PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, abril 23, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "LONDON, LONDON"
















ITAIPU: RENEGOCIAÇÃO E AUMENTO DE PREÇOS AO CONSUMIDOR BRASILEIRO (Óbvio!)

Mudança em Itaipu afetaria bolso do consumidor brasileiro, diz Tolmasquim

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, considerou "improvável" que o governo aceite mudanças no contrato de compra de energia da parte paraguaia da usina de Itaipu. Na avaliação dele, quem pagaria a conta, se houver qualquer reajuste, seria o consumidor brasileiro.
"Não é justo que o consumidor brasileiro pague por isso [a mudança na tarifa], transfira recursos da sua conta de energia elétrica para o Paraguai", disse. "Podemos pensar em outra maneira, mas é difícil (...) se não for aumentando o preço. E não me parece razoável fazer isso." O presidente recém-eleito do Paraguai, Fernando Lugo, reivindica que a parte da energia elétrica que o país repassa ao Brasil tenha uma tarifa mais cara. Atualmente o Brasil paga US$ 45,31/MWh (cerca de R$ 75) pela energia vendida pelo Paraguai, o que se aproxima dos preços cobrados no país.
Para Tolmasquim, o esforço brasileiro para construir Itaipu justifica a posição do país em relação aos pedidos do Paraguai. "Itaipu foi uma usina construída pelo esforço de alavancagem de recursos do Brasil. Ela custou US$ 12 bilhões, sendo que o Paraguai pagou R$ 50 milhões e com financiamento do Banco do Brasil.
Na realidade, o Brasil se endividou tanto com o Clube de Paris como através da Eletrobrás e a dívida está sendo paga até 2023", disse.
"O Paraguai tem que entender que o Brasil não pode deixar de pagar a dívida." Segundo o presidente da EPE, o Brasil tem consciência de seu papel na América do Sul, mas que "há outros meios de apoiar a economia [do Paraguai] que não seja através da conta de energia elétrica do consumidor brasileiro."
Acordo

A usina de Itaipu pertence ao dois países em partes iguais. Pelo contrato assinado em 1973, cada um tem direito a 50% da energia produzida. Caso uma das partes não use toda a cota, vende o excedente ao parceiro a preço de custo. Como o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia --o que atende 95% da demanda do país--, o restante é vendido ao Brasil --no total, 20% da energia elétrica usada por aqui vem de Itaipu. Hoje, o Brasil paga US$ 45,31/MWh pela energia vendida pelo Paraguai. Para cada MWh pago pela energia de Itaipu, R$ 42,5 vai para despesas da própria usina e para o pagamento da dívida da Eletrobrás com credores, feitas à época da construção da usina. No ano passado, a venda de energia da usina rendeu ao Paraguai US$ 340 milhões.
Repercussão
A reação governamental às reivindicações do Paraguai sobre Itaipu vem sendo, até o momento, bastante díspare. De um lado, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e órgãos ligados ao ministério --entre eles a EPE-- se mostram contrários à qualquer negociação. "Essa é uma tarifa justa. É a tarifa que se pratica no mercado brasileiro. O pensamento atual e no sentido de manter as tarifas como estão", disse Lobão ontem, em Brasília. "Não se cogita alteração no tratado e não creio que seja essa a reivindicação." Porém, a diplomacia brasileira sugere que é possível a negociação de tarifas. Na segunda-feira, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse que o Brasil pode reajustar o valor pago ao Paraguai pela energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. Ele ressaltou que isso já foi feito no passado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia declarado na semana passada que o tratado de Itaipu não seria alterado. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter", disse. Porém, a Folha apurou que Lula admite a mudança nas tarifas da energia, desde que o tratado se mantenha inalterado. YGOR SALLES; da Folha Online . 2304.

