PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, outubro 30, 2013

O TRABALHADOR DA ÚLTIMA HORA (sic) e/ou CARNE TEM NOME

30/10/2013
Lula critica Marina e ameaça voltar em 2018


O ex-presidente Lula, em atos pelos 25 anos da Constituinte, voltou a atacar a imprensa, criticou Marina Silva (PSB), previu problemas na aliança da ex-ministra com Eduardo Campos (PSB) e declarou: “Se encherem muito o meu saco, vou voltar em 2018”


Marina é "sombra" de Campos, diz Lula

Para ex-presidente, governador "se meteu em encrenca" ao se aliar com ex-ministra; petista também vê Serra como "sombra" de Aécio.

Vera Rosa / Brasília


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem em Brasília que a ex-ministra Marina Silva é "sombra" do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), assim como o ex-governador José Serra é a "sombra" do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo Palácio do Planalto,em 2014. "Eu já fui essa sombra (da presidente Dilma Rousseff), mas não sou mais. E, se encherem muito o meu saco, vou voltar em 2018", disse o petista em encontro com aliados.

Lula participou ontem de uma série de eventos no Congresso sobre os 25 anos da Constituição. Em encontro fechado com senadores da base da presidente Dilma Rousseff, avaliou que Campos pode ter problemas por causa da aliança feita com Marina. "O Eduardo não sabe o tamanho da encrenca em que se meteu", disse aos líderes do PTB e do PR no Senado durante um almoço, no qual apareceu acompanhado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, provável candidato do PT ao governo de São Paulo.

Marina foi ministra do Meio Ambiente pelo PT no primeiro mandato de Lula. Candidata derrotada pelo PV em 2010, tentou criar a Rede a fim de se candidatar ao Planalto no ano que vem. Sem sucesso, filiou-se na última hora ao PSB de Campos e poderá ser candidata a vice na sua chapa.

Antes do almoço, nos discursos no Congresso, o ex-presidente atacou a imprensa e defendeu a reforma política. No plenário do Senado, onde recebeu a medalha Ulysses Guimarães, criticou os que desqualificam a política e seus atores. "Se a juventude lesse a biografia do Getúlio (Vargas) e do Juscelino (.Kubitschek) possivelmente não iria desprezar a política, e muito menos a imprensa iria avacalhar a política como avacalha", afirmou.

Ao receber homenagem na Câmara dos Deputados, usou o mesmo tom e ouviu gritos de encrenca ao se aliar com ex-ministra; petista "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula", tradicional refrão de suas campanhas. "Nada contribui tanto  para desmoralizar a política do que ver partidos atuando como reles balcões de negócios, alugando prerrogativas, como o tempo de propaganda e o acesso a fundos públicos", disse.

Filé. 

Ao mencionar os protestos de junho, Lula afirmou que a população está exigindo mais dos governos porque já alcançou um melhor nível de vida. "O povo foi para a rua para dizer que precisa de mais coisas, por também vê Serra como "sombra" de Aécio que ele aprendeu a comer contrafilé e não quer voltar a comer acém. Ele quer comer agora filé de verdade", disse.

Sem citar o escândalo do mensalão, que atingiu seu governo e dizimou a cúpula do PT, Lula disse que, "como toda instituição formada por seres humanos", o Congresso comete erros. "Muitas vezes são erros graves que nem sempre são corrigidos ou punidos de maneira exemplar. Mas, se há fragilidade na representação, o remédio está no fortalecimento da política."



adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:41

QUAL O NOME DA CARNE ?

30/10/2013
Falta carne na receita do PSB/Rede


Marina Silva deu mais um passo na sua campanha para tirar o PT do Planalto com o Encontro Programático que discutiu um texto básico de sua aliança pragmática com o governador Eduardo Campos. Um grupo político que coloca sua reunião no ar, ao vivo, alguma coisa de bom pretende fazer. Se até a campanha do ano que vem o PSB e a Rede começarem a falar português claro, fará melhor.

A ex-ministra de Lula continua pedindo "metabolização" e "completude" para "democratizar a democracia". Isso numa reunião em que se falou em "novo padrão civilizatório" e "inclusão cidadã". Para quem não quer dizer nada, é tudo.

Discutiu-se um texto preliminar que dizia o seguinte:

"É necessária mudança profunda do sistema político para permitir a emergência de outro modelo de governabilidade, cujos alinhamentos se deem em torno de afinidades programáticas, e não em torno de distribuição de feudos dentro do próprio Estado, do desmantelamento da gestão pública, e do uso caótico, perdulário e dispersivo do orçamento nacional."

