC, no entanto, o saldo comercial brasileiro será afetado. Número: US$ 208 bilhões é o valor total das reservas mantidas pelo Brasil. (págs. 1 e B1 a B13)
Lula orientou Itamaraty a negar asilo a rival de Evo
O presidente Lula orientou a diplomacia do País a negar asilo político a Leopoldo Fernández, governador boliviano que faz oposição ao presidente Evo Morales. Fernández está preso, acusado por Evo de mandar matar camponeses durante conflitos no país. O objetivo da decisão de Lula foi mostrar que o Brasil não interferirá em questões bolivianas. (págs. 1 e A14)
Desigualdade cai, mas índices sociais avançam devagar
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostra que o Brasil teve em 2007 a maior redução da desigualdade de renda desde 1990. O Índice de Gini, parâmetro internacional para medir a diferença entre ricos e pobres, caiu de 0,541 para 0,528 – menor nível desde 1981, quando foi calculado pela primeira vez. Apesar da redução, a situação no Brasil é pior do que na Índia (0,368), Rússia (0,399), China (0,469) e Zimbábue (0,501). Segundo o IBGE, responsável pela pesquisa, os indicadores sociais avançam com lentidão. O Brasil ainda tem 14,1 milhões de analfabetos e 4,8 milhões de crianças trabalhando. (pág. 1 e Caderno Especial)
Abin tem 5 máquinas de grampo, diz laudo
Laudo da PF revela que a Abin tem cinco aparelhos capazes de fazer escuta ambiental e interceptar conversas em telefones analógicos. A conclusão está em relatório enviado pelo Gabinete de Segurança Institucional à CPI dos Grampos. Pela lei, a Abin é proibida de fazer qualquer tipo de escuta. Os aparelhos, diz o laudo, não gravam ligações de celulares – como é o caso dos diálogos do presidente do STF, Gilmar Mendes, divulgados pela imprensa. (págs. 1 e A4)
Novo estímulo à exportação
O drawback verde-amarelo, mecanismo de apoio à exportação, foi afinal oficializado. É a medida mais importante de apoio ao comércio exterior lançada pelo governo neste ano. (págs. 1 e A3)
Outra política urbanaWashington Novaes: Não é com paliativos que evitaremos a barbárie urbana. (págs. 1 e A2)
EUA criam fundo para assumir 'dívidas podres'
O governo dos EUA deve criar um mecanismo por meio do qual o governo assumirá créditos podres de instituições financeiras. O artifício seria inspirado no Resolution Trust Corporation, agência criada no fim dos anos 80 para ficar com os ativos de instituições de poupança americanas que atravessavam forte crise. Há também a possibilidade de incluir medidas de renegociação de hipotecas. Além disso, os principais bancos centrais do mundo decidiram injetar ainda mais recursos no mercado. Apenas o Fed, dos EUA, destinou cerca de US$ 180 bilhões ao novo esforço. As informações deram ânimo aos mercados – Nova York fechou em alta de 3,86%, e a Bovespa subiu 5,48%. (págs. 1 e B6 a B16)
O primeiro erro de Bernanke
É estranho que o Fed, em sua última reunião, tenha se recusado a cortar um pouquinho de sua taxa de juros e nada tenha mencionado sobre nova ajuda ao crédito. Foi a primeira falha de Ben Bernanke. Mas espero que ele prove que tinha razão e fique provado que eu estava errado. (págs. 1 e B8)
Alga altera gosto de água em SP
O problema, que não tem prazo para acabar, afeta 4 milhões de pessoas. (págs. 1 e C1)
Eficácia dos stents é questionada por estudo
Estudo publicado no New England Journal of Medicine coloca em dúvida a eficácia do uso do stent, mola implantada no coração para normalizar a irrigação sanguínea. A pesquisa foi realizada com 2.287 pacientes – todos com problemas moderados. A aplicação do stent não deu melhores resultados que os tratamentos clínicos mais convencionais. (págs. 1 e A18)
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Jornal do Brasil
Manchete: Menos 3 milhões de pobres
Quase 3 milhões deixaram a pobreza no ano passado, informa a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE. Houve melhorias no salário, no número de trabalhadores formais e no acesso a bens duráveis e no saneamento. A queda do analfabetismo foi outra boa notícia estampada no estudo, mas persistem mazelas como a desigualdade e o trabalho infantil. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)
Mendes ataca a PF e a Abin
