PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, junho 13, 2012

XÔ! ESTRESSE [In;] ''SÓ CAROLINA NÃO VIU..." *

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(*) CAROLINA. Chico Buarque.

''Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiuEu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu".
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''QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ" *

...

Dora Kramer

Só Perillo não viu



O governador Marconi Perillo começou comandando o show na CPMI mais famosa do Brasil.
Senhor do tempo na apresentação inicial feita em tempo quatro vezes maior que os 20 minutos regulamentares, deu explicações em princípio convincentes sobre a venda da casa onde foi preso Carlos Cachoeira, aproveitou para propagandear seus feitos em Goiás e ainda reivindicar a autoria de dois dos mais celebrados programas sociais do governo petista: o ProUni e o Bolsa-Família
...
Em uma hora e meia de questionamento, o deputado Odair Cunha deixou passar oportunidades de preencher lacunas sobre as relações dele com Cachoeira.Contou para isso com a colaboração da linha de interrogatório escolhida pelo relator, feita no intuito de cumprir o rito de defesa e levar o governador a se pronunciar sobre tópicos polêmicos já conhecidos e a respeito dos quais Perillo chegou bem preparado para responder.
Tampouco deu ouvidos às reiteradas referências do governador ao envolvimento de pessoas, partidos e governos com pagamento de propinas, com a construtora Delta, com o senador Demóstenes Torres e com o acusado de comandar a organização criminosa alvo da comissão de inquérito.
Fruto de um pacto não escrito nem explícito de não agressão entre PT e PSDB, com participação coadjuvante do PMDB?
As citações elogiosas de Perillo ao governo, aos ministros, à presidente Dilma Rousseff e a maneira como se esquivou de abordar o aviso dado a Lula sobre a existência do mensalão poderiam reforçar essa percepção.
Mas acertos são de difícil sustentação, como demonstrado pela reação do PSDB quando o relator referiu-se ao governador como “investigado” e perguntou se ele abria mão de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.
Além disso, as investigações dependem mais do cruzamento de informações substantivas – obtidas, por exemplo, da quebra de sigilos – que do conteúdo dos depoimentos.
Nestes, às vezes importa observar mais o que o depoente busca ocultar e menos o que se preparou para contar.
Na participação do governador Marconi Perillo chamou atenção o modo como procurou mostrar-se absolutamente alheio às atividades ilegais de Carlos Cachoeira.
Soou artificial ao dizer que desconhecia as andanças de Cachoeira pelas margens da lei e que não acompanhou a participação dele como um dos personagens principais da CPI dos Bingos – da qual resultou um pedido de indiciamento criminal – por falta de tempo para “ver televisão”. Pueril, não suscitasse desconfiança tamanha alienação.
Também não viu nem ouviu coisa alguma sobre um vídeo divulgado no ano de 2004 em que Cachoeira e Waldomiro Diniz, este como presidente da Loterj e aquele como representante de consórcio prestador de serviços à autarquia fluminense, dialogavam sobre o pagamento de um porcentual do valor de contrato para financiamento de campanhas eleitorais.
A acreditar nessa versão, Perillo teria sido o único.
O governador foi contraditório na diferença de tratamento adotada conforme a situação. Quando relatava encontros em dois jantares, uma audiência em palácio de governo e telefonema de cumprimentos por ocasião do aniversário, o Perillo referiu-se a Carlos Augusto Ramos como “empresário”.
Quando lhe interessou marcar distância, citou gravação da Polícia Federal em que Cachoeira reclamava com a mulher da ação do governo contra o jogo ilegal, para mostrá-lo como contraventor caçado pela polícia de Goiás.
Se era alvo da polícia, por que o governador telefonou para cumprimentá-lo? A quem fez a gentileza, ao contraventor ou ao empresário?
Dúvida que fica. Não a única.
Há elos a serem esclarecidos: a proximidade da ex-chefe de gabinete do governador com Cachoeira a quem é ligada a pessoa jurídica compradora do imóvel onde foi preso nosso personagem, em negócio intermediado por Wladimir Garcez, dublê de funcionário da Delta e agente facilitador do contraventor junto ao poder público.
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(*) Quem te viu, quem te vê. Chico Buarque.
''Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua...".
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''DIRCEU BORBOLETA e ODORICO PARAGUAÇU" (personagens de ficção)*



Punições no mensalão ainda devem demorar



Recursos podem levar mensalão para 2013
Autor(es): Maíra Magro De Brasília
Valor Econômico - 13/06/2012

Apesar da gravidade das acusações, nenhum dos 38 réus no processo do mensalão sairá preso do julgamento no Supremo Tribunal Federal, marcado para começar em 1º de agosto e que não deve terminar antes de setembro. A partir daí, caberão recursos. Mandados de prisão só seriam expedidos com decisão definitiva, o que não deve acontecer antes de outubro.
Publicitários da SMP&B e dirigentes do Banco Rural têm a pena máxima mais elevada, que no caso de Marcos Valério pode chegar a 392 anos de prisão. Entre os petistas a lista é encabeçada por José Dirceu e Delúbio Soares, ambos com pena máxima de 111 anos, além de José Genoíno, com 99 anos.

