PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, maio 08, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] NEM DA PURA...


CONAB/SAFRA DE GRÃOS-2008: RECORDE

Safra de grãos será recorde de 142,03 mi de t, segundo Conab

BRASÍLIA - O Brasil deve colher safra recorde de grãos de 142,03 milhões de toneladas em 2007/08, resultado 7,8% maior do que o ciclo anterior, quando foram produzidas 131,75 milhões de t. O resultado faz parte da oitava pesquisa da safra 2007/08, divulgada nesta quinta-feira, 8, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme os técnicos da estatal, as boas condições climáticas registradas nos últimos meses, com melhor distribuição das chuvas em todo o País, além de mais investimentos e melhor tecnologia no campo, continuam elevando a produção nacional.
O maior destaque continua com a soja, que participa com 41,89% do total (59,50 milhões de t) e 1,9% superior à produção passada, de 58,39 milhões de t. Em seguida vem o milho, com 40,69% da safra (57,80 milhões de t). Isso representa 6,43 milhões de t a mais que o do período anterior. Juntas, essas culturas são responsáveis por 82,59% da produção nacional.
Para realizar este levantamento, os técnicos da Conab consultaram, no período de 22 a 25 de abril, 1.053 representantes de cooperativas e órgãos públicos federais, estaduais e municipais, de 350 municípios de todo o País.
Fabíola Salvador, da Agência Estado. 0805.

FHC/CPI DOS CARTÕES CORPORATIVOS/LULA: "GOOD TIMES, OLD TIMES" *




Nesta quarta-feira (7), mesmo dia em que Dilma Rousseff deu explicações no Senado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso veio à boca do palco para tratar dos mesmos temas. Disse que a CPI dos cartões se desvirtuou: "Acabou virando factóide. A questão não é saber quem vazou os dados. Mas saber se houve ou não desvio de gasto. Se há uso excessivo do cartão corporativo."
O diabo é que a CPI saiu por pressão das legendas oposicionistas, à frente o PSDB de FHC. Autor do pedido que deu origem à comissão, o deputado tucano Carlos Sampaio (SP) faz o que pode para salvar a “investigação.” Exceto pelo auxílio de outro deputado, Índio da Costa (DEM-RJ), Sampaio tornou-se uma espécie de soldado sem exército.
FHC também alfinetou o PAC. O programa transformou-se, na opinião dele, em pela de campanha eleitoral. "O PAC virou um plano de aceleração da comunicação. Só vejo Lula nas obras do PAC. O PAC virou plano de aceleração da comunicação. Se não é eleitoral, é o que?"
O ex-presidente esquivou-se de dizer que o PAC é mera recauchutagem de outro programa, o “Brasil em Ação”, lançado na era tucana. Foi à história como exemplo de “inação”. Ao contrário de Lula, que tira leite até de pedras fundamentais inexistentes, FHC nem propaganda pôde fazer.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0805.
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(*) Foto: Lula & FHC. Arquivo/Folha Imagem.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO/DOSSIÊ [In:] "SER OU NÃO SER?"

