A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, outubro 06, 2008
KEYNES: DEMANDA AGREGADA II
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A teoria econômica de Lord Keynes e a ideologia triunfante do nosso tempo
Por Alceu Garcia. 19 de março de 2002
Filho de um renomado economista, educado em Eton e Cambridge, membro da melhor sociedade britânica, Keynes formou-se em um tempo em que a elite pensante inglesa questionava e negava os valores de seu meio social, inclinando-se vigorosamente para o socialismo. O triste espetáculo dessa elite decadente, niilista e descrente dos princípios morais até então vigentes evoca fenômenos similares ocorridos em outras épocas e contextos. A degeneração moral das aristocracias grega e romana relatadas, por exemplo, por Políbio, Tácito e Petrônio, a meu ver tem muitos traços em comum com o estado da intelligentsia inglesa no tempo de Keynes. Quando a classe dirigente de uma cultura perde a confiança em si mesma e em seu papel histórico, essa cultura está perdida. Parece-me que coisa do tipo aconteceu na Inglaterra a partir de meados do século 19.
Conduzida por uma elite vigorosa e confiante, a Grã-Bretanha inventou o liberalismo político no séc. 17 e, quebrando as cadeias que tolhiam a criatividade e iniciativa individual, criou as condições para o florescimento espontâneo da moderna economia de mercado. Liderou o mundo por muito tempo no plano comercial, tecnológico, industrial, financeiro, político e intelectual. Porém, a partir de certo momento esse dinamismo principiou a arrefecer. A trajetória intelectual de John Stuart Mill, o pensador mais eminente de sua época, revela os contornos desse processo. De um ponto de partida liberal, Mill gradualmente e sutilmente inclinou-se para posições simpáticas ao socialismo. Essa transmutação do liberalismo em socialismo, capturada no nascedouro com maestria pela pena profética de Herbert Spencer (The Man Versus the State), se completou com a Sociedade Fabiana (1883), nome inspirado no general Fabius Maximus, que salvou Roma evitando travar batalha em campo aberto com o grande comandante cartaginês Aníbal, recorrendo ao invés a métodos indiretos de guerra. A Sociedade Fabiana era um grupo formado por intelectuais ativistas do high society liderados pelos milionários Sidney e Beatrice Webb (Lord e Lady Passfield), adeptos de uma estratégia política gradualista, que se dedicava a doutrinar o estamento superior da sociedade britânica, apossar-se dos canais de difusão de idéias, do aparato estatal, da Igreja, das artes, dos sindicatos e tudo o mais que fosse útil à implementação de um governo socialista. O dramaturgo George Bernard Shaw, por exemplo, foi uma das estrelas do movimento fabiano, que mais tarde deu origem ao Labour Party.
A enorme influência do socialismo fabiano marcou profundamente a formação intelectual e moral de Keynes. Ele integrou uma sociedade secreta em Cambridge conhecida como Os Apóstolos e posteriormente a confraria de letrados ilustres denominada Grupo de Bloomsbury, ambas subprodutos do caldo cultural do fabianismo. Hedonismo, niilismo, elitismo, iconoclastia, bissexualismo, pedantismo, amoralismo e, claro, socialismo, eram os traços comuns aos integrantes desses grêmios. O filósofo G.E. Moore, um dos gurus máximos da tchurma, autor de um livro intitulado Principia Ethica, exerceu forte atração sobre Keynes. Para Moore não existiam princípios morais universais, reduzindo-se a ética aos prazeres estéticos pessoais. Não é possível compreender o caráter de Keynes, nem sua atuação política e sua produção científica, isolados do contexto ideológico em que ele atuou. E os traços chave da natureza do economista britânico eram: relativismo moral e desonestidade intelectual.
