PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

segunda-feira, novembro 16, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ... E ''DEO'' NO QUE DEU !!!

...

















[Homenagem aos chargistas brasileiros].
---

SP/RODOANEL: EMPREITEIRAS

Empreiteira mudou vigas na obra do Rodoanel

Com o objetivo de baratear custos, o consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos do Trecho Sul do Rodoanel. Pelo projeto básico, deveriam ser colocadas fundações de concreto conhecidas como tubulões, material mais caro que o usado hoje pelo consórcio na sustentação dos vãos livres. A troca foi uma das 79 irregularidades classificadas como "graves" em relatório emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em setembro. As auditorias foram realizadas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.
Não se sabe se a troca do material tem relação direta com o desabamento de três vigas sobre a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) na noite de sexta-feira, que deixou três pessoas feridas. Ontem, o governo do Estado disse desconhecer as causas do acidente na maior obra viária em andamento no País. A investigação será feita por técnicos da Dersa, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e peritos do Instituto de Criminalística. Para o diretor de Engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o problema ocorreu na execução do projeto. Uma das hipóteses citadas por ele foi a de falhas na fixação das vigas.
Em 29 de setembro, quase dois meses antes do acidente, o TCU relatou que o consórcio responsável pelo lote 5, onde houve o desabamento, fez alterações nos materiais e no projeto da obra, a fim de reduzir custos. O TCU apontou, por exemplo, o uso de estacas de tamanhos inferiores aos previstos no projeto básico. Também estava prevista a instalação de sete vigas de sustentação a cada vão livre formado pelos novos viadutos. Na execução, contudo, foram empregadas 5 ou 6 vigas a cada vão livre. O uso de um número menor de vigas também foi detectado no lote 4.
Como consequência dessas e de outras mudanças nos outros cinco lotes, o TCU apontou indícios de superfaturamento nas medições dos serviços das empreiteiras que totalizaram R$ 184 milhões. Para a Corte, foi reduzida a quantidade de material de construção usada na obra, mas os preços repassados ao Estado foram mantidos. O TCU também afirma que as empreiteiras alteraram o método de medição das obras. O critério de medição passou a ser feito por meio dos avanços físicos da obra, substituindo o critério anterior, realizado com base nas quantidades unitárias, como metros e quilômetros.
As mudanças nas obras, segundo o TCU, resultaram numa "combinação altamente danosa às finanças" da União - a obra de R$ 3,6 bilhões é resultado de uma parceria entre os governos federal (R$ 1,2 bilhão) e estadual (R$ 2,4 bilhões). Apesar das objeções feitas pelos auditores, o TCU não recomendou a paralisação da obra ou o bloqueio dos repasses federais. A decisão de prosseguir com os trabalhos foi tomada com base em despacho emitido pelo ministro João Augusto Nardes.
Em setembro, os envolvidos na obra do Trecho Sul do Rodoanel assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal em São Paulo no qual abriram mão de receber R$ 265 milhões em aditivos contratuais considerados ilegais pelo TCU. Procuradas ontem, as empreiteiras do lote 5 não se manifestaram até as 20 horas.
------------
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
--------
------------

GOVERNO LULA/MENSALÃO: ''NADA SEI DESSA VIDA..."

Brasil

Teoria da conspiração

Ao afirmar que o mensalão foi um "golpe" para derrubá-lo, Lula distorce
a realidade e dá um salvo-conduto para a volta dos mensaleiros do PT


Otávio Cabral
Fotos Divulgação Rede TV e Cristiano Mariz

FICÇÃO E REALIDADE
Lula chorou na entrevista em que negou um crime que tem quarenta indiciados sendo julgados no STF, entre eles José Genoíno


No que depender do presidente Lula, a história do mensalão – o esquema de corrupção montado no governo dele para subornar parlamentares com dinheiro desviado dos cofres públicos – será integralmente reescrita. Na nova versão, o PT, o governo, os deputados e o próprio presidente da República teriam sido vítimas de uma terrível conspiração planejada e executada pela oposição. Marcos Valério, aquele publicitário mágico que fazia aparecer dinheiro no caixa do partido, seria um sabotador a serviço dos inimigos. O escândalo do mensalão foi o momento mais dramático enfrentado por Lula em sete anos de governo. Seus principais assessores caíram por corrupção e respondem a processo por formação de quadrilha. Acuado, o presidente chegou a ser aconselhado por aliados a desistir da reeleição em troca da preservação de seu primeiro mandato. Lula conseguiu contornar a crise, reeleger-se e tornar-se o presidente mais popular da história. Agora, quer aproveitar a onda para limpar também a mancha na biografia. Em entrevista a um programa político da RedeTV!, o presidente disse que o mensalão foi uma tentativa de golpe: "Foi a maior armação já feita contra o governo".