Dilma agora diz que dados não tinham sigilo

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) mudou novamente a versão sobre o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante depoimento ontem na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, de mais de nove horas de duração, a ministra afirmou que as informações do governo tucano não eram mais sigilosas pois o caráter "reservado" dos dados já tinha caducado. A versão é baseada em parecer recente do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). A mudança no discurso -pela primeira vez admitida oficialmente por integrante do governo- abre caminho para a defesa da Casa Civil no inquérito da Polícia Federal, que apontou problemas na manipulação de dados da gestão tucana pela equipe de Dilma. A ministra foi convidada a falar na comissão sobre o andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Depois de mais de um mês de silêncio sobre o dossiê, Dilma não se esquivou das perguntas sobre o tema, feitas em meio a explicações sobre obras. Em fevereiro, diante da iminência da instalação da CPI que iria investigar gastos com cartões corporativos, a Casa Civil reabriu processos de prestações de contas de FHC e lançou dados num arquivo paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas de suprimentos de fundos do Planalto. Sem se ater ao viés político da organização dos dados, a PF já indicou que a Casa Civil não teria seguido os ritos formais de manuseio de dados reservados. Desde o início da crise do dossiê, no final de março, Dilma vinha tratando como "sigilosas" as informações sobre gastos de FHC e sua mulher, Ruth Cardoso. Em nota à imprensa, a Casa Civil classificou como "prática criminosa" o vazamento de dados "sigilosos". Ela atribuiu a nova interpretação ao GSI e destacou que essa não é uma posição definitiva. "O GSI vem se posicionando no sentido de que essas informações têm prazo de validade." Os decretos que sustentam essa nova interpretação abrem precedente delicado para o governo Lula ao determinar que informações classificadas como reservadas perdem esse caráter após, "no máximo", cinco anos. Ou seja, dados referentes a gastos com cartões corporativos de 2003, já sob Lula, não seriam mais protegidos por sigilo. A Folha questionou o general Jorge Félix se parte dos dados de Lula já não é mais sigilosa. Mas, por escrito, o GSI disse que não se manifestaria sobre o inquérito em andamento na PF. "Defendo que, com o tempo, quando as informações não afetarem a segurança, devem ser tornadas públicas", disse.
Mudança
Já no início de seu depoimento, Dilma sinalizou a mudança em relação ao caráter sigiloso dos gastos de FHC, ao se referir às informações como "privativas" da Presidência. O termo foi repetido outras vezes. Cobrada por senadores da oposição, a ministra negou que a Casa Civil tenha feito dossiê ou mesmo mudado versões sobre o material produzido por sua equipe. Quando questionada sobre declarações do ministro Tarso Genro (Justiça), que não vê crime na confecção de dossiês de natureza política, ela insistiu: "Ele disse em tese que não era crime fazer dossiê", segundo Dilma, porque o trabalho foi feito pela Casa Civil. A ministra atribuiu novamente a problemas técnicos o lançamento dos dados de FHC numa base de dados diferente do sistema oficial do Planalto. E tentou convencer os senadores de que o trabalho, iniciado em fevereiro, não passava da continuidade da organização iniciada em 2004 por sugestão do Tribunal de Contas da União.
MARTA SALOMON; ADRIANO CEOLIN; ANDREZA MATAIS. DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, Folha Online, 0805.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