Keynes, o Polemista
Não é preciso estender-se muito a respeito da terrível ruptura que a Primeira Guerra Mundial significou para o mundo relativamente estável, aberto e progressista da Belle Epoque. O conflito abriu uma caixa de pândora e libertou demônios cujos males ainda se fazem sentir em nossos dias. Keynes, àquela altura um economista jovem e promissor, serviu no departamento do tesouro inglês durante a guerra. Após o conflito, ele foi designado para a delegação britânica encarregada de elaborar o Tratado de Versalhes. No curso das deliberações Keynes discordou da política de impor pesadas reparações à Alemanha vencida e rompeu publicamente com seus superiores, para a alegria de seus amigos fabianos. Publicou então o livro The Economic Consequences of the Peace (1920), que o transformou em celebridade mundial instantânea. Nesse panfleto, Keynes lamentava a sorte dos alemães e condenava o espírito de vingança e rapacidade dos vencedores. Ridicularizou os líderes aliados Lloyd George, Clemenceau e o Presidente Wilson, pintando-os, com riqueza de detalhes, como figuras patéticas e grosseiras. Insinuou que a culpa da guerra era tanto dos vencedores quanto dos vencidos e afirmou categoricamente que a Alemanha não teria condições de pagar as dívidas impostas e que a insistência em sua cobrança acarretaria a morte pela fome e doenças de milhões de crianças alemãs.
Essa avaliação dos fatos e as previsões de Keynes foram devidamente refutadas mais tarde por Ludwig von Mises (Omnipotent Government) e Étienne Mantoux (The Carthaginian Peace). A culpa inequívoca do governo alemão já está mais do que demonstrada pela pesquisa histórica, e foi aliás explicitamente confessada pelo chanceler do Kaiser Bethmann Hollweg em suas memórias. O montante das reparações não era tão grande em proporção ao produto nacional alemão, e a insistência no seu pagamento teria inviabilizado, ou pelo menos atrasado, o programa de rearmamento iniciado ainda em fins da República de Weimar e acelerado subsequentemente por Hitler. Mas nada poderia impedir que uma tão brilhante peça de argumentação erística, perfeitamente consonante com o zeitgeist, o espírito da época, fizesse enorme sucesso. O livro de Keynes foi habilmente aproveitado pela propaganda nacionalista alemã, inclusive a nazista, para fomentar a atmosfera de complacência internacional que facilitou a ascensão posterior de Hitler. Não é argumentar ad absurdum afirmar que Keynes forneceu vários dos tijolos para a construção dos muros dos futuros campos de concentração nazistas.
Tendo provado o gosto da fama literária e midiática, Keynes nunca mais abandonou as polêmicas públicas, tornando-se um intelectual opinativo e requisitado pela imprensa, tal como tantas figuras similares em nosso país. Vários de seus artigos dessa safra foram reunidos e publicados sob o título Essays in Persuasion (1932), onde o leitor atual pode se deliciar com o estilo florido e admirar a habilidade sofística do autor. Ele não perdia uma oportunidade de escandalizar, de soar herético. "Epater le bourgeois", como dizem os franceses.
Subjacente ao prestígio popular de Keynes estava a sua autoridade como economista. A economia na época já se tornara uma ciência altamente especializada e inacessível aos leigos graças ao crescente formalismo matemático e geométrico, bem como o desenvolvimento de um jargão próprio ininteligível. Longe iam os dias em que os não-especialistas cultos compreendiam com relativa facilidade os teoremas enunciados no bom e velho raciocínio dedutivo verbal por Adam Smith, David Ricardo e outros, e podiam acompanhar ativamente as polêmicas travadas pelos grandes nomes da área. Cabe aqui observar que o complexo verniz matemático utilizado pelos economistas modernos encobre proposições bastantes simples e perfeitamente passíveis de serem expressas em lógica discursiva. Trata-se de uma violação do princípio do método científico conhecido como navalha de Occam, segundo o qual, resumindo grosseiramente, não se deve complicar desnecessariamente o que pode ser enunciado de modo mais simples. A panóplia de curvas, equações e modelos matemáticos serve para dar aos economistas a ilusão de contarem com um instrumental metodológico altamente científico, copiado das ciências exatas, que confunde e atemoriza o não-especialista. Mas acima de tudo serve para ocultar o absurdo e a ilogicidade de suas proposições básicas, que, se expostas claramente, não enganariam nenhum crítico inteligente. Quem duvida, deveria experimentar ler os textos acadêmicos de gente como Simonsen, Sayad, Beluzzo, Kandir e Zélia Cardoso e, da pletora de equações e diagramas, extrair deles os postulados essenciais que fundamentam seus encadeamentos lógicos. Quem fizer isso vai compreender imediatamente o nexo de causalidade entre os paralogismo s obtidos e os desastres sociais por eles causados em nosso país. De todo modo, Keynes certamente foi um dos que mais contribuiu para turvar a ciência econômica com essa finalidade. Mas que espécie de economista era Keynes afinal?
http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0138.htm
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ELEIÇÕES: CUSTO BRASIL
Estadão. MARIANGELA GALLUCCI E FABIO GRANER - Agencia Estado.
