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terça-feira, outubro 09, 2012
''... É POR DEBAIXO DOS PANOS" *
JULGAMENTO DE DIRCEU ESQUENTA O 2º TURNO
MENSALÃO DÁ O TOM DO SEGUNDO TURNO |
Autor(es): PAULO DE TARSO LYRA |
Correio Braziliense - 09/10/2012 |
Petistas e tucanos decidiram como utilizarão o julgamento no Supremo durante a campanha para prefeito de São Paulo. Enquanto a equipe de Haddad fará o máximo para escondê-lo, Serra vai abordar o esquema de corrupção
O PT comemorou o fato de o mensalão ter feito pouco estrago no partido durante o primeiro turno das eleições municipais. Fernando Haddad poderia ter subido mais rápido em São Paulo, o partido enfrentou dificuldades em cidades conservadoras como a capital paulista, no entanto, no fim das contas, os petistas ganharam mais prefeituras do que em 2008. Mas existe uma guerra pela frente: a disputa do segundo turno para a prefeito de São Paulo. No dia 28, quando as urnas forem abertas na maior cidade do país, são grandes as chances de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares já terem sido condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos próximos 19 dias até o segundo turno das eleições municipais, o trabalho do PT será esconder isso. Ou, mais calculadamente impossível, desmembrar os dois movimentos — o julgamento do STF e a candidatura de Fernando Haddad. "O PT está no segundo turno. Se Haddad ganhar, ficou claro que o antigo PT levou o partido para o Supremo e o novo PT conquistou a prefeitura de São Paulo", disse um aliado do governo.
Serra, mais do que nunca, vai apostar todas as fichas em unir todas as pontas dessa estrela em um embrulho único. Começou a traçar esse roteiro já na noite de domingo, na coletiva dada logo após a confirmação da passagem para o segundo turno das eleições em São Paulo. "A população gosta de discutir valores, que é uma coisa que no Brasil ameaçou sair de moda", frisou, em uma referência clara ao PT e ao escândalo do mensalão.
Ontem, o candidato do PSDB foi ainda mais explícito. Ainda reuniu, em uma mesma frase, o julgamento do Supremo e o mote da campanha do PT em São Paulo, que é a apresentação de Haddad como a representação do novo. "Fala-se muito de novidade no Brasil. A grande inovação hoje em dia é a corrupção levando gente à cadeia, é a impunidade que começa a acabar. Não tem (novidade) maior para quem está atrás de novidade na vida pública brasileira", completou. "O PT vai querer usar essa eleição para abafar a questão do mensalão. Isso é muito claro."
Para Serra, não há como dissociar, em uma disputa como a de São Paulo, as questões nacionais da realidade local. "É evidente que, na questão nacional, há um mal que não pode ser ignorado, que é a questão da ética, da verdade e da corrupção", acrescentou Serra.
Preocupação
Em entrevista à rádio Estadão/ESPN, Haddad disse que não fugirá de qualquer pergunta sobre o tema, embora, até o momento, garante ele, jamais foi abordado sobre esse assunto em qualquer situação. "Nas minhas andanças por São Paulo, nunca fui perguntado sobre este assunto. O eleitor está preocupado com a administração local, ele quer uma nova cara para São Paulo. Está preocupado se sua vida vai mudar", declarou.
O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, reconheceu que o PT está receoso com o impacto negativo que o julgamento do mensalão poderia provocar na opinião pública. Mas afirmou que o bom resultado obtido pelo PT nas urnas reverteu parte dessas expectativas. "Foi uma eleição em que nós estávamos sob uma saraivada, uma pressão muito forte em relação à maneira como está sendo visto o julgamento", disse o ministro.
Para Gilberto Carvalho, a maior preocupação, de fato, era em relação aos grandes centros. Mas a arrancada de Haddad na reta final da campanha dissipou os temores. "O resultado veio como uma reafirmação muito forte do reconhecimento do trabalho do partido ao longo desses anos no país", afirmou.
O ministro acredita que o grande antídoto foi a presença maciça do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo e no ABC paulista, além do comício feito com Dilma Rousseff na Zona Leste paulistana (Itaquera/Guaianases). "Essa presença forte foi fundamental para contrastar essa influência muito negativa, pesada, quase que massacrante que veio nos últimos dias de campanha. É provável que tenhamos perdidos votos, mas não o suficiente para tirar aquilo que nós agregamos com as presenças de Lula e Dilma."
Alianças
Dilma começou a ajudar, ontem, nas negociações para as alianças de Fernando Haddad no segundo turno. Logo após a reunião com os ministros políticos petistas, ela encontrou-se com o vice-presidente Michel Temer. Na capital paulista, Temer lançou o candidato Gabriel Chalita, que encerrou o primeiro turno com 13,6% dos votos válidos, na quarta colocação.
Temer avisou a presidente que fará hoje uma reunião com os representantes dos diretórios estadual e municipal do PMDB para definir os rumos do partido em São Paulo a partir de agora. Questionado se a parceria seria natural, o vice-presidente disse que preferia, antes, consultar os correligionários, embora admita que não há possibilidades de neutralidade da legenda na capital paulista. Também está descartada, nesse momento, qualquer sinalização de reformas ministeriais em troca de apoio. "Damos um ministério para o PMDB e o Haddad perde. Fazemos o que, pedimos a pasta de volta?", provocou um interlocutor da presidente.
