PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, abril 16, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] " QUEM DIRIA, GRETA GARBO ..."











[Chargistas: Lane, Iotti, Glauco, JBraga, M.Aurélio, Sponholz, Gio, Ivan, Novaes, Waldez].

PETRÓLEO: CHEGAMOS AO NÃO AO "FUNDO DO POÇO"?

Comissão da Câmara quer ouvir Gabrielli e Haroldo Lima

SÃO PAULO - A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 16, por unanimidade, requerimentos para ouvir o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, e representantes de empresas privadas envolvidas com o vazamento de informações sobre o potencial de reservas da área chamada de Pão de Açúcar, na Bacia de Santos. Os requerimentos foram feitos pelo vice-presidente do Partido Democratas, deputado José Carlos Aleluia (BA), que a princípio queria a convocação de todos, convertida pela comissão em convite. Na avaliação de Aleluia, o assunto "é muito grave para ficar por isso mesmo e a Petrobras é uma empresa séria, que não pode ser massa de manobra de interesses escusos". O parlamentar classificou de "tresloucada e sem qualquer argumento técnico" a declaração do diretor-geral da ANP de que a área Pão de Açúcar teria reservas de 33 bilhões de barris de petróleo, cinco vezes mais do que a Petrobras estima para o campo de Tupi. "Isso provocou agitação na Europa e nos Estados Unidos. Sem falar que aqueles que tiveram a informação privilegiada ganharam uma fortuna num único dia", supôs Aleluia. O líder do Democratas observou, ainda, que a Petrobras tem o dever de tornar públicas as notícias relevantes. "Não cabe à ANP fazer tal anúncio. Essa postura demonstra apenas a inconseqüência do governo Lula. Quem lucrou com essa informação?", questionou, complementando que, "com certeza, muitos perderam". Na avaliação de Aleluia, "o diretor-geral da ANP não tem consciência do que é o cargo que exerce. E age como se fosse um quadro do governo Lula".
Informações não são oficiais
Nesta quarta, Gabrielli, afirmou que os dados sobre a área de exploração Pão de Açúcar, na Bacia de Santos, informados na segunda-feira por Haroldo Lima, não são oficiais. "Isso não é um número oficial; pode ter menos, pode ter mais, eu não sei", afirmou Gabrielli, que está no México para participar do Fórum Econômico Mundial da América Latina e discutir uma possível atuação da estatal no país. "Logo que tivermos a informação, anunciaremos ao mercado", disse. "Não podemos responder antes de conseguir a informação." As declarações do diretor da ANP provocaram uma corrida às ações da Petrobras e de suas parceiras nas bolsas de todo o mundo. "Esta é outra razão pela qual devemos ser muito cautelosos com o que dizemos", disse Gabrielli. Na terça-feira à noite o presidente da estatal havia informado que nos próximos três meses será possível saber o tamanho das reservas do campo. "Em geral diria que levaria um ou dois meses para terminar com a perfuração e logo teremos um tempo para a análise, o que significa que provavelmente dentro de 3 meses teremos informação para ver o que é o que está acontecendo realmente", disse. Em sociedade com Repsol-YPF e BG Group, a Petrobras encontrou Carioca ao oeste do campo de Tupi, na Bacia de Santos. Elizabeth Lopes, da Agência Estado. 1604.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVOS: "COM QUE ROUPA EU VOU..."