Muita farinha para pouca carne. Felizmente um orador propôs a redução dos cargos em comissão (coisa que Eduardo Campos, que tem o apoio de 14 partidos, poderia começar a fazer hoje em Pernambuco) e denunciou as "portas giratórias" montadas nas agências reguladoras de serviços. Outro defendeu o fim da reeleição e as candidaturas avulsas. Alguma carne.

Isso acontece numa coligação onde o provável candidato a presidente diz que não quer "ganhar perdendo" pretende "vencer o que está ultrapassado" impondo "outro padrão de serviço público" a partir de "um salto de qualidade da política" com uma "visão estratégica para as próximas décadas". Pura farinha.

Célio Turino, porta-voz da Rede, disse que "para se mudar a realidade, primeiro é preciso sonhar" Para ficar na retórica do sonho, Martin Luther King anunciou o seu há 50 anos depois de ralar cadeias e passeatas, com uma agenda clara; o fim da segregação racial nos Estados Unidos. 

Como? Cumprindo-se uma sentença da Suprema Corte e aprovando-se a legislação de direitos civis que estava no Congresso. Quando ele discursou aos pés da estátua de Lincoln, não estava sonhando. A realidade americana já estava mudando.

Não se pode pedir a Marina Silva e Eduardo Campos que sejam específicos um ano antes da eleição. Pedir-lhes que ouçam os discursos da doutora Dilma seria um suplício. Se eles e seus militantes deixarem de proteger indecisões e dúvidas com frases que não querem dizer nada, uma reunião de cinco horas poderá acabar em 45 minutos, mas quem os ouve sairá no lucro.

A reunião de segunda-feira foi uma discussão em torno de um rascunho.Marina espera que as contribuições, reunidas em desafios, sejam levadas às bases para que voltem a um plenário representativo da coligação. A ideia é ótima e no percurso poderão botar carne no prato. Enquanto Marina esteve no PT, de 1983 a 2009, assistiu à decomposição dessa promessa.

Marina Silva e Eduardo não são obrigados a falar claro a respeito de tudo. Ela explicou que a Rede e o PSB devem escutar o que diz o outro. Ambos, contudo, precisam ser entendidos por quem os ouve. •


Elio Gaspari éjornalista

adicionada no sistema em: 30/10/2013 01:33

AS DE MEMÓRIA ... (2)

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http://youtu.be/X9xIlbvKj3o






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AOS DE MEMÓRIA CURTA (E CÉREBROS)

30/10/2013
Sarney é comparado a Ulysses Guimarães


Lula elogia atuação de aliado na Constituinte


Ricardo Della Coletta
Daiene Cardoso / Brasília


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um desagravo ao senador José Sarney (PMDB-AP) por sua atuação durante a Assembleia Constituinte, período em que ele ocupou a Presidência da República. O petista o comparou ao presidente da Câmara à época, Ulysses Guimarães, considerado patrono da Constituição.

"Eu queria fazer um reconhecimento de público. Ulysses Guimarães certamente foi o símbolo dessa Constituinte, coordenou com maestria numa situação muito difícil, em que o PMDB tinha 23 governadores e 306 constituintes, e que sozinho podia fazer o que queria. Eu tenho consciência de que o senhor (dirigindo-se Sarney) não teve facilidade, muito menos moleza. Quero colocara suapresença na Presidência no período da Constituinte em igualdade de condições com o companheiro Ulysses Guimarães", disse o ex-presidente no Senado.

Dando sequência ao elogio, o petista disse que, mesmo afrontado pelo Congresso, Sarney nunca atrapalhou os trabalhos dos constituintes na época. "Em nenhum momento, mesmo quando era afrontado no Congresso, o senhor levantou um único dedo, uma só palavra para criar quaisquer dificuldades aos trabalhos da Constituinte, que certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu. 

(...) Por isso, presidente Sarney, já que Ulysses não está entre nós, eu quero dizer claramente que o senhor merece a minha homenagem como comportamento digno como presidente da República, de permitir que nós disséssemos aqui dentro todos os desaforos que achávamos que tínhamos direito de falar contra o senhor." Em seus oito anos de governo, Lula teve o apoio direto de Sarney no Congresso. O afago de ontem ocorre no momento em que o PT tenta fechar aliança para apoiar Flávio Dino (PC do B) ao governo do Maranhão, contrariando os interesses de Sarney.