STF/LULA: JANTAR, MINISTROS E TERREMOTOS


A pretexto de render homenagens Ellen Gracie, Lula ofereceu um jantar aos ministros do STF. Dos 11 juízes que compõem o plenário do tribunal, sete foram indicados pelo atual presidente da República. Algo que não tem proporcionado vida fácil ao governo. O que é bom, muito bom, ótimo para a democracia, submetida ao velho e bom sistema de pesos e contrapesos.
Carlos Ayres Britto, um dos indicados de Lula, acaba de suspender a operação de retirada de arrozeiros da área indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Joaquim Barbosa, outro juiz que foi ao STF sob Lula, produziu o notável voto que levou ao banco dos réus a “quadrilha” do mensalão. Autor da denúncia que atazana os mensaleiros, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza também dividiu a mesa do Alvorada. O relator Barbosa, porém, não deu as caras no jantar. Além dele, outros dois ministros do STF faltaram ao repasto: Celso de Mello, decano do tribunal, e Marco Aurélio Mello. Este último foi alvo de críticas acerbas do presidente da República. Mello, que tem assento também no TSE, enxergara motivação eleitoral num programa recém-lançado pelo Planalto, o Territórios de Cidadania.
Abespinhado, Lula aconselhou-o, do alto de um pa©lanque, a trocar a magistratura pela política. Dias depois, o PT protocolou no Conselho Nacional de Justiça uma representação contra o ministro, ainda pendente de análise.
Ellen Gracie deixa a presidência do STF nesta quarta-feira (23). Daí o jantar. Em cerimônia marcada para as 16h30, assume o comando da Corte o colega Gilmar Mendes. Curiosamente, o cerimonial da presidência evitou dar ao jantar patrocinado por Lula uma conotação de boas-vindas a Mendes. O novo presidente do Supremo foi Advogado-Geral da União na gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso, que o indicou para o tribunal. Na semana passada, relatando ação movida pelo PSDB, Gilmar Mendes tachou de inconstitucionais as medidas provisórias editadas por Lula para abrir “créditos extraordinários”. O julgamento foi suspenso quando o placar registrava cinco a três. Contra o governo. Falta um escasso voto para que o STF imponha a Lula a proibição de lançar manejar verbas orçamentárias por meio de medidas provisórias. Como se fosse pouco, Gilmar Mendes acaba de endereçar ao Executivo uma lote de declarações azedas. Em entrevista às páginas amarelas de Veja, o substituto de Ellen Gracie torceu o nariz para o lero-lero do terceiro mandato. E contestou a tese do ministro Tarso Genro (Justiça) segundo a qual não há nada demais em um gestor público elaborar dossiês. “Fazer coleta de informações às quais eu tenho acesso simplesmente porque estou no governo, para uma finalidade política eventualmente de constrangimento ou de chantagem, pode não ser crime”, espetou Mendes. “Mas certamente não é uma atitude eticamente louvável. É uma atitude preocupante, que revela uma concepção autoritária e certo patrimonialismo.” Gilmar Mendes arrematou: “Embute-se nela o entendimento de que as informações que estão ao meu alcance pelo fato de eu estar no governo, o que é circunstancial, podem ser usadas para as finalidades que eu entender devidas. Isso é preocupante. Se alguém pensa assim, talvez tenha de repensar seu conceito de democracia. Talvez essa pessoa esteja lendo muito Lenin e Trotsky – e deveria ler mais Popper.” O novo comandante do STF esteve no Alvorada. Encontrou entre os convidados o amigo Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo, hoje ministro da Defesa. Mas também avistou-se com Tarso Genro. Não se sabe sobre o que falaram. Espera-se que não tenham perdido a oportunidade de dialogar sobre as vantagens e desvanstagens do ideário esquerdista, em contraposição à filosofia de timbre liberal.
Escrito por Josias de Souza. Folha Online, 2304.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