Convocação de Dilma é novamente rejeitada pela CPI

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos cartões corporativos rejeitou nesta quarta-feira, 16, requerimento do deputado Vic Pires (DEM-PA) convocando a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, para depor na CPI sobre suposta elaboração de dossiê sobre gastos do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A comissão já havia rejeitado requerimento anteriormente apresentado à CPI com o mesmo objetivo. Antes de encerrar a reunião, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), anunciou que deverá convocar os parlamentares para uma reunião administrativa da CPI nesta quinta-feira. Além do pedido para que a ministra fosse à CPI, foi rejeitado requerimento que solicitava informações sobre "despesas com contas tipo B, cartões corporativos, resguardadas por quaisquer modalidades de sigilo ou não", do gabinete do presidente da República durante os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva.O requerimento é da presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). Parlamentares da base governista acusaram Marisa Serrano de quebra do acordo de procedimento firmado na terça; Pelo acordo, a CPI teria acesso às auditorias sigilosas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O impasse surgiu diante do entendimento de Marisa Serrano de que qualquer parlamentar da CPMI poderia ir ao TCU verificar os documentos e com o auxílio de técnicos do tribunal. A base aliada defende, no entanto, que uma comissão pequena tenha acesso aos dados, sem a ajuda de técnicos. “Os deputados e senadores que estão aqui são todos deputados e senadores. Todos foram votados. Não vou dizer que este ou aquele pode ou não pode (ir ao TCU). Ontem, ninguém disse que seria uma comissão. Para mim, qualquer deputado e senador dessa Casa tem direito de ir lá e se informar”, protestou Marisa Serrano. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) discordou e afirmou que o acordo era para que uma comissão fosse ao TCU e examinasse os documentos sem a ajuda de técnicos. “A senhora rompeu o acordo de ontem”, disse. “Só concordo que vá uma comissão de parlamentares com horário marcado”, completou. “Isso é um absurdo. Todas as ações que estão sendo feitas aqui parece que estão sendo feitas para dificultar o trabalho”, protestou a presidente da CPMI. “Absurdo para a gente é a quebra de acordo”, reclamou o deputado Maurício Quintella (PR-AL). Para colocar fim ao impasse, ficou decidido que a questão será resolvida em reunião interna que ainda será marcada. Neste momento, os parlamentares discutem os requerimentos de informação que estão na pauta.
Estadão, 1604.

EXECUTIVA NACIONAL DO PT [In:] "SEM ESSA DE COMPADRE...!"]

Em nota oficial, direção do PT repudia o 3º mandato

Reunida nesta terça-feira (15), em Brasília, a Executiva Nacional do PT decidiu adotar uma posição formal sobre a tese do terceiro mandato. Posicionou-se enfaticamente contra a idéia, que tem como porta-bandeira o deputado petista Devanir Ribeiro (SP), compadre de Lula. Para o PT, a re-reeleição é “manobra antidemocrática” e “casuística”. Um dia depois de PSDB e DEM terem decidido que não votarão nenhuma proposta que verse sobre alterações nas regras eleitorais, o partido de Lula deixou falando sozinhos os petistas que flertam com a idéia prorrogacionista. “Realizamos, em setembro de 2007, nosso 3º Congresso e esta questão não foi proposta por nenhum dos 937 delegados presentes”, diz o partido, em nota divulgada depois da reunião da Executiva. “Por isso, o PT desautoriza qualquer manifestação nesse sentido por parte de seus filiados.” No texto, o PT recorda que, em 1997, “foi contra o casuísmo da emenda da reeleição”, que permitiu ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, renovar o próprio mandato no pleito seguinte, realizado no ano seguinte. E acrescenta: “A aprovação popular ao nosso governo e a extraordinária popularidade do presidente Lula não incentiva a repetir a manobra antidemocrática de FHC, PSDB e PFL (atual DEM) na década passada.” Não há no documento nenhuma menção à nova idéia abraçada por Devanir Ribeiro. O deputado coleta assinaturas para apresentar emenda constitucional prevendo o fim da reeleição e a extensão do mandato do presidente e dos governadores de quatro para cinco anos. Algo que pode abrir caminho para que Lula e os atuais executivos estaduais permaneçam em suas cadeiras por mais um ano. A Executiva do PT também decidiu acomodar no alto do telhado a aliança costurada em Belo Horizonte pelo prefeito petista Fernando Pimentel e pelo governador tucano Aécio Neves. Um acordo que prevê o apoio à candidatura municipal de Márcio Lacerda (PSB), secretário do governo Aécio e amigo do presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE). No âmbito municipal, a aliança já foi aprovada pelo PT. Mas a Executiva nacional firmou o entendimento segundo o qual a deliberação está “em desacordo com as diretrizes da política de alianças”. Em outra nota, a Executiva petista escreveu: “A decisão de Belo Horizonte depende de [...] deliberação da instância nacional.” A decisão final será tomada em encontro do diretório nacional do PT, marcado para quinta-feira (24) da semana que vem. De resto, a Executiva do PT aprovou mais duas notas. Numa, impõe condições para a mudança do rito de votações de medidas provisórias, Noutra, condena aumentos na taxa básica de juros da economia. Esta segunda deve ser ignorada solenemente pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central. Reunido em Brasília, o Copom deve anunciar nesta quarta (16) sua decisão acerca da taxa de juros. Todo o mercado aguarda por uma subida. A dúvida é se a alta será de 0,25% ou de 0,5%.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1604.