Impetuoso. O ex-presidente disse também que na época da Constituinte era "jovem" e "muito impetuoso", anais até do que hoje em dia. E negou que o PT tenha se recusado a assinar a Constituição. "Chegamos aqui com um projeto de Constituição e com um projeto de regimento interno", afirmou.

"Não votamos favorável à Constituição (sic) porque tínhamos o nosso projeto, mas assinamos por termos participado (do processo constituinte)."


adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:17


http://youtu.be/X9xIlbvKj3o




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OS DONOS DA RUA (FICÇÃO)

30/10/2013
‘Máfia` teria pago R$ 3 mi a políticos em SP


O Ministério Público encontrou na casa de um contador a contabilidade da Máfia do Asfalto, organização que teria fraudado licitações com recursos de emendas parlamentares em 78 cidades de SP, informam Fausto Macedo e Ricardo Chapola. Planilha continha nomes de políticos, datas e valores supostamente repassados a eles em 2011, num total de RS 3,048 milhões



Planilha da Máfia do Asfalto é indicativo de propina a políticos, diz promotoria


Investigação. 
Promotores apreenderam em casa de contador pen drive com nomes de políticos e valores que teriam sido repassados a eles em 2011; fraudes em licitações de 78 municípios de São Paulo com emendas parlamentares foram descobertas por Operação Fratelli

Fausto Macedo
Ricardo Chapola


O Ministério público encontrou a contabilidade secreta da Máfia do Asfalto, organização que teria se infiltrado em pelo menos 78 municípios da região noroeste do Estado de São Paulo para fraudar licitações com recursos de emendas parlamentares. Em um pen drive apreendido na residência do contador liso Donizete Dominical foi identificada planilha com nomes de políticos - a maioria do PT -, datas e valores supostamente repassados a eles em 2011. O montante atinge R$ 3,048 milhões. Para promotores de Justiça que desarticularam a quadrilha, o documento representa "indicativo de possível contabilidade do pagamento de propina a alguns parlamentares".


A tabela está encartada no apenso 16, volume III, da denúncia de 252 páginas que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo São José do Rio Preto, entregou à Justiça, há dois meses.

Os promotores pedem a condenação de 30 acusados. Eles não incluem nenhum nome que consta da planilha do contador porque a competência para eventual investigação sobre prefeitos e parlamentares é do Tribunal de Justiça do Estado e do Supremo Tribunal Federal.


A Operação Fratelli, que desmantelou a Máfia do Asfalto, foi desencadeada em abril por uma força-tarefa do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Polícia Federal. Na casa de Dominical, em Votuporanga (SP), os investigadores recolheram arquivos digitais.


Dominical é contador do Grupo Demop, controlado pelo empresário Olívio Scamatti, preso há quase 7 meses sob acusação de liderar a Máfia do Asfalto. A Scamatti & Seller e a Scan Vias, empreiteiras do grupo, teriam sido o carro-chefe da Demop para vencer licitações supostamente fraudadas. O desvio poder ter alcançado R$ 1 bilhão.

O documento que cita políticos é uma planilha Excel de quatro colunas, 81 linhas e 22 nomes, nem todos grafados por extenso, alguns abreviados e outros anotados incorretamente. Em certos trechos são mencionadas apenas cidades paulistas - Campinas, Embu, Juquitiba, Santa Adélia e São Paulo -, além do Estado do Tocantins.

Os políticos que tiveram seus nomes lançados no documento surgem em outras passagens da investigação - uns foram citados em interceptações telefônicas de terceiros, empresários e servidores públicos envolvidos na trama, outros aparecem como destinatários de cartas de prefeitos em busca de recursos financeiros para obras em rodovias e recapeamento asfáltico.

Dezenas dessas correspondências foram apreendidas na casa do lobista Osvaldo Ferreira Filho, o Osvaldin, que foi assessor na Assembleia Legislativa e na Câmara do deputado Edson Aparecido (PSDB), atual secretário-chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin. "Conversas telefônicas mantidas mais recentemente por Osvaldo, captadas pela Polícia Federal, revelam que ele também faz pagamentos de propinas para o grupo", diz a denúncia.

Os promotores não imputam corrupção ou outro crime aos parlamentares. Enviaram à Procuradoria-Geral de Justiça e à Procuradoria-Geral da República o que está relacionado a eles.

