PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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quinta-feira, outubro 31, 2013

VIDA DE NEGO É DIFÍCIL/ É DIFÍCIL COMO O QUÊ... (Dorival Caymmi)

31/10/2013
CCJ aprova cota racial no Legislativo


A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou ontem a Proposta de Emenda à Constituição que reserva vagas a parlamentares de origem negra


Comissão aprova cota racial para legislativos


Proposta garante a negros número mínimo de vagas na Câmara, em assembleias estaduais e no DF e valeria por cinco legislaturas


Daiene Cardoso / Brasília


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reserva vagas a pai lamentares de origem negra.

Se aprovada, a cota valerá para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal por cinco legislaturas a partir da promulgação da emenda, prorrogáveis por até mais cinco legislaturas. A PEC 116 ainda passarápor uma comissão especial antes de ir à votação em dois turnos no plenário daCasa e depois seguir para a apreciação dos senadores.

A proposta é do deputado Luiz Alberto (PT-BA), que lidera a Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas.

Ela determina que o eleitor destine, além do voto às demais vagas, um voto específico para o preenchimento da cota. O critério para a candidatura é o da autodeclaração.

O porcentual das vagas dos deputados afrodescendentes deve corresponder a dois terços do porcentual de pessoas que tenham se declarado negra ou parda no último censo demográfico. O número de vagas não poderá ser menor que um quinto ou superior à metade do total de vagas disponíveis no Parlamento.

"O que se propõe aqui é dar um choque de democracia nas casas legislativas", diz a justificativa da proposta. Luiz Alberto conta que o projeto, de 2011, nasceu da dificuldade em se incluir o assunto nas discussões sobre reforma política no Parlamento.

O petista alega que, sem o financiamento público de campanha ou a inclusão de reserva de vagas, o candidato negro enfrenta mais dificuldades para levantar recursos para campanha eleitoral Não e por falta de candidatos negros o problema são as condições de disputa eleitoral. Se a candidata negra for mulher, pior ainda."

O deputado ressalta que a população negra e parda não é minoria no País e que por isso precisa garantir sua representatividade no Congresso.

Apesar de apropostater avançado na Câmara, Luiz Alberto admite que a PEC depende da pressão popular para ser promulgada no Congresso Nacional. O petista acredita que atualmente só os partidos de esquerda apoiariam o projeto, que por sua vez enfrentaria a resistência das legendas mais conservadoras. "Tendo pressão popular ela avança. Em casos de temas polêmicos, o que vale é a pressão popular", avaliou o deputado, citando como exemplo a aprovação da Lei Maria da Penha.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 03:53

BOLSA ESCOLA: A ORIGEM DO BOLSA FAMÍLIA. NA GÊNESE, FHC

31/10/2013
Discurso sobre o fim do Bolsa


Petistas já usaram o discurso segundo o qual os tucanos, se vencessem a eleição presidencial, poderiam reduzir o número de beneficiados do Bolsa Família ou até acabar com o programa de distribuição de renda.

Em 2006, por exemplo, a então coordenadora da campanha à- reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, Marta-Suplicy, afirmou que Geraldo Alckmin, então candidato do PSDB ao Planalto, era. contra o benefício, Ela chegou a sugerir que ele poderia cortá-lo. E isso que o governo do PSDB faz", disse à época a hoje ministra da Cultura de Dilma Rousseff.

Na eleição de 2010, Dilma acusou aliados do então candidato tucano à. Presidência, José Serra, de tentar acabar com o programa. Serra, na época, afirmou que a petista e integrantes de seu partido estavam fazendo "terrotismo" com tais declarações.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 02:49

BOLSA NOVA


31/10/2013
Aécio quer tornar programa 'definitivo'


Senador tucano propõe mudar lei do Bolsa Família para tentar evitar, na campanha, acusações de renda


Débora Álvares / Brasília


O presidente nacional do PSDB, senador mineiro Àécio Neves, apresentou ontem um projeto de lei para tomar o programa de distribuição de renda definitivo, qualquer que seja o presidente da República. Trata-se de uma "vacina" eleitoral, a fim de que não seja acusado, durante a campanha, de ser contra o programa de distribuição de renda criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Provável candidato ao Planalto pelo PSDB, Aécio convocou tuna entrevista coletiva logo após a presidente Dilma Rousseff e Lula atacarem o governo do PSDB no evento de comemoração dos dez anos do Bolsa Família, realizado em Brasília.

A proposta do senador tucano altera a lei que trata da assistência social e vincula o Bolsa Família ao Fundo Nacional de Assistência Social, com recursos garantidos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS).

"A partir da aprovação desse projeto, o Bolsa Família deixa de ser um programa de um governo ou de um partido político e passa a ser uma política de Estado", afirmou Aécio.

Integrantes dabase governis-ta criticaram a proposta. "O programa já está consolidado há 10 anos. No lugar dele, eu estaria apresentando um projeto que representasse avanços", disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).

FHC. 
Aécio também afirmou ontem que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deveria ser homenageado na comemoração dos dez anos. "Quem deveria, na minha avaliação, ser homenageado era o ex-presidente Fernando Henrique que iniciou os programas de transferência de renda", disse ele.

O senador tucano prometeu apresentar, em breve, outra proposta que garanta que os pais de família, que conseguirem emprego de carteira assinada, possam receber por seis meses os benefícios do programa. "O grande temor das famílias que recebem o Bolsa Família e se reíntroduzem no mercado de trabalho é, depois, eventualmente, perderem o emprego e terem dificuldade de serem recadastradas", afirmou ele.

O senador admitiu que a medida serve para tentar eliminar o discurso dos governistas de que a oposição pretende acabar com o programa que beneficia milhares de brasileiros. "A maior homenagem é tirar o tormento, a angústia das pessoas, que vai acabar com transferência de renda que toda véspera de eleição, são atemorizadas pela leviandade de alguns que acham que seus adversários irão, em determinado momento, terminar o programa", afirmou o tucano.

