A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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quarta-feira, abril 23, 2008
ITAIPU: RENEGOCIAÇÃO E AUMENTO DE PREÇOS AO CONSUMIDOR BRASILEIRO (Óbvio!)
"Não é justo que o consumidor brasileiro pague por isso [a mudança na tarifa], transfira recursos da sua conta de energia elétrica para o Paraguai", disse. "Podemos pensar em outra maneira, mas é difícil (...) se não for aumentando o preço. E não me parece razoável fazer isso." O presidente recém-eleito do Paraguai, Fernando Lugo, reivindica que a parte da energia elétrica que o país repassa ao Brasil tenha uma tarifa mais cara. Atualmente o Brasil paga US$ 45,31/MWh (cerca de R$ 75) pela energia vendida pelo Paraguai, o que se aproxima dos preços cobrados no país.
Acordo
A usina de Itaipu pertence ao dois países em partes iguais. Pelo contrato assinado em 1973, cada um tem direito a 50% da energia produzida. Caso uma das partes não use toda a cota, vende o excedente ao parceiro a preço de custo. Como o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia --o que atende 95% da demanda do país--, o restante é vendido ao Brasil --no total, 20% da energia elétrica usada por aqui vem de Itaipu. Hoje, o Brasil paga US$ 45,31/MWh pela energia vendida pelo Paraguai. Para cada MWh pago pela energia de Itaipu, R$ 42,5 vai para despesas da própria usina e para o pagamento da dívida da Eletrobrás com credores, feitas à época da construção da usina. No ano passado, a venda de energia da usina rendeu ao Paraguai US$ 340 milhões.
Repercussão
A reação governamental às reivindicações do Paraguai sobre Itaipu vem sendo, até o momento, bastante díspare. De um lado, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e órgãos ligados ao ministério --entre eles a EPE-- se mostram contrários à qualquer negociação. "Essa é uma tarifa justa. É a tarifa que se pratica no mercado brasileiro. O pensamento atual e no sentido de manter as tarifas como estão", disse Lobão ontem, em Brasília. "Não se cogita alteração no tratado e não creio que seja essa a reivindicação." Porém, a diplomacia brasileira sugere que é possível a negociação de tarifas. Na segunda-feira, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse que o Brasil pode reajustar o valor pago ao Paraguai pela energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. Ele ressaltou que isso já foi feito no passado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia declarado na semana passada que o tratado de Itaipu não seria alterado. "Nós temos um tratado, e o tratado vai se manter", disse. Porém, a Folha apurou que Lula admite a mudança nas tarifas da energia, desde que o tratado se mantenha inalterado. YGOR SALLES; da Folha Online . 2304.
STF/LULA: JANTAR, MINISTROS E TERREMOTOS
Carlos Ayres Britto, um dos indicados de Lula, acaba de suspender a operação de retirada de arrozeiros da área indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Joaquim Barbosa, outro juiz que foi ao STF sob Lula, produziu o notável voto que levou ao banco dos réus a “quadrilha” do mensalão. Autor da denúncia que atazana os mensaleiros, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza também dividiu a mesa do Alvorada. O relator Barbosa, porém, não deu as caras no jantar. Além dele, outros dois ministros do STF faltaram ao repasto: Celso de Mello, decano do tribunal, e Marco Aurélio Mello. Este último foi alvo de críticas acerbas do presidente da República. Mello, que tem assento também no TSE, enxergara motivação eleitoral num programa recém-lançado pelo Planalto, o Territórios de Cidadania.
Escrito por Josias de Souza. Folha Online, 2304.
"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
- Epidemia de dengue já é a pior da história
A confirmação da 92ª morte este ano, no Estado do Rio, já faz da atual epidemia de dengue a mais grava deste tipo na história, superando os 91 óbitos registrados em 2002, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Para especialistas, a situação é pior agora porque a doença se tornou muito mais letal. Marinheiros americanos que participam de manobras militares receberam recomendação para desembarcar na capital fluminense usando repelente contra insetos e andar com calças e camisas de mangas compridas. (Págs. 1, Cidade A12 e A13 e Internacional A23). 23-abril-2008.
- Terremoto assusta São Paulo
Foram apenas seis segundos, mas um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter assustou ontem à noite, por volta das 21h, moradores de São Paulo e de mais três Estados -Rio, Paraná e Santa Catarina. Com epicentro na costa brasileira, a cerca de 270 km da capital paulista, o terremoto foi considerado moderado por cientistas e geólogos do país que não descartaram a possibilidade de novos tremores. Assustadas, pessoas deixaram prédios, universidades suspenderam aulas e há relatos de rachaduras em edificações na zona oeste e em um hospital na zona leste. Só o prédio central do Corpo de Bombeiros em São Paulo registrou 3.600 chamados em uma hora. Estima-se que tenha sido o maior tremor em São Paulo desde 1922. (págs. 1 e Cotodiano).