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou duramente a Polícia Federal e a Abin por terem compartilhado informações de escuta telefônica, com ou sem autorização judicial. "É um fato de profunda gravidade", disse. (pág. 1 e País, pág. A13)
"O mercado não se regulará sozinho"
Promovendo em Londres o livro 'O novo paradigma para o mercado financeiro: a crise de crédito de 2008 e o que ela significa', o megainvestidor George Soros disse ao JB que a culpa de tudo é do "fundamentalismo de mercado", e que "estamos nos encaminhando para o olho da tempestade, ao invés de sair". (pág. 1 e Economia, pág. A18)
TRE não sabe como barrar câmeras na urna
Faltam tempo e dinheiro para o Tribunal Regional Eleitoral resolver como será impedida a entrada de telefones celulares e de outros aparelhos que capturem imagens nas cabines de votação. A medida foi proposta pelo TSE para evitar que eleitores sejam coagidos a comprovar o voto em determinados candidatos. (pág. 1 e Eleições, pág. A6)
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Correio Braziliense
Manchete: Segura o dólar!Há um mês, o brasileiro precisava de R$ 1,63 para comprar um dólar. De lá para cá, a crise externa se agravou, os especuladores passaram a atacar a moeda nacional e a taxa de câmbio deu um salto. Ontem ,ela se encaminhava nervosamente para os RS 2, quando o Banco Central entrou no jogo e anunciou a retomada de um mecanismo abandonado em fevereiro de 2003, logo depois da posse do presidente Lula: o leilão de divisas das reservas cambiais, previsto para o fim da manhã de hoje. Com isso, a pressão cedeu um pouco e a cotação fechou a R$ 1,92 - alta de 2,89%. A intenção do governo é aumentar a oferta e, assim, baixar o preço da moeda estrangeira. Se ele subir muito, temem os economistas, o país corre risco de se deparar com um velho inimigo, a inflação. (págs. 1 e 13 a 15)
Nós, os ricos
Na região central do Brasil, ganho médio do trabalhador cresce 8% em 2007, chega a R$ 1.139 e ultrapassa os R$ 1.098 registrados em São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo. Fenômeno é causado pelos gordos salários pagos no serviço público e no agronegócio. Por todo o país, famílias da nova classe média, como a de Ivanildo Lima, morador da Estrutural, conseguiram quitar financiamentos de bens de consumo - eletrodomésticos e eletrônicos - e imóvewis, mas ainda não têm acesso a serviços como telefone fixo e internet. Entre 2006 e o ano passado, 60 mil crianças de 5 a 9 anos saíram do batente, mas a praga do trabalho infantil ainda atinge 10,8% dos jovens com até 17 anos de idade. (págs. 1 e 15 a 18)
Maleta da Abin não faz grampo, garante PF
Laudo da Polícia Federal afirma que, ao contrário do informado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Agência Brasileira de Inteligência não tem equipamento capaz de fazer interceptação telefônica. A informação de Jobim, dada ao presidente Lula há três semanas, derrubou toda a cúpula da Abin e gerou uma crise dentro do governo. (págs. 1 e 2)
Exploração sexual
Câmeras do prédio onde mora derruba versão do servidor do Senado acusado de pedofilia. (págs. 1 e 27)
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Valor Econômico
Manchete: Dólar dispara e leva BC a intervir
A falta de linhas de crédito à exportação impediu os exportadores de fechar câmbio antecipadamente. Em uma mercado sem vendedores e com muitos compradores, o dólar chegou a subir 5%, para R$ 1,9630. Foi quando o Banco Central anunciou leilão de venda com compromisso de recompra a ser realizado hoje. O dólar voltou para R$ 1,93 - ainda assim o maior desde de setembro de 2007. A alta foi de 3,32%, a maior desde de maio de 2006. O movimento desalavancagem dos fundos também elevou os juros futuros. As taxas de projetadas para janeiro de 2010 foram a 15,30% ao ano. Eram de 14,85% anteontem.Na prática, os leilões do BC significam a oferta de linhas de crédito em dólar. Eles buscam ajudar os exportadores a obter crédito e reduzem a volatilidade na taxa de câmbio dentro de um mesmo dia. As oscilações bruscas do dólar deixam as empresas sem referência de preços e impedem os negócios.Até o dia 10, o BC vinha comprando dólares. A última vez que a autoridade monetária vendeu a moeda em leilão desse tipo foi em 27 de fevereiro de 2003, quando as linhas à exportação para