Se os 38 réus do mensalão fossem condenados por todos os crimes descritos pelo Ministério Público, as penas mínimas somadas chegariam a 800 anos, enquanto as máximas superariam 3,7 mil. Apesar da magnitude da acusação, ninguém sairá preso do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar em 1º de agosto. Também é pouco provável que, em caso de condenação, as penas comecem a ser cumpridas antes das eleições de outubro.
Na melhor das hipóteses, o julgamento terminaria em setembro. A partir daí, cabem recursos. Mandados de prisão só seriam expedidos com uma decisão definitiva. "Todos os réus respondem em liberdade e a regra é continuar em liberdade", diz o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende um dos acusados no caso, o publicitário Duda Mendonça. Mas o processo precisa cumprir algumas etapas até que a decisão seja considerada final.
Primeiro, aguarda-se a publicação do acórdão. O prazo dependerá da complexidade dos votos e do nível de consenso entre os ministros, podendo levar alguns dias ou até meses. Publicada a decisão, a defesa tem cinco dias para apresentar recursos. São os chamados embargos de declaração, usados para questionar obscuridades, omissões ou contradições no texto. O STF não tem prazo para julgá-los.
A partir da nova decisão, os réus eventualmente condenados poderiam tentar um segundo recurso, embora as chances de sucesso sejam mínimas. Quando a corte rejeitar o último questionamento, aguarda-se um período e a sentença se torna definitiva.
Passados quase cinco anos do recebimento da denúncia que narrou o maior escândalo político do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o julgamento do Supremo é uma incógnita até mesmo entre seus integrantes. "Levarei os dados em relação a cada um dos acusados, para apreciar a culpa individualmente, e prolatarei meu voto de improviso", disse ao Valor o ministro do STF Marco Aurélio Mello. "Levarei somente os dados coligidos, porque ainda não tenho convencimento a respeito da culpa de quem quer que seja. Tenho que ouvir na sentada de julgamento a acusação e a defesa", afirma.
Mas o clima de incerteza não afasta especulações, e a mais comum entre advogados é que o processo terá condenados e absolvidos. O cenário se confirmando, é difícil prever se algum dos réus irá para a prisão. O cálculo das penas no processo criminal segue uma complicada matemática, ainda mais intricada pelas peculiaridades do caso. "É preciso levar em conta inúmeros critérios", diz o criminalista Conrado Gontijo, elencando os antecedentes dos réus, a repercussão das condutas e o número de vezes que teriam sido praticadas.
Somente penas superiores a oito anos seriam cumpridas certamente na prisão - condenações menores podem ser convertidas em regime semiaberto. Já penas inferiores a quatro anos podem ser substituídas por medidas alternativas.
Por considerar que muitos dos crimes se repetiram diversas vezes (no jargão jurídico, em "concurso material"), e permaneceram ao longo do tempo ("continuidade delitiva"), o MP pede condenações pesadas, obtidas pela soma das penas conforme a frequência em que os crimes teriam sido cometidos, ou seu aumento segundo a continuidade das condutas. Por isso, réus acusados dos mesmos crimes podem estar sujeitos a penas distintas.
O réu em situação mais complicada nesse sentido é o empresário Marco Valério, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) integrava o "núcleo operacional" do esquema de compra de votos em troca de apoio político. Os crimes identificados nas alegações finais somariam pena mínima de 87 anos (sem levar em conta a prescrição de alguns) e máxima de 392 - a maior prevista na acusação. A PGR acusa Marcos Valério de formação de quadrilha, corrupção ativa praticada 11 vezes, peculato por duas vezes, mais lavagem de dinheiro em 19 ocasiões e evasão de divisas.
A defesa de Marcos Valério se recusa a falar em penas: "Não discuto o assunto porque nosso pedido é de julgar a ação totalmente improcedente", diz o advogado do empresário, Marcelo Leonardo. Ele argumenta que não há provas suficientes na fase judicial para comprovar as acusações contra Valério: "A prova do inquérito não pode ser usada para julgamento e condenação. O MP tinha o dever de ter produzido prova em juízo dos fatos narrados no inquérito."
Se o julgamento terminar em prisões, especialistas duvidam que as penas seriam tão altas quanto as pedidas pelo MP. Uma possibilidade seria considerar somente a "continuidade" dos crimes, aumentando as penas ao invés de somá-las. A repercussão do caso, por outro lado, poderia pesar contra a pena mínima - o que afastaria a prescrição de diversos crimes. O fator determinante, porém, não será a acusação, mas a existência de provas quanto às condutas de cada réu.
No caso de José Dirceu, apontado na denúncia como o "chefe da quadrilha", a maioria dos criminalistas considera que, do ponto de vista técnico, não haveria provas suficientes para condenação, apesar do apelo político. O papel do "mandante" atribuído pela PGR é tradicionalmente o mais difícil de se demonstrar, pois as evidências se resumem em geral a depoimentos. O ex-ministro chefe da Casa Civil é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa praticada 11 vezes. Sua defesa insiste na ausência de provas.
Em posição mais grave estaria o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, apontado no processo como "elo com os núcleos operacional e financeiro" do mensalão. Contra ele pesam assinaturas, ao lado das do ex-presidente do PT José Genoino, nos contratos de empréstimo feitos ao partido pelos bancos Rural e BMG, por intermédio de Marcos Valério.
A defesa de Delúbio diz que o dinheiro foi repassado a partidos aliados para gastos de campanha. Já a de Genoino alega que as transações estariam a cargo do secretário de Finanças do partido, e que a assinatura do presidente seria uma questão meramente burocrática.
Outra situação peculiar é a de Roberto Jefferson, que ao delatar o mensalão planejava participar do processo como testemunha, e não réu. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o presidente do PTB enfrentará como prova a própria declaração de que recebera R$ 4 milhões de Marcos Valério a mando do PT.
A defesa diz que o dinheiro veio de um "ajuste interpartidário de doação" para as eleições municipais de 2004, e que, para que ocorra o crime de lavagem, o acusado tem que ter ciência prévia da origem ilícita do recurso. "O PT disse que tinha tomado empréstimos para isso", diz o advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa. Mais uma vez, ele questionará em plenário a ausência do ex-presidente Lula entre os réus do mensalão.
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(*) Personagens de Dias Gomes.
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LIGAÇÕES PERIGOSAS*



