PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, abril 28, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "IMUNIDADE vs. IMUNIZAÇÃO"









ELEIÇÕES 2010/ALIADOS: "VAMOS ORGANIZAR O PESQUEIRO..."

Aliados cobram critérios para sucessão presidencial

Surpreendidos pela afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo terá candidato único à sucessão presidencial em 2010, os aliados se preparam para cobrar um passo a mais: definir critérios para a escolha do nome. Em entrevista exclusiva aos Diários Associados publicada ontem, Lula deixou claro que gostaria de construir um candidatura de consenso dentro da base aliada. Avisou, contudo, que na inexistência de um acordo entre os partidos, um nome o terá como cabo eleitoral em 2010. “Pode ficar certo de que o governo terá candidato”, disse.
A partir da reeleição de Lula, em 2006, os partidos governistas se deram conta do quanto pesa o apoio do petista no desempenho de um candidato nas urnas. Fato é também que os principais partidos de sustentação do governo sonham ter um nome próprio vestindo a faixa presidencial. O maior deles, o PMDB, por exemplo, almeja ter nome próprio nas eleições presidenciais. “Vamos fazer força para que o candidato de Lula seja o nosso. Cada um vai fazer o possível para que seu candidato seja o de Lula”, resume o presidente do PMDB, Michel Temer.
No PSB de Ciro Gomes (CE), um dos nomes mais fortes entre os aliados, a expectativa é saber o que Lula procura num candidato para que conquiste seu apoio em 2010. “Está correto que ele, como meta, coloque o desejo de um candidato único e sinalize que vá trabalhar pela unidade, mesmo sabendo das dificuldades para que isso ocorra. Portanto, ele precisará ajudar a estabelecer critérios para a escolha desse candidato. O perfil, a condição de disputa, a capacidade de agregar politicamente”, diz o secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES).
O que mais preocupa os aliados hoje é a dificuldade do PT em abrir mão de lançar o candidato à sucessão presidencial. Até porque o presidente petista, Ricardo Berzoini, já declarou por diversas oportunidades que o partido terá um nome para a disputa. Outros líderes partidários concordam que nada mais natural do que o partido do presidente apresentar um nome para sucedê-lo. “Essa é uma realidade que ninguém na base desconhece, temos que trabalhar com ela”, diz Casagrande.Cauteloso, Temer avalia que os potenciais candidatos de Lula só serão definidos a partir do ano que vem. O peemedebista teme que as disputas pelas principais prefeituras do país, nas eleições de outubro, contaminem as relações dos partidos aliados no plano nacional e, conseqüentemente, na formação de alianças futuras. “Ainda é muito cedo para se falar em definição de critérios. É preciso deixar que certas realidades se coloquem. Agora, é lógico que se houver um só candidato será melhor para todos”, avalia. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ameniza as cobranças sobre um candidato único da base aliada. “Não há uma receita pronta. Precisamos construir os caminhos”, afirma. Segundo Jucá, todos os partidos governistas possuem bons nomes, mas que eles só devem começar a discutir o assunto a partir do próximo ano, quando passar o processo eleitoral municipal. “O entendimento local não tem o alcance do nacional”, observa o senador. Para ele, o perfil ideal do postulante seria densidade eleitoral, visibilidade política e que tivesse respaldo da população.
Terceiro mandato
As declarações veementes de Lula contra a instituição de um terceiro mandato presidencial isolaram os entusiastas que se movimentam para reconduzi-lo ao Palácio do Planalto em 2010. Principal porta-voz da idéia, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) faz ouvidos moucos à resistência e afirma que caberá ao PT, e não a Lula, lançar um nome à Presidência caso vingue o projeto da reeleição. “Eu respeito, mas não é ele (Lula) quem define. É o partido quem decide quem sai ou não candidato”, sentencia. Em decisão recente, a Executiva Nacional do PT se colocou contra a instituição de um terceiro mandato presidencial. A posição partidária levou o prefeito do Recife (PE), João Paulo Lima, um antigo defensor da idéia, a abandonar a militância por nova reeleição. “O partido está em consonância com a posição de Lula. Antes eu falava abertamente pelo terceiro mandato. Agora minha opinião é a opinião do partido”, esclarece o prefeito. “Descartar o terceiro mandato ele sempre descartou. Espero que, depois da entrevista, a oposição se acalme”, diz o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Denise Rothenburg - Correio Braziliense . 2804.