O outro apoio desejado por Haddad, contudo, ainda não está consolidado. O candidato do PT disse que vai procurar, nos próximos dias, o candidato derrotado do PRB, Celso Russomanno, que teve 21,6% dos votos válidos. O PRB já tem o Ministério da Pesca, ocupado por Marcelo Crivella. Dilma deve conversar com seu subordinado para buscar uma aliança formal a partir de agora. A chapa de Russomanno, contudo, deve rachar. Se são boas as possibilidades de o PRB ligar-se a Haddad, o PTB, do vice Flávio D"Urso, deve apoiar formalmente José Serra (PSDB). O presidente estadual do PTB, Campos Machado, é amigo pessoal do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
O PT vai querer usar essa eleição para abafar a questão do mensalão. Isso é muito claro"
José Serra, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo
"O eleitor quer uma nova cara para São Paulo. Está preocupado se sua vida vai mudar"
Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito de São Paulo ---------- (*) Ney Matogrosso. --- |
... FORA DO MEU APRISCO !!!
STF DEFINE FUTURO DE DIRCEU E PLANALTO TENTA SE BLINDAR
SUPREMO DECIDE FUTURO DE DIRCEU E DILMA REFORÇA "BLINDAGEM" AO GOVERNO |
O Estado de S. Paulo - 09/10/2012 |
Ex-ministro deve ser condenado hoje por corrupção; ordem no governo é respeitar decisão e evitar manifestações
Após sete anos sob investigação, José Dirceu terá um novo capítulo de sua biografia escrito hoje pelo STF. O ex-ministro da Casa Civil deve ser condenado por corrupção ativa por ter comandado esquema de compra de apoio político no Congresso, o mensalão. Três dos dez ministros do STF já condenaram Dirceu e devem ser acompanhados pelos colegas. A presidente Dilma Rousseff quer blindar o governo contra qualquer efeito do veredicto de Dirceu e dos ex-dirigentes do PT José Genoino e Delúbio Soares. Nos últimos dias, a orientação repetida no Planalto é a de respeitar a decisão do tribunal, evitar manifestações políticas públicas contra o resultado e prosseguir com a rotina de governo. A mesma instrução havia sido transmitida no início do julgamento, em agosto.
Após sete anos sob investigação, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu terá um novo capítulo de sua biografia escrito pelo Supremo Tribunal Federal. Homem forte do primeiro mandato do governo Lula, deve ser condenado hoje pelo crime de corrupção ativa por ter comandado o esquema de compra de apoio político no Congresso. A presidente Dilma Rousseff quer blindar o governo contra qualquer efeito da condenação do ex-ministro e dos ex-dirigentes do PT José Genoino e Delúbio Soares.
Três dos atuais dez ministros do STF já condenaram Dirceu e devem ser acompanhados pelos colegas hoje. Nos últimos dias, a orientação repetida no Palácio do Planalto é a de respeitar o veredicto do tribunal, evitar manifestações políticas públicas contra esse resultado e tocar as medidas do governo normalmente, sem qualquer alteração.
A mesma instrução já tinha sido transmitida por Dilma aos principais auxiliares desde o início do julgamento, em 2 de agosto. A ordem era "não provocar marolas para evitar que efeitos negativos do processo contaminassem o governo e prejudicassem sua imagem", segundo relatou ao Estado um interlocutor direto da presidente. "A instrução continua de pé."
O plano do governo é de aceitar, no máximo, manifestações pessoais discretas, como a que foi feita pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Na semana passada, ele afirmou que "a dor que sentia" o impedia de comentar a possível condenação de seus colegas de partido.
Se pelo menos mais três ministros considerarem Dirceu culpado, o Supremo confirmará o que o Ministério Público apontava e ele sempre negou: o mensalão foi gerenciado pelo então ministro entre "as quatro paredes da Casa Civil". As investigações e os votos dos ministros do Supremo mostram que Dirceu atuava nas duas pontas do esquema, negociando empréstimos bancários fraudados para ocultar desvios de recursos públicos e fomentar o caixa do mensalão e, ao mesmo tempo, fechando os acordos políticos com a promessa de saques milionários.
Na esteira da condenação de Dirceu, terão o mesmo destino Genoino e Delúbio, pela ordem presidente e tesoureiro do PT na época. Os três réus serão julgados ainda no último capítulo da denúncia, com outros acusados, por formação de quadrilha - da qual o ex-ministro seria o chefe, segundo o Ministério Público.
Ligação. Coordenador da campanha de Lula em 2002, Dirceu foi o elo mais evidente entre o esquema e a Presidência da República. As acusações feitas pelo delator do mensalão, o presidente do PTB e deputado cassado Roberto Jefferson, tornaram insustentável sua permanência no governo. Dirceu caiu em 16 de junho de 2005. Naquele dia, disse que tinha "as mãos limpas". E acrescentou: "Eu sei lutar na planície e no planalto. E tenho humildade para voltar para o meu partido como militante, para voltar para a Câmara como deputado". O retorno foi rápido. Processado por quebra de decoro parlamentar, foi cassado em dezembro de 2005, por 293 votos.