Inidônea, Delta não terá novos contratos



CGU declara Delta inidônea e proíbe contratos
Autor(es): agência o globo:Jailton de Carvalho
O Globo - 13/06/2012

Empreiteira não pode participar de novas licitações; gestores devem decidir se vão manter os que já estão em vigor

BRASÍLIA . O ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, declarou ontem inidônea a Delta Construções, uma das empresas investigadas por supostas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com a declaração de inidoneidade, que deve ser publicada no Diário Oficial da União de hoje, a Delta, sexta maior construtora do país, fica proibida de participar de licitações e de assinar novos contratos com o poder público. Para a CGU, sua decisão se aplica também aos estados, mas há divergências jurídicas sobre esse entendimento.
A medida poderá ter impacto também nos contratos em andamento. Segundo Hage, caberá aos gestores dos órgãos responsáveis pelas obras da Delta decidir se mantêm ou não os contratos já assinados com a empreiteira. Só no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Delta tem 98 contratos, no valor total de R$ 2,5 bilhões. A empresa já recebeu R$ 1,5 bilhão pela execução parcial ou total desses contratos e tem aproximadamente mais R$ 1 bilhão por receber. A empresa também tem contratos com os ministérios da Defesa e da Integração Nacional.
Para a CGU, os gestores terão de analisar a conveniência de se manter os contratos.
- A partir de agora, eles terão que tomar as decisões mais adequadas ao interesse público. Terão que ver, por exemplo, se existe vantagem em cancelar contrato em que 80% ou 90% das obras já estão concluídas - disse Hage.
A inidoneidade tem prazo de validade mínimo de dois anos e pode se estender por prazo indeterminado, até a empresa se reabilitar. A Controladoria Geral decidiu classificar a Delta como inidônea a partir de um processo aberto com base na Operação Mão Dupla, da Polícia Federal. Pela investigação criminal, dirigentes da empresa subornaram servidores da superintendência do Dnit no Ceará em troca de menos fiscalização de obras e serviços. A Delta tinha, na época, dez contratos com o Dnit do Ceará orçados em R$ 250 milhões.
Dirigentes da Delta teriam bancado diárias de hotéis, passagens aéreas e aluguel de carros de dez altos servidores, entre 2008 e 2010.
- Não foi um ato isolado de corrupção. Foi um procedimento costumeiro e repetitivo de suborno e concessão de vantagens ilegais e imorais a servidores, alguns deles incumbidos da fiscalização - disse Hage.
Os servidores acusados de receber propina estão sendo investigados em processos disciplinares e podem ser punidos com demissão. Entre os suspeitos está um procurador federal. A CGU abriu a investigação em 24 de abril, depois da descoberta do envolvimento de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, com Cachoeira. A conclusão da CGU será enviadas à PF e ao Ministério Público Federal. A partir daí, a PF decidirá se abre novo inquérito contra a Delta.
Mas a tendência, no momento, é que a polícia aguarde novos levantamentos da Controladoria Geral. A empresa já é alvo de outras investigações criminais sobre desvios em obras do Dnit. A Delta também está sendo investigada pela CPI do Cachoeira. Parlamentares suspeitam que a empresa tenha sido usada para lavar dinheiro de Cachoeira. O suposto envolvimento da empresa em negócios do bicheiro apareceu nas investigações da PF sobre movimentações financeiras do grupo de Cachoeira.
Em nota, a Delta informou que só irá se pronunciar oficialmente após tomar ciência do inteiro teor da decisão da CGU. A empresa estuda recorrer por meio de procedimentos administrativos e judiciais.
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(*) Título de livro/filme.
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''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA..." *



