A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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quarta-feira, junho 13, 2012
XÔ! ESTRESSE [In;] ''SÓ CAROLINA NÃO VIU..." *
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(*) CAROLINA. Chico Buarque.
''Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiuEu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu".
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''QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ" *
Dora Kramer
Só Perillo não viu
Em uma hora e meia de questionamento, o deputado Odair Cunha deixou passar oportunidades de preencher lacunas sobre as relações dele com Cachoeira.Contou para isso com a colaboração da linha de interrogatório escolhida pelo relator, feita no intuito de cumprir o rito de defesa e levar o governador a se pronunciar sobre tópicos polêmicos já conhecidos e a respeito dos quais Perillo chegou bem preparado para responder.
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua...".
''DIRCEU BORBOLETA e ODORICO PARAGUAÇU" (personagens de ficção)*
Punições no mensalão ainda devem demorar
Recursos podem levar mensalão para 2013 |
Autor(es): Maíra Magro De Brasília |
Valor Econômico - 13/06/2012 |
Apesar da gravidade das acusações, nenhum dos 38 réus no processo do mensalão sairá preso do julgamento no Supremo Tribunal Federal, marcado para começar em 1º de agosto e que não deve terminar antes de setembro. A partir daí, caberão recursos. Mandados de prisão só seriam expedidos com decisão definitiva, o que não deve acontecer antes de outubro.
Publicitários da SMP&B e dirigentes do Banco Rural têm a pena máxima mais elevada, que no caso de Marcos Valério pode chegar a 392 anos de prisão. Entre os petistas a lista é encabeçada por José Dirceu e Delúbio Soares, ambos com pena máxima de 111 anos, além de José Genoíno, com 99 anos.
Se os 38 réus do mensalão fossem condenados por todos os crimes descritos pelo Ministério Público, as penas mínimas somadas chegariam a 800 anos, enquanto as máximas superariam 3,7 mil. Apesar da magnitude da acusação, ninguém sairá preso do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar em 1º de agosto. Também é pouco provável que, em caso de condenação, as penas comecem a ser cumpridas antes das eleições de outubro.
Na melhor das hipóteses, o julgamento terminaria em setembro. A partir daí, cabem recursos. Mandados de prisão só seriam expedidos com uma decisão definitiva. "Todos os réus respondem em liberdade e a regra é continuar em liberdade", diz o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende um dos acusados no caso, o publicitário Duda Mendonça. Mas o processo precisa cumprir algumas etapas até que a decisão seja considerada final.
Primeiro, aguarda-se a publicação do acórdão. O prazo dependerá da complexidade dos votos e do nível de consenso entre os ministros, podendo levar alguns dias ou até meses. Publicada a decisão, a defesa tem cinco dias para apresentar recursos. São os chamados embargos de declaração, usados para questionar obscuridades, omissões ou contradições no texto. O STF não tem prazo para julgá-los.
A partir da nova decisão, os réus eventualmente condenados poderiam tentar um segundo recurso, embora as chances de sucesso sejam mínimas. Quando a corte rejeitar o último questionamento, aguarda-se um período e a sentença se torna definitiva.
Passados quase cinco anos do recebimento da denúncia que narrou o maior escândalo político do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o julgamento do Supremo é uma incógnita até mesmo entre seus integrantes. "Levarei os dados em relação a cada um dos acusados, para apreciar a culpa individualmente, e prolatarei meu voto de improviso", disse ao Valor o ministro do STF Marco Aurélio Mello. "Levarei somente os dados coligidos, porque ainda não tenho convencimento a respeito da culpa de quem quer que seja. Tenho que ouvir na sentada de julgamento a acusação e a defesa", afirma.
Mas o clima de incerteza não afasta especulações, e a mais comum entre advogados é que o processo terá condenados e absolvidos. O cenário se confirmando, é difícil prever se algum dos réus irá para a prisão. O cálculo das penas no processo criminal segue uma complicada matemática, ainda mais intricada pelas peculiaridades do caso. "É preciso levar em conta inúmeros critérios", diz o criminalista Conrado Gontijo, elencando os antecedentes dos réus, a repercussão das condutas e o número de vezes que teriam sido praticadas.
Somente penas superiores a oito anos seriam cumpridas certamente na prisão - condenações menores podem ser convertidas em regime semiaberto. Já penas inferiores a quatro anos podem ser substituídas por medidas alternativas.