JORNAL DO BRASIL
- Epidemia de dengue já é a pior da história
A confirmação da 92ª morte este ano, no Estado do Rio, já faz da atual epidemia de dengue a mais grava deste tipo na história, superando os 91 óbitos registrados em 2002, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Para especialistas, a situação é pior agora porque a doença se tornou muito mais letal. Marinheiros americanos que participam de manobras militares receberam recomendação para desembarcar na capital fluminense usando repelente contra insetos e andar com calças e camisas de mangas compridas. (Págs. 1, Cidade A12 e A13 e Internacional A23). 23-abril-2008.
FOLHA DE SÃO PAULO
- Terremoto assusta São Paulo
Foram apenas seis segundos, mas um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter assustou ontem à noite, por volta das 21h, moradores de São Paulo e de mais três Estados -Rio, Paraná e Santa Catarina. Com epicentro na costa brasileira, a cerca de 270 km da capital paulista, o terremoto foi considerado moderado por cientistas e geólogos do país que não descartaram a possibilidade de novos tremores. Assustadas, pessoas deixaram prédios, universidades suspenderam aulas e há relatos de rachaduras em edificações na zona oeste e em um hospital na zona leste. Só o prédio central do Corpo de Bombeiros em São Paulo registrou 3.600 chamados em uma hora. Estima-se que tenha sido o maior tremor em São Paulo desde 1922. (págs. 1 e Cotodiano).
O GLOBO
- Amorim diz que país tem de ser 'generoso' com Paraguai
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que o governo poderá negociar alterações nas tarifas de energia elétrica excedente do Paraguai repassada ao Brasil. Segundo o chanceler, o Brasil precisa ser generoso e não imperialista na relação com seus vizinhos: "Temos que ter uma visão generosa. E não é só ser bonzinho. Generosidade é também ver seu próprio interesse de longo prazo, que é o de uma região pacífica." Uma possível negociação com o Paraguai com aumento da tarifa foi tratada na reunião da coordenação política, comandada pelo presidente Lula, mas enfrenta resistência dentro do próprio governo. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que a elevação da tarifa não está nos planos: "O ministro Celso Amorim entende que o preço deve ser justo. E ele é justo." O presidente Lula aceitou ontem receber o presidente eleito do Paraguai antes de sua posse, em agosto. (Págs. 1, 25, 26 e 27, Elio Gaspari, Miriam Leitão e editorial "Hora do realismo").
GAZETA MERCANTIL
- Indústria se une por farinha mais barata
As fabricantes de massas se preparam para formar uma central de compras com a qual esperam reduzir os custos de produção. Um dos principais objetivos de fazerem compras conjuntas de produtos usados pelas indústrias é diminuir o impacto das altas nos preços dos derivados de trigo. A expectativa é baixar em até 20% os preços pagos pela farinha de trigo, informou à Gazeta Mercantil Cláudio Zanão , presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), que organiza a iniciativa. No Estado de São Paulo, principal região consumidora, os preços da farinha de trigo saltaram de R$ 1 mil a tonelada para R$ 1,7 mil nos últimos 12 meses, segundo a Safras & Mercado. O trigo em grão subiu 62,5%, de R$ 480 para R$ 780 a tonelada, no mesmo período, com base nas cotações do Paraná. Numa segunda fase a central poderá negociar também a compra de trigo. (Págs, 1 e C1).
CORREIO BRAZILIENSE
- Aumento de 30% ameaça tornar arroz indigesto
No país, somente nos últimos 30 dias, o alimento beneficiou os agricultores com valorização de 30%. Amanhã, em Brasília, o Ministério da Agricultura discute a venda do estoque do governo, calculado em 1,4 milhão de toneladas do grão, como forma de conter o aumento. Ainda assim, o produto deve ficar mais caro nos próximos dias. Outra medida para segurar o preço seria recorrer a importações. Mas a alternativa é improvável. Isso porque países produtores estão reduzindo as exportações para abastecer o mercado interno. No mundo inteiro, a tendência é de aumento no preço. No Brasil, para complicar ainda mais a situação, neste ano o país deve consumir mais arroz do que produz. Enquanto as plantações devem chegar a 12 milhões de toneladas, o consumo previsto é de 13,1 milhão. (Págs. 1 e 15).