o país haviam se tornado raras por causa da crise eleitoral de 2002. Desta vez, as linhas começaram a faltar não por causa do risco-Brasil, mas por causa da paralisação no mercado interbancário de dólar internacional. Não foi à toa que os bancos centrais internacionais fizeram uma ação coordenada ontem para injetar bilhões de dólares a fim de que as engrenagens continuassem a funcionar. E nem isso foi suficiente para trazer calma aos investidores.Os mercados só se tranqüilizaram no fim do dia - depois que o mercado de câmbio no Brasil já havia fechado - devido a rumores de que o governo americano vai conseguir o apoio do Congresso para criar uma empresa com recursos públicos para comprar o crédito podre dos bancos, evitando que eles quebrem. Seria uma solução mais geral, de socorro a todo sistema financeiro. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 5,48%. O Índice Dow Jones, de Nova York, teve valorização de 3,86%. (págs. 1, C1 a C10 e D2)
Menos desigualdade
Maior geração de empregos com carteira assinada, alta de renda - exceto no grupo de 1% com salários mais altos - e continuidade dos reajustes do mínimo acima da inflação reduziram a desigualdade no país em ritmo recorde no ano passado. (págs. 1 e A14)
IdéiasRicardo Abramovay: A dimensão estratégica da responsabilidade socioambiental nas empresas. (págs. 1 e A13)
Idéias
Claudia Safatle: Crise financeira pode afetar créditos de organismos internacionais, como BID e Bird. (págs. 1 e A2)
Restrições à cana
Novo zoneamento da cana, que deveria ter sido divulgado em julho, não permitirá novas plantações nem a construção de outras usinas no Amazonas e Pará. As unidades já existentes nos dois Estados também não terão licença para ampliações. (págs. 1 e B12)
Recursos do pré-sal poderão representar nova oportunidade para a educação no Brasil (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Peso das commodities aumenta e prejudica o país
O peso das commodities na economia brasileira aumentou mais de 20% nos últimos anos e tornou o país mais sensível à queda de preços provocada pela crise internacional. Na indústria, a participação dos setores ligados direta ou indiretamente à produção de commodities passou de 37,6% em 1996 para 45,6% em 2006, segundo números da mais recente Pesquisa Industrial Anual (PIA). Nas exportações, a participação das commodities saiu de 38,6% em 1998 para 48,2% no primeiro semestre deste ano, segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). O impacto da maior dependência na economia brasileira e na balança comercial deverá aparecer com mais força apenas em 2009 e está condicionado à magnitude da retração das cotações das commodities e à extensão da desvalorização do câmbio, que pode compensar parte da queda dos preços. O mercado interno ainda forte - que absorve em alguns setores, como o petroquímico e o siderúrgico, a maior parcela da produção local - também vai contrabalançar a desaceleração externa, avaliam economistas. Apesar da crise, as commodities agrícolas ainda encontraram em seus fundamentos suporte suficiente para se manter acima das cotações médias históricas. "As commodities agrícolas apresentam um comportamento diferente de outros produtos como petróleo e metais, mais suscetíveis a reduções da demanda em crises como essa", diz Alexandre Mendonça de Barros, da MB Associados. (págs. 1 e A3)
Ação coordenada de bancos centrais tem pouco efeito
Uma série de ações governamentais reanimou os mercados ontem, mas pouco fez para aliviar a escassez de dinheiro nos mercados de crédito. Em um esforço coordenado, o Fed, o Banco Central Europeu e de outros países forneceram aos bancos comerciais US$ 180 bilhões em empréstimos de curto prazo. Mas os bancos recusaram-se a emprestar fundos uns para os outros. Para piorar, outra importante fonte de dinheiro começou a secar, à medida que investidores assustados retiravam seus recursos de fundos do mercado monetário, que estão entre os investimentos mais conservadores. Nada menos que US$ 78,7 bilhões foram sacados desses fundos na quarta-feira, um recorde. (págs. 1 e C3)
Advogados querem parcelar Cofins