PERILLO ESCAPA. HOJE CPI VAI OUVIR AGNELO



PERILLO SOBREVIVE AO TESTE NA CPI
Autor(es): JOÃO VALADARES e GABRIEL MASCARENHAS
Correio Braziliense - 13/06/2012

No anunciado embate com o PT, na CPI do Cachoeira, o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, passou pelo teste de fogo, que durou nada menos que oito horas. Mas a novela da venda da casa — onde morava o bicheiro quando foi preso pela PF em Goiânia — ainda deve render novos capítulos. Hoje, quem vai enfrentar a maratona de perguntas na CPI será o governador do DF, o petista Agnelo Queiroz. Acompanhe a cobertura completa do depoimento pelo portal www.correiobraziliense.com.br, pelo Twitter (@cbonlinedf, @anacampos_cb e @liliantahan_cb) e pela TV Brasília.

Depois de oito horas de depoimento, governador de Goiás nega relação com Cachoeira e garante que a venda da mansão em Goiânia transcorreu dentro da legalidade
Em mais de oito horas de depoimento, o governador de Goiás, Marconi Perillo, passou pelo teste de fogo da CPI do Cachoeira. Perillo manteve-se calmo durante todo o depoimento, mas admitiu fatos que comprovam a presença da organização criminosa em seu governo, como a cooptação de policiais militares e os indícios de proximidade entre sua ex-chefe de gabinete com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a quem só se referiu como "empresário". O governador também não conseguiu colocar um ponto final no capítulo da venda de uma casa em Goiânia. O imóvel, pago com três cheques emitidos por uma empresa de parentes de Cachoeira, serviu de moradia para o bicheiro e sua mulher por oito meses, até ele ser preso, em fevereiro.
O tema prioritário do depoimento — marcado por embates entre as tropas de choque da oposição e da base aliada — foi a comercialização do imóvel. Perillo reafirmou que vendeu a casa para o empreendedor Walter Paulo Santiago, por intermédio do ex-vereador Wladimir Garcez, por R$ 1,4 milhão. Sem ter como arcar com a dívida contraída, Garcez a repassou para Walter Paulo, que pagou em dinheiro. "Se eu soubesse que a venda da casa traria tanta confusão e desconforto, eu teria continuado morando nela", reconheceu Perillo, antes de entregar à comissão a cópia dos cheques e da escritura da mansão.
O governador de Goiás evitou a todo custo referir-se a Cachoeira com termos pejorativos, como contraventor ou bicheiro, mas rechaçou versão de que eram amigos. Admitiu terem se encontrado algumas vezes em eventos sociais e, em uma delas, para tratar de um pedido de Cachoeira, que pleiteava incentivos fiscais do governo estadual. Confrontado com o fato de, em uma ligação telefônica monitorada pela Polícia Federal, ter parabenizado o bicheiro pelo aniversário, o governador disse que atendeu a um pedido de um amigo. "Esse amigo perguntou se eu me incomodaria em parabenizá-lo. Eu disse que não, até porque, naquele momento, não estava falando com o contraventor, mas com o empresário", argumentou Perillo, lembrando que as investigações da PF não mostram nenhum telefonema feito por Cachoeira para o governador.
Policiais
Perillo também rechaçou as denúncias de que a quadrilha de Cachoeira tinha uma cota de vagas em órgãos do governo de Goiás, como o Detran. O governador confirmou, no entanto, que policiais estavam envolvidos com a organização criminosa. Ainda assim, saiu em defesa das forças de segurança: "Os policiais de Goiás estão entre os melhores do país. De 12 mil homens, 34 foram cooptados. O fato de a quadrilha ter se infiltrado na polícia mostra que combatíamos práticas criminosas", tentou argumentar Perillo. O governador afirmou que não tinha conhecimento de que sua ex-chefe de gabinete Eliane Gonçalves Pinheiro havia recebido um aparelho celular de Cachoeira, por onde, segundo as investigações, o contraventor a informava sobre operações da Polícia Federal.
Ao lado de um de seus advogados, Perillo não parecia se incomodar em responder "não sei". A estratégia foi uma orientação de seus representantes. Em determinado momento da sessão, a defesa do governador escreveu um bilhete e o colocou na frente de seu cliente: "Não fala em tese. Se não souber, diga não". Perillo obedeceu à risca, gerando críticas por parte do relator, deputado Odair Cunha (PT-MG): "O governador vem aqui e diz que não sabe, que não se lembra de fatos", disparou Odair, quando acusado de estar direcionando as perguntas de acordo com interesses partidários.
A polarização entre PSDB e PT prevaleceu durante a sessão. Tema nevrálgico para petistas, o mensalão veio à tona pelo menos três vezes. Na primeira, Perillo esquivou-se, dizendo que aquele não era o objeto de apuração da CPI e, sobre o fato de ter alertado o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o pagamento de propina a parlamentares, afirmou que, na ocasião, apenas cumpriu seu dever. Mais tarde, porém, com o acirramento do duelo partidário, afirmou: "Não sabia que um aviso (sobre o mensalão) provocaria tanto ódio e perseguição"
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(*) Vinicius de Moraes.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS



13 de junho de 2012
O Globo

Manchete: FMI recomenda taxação para empresas poluidoras
Tributação renderia até US$ 1 trilhão para financiar projetos sustentáveis

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, recomendou ontem que os países tributem empresas que poluem o meio ambiente e reduzam subsídios para quem usa, por exemplo, carvão. Com esse dinheiro, seria possível financiar programas de desenvolvimento sustentável. Lagarde, que falou em Washington, chega nos próximos dias para a Rio+20. A proposta do FMI soa inovadora porque contraria o receituário liberal do Fundo. Os técnicos do FMI calculam que, nos EUA, uma taxação de US$ 25 por tonelada de carbono emitida resultaria em apenas US$ 0,22 a mais no galão da gasolina e levantaria US$ 1 trilhão em dez anos. Já a taxação de emissões da aviação renderia US$ 25 bilhões para atenuar os efeitos das mudanças climáticas nas nações em desenvolvimento. Dos 200 parágrafos do documento final da conferência, dois terços permanecem em aberto e serão discutidos por negociadores a partir de hoje. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

Fotolegenda: Obra do artista plástico Siron Franco, no MAM, sobre o cerrado brasileiro: área é a mais destruída do país, principalmente pelo agronegócio. 
Anúncio sobre trânsito só sai hoje
A prefeitura adiou para hoje a divulgação de um esquema especial de trânsito para a cidade durante a conferência Rio+20, que começa oficialmente nesta quarta-feira. Segundo Eduardo Paes, várias delegações estão antecipando a chegada à cidade para o dia 19, o que obrigaria a uma mudança nos planos. Além disso, 98 voos domésticos do Galeão e do Santos Dumont, que estavam previstos para acontecer entre os dias 19 e 23, vão ser cancelados ou remanejados. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Renato Maluf
Professor universitário e especialista em segurança alimentar condena modelo agrícola baseado em monoculturas. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Rio e São Paulo bem mais quentes
Termômetros aumentaram, em média, três graus Celsius em São Paulo nos últimos cem anos. Na Zona Sul do Rio, acréscimo foi de 1,3 grau contra 0,77 no mundo. As conclusões constam de relatório inédito a ser divulgado sexta-feira no Rio. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Inidônea, Delta não terá novos contratos
Controladoria da União proíbe construtora de participar de licitações; Rio segue a decisão

Investigada por ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta Construções foi declarada inidônea pela Controladoria Geral da União. Com isso, fica proibida de participar de licitações e de assinar novos contratos com o governo federal. As obras em andamento, a maioria do PAC, devem ser revistas. A decisão se aplica também aos estados, mas há divergências jurídicas. O governo do Rio disse que a seguirá. Em depoimento de nove horas, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), negou proximidade com Cachoeira, mas não autorizou a CPI a quebrar seus sigilos. (Págs. 1, 3 a 9 e Elio Gaspari)
Brasil desenvolve vacina inédita
Cientistas da Fiocruz apresentaram ontem a primeira vacina inteiramente desenvolvida e patenteada no Brasil. Aprovada na primeira fase de testes com seres humanos, ela previne a esquistossomose, doença que afeta 200 milhões de pessoas no mundo e para qual não há tratamento eficaz. O feito coloca o país na vanguarda mundial do combate de doenças infecciosas. (Págs. 1 e 26)
Hospital tem emergência de lata há um ano
Há um ano e dois meses, a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso funciona em contêineres. Instalada no pátio do hospital, a solução provisória se arrasta desde abril do ano passado, quando o Ministério da Saúde suspendeu obras no setor, suspeitas de irregularidades. (Págs. 1 e 11)
Governo dará R$ 10 bilhões aos estados
Com a crise global e a estagnação do país, o ministro Mantega anunciou que o governo colocará à disposição dos estados um crédito do BNDES de R$ 10 bilhões para obras. A novidade será apresentada depois de amanhã aos 27 governadores. O governo conta ainda com investimentos de US$ 43 bi da Petrobras para o país crescer ao menos 2,7%. (Págs. 1 e 17)
"Euro tem apenas três meses para ser salvo"
Em entrevista à CNN, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que o euro tem “menos de três meses” para ser salvo, acrescentando que a moeda única ainda está em construção. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que há condições para o socorro à Espanha. (Págs. 1 e 18)
Repressão de Putin encoraja megaprotesto
Dezenas de milhares de manifestantes participaram ontem do maior protesto contra Vladimir Putin desde que o presidente retornou ao Kremlin, em maio. A marcha foi impulsionada pelas medidas repressivas do governo contra opositores. (Págs. 1 e 24)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Efeito da crise deve durar mais dois anos, prevê BC
Para Tombini, crescimento será mais baixo e inflação ficará dentro da meta

Os efeitos da crise externa vão perdurar por até mais dois anos na economia global, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em comissão do Senado, ele afirmou que o “crescimento será mais baixo do que se esperava”.