No PSB do governador Eduardo Campos, a reação foi menos contundente. O senador Rodrigo Roílemberg (PSB-DF) reconheceu a importância da manutenção do pagamento do Bolsa Família, mas deu o tom crítico que deve ocupar o debate eleitoral no ano que vem. "O pagamento apenas do Bolsa. Família, é insuficiente como política social porque o Brasil requer ações que melhorem a qualidade de vida da população, como uma qualificação profissional e melhor educação para que os filhos dos beneficiários de hoje tenham independência."

Provável candidato ao governo do Distrito Federal e braço direito nas costuras políticas de Campos, Roílemberg afirmou acreditar que, no ano que vem, nenhum candidato vai defender a extinção do programa. "A inclusão social é uma conquista do Brasil, assim como a democracia e a estabilidade econômica. São coisas das quais ninguém quer, nemvai abrir mão." E completou dizendo o que a maioria dos políticos passou a dizer após os protestos de junho. "A população não quer só manter essas conquistas, ela quer mais educação, saúde, segurança e mobilidade urbana."
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/ COLABORARAM DÉBORA BERGAMASCO E EDUARDO BRESCIANI
Vacina
"A maior homenagem é tirar o tormento, a angústia das pessoas que em toda véspera de eleição são atemorizadas pela leviandade de alguns que acham que seus adversários irão, em determinado momento, terminar o programa" 

Aécio Neves (PSDB)
SENADOR DE MINAS GERAIS
"O pagamento do Bolsa Família é insuficiente (...) pois o Brasil requer ações que melhorem a qualidade de vida da população"
Rodrigo Rollemberg (PSB)

SENADOR DO DISTRITO FEDERAL


adicionada no sistema em: 31/10/2013 02:46

AMIGOS PARA SEMPRE...

31/10/2013
Relação com ex-presidente 'vai além da eleição', diz Campos


Angela Lacerda / Recife


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou ontem que "questões eleitorais" não vão afetar a sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Foi assim em 2012, vai ser assim em 2014", disse Campos, ao lembrar que nas eleições municipais o PT de Lula e o seu PSB estiveram em palanques diferentes na disputa pela prefeitura do Recife.

"Tenho uma relação com o presidente Lula que vai além. das questões conjunturais e eleitorais", afirmou Campos, que foi ministro de Ciência e Tecnologia do governo do ex-presidente. "Esta relação ficou inteiramente preservada quando tivemos situação de palanques que não eram os mesmos e nem por isso deixamos de ter relação de grande respeito, que continua viva", completou.

Ao ser questionado sobre o fato de Lula ter dito anteontem a líderes do Congresso que Marina Silva representará uma "encrenca" para o seu projeto presidencial, Campos reagiu bem humorado: "Vaai dar tudo certo".

Ele destacou que a própria Marina, no encontro PSB-Rede, na segunda-feira, em São Paulo, deixou clara a necessidade de se guardar as relações de respeito e poder olhar o interesse do País. "Temos 20 anos de janela demográfica para organizar as coisas no Brasil se não quisermos perder este século. E isto exige de cada um de nós um debate muito mais profundo do que o debate das brigas eleitorais". Campos disse ainda que o mundo está mudando, que os paradigmas estão mudando e que ainda há o rescaldo da maior crise do capitalismo em curso na vida dos grandes blocos econômicos. "Não podemos mergulhar o País em um debate medíocre, de ódio, de raiva de pessoas, de disputas que não sejam disputas de visão."

Viagem. 
A viagem de nove dias que inicia hoje para Inglaterra e Alemanha é, segundo ele, "agenda de trabalho de governo", sem conotação política. O governador explicou ter recebido autoridades dos dois países em Pernambuco, tanto corpo diplomático como empreendedores, o que demandou "esta agenda para que a gente possa ter no vidades nesse próximo encontro de trabalho". Elevai acompanhado dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni, e de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo. "Sera uma programação intensa."

O governador falou coma imprensa depois de assinar ordem de serviço de requalificação da BR-101 em um trecho de 30,7 kids e implantação de corredor exclusivo para ônibus.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 02:32

PALANQUEADURA

31/10/2013
PT aposta em programas sociais para frear Campos


Para petistas, Dilma supera no Nordeste ex-governador de Pernambuco


Fernanda Krakovics


-BRASÍLIA- 
Mesmo com o crescimento da candidatura presidencial do bem avaliado governador Eduardo Campos (PSB), o ex-presidente Lula e o PT apostam no favoritismo da presidente Dilma Rousseff na Região Nordeste. O cálculo leva em conta que, além de palanques mais fortes do que Campos, a presidente terá o impacto dos investimentos federais e dos programas sociais na região. Esse foi um dos assuntos discutidos, ontem, em almoço da presidente Dilma com Lula e outros petistas no Palácio da Alvorada.

O Bolsa Família, motivo da festa de ontem, foi também tema do encontro: avaliou-se a possibilidade de fazer nos estados eventos comemorativos dos dez anos do programa, nos moldes do realizado em Brasília, inclusive nos estados do Nordeste. Mais uma vez o programa social deve ter lugar de destaque nas eleições nacionais, e o PT quer se consolidar com o único pai do benefício.

Em Pernambuco, a campanha de Dilma ressaltará investimentos federais no estado, como a construção de uma fábrica da Fiat, que contou com incentivos fiscais do governo Lula. Os petistas pretendem reivindicar parte do mérito pelo crescimento econômico do estado governador por Eduardo Campos.

Na avaliação feita no Alvorada, os petistas consideraram que Dilma contará com palanques mais fortes do que Campos, principalmente no Ceará e na Bahia. Por outro lado, reconheceram que, além de Pernambuco, o governador deve ter boa votação no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Mas, foram feitas ressalvas ao potencial dele em toda região.

— Essa abordagem (vantagem de Campos no Nordeste) não é real. Trabalhador vota em trabalhador? Negro vota em negro? Nordestino vota em nordestino? — questionou um dos participantes do almoço.