08/maio/2008.
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JORNAL DO BRASIL
Lula vai divulgar seus gastos pessoais no fim do mandato
- Blindada pelos aliados, favorecida pela oposição e mantendo equilíbrio emocional, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, driblou ontem as raras perguntas embaraçosas sobre o dossiê de gastos do ex-presidente Fernando Henrique e concentrou-se no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foram mais de nove horas de depoimento na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, das quais Dilma saiu elogiada. Pregou o fim do sigilo das despesas de ex-presidentes com cartões corporativos e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu abrir seus gastos assim que deixar o governo. A ministra garantiu que o trem-bala ligando o Rio a Campinas deve estar pronto para a Copa do Mundo, que será realizada no Brasil, em 2014. (págs. 1, A2 e A3)
FOLHA DE SÃO PAULO
- A segunda política industrial do governo Lula, a ser lançada pelo presidente no dia 12, terá uma proposta de desoneração tributária que envolverá ao menos R$ 7 bilhões. O objetivo do Planalto com o corte de tributos é estimular exportações e investimentos produtivos. (págs. 1 e B5)
- O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que a Fazenda Depósito, na reserva Raposa Serra do Sol (RR), não é propriedade privada. Seu dono, o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, está preso. Índios fizeram barreiras às fazendas dos produtores de arroz. (págs. 1 e A8)
O ESTADO DE SÃO PAULO
Brasil volta a lançar títulos no exterior
- O Brasil voltou a emitir títulos no mercado internacional. Uma semana após o País ter obtido o grau de investimento da agência de classificação Standard & Poor's, o Tesouro Nacional vendeu nos Estados Unidos e na Europa US$ 500 milhões em papéis. Títulos brasileiros não eram lançados no exterior desde abril de 2007, antes da onda de turbulência provocada nos mercados financeiros pela crise das hipotecas nos EUA. Apesar do sucesso da emissão, o governo está preocupado com os efeitos da desvalorização do dólar ante o real. O presidente Lula reuniu-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do BC, Henrique Meirelles, para discutir a situação. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e os economistas Delfim Netto e Luiz Gonzaga Belluzzo participaram do encontro. A avaliação é de que não dá mais para segurar a inflação com a ajuda do câmbio, que facilita a importação de mercadorias. (págs. 1, B1, B3 e B4)
O GLOBO
STF e governo reagem à absolvição de fazendeiro
- O governo federal e o STF reagiram com duras críticas à absolvição de fazendeiro acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang. O ministro Celso de Mello, do STF, disse que a decisão pode manchar a imagem da Justiça brasileira. O secretário especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pedirá investigação sobre Rayfran Sales, assassino confesso que mudou seu depoimento no segundo julgamento, isentando o fazendeiro Vitalmiro Moura,o Bida. A notícia foi destaque na imprensa internacional. (págs. 1, 3 e 4)
- A PF encontrou um arsenal de guerra, inclusive material para fabricação de bomba, na fazenda do arrozeiro Paulo Quartiero, dentro da Reserva Raposa Serra do Sol. Ele foi transferido para prisão em Brasília. (págs. 1 e 5)
GAZETA MERCANTIL
IGP-DI supera dois dígitos pela primeira vez desde 2005
-A inflação medida pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGPDI) rompeu a casa dos dois dígitos pela primeira vez em 12 meses desde abril de 2005. O IGP-DI fechado em abril ficou em 1,12%. Com este resultado, o indicador, muito influenciado pelo atacado e que é divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acumulou alta de 10,24% nos últimos doze meses. Os preços no atacado subiram 1,3% no mês passado, ante uma alta de 0,8% em março.
O resultado de abril mostra que a inflação não está concentrada apenas nos alimentos. A pressão das altas de minério de ferro, adubos e fertilizantes, carvão mineral e petroquímica também demonstram força. As maiores influências positivas em abril foram o arroz, com aumento de 27,78%, o minério de ferro, com 13,48%, e adubos e fertilizantes, com 10,71%. "Há uma pressão de preços internacionais e estamos com a demanda aquecida, propícia para repasses", diz o economista da Concórdia Corretora, Elson Teles. (págs. 1 e A4)
CORREIO BRAZILIENSE
Isabella dois crimes, três presos Isabela
- Um dia decisivo para dois assassinatos que comoveram o país. Em São Paulo, juiz aceitou denúncia do promotor do caso e decretou a prisão preventiva do pai e da madrasta de Isabella Nardoni. Os dois são acusados de matar a menina de 5 anos, jogada do 6º andar de um prédio em 29 de março. Alexandre Nardoni e Anna Jatobá negam o crime. Advogado do casal vai entrar na justiça com pedido de Habeas Corpus. (págs.1, 14 e 15)
- Durante buscas na casa de suspeito de integrar esquema de fraudes no BNDES, Polícia Federal encontrou comprovante de depósito de R$ 37,5 mil na conta de entidade assistencial presidida por Elza de Fátima Pereira, mulher do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). (págs. 1 e 7)
- Absolvição do suposto mandante do assassinato da missionária norte-americana revolta o país. Acusação sustenta que pistoleiro foi pago para mudar depoimento. (págs.1 e 16)
VALOR ECONÔMICO
Mantega sugere mais tolerância com inflação