Advogados se articulam na tentativa de conseguir um parcelamento dos débitos de profissionais liberais relativos à Cofins não recolhida nos últimos anos. A mobilização, liderada pela OAB, é fruto do julgamento de quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que a contribuição incide sobre o faturamento das sociedades de profissões regulamentadas - o que inclui escritórios de advocacia, contabilidade, clínicas médicas, entre outros. Os ministros também negaram o pedido de não-retroatividade da decisão, o que abre a possibilidade de cobrança da Cofins relativa aos últimos cinco anos. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário estima que existam 28 mil empresas nessa situação no país, com uma dívida total de R$ 4,6 bilhões. (págs. 1 e E1)
Técnicas 'verdes' na exploração de petróleo e gás
Empresas norueguesas estão batendo à porta da Petrobras e de outras petroleiras para tentar vender tecnologias que, além de serem eficientes, reduzem o impacto das atividades de prospecção e produção de petróleo no meio ambiente. Um exemplo é o da Electromagnetic Geoservices, fundada por cientistas em 2002, que desenvolveu uma tecnologia que usa imagens eletromagnéticas na procura de reservas "offshore", sem a necessidade de perfuração de poços. (págs. 1 e B7)
Mestres viram doutores e são demitidos
O país forma mais de 10 mil doutores por ano. Mas essa elite encontra dificuldades para se manter no emprego, sobretudo em muitas universidades privadas. Logo após a obtenção do título acadêmico eles são demitidos. A justificativa é a redução de custos na universidade, pois como doutores receberiam mais por hora/aula do que um professor com mestrado. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as universidades privadas devem ter um terço do corpo docente formado por mestres ou doutores. (págs. 1 e D12)
Prêmio de controle frustra minoritários
Os investidores se assustaram com as recentes fusões e aquisições realizadas no Novo Mercado. Os prêmios gordos dessas transações sumiram. Houve frustração quando o segmento especial da Bovespa, formado por companhias que possuem apenas ações ordinárias, cumpriu exatamente a promessa de dividir entre todos o valor dos negócios. Os investidores se esqueceram de que essa divisão dilui o ganho individual.Em mercados desenvolvidos, nos quais não há a figura do controlador e o capital das empresas é pulverizado, a discussão em torno dos prêmios das operações é menor. Somente há ágio nas ofertas hostis, em que o sucesso da tentativa de ficar com o controle de uma companhia depende do quão sedutora é a proposta aos acionistas. (págs. 1 e D3)
Luz no fim do túnel
É crucial para o grupo AES desfazer os nós que cercam sua participação na Cemig, disse Andrew Vesey, presidente para a América Latina, que admitiu que vender as ações é uma possibilidade. “O assunto é tão importante que é tratado pelo presidente mundial da empresa”. (págs. 1 e B1)
Acordo Usiminas-NuclepA Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital controlada pelo grupo siderúrgico Usiminas, firmou parceria com a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) para disputar encomendas nas áreas de petróleo e gás, siderurgia e mineração. (págs. 1 e B7)
Crise no campo desacelera a economia argentina (págs. 1 e A10)
Contrariedade na caserna
Emprego das Forças Armadas para conter manifestantes de oposição e ingerência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, em assuntos do país provocam descontentamento entre os militares bolivianos. (págs. 1 e A10)
Desaceleração americana
O índice de indicadores antecedentes da economia americana registrou queda de 0,5% em agosto, após recuo de 0,7% em julho. Os dados ainda indicam uma tendência de atividade econômica fraca nos próximos meses. Os analistas esperavam queda de 0,2%. (págs. 1 e A11)
Renegociação com russosInsatisfeitos com o que consideram privilégios aos produtos americanos e europeus, exportadores brasileiros de suínos e frangos querem que o Itamaraty renegocie o acordo de carnes com a Rússia em troca do apoio brasileiro à entrada do país na OMC. (págs. 1 e B11)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos Centrais injetam recursos e mercados reagem