Reescrever a história é uma tentação muito comum de governos autoritários. Em democracias, a tarefa é um pouco mais complicada. Não basta repetir uma versão amalucada qualquer para transformá-la em verdade. Perguntado sobre os detalhes da teoria da conspiração, o presidente diz que vai se inteirar do assunto apenas depois de deixar o Planalto. Vai ser uma investigação histórica interessante. Que conspiração levaria um banco a abrir uma agência em Brasília apenas para atender parlamentares de diversos partidos? Que conspiração obrigaria parlamentares a formar filas no caixa desse banco para receber dinheiro vivo, sem origem conhecida? Que conspiração faria com que o PT aceitasse espontaneamente que a campanha de Lula fosse paga pelo "espião Valério" com recursos depositados em contas clandestinas no exterior? Se o presidente Lula não sabia de nada sobre o mensalão, como sempre garantiu, ele foi realmente vítima de um golpe, mas um golpe conduzido pelos seus próprios companheiros de partido e aliados políticos.

O deputado José Genoíno era o presidente do PT e assinou os contratos que serviram de fachada para justificar o dinheiro do mensalão. O deputado João Paulo Cunha era presidente da Câmara e foi o responsável por introduzir Marcos Valério nas hostes petistas. Os dois estão entre os quarenta réus do processo que corre no Supremo Tribunal Federal, acusados de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Mas, no mundo de Lula, são vítimas de uma conspiração dos tucanos. Assim, tocam sua vida e hoje são deputados influentes da base governista e na campanha de Dilma Rousseff. Perderam o status, mas não o poder. Agindo nos bastidores, João Paulo e Genoíno continuam no centro das principais articulações que envolvem o governo e a sucessão presidencial.

A dupla também tem planos de resgate da própria biografia. Genoíno, que disse ter assinado sem ler o contrato do mensalão, trabalha para ser o líder da bancada do PT em 2010. João Paulo, que mandava a própria esposa entrar na fila da agência do banco do mensalão e ainda disse que ela ia lá para pagar a conta da TV por assinatura, quer voltar à presidência da Casa em 2011. Ambos já foram tratados como injustiçados pelo presidente. Em sua tentativa de escrever a história ao seu modo, Lula desmente até a pessoa em quem mais confia – Gilberto Carvalho, seu chefe de gabinete. Em entrevista a VEJA, em 2008, Gilberto revelou como Lula foi aconselhado a abrir mão da reeleição em troca da manutenção de seu mandato. Lula disse que jamais recebeu tal proposta.

-------

PT vs. PSDB [In:] ''THE BOOK´s ON THE TABLE..."

Livros e apostilas fomentam disputa PT x PSDB

Autor(es): Caio Junqueira
Valor Econômico - 16/11/2009

A crescente participação dos grupos privados nas redes municipais de ensino do Estado de São Paulo colocou em rota de colisão, as políticas educacionais dos dois principais partidos para a sucessão presidencial, PT e PSDB.

Enquanto o Ministério da Educação amplia, ano a ano, a distribuição gratuita de livros didáticos para todos os alunos da rede pública nacional, proliferam nas prefeituras paulistas os sistemas particulares e suas apostilas, em comunhão com as diretrizes da Secretaria Estadual de Educação.

Hoje mais de um terço dos alunos das cidades paulistas usam apostilas privadas e tem toda a condução e assessoramento de sua política pedagógica coordenada pelos maiores grupos de educação do país, como COC, Anglo, Objetivo e Positivo.

Trata-se do Estado com o maior índice (7%) de escolas que se recusam a receber, gratuitamente, os livros fornecidos pelo MEC. Depois, vêm Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Paraná, com 1%. Nos demais, a recusa não chega a um dígito.

Na prática, isso significa que os prefeitos paulistas têm cada vez mais abdicado dos livros didáticos e optado por comprar um pacote em que se incluem apostilas, programação de aulas, avaliações externas e internas, treinamento de professores e funcionários e capacitação tecnológica. O preço varia entre R$ 150 e R$ 300 por aluno, contra cerca de R$ 18 que o MEC, em média, gasta com o programa de distribuição de livros per capita.