- O Brasil passa por um choque de oferta, com os aumentos dos preços internacionais do petróleo e commodities agrícolas e metálicas. O regime de metas de inflação prevê que a margem de tolerância é para ser usada exatamente em situações como esta. Essa é, em síntese, a avaliação que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez ontem ao Valor sobre as pressões inflacionárias que levaram os preços industriais, antes comportados, a subir 1,77% em abril, segundo a FGV.
O ministro considera que a política antiinflacionária do governo, cuja meta é de 4,5% com margem de tolerância de 2 pontos percentuais, deveria, nessa conjuntura, levar em conta o intervalo superior, um IPCA de até 6,5% no ano. Ele não disse, mas por trás desse raciocínio está a recomendação para que o Banco Central use essa margem de manobra e contenha o aumento da taxa básica de juros. Em 2001, quando houve o apagão, e em 2003, quando trabalhou com meta ajustada, o BC recorreu a esse expediente.
Mantega diz que o problema da inflação não é doméstico, e sim mundial. Com uma tabela nas mãos, ele mostra a evolução dos preços em vários países. "Você sabe que a Suíça está com 2,5% de inflação? Que a União Européia está com 3,5%? Ela deveria estar em 2% e ninguém lá está arrancando os cabelos por isso. A Rússia está com inflação de 13,3%, deveria estar com 8% e também não estão arrancando os cabelos". O ministro observa que a China deveria estar com 4,8% de inflação e está com 8,7%. Indonésia, Filipinas, Tailândia, todos estão acima da meta.
O ministro admite que a "demanda interna está aquecida", mas indica que isso leva os empresários a aumentar investimentos. "Não gostaria que a demanda ultrapassasse certos limites", diz, sem estabelecer quais são esses limites. Ele faz um acompanhamento setor por setor para ver onde há capacidade de produção. Mostra que a indústria automobilística, por exemplo, está equipada para atender a toda a demanda: vai produzir 3,8 milhões de unidades este ano, sendo 3,4 milhões para o mercado interno, e planeja investimentos de R$ 5 bilhões. Na siderurgia, afirma, ainda há capacidade ociosa: o país produz hoje 34 milhões de toneladas de aço e a produção cresce 10% ao ano. Admite que a situação é mais delicada no caso do trigo, com o consumo de 10 milhões de toneladas e importações de 7 milhões. (págs. 1 e A4)
- A bordo do "Aerolula", durante vôo para Manaus, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ele está tão forte politicamente que elegerá o sucessor e regressará facilmente ao poder na eleição seguinte. Lula o interrompeu e assegurou: "Eu não voltarei em 2014, Alfredo". Quem assumir em 2011, observou, vai querer governar por oito anos. "Não quero fazer do meu sucessor um inimigo", comentou, ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, que assistiu a tudo calada.
Com a ministra e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) numa chapa encabeçada por quem estiver melhor situado, Lula acredita poder enfrentar o candidato da oposição, que, segundo expectativa do Planalto, deverá ser o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O projeto de volta ao poder em 2014 só será retomado se ele não conseguir fazer seu sucessor em 2010. Sua aspiração, ao deixar o governo, é fazer palestras pelo mundo. Lula acha que pode ser, segundo um auxiliar, um misto de Bill Clinton com Nelson Mandela: ganhar dinheiro com conferências e ao mesmo tempo participar de iniciativas internacionais, como as promovidas pela ONU. (págs. 1 e A9).
http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm
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Israel inicia comemorações dos 60 anos de sua fundação
JERUSALÉM - Israel inicia nesta quinta-feira, 8, as comemorações dos 60 anos de sua fundação com festas por todo o país. Oficialmente as celebrações tiveram início na noite de quarta-feira, quando encerrou um período de 24 horas decretado para lembrar os soldados que morreram defendendo o país. Foram realizadas grandes festas nas ruas de Jerusalém, Haifa e Tel Aviv, com a presença de músicos e fogos de artifício. Nesta quinta-feira, estão previstas exibições da Força Aérea na capital israelense. O Estado de Israel foi proclamado no dia 14 de maio de 1948, segundo o calendário gregoriano. Mas, segundo o calendário lunar judaico, os 60 anos são completados nesta quinta-feira. O país foi fundado três anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, na qual milhões de judeus foram exterminados, e seis meses após a ONU ter aprovado a partilha do território que era conhecido como Palestina entre o povo judeu e árabe. No conflito que se seguiu, calcula-se que 700 milhões de palestinos deixaram a região, tornando-se refugiados. O número atual de refugiados palestinos é calculado em mais de 4 milhões. O direito ao retorno é uma das exigências dos palestinos para a resolução do conflito com os israelenses. A criação do Estado israelense é conhecida como Nakba (tragédia) pelos palestinos e deve ser marcada por protestos e manifestações em territórios palestinos na próxima semana. Árabes israelenses (que se encontravam em Israel quando da fundação em 48 e se tornaram cidadãos do país) hoje representam 20% da população. Grande parte deles afirma que se recusa a celebrar o aniversário israelense, em solidariedade com os palestinos. Pesquisas de opinião pública sugerem que os israelenses, por sua vez, tem uma percepção cada vez mais negativa dos árabes israelenses. BBC Brasil, Estadão.
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Os bambis da política
[por Tutty Vasques].
"Uma coisa ficou muito clara no primeiro round do depoimento de Dilma Roussef em comissão do Senado: Não tem homem no Congresso para encarar a ministra".
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PAULINHO/BNDES: UMA FORÇA P´RÁ 'ONG'