Foi a primeira vez que Tombini foi específico sobre a duração dos impactos da turbulência. Ele afirmou que a crise reduz a pressão inflacionária na economia brasileira e disse que a alta dos preços deve fechar o ano em torno da meta de 4,5%. (Págs. 1, Poder A4 e Mercado B5)
Governo impede maior empresa do PAC de fechar novos contratos
O governo declarou inidônea a Delta, maior empreiteira do PAC, impedindo que ela seja contratada por qualquer órgão federal.
Diretores da empresa são acusados de ligação com o contraventor Carlos Cachoeira, mas a empresa foi punida por suposto pagamento de propina em troca de contratos no Ceará. A Delta não se manifestou. (Págs. 1 e Poder A9)
Relator diz que escuta é ilegal e ameaça operação contra Cachoeira (Págs. 1 e Poder A8)

SP fará ronda antiarrastão, mas só em dias de festa
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que reforçará o policiamento para tentar conter os arrastões a restaurantes em São Paulo. Mas o aumento da patrulha só ocorrerá em datas festivas, como o Dia dos Namorados e o Dia das Mães.

Nessas datas, o número de policiais passará de 3.500 por turno para 3.890.

Em 2012, houve ao menos 16 casos registrados na capital paulista. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Síria usa crianças como escudos humanos, diz ONU
Relatório da ONU diz que as forças do ditador sírio Bashar Assad vêm usando crianças entre 8 e 13 anos como escudos humanos na repressão a grupos que tentam derrubar o regime. Há relatos de que rebeldes também recrutam crianças. Incapaz de reduzir a violência, a ONU admite que o país está em guerra civil. (Págs. 1 e Mundo A14)
Bolívia diz que asilo do Brasil a senador é ato de "desatino" (Págs. 1 e Mundo A15)

Editoriais
Leia “Passo hesitante”, sobre pacote para saneamento dos bancos espanhóis, e “Sair do Haiti”, acerca da ação militar brasileira no país caribenho. (Págs. 1 e Opinião A2)
Principais operadoras arrematam direito de explorar banda larga 4G (Págs. 1 e B1)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Brasil abre Rio+20 hoje e quer manter conquistas da Eco-92
Governo defenderá princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas

A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa hoje com o Brasil disposto a não retroceder em pontos conquistados na Eco-92, a reunião realizada no Rio há 20 anos. Em especial, exemplificou o chanceler Antonio Patriota, ter o ser humano como o centro e manter o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas - ou seja, todos têm compromisso com as mudanças, mas os ricos têm mais, porque contribuíram mais com a degradação do planeta. Até ontem, havia confirmação da vinda de delegados de 186 dos 193 membros da ONU - os EUA serão representados pela secretária de Estado, Hillary Clinton. (Págs. 1 e Vida A15 a A17)
Delta agora é ‘inidônea’ e fica fora de licitações
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, declarou a Delta inidônea para ter contratos com a administração pública. A medida impede que a empreiteira participe de licitações. A Delta é investigada por suspeita de ligação com a organização comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. Campeã das obras do PAC, a Delta já recebeu R$ 4 bilhões do governo desde 2001. O grande salto ocorreu a partir de 2007, quando a empresa estendeu seus negócios para 23 Estados e o Distrito Federal. (Págs. 1 e Nacional A7)
Na CPI, Perillo "terceiriza" acusações e não abre sigilo
O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) depôs na CPI do Cachoeira e se disse vítima de “fatos distorcidos”. Ele se recusou a abrir o sigilo telefônico, bancário e fiscal e não respondeu às acusações de que integrantes de seu governo atuavam no esquema do contraventor Carlos Cachoeira. “Isso a CPI tem de perguntar a ele/ela.” (Págs. 1 e Nacional A4)
Análise: Dora Kramer

Só o governador não viu. (Págs. 1 e A6)
Operadoras arrematam telefonia 4G por R$ 2,5 bi
As maiores operadoras de telefonia do País - Claro, Vivo, TIM e Oi - adquiriram ontem as licenças nacionais para operar a telefonia de quarta geração (4G), em leilão da Anatel. A tecnologia promete conexão até dez vezes mais rápida que a obtida nas redes 3G. O resultado já era esperado. O valor atingiu R$ 2,565 bilhões. O ágio médio dessa parte principal do leilão foi de 35,69%. A tecnologia será instalada de forma escalonada entre 2013 e 2016. (Págs. 1 e Economia B1)
Protesto anti-Putin desafia repressão
Cerca de 100 mil pessoas protestaram contra Vladimir Putin em Moscou, apesar da onda de repressão. Foi o maior ato contra o presidente russo desde a posse, em maio. (Págs. 1 e Internacional A10)
MP processa SP por cracolândia
Após finalizar inquérito sobre ação da PM na cracolândia, o Ministério Público pede na Justiça que o Estado pague indenização de R$ 40 milhões por danos morais coletivos. (Págs. 1 e Cidades C3)
Para ONU, Síria já está em guerra civil (Págs. 1 e Internacional A13)