A irrigação de recursos que os Bancos Centrais promoveram em uma ação coordenada para acalmar os mercados financeiros, da ordem de US$ 250 bilhões, surtiu efeito. Contribuíram também os US$ 130 bilhões que a Rússia liberou para o seu sistema. São US$ 380 bilhões colocados à disposição de bancos e instituições com o intuito de matar a sede monetária que parece não ter fim. Mas ninguém arrisca dizer até quando. As bolsas pelo menos responderam no ato. O índice Dow Jones, o principal indicador da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 3,86%, após dois dias de fortes baixas. A Bolsa de Valores de São Paulo, depois de amargar uma retração de 6,74%, voltou ao azul, com alta de 5,48%, em um pregão marcado por muita volatilidade. Nesta semana, os mercados foram sacudidos sem trégua pela derrocada do banco de investimentos Lehman Brothers, que não conseguiu cobrir um rombo de mais de US$ 600 bilhões, metade do Produto Interno Bruto brasileiro. E pela megasseguradora AIG, encampada pelo governo americano, numa operação de US$ 85 bilhões, que não se mostrou eficiente para acalmar os investidores. E esse socorro à AIG seguiu-se à liberação pelo Tesouro americano de US$ 200 bilhões para salvar a vida das maiores companhias hipotecárias do país, a Fannie Mae e a Freddy Mac. Foi exatamente esse segmento o estopim da atual crise do subprime. Financiamentos de imóveis considerados de alto risco foram reempacotados em novos títulos que, com o selo de qualidade das agências classificadoras de risco, incharam as tesourarias das instituições financeiras. O agravamento da inadimplência colocou um fim ao castelo de cartas, espalhando temor por todos os mercados. Analistas afirmam que se trata da pior crise financeira que o mundo já viu. Está deixando para trás a crise russa, a crise mexicana, e alguns até arriscam dizer que o crash de 1929 não foi tão violento. O que não é possível saber, até agora, é se os rombos apresentados pelos bancos, que superam os US$ 600 bilhões, sem contar o Lehman, chegaram ao fim, ou muitos outros esqueletos irão sair do armário. (págs. 1 e Caderno Especial)
Soros diz que crise já tem 25 anos
O megainvestidor George Soros (foto), chairman do Soros Fund Management, é um dos destaques do caderno especial “Economia em crise ” que a Gazeta Mercantil publica hoje. Em entrevista exclusiva, Soros, um mestre em aproveitar oportunidades, diz que para entender esta crise, é preciso levar em conta o processo histórico. “Na bolha imobiliária — o gatilho que disparou esta crise financeira atual —, há também uma ‘Superbolha’, que vem acontecendo há 25 anos. Na verdade, ela começou em 1980, quando Margareth Tatcher foi eleita primeira-ministra do Reino Unido, e Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos. Foi quando passou a imperar o que chamo de ‘Fundamentalismo de Mercado’. Trata-se da crença de que é melhor para os mercados que sejam deixados aos seus próprios cuidados. Que eles são seus melhores reguladores. Isso passou a ser um dogma ideológico”, conta o investidor na sua avaliação. O caderno traz análises de importantes personalidades da economia brasileira, como Luiz Carlos Mendonça de Barros e o presidente Lula. O ex-ministro da Fazenda e ex-embaixador, Marcílio Marque Moreira, diz que os brasileiros, historicamente, são melhores para administrar crises. “O nosso maior risco é, paradoxalmente, não sabermos aproveitar as oportunidades”, contrapõe. Para o embaixador, o que o País terá pela frente não é caso de pânico. Mas devemos estar, sim, preparados para um contágio maior da crise na economia real.” O economista-chefe do banco Santander e ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman, avalia que a queda nos preços das commodities pode se tornar o principal canal de transmissão da crise externa para o Brasil. Ele destaca, porém, que o País conseguiu se preparar para enfrentar a atual turbulência. Em outras crises, a Bolsa de Valores de São Paulo sofreu mais do que nesta, que está se mostrando a maior da economia recente mundial. Ela deve deixar o mercado brasileiro um pouco menor, graças à saída de estrangeiros. Mas analistas experientes afirmam que a bolsa ainda é uma boa opção de investimento, pois o País tem boas empresas que, com a retração dos mercados acionários, tornaram-se muito baratas. Essa queda expõe a venda de ativos por parte dos investidores estrangeiros exatamente porque já estavam valorizados. E eles devem voltar. Álvaro Augusto Vidigal Júnior, ex-presidente da Bovespa, acredita que a bolsa brasileira será a primeira a se recuperar tão logo haja uma luz no final da crise. (págs. 1 e Caderno Especial)