Apesar da preocupação com Eduardo Campos, o entorno de Dilma ainda aposta que Marina pode ser a candidata e que isso gere problemas na chapa:

— No fundo, há dúvida de como esse binômio vai se desenvolver. Por enquanto, quem carrega os votos é ela, mas a estrutura (partidária) é dele — disse outro participante do almoço.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 03:17

NA SINUCA: POR TELEFONE

31/10/2013
De olho em 2014: Lula ataca Marina por elogio a FH


O ex-presidente Lula reagiu ao elogio de sua ex-ministra e presidenciável Marina Silva (PSB) à política econômica de Fernando Henrique. Lula disse que o Brasil quebrou três vezes com FH e sugeriu que Marina se informe melhor

Lula ironiza elogio de Marina ao governo de Fernando Henrique

Ex-presidente disse que antiga aliada precisa de lições de economia

Chico de Gois e Luiza Damé


-Brasília- 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu ontem que a sua ex-ministra Marina Silva (PSB-AC) tome lição de economia antes de elogiar a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), presidente do país de 1995 a 2002. No início do mês, Marina afirmou que Fernando Henrique tinha dado uma contribuição importante para o país na área econômica e Lula havia marcado sua gestão pela inclusão social, mas que Dilma não tinha uma marca própria. Ontem, Lula mostrou o tamanho de sua irritação com as afirmações da ex-aliada, e disse que ela precisava se lembrar que o Brasil quebrou três vezes durante o governo do PSDB.

— A Marina precisava compreender o seguinte: ela entrou comigo no governo em 2003 e sabe que o Brasil tem hoje mais estabilidade, em todos os níveis, do que a gente tinha quando entramos. Nós herdamos do Fernando Henrique Cardoso um país muito inseguro. Aliás, não tínhamos dinheiro para pagar nossas exportações — disse o ex-presidente, desfiando ainda uma série de números sobre os dois governos.

Lula disse ainda que Marina, que deve formar uma chapa com o governador Eduardo Campos (PSB) para concorrer à Presidência ano que vem, deve procurar melhores fontes de informação na área econômica antes de falar:

— Marina precisa não aceitar com facilidade algumas lições que estão lhe dando. Precisa acompanhar com mais gente o que era o Brasil antes de nós chegarmos. Ela deve se esquecer que em 1998 a política cambial fez esse país quebrar três vezes. Acho que é importante perguntar para ver se ela se lembra.

Lula também contradisse sua ex-ministra sobre a afirmação de que falta a Dilma uma marca própria:

— O governo da presidente Dilma teve uma marca durante a campanha muito forte, que foi a razão da sua eleição: dar continuidade ao programa de inclusão social e de s envolvimento que a gente vinha fazendo. Foi isso.

Após participar do evento festivo dos 10 anos do Bolsa Família, o ex-presidente negou que Dilma esteja em campanha contínua, como acusa o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG).

— A melhor campanha dela é cumprir com as obrigações e continuar governando o país. Ela já é muito conhecida e aparece com bom destaque em todas as pesquisas. Quanto mais ela cuidar do país, melhor para ela. Os adversários é que precisam ficar conhecidos, têm de gravar programa de TV, de dar entrevista, viajar.

Perguntado se considerava mais fácil ou mais difícil uma campanha com três candidatos competitivos, afirmou:

— Se fosse o enfrentamento direto, seria melhor porque aí era um confronto de ideias direto. Pão pão, queijo queijo.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 04:26

QUEM SABE, SABE! E PÕE ROLO NISSO

31/10/2013
Corrupção: Suspeito atuou em duas gestões de SP


Um esquema de corrupção envolvendo quatro auditores fiscais da prefeitura de SP na gestão Kassab pode ter causado prejuízo de até R$ 500 milhões. O chefe da quadrilha, segundo o MP, foi nomeado diretor da SPTrans por Haddad


Fraude desviou R$ 200 milhões da prefeitura de SP

Corrupção envolve fiscais com cargo de confiança na gestão Kassab; um também foi nomeado diretor por Haddad

Germano Oliveira


-São Paulo- Quatro auditores fiscais da prefeitura de São Paulo na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) foram presos na manhã de ontem em uma operação montada pelo Ministério Público Estadual e a Controladoria Geral do Município (CGM), com ajuda da Polícia Civil de São Paulo, para desbaratar um esquema de corrupção que pode ter causado prejuízo de pelo menos R$ 200 milhões aos cofres públicos somente nos últimos três anos. Como a quadrilha agia desde 2007, os prejuízos podem subir para R$ 500 milhões, segundo os promotores do caso. 


O chefe da quadrilha, segundo o MP, Rolilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário da Receita de Kassab, foi nomeado em janeiro, já na gestão do prefeito Fernando Haddad, diretor financeiro da SPTrans, empresa municipal de transportes, cargo que deixou em junho.


A ação também bloqueou cerca de R$ 80 milhões em bens dos presos, entre eles, apartamentos, flats, prédios, barcos e automóveis de luxo, e até uma pousada em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro. Grande quantidade de dinheiro e joias foi apreendida, mas os promotores não souberam precisar os valores confiscados ontem.

— Trata-se de um dos maiores escândalos de São Paulo — disse o prefeito Fernando Haddad (PT), em entrevista coletiva ontem.

PRESOS FORAM EXONERADOS DE CARGOS

Na operação Necator (parasita que se instala no aparelho digestivo, provocando anemia no paciente), foram presos Rolilson, exonerado da Receita Municipal em 19/12/2012; Eduardo Horle Barcelos, ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança (exonerado do cargo em 21/01/2013); Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da Divisão de Cadastro de Imóveis (exonerado do cargo em 05/02/2013), e o agente de fiscalização Luís Alexandre Cardoso Magalhães. Além das prisões feitas ontem em São Paulo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos servidores e de terceiros, assim como nas sedes das empresas ligadas ao esquema. Os quatro tiveram prisão temporária por 30 dias decretada.

Todos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e formação de quadrilha. A operação ocorreu na capital paulista, em Santos e em Cataguases, Minas Gerais, onde os suspeitos têm imóveis bloqueados. Todos são funcionários públicos de carreira e continuavam trabalhando na prefeitura em outros cargos. Eles responderão a processo administrativo e deverão ser demitidos.