Por considerar que muitos dos crimes se repetiram diversas vezes (no jargão jurídico, em "concurso material"), e permaneceram ao longo do tempo ("continuidade delitiva"), o MP pede condenações pesadas, obtidas pela soma das penas conforme a frequência em que os crimes teriam sido cometidos, ou seu aumento segundo a continuidade das condutas. Por isso, réus acusados dos mesmos crimes podem estar sujeitos a penas distintas.
O réu em situação mais complicada nesse sentido é o empresário Marco Valério, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) integrava o "núcleo operacional" do esquema de compra de votos em troca de apoio político. Os crimes identificados nas alegações finais somariam pena mínima de 87 anos (sem levar em conta a prescrição de alguns) e máxima de 392 - a maior prevista na acusação. A PGR acusa Marcos Valério de formação de quadrilha, corrupção ativa praticada 11 vezes, peculato por duas vezes, mais lavagem de dinheiro em 19 ocasiões e evasão de divisas.
A defesa de Marcos Valério se recusa a falar em penas: "Não discuto o assunto porque nosso pedido é de julgar a ação totalmente improcedente", diz o advogado do empresário, Marcelo Leonardo. Ele argumenta que não há provas suficientes na fase judicial para comprovar as acusações contra Valério: "A prova do inquérito não pode ser usada para julgamento e condenação. O MP tinha o dever de ter produzido prova em juízo dos fatos narrados no inquérito."
Se o julgamento terminar em prisões, especialistas duvidam que as penas seriam tão altas quanto as pedidas pelo MP. Uma possibilidade seria considerar somente a "continuidade" dos crimes, aumentando as penas ao invés de somá-las. A repercussão do caso, por outro lado, poderia pesar contra a pena mínima - o que afastaria a prescrição de diversos crimes. O fator determinante, porém, não será a acusação, mas a existência de provas quanto às condutas de cada réu.
No caso de José Dirceu, apontado na denúncia como o "chefe da quadrilha", a maioria dos criminalistas considera que, do ponto de vista técnico, não haveria provas suficientes para condenação, apesar do apelo político. O papel do "mandante" atribuído pela PGR é tradicionalmente o mais difícil de se demonstrar, pois as evidências se resumem em geral a depoimentos. O ex-ministro chefe da Casa Civil é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa praticada 11 vezes. Sua defesa insiste na ausência de provas.
Em posição mais grave estaria o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, apontado no processo como "elo com os núcleos operacional e financeiro" do mensalão. Contra ele pesam assinaturas, ao lado das do ex-presidente do PT José Genoino, nos contratos de empréstimo feitos ao partido pelos bancos Rural e BMG, por intermédio de Marcos Valério.
A defesa de Delúbio diz que o dinheiro foi repassado a partidos aliados para gastos de campanha. Já a de Genoino alega que as transações estariam a cargo do secretário de Finanças do partido, e que a assinatura do presidente seria uma questão meramente burocrática.
Outra situação peculiar é a de Roberto Jefferson, que ao delatar o mensalão planejava participar do processo como testemunha, e não réu. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o presidente do PTB enfrentará como prova a própria declaração de que recebera R$ 4 milhões de Marcos Valério a mando do PT.
A defesa diz que o dinheiro veio de um "ajuste interpartidário de doação" para as eleições municipais de 2004, e que, para que ocorra o crime de lavagem, o acusado tem que ter ciência prévia da origem ilícita do recurso. "O PT disse que tinha tomado empréstimos para isso", diz o advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa. Mais uma vez, ele questionará em plenário a ausência do ex-presidente Lula entre os réus do mensalão.
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(*) Personagens de Dias Gomes.
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LIGAÇÕES PERIGOSAS*
Inidônea, Delta não terá novos contratos
CGU declara Delta inidônea e proíbe contratos |
Autor(es): agência o globo:Jailton de Carvalho |
O Globo - 13/06/2012 |
Empreiteira não pode participar de novas licitações; gestores devem decidir se vão manter os que já estão em vigor
BRASÍLIA . O ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, declarou ontem inidônea a Delta Construções, uma das empresas investigadas por supostas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com a declaração de inidoneidade, que deve ser publicada no Diário Oficial da União de hoje, a Delta, sexta maior construtora do país, fica proibida de participar de licitações e de assinar novos contratos com o poder público. Para a CGU, sua decisão se aplica também aos estados, mas há divergências jurídicas sobre esse entendimento.