Há ganhos incalculáveis em visibilidade eleitoral, já que as apostilas privadas dão a seus alunos a oportunidade de estudar com o mesmo sistema de ensino que seus pais não poderiam arcar na rede privada. Ainda que isso deflagre inquéritos do Ministério Público apontando irregularidades nas transações ou condenações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que se viu obrigado a baixar uma norma há dois anos obrigando os municípios a fazerem licitações para a escolha dos grupos.

A participação dos grupos de ensino nas campanhas municipais também cresceu consideravelmente. Em 2004, não há registros significativos de doações. Em 2008, elas somam R$ 185 mil, pouco se comparado a outros setores da economia, mas muito se comparado às eleições anteriores.


Foto Destaque

Apesar de os governos federal e paulista não terem autonomia para interferir diretamente nas escolhas dos governos municipais, ambos têm visões diametralmente opostas do assunto e travam uma guerra silenciosa sobre o tema. O PSDB vê a "apostilização" com bons olhos. "Em geral há um preconceito quando se fala da questão da apostila, como se fosse algo de menor qualidade. Se fosse assim 95% das escolas privadas não as usariam. Elas trazem uma sistematização das disciplinas ao longo do ano, com encadeamento de conteúdo, treinamento de professores e acompanhamento da evolução", afirma o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza (PSDB), que considera "defectivo" usar o termo "apostila". "São sistemas de ensino", justifica.

A defesa dos "sistemas" que Paulo Renato faz se relaciona com a política pedagógica prioritária do PSDB: uniformização curricular da rede permitindo que todas as escolas sejam avaliadas de maneira mais equânime, de modo a facilitar a aplicação de sua política de localizar deficiências e premiar os educadores cujos alunos se saiam melhor nos exames estaduais.

Tanto é assim que a ex-secretária de Educação Maria Helena Guimarães de Castro, do mesmo grupo político-pedagógico de Paulo Renato, iniciou em sua gestão a confecção de apostilas para a rede estadual de ensino, que são distribuídas gratuitamente ao aluno e ao professor em complemento aos livros didáticos do MEC. A partir de 2010, o material será oferecido também à rede municipal de ensino. Foi este material que, em março deste ano, acrescentou mais um Paraguai e excluiu o Equador do mapa da América.

O PT é contra. Argumenta que as apostilas limitam a autonomia intelectual e pedagógica do professor, que vê seu universo de atuação circunscrito a uma imposição diária que define o conteúdo a ser dado em cada aula, sem que isso tenha sido previamente discutido entre os educadores de cada cidade. Avalia ainda que o processo de escolha dos livros didáticos é mais democrático, pois cada professor escolhe os seus mediante lista prévia do MEC.

"Os professores não precisam de muletas para dar aulas. Eles precisam de autonomia, não de tutela de terceiros. Não queremos um sistema rígido e reducionista como as apostilas", afirma a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar, ex-secretária de Educação de Belo Horizonte na gestão Fernando Pimentel (PT).

Para ela, aumentar cada vez mais a oferta de livros didáticos e programas de formação de professores é a melhor resposta que o ministério dá a onda da "apostilização". "Temos a certeza de que quanto melhor prepararmos o professor, menos ele irá aceitar a imposição das apostilas por quem quer que seja", diz. O ministro Fernando Haddad não quis falar ao Valor sobre o assunto.

O problema é que não há conclusões assertivas sobre os efeitos dos sistemas apostilados na rede pública. Muitos professores no Estado reclamam, tanto das apostilas privadas quanto das do Estado. A principal pesquisa existente foi apresentada pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo. A conclusão foi de que os municípios que adotaram as apostilas privadas melhoraram suas notas (veja quadro nesta página), embora isso não possa ser atribuído com segurança à adoção desses métodos.

"Não é possível relacionar as melhores notas obtidas pelo alunos cujos municípios contrataram esses serviços com os serviços em si e nem afirmar que se todos adotarem, todos irão melhorar. Vimos que os municípios que passaram a adotar as apostilas já vinham aumentando suas notas comparados aos que não adotaram. Então pode ser que um conjunto de medidas melhorem o desempenho, como o engajamento das autoridades e dos educadores municipais tendo como foco o aprendizado do aluno. Assim, a adoção de apostilas pode ser mais uma de uma série de medidas implementadas", afirma o coordenador da pesquisa da FGV, André Portela.