- Amorim diz que país tem de ser 'generoso' com Paraguai
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que o governo poderá negociar alterações nas tarifas de energia elétrica excedente do Paraguai repassada ao Brasil. Segundo o chanceler, o Brasil precisa ser generoso e não imperialista na relação com seus vizinhos: "Temos que ter uma visão generosa. E não é só ser bonzinho. Generosidade é também ver seu próprio interesse de longo prazo, que é o de uma região pacífica." Uma possível negociação com o Paraguai com aumento da tarifa foi tratada na reunião da coordenação política, comandada pelo presidente Lula, mas enfrenta resistência dentro do próprio governo. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que a elevação da tarifa não está nos planos: "O ministro Celso Amorim entende que o preço deve ser justo. E ele é justo." O presidente Lula aceitou ontem receber o presidente eleito do Paraguai antes de sua posse, em agosto. (Págs. 1, 25, 26 e 27, Elio Gaspari, Miriam Leitão e editorial "Hora do realismo").
- Indústria se une por farinha mais barata
As fabricantes de massas se preparam para formar uma central de compras com a qual esperam reduzir os custos de produção. Um dos principais objetivos de fazerem compras conjuntas de produtos usados pelas indústrias é diminuir o impacto das altas nos preços dos derivados de trigo. A expectativa é baixar em até 20% os preços pagos pela farinha de trigo, informou à Gazeta Mercantil Cláudio Zanão , presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), que organiza a iniciativa. No Estado de São Paulo, principal região consumidora, os preços da farinha de trigo saltaram de R$ 1 mil a tonelada para R$ 1,7 mil nos últimos 12 meses, segundo a Safras & Mercado. O trigo em grão subiu 62,5%, de R$ 480 para R$ 780 a tonelada, no mesmo período, com base nas cotações do Paraná. Numa segunda fase a central poderá negociar também a compra de trigo. (Págs, 1 e C1).
- Aumento de 30% ameaça tornar arroz indigesto
No país, somente nos últimos 30 dias, o alimento beneficiou os agricultores com valorização de 30%. Amanhã, em Brasília, o Ministério da Agricultura discute a venda do estoque do governo, calculado em 1,4 milhão de toneladas do grão, como forma de conter o aumento. Ainda assim, o produto deve ficar mais caro nos próximos dias. Outra medida para segurar o preço seria recorrer a importações. Mas a alternativa é improvável. Isso porque países produtores estão reduzindo as exportações para abastecer o mercado interno. No mundo inteiro, a tendência é de aumento no preço. No Brasil, para complicar ainda mais a situação, neste ano o país deve consumir mais arroz do que produz. Enquanto as plantações devem chegar a 12 milhões de toneladas, o consumo previsto é de 13,1 milhão. (Págs. 1 e 15).
- Funcef e Petros disputam 20% do consórcio de Jirau
Os fundos de pensão da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef) puseram a usina de Jirau, a segunda do complexo hidrelétrico do rio Madeira, no topo de suas prioridades. O alvo é uma fatia de 10% no negócio para cada um e os fundos estão discutindo a oferta com os consórcios que disputarão o leilão, marcado para 12 de maio. Os fundos se comprometem a integralizar recursos em troca das fatias no empreendimento, diz Guilherme Lacerda, presidente da Funcef. "Estamos falando com todos os consórcios e pretendemos fechar com o vencedor", afirma. O Valor apurou que o consórcio liderado pela Camargo Corrêa e pela estatal Chesf deu sinal verde à proposta. A Odebrecht, que irá ao leilão ao lado das estatais Cemig e Furnas, só discutirá o assunto após o leilão. O consórcio de Suez e Eletrosul foi procurado, mas não houve definição sobre o assunto.
- Justiça liberta prefeito das malas de dinheiro
Beneficiado por um habeas corpus do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, um dos 15 titulares de prefeituras mineiras acusados de envolvimento num esquema de desvio de R$ 200 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), deixou ontem a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Ele estava na cadeia desde o dia 9, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Pasárgada, cumprindo mandados de prisão contra 17 prefeitos, secretários municipais, servidores públicos, advogados e um juiz federal. Diferentemente dos demais acusados, que já haviam sido libertados, Bejani continuava preso, porque em sua casa foram encontradas cinco armas, entre as quais uma pistola 9mm, de uso exclusivo do Exército, o que caracterizou o flagrante, além de R$ 1,1 milhão em dinheiro, suficientes para encher duas malas, cuja origem está sendo investigada. (Págs. 1 e 6).