A medida poderá ter impacto também nos contratos em andamento. Segundo Hage, caberá aos gestores dos órgãos responsáveis pelas obras da Delta decidir se mantêm ou não os contratos já assinados com a empreiteira. Só no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Delta tem 98 contratos, no valor total de R$ 2,5 bilhões. A empresa já recebeu R$ 1,5 bilhão pela execução parcial ou total desses contratos e tem aproximadamente mais R$ 1 bilhão por receber. A empresa também tem contratos com os ministérios da Defesa e da Integração Nacional.
Para a CGU, os gestores terão de analisar a conveniência de se manter os contratos.
- A partir de agora, eles terão que tomar as decisões mais adequadas ao interesse público. Terão que ver, por exemplo, se existe vantagem em cancelar contrato em que 80% ou 90% das obras já estão concluídas - disse Hage.
A inidoneidade tem prazo de validade mínimo de dois anos e pode se estender por prazo indeterminado, até a empresa se reabilitar. A Controladoria Geral decidiu classificar a Delta como inidônea a partir de um processo aberto com base na Operação Mão Dupla, da Polícia Federal. Pela investigação criminal, dirigentes da empresa subornaram servidores da superintendência do Dnit no Ceará em troca de menos fiscalização de obras e serviços. A Delta tinha, na época, dez contratos com o Dnit do Ceará orçados em R$ 250 milhões.
Dirigentes da Delta teriam bancado diárias de hotéis, passagens aéreas e aluguel de carros de dez altos servidores, entre 2008 e 2010.
- Não foi um ato isolado de corrupção. Foi um procedimento costumeiro e repetitivo de suborno e concessão de vantagens ilegais e imorais a servidores, alguns deles incumbidos da fiscalização - disse Hage.
Os servidores acusados de receber propina estão sendo investigados em processos disciplinares e podem ser punidos com demissão. Entre os suspeitos está um procurador federal. A CGU abriu a investigação em 24 de abril, depois da descoberta do envolvimento de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, com Cachoeira. A conclusão da CGU será enviadas à PF e ao Ministério Público Federal. A partir daí, a PF decidirá se abre novo inquérito contra a Delta.
Mas a tendência, no momento, é que a polícia aguarde novos levantamentos da Controladoria Geral. A empresa já é alvo de outras investigações criminais sobre desvios em obras do Dnit. A Delta também está sendo investigada pela CPI do Cachoeira. Parlamentares suspeitam que a empresa tenha sido usada para lavar dinheiro de Cachoeira. O suposto envolvimento da empresa em negócios do bicheiro apareceu nas investigações da PF sobre movimentações financeiras do grupo de Cachoeira.
Em nota, a Delta informou que só irá se pronunciar oficialmente após tomar ciência do inteiro teor da decisão da CGU. A empresa estuda recorrer por meio de procedimentos administrativos e judiciais.
--------------- (*) Título de livro/filme. --- |
''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA..." *
PERILLO ESCAPA. HOJE CPI VAI OUVIR AGNELO
PERILLO SOBREVIVE AO TESTE NA CPI |
Autor(es): JOÃO VALADARES e GABRIEL MASCARENHAS |
Correio Braziliense - 13/06/2012 |
No anunciado embate com o PT, na CPI do Cachoeira, o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, passou pelo teste de fogo, que durou nada menos que oito horas. Mas a novela da venda da casa — onde morava o bicheiro quando foi preso pela PF em Goiânia — ainda deve render novos capítulos. Hoje, quem vai enfrentar a maratona de perguntas na CPI será o governador do DF, o petista Agnelo Queiroz. Acompanhe a cobertura completa do depoimento pelo portal www.correiobraziliense.com.br, pelo Twitter (@cbonlinedf, @anacampos_cb e @liliantahan_cb) e pela TV Brasília.
Depois de oito horas de depoimento, governador de Goiás nega relação com Cachoeira e garante que a venda da mansão em Goiânia transcorreu dentro da legalidade
Em mais de oito horas de depoimento, o governador de Goiás, Marconi Perillo, passou pelo teste de fogo da CPI do Cachoeira. Perillo manteve-se calmo durante todo o depoimento, mas admitiu fatos que comprovam a presença da organização criminosa em seu governo, como a cooptação de policiais militares e os indícios de proximidade entre sua ex-chefe de gabinete com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a quem só se referiu como "empresário". O governador também não conseguiu colocar um ponto final no capítulo da venda de uma casa em Goiânia. O imóvel, pago com três cheques emitidos por uma empresa de parentes de Cachoeira, serviu de moradia para o bicheiro e sua mulher por oito meses, até ele ser preso, em fevereiro.