O resultado de quase cinco anos de investigação está nos autos da Fratelli. "O esquema de fraudes a licitações guarda uma indissociável vinculação com a transferência de recursos para municípios via convênios com órgãos dos governos estadual e federal, recursos oriundos em boa parte de indicação de parlamentares", destacam os promotores do Gaeco.

Eles alertam sobre "Verdadeira corrupção no processo de destinação de recursos". "(Scamatti) nitidamente intervém junto a autoridades para que esses recursos sejam destinados para os municípios em que serão realizadas as licitações de que resultará a contratação das empresas da família Scamatti, garantida graças ao direcionamento daquelas licitações."

Os promotores apontam para a ação de parlamentares, com uma ressalva. "A despeito da indispensável intervenção de autoridades de foro privilegiado (deputados e prefeitos) ou de seus assessores para que fosse levada a bom termo a destinação de recursos para os municípios que promoveram as licitações que foram fraudadas, como bem se depreende pela análise das conversas telefônicas com parlamentares, não foram encontrados elementos de convicção a sustentar que essas autoridades que gozam de foro especial por prerrogativa de função sejam integrantes da quadrilha, ou seja, de que mantivessem com Olívio Scamatti e seus pares vínculo estável para prática de crimes em profusão."

Os promotores, porém, sugerem: "Eventual responsabilização dessas autoridades pelas condutas pontuais que por si só configurem crime distinto do de formação de quadrilha há de ser objeto de procedimento autônomo, nas instâncias competentes".



adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:40

OS DIREITOS E OS DEVERES (...de poucos)

30/10/2013
OGX deve pedir proteção judicial


Diante da falta de acordo com credores internacionais sobre dívida de US$ 3,6 bi, a OGX, de Eike Batista, deve pedir hoje recuperação judicial

Dia D para Império X

OGX, de Eike, deve entrar hoje com pedido de recuperação judicial. Ação despenca 20%

Danielle Nogueira 


A OGX petroleira de Eike Batista, deve entrar hoje com pedido de recuperação judicial, pondo fim a meses de negociações com credores e dando início a uma nova etapa na curta trajetória do Império X. A empresa admitiu na madrugada de ontem que as conversas chegaram a um impasse e organizava até o fim do dia os últimos detalhes do processo. O pedido deve ser protocolado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio no fim do expediente, provavelmente após o fechamento do mercado. A OSX (empresa do grupo para construção naval) deve trilhar o mesmo caminho. Segundo advogados que acompanham o caso, a companhia entra com o pedido em até uma semana.

Ontem, a OGX revelou em seu site as propostas apresentadas aos credores internacionais, até então confidenciais. São fundos e gestoras, como os americanos Pimco e BlackRock, que têm em mãos US$ 3,6 bilhões em bônus, o equivalente a R$ 8 bilhões. Por meses, a empresa de Eike tentou convencê-los a injetar capital novo na companhia, para viabilizar a operação do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. 

Os valores solicitados variaram de US$ 500 milhões a US$ 250 milhões, dependendo da data. Mas os credores demostraram pouca disposição para assumir mais riscos e rejeitaram a oferta. Com isso, a expectativa da empresa é ficar sem caixa em dezembro, chegando a um saldo negativo de US$ 13 milhões na última semana do ano, segundo apresentação feita para a Rothschild, em 23 de outubro.

Amanhã, acaba o prazo para que a OGX se declare oficialmente inadimplente, após não honrar, em 1? de outubro, o pagamento de US$ 45 milhões, referente aos juros sobre bônus emitido no exterior. A empresa tinha 30 dias para acertar as contas com os credores. Como não conseguiu, as duas parcelas de bônus que totalizam US$ 3,6 bilhões, com vencimento em 2018 e 2022, são automaticamente antecipadas. Diante do cenário sombrio e para se pro-
teger de ações dos credores, a empresa decidiu recorrer à recuperação judicial.

"CIRCO E BAGUNÇA"

Além da dívida com os credores internacionais, a OGX deve cerca de R$ 660 milhões aos bancos Morgan Stanley, Itaú BBA e Santander. Há débitos ainda com fornecedores (cerca de R$ 1,2 bilhão) e com a OSX (ao menos R$ 2 bilhões), o que eleva a dívida da companhia a aproximadamente R$ 11,8 bilhões e torna o processo de recuperação da OGX o maior da América Latina desde 1990, segundo relatório da agência de classificação de risco Moody"s.