Nova York. A escalada das cotações do petróleo parece não ter fim. Ontem, os contratos futuros para entrega em maio fecharam pela primeira vez acima de US$ 119 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). A disparada dos preços - que chega a 24% apenas em 2008 e a quase 70% nos últimos 12 meses - pressiona a inflação global e traz de volta o debate sobre uma eventual estagflação nos Estados Unidos. Esse processo é caracterizado por baixo crescimento e preços com tendência ascendente. “(O petróleo) apagou qualquer possibilidade de recuperação econômica (nos EUA), pois, a partir de um certo momento, o consumidor terá de parar de gastar”, disse Angel Mata, diretor-gerente da Stifel Nicolaus Capital Markets, em Baltimore. As bolsas americanas caíram ontem principalmente por causa da commodity. O Índice Dow Jones perdeu 0,82% e a bolsa eletrônica Nasdaq, 1,29%. Estado.
ALIMENTOS/INFLAÇÃO DE DEMANDA: ... NÃO COMER, ENTÃO???
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ITAIPU BINACIONAL: LOBÃO ou LUGO? [Minando a revisão?]
Encontro
O impasse sobre as tarifas de Itaipu será o tema principal do encontro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo terão antes do dia 15 de agosto próximo, informaram à Agência Estado assessores do presidente brasileiro. Lula, de acordo com os auxiliares, telefonou na tarde desta terça para Lugo cumprimentando-o pela vitória. Durante a conversa, Lugo tomou a iniciativa de pedir a Lula o encontro, que deverá ser realizado no Brasil, antes da posse do paraguaio, que será no dia 15 de agosto. Outros temas do encontro ainda não foram acertados. Durante o telefonema, de cinco minutos, Lula apenas cumprimentou o candidato vitorioso e foi convidado para a posse, mas não confirmou presença. Antes de garantir participação na festa de Lugo, o presidente Lula prefere ver como avançam as conversas sobre Itaipu, disseram os assessores. Explicaram também que o presidente brasileiro não acredita em um endurecimento no discurso de Lugo. O governo brasileiro espera que a contundência do paraguaio ao pregar mudanças no Tratado de Itaipu era típica de campanha eleitoral, mas não se acentuará, agora que foi eleito.
Concordância e crise
O ministro disse que não há porque concordar com a revisão das tarifas da Hidrelétrica de Itaipu, como tem defendido o presidente eleito do Paraguai. Segundo ele, se o Brasil tiver que reexaminar as tarifas do Paraguai, seria dentro de revisão tarifária de todas as usinas hidrelétricas brasileiras. "Agora, revisar exclusivamente Itaipu, não. Não vejo, no momento, razões para isso", disse. Ele afirmou que o Brasil paga pela energia de Itaipu US$ 45,31 por megawatt. Desse total, US$ 42,50 são usados para abater a dívida da construção de Itaipu e bancar despesas da hidrelétrica. De acordo com o ministro, o Paraguai fica com US$ 2,81 por megawatt, o que gerou, no ano passado, cerca de US$ 340 milhões para o Paraguai. "Esta é uma dívida que existe e que tem que ser resgatada ano a ano. E está sendo resgatada sem inadimplência", comentou. Segundo ele, o Brasil já vem ajudando o Paraguai na construção de uma linha de transmissão que levará energia até Assunção. "Seguramente o Brasil estará em condições de ajudar o Paraguai em tudo o que puder". Ele explicou, porém, que ao afirmar que o Brasil poderia ajudar o Paraguai em tudo o que puder não estava incluindo a revisão das tarifas. "Isso o Brasil não pode, porque, se vier a estabelecer uma tarifa diferenciada daquela que é praticada no Brasil, haverá prejuízo para o consumidor brasileiro". O ministro disse também não acreditar que a discussão em torno da energia de Itaipu possa gerar uma crise entre Brasil e Paraguai. "Não creio absolutamente nisso. O Paraguai é um país amigo e nós temos todo o interesse de manter as melhores relações com o Paraguai, como temos mantido", declarou. Segundo ele, a hidrelétrica de Itaipu foi construída para resolver uma disputa territorial entre os dois países, tendo trazido grandes benefícios para ambos. "Não há razão para qualquer contencioso diplomático por conta da energia de Itaipu", frisou.
(com Luciana Nunes Leal, de O Estado de S. Paulo). 2304.