O estudo também mostrou que esses municípios têm perfil semelhante: são pequenos, com população na faixa de 24 mil habitantes e gastam cerca de 10% a mais com educação. Também afirmou "que em termos relativos ao total de prefeituras de um dado partido, PP, PSDB e PMDB são os com maior proporção de conveniados".

Uma outra pesquisa está em andamento. Coordenado por Thereza Adrião, professora doutora da Faculdade de Educação da Unicamp, o relatório com 365 páginas apresentado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) avalia iniciativas de parcerias com o setor privado na rede de ensino público paulista.

Com uma visão crítica dessas parcerias, a professora destaca quatro pontos prejudiciais à "apostilização": falta de controle social ou técnico, fragilidade conceitual e pedagógica dos materiais e serviços comprados pelos municípios, duplo pagamento pelo mesmo serviço - já que o MEC fornece materiais gratuitos, vinculação do direito à qualidade de ensino submetida à lógica do lucro - e padronização de conteúdos e currículos escolares como parâmetro de qualidade.

Durante a pesquisa, um outro componente foi destacado: o viés político das aquisições. "O que percebemos é que isso vem sendo utilizado como moeda eleitoral. O que ocorre quando a oposição vence a eleição? Muda-se o material, muda-se a empresa e a possibilidade de constituição de uma política educacional afeita às necessidades do município é, em realidade, negada", afirmou Thereza em e-mail ao Valor.

No relatório, escreveu: "Na falta de efetivas diferenças político-partidárias locais (nos pequenos municípios), são as medidas governamentais com certa visibilidade que se convertem em diferenciais nas disputas eleitorais: a aquisição do sistema de apostilas de hoje concorre com a construção da praça ou do coreto de outrora."

Foi o que ocorreu, por exemplo, em Taquaritinga (a 330 km de São Paulo). Em 2004, ano eleitoral, o prefeito Milton de Paula (PR) contratou o Sistema de Ensino Expoente para fornecer material didático e assessoria pedagógica ao município. Vitoriosa nas urnas, a oposição fez uma pesquisa na rede em que 90% dos professores optaram pela volta dos livros didáticos. O contrato com a Expoente foi desfeito.

Responsável por julgar as contas paulistas, o TCE notou que aumentava a cada ano o número de prefeitos que contratavam empresas de educação sem a realização de licitação prévia. Resolveu, então, exigir concorrência pública nesses casos.

O Ministério Público Estadual teve semelhante percepção e começou a investigar. Em 2007, o Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) deflagrou uma operação para apurar possíveis irregularidades na compra de apostilas da editora Múltipla em diversos municípios do interior paulista. Em gravação obtida pelos promotores, o dono da editora, Paulo Cesar Froio, afirma que, ao final do contrato celebrado com as prefeituras, 3% do total vão para o intermediário e outros 10% para o partido do prefeito.

Alguns municípios, como Limeira e Vinhedo, instauraram CPIs nas Câmaras Municipais, que acabaram arquivadas. À comissão de Limeira, Froio negou o esquema, disse que sabia que havia sido filmado e que, por isso, até piscou para a câmera.

Os maiores problemas ocorreram em Taubaté (a 123 km de São Paulo), onde o Ministério Público Federal trava uma batalha jurídica com o prefeito reeleito Roberto Peixoto (PMDB) para que sejam devolvidos aos cofres públicos R$ 33,4 milhões (cerca de 10% do orçamento) referentes a gastos com contratação do sistema de ensino Expoente entre 2006 e 2008. Em julho deste ano, o MPF entrou com uma ação de improbidade administrativa. Para o órgão, houve superfaturamento.

No ano passado, durante a campanha eleitoral, o MP representou o prefeito na Justiça Eleitoral em razão da confecção, pela Expoente, de 70 mil apostilas sobre a história da cidade que continham sua foto rodeado por crianças. O custo foi de R$ 1,57 milhão, sem concorrência.

A gráfica da Expoente rodou também 47 mil exemplares de um informativo que destacava investimentos da administração de Peixoto na educação. Neles, vinha escrito: "Cortesia do Sistema Expoente de Ensino".

Neste ano, após Peixoto vencer a eleição com uma diferença de 2.109 votos (1,4% do total), o contrato com a Expoente foi renovado por R$ 10 milhões, de novo sem licitação. O MP, porém, conseguiu que a Justiça o suspendesse liminarmente.