ELEIÇÕES & SUCESSÃO PRESIDENCIAL: "AQUELES QUE VIEREM DEPOIS DE MIM..." (profecia...)

Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o período de dois mandatos é pouco para governar o país. Para o presidente, não dá para realizar as obras necessárias nesse espaço de tempo.
"Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos. É preciso que a gente tenha um grupo de pessoas que assuma compromissos e que cada um faça mais do que o outro", disse Lula em Guarulhos (SP), onde assinou contratos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Se referindo ao prefeito de Guarulhos, Elói Pietá (PT), Lula afirmou que ele não conseguiria fazer tudo em seu mandato. "Nós agora temos que trabalhar para que quem vier no lugar do Elói faça mais que o Elói. Não pode fazer igual ou menos."
Lula disse ainda que espera que seu sucessor também seja melhor que ele. "Quem vier depois de mim... Só tenho que pedir a Deus para que seja uma pessoa mais abençoada que eu e faça mais que eu. Que olhe para os pobres mais que estou olhando." Ele afirmou que torcer para o sucessor fazer um mau governo é mesquinharia. "Seria mesquinharia torcer para que quem vier depois seja pior que a gente. Porque quem sofre não é quem está no governo, mas o povo pobre desse país." Lula repetiu ainda que tem governante que só gosta de pobre em período de eleição. "Está cheio de gente que só gosta de pobre na época da eleição. Aprendemos quem gosta de pobre antes, durante e depois das eleições. Não podemos permitir que esse país sofra um retrocesso." YGOR SALLESda Folha Online. 2804.

ENTREVISTA: GOVERNO LULA 'by' LULA [ELEIÇÕES/SUCESSÃO]