TCU/HEMOCENTRO: A "DRACONIZAÇÃO" DO SANGUE

TCU aponta novo cartel de hemoderivados

Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) indica a remontagem do cartel de hemoderivados no País. De acordo com sumário da auditoria, empresas produtoras do medicamento, indispensável para pacientes com doenças de coagulação, apresentam propostas de preços semelhantes. O relatório indica, ainda, a possibilidade de as empresas, a partir de dados sobre estoques do produto no País , adotarem estratégias que permitam posição privilegiada na negociação de novas compras. Estas práticas teriam provocado reflexos imediatos nas contas do programa de hemoderivados. A despesa com medicamentos desta área saltou de R$ 154,3 milhões em 2003 para R$ 231,2 milhões em 2006. "Uma diferença significativa", afirmou o coordenador do estudo do TCU, Paulo Gomes Gonçalves. Problemas com hemoderivados não vêm de hoje. Em 2004, durante a Operação Vampiro, um esquema que fraudava licitações para a compra do produto foi desbaratado, levando à prisão de 17 pessoas e afastamento de uma série de funcionários do Ministério da Saúde. Entre as empresas relacionadas estavam a Octapharma e a Baxter. Ambas continuam como grandes fornecedoras de hemoderivados no País. Semana passada, o Ministério Público Federal no Distrito Federal propôs ação de improbidade administrativa contra sete pessoas e empresas envolvidas na Máfia dos Vampiros. Segundo a ação, a Octapharma, Fundação do Sangue e Baxter haviam feito acordo para garantir a divisão do mercado de hemoderivados entre elas. "Não há hoje como dizer que há irregularidades nas licitações. Há um esquema do qual o governo acaba sendo refém. Poucas empresas participam das disputas, os preços são semelhantes. Dificuldades são criadas, o que acaba levando o governo a fazer compras de emergência", disse Gonçalves. No relatório, o TCU afirma que o cartel de hemoderivados atuou até 2002, quando o acordo entre empresas aparentemente foi rompido. O sistema teria sido retomado em 2005, um ano depois da Operação Vampiro. De acordo com o relatório, desde então o sistema de compras foi marcado por desistências de empresas, desclassificações, preços maiores do que o limite estabelecido pelo ministério. "São práticas que demonstram claramente que o acerto entre as empresas foi retomado", afirmou Gonçalves. O Estado procurou a Baxter e a Octapharma para comentar as conclusões do relatório, mas as empresas não se manifestaram. Os preços de hemoderivados representaram um dos temas da auditoria do TCU. O trabalho analisou todo o desempenho do programa, entre 2000 e 2006. A equipe de auditores encontrou uma série de falhas. O programa, que movimentou no período R$ 1,3 bilhão, não tinha, até 2005, um registro de pacientes e consumo de medicamentos. Até hoje, o cadastro é impreciso. No relatório, o TCU faz uma série de recomendações ao Ministério da Saúde.
Estadão. Lígia Formenti e Marcelo Moraes, BRASÍLIA. 1604.

GOVERNO LULA [In:] "AOS APOSENTADOS, TUDO? -- NADA!!!"