ISS CAÍA NA ÁREA DOS AUDITORES

Por meio de análise estatística efetuada pelo setor de inteligência, a Controladoria do Município constatou que nas obras sob a responsabilidade desses auditores fiscais a arrecadação do ISS era substancialmente menor que o percentual arrecadado pela média dos outros servidores que atuavam na mesma área. Uma grande empresa recolheu, a título de ISS, uma guia no valor de R$ 17,9 mil e, no dia seguinte, depositou R$ 630 mil na conta da empresa de titularidade de um dos auditores fiscais. O valor da propina corresponde a 35 vezes o montante que entrou nos cofres públicos. Se fosse obedecer à lei, ela teria que pagar R$ 1 milhão à prefeitura.

— Vamos chamar as construtoras e incorporadoras para ver o que elas têm a dizer sobre o pagamento das propinas aos quatro auditores fiscais. Preci-I samos saber se elas foram extorquidas ou se pagaram a propina apenas com o intuito de obter vantagens no processo. Precisamos saber se elas eram corruptas ou não tinham outra saída — disse o promotor Roberto Bodini, do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartéis e Lavagem de Dinheiro e Recuperação de Ativos (Gedec).

A investigação aponta que os agentes públicos montaram um esquema de corrupção envolvendo o Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrado de empreendedores imobiliários. Segundo a investigação, eles emitiam guias de pagamento do tributo com valores menores do que manda a lei (o imposto é calculado sobre o custo da obra do empreendimento imobiliário) e exigiam que altas quantias fossem depositadas em suas contas bancárias. O recolhimento do ISS é necessário para que o habite-se seja emitido pela prefeitura, e o empreendimento seja liberado para ocupação.

— Eles criavam dificuldades para vender facilidades — resumiu o controlador-geral do Município, Mário Spi-nelli, garantindo que toda a operação começou há sete meses, já na gestão Haddad, em razão de um cruzamento do enriquecimento dos funcionários com dados sobre os pagamentos das construtoras.

LÍDER DA QUADRILHA FOI INTIMADO ANTES

No entanto, o controlador na gestão Kassab, Edilson Bonfim, disse que a investigação sobre a quadrilha começou em dezembro, com uma denúncia anônima.

— Eu cheguei a intimar o Rolilson Rodrigues em novembro para que explicasse as denúncias de que estaria recebendo propinas para facilitar a obtenção do habite-se. Ele acabou pedindo exoneração do cargo em dezembro. Deixei o material para ser apurado na atual gestão, pois era final de ano, e eu não teria mais como concluir a investigação — disse Bonfim.

O atual controlador-geral, Mário Spinelli, contudo, garante que toda a investigação começou em sua gestão à frente da prefeitura. Em entrevista coletiva ontem, o prefeito Fernando Haddad disse que a operação não tem por objetivo fazer uma devassa na administração de Kassab.

— Não tem ninguém imune, mas não há devassa alguma. O controlador-geral recebeu carta branca minha para investigar quem ele entender que deve, inclusive a mim se ele entender por bem. O controlador-geral, com apoio do Ministério Público Estadual, vai combater a corrupção na prefeitura, e nós vamos fazer o saneamento das contas da prefeitura. São Paulo precisa se recuperar no campo ético e ter as finanças saneadas — disse Haddad.

KASSAB APOIA APURAÇÃO

Em nota, Kassab, atual presidente nacional do PSD, diz que "apoia integralmente" a apuração e defende a "punição exemplar" dos envolvidos caso comprovadas as irregularidades. O comunicado frisa que o ex-prefeito quando chefiava a administração municipal encaminhou à Corregedoria Geral do Município e ao Ministério Público as denúncias que chegaram até ele. Ao GLOBO, Kassab disse que "está tranquilo" quanto às de,-núncias de corrupção no setor dos auditores fiscais.

Segundo os promotores, esse caso nada tem a ver com a denúncia de pagamentos de propinas na gestão de Kassab em 2012 envolvendo o fiscal Houssan Aref Saab, que também enriqueceu ilicitamente e foi demitido no ano passado.



adicionada no sistema em: 31/10/2013 04:25

O CALOTE DO MIDAS

31/10/2013
Eike à beira do maior calote da América Latina


Petroleira que pertence ao empresário, a OGX entra na Justiça com o maior pedido de recuperação judicial já feito no continente. Grupo deve R$ 11,2 bilhões


Eike Batista joga a toalha


Sem caixa, a petroleira OGX frustra credores e entra com pedido de recuperação judicial, o maior já feito na história da América Latina


SÍLVIO RIBAS

A OGX, petroleira do grupo do empresário Eike Batista, 56 anos, entrou ontem na Justiça com o maior pedido de recuperação judicial já feito na América Latina, envolvendo dívidas totais estimadas em R$ 11,2 bilhões. 

O recorde anterior era da companhia aérea Varig, de R$ 7 bilhões, em junho de 2005. O passo dado por Eike para tentar evitar a falência de seu principal negócio já era esperado pelo mercado e teria de ser dado até hoje, diante do fracasso das negociações com os credores de US$ 3,6 bilhões em bônus negociados no exterior.

A expectativa em torno do pedido feito na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro abalou os negócios da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), que fechou ontem em queda de 0,67%. As ações da OGX afundaram novamente, desvalorizando mais 26,08%, cotadas agora a R$ 0,17.
No documento entregue pelos advogados de Eike, a petroleira declarou o montante da dívida consolidada e disse que não tem qualquer endividamento bancário nem créditos com garantias reais. Se o tribunal de falências aprovar o pedido, a OGX terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação da companhia.

“Acreditamos que (o pedido) seja deferido pelo juiz e que seja proveitoso para credores, acionistas e para o país. A OGX possui ativos para viabilizar sua recuperação”, afirmou o advogado Marcio Costa, do escritório Sergio Bermudes, contratado pela empresa.

A petroleira argumentou que o “cenário indesejável de falência” implicaria perda de concessões de exploração de áreas de petróleo, além de todos os valores já investidos. Os credores da OGX, que incluem a Pacific Investment Management (Pimco), administrador do maior fundo de títulos do mundo, com sede na Califórnia, e o fundo de investimento norte-americano Black Rock Inc, entre outros, terão então 30 dias para aprovar ou rejeitar o plano.