Entrevista exclusiva: Luís Inácio Lula da Silva

O governo terá um único candidato à Presidência da República em 2010, mesmo que os partidos aliados apresentem mais de um concorrente na disputa. Quem avisa é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista exclusiva aos Diários Associados, na última quinta-feira, no terceiro andar do Palácio do Planalto, Lula não chegou a dizer o nome do escolhido, mas deixou claro que trabalhará por ele. “Obviamente, se não for possível construir uma candidatura única da base, pode ficar certo de que o governo terá candidato”, declarou o presidente. “Penso em fazer o sucessor à Presidência da República. Trabalho para isso.” Acompanhado de Franklin Martins, ministro de Comunicação Social, Lula negou que já tenha escalado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para enfrentar a oposição, ao alegar que só a “fantástica” capacidade gerencial da auxiliar não basta para lhe garantir o posto. Afirmou ainda que os competidores governistas terão que sair a campo logo depois das eleições municipais, para não deixar os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais) “sozinhos na praia”. Em tom acima do habitual, o presidente garantiu que não há possibilidade de tentar um terceiro mandato consecutivo. “Isso é uma coisa obscena para a sustentabilidade da democracia no Brasil.” Bem disposto, apesar de reclamar do cansaço físico decorrente da sessão diária de exercícios, de pouco mais de uma hora de duração, Lula tachou de “pequena” a discussão sobre gastos com cartões corporativos. Informou que instituirá o valor de uma diária para viagens, em resposta à crise. Prometeu punir o responsável pelo vazamento de dados sigilosos do governo anterior. E rechaçou a acusação segundo a qual o governo forjou um dossiê para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-primeira dama Ruth Cardoso. “Achar que este governo iria fazer um dossiê contra a dona Ruth é não ter a dimensão de que, se eu quisesse fazer dossiê, teria feito em 2005, quando fui triturado por adversários que vocês conhecem bem. Eu posso ter todos os defeitos, mas se tem uma coisa que aprendi na minha vida é ter relação política leal.” Lula mostrou-se confiante em relação aos desafios na área econômica. Voltou a considerar a pressão inflacionária sobre os alimentos, por exemplo, “um bom desafio” para o Brasil, que teria terra, tecnologia e condições climáticas favoráveis para plantar, ao contrário dos Estados Unidos e da Europa. Em recado ao Banco Central, declarou que o Brasil não precisa ter medo da inflação, porque os investimentos em curso serão capazes de sustentar o crescimento da demanda. “Nós não queremos truncar o crescimento. Daí, a minha preocupação com os juros”. Em cerca de uma hora e vinte minutos de entrevista, o presidente esbanjou bom humor. Como de costume, puxou conversa falando de futebol e lamentando o desempenho do Corinthians, seu time de coração. Antes de enfrentar a bateria de perguntas, ainda encontrou tempo para brincar com o hábito de fumar cigarrilhas. “Está na minha mesa, para eu sancionar, um projeto que proíbe fumar em lugares fechados. Que ironia do destino.” Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Que medidas o governo vai adotar para evitar que a comida encareça e enfraqueça o apoio político que o senhor tem entre a população mais pobre?
É injustiça achar que o reconhecimento da população mais pobre se deve só à questão da comida. A comida é um fator preponderante. Agora, é importante ter noção do que foi feito para os setores excluídos da sociedade. Do Bolsa Família ao Programa Luz para Todos, do Pronaf ao crédito consignado, do ProJovem às escolas técnicas. O que permite que você tenha uma densidade de política social como poucas vezes ou nenhuma vez o Brasil teve. Eu fui um dirigente sindical razoavelmente importante no Brasil, fiz as greves mais importantes, era muito difícil conseguir 1% de aumento real de salário. Hoje, 90% dos sindicatos estão fazendo acordos ganhando aumento de salário. Tem um conjunto de fatores que permite que a sociedade viva um pouco melhor. E um deles é a comida. Estamos vivendo um momento sui generis no mundo. Milhões de seres humanos começaram a comer nos últimos 10 anos. E a agricultura não cresceu