Lula quer derrubar na Câmara aumento a aposentado

Os operadores políticos de Lula foram orientados a repassar ao consórcio partidário que dá suporte ao governo na Câmara uma determinação constrangedora. Em pleno ano eleitoral, o presidente encomendou aos deputados a derrubada de um projeto que beneficia algo como 25 milhões de aposentados e pensionistas da Previdência. Parte dos “aliados” não parece disposta a arrostar o desgaste. Deve-se o constrangimento a uma esperteza da oposição. Na semana passada, DEM e PSDB desmontaram a barricada que haviam erguido no plenário do Senado. Toparam votar as medidas provisórias que travavam a pauta de votações. Na seqüência, com votos favoráveis de tucanos e ‘demos’, aprovou-se um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), velho defensor da causa dos aposentados. A proposta de Paim é uma espécie de cavalo de Tróia. Invadiu, na forma de emenda, um projeto que o governo apresentara, para fixar em lei a política oficial de recomposição do salário mínimo: reajustes pela inflação, acrescidos de percentuais calculados segundo a variação do PIB. Com o auxílio da oposição, Paim estendeu os reajustes a aposentados e pensionistas da Previdência. O líder de Lula no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chiou. Em discurso candente, Aloizio Mercadante (PT-SP) alertou aos colegas que as arcas previdenciárias não suportariam a súbita generosidade. Lembrou que a Previdência convive, em 2008, com uma perspectiva de déficit de R$ 44 bilhões. O Senado fez ouvidos moucos. E a proposição do petista Paim foi aprovada sob intensos festejos de governistas e, sobretudo, de oposicionistas. Enviado à Câmara, o aumento aos aposentados converteu-se em embaraço para os deputados governistas. A determinação de Lula é peremptória. Quer o sepultamento da proposta. Um pedido que nem todo mundo parece disposto a atender: “Se é contra, o governo deveria ter agido no Senado”, disse ao repórter um expoente do PMDB, o maior partido do consórcio governista. “Os senadores posam de bonzinho e nós é que vamos ser os carrascos dos aposentados? Não dá. O presidente, se achar que deve, que arque com o desgaste de vetar a emenda do Paim, senador do partido dele.” O governo está debruçado sobre a máquina de calcular. Vai repassar aos deputados que o apóiam uma estimativa do impacto da emenda Paim sobre as contas da Previdência. De antemão, o Planalto avisa que, mantida a encrenca criada no Senado, fica comprometida a estratégia de recuperação do salário mínimo. Se não for atendido pelos deputados, não restará ao presidente senão vetar a proposta nascida do PT. É precisamente o que deseja a oposição, ávida por indispor Lula com o eleitorado. A tática de PSDB e DEM ficou ainda mais cristalina no aluvião de votos que os senadores das duas legendas despejaram sobre uma outra proposta de autoria de Paulo Paim. Aprovou-se a extinção do chamado fator previdenciário. Trata-se de um mecanismo criado sob Fernando Henrique Cardoso. Com votos favoráveis do PSDB e do então PFL e sob oposição cerrada do ex-PT. Submete o cálculo das aposentadorias a um cesto de critérios que inclui a idade, o tempo de contribuição do beneficiário e a expectativa de vida da população brasileira. É outra proposta que Lula deseja ver derrubada na Câmara. Nesta terça-feira (15), informado com ataques que o ministro petista Paulo Bernardo (Planejamento) dirigira ao Senado, Paulo Paim lembrou que, na gestão passada, o PT opusera-se de modo intransigente ao fator previdenciário. Não se conforma com o fato de que, no governo, Lula agora queira preservar o que antes criticava. A bancada governista planeja retardar tanto quanto possível a chegada das propostas de Paim ao plenário da Câmara. Tática arriscada. Quanto mais próxima a votação da dos projetos estiver da eleição de outubro, mais difícil derrubá-las. Argumenta-se que há na Casa um lote de 13 medidas provisórias por apreciar. Elas têm precedência sobre todas as outras matérias. A oposição se diverte. O deputado ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, anuncia aos quatro ventos a disposição de suspender a obstrução, desde que seja para apressar a votação das teses caras a Paim e ao ex-PT. José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, tenta revestir a esperteza de lógica. Argumenta que a oposição deseja apenas permitir ao governo que gaste bem o dinheiro público, destinando-o a causas nobres. Nada mais nobre do que tonificar o orçamento doméstico dos aposentados.