Em nota, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que não concedeu nenhum financiamento à OGX, afastando, portanto, o risco de sofrer calote. A instituição acrescentou que o BNDESPar tem 0,26% de participação no capital total da petroleira, o que representa só 0,01% de sua carteira de ações.
Apoio oficial
O pedido de recuperação da OGX marca mais um capítulo no desmantelamento do que já foi um império industrial, construído com forte apoio do governo. Para reunir os bilionários ativos de energia, mineração e infraestrutura, entre outros, identificados pela marca X, Eike aproximou-se do Palácio do Planalto desde o governo Lula, o que lhe rendeu tratamento favorável em instituições como o próprio BNDES, que, embora não tenha créditos a receber da OGX, chegou a aprovar financiamentos de R$ 10 bilhões ao grupo, dos quais mais da metade foi liberada. E o fracasso da petroleira, considerada o ativo mais precioso de Eike contaminou todo o conglomerado.

A OGX estima necessidade de curto prazo de US$ 250 milhões em capital e ficará sem recursos na última semana de dezembro se não conseguir levantar dinheiro novo, conforme informações do plano de reestruturação aos detentores de bônus que fracassou.

A empresa tinha US$ 82 milhões no fim de setembro, e seus assessores financeiros na negociação com os credores externos — Blackstone e Lazard — estimam desembolsos de US$ 89 milhões só a fornecedores até o fim do ano, considerando apenas pagamentos urgentes a prestadores de serviço no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos (RJ).

O valor atribuído a toda OGX, conforme o plano apresentado aos credores dias atrás, é de US$ 2,7 bilhões, formado sobretudo pelos campos de Tubarão Martelo (US$ 1,4 bilhão) e Atlanta (US$ 1,1 bilhão). No bloco de Tubarão Martelo, a OGX busca começar a produzir em meados de novembro, a fim de gerar receita para atenuar sua situação.

O pedido de recuperação judicial informou que a petroleira tem uma receita potencial de US$ 17,2 bilhões com a exploração dos campos de Tubarão Martelo e BS-4, considerando a vida útil e as reservas prováveis de petróleo. A empresa estima ter perdido R$ 3,6 bilhões com o fracasso na exploração das áreas de Tubarão Azul, Tubarão Areia, Tubarão Tigre e Tubarão Gato.

Segundo analistas, o processo iniciado ontem pela OGX deverá ter implicações sobre o destino da construtora naval OSX, que foi criada pelo EBX para fornecer plataformas de exploração à petroleira. A diretoria do estaleiro de Eike, já prejudicado pelos calotes da empresa-irmã, descartou pedir recuperação judicial.

TRF libera Belo Monte

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Mário Cesar Ribeiro, cassou a decisão da própria Corte que mandou paralisar as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O magistrado acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Dessa forma, a construção continua e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá fazer os repasses ao consórcio Norte Energia. Na última sexta-feira, o desembargador Antônio Souza Prudente determinou a suspensão dos trabalhos no canteiro de Belo Monte. Ele acatou pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA), que acusa o consórcio de não cumprir os programas de proteção ambiental constantes no projeto aprovado pelo Ibama. A AGU argumentou que Prudente, sozinho, não poderia definir a paralisação. Medida que caberia apenas à Corte Especial de desembargadores.

adicionada no sistema em: 31/10/2013 03:09

quarta-feira, outubro 30, 2013

O TRABALHADOR DA ÚLTIMA HORA (sic) e/ou CARNE TEM NOME

30/10/2013
Lula critica Marina e ameaça voltar em 2018


O ex-presidente Lula, em atos pelos 25 anos da Constituinte, voltou a atacar a imprensa, criticou Marina Silva (PSB), previu problemas na aliança da ex-ministra com Eduardo Campos (PSB) e declarou: “Se encherem muito o meu saco, vou voltar em 2018”


Marina é "sombra" de Campos, diz Lula

Para ex-presidente, governador "se meteu em encrenca" ao se aliar com ex-ministra; petista também vê Serra como "sombra" de Aécio.

Vera Rosa / Brasília


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem em Brasília que a ex-ministra Marina Silva é "sombra" do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), assim como o ex-governador José Serra é a "sombra" do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo Palácio do Planalto,em 2014. "Eu já fui essa sombra (da presidente Dilma Rousseff), mas não sou mais. E, se encherem muito o meu saco, vou voltar em 2018", disse o petista em encontro com aliados.

Lula participou ontem de uma série de eventos no Congresso sobre os 25 anos da Constituição. Em encontro fechado com senadores da base da presidente Dilma Rousseff, avaliou que Campos pode ter problemas por causa da aliança feita com Marina. "O Eduardo não sabe o tamanho da encrenca em que se meteu", disse aos líderes do PTB e do PR no Senado durante um almoço, no qual apareceu acompanhado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, provável candidato do PT ao governo de São Paulo.

Marina foi ministra do Meio Ambiente pelo PT no primeiro mandato de Lula. Candidata derrotada pelo PV em 2010, tentou criar a Rede a fim de se candidatar ao Planalto no ano que vem. Sem sucesso, filiou-se na última hora ao PSB de Campos e poderá ser candidata a vice na sua chapa.

Antes do almoço, nos discursos no Congresso, o ex-presidente atacou a imprensa e defendeu a reforma política. No plenário do Senado, onde recebeu a medalha Ulysses Guimarães, criticou os que desqualificam a política e seus atores. "Se a juventude lesse a biografia do Getúlio (Vargas) e do Juscelino (.Kubitschek) possivelmente não iria desprezar a política, e muito menos a imprensa iria avacalhar a política como avacalha", afirmou.

Ao receber homenagem na Câmara dos Deputados, usou o mesmo tom e ouviu gritos de encrenca ao se aliar com ex-ministra; petista "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula", tradicional refrão de suas campanhas. "Nada contribui tanto  para desmoralizar a política do que ver partidos atuando como reles balcões de negócios, alugando prerrogativas, como o tempo de propaganda e o acesso a fundos públicos", disse.