proporcionalmente à demanda. Por isso, eu disse que é um bom desafio. Porque ter mais gente comendo significa que a gente precisa produzir mais. Temos terra para produzir mais, temos tecnologia para produzir mais, temos sol para produzir mais, temos água para produzir mais. Produzir mais alimentos para manter o preço do alimento estável. Na semana passada, eu dizia para o ministro Guido Mantega que não é mais possível discutir inflação sem colocar na mesa o ministro da Agricultura e o ministro do Desenvolvimento Agrário. Porque tem que ter um jogo combinado. Precisamos aumentar nossa produção. Esse é um desafio que não me preocupa. É um desafio que me alenta a provocar os produtores brasileiros a produzirem muito mais.
Como o governo vai administrar dois projetos que parecem conflitantes, biocombustível e alimento? E como evitar que a cana-de-açúcar para o etanol reproduza o tradicional modelo concentrador de renda?
Primeiro, é inconcebível alguém dizer que a questão do biocombustível tem alguma coisa a ver com o preço dos alimentos, porque o mundo não produz biocombustível e tem 800 milhões de pessoas que vão dormir sem comer. Os que criticam o biocombustível nunca criticaram o preço do petróleo. O mundo desenvolvido importa petróleo sem tarifa e coloca uma tarifa absurda para importar o etanol do Brasil. No fundo, o Brasil está sendo vítima na medida em que virou artista principal do jogo. Não somos mais coadjuvantes. Somos o maior exportador de café, de suco de laranja, de soja, de carne. O que precisamos, e na política do biodiesel está correto, é o chamado selo social. O produtor que contratar a produção do biodiesel da agricultura familiar tem isenção de impostos, exatamente para a gente não repetir o erro da cana. Temos dito claramente que, se quisermos ter sucesso (na Rodada de Doha de liberalização do comércio), é preciso que os países ricos flexibilizem nos preços agrícolas para que os produtos dos países mais pobres entrem no mercado rico, senão não há estímulo para os países plantarem. Então, parem de hipocrisia e comecem a comprar os combustíveis que estamos vendendo. Ou façam parceria com terceiros países. A Europa poderia fazer convênio, como nós fizemos em Gana. Vamos produzir em Gana para vender para a Suécia. Quero dizer uma coisa de coração: se um dia eu chegar à conclusão de que, para encher o tanque de um carro, meu tanque (apontando para a barriga) terá de ficar vazio, vou encher meu tanque primeiro para depois encher o tanque do carro. Não podemos é aceitar a discussão que os países ricos querem nos impor. Desde pequeno eu ouvia dizer que o Brasil seria o celeiro do mundo. Pois bem, a oportunidade se apresenta agora. A Europa não tem mais condição de aumentar a produção agrícola, são poucos os países que têm terra para aumentar. Quem é que tem? O Brasil, a África e a América Latina.
O senhor tem dito que o biocombustível e a cana-de-açúcar não pressionam a produção de alimento porque o Brasil tem muita terra, especialmente pastos degradados que poderiam ser utilizados. Se está sobrando terra para plantar cana, por que está faltando para a reforma agrária?
Não está faltando terra para a reforma agrária. No governo passado, em oito anos, eles distribuíram 22 milhões de hectares de terra. Nós, em cinco anos, distribuímos 35 milhões de hectares de terra. Qual é a divergência que tenho com o movimento dos sem-terra? É que acho que o problema não é assentar mais gente. O problema é fazer as pessoas que já estão na terra se tornarem mais produtivas. O que não pode é ficar colocando gente num canto, e eles continuarem tão miseráveis quanto estavam ontem. Precisamos aperfeiçoar a produtividade, a assistência técnica, o equilíbrio dos preços para quem já tem terra. Desse drama eu não sofro. O dado concreto é que estamos vivendo um bom desafio, e o Brasil não pode ter medo do bom desafio. O ruim seria se o mundo estivesse precisando de alimento e o Brasil não tivesse terra, tecnologia e conhecimento.
Essa escalada no preço dos alimentos deu razão ao Banco Central, que aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros?