Escrito por Josias de Souza. Folha Online, 1604.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO: GASTOS SIGILOSOS

CPI terá acesso a gastos de Lula auditados por TCU

Governo e oposição fizeram um acordo para dar uma sobrevida à CPI mista dos Cartões e para deixar em banho-maria a comissão de inquérito sobre o mesmo assunto integrada apenas por senadores. Pelo acordo, o governo permitirá que os integrantes da CPI formada por deputados e senadores tenham acesso a dados sigilosos de gastos da Presidência da República que fazem parte de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A CPI vota hoje cerca de dez requerimentos, mas nenhum deles de convocação de ex-ministros dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. "Não se pode gerar uma falsa expectativa. É um recurso do governo para tentar evitar a CPI do Senado. A estratégia do governo é entregar as cabeças mais distantes do centro de poder e preservar os cardeais", afirmou ontem o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "Não estou preocupado se a estratégia do governo é um expediente para barrar a CPI do Senado. O importante é que a CPI andou", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Pelo acordo, os documentos secretos que estão no TCU não serão enviados para a CPI mista. Uma comissão de parlamentares será formada para ir ao órgão analisar papelada. "Essa comissão terá acesso a todos os dados e notas que estão no TCU", afirmou o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). A quantidade de documentos no TCU com gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é, no entanto, ínfima, pois o órgão faz auditorias por amostragem. O acordo entre governo e oposição foi fechado ontem pela manhã, antes do início da sessão da CPI mista. Além de permitir o compartilhamento de dados com a CPI, o governo também concordou com a criação de quatro subcomissões: fiscalização, sistematização, controle de mecanismos de auditoria e aprimoramento legislativo. Duas dessas sub-relatorias ficarão com a oposição, provavelmente sob o comando dos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Índio da Costa (DEM-RJ).
REQUERIMENTOS
Na reunião de hoje, os integrantes da CPI pretendem aprovar cerca de dez requerimentos que são consenso entre governo e oposição. O reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto, será convocado para explicar gastos com cartão corporativo em viagens ao exterior. Não deverão ser votados requerimentos polêmicos, como a convocação de Lurian, filha do presidente Lula, do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e de ex-ministros como José Dirceu (PT), Raul Jungmann (PPS) e Paulo Renato Souza (PSDB). Pelo acordo, ficou acertado que a CPI vai solicitar ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República a relação do que é sigiloso nas contas governamentais. A comissão também contará com a ajuda de auditores do TCU para analisar as centenas de caixas com documentos que está recebendo. Estadão. Eugênia Lopes e Sônia Filgueiras, Brasília. 1604.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Pai e madrasta serão indiciados no caso Isabella
A Polícia Civil de São Paulo decidiu indiciar o casal Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, sob a acusação de terem assassinado a menina Isabella Nardoni, 5, morta na noite de 29 de março, informa reportagem de André Caramante publicada na Folha desta quarta-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). Após o indiciamento, a polícia pedirá à Justiça a decretação da prisão preventiva do casal. A decisão ocorreu depois que a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público Estadual confirmaram que Isabella foi jogada do sexto andar do Edifício London, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de SP), pelo próprio pai. Com base em dados preliminares elaborados por peritos do IC (Instituto de Criminalística) e de legistas do IML (Instituto Médico Legal), os delegados e investigadores do 9º DP (Carandiru) responsáveis pelo esclarecimento do assassinato da criança também têm outra convicção: Nardoni jogou a filha do seu apartamento após a madrasta da menina, Anna Carolina Trotta Jatobá, 24, ter tentado asfixiá-la. Folha Online, 1604.

JORNAL DO BRASIL
Campanha eleitoral irregular já está na rua
-O Tribunal Regional Eleitoral (TER) proíbe que candidatos a vereador façam campanha até três meses antes das eleições. Políticos do Rio ignoram a regra e apostam na autopromoção irregular. Na Rua Alcindo Guanabara, ao lado do Palácio Pedro Ernesto, pelo menos nove veículos tinham adesivos plásticos nos vidros, ontem. Em todos, nomes como o da vereadora Cristiane Brasil (PTB), que havia consultado o TER em fevereiro sobre a prática e, segundo a ata da reunião, recebeu parecer contrário. Fiscais do Tribunal recolheram adesivos com o nome de Lucio Costa, ex-encarregado de reprimir a desordem urbana, que vinham sendo distribuídos a feirantes da Zona Sul, como mostrou o JB. Para a fiscalização, a propaganda eleitoral ilegal ficou caracterizada. (págs. 1, A10 e A11).