Filé. 

Ao mencionar os protestos de junho, Lula afirmou que a população está exigindo mais dos governos porque já alcançou um melhor nível de vida. "O povo foi para a rua para dizer que precisa de mais coisas, por também vê Serra como "sombra" de Aécio que ele aprendeu a comer contrafilé e não quer voltar a comer acém. Ele quer comer agora filé de verdade", disse.

Sem citar o escândalo do mensalão, que atingiu seu governo e dizimou a cúpula do PT, Lula disse que, "como toda instituição formada por seres humanos", o Congresso comete erros. "Muitas vezes são erros graves que nem sempre são corrigidos ou punidos de maneira exemplar. Mas, se há fragilidade na representação, o remédio está no fortalecimento da política."



adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:41

QUAL O NOME DA CARNE ?

30/10/2013
Falta carne na receita do PSB/Rede


Marina Silva deu mais um passo na sua campanha para tirar o PT do Planalto com o Encontro Programático que discutiu um texto básico de sua aliança pragmática com o governador Eduardo Campos. Um grupo político que coloca sua reunião no ar, ao vivo, alguma coisa de bom pretende fazer. Se até a campanha do ano que vem o PSB e a Rede começarem a falar português claro, fará melhor.

A ex-ministra de Lula continua pedindo "metabolização" e "completude" para "democratizar a democracia". Isso numa reunião em que se falou em "novo padrão civilizatório" e "inclusão cidadã". Para quem não quer dizer nada, é tudo.

Discutiu-se um texto preliminar que dizia o seguinte:

"É necessária mudança profunda do sistema político para permitir a emergência de outro modelo de governabilidade, cujos alinhamentos se deem em torno de afinidades programáticas, e não em torno de distribuição de feudos dentro do próprio Estado, do desmantelamento da gestão pública, e do uso caótico, perdulário e dispersivo do orçamento nacional."

Muita farinha para pouca carne. Felizmente um orador propôs a redução dos cargos em comissão (coisa que Eduardo Campos, que tem o apoio de 14 partidos, poderia começar a fazer hoje em Pernambuco) e denunciou as "portas giratórias" montadas nas agências reguladoras de serviços. Outro defendeu o fim da reeleição e as candidaturas avulsas. Alguma carne.

Isso acontece numa coligação onde o provável candidato a presidente diz que não quer "ganhar perdendo" pretende "vencer o que está ultrapassado" impondo "outro padrão de serviço público" a partir de "um salto de qualidade da política" com uma "visão estratégica para as próximas décadas". Pura farinha.

Célio Turino, porta-voz da Rede, disse que "para se mudar a realidade, primeiro é preciso sonhar" Para ficar na retórica do sonho, Martin Luther King anunciou o seu há 50 anos depois de ralar cadeias e passeatas, com uma agenda clara; o fim da segregação racial nos Estados Unidos. 

Como? Cumprindo-se uma sentença da Suprema Corte e aprovando-se a legislação de direitos civis que estava no Congresso. Quando ele discursou aos pés da estátua de Lincoln, não estava sonhando. A realidade americana já estava mudando.

Não se pode pedir a Marina Silva e Eduardo Campos que sejam específicos um ano antes da eleição. Pedir-lhes que ouçam os discursos da doutora Dilma seria um suplício. Se eles e seus militantes deixarem de proteger indecisões e dúvidas com frases que não querem dizer nada, uma reunião de cinco horas poderá acabar em 45 minutos, mas quem os ouve sairá no lucro.

A reunião de segunda-feira foi uma discussão em torno de um rascunho.Marina espera que as contribuições, reunidas em desafios, sejam levadas às bases para que voltem a um plenário representativo da coligação. A ideia é ótima e no percurso poderão botar carne no prato. Enquanto Marina esteve no PT, de 1983 a 2009, assistiu à decomposição dessa promessa.

Marina Silva e Eduardo não são obrigados a falar claro a respeito de tudo. Ela explicou que a Rede e o PSB devem escutar o que diz o outro. Ambos, contudo, precisam ser entendidos por quem os ouve. •


Elio Gaspari éjornalista

adicionada no sistema em: 30/10/2013 01:33

AS DE MEMÓRIA ... (2)

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http://youtu.be/X9xIlbvKj3o






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AOS DE MEMÓRIA CURTA (E CÉREBROS)

30/10/2013
Sarney é comparado a Ulysses Guimarães


Lula elogia atuação de aliado na Constituinte


Ricardo Della Coletta
Daiene Cardoso / Brasília


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um desagravo ao senador José Sarney (PMDB-AP) por sua atuação durante a Assembleia Constituinte, período em que ele ocupou a Presidência da República. O petista o comparou ao presidente da Câmara à época, Ulysses Guimarães, considerado patrono da Constituição.

"Eu queria fazer um reconhecimento de público. Ulysses Guimarães certamente foi o símbolo dessa Constituinte, coordenou com maestria numa situação muito difícil, em que o PMDB tinha 23 governadores e 306 constituintes, e que sozinho podia fazer o que queria. Eu tenho consciência de que o senhor (dirigindo-se Sarney) não teve facilidade, muito menos moleza. Quero colocara suapresença na Presidência no período da Constituinte em igualdade de condições com o companheiro Ulysses Guimarães", disse o ex-presidente no Senado.

Dando sequência ao elogio, o petista disse que, mesmo afrontado pelo Congresso, Sarney nunca atrapalhou os trabalhos dos constituintes na época. "Em nenhum momento, mesmo quando era afrontado no Congresso, o senhor levantou um único dedo, uma só palavra para criar quaisquer dificuldades aos trabalhos da Constituinte, que certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu. 

(...) Por isso, presidente Sarney, já que Ulysses não está entre nós, eu quero dizer claramente que o senhor merece a minha homenagem como comportamento digno como presidente da República, de permitir que nós disséssemos aqui dentro todos os desaforos que achávamos que tínhamos direito de falar contra o senhor." Em seus oito anos de governo, Lula teve o apoio direto de Sarney no Congresso. O afago de ontem ocorre no momento em que o PT tenta fechar aliança para apoiar Flávio Dino (PC do B) ao governo do Maranhão, contrariando os interesses de Sarney.