Ao montar o roteiro da atuação de Dirceu, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, convenceu os colegas de que todas as etapas do esquema tinham o planejamento e o aval do homem forte do governo Lula. "As provas revelam que José Dirceu exerceu o controle e organização dos fatos executórios dos quais também se ocupou, em especial através da negociação dos recursos empregados e das reuniões com líderes parlamentares, vice-líderes e dirigentes partidários escolhidos para o recebimento da vantagem indevida", afirmou Barbosa em seu voto.
Desde o início do processo, ministros do Supremo afirmavam que as provas contra Dirceu eram tênues. O mesmo disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no início do julgamento. Mas o encadeamento dos fatos, ressaltado pelo voto de Barbosa, deve ser suficiente para convencer a maioria de que Dirceu tinha o controle do esquema. "José Dirceu detinha o domínio final dos fatos, em razão do elevadíssimo cargo atuava em reuniões fechadas, jantares, encontros secretos, exercendo comando e dando garantia ao esquema criminoso", disse Barbosa.
Ciclos. Nos sete anos em que foi investigado, Dirceu negou a compra de votos, afirmou que não mantinha contato com o empresário Marcos Valério, jogou para Delúbio a responsabilidade pelas contas do partido e, com isso, se livrar da condenação. E mesmo transformado em réu sob risco de condenação no Supremo, o poder político de Dirceu ainda é evidente dentro do PT.
Na Casa Civil, o ex-ministro foi substituído por Dilma, que veio a ser escolhida candidata e eleita presidente da República. Com isso, Dilma acabou iniciando uma espécie de segundo ciclo petista no poder, que pretende manter distante do escândalo mais grave que já envolveu o PT. / FELIPE RECONDO, EDUARDO BRESCIANI, RICARDO BRITO, MARIÂNGELA GALLUCCI e MARCELO DE MORAES
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P S (D) B. ''SPLISH, SPLASH''
... UMA NO CRAVO e OUTRA NA FERRADURA *
Eduardo Campos elogia FHC após ser cortejado por tucanos
QUADRO CONSTITUCIONAL-POLÍTICO PARTIDÁRIO
A força dos grandes partidos
O Estado de S. Paulo - 09/10/2012 |
As urnas de domingo em âmbito nacional trouxeram resultados para quase todos os gostos. O PSB do governador pernambucano Eduardo Campos, por exemplo, tornou-se a quarta maior força eleitoral do País, tendo avançado duas casas (ou 51% em número de votos para prefeito) desde a primeira rodada da disputa municipal de 2008 - coroando as suas robustas vitórias no Recife e em Belo Horizonte.
Já o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab, na sua eleição de estreia, foi o que mais elegeu prefeitos em proporção ao total de candidatos apresentados, passando a ocupar o antigo lugar do PSB na configuração política das cidades brasileiras. Mas a relativa dispersão das preferências do eleitorado, acrescentando dois atores ao elenco principal e confirmando o rebaixamento do DEM a coadjuvante, não abalou a hierarquia partidária estabelecida.
O PMDB continua sendo a agremiação municipal hegemônica do Brasil.
Embora tivesse perdido 280 das posições conquistadas há quatro anos e 10% do seu eleitorado, ainda fez cerca de 1.020 prefeitos - a começar do campeão de votos Eduardo Paes, no Rio - e levou outros 15 de seus candidatos ao segundo turno. O PT manteve a trajetória de alta nas urnas municipais. Com 17,3 milhões de sufrágios, desbancou o PMDB como o partido mais votado para o governo das cidades e agregou 69 prefeituras às 558 de 2008.
Por fim, no pelotão da frente, o PSDB ratificou a sua condição de maior partido oposicionista.
Embora tivessem perdido, grosso modo, 100 prefeituras e 630 mil eleitores, os tucanos foram mais uma vez a primeira escolha dos brasileiros refratários ao PT do ex-presidente Lula e da sua sucessora Dilma Rousseff. A sua taxa de sucesso - proporção de eleitos no conjunto de seus candidatos - é sete pontos superior à do partido do governo.
Em nenhuma das principais cidades, a preferência por uma ou outra das maiores legendas em confronto foi tão nítida como em São Paulo, precisamente onde, há poucas semanas, um candidato da periferia do sistema partidário, Celso Russomanno, do PRB, parecia a caminho de subverter o padrão consolidado de distribuição de votos, eleição depois de eleição. Tucanos e petistas tardaram a ir para cima do outsider - o primeiro a fazê-lo foi o peemedebista Gabriel Chalita. Mas, a partir do momento em que passaram a expor a contrafação que era a candidatura do "menino malufinho" tutelado pela Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, começou a "volta aos quadros constitucionais vigentes", como diria em tempos idos o marechal Henrique Teixeira Lott. E o desde sempre favorito, o ex-prefeito e ex-governador José Serra, terminou na ponta, com 30,7% dos votos.