Em nota ao Valor, o Expoente afirmou que não foi o responsável por rodar as apostilas com a história da cidade e que o contrato com o município não foi superfaturado. Afirmou ainda que as escolas de Taubaté com seu material apresentaram notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) superiores à média nacional.

São justamente as notas no Ideb que os grupos costumam oferecer ao prefeito como melhor contrapartida de seus serviços. Além disso, outro atrativo é o auxílio gerencial. Para Guilherme Faiguenboim, diretor geral do sistema Anglo de ensino e presidente da Associação Brasileira de Sistemas de Ensino (Abrase), os livros didáticos fornecidos pelo MEC são bons, mas não resolvem o principal problema dos prefeitos no setor educacional: a gestão educacional.

"Chegar e distribuir livro de graça não resolve o problema. Vai ver se os professores estão usando. Não tem currículo, programação, planejamento. E isso tudo nós temos e fornecemos. Uma filosofia unificada de todas as matérias, linguagem comum, de forma organizada. O problema da rede pública é de gestão e os sistemas de ensino apresentam soluções de gestão escolar", afirma.

Ele diz também que o dispêndio de recursos com os sistemas privados acabam tendo retorno com a melhoria dos indicadores educacionais e, consequentemente, do IDH. Isso, segundo ele, torna a cidade atrativa para investimentos e para obter repasse de recursos financeiros. Questionado se há mesmo melhoras nos indicadores, ele diz que "não é uma panacéia que faz milagres, mas permite que o professor se organize para dar aula e que os alunos e pais fiquem motivados com a escola pública".

Faiguenboim rebate as críticas. "O ensino hoje passou a ser dominado por quem tem visão ideológica, e não, pedagógica. Qualquer coisa que se fale de participação de escola particular já acham um absurdo . É a ideologia interferindo no ensino. Isso é muito fácil na hora de escrever tese mas ensinar a criança a ler e a escrever é diferente." A Associação Brasileira dos Editores de Livros (Abrelivros) retornou os pedidos de entrevistas. Segundo alguns editores, o motivo é que, de olho no novo nicho de mercado, empresas que antes editavam livros didáticos tem começado a investir em apostilas, como a Ática/Scipone, Uno, FTD e Moderna.

O MEC tem resistido ao pedido dos grupos de ensino para que suas apostilas sejam avaliadas. O que se configura como outro fator de discordância entre Brasília e São Paulo. "O MEC vai precisar encarar essa realidade. Não pode ficar com essa visão de que todos os sistemas são fracos. Isso na verdade é mais uma razão para eles fazerem a avaliação" , afirma Paulo Renato. Reservadamente, os técnicos do ministério dizem não estar em seus planos fazer do Plano Nacional do Livro Didático um "Plano Nacional das Apostilas".




----------

GOVERNO LULA: APAGÕES E BORRÕES...

"O presidente Lula está com Alzheimer político" Ronaldo Caiado, líder do DEM, indignado com as críticas de Lula em relação ao mensalão

Cláudio Humberto - Cláudio Humberto
Jornal de Brasília - 16/11/2009

Comitê de Dilma se reúne até no Planalto

Para a ministra Dilma Rousseff a campanha de 2010 já começou e até sua casa se transforma em comitê eleitoral pelo menos uma vez por semana. Sempre às terças-feiras, ela reúne o comando da campanha ora em sua residência, e ocasionalmente no Palácio do Planalto, para discutir os rumos da corrida. Participam das reuniões o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ministro da Propaganda, Franklin Martins.

Presenças ilustres

Também vão às reuniões Fernando Pimentel, ex-prefeito de BH, Gilberto Carvalho, secretário de Lula, e o marqueteiro João Santana.

Estilo de ministro

As reuniões semanais do staff de Dilma Rousseff mostram seu estilo organizado e alguns dos pretensos futuros ministros

Peremptória insensatez


O ministro Genro (Justiça) confundiu "microincidente", como definiu o apagão, com "micoindicente", que ele pagou dizendo tamanha tolice.

Volta para o futuro

Tudo o que não quer Dilma, a mãe do apagão, neste momento, é ser lembrada como a ex-ministra das Minas e da Falta de Energia.

Planos de saúde mais caros para servidor idoso

O governo Lula parece desprezar mesmo os votos dos idosos: a partir de janeiro, o repasse do auxílio-saúde para servidores e pensionistas será reajustado de R$ 65 para R$ 72. O preço médio de um plano de saúde para quem já chegou aos 60 anos é de R$ 400, ou seja, o idoso vai ter de pagar mais pelo restante. O novo valor atinge cerca de 2 milhões de servidores de forma linear, independentemente da idade.