Impetuoso. O ex-presidente disse também que na época da Constituinte era "jovem" e "muito impetuoso", anais até do que hoje em dia. E negou que o PT tenha se recusado a assinar a Constituição. "Chegamos aqui com um projeto de Constituição e com um projeto de regimento interno", afirmou.

"Não votamos favorável à Constituição (sic) porque tínhamos o nosso projeto, mas assinamos por termos participado (do processo constituinte)."


adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:17


http://youtu.be/X9xIlbvKj3o




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OS DONOS DA RUA (FICÇÃO)

30/10/2013
‘Máfia` teria pago R$ 3 mi a políticos em SP


O Ministério Público encontrou na casa de um contador a contabilidade da Máfia do Asfalto, organização que teria fraudado licitações com recursos de emendas parlamentares em 78 cidades de SP, informam Fausto Macedo e Ricardo Chapola. Planilha continha nomes de políticos, datas e valores supostamente repassados a eles em 2011, num total de RS 3,048 milhões



Planilha da Máfia do Asfalto é indicativo de propina a políticos, diz promotoria


Investigação. 
Promotores apreenderam em casa de contador pen drive com nomes de políticos e valores que teriam sido repassados a eles em 2011; fraudes em licitações de 78 municípios de São Paulo com emendas parlamentares foram descobertas por Operação Fratelli

Fausto Macedo
Ricardo Chapola


O Ministério público encontrou a contabilidade secreta da Máfia do Asfalto, organização que teria se infiltrado em pelo menos 78 municípios da região noroeste do Estado de São Paulo para fraudar licitações com recursos de emendas parlamentares. Em um pen drive apreendido na residência do contador liso Donizete Dominical foi identificada planilha com nomes de políticos - a maioria do PT -, datas e valores supostamente repassados a eles em 2011. O montante atinge R$ 3,048 milhões. Para promotores de Justiça que desarticularam a quadrilha, o documento representa "indicativo de possível contabilidade do pagamento de propina a alguns parlamentares".


A tabela está encartada no apenso 16, volume III, da denúncia de 252 páginas que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo São José do Rio Preto, entregou à Justiça, há dois meses.

Os promotores pedem a condenação de 30 acusados. Eles não incluem nenhum nome que consta da planilha do contador porque a competência para eventual investigação sobre prefeitos e parlamentares é do Tribunal de Justiça do Estado e do Supremo Tribunal Federal.


A Operação Fratelli, que desmantelou a Máfia do Asfalto, foi desencadeada em abril por uma força-tarefa do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Polícia Federal. Na casa de Dominical, em Votuporanga (SP), os investigadores recolheram arquivos digitais.


Dominical é contador do Grupo Demop, controlado pelo empresário Olívio Scamatti, preso há quase 7 meses sob acusação de liderar a Máfia do Asfalto. A Scamatti & Seller e a Scan Vias, empreiteiras do grupo, teriam sido o carro-chefe da Demop para vencer licitações supostamente fraudadas. O desvio poder ter alcançado R$ 1 bilhão.

O documento que cita políticos é uma planilha Excel de quatro colunas, 81 linhas e 22 nomes, nem todos grafados por extenso, alguns abreviados e outros anotados incorretamente. Em certos trechos são mencionadas apenas cidades paulistas - Campinas, Embu, Juquitiba, Santa Adélia e São Paulo -, além do Estado do Tocantins.

Os políticos que tiveram seus nomes lançados no documento surgem em outras passagens da investigação - uns foram citados em interceptações telefônicas de terceiros, empresários e servidores públicos envolvidos na trama, outros aparecem como destinatários de cartas de prefeitos em busca de recursos financeiros para obras em rodovias e recapeamento asfáltico.

Dezenas dessas correspondências foram apreendidas na casa do lobista Osvaldo Ferreira Filho, o Osvaldin, que foi assessor na Assembleia Legislativa e na Câmara do deputado Edson Aparecido (PSDB), atual secretário-chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin. "Conversas telefônicas mantidas mais recentemente por Osvaldo, captadas pela Polícia Federal, revelam que ele também faz pagamentos de propinas para o grupo", diz a denúncia.

Os promotores não imputam corrupção ou outro crime aos parlamentares. Enviaram à Procuradoria-Geral de Justiça e à Procuradoria-Geral da República o que está relacionado a eles.

O resultado de quase cinco anos de investigação está nos autos da Fratelli. "O esquema de fraudes a licitações guarda uma indissociável vinculação com a transferência de recursos para municípios via convênios com órgãos dos governos estadual e federal, recursos oriundos em boa parte de indicação de parlamentares", destacam os promotores do Gaeco.

Eles alertam sobre "Verdadeira corrupção no processo de destinação de recursos". "(Scamatti) nitidamente intervém junto a autoridades para que esses recursos sejam destinados para os municípios em que serão realizadas as licitações de que resultará a contratação das empresas da família Scamatti, garantida graças ao direcionamento daquelas licitações."

Os promotores apontam para a ação de parlamentares, com uma ressalva. "A despeito da indispensável intervenção de autoridades de foro privilegiado (deputados e prefeitos) ou de seus assessores para que fosse levada a bom termo a destinação de recursos para os municípios que promoveram as licitações que foram fraudadas, como bem se depreende pela análise das conversas telefônicas com parlamentares, não foram encontrados elementos de convicção a sustentar que essas autoridades que gozam de foro especial por prerrogativa de função sejam integrantes da quadrilha, ou seja, de que mantivessem com Olívio Scamatti e seus pares vínculo estável para prática de crimes em profusão."