Olha, não me peça para discutir o Banco Central. Você pode discordar da visão que o Banco Central está tendo de que a inflação daqui a um ano será de 6% ou 7%, ou você pode concordar. Então, cabe ao governo, em vez de ficar choramingando, tomar atitudes para evitar que os preços da comida subam. Naquilo que são preços que dependem do governo as coisas estão mais ou menos controladas. Então, eu acho que não há necessidade de a gente ter medo da inflação. A inflação tem que ser controlada porque durante 27 anos da minha vida vivi de salário como trabalhador e sei que a inflação é uma desgraça na vida de um operário. Então, precisamos aumentar a produção. Uma economia saudável é aquela em que você tem um crescimento da demanda e um crescimento da oferta andando mais ou menos juntos. Se a oferta cresce mais, você expande suas exportações. À medida que a demanda cresce um pouco mais e a oferta não cresce, temos um problema de aumento de preço. Não está acontecendo isso no Brasil. Não está acontecendo. Porque tem muitos investimentos. Esses investimentos num primeiro momento são consumo, porque você tem que comprar as coisas para construir uma fábrica, mas num segundo momento se tornam oferta. E é com essa idéia que nós trabalhamos para 2009. Os investimentos já estão feitos, já estão acontecendo. Nós passamos 26 anos sem fazer uma fábrica de cimento no Brasil. De repente, fomos obrigados a fazer 10 fábricas de cimento, porque a construção civil foi destravada. E nós não queremos truncar o crescimento. Daí a minha preocupação com o aumento dos juros.
A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, tem a liderança política e a capacidade necessárias para enfrentar os desafios colocados ao país?
Por que você pergunta da Dilma e não do Franklin (Martins, ministro da Comunicação Social)? Eu tenho tido todo o cuidado e tenho consciência de que não é o momento de o presidente da República estar em campanha. Tenho dois anos e oito meses de mandato ainda, tem muita coisa para se fazer neste país, e eu não posso perder tempo fazendo campanha. Tomei uma decisão de que nas eleições municipais, onde a base estiver com mais de um candidato, não pense que eu vou lá porque eu não vou. Agora, também não pensem ou2026. Outro dia não sei quem foi que achou absurdo eu dizer que queria fazer meu sucessor. Houve alguém que ficou estarrecido. Ele deveria ficar estarrecido se eu não quisesse fazer. Penso em fazer o sucessor à Presidência da República. Trabalho para isso. Agora, eu tenho uma base muito heterogênea. Com que o presidente precisa contar neste momento? Com a hipótese de que a gente consiga montar uma chapa única da base aliada.
Como fazer isso?
Nós temos candidato a presidente e a vice, 27 governadores e 54 senadores (nas eleições em 2010). Portanto, temos cargos para contemplar essa base heterogênea. O PSB, por exemplo, é um aliado histórico e tem candidato à Presidência, o deputado Ciro Gomes, um candidato forte porque já foi candidato duas vezes, é uma pessoa conhecida, basta ver nas pesquisas. Mas também é bem possível que outros partidos queiram lançar candidato. E vocês jamais me verão reclamar de um partido querer lançar candidato. Se o PCdoB quiser ter candidato, se o PDT quiser ter candidato, eu acho normal, porque é o momento de o partido colocar a cara na televisão, de dizer qual é o seu programa, a sua proposta. Então, vocês não me verão nervoso porque os partidos terão candidato próprio. Obviamente, se não for possível construir uma candidatura única da base, pode ficar certo de que o governo terá candidato.
Por que o senhor escolheu a ministra Dilma?
Eu não estou dizendo que será a Dilma. Não sei quem está dizendo que é a Dilma. É muito difícil a gente tentar lançar alguém candidato sem que tenha uma discussão com o partido ou com os aliados. Se você perguntar das qualidades da Dilma, vou dizer para você uma coisa: existem raríssimas pessoas no Brasil com a capacidade gerencial da companheira Dilma Rousseff. Rarísssimas. A Dilma é de uma capacidade de gerenciamento impecável. E, sobretudo, é aquilo que a gente gosta, caxias. Então, eu acho uma figura extraordinária. Agora, entre ser uma figura extraordinária para gerenciar e ser candidata à Presidência é uma outra conversa, porque aí entra um ingrediente chamado política, que exige outras credenciais. Eu não estou discutindo isso agora. No momento certo, provocarei a discussão. [Ontem, 27.04.2008].