Pressão de médicos faz governo rever corte (Págs. 1 e Vida A18)

Eliana Cardoso
O que faz rico um país

Medidas desesperadas, motivadas pelo desejo de crescer acima de 2% em 2012, podem prejudicar o desempenho da economia por muitos anos. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Um ato de desespero

Se Dirceu não se deu conta de que a intimidação repercutirá no STF, ele está mesmo desesperado. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Perillo escapa. Hoje CPI vai ouvir Agnelo
No anunciado embate com o PT, na CPI do Cachoeira, o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, passou pelo teste de fogo, que durou nada menos que oito horas. Mas a novela da venda da casa — onde morava o bicheiro quando foi preso pela PF em Goiânia — ainda deve render novos capítulos. Hoje, quem vai enfrentar a maratona de perguntas na CPI será o governador do DF, o petista Agnelo Queiroz. Acompanhe a cobertura completa do depoimento pelo portal www.correiobraziliense.com.br, pelo Twitter (@cbonlinedf, @anacampos_cb e @liliantahan_cb) e pela TV Brasília.

TRF considera ilegais as escutas do Caso Cachoeira.

Delta é proibida de fazer contratos com o governo.

PSB está prestes a romper aliança com PT no Recife. (Págs. 1 e 2 a 7)
Relator defende fim de mordomia na Câmara
Apesar da resistência de seu partido, Afonso Florence (PT-BA) promete parecer favorável à extinção do 14º e do 15º salários de deputados. (Págs. 1 e 9)
Meio Ambiente: Falta de consenso marca início da Rio+20
A conferência será aberta oficialmente às 11h pela presidente Dilma Rousseff. Até sexta-feira, antes da chegada dos chefes de Estado, as delegações dos 193 países membros da ONU debaterão propostas e projetos para o desenvolvimento sustentável. Algumas questões, como as metas para adoção de energias limpas, devem dificultar os acordos. (Págs. 1, 10 e Visão do Correio, 16)
Tecnologia
Internet móvel 4G chega a Brasília em abril de 2013. (Págs. 1 e 15)
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Valor Econômico

Manchete: Indústrias químicas e de autopeças terão incentivo
O governo deve anunciar nas próximas semanas um conjunto de estímulos à indústria química e um programa de incentivo aos fabricantes de autopeças. As medidas estão sendo finalizadas pelos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e serão submetidas à presidente Dilma Rousseff.

Heloísa Menezes, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, diz que a ideia é conceder estímulos tributários e de crédito aos setores em troca de investimentos em inovação e maior utilização de conteúdo nacional. O pacote da indústria de autopeças visa preparar os fabricantes para o novo regime automotivo, a partir de 2013. (Pág. 1) 
Poupança bate até fundos DI para alta renda
Destino natural do investidor conservador de alta renda, os fundos DI se veem obrigados a disputar espaço com a tradicional caderneta de poupança. Apesar da mudança que reduziu a remuneração da caderneta, a Selic a 8,5% ao ano impõe aos fundos um limite à cobrança de taxa de administração. Se ela for maior que 1%, é melhor ficar com a poupança, recomenda Marcelo d’Agosto, do blog “O Consultor Financeiro”, do portal do Valor.

Mesmo no universo VIP dos grandes bancos, ter acesso a fundos DI com taxa inferior a 1% demanda aplicação inicial em tomo de R$ 30 mil. Entre 17 fundos DI disponíveis para o cliente de alta renda pesquisados pelo Valor, sete perdem para a “nova poupança”. (Págs. 1, D1 e D2)
Inverno frustra setor de vestuário
As vendas das coleções de inverno foram decepcionantes e as projeções de crescimento para a indústria de roupas começaram a ser revistas para baixo. Sem contar com uma forte recuperação no segundo semestre, a produção do setor de vestuário deve continuar estagnada. “O inverno ainda não apresentou bom desempenho. É difícil o verão compensar isso”, diz Marcelo Prado, diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial. Com a demanda fraquejando, a oferta tem pouco espaço para crescer. Para este ano, as projeções apontam para alta de 1,5%, um retorno aos 6,4 bilhões de peças registradas em 2010. No primeiro quadrimestre, a produção recuou 13%. (Págs. 1 e B5)
Brasil não aceita conta dos ricos
O Brasil não aceita proposta dos países ricos para que as nações em desenvolvimento sejam obrigadas a bancar parte da conta do desenvolvimento sustentável. Em entrevista ao Valor, o negociador-chefe do país na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que há um “passivo de financiamento” referente a uma série de obrigações, definidas há 20 anos na conferência Rio 92, que não foram cumpridas pelas economias industrializadas. “Não vamos entrar nesse rateio”, disse ele.