O tema prioritário do depoimento — marcado por embates entre as tropas de choque da oposição e da base aliada — foi a comercialização do imóvel. Perillo reafirmou que vendeu a casa para o empreendedor Walter Paulo Santiago, por intermédio do ex-vereador Wladimir Garcez, por R$ 1,4 milhão. Sem ter como arcar com a dívida contraída, Garcez a repassou para Walter Paulo, que pagou em dinheiro. "Se eu soubesse que a venda da casa traria tanta confusão e desconforto, eu teria continuado morando nela", reconheceu Perillo, antes de entregar à comissão a cópia dos cheques e da escritura da mansão.
O governador de Goiás evitou a todo custo referir-se a Cachoeira com termos pejorativos, como contraventor ou bicheiro, mas rechaçou versão de que eram amigos. Admitiu terem se encontrado algumas vezes em eventos sociais e, em uma delas, para tratar de um pedido de Cachoeira, que pleiteava incentivos fiscais do governo estadual. Confrontado com o fato de, em uma ligação telefônica monitorada pela Polícia Federal, ter parabenizado o bicheiro pelo aniversário, o governador disse que atendeu a um pedido de um amigo. "Esse amigo perguntou se eu me incomodaria em parabenizá-lo. Eu disse que não, até porque, naquele momento, não estava falando com o contraventor, mas com o empresário", argumentou Perillo, lembrando que as investigações da PF não mostram nenhum telefonema feito por Cachoeira para o governador.
Policiais
Perillo também rechaçou as denúncias de que a quadrilha de Cachoeira tinha uma cota de vagas em órgãos do governo de Goiás, como o Detran. O governador confirmou, no entanto, que policiais estavam envolvidos com a organização criminosa. Ainda assim, saiu em defesa das forças de segurança: "Os policiais de Goiás estão entre os melhores do país. De 12 mil homens, 34 foram cooptados. O fato de a quadrilha ter se infiltrado na polícia mostra que combatíamos práticas criminosas", tentou argumentar Perillo. O governador afirmou que não tinha conhecimento de que sua ex-chefe de gabinete Eliane Gonçalves Pinheiro havia recebido um aparelho celular de Cachoeira, por onde, segundo as investigações, o contraventor a informava sobre operações da Polícia Federal.
Ao lado de um de seus advogados, Perillo não parecia se incomodar em responder "não sei". A estratégia foi uma orientação de seus representantes. Em determinado momento da sessão, a defesa do governador escreveu um bilhete e o colocou na frente de seu cliente: "Não fala em tese. Se não souber, diga não". Perillo obedeceu à risca, gerando críticas por parte do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG): "O governador vem aqui e diz que não sabe, que não se lembra de fatos", disparou Odair, quando acusado de estar direcionando as perguntas de acordo com interesses partidários.
A polarização entre PSDB e PT prevaleceu durante a sessão. Tema nevrálgico para petistas, o mensalão veio à tona pelo menos três vezes. Na primeira, Perillo esquivou-se, dizendo que aquele não era o objeto de apuração da CPI e, sobre o fato de ter alertado o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o pagamento de propina a parlamentares, afirmou que, na ocasião, apenas cumpriu seu dever. Mais tarde, porém, com o acirramento do duelo partidário, afirmou: "Não sabia que um aviso (sobre o mensalão) provocaria tanto ódio e perseguição"
--- (*) Vinicius de Moraes. --- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, recomendou ontem que os países tributem empresas que poluem o meio ambiente e reduzam subsídios para quem usa, por exemplo, carvão. Com esse dinheiro, seria possível financiar programas de desenvolvimento sustentável. Lagarde, que falou em Washington, chega nos próximos dias para a Rio+20. A proposta do FMI soa inovadora porque contraria o receituário liberal do Fundo. Os técnicos do FMI calculam que, nos EUA, uma taxação de US$ 25 por tonelada de carbono emitida resultaria em apenas US$ 0,22 a mais no galão da gasolina e levantaria US$ 1 trilhão em dez anos. Já a taxação de emissões da aviação renderia US$ 25 bilhões para atenuar os efeitos das mudanças climáticas nas nações em desenvolvimento. Dos 200 parágrafos do documento final da conferência, dois terços permanecem em aberto e serão discutidos por negociadores a partir de hoje. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Fotolegenda: Obra do artista plástico Siron Franco, no MAM, sobre o cerrado brasileiro: área é a mais destruída do país, principalmente pelo agronegócio.