O ESTADO DE SÃO PAULO
Anúncio da ANP valoriza petroleiras em todo o mundo
-A possível existência de mais um megacampo de petróleo na Bacia de Santos influenciou bolsas de valores pelo mundo, ontem. Ações de empresas que estão direta ou indiretamente ligadas à área exploratória conhecida como Pão de Açúcar/Carioca dispararam. Até companhias que apenas fornecem material para o ramo petrolífero se beneficiaram. Na segunda-feira, o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, disse em seminário que aquela área pode ter 33 bilhões de barris de petróleo - seria o terceiro maior campo do mundo. Em Londres, as ações do BG Group avançaram 5,4% - a companhia tem 30% de participação no Pão de Açúcar/Carioca. Os papéis da Repsol, também parceira da jazida, subiram 9,28% em Madri. A empresa portuguesa Galp valorizou-se 7,9% por ser sócia da Petrobrás em outro campo. Na Noruega, as ações da fornecedora de equipamentos Seadrill subiram 2,8%. Depois da grande valorização de segunda-feira, os papeis da Petrobrás subiram mais um pouco ontem. (págs. 1, B1 e B4)

O GLOBO
MP apura se houve crime com ações da Petrobrás
-O Ministério Público Federal abriu ontem investigação para apurar se houve crime do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, ao anunciar na véspera a descoberta de um megacampo da Petrobras, na Bacia de Santos, com 33 bilhões de barris - seria o 3º maior do mundo- o que causou especulação e as ações da estatal subiram até 9,5%. A empresa não confirmou as reservas. Lima culpou os especuladores: "Isso é um problema da Bolsa". Ontem as ações da Petrobras subiram 1,16% e os papéis de seus sócios no projeto ( a espanhola Repsol e a britânica BG) dispararam na Europa. (Págs. 1 e 29 a 31 e editorial "Temeridade")

GAZETA MERCANTIL
É forte apetite externo por dívida do Brasil
-A crise no mercado norte-americano de hipotecas subprimes foi praticamente ignorada pelos estrangeiros que investem em papéis da dívida pública interna brasileira, hoje de US$ 1,2 trilhão. Apesar dos cancelamentos de alguns leilões por parte do Tesouro Nacional, nas semanas de intensa volatilidade nos mercados dos últimos meses, o apetite pelos títulos continuou forte. O menor interesse por prefixados, um em crises como a asiática (1997) e a russa (1998), não se repetiu agora com a mesma intensidade, segundo a Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima). Um mês antes da crise asiática, em setembro de 2007, os papéis prefixados eram 56% dos títulos da dívida interna. Um mês depois, com a maior aversão ao risco, o percentual caiu para 36,2%. Na crise russa, na mesma base de comparação, a fatia de prefixados recuou de 51,3% para 7,1%. Na atual, a queda foi discreta, de 38,7% para apenas 36,1%. "O momento é positivo para o País, principalmente com as reservas elevadas que garantem segurança ao investidor estrangeiro", afirma Alfredo Moraes, presidente da Andima. As reservas estão no nível mais alto da história, a US$ 196 bilhões, muito superiores aos US$ 61 bilhões durante a crise asiática. (págs. 1 e B1)

CORREIO BRAZILIENSE
Petrobrás e Furnas vão preencher 6.882 vagas
-Menos de uma semana depois da aplicação das provas de concurso que reuniu mais de 100 mil candidatos no país, a Petrobrás anuncia nova ofensiva para ampliar o quadro de pessoal. Desta vez, a seleção é para o preenchimento de 2.582 vagas em 32 cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários que variam de R$ 1.390 a R$ 4.798. As inscrições estarão abertas de amanhã ao dia 29 deste mês. A outra boa notícia para quem investe em concursos como porta de entrada mo serviço público foi a decisão tomada pelo TST. O tribunal determinou, em caráter irrevogável, que a estatal Furnas Centrais Elétricas demita, em 30 dias, funcionários terceirizados e os substitua por aprovados em concursos. A expectativa é de que a empresa terá de preencher 4.300 vagas. (págs. 1 e 14)