O restabelecimento da normalidade eleitoral na metrópole levou ao segundo turno, com praticamente 29% dos votos, o petista Fernando Haddad, neófito em eleições. Não faz muito, o cenário tido como o mais provável para o tira-teima do dia 28 opunha Serra a Russomanno. A recuperação do ex-ministro da Educação na reta final premiou o seu patrono Lula, que tinha prometido "até morder canela de adversário" para levar o afilhado adiante. Agora é que não arredará o pé das ruas paulistanas. Isso, mais o êxito no seu reduto de São Bernardo do Campo e em outros municípios da Grande São Paulo, decerto lhe servirá de consolo para o vexame sofrido no Recife, outro bastião lulista, onde o candidato que impôs ao PT ficou em humilhante terceiro lugar. Dilma, por sua vez, carregará a derrota de seu escolhido em Belo Horizonte para o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, com o apoio entusiástico do presidenciável tucano Aécio Neves.
O que chama a atenção em São Paulo, tanto quanto a repetição dos embates de 2004 e 2008 entre PSDB e PT, é a cristalização da geografia eleitoral do Município, com os tucanos dominando o centro expandido a oeste e a norte, e os petistas prevalecendo nas zonas leste e sul - duas realidades estruturadas.
Por fim, ressalte-se a eficiência operacional "escandinava" do sistema de votação, apuração e divulgação dos resultados em todo o País. Se a área pública em geral funcionasse assim, o Brasil seria outro.
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ECONOMIA MUNDIAL. UM ''ROSTOW'' REVISITADO ou REVISADO ?
Fundo corta para 3,3% projeção de crescimento global
O Estado de S. Paulo - 09/10/2012 |
Quadro é pior que o de julho e nem China e Alemanha, grandes locomotivas, escapam da desaceleração
A economia global piorou nos últimos três meses e deve crescer apenas 3,3% neste ano e 3,6% no próximo - menos do que se previa em julho -, mas o quadro pode ficar mais feio, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), se americanos e europeus falharem diante dos desafios imediatos. De novo as economias emergentes deverão avançar muito mais que as outras, com 5,3% em 2012 e 5,6% em 2013. A exceção será o Brasil, com taxas previstas de 1,5% e 4%.
Embora ruins, as previsões apresentadas no Panorama Econômico Mundial divulgado nesta terça-feira dependem de duas hipóteses razoavelmente otimistas: os europeus avançarão nas políticas de consolidação do euro e os americanos evitarão o chamado abismo fiscal.
A economia dos Estados Unidos cairá nesse abismo, segundo avaliações endossadas pelo FMI, se houver impasse em torno da dívida pública e se ocorrerem grandes aumentos de impostos e cortes de gastos marcados para o começo de 2013. Serão eventos automáticos, como ficou estabelecido em agosto do ano passado, quando houve o acordo para elevação do teto da dívida federal. Isso resultaria numa nova recessão, com impactos violentos em todo o mundo.
Um novo entendimento interpartidário afastaria a ameaça, mas nenhum acordo sobre esses problemas deve surgir antes das eleições de novembro. O risco está associado basicamente às posições defendidas pelos republicanos, mas o Fundo, como entidade multilateral, evita referências explícitas a questões partidárias.
Dirigentes do FMI continuam elogiando as políticas dos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos, até agora as iniciativas mais consistentes contra o aprofundamento da crise. Mas o elogio é acompanhado da cobrança de políticas fiscais mais favoráveis ao crescimento e, no caso da União Europeia, também de mudanças institucionais para fortalecer o euro.
Apesar de algumas ações positivas, a crise na zona do euro se agravou. Bancos, seguradoras e empresas transferiram dinheiro da periferia para o núcleo da zona do euro, aumentando as dificuldades de financiamento da Espanha e de outros países altamente endividados.
Tudo isso foi precipitado, segundo o relatório, por "dúvidas continuadas sobre a capacidade dos países da periferia de entregar os ajustes fiscais e estruturais requeridos" e sobre a disposição dos governos e das instituições europeias de agir no caso de uma piora do quadro. Os autores do documento baseiam suas projeções, no entanto, na hipótese mais favorável: as autoridades farão o necessário para preservar o euro e a união monetária.
Confirmadas essas condições, a economia da zona do euro deve encolher 0,4% em 2012 e crescer 0,2% em 2013. Até a locomotiva do bloco emperrou. A expansão alemã deve ficar em 0,9% neste ano e repetir-se no próximo. Itália, Espanha e Portugal devem ter resultados negativos nos dois anos. Para a Grécia, as previsões são de um desastre continuado, com a produção encolhendo 6% neste ano e 4% no próximo, depois de uma contração de 6,9% em 2011.
Muito dependentes de exportações, os emergentes da Ásia também são afetados pela crise na Europa e nos Estados Unidos, mas conseguem realizar, de acordo com o Fundo, um pouso suave. A maior economia da região e segunda maior do mundo, a China perdeu impulso no segundo trimestre em consequência de um ajuste iniciado no ano anterior. Mas as restrições foram afrouxadas e as novas projeções indicam crescimento de 7,8% em 2012 e 8,2% em 2013, 0,2 ponto abaixo das taxas previstas em julho para os dois anos. / R.K.