Os promotores, porém, sugerem: "Eventual responsabilização dessas autoridades pelas condutas pontuais que por si só configurem crime distinto do de formação de quadrilha há de ser objeto de procedimento autônomo, nas instâncias competentes".



adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:40

OS DIREITOS E OS DEVERES (...de poucos)

30/10/2013
OGX deve pedir proteção judicial


Diante da falta de acordo com credores internacionais sobre dívida de US$ 3,6 bi, a OGX, de Eike Batista, deve pedir hoje recuperação judicial

Dia D para Império X

OGX, de Eike, deve entrar hoje com pedido de recuperação judicial. Ação despenca 20%

Danielle Nogueira 


A OGX petroleira de Eike Batista, deve entrar hoje com pedido de recuperação judicial, pondo fim a meses de negociações com credores e dando início a uma nova etapa na curta trajetória do Império X. A empresa admitiu na madrugada de ontem que as conversas chegaram a um impasse e organizava até o fim do dia os últimos detalhes do processo. O pedido deve ser protocolado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio no fim do expediente, provavelmente após o fechamento do mercado. A OSX (empresa do grupo para construção naval) deve trilhar o mesmo caminho. Segundo advogados que acompanham o caso, a companhia entra com o pedido em até uma semana.

Ontem, a OGX revelou em seu site as propostas apresentadas aos credores internacionais, até então confidenciais. São fundos e gestoras, como os americanos Pimco e BlackRock, que têm em mãos US$ 3,6 bilhões em bônus, o equivalente a R$ 8 bilhões. Por meses, a empresa de Eike tentou convencê-los a injetar capital novo na companhia, para viabilizar a operação do campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. 

Os valores solicitados variaram de US$ 500 milhões a US$ 250 milhões, dependendo da data. Mas os credores demostraram pouca disposição para assumir mais riscos e rejeitaram a oferta. Com isso, a expectativa da empresa é ficar sem caixa em dezembro, chegando a um saldo negativo de US$ 13 milhões na última semana do ano, segundo apresentação feita para a Rothschild, em 23 de outubro.

Amanhã, acaba o prazo para que a OGX se declare oficialmente inadimplente, após não honrar, em 1? de outubro, o pagamento de US$ 45 milhões, referente aos juros sobre bônus emitido no exterior. A empresa tinha 30 dias para acertar as contas com os credores. Como não conseguiu, as duas parcelas de bônus que totalizam US$ 3,6 bilhões, com vencimento em 2018 e 2022, são automaticamente antecipadas. Diante do cenário sombrio e para se pro-
teger de ações dos credores, a empresa decidiu recorrer à recuperação judicial.

"CIRCO E BAGUNÇA"

Além da dívida com os credores internacionais, a OGX deve cerca de R$ 660 milhões aos bancos Morgan Stanley, Itaú BBA e Santander. Há débitos ainda com fornecedores (cerca de R$ 1,2 bilhão) e com a OSX (ao menos R$ 2 bilhões), o que eleva a dívida da companhia a aproximadamente R$ 11,8 bilhões e torna o processo de recuperação da OGX o maior da América Latina desde 1990, segundo relatório da agência de classificação de risco Moody"s.

As ações ON (com voto) da OGX despencaram 20,69%, negociadas a R$ 0,23, a maior perda do pregão, o que puxou para baixo o Ibovespa.

A proposta feita pela petroleira de Eike Batista aos credores teve o pomposo nome de "Projeto Olímpico" Além da solicitação de capital novo, a empresa previa a conversão da dívida de parte de seus credores (os que se enquadram na categoria sem garantia, que reúne credores internacionais, OSX e fornecedores) em participação acionária. Os atuais acionistas da empresa ficariam com 10% da companhia. Os 90% restantes ficariam nas mãos dessa classe de credores. Hoje, Eike controla a OGX, com 50,14%. Os demais acionistas têm 49,86%. Com a diluição, a fatia dos minoritários cairia para 5%.

Apesar de a negociação não ter sido bem-sucedida, os termos da proposta são um indicativo do que a empresa pode propor em seu plano de recuperação judicial. Segundo fontes, o estilo intempestivo de Eike foi um dos entraves ao consenso com credores, que tiveram encontros frequentes com executivos do grupo na ponte aérea Rio-NY. Segundo a agência de notícias Reuters, as conversas eram classificadas como "circo" e "bagunça" por pessoas nelas envolvidas.

Participaram das negociações os assessores financeiros Blackstone e Lazard e o todo-poderoso Ricardo Knoepfelma-cher (Ricardo K), sócio da Angra Partners. A Angra Partners foi contratada inicialmente como conselheira de Eike para reestruturar o grupo EBX — desban-cando o BTGPactual — e, mais tarde, também assumiu as negociações da OGX. Nas últimas semanas, o pai do empresário, Eliezer Batista, também esteve envolvido e muitas cabeças rolaram, entre elas as do ex-presidente da OGX Luiz Eduardo Guimarães e a do ex-diretor financeiro Roberto Monteiro, que tiveram forte desgaste com Ricardo K.

O duelo travado entre OGX e OSX — pelo valor que a petroleira deve à sua "empresa-irmã" — atrapalhou as conversas. A OSX avalia que a OGX deve US$ 2,6 bilhões pelos contratos de três plataformas. A OGX alega que o valor do débito é de US$ 900 milhões ou cerca de R$ 2 bilhões. 

Desde que a crise por que passa o grupo estourou, em junho de 2012, quando a petroleira anunciou que sua produção seria um quarto do previsto, a relação entre as duas se tomou conflituosa. O clima foi agravado com a decisão da OGX, em julho, de cancelar uma série de plataformas contratadas por ela junto à OSX.

— O clima é tão tenso que as duas empresas do mesmo grupo não conseguem nem chegar a um acordo sobre quanto uma deve a outra — disse uma fonte envolvida nas negociações.

Adriano Mezzomo, minoritário da OGX, lembra que os acionistas minoritários são os últimos da lista para receber algo da empresa — após trabalhadores, credores com garantias e credores sem garantias, no processo de recuperação judicial:

— Queremos entrar com uma ação contra a pessoa física de Eike Batista e seus gestores, para que respondam com seus patrimônios pessoais pelo excesso de poder e pouca prudência na condução dos negócios. (Colaboraram Henrique Gomes Batista e João Sorima Neto)

adicionada no sistema em: 30/10/2013 03:33