ONU/BIOCOMBUSTÍVEIS: ALIMENTO vs. 'ENERGIA'

Relator da ONU culpa biocombustíveis e especulação pela crise dos alimentos

A transformação de alimentos em biocombustíveis e a especulação financeira são as principais causas da alta dos preços dos produtos alimentícios, denunciou hoje o relator da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, que qualificou a crise de "verdadeira tragédia".
O relator, que deu uma entrevista em Genebra para fazer um balanço de seu mandato, que termina nesta semana, disse que os biocombustíveis são "um crime contra grande parte da humanidade, algo intolerável", pois a transformação em massa de alimentos em combustível provocou a escalada dos preços de produtos básicos. Ziegler qualificou de "histórica e essencial" a reunião que as agências e organismos da ONU --com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon realizam hoje em Berna (Suíça) para enfrentar a crise alimentícia. O relator apelou aos doadores do Programa Mundial de Alimentos da ONU para que aumentem suas doações, porque a agência "perdeu 40% de seu poder aquisitivo em três meses" devido à alta dos preços. Ziegler lembrou que 75 milhões de pessoas no mundo "dependem para sua sobrevivência de receber as provisões do programa". Segundo dados da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) citados por Ziegler, no último ano, o preço dos cereais --especialmente o trigo-- aumentou 130%; o do arroz, 74%; o da soja, 87%; e o do milho, 53%. Além disso, há os custos do transporte dos alimentos, lembrou o suíço. Por isso, o relator defendeu uma moratória imediata durante pelo menos cinco anos na produção de biocombustíveis. Ziegler ressaltou que o "massacre cotidiano da fome" é uma crise "antiga", mas que no último mês e meio, com a forte alta dos preços no mercado mundial, "novas classes sociais caíram, por milhões, no abismo da fome". Uma família européia destina de 10% a 12% de seu orçamento à alimentação. No mundo em desenvolvimento, onde 2,2 bilhões de pessoas vivem na extrema pobreza, segundo o Banco Mundial, a proporção é de 85% a 90% da renda gastos com os alimentos. Sobre os biocombustíveis, disse entender que é preciso combater a mudança climática, "mas sem matar as pessoas de fome", e defendeu potencializar o transporte público e outras fontes de energia, como a elétrica. "O direito à vida e à alimentação é o principal", disse.
O relator criticou os Estados Unidos, que destinou no ano passado um terço de sua colheita de milho à produção de álcool, e a União Européia, por sua diretiva segundo a qual 10% de seu consumo energético deve vir dos biocombustíveis em 2020. "Todo o mundo está de acordo em que a UE não pode proporcionar isso, portanto é a África, que já está atingida pela fome, que deverá fazê-lo", acrescentou. Sobre a especulação, disse que "é responsável por 30% da explosão dos preços", especialmente a Bolsa de Valores de Chicago, onde os fundos de produtos básicos dominam 40% dos contratos. Disse que as duas causas, os biocombustíveis e a especulação, "não são fatalidades", mas têm remédio, como a moratória e controles mais severos, respectivamente.
Por fim, culpou a política "aberrante" do FMI (Fundo Monetário Internacional) por desenvolver culturas de exportação para reduzir a dívida externa, em detrimento de agriculturas de subsistência, e defendeu o fim dos "cultivos coloniais". O relator também lembrou que o novo diretor do Fundo, Dominique Strauss Kahn, "se referiu à moratória dos biocombustíveis como uma possibilidade a levar em conta".
da Efe, em Genebra/ Estadão. 28.04.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28.abril.2008
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- Dengue provoca protestos no Rio
- Moradores do Rio fizeram uma passeata de protesto Dengue Não! Ordem Urbana, Sim, ontem, no Recreio dos Bandeirantes. A manifestação teve adesão de representantes de associações de moradores e organizações de trabalhadores. A doença já matou 58 pessoas na cidade, entre os 62 mil casos registrados este ano. (pág. 1 e Cidade, pág. A13).
GAZETA MERCANTIL
- MEC descobre 3 milhões de fantasmas
- Depois de onze anos repassando recursos para estados e municípios com base no censo escolar, o Ministério da Educação descobriu, em 2007, que eram falsas mais de três milhões de matrículas de alunos na rede de educação básica do País. Com o desaparecimento dos fantasmas, o Ministério economizou mais de R$ 3 bilhões em repasses a estados e municípios, como parte do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A descoberta dos fantasmas só foi possível com a mudança na metodologia de obtenção dos dados de mais de 198 mil estabelecimentos públicos e privados de ensino básico. O censo baliza o repasse de recursos do MEC para as mais diversas ações, incluindo a compra de merenda escolar, materiais didáticos, construção e reforma de escolas e até pagamento de cursos de aperfeiçoamento para professores, como mostra a quarta série de reportagens do projeto Lição de Casa que a Gazeta Mercantil está publicando. (págs. 1, C4 e C5).
CORREIO BRAZILIENSE
- Aliados pedem definição de Lula sobre candidato
- Diante da declaração de que o governo terá candidato único à sucessão em 2010, dada pelo presidente em entrevista exclusiva publicada ontem no Correio, governistas defendem critérios para escolha do nome. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 2 e 3).
VALOR ECONÔMICO
- Italianos e russos na disputa da FAB
- A italiana Agusta e a russa Rosoboronexport estão na fase final da disputa pelo fornecimento de até 12 helicópteros militares de ataque para a Força Aérea Brasileira (FAB). Para a operação, iniciada em outubro, estima-se um investimento de até US$ 500 milhões. A FAB realiza análises financeiras e técnicas das duas ofertas para eleger qual equipamento se encaixa melhor às necessidades brasileiras. Os modelos são o MI 35, da Rosoboronexport, e o AW-109, da Agusta. As amricanas Bell e Sikorsky e a francesa Eurocopter também apresentaram propostas, que foram descartadas. O processo, entretanto, pode sofrer interferência de uma proposta da Helibras, controlada da Eurocopter, que planeja instalar uma linha de montagem para o modelo Super Cougar. Para isso, quer que o governo se comprometa a comprar pelo menos 50 unidades da aeronave. (págs. 1 e B6).http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm
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Serra faz de conta que vacina Lula
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José Serra(PSDB), governador de São Paulo, brincou de vacinar Lula contra a gripe. Embora sejam adversários políticos, os dois são mais amigos do que parece. Quando Fernando Collor foi derrubado por corrupção e Itamar Franco, seu vice, assumiu a presidência da República, o então senador Fernando Henrique Cardoso (PSDB) procurou Lula e pediu que o PT topasse fazer parte do novo governo. O PT não topou. Mas Lula indicou o nome de Serra para ministro da Fazenda. Foi o próprio Lula que me contou isso uma vez. Serra me confirmou que Lula já contou essa história para mais de uma pessoa. O que Serra também me disse foi que Itamar o chamou para conversar por sugestão de Fernando Henrique. Por duas vezes conversaram a respeito dos problemas do país. Então Itamar procurou Fernando Henrique e decretou: "Serra seria bom para presidente da República, ministro da Fazenda é pouco para ele". [Foto Ag. O Globo].
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Ford investe R$ 600 mi para dobrar produção de motores no Brasil
A Ford anunciou nesta segunda-feira investimento de R$ 600 milhões no Brasil, no complexo industrial de Taubaté (a 130 km de São Paulo) para a fabricação de uma nova família de motores. O investimento, segundo a empresa, vai ampliar a capacidade de produção da unidade, que deverá passar de 280 mil para 500 mil unidades por ano. De acordo com a montadora, o aumento da capacidade faz parte da estratégia global de motores da Ford e a produção dos novos propulsores será destinada, principalmente, aos veículos fabricados pela empresa no Brasil, além de ser exportada para outros mercados. A nova geração receberá o nome Sigma e ampliará a oferta de motores da montadora no país, somando-se à linha Zetec RoCam --que já teve mais de 1,9 milhão de unidades produzidas ao longo dos últimos dez anos e continuará equipando os modelos da marca. Folha Online, 2804.