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CRESCE PIB CHINÊS, CRESCE!
Brasil só cresce 1,5%
Correio Braziliense - 09/10/2012 |
Tóquio — O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu ontem sua projeção de crescimento para o Brasil dos 2,5% anunciados em julho para apenas 1,5% neste ano, e fez um alerta sobre o risco de a América Latina ser contagiada pelas tendências recessivas predominante nas economias avançadas e pela desaceleração da China. O organismo cortou também — de 3,5% para 3,3% — a previsão para a expansão da economia global em 2012. A Zona do Euro, epicentro da crise mundial, deverá ter contração de 0,4%.
Em relatório sobre a situação econômica mundial, o FMI avaliou ainda que os bancos centrais podem ter de reduzir taxas de juros caso a depressão mundial se intensifique. “A política monetária deve ser a primeira linha de defesa caso o crescimento global desacelere mais do que o esperado, especialmente em economias com estruturas de metas de inflação estabelecidas e testadas”, afirma o documento, divulgado às vésperas da reunião semestral do fundo, que acontece a partir de hoje em Tóquio. Uma avaliação dos riscos de contágio demonstrou que a América Latina será uma das regiões mais prejudicadas pela desaceleração econômica mais intensa do que o esperado na China, disse o FMI. Esse efeito já está sendo sentido na região, que deverá crescer 3,2% neste ano, abaixo da previsão anterior de 3,4%. O organismo internacional ainda prevê uma recuperação em 2013, mas cortou a estimativa de 4,2%, feita há três meses, para 3,9%. Fragilidade O FMI alertou para as condições financeiras globais, que devem permanecer “muito frágeis” a curto prazo e pediu que as autoridades europeias e norte-americanas tenham uma atitude proativa com os grandes desafios econômicos que têm pela frente. De acordo com o fundo, na Europa, a “mais alta prioridade política” é resolver a crise do euro, que, no entanto, levará tempo. Nos Estados Unidos, a questão mais urgente é resolver o problema fiscal, já que vários cortes de impostos feitos para estimular a atividade acabarão no fim deste ano, o que pode jogar a economia novamente em recessão em 2013. » China enfraquece A economia chinesa, a segunda maior do planeta, crescerá este ano 7,7%, contra 9,3% em 2011, mas o risco de uma queda brutal é pequeno e o crescimento deve acelerar em 2013 para 8,1%, previu ontem o Banco Mundial (Bird). “O crescimento vai desacelerar este ano na China pelas exportações menores e uma alta dos investimentos mais lenta”, afirmou a instituição em relatório sobre a Ásia do Leste e o Pacífico. Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter expansão, sobretudo, por causa das medidas do governo para estimular a economia. Se o resultado de 7,7% em 2012 for confirmado, a China terá o pior crescimento em 13 anos. A previsão anterior do Bird era de crescimento de 8,2% neste ano. |
BANCO CENTRAL E ECONOMIA
BC pode baixar Selic para 7,25%
Autor(es): VICTOR MARTINS |
Correio Braziliense - 09/10/2012 |
Corte seria feito para estimular a economia, mas parte do mercado acredita que o ciclo de redução já terminou
Mais preocupado com a fraqueza da economia do que com a inflação, o Banco Central pode, amanhã, derrubar os juros básicos da economia em mais 0,25 ponto percentual. Caso essa queda se confirme, a Taxa Selic cairia dos atuais 7,50% ao ano para 7,25% — um movimento que também reforçaria a percepção de analistas de que o BC agora tem uma dupla missão: segurar os preços e salvar o Produto Interno Bruto (PIB, soma do que o país produz em um ano). Para os analistas que mais acertam nas previsões, um grupo chamado de Top 5 pela autoridade monetária, o Comitê de Política Monetária (Copom) não vai hesitar em dar mais um estímulo à atividade econômica, cortando os mais um pouco os juros Ao comentar o último Relatório de Inflação, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, deu muito peso ao crescimento do país e à crise internacional. Fez questão ainda de deixar claro que, se a economia “vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias”, o BC fará novo corte. José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator, pondera que os investimentos e a economia não têm reagido como o esperado, mesmo com os incentivos dados até agora pelo Planalto. “Até o momento, os dados deixam dúvidas sobre o crescimento da atividade”, avalia. “As decisões do governo são claramente para reduzir o custo de produção e a inflação, mas preservando, ou tentando, garantir a atividade e o estímulo ao investimento”, argumentou. A aposta dele é de mais um ajuste de 0,25 ponto percentual na Selic. Gonçalves e outros economistas ponderam que a reação da economia nesta segunda metade do ano ainda é decepcionante e pode levar o governo a intensificar os incentivos ao crescimento. A presidente Dilma Rousseff não deseja terminar seu mandato entregando à sociedade apenas números ruins, a exemplo do avanço