Acusado doou R$ 37 mil de origem incerta a ONG da mulher de Paulinho


A Polícia Federal apreendeu na residência do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, comprovante de um depósito bancário no valor de R$ 37,5 mil em favor da ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, presidida por Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do parlamentar e tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Moura é apontado pela Procuradoria da República e pela PF como mentor e principal articulador do esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que há três semanas caiu na malha da Operação Santa Tereza. Ex-conselheiro do BNDES, Moura foi apanhado pela interceptação telefônica da PF negociando partilha de recursos liberados para prefeituras. A Procuradoria da República considera ter "provas cabais" de irregularidades em três contratos de financiamento do banco, que somam R$ 400 milhões. O depósito na conta da ONG Meu Guri foi realizado no dia 1º de abril, segundo o registro bancário número 202.020. Para a PF, o documento reforça a suspeita de que parte do dinheiro do BNDES que transitou pela organização pode ter sido repassada a um núcleo de ONGs. A polícia decidiu pedir à Justiça Federal a quebra do sigilo bancário da Meu Guri para verificar a movimentação financeira da entidade e a origem dos recursos que a mantêm. A PF passou a suspeitar que o esquema BNDES ia bater de frente com entidades assistenciais quando pegou no grampo o coronel da Polícia Militar Wilson Consani. Na véspera da Santa Tereza, noite de 23 de abril, o oficial tentou avisar a cúpula do PDT e da Força Sindical sobre a operação. Numa ligação, ele soltou: "É o negócio das ONGs". A Meu Guri se declara uma associação civil, sem fins lucrativos, que atua na área de assistência social. Abriga crianças e adolescentes "em situação de risco social e trabalha pela reestruturação das famílias". Foi fundada em 1997, por iniciativa de Elza e Paulinho, na época presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. O projeto é desenvolvido "em parceria com empresários e trabalhadores, que contribuem financeiramente". Segundo a entidade, Paulinho e Elza, "indignados pelo crescimento do caos social e, principalmente, com o grande número de crianças que habitavam as ruas próximas à antiga sede do sindicato, na Praça da Sé, decidiram implantar um projeto que possibilitasse a essas crianças ter um atendimento diferenciado". Na terça-feira, Paulinho defendeu-se na Câmara e repeliu a acusação de que estaria envolvido com o desvio de verbas do BNDES. Como prova de isenção, abriu mão do sigilo bancário. A busca da PF ocorreu na manhã de 24 de abril, quando a Santa Tereza foi deflagrada.
DEFESA
O advogado criminal Frederico Crissiuma de Figueiredo, que defende Moura, disse que as explicações vão ser dadas à Justiça. Ele será interrogado dia 26. "Nessa oportunidade, todas as dúvidas vão ser esclarecidas." Antonio Rosella, advogado de Paulinho, esclareceu: "Meu Guri é entidade que vive de doações para manter um projeto maravilhoso que abriga 40 crianças. Há uns 6 anos, João Pedro doou um imóvel à ONG. Esse imóvel fica no bairro da Aclimação, em São Paulo, e vale aproximadamente R$ 100 mil. O problema é que Meu Guri não conseguiu vender o imóvel, que passou a acumular dívidas de impostos e condomínios." Segundo Rosella, a Meu Guri fez um acerto com Moura, que retomou o imóvel e reverteu a doação para a ONG em dinheiro. "Está tudo documentado. Não há nada de irregular. Esse depósito de R$ 37 mil corresponde à reversão da doação de um imóvel doado há 6 anos."
Fausto Macedo, Estadão, 0805.