PF/OPERAÇÃO "SANTA TEREZA": "SANTINHA DO PAU ÔCO!!!"

PF liga lobista do caso BNDES a líder do PMDB na Câmara

SÃO PAULO - No rastro do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), a Operação Santa Tereza - que investiga suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - espreitou o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Relatório de investigação da Polícia Federal identifica os passos de João Pedro em Brasília e revela que ele visitou o gabinete 539, do parlamentar, no dia 13 de fevereiro. A Santa Tereza não acusa o deputado de participar do esquema, mas o documento mostra que a PF agiu dentro da Câmara, quando espionou João Pedro, inclusive no instante em que ele deixou a sala de Alves. Os federais descreveram o lobista, que foi conselheiro do BNDES, carregando uma mochila, provavelmente a mesma que, segundo o monitoramento dos agentes federais, ele teria deixado no gabinete de Paulinho algumas horas antes. Capturado quinta-feira, quando a Santa Tereza foi deflagrada, João Pedro continua ocupando uma cela da custódia da PF de São Paulo. Ao sair da Câmara dos Deputados, João Pedro ainda recebeu ligação de outro integrante da quadrilha, o empresário Marcos Vieira Mantovani, e comemorou o resultado da visita a Brasília, segundo grampo feito pela PF. "Consegui todas as prefeituras do Rio de Janeiro, prefeituras do Estado da Paraíba e prefeituras do Estado do Rio Grande do Norte", disse João Pedro.
Oito minutos depois ele retorna a ligação para Mantovani e reforça a mesma informação: "RJ, RN e Paraíba, todas as cidades que tiverem mais de100 mil habitantes". De acordo com as investigações, a quadrilha já se preparava para fechar acordo com 200 prefeituras nesses Estados. Além do desvio de até 4% do valor do financiamento aprovado, a organização indicava a empresa que deveria elaborar o projeto a ser enviado ao BNDES e determinava a empreiteira ligada ao grupo que deveria ser contratada para executar as obras. Pelo menos três financiamentos aprovados pelo banco estatal, contratos que somam R$ 520 milhões para obras de saneamento e urbanização da Prefeitura de Praia Grande e para a expansão da rede Magazine Luiza, comprovariam a existência da fraude. Segundo a PF, de 2,5% a 4% de cada financiamento foi desviado para construtoras, consultorias e um prostíbulo na capital paulista ligados à organização. As duas empresas ficavam responsáveis por emitir notas frias, como sendo de serviços prestados, e o prostíbulo W.E. era usado para lavar o dinheiro e promover encontros.
O monitoramento telefônico sobre João Pedro mostra que ele "utilizou sua parcela do desvio para comprar uma farmácia em sua cidade, São Sebastião da Grama". A PF afirma que ele utiliza o artifício "como forma de ocultação do dinheiro ilícito". No grampo, gravado às 18h58 do dia 16 de março, o lobista avisa sua mãe que vai colocar a farmácia que comprou no nome dela. "A justificativa que ele deu para sua mãe é que ele era servidor do BNDES (mentira) e não iria poder colocá-la em nome próprio", registra o relatório da PF, que obteve o contrato de compra e venda da farmácia na interceptação de um e-mail enviado a João Pedro.
Reuniões
Entre as visitas aos gabinetes de Paulinho e Alves, o lobista vai, sem a mochila, para um escritório em um bairro nobre de Brasília. Fica exatos 57 minutos no imóvel e volta para a Câmara. Participa de reuniões o restante do dia. Por um período, os agentes federais perdem o lobista e acionam o setor de inteligência da PF em São Paulo. Reencontram o pivô do esquema de desvio de dinheiro do BNDES deixando o gabinete de Alves, "levando uma mochila, a mesma que aquele trouxe consigo à Câmara dos Deputados às 9 horas da manhã", afirmam. A PF poupou os deputados por uma questão legal: eles tem direito a foro privilegiado. Se incluíssem formalmente os parlamentares na investigação, a polícia tornaria nulo tudo o que Santa Tereza apurou, inclusive as provas colhidas sobre empréstimos irregulares concedidos pelo BNDES.
Fausto Macedo e Rodrigo Pereira, de O Estado de S. Paulo. 2804.