Ações
Bovespa segue Wall Street e sobe 5,48%. (págs. 1 e B1)
Recuo da desigualdade
Crescimento econômico e renda maior tiram 3 milhões da pobreza, diz IBGE. (págs. 1 e A5)
Companhias engordam lucro na esteira do pré-salA descoberta de petróleo na camada pré-sal, que se estende por uma área de 800 quilômetros do litoral brasileiro, já começou a aquecer os negócios das empresas de serviços, equipamentos e tecnologias ligados ao segmento petrolífero. Na briga pelo mercado, companhias brasileiras e estrangeiras oferecem desde softwares e guindastes a hotéis flutuantes para os trabalhadores das plataformas. “Trata-se de um marco para o País e para o setor”, diz Lupércio Torres Neto, presidente da Irga, referindo-se às expectativas de aumento de demanda por conta das novas jazidas. Desde novembro, quando foi anunciado o megacampo de Tupi, a Irga dobrou o seu número de máquinas superpesadas disponíveis para a exploração de petróleo e gás. A Solaris, que loca equipamentos para os setores de petróleo, mineração e construção civil, prevê faturar quase 50% neste ano, em relação a 2007. “Pelo menos 40% deste crescimento virão com os pedidos das petroleiras”, afirma Paulo Esteves, diretor da empresa. “É como participar da primeira corrida do ouro nos EUA”, compara Mark Grills, da empresa britânica de planejamento de poços QuickWells.Ontem, o presidente Lula batizou, em Rio Grande (RS), a plataforma P-53, para a bacia de Campos, e anunciou que a P-55 será 100% nacional. (págs. 1 e C4)
Mapa encontra impurezas no leite longa-vida
Diante de sucessivas denúncias sobre fraudes no leite, o Ministério da Agricultura (Mapa) deverá anunciar em breve os resultados de análises feitas em amostras coletadas em indústrias de leite longa-vida. Segundo a chefe da Divisão de Inspeção de Leites e Derivados do Mapa, Luciana Meneghetti, a situação é recorrente, mas os resultados ainda não podem ser revelados, uma vez que os fabricantes têm direito à defesa. Luciana também não quis comentar as denúncias, mas adiantou que foram encontradas em algumas amostras “substâncias estranhas” na bebida vendida ao consumidor brasileiro. (págs. 1 e C8)
Insumos mais caros
Nos últimos dois anos, adubos e fertilizantes subiram mais de 50%, devido principalmente ao preço do petróleo, com impacto na produção. (págs. 1 e Investnews.com.br)
Acidentes de trabalhoEmpregadores que não atendem às normas de segurança do trabalho poderão terde ressarcir o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de terem de pagar alíquotas majoradas no Seguro de Acidente de Trabalho (SAT). (págs. 1 e A10)
Hyundai, Suzuki e Perlini estudam fábrica no Brasil
Classificadas na 10ª e na 11ª colocação no ranking dos produtores mundiais de veículos, as montadoras asiáticas Hyundai e Suzuki se preparam para montar fábricas no Brasil. A Hyundai confirmou ontem a escolha de São Paulo para produzir sua linha de automóveis populares, enquanto a Suzuki retoma importações suspensas há cinco anos. “Por enquanto, estamos estudando a possibilidade de levar a Suzuki para Goiás, mas a cidade ainda não está definida”, afirmou Alexandre Camara, um dos sócios da Suzuki no Brasil junto com Eduardo Souza Ramos, tradicional empresário que monta veículos Mitsubishui em Goiás. O governo mineiro informou que a fábrica de caminhões ultrapesados Perlini, de origem italiana, já está escolhendo terrenos para instalar unidade industrial em Minas Gerais. (págs. 1 e C3)
Brasil - PeruAlan García quer acelerar acordos bilaterais. (págs. 1 e A6)
Opinião
Gabriel de Salles: A presidente chilena Michelle Bachelet reduziu um imposto sobre os combustíveis para tentar conter a inflação, ao contrário do governo brasileiro,que só pensa em elevar os juros. (págs. 1 e A2)
Laudo isenta "maletas" da PFLaudo da PF diz que equipamentos da Abin não estão adaptados para fazer grampos, mas, para o presidente do STF, Gilmar Mendes, o compartilhamento das informações é o fato de maior gravidade. (págs. 1, A6 e A7)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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