PAULINHO/FORÇA SINDICAL: COM OU SEM FORÇA?

Corregedor vê denúncias graves contra Paulinho

O corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), disse ontem que as explicações dadas por Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, "foram insuficientes" e que espera mais esclarecimentos sobre suposta participação do deputado em fraudes no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Para Inocêncio, as denúncias são "graves" e precisam ser mais bem explicadas.
"Acho que os esclarecimentos feitos por ele na tribuna do plenário foram insuficientes porque foram acusações graves. Como prova, o que tem nos jornais até agora é pouco, mas acho que existem mais coisas. Se o procurador [procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza] está acompanhando, é porque tem alguma coisa grave aí", afirmou. Como corregedor, Inocêncio arquivou todos os processos que apurou em sua gestão.
Inocêncio disse considerar especialmente grave o telefonema feito pelo advogado Ricardo Tosto, preso pela Polícia Federal e também suspeito de envolvimento na fraude do BNDES, a Paulinho duas horas após deixar a carceragem, na semana passada. "O episódio do telefonema foi um momento de muita infelicidade", disse.
Na ligação, interceptada pela PF com autorização judicial, Paulinho disse que iria "mexer os pauzinhos" no Congresso para convocar o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o então superintendente da PF em São Paulo, Jaber Saadi, para explicar por que Tosto foi preso.
O corregedor recebeu os autos do processo no fim da manhã de ontem. A Folha apurou que Inocêncio deverá abrir uma sindicância para ouvir Paulinho e outras pessoas citadas no relatório da PF.
O deputado foi notificado no fim da tarde de que a corregedoria está analisando o processo. Ele tem até quarta-feira para prestar os esclarecimentos que achar necessários.
Depois de receber a defesa de Paulinho, caberá ao corregedor sugerir abertura de inquérito administrativo ou sindicância ou então o arquivamento.
Depois de receber o apoio do PDT na noite de terça, Paulinho voltou às suas atividades habituais na Câmara. Esteve numa comissão e participou do plenário. "Estou tranqüilo. Depois da reunião do partido, fui para casa, joguei baralho até tarde e hoje [ontem] de manhã levei minha mulher ao aeroporto. Os trabalhadores sabem quem está por trás disso", afirmou, sem citar nomes.
Ele tentou agendar uma reunião com Antonio Fernando de Souza, mas não conseguiu.
O deputado afirmou acreditar que o envolvimento de seu nome nas investigações não trará prejuízos eleitorais.
SIMONE IGLESIAS; MARIA CLARA CABRAL; da Folha de S.Paulo, em Brasília. 0805.