VALOR ECONÔMICO
Bancos enfrentam menor liquidez e fundos perdem
-O aperto na liquidez e a necessidade de captação dos grandes bancos diante do aumento da procura por crédito fizeram subir os juros dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs). As taxas no Brasil atingiram os maiores níveis desde o auge da crise das hipotecas de alto risco nos EUA ("subprime"), em agosto do ano passado. O ajuste atingiu em cheio os fundos de renda fixa e até mesmo os DIs, carteiras mais conservadoras, que apresentaram perdas de até 0,17% nos dias 11 e 14, o equivalente a quase uma semana de rentabilidade. Na média do mercado, os DIs perderam 0,01% no dia 11 e novos prejuízos devem ser divulgados nos próximos dias, uma vez que muitos bancos ainda não fizeram a marcação a mercado de seus CDBs.
As perdas variam de acordo com a quantidade de CDBs em cada fundo e com o critério de marcação a mercado do gestor. Essa situação fez a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) emitir um comunicado na quarta-feira da semana passada determinando maior atenção na avaliação dos papéis privados nos fundos. Uma conjunção de fatores fez com que as taxas pagas nos CDBs, inclusive de grandes instituições como Itaú, Bradesco e Unibanco, subissem de níveis próximos a 101% do CDI - juro básico do mercado -, ou 11,12% ao ano no início de março, para até 107% do CDI, ou 11,90% ao ano neste mês. Primeiro, a crise internacional com os papéis "subprime" dificultou a captação dos bancos no exterior. A saída foi buscar mais dinheiro aqui, elevando as taxas. Depois, no início de fevereiro, o Banco Central fixou um compulsório sobre os recursos repassados pelas empresas de leasing para os bancos, que usavam esse dinheiro para financiar empréstimos. O recolhimento começa em maio, equivalente a 5% de uma carteira avaliada em R$ 160 bilhões, o que resultaria em R$ 8 bilhões, chegando a 25%, ou R$ 40 bilhões, em janeiro de 2009. Além disso, em julho os bancos terão de atender às exigências do acordo da Basiléia II, que eleva o capital necessário para operar. Em meio ao aperto de liquidez, as carteiras de crédito continuam crescendo, cerca de 30% ao ano, acompanhando o aquecimento da economia. (págs. 1 e D1)

ESTADO DE MINAS
Senado convoca Dilma para explicar o dossiê.
-Em novo cochilo da base governista, a oposição aprovou ontem a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, dessa vez específica para que ela explique o dossiê dos gastos do governo Fernando Henrique Cardoso com cartões corporativos. Dilma já havia sido convocada pela mesma comissão para falar sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), depoimento que ocorreria hoje, mas foi adiado por ela para depois do dia 29, ocasião em que os oposicionistas já pretendiam inquiri-la sobre o dossiê. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ainda apresentou dois requerimentos para anular a convocação aprovada ontem e transformar a anterior em convite. Mas o presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO), rejeitou as iniciativas, alegando que as duas convocações estão de acordo com a Constituição e o regimento da Casa, encerrando a sessão. Jucá reagiu anunciando que recorrerá ao plenário. (PÁGS. 1, 2 e 3).
http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm

Justiça de Mônaco autoriza a extradição de Cacciola
PARIS - A Justiça de Mônaco determinou nesta quarta-feira, 16, a extradição do ex-banqueiro brasileiro Salvatore Cacciola, preso há seis meses no balneário de luxo europeu. O parecer favorável à demanda do governo brasileiro foi deliberado pelos juízes do Tribunal de Apelações, onde o caso era analisado desde 15 de setembro de 2007, quando da prisão do empresário. Esperada há mais de 30 dias - quando foi realizada a última audiência do caso -, a decisão ainda não é definitiva, porque precisa ser avalizada pelo soberano do principado, príncipe Albert II. (...) Cacciola foi preso na manhã de sábado, 15 de setembro, quando passeava pela Praça do Cassino, um dos pontos mais tradicionais do principado. Sua localização foi possível graças ao registro que o empresário havia preenchido no hotel Fairmont, onde estava hospedado após ter visitado uma feira em Cannes, balneário francês vizinho a Mônaco. Ao verificar a ficha de identificação, a polícia monegasca deparou com um alerta de prisão expedido pela Interpol a pedido da Polícia Federal brasileira, que o considerava até então o foragido número 1 do País.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco157647,0.htm
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Lobão: Brasil não deixará de produzir biocombustíveis
BRASÍLIA - O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que o Brasil não deixará de produzir e usar os biocombustíveis por conta das críticas internacionais a esse tipo de energia e acusou os críticos de terem "interesses específicos" sobre o tema. "Não vamos deixar de fazer o que é certo porque estamos sendo criticados por estrangeiros com interesses específicos", afirmou o ministro na chegada ao Itamaraty para almoço em homenagem à presidente da Índia, Pratibha Patil. De acordo com Lobão, o governo brasileiro está convencido de que os biocombustíveis são uma ótima iniciativa, importante para o País e para o mundo e que está dando bons resultados. "Não há nenhum prejuízo para a produção de alimentos. Não seríamos irresponsáveis a ponto de deixar prejudicar a produção de alimentos", disse. LISANDRA PARAGUASSU - Agencia Estado