As ações ON (com voto) da OGX despencaram 20,69%, negociadas a R$ 0,23, a maior perda do pregão, o que puxou para baixo o Ibovespa.

A proposta feita pela petroleira de Eike Batista aos credores teve o pomposo nome de "Projeto Olímpico" Além da solicitação de capital novo, a empresa previa a conversão da dívida de parte de seus credores (os que se enquadram na categoria sem garantia, que reúne credores internacionais, OSX e fornecedores) em participação acionária. Os atuais acionistas da empresa ficariam com 10% da companhia. Os 90% restantes ficariam nas mãos dessa classe de credores. Hoje, Eike controla a OGX, com 50,14%. Os demais acionistas têm 49,86%. Com a diluição, a fatia dos minoritários cairia para 5%.

Apesar de a negociação não ter sido bem-sucedida, os termos da proposta são um indicativo do que a empresa pode propor em seu plano de recuperação judicial. Segundo fontes, o estilo intempestivo de Eike foi um dos entraves ao consenso com credores, que tiveram encontros frequentes com executivos do grupo na ponte aérea Rio-NY. Segundo a agência de notícias Reuters, as conversas eram classificadas como "circo" e "bagunça" por pessoas nelas envolvidas.

Participaram das negociações os assessores financeiros Blackstone e Lazard e o todo-poderoso Ricardo Knoepfelma-cher (Ricardo K), sócio da Angra Partners. A Angra Partners foi contratada inicialmente como conselheira de Eike para reestruturar o grupo EBX — desban-cando o BTGPactual — e, mais tarde, também assumiu as negociações da OGX. Nas últimas semanas, o pai do empresário, Eliezer Batista, também esteve envolvido e muitas cabeças rolaram, entre elas as do ex-presidente da OGX Luiz Eduardo Guimarães e a do ex-diretor financeiro Roberto Monteiro, que tiveram forte desgaste com Ricardo K.

O duelo travado entre OGX e OSX — pelo valor que a petroleira deve à sua "empresa-irmã" — atrapalhou as conversas. A OSX avalia que a OGX deve US$ 2,6 bilhões pelos contratos de três plataformas. A OGX alega que o valor do débito é de US$ 900 milhões ou cerca de R$ 2 bilhões. 

Desde que a crise por que passa o grupo estourou, em junho de 2012, quando a petroleira anunciou que sua produção seria um quarto do previsto, a relação entre as duas se tomou conflituosa. O clima foi agravado com a decisão da OGX, em julho, de cancelar uma série de plataformas contratadas por ela junto à OSX.

— O clima é tão tenso que as duas empresas do mesmo grupo não conseguem nem chegar a um acordo sobre quanto uma deve a outra — disse uma fonte envolvida nas negociações.

Adriano Mezzomo, minoritário da OGX, lembra que os acionistas minoritários são os últimos da lista para receber algo da empresa — após trabalhadores, credores com garantias e credores sem garantias, no processo de recuperação judicial:

— Queremos entrar com uma ação contra a pessoa física de Eike Batista e seus gestores, para que respondam com seus patrimônios pessoais pelo excesso de poder e pouca prudência na condução dos negócios. (Colaboraram Henrique Gomes Batista e João Sorima Neto)

adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:33

A HORA E A VEZ DO CÓDIGO PENAL (Simples assim!)

30/10/2013
Governo quer ação conjunta de Rio e SP contra vandalismo


Diante da repetição de ações criminosas em protestos no Rio e em São Paulo, o Ministério da Justiça estuda federalizar as investigações sobre atos de vandalismo. O ministro José Eduardo Cardozo chamou os secretários de Segurança dos dois estados para uma reunião em Brasília, amanhã, quando discutirão a ação conjunta. Ontem, o comércio fechou em Jaçanã, na Zona Norte da capital paulista, pelo temor de novos ataques. Um jovem de 16 anos foi morto por um PM


Resposta ao vandalismo

Ministério da Justiça planeja ação integrada com Rio e SP e estuda federalizar


Jailton de Carvalho, Silvia Amorim, Leonardo Guandeline e Thiago Herdy
Brasília e São Paulo - 

Em meio à crescente violência durante os protestos de rua no Rio e em São Paulo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estuda federalizar as investigações sobre os atos de vandalismo. A decisão sobre a possível intervenção da Polícia Federal deve ser anunciada amanhã, depois da reunião, em Brasília, entre Cardozo e os secretários de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e de São Paulo, Fernando Grella Vieira, para executar uma ação coordenada. A Polícia Rodoviária Federal também deve reforçar o efetivo na Rodovia Fernão Dias (SP), bloqueada durante o ato da última segunda-feira.