VALOR ECONÔMICO
- Funcef e Petros disputam 20% do consórcio de Jirau
Os fundos de pensão da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef) puseram a usina de Jirau, a segunda do complexo hidrelétrico do rio Madeira, no topo de suas prioridades. O alvo é uma fatia de 10% no negócio para cada um e os fundos estão discutindo a oferta com os consórcios que disputarão o leilão, marcado para 12 de maio. Os fundos se comprometem a integralizar recursos em troca das fatias no empreendimento, diz Guilherme Lacerda, presidente da Funcef. "Estamos falando com todos os consórcios e pretendemos fechar com o vencedor", afirma. O Valor apurou que o consórcio liderado pela Camargo Corrêa e pela estatal Chesf deu sinal verde à proposta. A Odebrecht, que irá ao leilão ao lado das estatais Cemig e Furnas, só discutirá o assunto após o leilão. O consórcio de Suez e Eletrosul foi procurado, mas não houve definição sobre o assunto.
ESTADO DE MINAS
- Justiça liberta prefeito das malas de dinheiro
Beneficiado por um habeas corpus do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, um dos 15 titulares de prefeituras mineiras acusados de envolvimento num esquema de desvio de R$ 200 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), deixou ontem a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Ele estava na cadeia desde o dia 9, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Pasárgada, cumprindo mandados de prisão contra 17 prefeitos, secretários municipais, servidores públicos, advogados e um juiz federal. Diferentemente dos demais acusados, que já haviam sido libertados, Bejani continuava preso, porque em sua casa foram encontradas cinco armas, entre as quais uma pistola 9mm, de uso exclusivo do Exército, o que caracterizou o flagrante, além de R$ 1,1 milhão em dinheiro, suficientes para encher duas malas, cuja origem está sendo investigada. (Págs. 1 e 6).
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Petróleo chega perto de US$ 120 e reforça pressão sobre inflação global
Nova York. A escalada das cotações do petróleo parece não ter fim. Ontem, os contratos futuros para entrega em maio fecharam pela primeira vez acima de US$ 119 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). A disparada dos preços - que chega a 24% apenas em 2008 e a quase 70% nos últimos 12 meses - pressiona a inflação global e traz de volta o debate sobre uma eventual estagflação nos Estados Unidos. Esse processo é caracterizado por baixo crescimento e preços com tendência ascendente. “(O petróleo) apagou qualquer possibilidade de recuperação econômica (nos EUA), pois, a partir de um certo momento, o consumidor terá de parar de gastar”, disse Angel Mata, diretor-gerente da Stifel Nicolaus Capital Markets, em Baltimore. As bolsas americanas caíram ontem principalmente por causa da commodity. O Índice Dow Jones perdeu 0,82% e a bolsa eletrônica Nasdaq, 1,29%. Estado.
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Argentina suspende exportações de trigo para o Brasil
SÃO PAULO - A Argentina voltou a suspender as exportações de trigo para o Brasil nesta quarta-feira, 23, segundo informações da rádio CBN. Os registros que deveriam ser abertos nesta semana, para embarques no começo de maio, foram cancelados pelo governo. O adiamento complica a situação da indústria brasileira, que tem estoques até o fim de maio e pode ser obrigada a importar o produto dos Estados Unidos e do Canadá, onde o preço é mais caro e o frete encarece o produto. A conseqüência seria o repasse do aumento do custo para o consumidor. O governo de Cristina Kirchner havia anunciado na terça-feira que só retomaria as exportações de trigo do país quando fechar um acordo com os ruralistas. Mas o acordo é cada vez mais distante diante do endurecimento do próprio governo na mesa de diálogo. (...) O consumo brasileiro de trigo é de 10,5 milhões de toneladas, das quais só produz 3 milhões - o restante vem da Argentina. "Temos de saber se vão reabrir as exportações porque, se não, temos de importar de outros países", afirmou. Estadão, 2304.