Diplomatas de todo o mundo começam hoje a última rodada de negociação de “O Futuro que Queremos”, o documento-base da Rio+20. A tarefa não será fácil. Até agora, só houve consenso sobre 70 dos 329 parágrafos do texto, que será submetido na próxima semana aos chefes de Estado. “O legado da Rio+20 é a mobilização de ideias”, disse Figueiredo. Ele lembra que o Brasil mudou depois da Rio 92. “Ali se acendeu uma chama. Desta vez, a chama se acenderá para uma geração inteira”. (Págs. 1, A9 e A12)
Um modelo intrigante de capitalização
O que as companhias Agrenco, Laep, Tecnosolo e Teka têm em comum? De 2008 para cá, todas estiveram ou ainda estão com a situação financeira apertada e todas fecharam operação de capitalização com o fundo de investimento americano Global Emerging Markets, o GEM. No total, o fundo ofereceu R$ 500 milhões a essas quatro empresas, que, juntas, somam valor de mercado pouco acima de R$ 150 milhões.

O GEM oferece um modelo de capitalização, no mínimo, intrigante. O ponto de partida é o empréstimo de ações dessas companhias ao fundo, que vende os papéis na bolsa e depois compra ações quando é feito o aumento de capital. Em comum, essas firmas têm uma base acionária concentrada na pessoa física e nenhum acompanhamento por analistas. (Págs. 1 e C14)
Punições no mensalão ainda devem demorar
Apesar da gravidade das acusações, nenhum dos 38 réus no processo do mensalão sairá preso do julgamento no Supremo Tribunal Federal, marcado para começar em 1º de agosto e que não deve terminar antes de setembro. A partir daí, caberão recursos. Mandados de prisão só seriam expedidos com decisão definitiva, o que não deve acontecer antes de outubro.

Publicitários da SMP&B e dirigentes do Banco Rural têm a pena máxima mais elevada, que no caso de Marcos Valério pode chegar a 392 anos de prisão. Entre os petistas a lista é encabeçada por José Dirceu e Delúbio Soares, ambos com pena máxima de 111 anos, além de José Genoíno, com 99 anos. (Págs. 1 e A16)
Conselho da Petrobras discute hoje o Plano Estratégico para 2012/16 (Págs. 1 e B9)

Laboratórios pedem incentivos do governo, diz Triebnigg, da Novartis (Págs. 1 e B6)

Preferência nacional
Licitação de equipamentos e materiais médicos que o governo lança nos próximos dias, no valor de R$ 1,5 bilhão, será a primeira sob as novas regras do programa Brasil Maior, com exigência de produção local. (Págs. 1 e A3)
PIB verde
O IBGE começa a calcular, após a Rio+20, o PIB verde do Brasil. A metodologia acaba de ser aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O trabalho começará pelos recursos hídricos. (Págs. 1 e A10)
Leilão de 4G arrecada R$ 2,5 bi
As quatro principais operadoras de celular do país — Claro, Vivo, TIM e Oi —ficaram com as licenças mais cobiçadas do leilão de telefonia 4G. No total, foram arrecadados R$ 2,5 bilhões, com ágio de 35,6%. (Págs. 1 e B3)
TAM adia permuta de ações
Chegou muito perto, mas a TAM não alcançou a adesão necessária para a oferta pública de permuta de ações com a chilena LAN. A operação foi adiada para o dia 22. Analistas acreditam que não haverá dificuldades para obter a adesão necessária. (Págs. 1 e B4)
Ecorodovias de olho no Galeão
O grupo Ecorodovias — que deve concluir neste mês a compra do Tecondi, no porto de Santos — pretende disputar a concessão do Galeão, no Rio, cuja licitação deve ser anunciada nesta semana pelo governo, junto com dois outros aeroportos. (Págs. 1 e B6)
BMC terá fábrica em Minas
A Brasil Máquinas de Construção (BMC), que até agora atuava apenas como distribuidora, passará a produzir equipamentos em Extrema (MG), em parceria com a chinesa Zoomlion, que terá 60% do negócio. (Págs. 1 e B8)
Indicador antecedente
Após um primeiro bimestre fraco em razão dos estoques elevados na indústria, a multinacional Tetra Pak, líder no mercado brasileiro de embalagens longa vida, vê retomada dos negócios e espera encerrar o ano com alta de até 5% sobre o resultado recorde de 2011, diz Eduardo Eisler. (Págs. 1 e B9)
Título espanhol tem custo recorde
O custo de financiamento da dívida soberana espanhola alcançou ontem o maior nível da história do euro. O rendimento dos títulos com vencimento em dez anos atingiu 6,8%, poucos dias depois do pacote de € 100 bilhões para socorrer os bancos do país. (Págs. 1 e C1)
Lucros menores em 2012
O J.P. Morgan reduziu drasticamente a projeção de lucros para as empresas brasileiras neste ano, devido aos fracos resultados do 1º trimestre e dos sinais de desaceleração. A instituição estima que os lucros cairão 0,5%. A previsão anterior era de alta de 7,5%. (Págs. 1 e C2)
Ideias
Cristiano Romero

Países europeus manifestaram interesse em aplicar parte de suas reservas na compra de títulos soberanos do Brasil. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Fabio Giambiagi

O keynesianismo do “pau na máquina” e da demanda “na veia” terá de ceder espaço ao aumento da produtividade. (Págs. 1 e A11)
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