Investigada por ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta Construções foi declarada inidônea pela Controladoria Geral da União. Com isso, fica proibida de participar de licitações e de assinar novos contratos com o governo federal. As obras em andamento, a maioria do PAC, devem ser revistas. A decisão se aplica também aos estados, mas há divergências jurídicas. O governo do Rio disse que a seguirá. Em depoimento de nove horas, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), negou proximidade com Cachoeira, mas não autorizou a CPI a quebrar seus sigilos. (Págs. 1, 3 a 9 e Elio Gaspari)
Os efeitos da crise externa vão perdurar por até mais dois anos na economia global, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em comissão do Senado, ele afirmou que o “crescimento será mais baixo do que se esperava”.
Foi a primeira vez que Tombini foi específico sobre a duração dos impactos da turbulência. Ele afirmou que a crise reduz a pressão inflacionária na economia brasileira e disse que a alta dos preços deve fechar o ano em torno da meta de 4,5%. (Págs. 1, Poder A4 e Mercado B5)
Diretores da empresa são acusados de ligação com o contraventor Carlos Cachoeira, mas a empresa foi punida por suposto pagamento de propina em troca de contratos no Ceará. A Delta não se manifestou. (Págs. 1 e Poder A9)
Nessas datas, o número de policiais passará de 3.500 por turno para 3.890.
Em 2012, houve ao menos 16 casos registrados na capital paulista. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa hoje com o Brasil disposto a não retroceder em pontos conquistados na Eco-92, a reunião realizada no Rio há 20 anos. Em especial, exemplificou o chanceler Antonio Patriota, ter o ser humano como o centro e manter o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas - ou seja, todos têm compromisso com as mudanças, mas os ricos têm mais, porque contribuíram mais com a degradação do planeta. Até ontem, havia confirmação da vinda de delegados de 186 dos 193 membros da ONU - os EUA serão representados pela secretária de Estado, Hillary Clinton. (Págs. 1 e Vida A15 a A17)
Análise: Dora Kramer
Só o governador não viu. (Págs. 1 e A6)
Medidas desesperadas, motivadas pelo desejo de crescer acima de 2% em 2012, podem prejudicar o desempenho da economia por muitos anos. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Se Dirceu não se deu conta de que a intimidação repercutirá no STF, ele está mesmo desesperado. (Págs. 1 e A3)
TRF considera ilegais as escutas do Caso Cachoeira.
Delta é proibida de fazer contratos com o governo.
PSB está prestes a romper aliança com PT no Recife. (Págs. 1 e 2 a 7)
Heloísa Menezes, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, diz que a ideia é conceder estímulos tributários e de crédito aos setores em troca de investimentos em inovação e maior utilização de conteúdo nacional. O pacote da indústria de autopeças visa preparar os fabricantes para o novo regime automotivo, a partir de 2013. (Pág. 1)
Mesmo no universo VIP dos grandes bancos, ter acesso a fundos DI com taxa inferior a 1% demanda aplicação inicial em tomo de R$ 30 mil. Entre 17 fundos DI disponíveis para o cliente de alta renda pesquisados pelo Valor, sete perdem para a “nova poupança”. (Págs. 1, D1 e D2)
Diplomatas de todo o mundo começam hoje a última rodada de negociação de “O Futuro que Queremos”, o documento-base da Rio+20. A tarefa não será fácil. Até agora, só houve consenso sobre 70 dos 329 parágrafos do texto, que será submetido na próxima semana aos chefes de Estado. “O legado da Rio+20 é a mobilização de ideias”, disse Figueiredo. Ele lembra que o Brasil mudou depois da Rio 92. “Ali se acendeu uma chama. Desta vez, a chama se acenderá para uma geração inteira”. (Págs. 1, A9 e A12)
O GEM oferece um modelo de capitalização, no mínimo, intrigante. O ponto de partida é o empréstimo de ações dessas companhias ao fundo, que vende os papéis na bolsa e depois compra ações quando é feito o aumento de capital. Em comum, essas firmas têm uma base acionária concentrada na pessoa física e nenhum acompanhamento por analistas. (Págs. 1 e C14)
Publicitários da SMP&B e dirigentes do Banco Rural têm a pena máxima mais elevada, que no caso de Marcos Valério pode chegar a 392 anos de prisão. Entre os petistas a lista é encabeçada por José Dirceu e Delúbio Soares, ambos com pena máxima de 111 anos, além de José Genoíno, com 99 anos. (Págs. 1 e A16)
Países europeus manifestaram interesse em aplicar parte de suas reservas na compra de títulos soberanos do Brasil. (Págs. 1 e A2)
O keynesianismo do “pau na máquina” e da demanda “na veia” terá de ceder espaço ao aumento da produtividade. (Págs. 1 e A11)