de 2,5% do ano passado e da fraca perspectiva para 2012. Assim, ela teria cobrado uma contribuição do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobretudo porque a política fiscal perdeu força com própria desaceleração da economia, que enfraqueceu a arrecadação de impostos. Nesse cenário de baixo crescimento, são crescentes as chances de um novo ajuste na Selic. O próprio BC aposta em aumento do PIB de apenas 1,6% no ano — muito próximo à previsão de 1,57% do mercado, captada na edição de ontem do Relatório Focus, que reúne semanalmente estimativas de bancos e consultores. “Para o BC, a recuperação da atividade econômica ainda ocorre de forma gradual, mesmo após a massiva injeção de estímulos pelo governo”, observou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco WestLB. Segundo ele, essa visão da instituição sugere ainda que “o balanço de riscos continua pendendo para o lado da atividade e não da inflação” — ou seja, o BC estaria disposto a aceitar mais inflação em troca de uma taxa de expansão mais robusta. Risco Na avaliação de grande parte do mercado, no entanto, a pressão sobre o custo de vida deve frear o Banco Central. Pela mediana do mercado apresentada no Focus, uma pesquisa semanal feita pelo BC, a principal aposta é de manutenção da taxa Selic em 7,50% ao ano. Segundo a argumentação desses analistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em alta e deve fechar o ano em 5,42%. Na semana passada, essa expectativa era menor, de 5,36%. Para 2013, a projeção recuou, caiu de 5,48% para 5,44%. Os que apostam no fim do ciclo de corte dos juros acreditam ainda na retomada da economia e argumentam que os efeitos dos estímulos já dados pelo governo se farão sentir mais fortes neste fim de ano. “Além do melhor cenário para a atividade econômica nacional, os riscos para a inflação estão mais elevados. Deve-se considerar, também, os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, que só agora começa a ter maior impacto na economia”, disse Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander. Para Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, a leitura de discursos recentes de integrantes do BC, indica que a instituição deseja no mínimo manter os juros baixos pelo menor tempo possível. » Projeções (Em %) Mercado espera Selic estável até o fim do ano 2012 2013 PIB 1,57 4,00 Selic (*) 7,50 8,00 IPCA 5,42 5,44 (*) Taxa ao ano Fonte: Banco Central |
PLANOS DE SAÚDE: NEGÓCIOS À MIL
UnitedHealth, dos EUA, compra a Amil em operação de R$ 9,92 bilhões
Autor(es): MARINA GAZZONI, LÍLIAN CUNHA |
O Estado de S. Paulo - 09/10/2012 |
Saúde.
Pelo acordo, americanos pagarão R$ 6,5 bilhões aos controladores do grupo brasileiro, e o restante será destinado aos acionistas minoritários, para fechar o capital da empresa; atuais donos da Amil continuarão com uma fatia de 10% da companhia
A americana UnitedHealth Group (UHG)anunciou ontem a compra da operadora de planos de saúde Amil, em um negócio que pode chegar a R$ 9,92 bilhões. A empresa vai pagar R$ 6,5 bilhões pelos 58,9% que estão nas mãos dos controladoras da companhia: o fundador Edson Bueno e sua sócia e ex-esposa, Dulce Pugliese. O restante será pago aos acionistas minoritários por meio de uma oferta pública de aquisição de ações, que resultará no fechamento de capital da empresa.
Após o operação, a UnitedHealth será dona de 90% da Amil. Os antigos controladores continuarão a deter 10% da empresa por pelo menos cinco anos. Bueno permanecerá nesse período como presidente da Amil, mas com a missão de preparar um sucessor. Ele comprou 0,9% das ações da UHG por US$ 470 milhões e se tornou seu maior acionista individual. Também será um dos dez conselheiros do grupo americano - o único estrangeiro.
A Amil faturou R$ 9,27 bilhões em 2011 e soma 5,9 milhões de beneficiários de seus planos. Esses números colocam a empresa na liderança do mercado brasileiro de planos de saúde, com cerca de 10% de participação, mas bem abaixo dos resultados de sua nova acionista. A UnitedHealth fechou o ano passado com cerca de 75 milhões de clientes no mundo todo e uma receita de US$ 102 bilhões.
Bueno afirmou que nada muda para o cliente da Amil imediatamente, mas que a companhia receberá tecnologia e conhecimento da nova acionista. "A entrada da UnitedHealth vai dar um "upgrade" na Amil. Em três anos, seremos uma empresa com outra cara, muito melhor", disse Bueno.
"A United é uma empresa muito informatizada e vai tentar implantar esse sistema aqui", disse um consultor do mercado de saúde, que preferiu não se identificar. "Nos Estados Unidos, ninguém assina papelada ou precisa de guias. É tudo online, como é comprar com cartão de crédito. O desafio da empresa vai ser implantar esse sistema aqui."
Negócio. A UnitedHealth já fez mais de 140 aquisições. A da Amil é a maior já feita fora dos Estados Unidos e a segunda mundialmente - só perde para a compra da californiana PacifiCare, por US$ 9 bilhões, em 2005.