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BOVESPA: ''CAI O REI DE ESPADA..."
Pouco depois da abertura, a Bolsa despencou rapidamente e o mecanismo do "circuit breaker" foi acionado --às 10h19-- para evitar oscilações ainda bruscas. Após meia hora de interrupção --para acalmar os ânimos-- o mercado não melhorou. Em um pregão inundado por ordens de venda, o índice Ibovespa caiu rapidamente 15%, quando o "circuit breaker" foi acionado novamente --às 11h44-- interrompendo os negócios, desta vez, por uma hora.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, desvaloriza 13,54% e desce para os 38.490 pontos, praticamente anulando os ganhos dos últimos dois anos. O giro financeiro é de R$ 3,53 bilhões.
No epicentro da crise, a Bolsa de Nova York perde 7,27%. O índice de ações Dow Jones, de repercussão global, caiu abaixo do patamar histórico dos 10 mil pontos pela primeira vez em quatro anos.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,195 para venda, em forte alta de 7,28%. A taxa de risco-país marca 404 pontos, número 13,5% mais alto que a pontuação anterior.
Após a taxa atingir R$ 2,15, o Banco Central anunciou um leilão de contratos de swap cambial no montante de US$ 1 bilhão. Esse leilão funciona como uma venda de dólares no mercado futuro, o que pode suavizar o ritmo de alta das cotações.
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As Bolsas européias concluíram os negócios registrando fortes quedas, a exemplo de Londres (baixa de 7,85%), Paris (baixa de 9,03%) e Frankfurt (queda de 7,07%).
Há semanas, o mercado observava problemas no sistema financeiro europeu, mas neste final de semana, os investidores realmente ficaram nervosos com a notícia da situação quase falimentar do banco alemão Hypo Real Estate (HRE).
Para escapar da quebra, o HRE teve que ser salvo por uma operação conjunta entre o governo alemão e bancos privados. Especializado em hipotecas, o HRE também foi afetado em suas contas por carregar os problemáticos créditos imobiliários americanos que estão no centro da crise financeira que abala a economia mundial desde o ano passado.
A situação do HRE reforça a percepção de que as instituições financeiras européias seguem pelo mesmo caminho dos bancos americanos, que anunciaram rombos bilionários e, ou foram 'engolidos' por outros bancos, ou tiveram que ser socorridos pelo governo local.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS: AINDA ''ARGUEIROS'' NA VISÃO...
6 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Rio derrota Cesar e Crivella: Paes e Gabeira vão a 2º turno
Kassab surpreende e lidera apuração
Em BH, eleitor pune ‘salto alto’ de Aécio
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Folha de S. Paulo
Manchete: Kassab chega na frente de Marta
Peemedebista surpreende candidato de Aécio em Minas
Gabeira ultrapassa Crivella e enfrenta Eduardo Paes no Rio
Petista vai ao segundo turno com prefeito em Porto Alegre
Contra crise bancária, Alemanha anuncia garantia a contas
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Kassab cresce no fim e vai com Marta ao 2º turno em São Paulo
Gabeira chega na frente de Crivella
Meirelles diz que BC deve usar reservas
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Jornal do Brasil
Manchete: Paes 32% Gabeira 25%
TRE critica sujeira de candidatos: 4,8 toneladas apreendidas
Favela ocupada por tropas viram zona franca eleitoral
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Correio Braziliense
Manchete: PMDB ganha força nas urnas. Já o PT...
Novo Português
Socorro Alemão acalma bancos
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Valor Econômico
Manchete: Eleições sancionam continuidade
Governos europeus socorrem bancos
Sob pressão, Anbid tenta regular IPOs
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Gazeta Mercantil
Manchete: TIM renova conselho e muda foco para cliente e rentabilidade
Humor do mercado traz impacto para risco-Brasil
Déficit de moradias pede ação política
Institutos erram e Serra vence em São Paulo
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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