CPI CARTÕES CORPORATIVOS [In:] "CORPORATIVISMO"

Base e oposição fazem acordo na CPI para "salvar" ministros

Surpreendido por uma rebelião na base aliada e acuado com a ameaça de ter de enfrentar uma nova CPI dos Cartões Corporativos, esta só no Senado, o PT fechou ontem acordo que assegurou à oposição acesso a parte dos dados sigilosos da Presidência da República e que ex-ministros do governo Fernando Henrique não serão convocados a depor se nada for encontrado contra eles.
Em troca, a oposição vai postergar a instalação da CPI do Senado, que teria como foco o governo Lula, e retirar da pauta a votação de requerimentos que obriguem os governistas a se exporem votando contra.
A lista de requerimentos incluía a convocação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dos ex-ministros de FHC Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário), Paulo Renato (Educação) e Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil), além da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), da filha do presidente Lula, Lurian Cordeiro da Silva, e do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). Pelo acordo, todos serão poupados.
"Não se convida ex-ministro de um lado ou ministro de outro. Pode ser que a gente chegue a esse tipo de entendimento em função da possibilidade de andamento dos trabalhos", disse o líder do DEM, José Agripino Maia (RN).
Em reunião entre a base e a oposição, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), coordenador da base na CPI, deu a senha: "Se é para ir para o enfrentamento, temos o Serra para convocar".
O PT aceitou ainda dividir a relatoria com quatro outros deputados, dois da oposição. As mais importantes -de sistematização e fiscalização dos gastos- ficarão com a base aliada. As de mecanismos de controle e aprimoramento de fiscalização, mais propositivas, com deputados da oposição. Também será pedido ao general Jorge Félix (Gabinete da Segurança Institucional) que defina caso a caso o que é sigiloso.
Esse acerto irritou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), que só foi informada do acordo depois de fechado. A Folha apurou que, em reunião com parlamentares da base na CPI, a senadora disse que a divisão da relatoria enfraquece o poder do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), e já criou problemas para o governo em outras CPIs.

Dados sigilosos
O acordo também prevê o acesso da CPI a dados sigilosos da Presidência que estão no TCU (Tribunal de Contas da União). Requerimentos nesse sentido já foram rejeitados pela base, que ontem mudou de posição depois de ter sido informada pela Casa Civil de que não há nada de comprometedor. Além disso, o TCU teria apenas 2,6% dos dados sigilosos da Presidência.
Os documentos referem-se a datas específicas solicitadas pelos técnicos do tribunal do final de 2002 até o início de 2003. "Eles entregaram os anéis", disse a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
O acordão foi costurado em meio a reunião da CPI ontem, sem a presença dos jornalistas.
Antes de fechar o acordão, o PT contornou rebelião na base. Os deputados Carlos Willian (PTC-MG), João Magalhães (PMDB-MG) e Marcelo Melo (PMDB-GO) disseram que não votariam com o governo.
A queixa é que deputados do PT têm definido no Planalto, com o ministro José Múcio (Relações Institucionais) e o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, orientações da CPI, não se expõem para defender o governo, e, depois que os três fazem o serviço, vão ao Planalto "cantar vitória".ANDREZA MATAIS
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA. 1604.