Em apresentação a investidores, a companhia americana justificou a compra da Amil pelas grandes oportunidades que vê no mercado brasileiro. Hoje, cerca de 25% da população tem plano de saúde, índice que é de 78% nos Estados Unidos. A UnitedHealth também apontou que, no Brasil, há "significantes oportunidades de consolidação no mercado": há aqui cerca de 1,6 mil operadoras de planos de saúde, 3,6 vezes mais do que nos Estados Unidos.
"Um das coisas que a UHG vai fazer é entrar com força com o sistema de coparticipação", afirmou Bueno. Pelo sistema, o cliente paga à parte uma porcentagem do custo dos serviços que usa. "Tentamos fazer isso, mas não deu certo. Mas essa é a melhor maneira de reduzir custo. Está cheio de aposentados e hipocondríacos que não têm o que fazer e vão ao centro médico, tomar café e passar por consulta", disse ele, em teleconferência com analistas.
Hospitais. A negociação entre as duas empresas começou há três anos, quando o diretor de relações com investidores da Amil, Erwin Kleuser, foi procurado por representantes da UHG. A conclusão do negócio ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do fechamento de capital. A estimativa da Amil é fazer a oferta pública no primeiro trimestre de 2013.
Investidores brasileiros e americanos receberam bem a operação - a ação da Amil disparou 15,26% e a da UnitedHealth fechou com leve alta, de 0,82%.
Na a coletiva de imprensa, Bueno foi indagado sobre a possibilidade de o negócio esbarrar nas restrições ao capital estrangeiro em hospitais brasileiros, uma vez que a compra inclui 22 centros médicos da Amil. A lei permite que planos de saúde tenham sócios estrangeiros, mas veta a operação de hospitais por estrangeiras. "Perguntamos isso à Advocacia Geral da União na época da abertura de capital, em 2007, e tivemos parecer favorável", disse Kleuser. A Advocacia Geral da União e a ANS enviaram ao Estado comunicados confirmando o entendimento.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Bom desempenho aumenta assédio de petistas e tucanos sobre o partido do governador Eduardo Campos (PE)
O crescimento do PSB nas eleições municipais tomou o partido, até então considerado satélite do PT no cenário nacional, um dos mais cortejados por governistas e oposição, já em busca de alianças para 2014. Para Aécio Neves (PSDB-MG), que se aliou aos socialistas em Belo Horizonte para derrotar o PT, há grande identidade e parceria com o PSB. O presidente da legenda, Eduardo Campos, elogiou o governo FH, mas disse que o rompimento com os petistas ocorreu apenas em âmbito local e que não é hora de tratar de 2014. (Págs. 1, 3, 4 e editorial “Recados do eleitorado municipal")
O candidato republicano, que atacou a política externa do presidente, vive um bom momento após o debate. Segundo nova pesquisa, ele está com 4 pontos de vantagem sobre Obama. (Págs. 1 e 37)
Protestantes deixam de ser maioria
Uma pesquisa indica que, pela primeira vez na História, os protestantes deixaram de ser maioria nos EUA, com 48% da população. Uma razão é o aumento do número dos sem-religião. (Págs. 1 e 37)
O resultado das eleições municipais mostra que o PT e o PSDB tiveram os melhores desempenhos no grupo das principais cidades do país, aquelas que possuem mais de 200 mil eleitores.
Dos 83 municípios que se incluem nesse perfil, 8 foram conquistados no primeiro turno pelo PT, que disputará outros 22 agora.
Por sua vez, o PSDB elegeu 6 prefeitos e tem 17 candidatos ainda no páreo.
Apenas em municípios com mais de 200 mil eleitores é possível a realização de um segundo turno.
As siglas vão duelar em seis dessas cidades no segundo turno, sendo três capitais: São Paulo, João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC).