ALIMENTOS/INFLAÇÃO DE DEMANDA: ... NÃO COMER, ENTÃO???

IPC-S acelera pela 7ª semana seguida puxado por alimentos
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SÃO PAULO - Pressionada sobretudo pelos custos de alimentos e vestuário, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou pela sétima semana consecutiva na terceira leitura de abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quarta-feira, 23. O índice ficou em 0,81%, exatamente em linha com a mediana de previsões de analistas consultados pela Reuters e acima da leitura de 0,76% na segunda prévia de abril.
Os preços do grupo Alimentação tiveram alta de 1,92% na terceira leitura do mês, ante avanço de 1,70% na divulgação anterior. Os de Vestuário elevaram-se em 0,90%, contra alta de 0,57% na segunda prévia. Também tiveram aceleração os custos de Saúde e cuidados pessoais, para 0,51% na terceira leitura, ante 0,32% antes. As maiores altas individuais de preços vieram dos alimentos: tomate (34,83 %), mamão papaia (31,88%), pão francês (7,58%), leite longa vida (4,10%) e cebola (15,56%). Reuters, Estadão. 2304.

ITAIPU BINACIONAL: LOBÃO ou LUGO? [Minando a revisão?]

Não se cogita revisão do Tratado de Itaipu, diz Lobão


BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison lobão, afirmou nesta terça-feira, 22, que o governo brasileiro não cogita uma revisão no Tratado de Itaipu , reivindicada pelo governo paraguaio. Segundo ele, o tratado é um documento que foi aprovado pelo congresso dos dois países. Para modificar o acordo, tem que haver a concordância dos dois lados. "Não se cogita revisão do Tratado", afirmou. Lobão explicou que o Paraguai tem pedido é uma revisão de tarifas. O argumento do presidente eleito Fernando Lugo é que a tarifa paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia de Itaipu não é justa. "Digo que a tarifa é justa, e é a tarifa que se pratica no Brasil", sustentou. Segundo ele, o Brasil para US$ 46 por megawatt, que é um preço similar ao valor que custará o da energia da usina de Santo Antônio que será construída no Rio Madeira, e que foi leiloada a R$ 78 por megawatt. "Portanto, a tarifa é justa", insistiu. O ministro disse também que o Brasil já tem feito concessões ao Paraguai por ser um país vizinho "e com quem queremos manter as melhores relações". De acordo com ele, a energia excedente produzida por Itaipu tem sido vendida ao Paraguai pela metade do preço. Lobão disse que o governo brasileiro vai examinar as reivindicações que o governo paraguaio fizer. "Na medida em que alguma (reivindicação) surgir com feições de justiça, o Brasil atenderá. As que não forem justas, teremos dificuldades", afirmou o ministro, em entrevista coletiva. Edison Lobão esclareceu ainda declarações do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Segundo Lobão, Amorim disse apenas que "o preço deve ser justo". E concluiu: "e o preço é justo".
Encontro
O impasse sobre as tarifas de Itaipu será o tema principal do encontro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo terão antes do dia 15 de agosto próximo, informaram à Agência Estado assessores do presidente brasileiro. Lula, de acordo com os auxiliares, telefonou na tarde desta terça para Lugo cumprimentando-o pela vitória. Durante a conversa, Lugo tomou a iniciativa de pedir a Lula o encontro, que deverá ser realizado no Brasil, antes da posse do paraguaio, que será no dia 15 de agosto. Outros temas do encontro ainda não foram acertados. Durante o telefonema, de cinco minutos, Lula apenas cumprimentou o candidato vitorioso e foi convidado para a posse, mas não confirmou presença. Antes de garantir participação na festa de Lugo, o presidente Lula prefere ver como avançam as conversas sobre Itaipu, disseram os assessores. Explicaram também que o presidente brasileiro não acredita em um endurecimento no discurso de Lugo. O governo brasileiro espera que a contundência do paraguaio ao pregar mudanças no Tratado de Itaipu era típica de campanha eleitoral, mas não se acentuará, agora que foi eleito.
Concordância e crise
O ministro disse que não há porque concordar com a revisão das tarifas da Hidrelétrica de Itaipu, como tem defendido o presidente eleito do Paraguai. Segundo ele, se o Brasil tiver que reexaminar as tarifas do Paraguai, seria dentro de revisão tarifária de todas as usinas hidrelétricas brasileiras. "Agora, revisar exclusivamente Itaipu, não. Não vejo, no momento, razões para isso", disse. Ele afirmou que o Brasil paga pela energia de Itaipu US$ 45,31 por megawatt. Desse total, US$ 42,50 são usados para abater a dívida da construção de Itaipu e bancar despesas da hidrelétrica. De acordo com o ministro, o Paraguai fica com US$ 2,81 por megawatt, o que gerou, no ano passado, cerca de US$ 340 milhões para o Paraguai. "Esta é uma dívida que existe e que tem que ser resgatada ano a ano. E está sendo resgatada sem inadimplência", comentou. Segundo ele, o Brasil já vem ajudando o Paraguai na construção de uma linha de transmissão que levará energia até Assunção. "Seguramente o Brasil estará em condições de ajudar o Paraguai em tudo o que puder". Ele explicou, porém, que ao afirmar que o Brasil poderia ajudar o Paraguai em tudo o que puder não estava incluindo a revisão das tarifas. "Isso o Brasil não pode, porque, se vier a estabelecer uma tarifa diferenciada daquela que é praticada no Brasil, haverá prejuízo para o consumidor brasileiro". O ministro disse também não acreditar que a discussão em torno da energia de Itaipu possa gerar uma crise entre Brasil e Paraguai. "Não creio absolutamente nisso. O Paraguai é um país amigo e nós temos todo o interesse de manter as melhores relações com o Paraguai, como temos mantido", declarou. Segundo ele, a hidrelétrica de Itaipu foi construída para resolver uma disputa territorial entre os dois países, tendo trazido grandes benefícios para ambos. "Não há razão para qualquer contencioso diplomático por conta da energia de Itaipu", frisou.
(com Luciana Nunes Leal, de O Estado de S. Paulo). 2304.