Na capital paulista, autoridades reconhecem que está sendo investigada a participação de integrantes da principal facção criminosa do estado no confronto na Fernão Dias, que terminou com seis ônibus e três caminhões incendiados e roubos a diversas lojas. O estopim para a violência foi a morte de Douglas Rodrigues, de 17 anos, que levou um tiro de um PM. A versão da Polícia é que o tiro foi acidental.

Na madrugada de ontem, um outro menor, de 16 anos, foi morto por um policial militar após uma suposta tentativa de assalto na região do Parque Novo Mundo, próximo a Jaçanã. O PM estaria com o próprio carro. No meio da tarde, cerca de 150 pessoas fecharam uma avenida e tentaram também parar um trecho da Marginal Tietê, colocando fogo em pneus. O protesto durou menos de uma hora.

Com temor de novos ataques, comerciantes em Jaçanã fecharam as portas no dia de ontem. Supermercados, lanchonetes, padarias, farmácias e até uma agência dos Correios não abriram, numa espécie de toque de recolher que teria sido determinado por dois homens em uma moto. Em alguns casos, houve a recomendação de policiais para que o comércio não funcionasse.

— Eles passaram e disseram para ninguém sair depois da uma hora da tarde. Isso virou coisa de bandido. Não tem nada a ver com o protesto de domingo do pessoal que ficou revoltado com a morte do rapaz — disse uma dona de casa de 40 anos, sob a condição do anonimato.

Reforço ao serviço de inteligência

A ação federal para apurar depredações e incêndios pode, por exemplo, valer-se de informações dos serviços de inteligência estaduais para detectar se existe articulação de um único grupo para atos em diferentes estados.

— Uma coisa são as manifestações, que não podem ser objetivo de análise. Outra coisa é quando você começa a ver situações que se repetem, que parece ter um modus operandi equivalente em vários estados e que exigem uma reflexão de âmbito federal — disse Cardozo, que fez questão de declarar solidariedade à família de Douglas Rodrigues.

—A liberdade de manifestação está prevista na Constituição e deve ser respeitada por todos, inclusive pelas autoridades policiais. Essa situação não se confunde, evidentemente, com o abuso da liberdade de manifestação. Não se confunde com a depredação, com o vandalismo.

Antes mesmo da reunião com os secretários de Rio e São Paulo, o ministro anunciou que tropas da Polícia Rodoviária Federal do Rio vão reforçar a segurança de rodovias federais em São Paulo, especialmente a Fernão Dias. Cerca de 30 policiais rodoviários federais do Rio já estão a caminho de São Paulo.

PRF no Rio foi alvo de denúncias

Os patrulheiros do Rio atuarão num trecho de cerca de dez quilômetros da Fernão Dias, considerado crítico do ponto de vista da segurança, com ocorrências de assaltos e tráfico de drogas. Segundo a PRF informou ontem, São Paulo também deverá receber reforço nas rodovias de policiais rodoviários federais de Minas e Espírito Santo.

Com efetivo pequeno, a direção da Polícia Rodoviária Federal no Rio teve que deslocar para a rua um efetivo que trabalhava internamente. O motivo foi uma determinação da Justiça Federal, que mandou afastar das rodovias cerca de 80 policiais rodoviários flagrados durante uma operação da PF supostamente cobrando propinas regulares, numa espécie de mensalão, de empresários e caminhoneiros.

Em nota ao GLOBO, a Secretaria de Segurança de São Paulo afirmou que, "no momento" não há "informações seguras sobre a presença de membros de organizações criminosas" no protesto ocorrido na segunda-feira. Perguntada sobre o toque de recolher no comércio do Jaçanã, disse que o policiamento foi reforçado para "garantir a segurança da população e dos comerciantes" Sobre a informação de que mesmo PMs recomendaram o fechamento do comércio, a secretaria informou que a orientação dada a policiais era de "não propagar esse tipo de informação" "Se houve esse tipo de informação, o erro dos policiais é grave e será apurado"

Já o secretário José Mariano Beltrame, por meio da assessoria, informou que participará da reunião em Brasília, a pedido do governador Sérgio Cabral.

O ministro da Justiça ainda tentará organizar ainda uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para ampliar a discussão sobre as estratégias frente à crescente onda de violência dos protestos. (colaborou Antônio Werneck)

adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:32