O PT também está na disputa em Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Cuiabá (MT), e o PSDB, em Belém (PA), Manaus (AM), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Contrariando Lula, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse que o mensalão atrapalhou o PT, mas o partido “sobreviveu ao obstáculo”. (Págs. 1 e Eleições 2012)
Fotolegenda: Conforme a música
Eleito vereador em SP, Antonio Carlos Rodrigues (PR) assume no Senado no lugar de Marta Suplicy; se ela voltar, ele não fica sem cargo. (Págs. 1 e Eleições 2012, 5)
Almanaque eleitoral (Págs. 1 e Eleições 2012, 5)
Serra ironizou o slogan de Haddad, que o apresenta como “homem novo”, afirmando que novo é “corrupção levando gente à cadeia”. O petista reagiu ao ataque dizendo que o DNA do mensalão é tucano. (Págs. 1 e Eleições 2012, 3 e 4)
Já o governador Eduardo Campos (PE) afirmou que o crescimento do PSB é “bom para Dilma”, mas não descartou futuro acordo com os tucanos. (Págs. 1 e Eleições 2012, 10)
Especialistas, porém, não preveem maiores mudanças na economia nem ações que possam afugentar os investimentos privados. (Págs. 1 e Mundo A10)
O governo não descarta a possibilidade de envolvimento da facção criminosa PCC nas mortes. (Págs. 1 e Cotidiano C10)
Para Pizzolato, a denúncia é “fantasiosa”. Segundo o STF, ele recebeu dinheiro para liberar recursos que irrigaram o esquema. (Págs. 1 e Poder A4)
Após sete anos sob investigação, José Dirceu terá um novo capítulo de sua biografia escrito hoje pelo STF. O ex-ministro da Casa Civil deve ser condenado por corrupção ativa por ter comandado esquema de compra de apoio político no Congresso, o mensalão. Três dos dez ministros do STF já condenaram Dirceu e devem ser acompanhados pelos colegas. A presidente Dilma Rousseff quer blindar o governo contra qualquer efeito do veredicto de Dirceu e dos ex-dirigentes do PT José Genoino e Delúbio Soares. Nos últimos dias, a orientação repetida no Planalto é a de respeitar a decisão do tribunal, evitar manifestações políticas públicas contra o resultado e prosseguir com a rotina de governo. A mesma instrução havia sido transmitida no início do julgamento, em agosto. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6 a A9)
Tarso Genro defende Supremo
Ex-presidente do PT, Tarso Genro diz ao Estado que, no mensalão, “sem dúvida” estão sendo julgadas pessoas que cometeram ilegalidades. (Págs. 1 e A6)
A campanha do candidato do PSDB à Prefeitura de SP, José Serra, prepara discurso para neutralizar o efeito positivo de um eventual apoio de Celso Russomanno (PRB) ao petista Fernando Haddad no 2º turno. Os tucanos pretendem criticar a relação de Russomanno com políticos envolvidos em corrupção e propostas feitas pelo candidato do PRB - partido da base do governo Dilma Rousseff. A ideia é reforçar o “discurso ético” e manter o foco no mensalão. Em entrevista, Haddad disse que Serra tem “ética seletiva” e afirmou que tucano não cita o mensalão mineiro nem problemas na administração Gilberto Kassab. (Págs. 1 e Caderno especial)
55% foi a taxa de reeleição de prefeitos no País, a mais baixa desde 2000.
Fotolegenda: Serra
Tucano retoma campanha de rua com caminhada na zona leste.
Fotolegenda: Haddad
No dia seguinte, Lula se encontra com o candidato do PT.
Análise
Dora Kramer
Arena de leões
Em São Paulo e em Salvador, governo e oposição vão medir forças sem que nenhum dos lados entre em campo em situação nítida de vantagem ou desvantagem. (Págs. 1 e H6)
Campos vai ao Ceará contra o PT
Depois de vencer o PT no Recife, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, vai a Fortaleza fazer campanha para o candidato do partido contra o do PT. (Págs. 1 e H6)
O impacto de juros entre 2% e 3% pouco aparece nas análises. O hábito do uso de juros altos entortou nosso modo de pensar a economia. (Págs. 1 e Economia B5)
Brasil, Uruguai e Guatemala ofereceram alternativa: reduzir a pobreza com reformas sociais e sem dar as costas para as instituições democráticas. (Págs. 1 e Visão Global A13)
Foi nítida em São Paulo a preferência dos eleitores por uma ou outra das maiores legendas. (Págs. 1 e A3)
Bueno e sua ex-mulher, Dulce Pugliese, receberão R$ 6,5 bilhões, divididos em partes iguais. Ambos continuarão com 10% da Amil por pelo menos cinco anos. Médico de 69 anos, Bueno terá ainda uma participação de 0,9% no capital da UnitedHealth, da qual será o maior acionista individual e o primeiro estrangeiro a ter assento no conselho. A empresa deve faturar US$ 110 bilhões neste ano. (Págs. 1 e B4)
Com 693 prefeitos eleitos no primeiro turno, os tucanos mantiveram-se como a segunda maior força municipal, só atrás do PMDB, mas perderam 97 prefeituras. Nas últimas quatro eleições viram sua base municipal reduzir-se em 30%. (Págs. 1, A11 e A18)
Apesar disso, as empresas no Brasil controladas pelo empresário mexicano Carlos Slim Helú - Claro e Net Serviços, além da própria Embratel - apostam no modelo de serviços integrados de telecomunicações e vão investir neste ano R$ 6 bilhões, R$ 2 bilhões cada uma. (Págs. 1 e B1)
A contenção dos gastos resultará de medidas que deverão ser apresentadas depois do segundo turno das eleições. O governo descartou a proposta, surgida no Ministério do Trabalho, de taxar empresas cuja rotatividade da força de trabalho supere a média do setor. (Págs. 1 e A3)
Com o anúncio do corte nas tarifas, a ação do BB recuou 2,98%, a maior queda do Ibovespa. Estimativas do Goldman Sachs apontam que em 2013 o resultado do banco poderá diminuir em até 6,6%, caso o desconto médio aplicado, não informado pelo BB, seja de 30%. (Págs. 1 e C1)
Nada autoriza a afirmação de que o “pilar” da meta de inflação foi abandonado pela autoridade monetária. (Págs. 1 e A2)
Sérgio Sérvulo da Cunha
Resultado da eleição venezuelana mostra a brutal divisão da sociedade, imersa em uma luta de classes explícita. (Págs. 1 e A11)