Apreensão


Há apreensão no Banco Central sobre previsões de crescimento recorde do Brasil em 2010: sem infraestrutura no País, a inflação

pode voltar.

Está explicado

O leitor Frederico Araújo, de São Paulo, descobriu a razão do sumiço da ministra Dilma Rousseff após o apagão: "Ela tem medo do escuro".

Fiat Lux

O Ministério da Propaganda também apagou: em cadeia de rádio e TV, Lula ao menos poderia dizer que não viu nada "porque estava escuro".

Barata tonto


Eduardo Barata, diretor do Operador Nacional dos Sistemas, parecia ontem uma barata tonta, na tevê, tentando explicar o apagão da era Lula e a incapacidade de sua ONS de evitá-lo.

Trem-fantasma

Ontem, day after do desastroso apagão nacional, a ministra Dilma tinha agendados encontros com o governador Luiz Henrique, de Santa Catarina, e com técnico chinês de projetos de ferrovias e trem-bala.

Farol do breu


A sede no Rio da estatal Furnas, uma das responsáveis pelo apagão, iluminava o breu dos moradores de Botafogo, Zona Sul, com todos os geradores ligados. Deu uma inveja nos contribuintes...

Mentira de advogado

Até o ministro Marco Aurélio, caiu na lorota de que o terrorista Cesare Battisti "não foi submetido ao devido processo legal". Não é verdade. Ele foi duas vezes julgado por quatro assassinatos e condenado à prisão perpétua em um país democrático, com uma Justiça plena.

Bagunça gerencial

A Secretaria de Relações Públicas do Senado enviou correspondência ao líder do PMDB. No envelope, branco e grande, foi na etiqueta: "Cargo: vago". Renan Calheiros (AL), o ocupante, deve ter adorado.

Madame nervosa

Funcionária da Comissão da Partilha do Pré-Sal, na Câmara, Maria Auxiliadora ("Cilí") trata repórteres com muita grosseria. A dúvida é se apenas imita o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) ou cumpre ordens.

Outro apagão

Cerca de 2 mil trabalhadores Furnas Centrais Elétricas recorrerão ao TRT de Brasília contra o acordo do Ministério Público do Trabalho com a estatal que pode resultar na demissão, até dezembro, de mais de 400 empregados qualificados, que fariam muita falta num próximo apagão.

Perguntar não ilumina

Quando o governo Lula vai criar o Bolsa-vela?

Poder sem pudor

Medalhas: quem as merece?

A rainha Elisabeth II visitava o Brasil, no governo do general Costa e Silva, e foi recepcionada no Palácio da Alvorada (na época, o Palácio do Itamaraty não existia) ao lado do marido, príncipe Phillip, pingunço profissional. Após algumas doses, o príncipe resolveu usar o humor britânico para ironizar as condecorações no peito do general Jaime Portela, chefe do Gabinete Militar do presidente brasileiro:

– Medalhas conquistadas no campo de batalha, general?...

Eram medalhas por mérito, antiguidade etc. Portela devolveu na bucha:

– E estas no seu peito, majestade, foram conquistadas na cama?

-----------------


SÃO PAULO: RODOANEL, SEXTA-FEIRA, 13

Escombros tucanos

Autor(es): FERNANDO DE BARROS E SILVA
Folha de S. Paulo - 16/11/2009

...
Que não tenha morrido ninguém foi "um milagre", disse o próprio governador de São Paulo, ao observar, in loco, o resultado do desabamento de três vigas do Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt, na noite de sexta. "Milagre" não é uma palavra que costuma frequentar o vocabulário do engenheiro José Serra, adepto obcecado da razão. Ele falou ainda em "barbeiragem" a ser esclarecida, o que soa quase como um eufemismo. "Negligência criminosa" não seria mais adequado?
Registre-se que, sim, lamentavelmente uma pessoa morreu na madrugada de sábado depois de um acidente provocado pelo congestionamento na rodovia.
Aguardemos as investigações, mas o que por ora já se sabe não é nada republicano. Relatório do Tribunal de Contas da União havia apontado várias "irregularidades graves" nas obras do trecho sul do Rodoanel. Entre elas, a substituição do material das vigas definido em contrato por outro, mais barato.
Apesar dessa e de outras tantas maracutaias técnicas, o TCU viu indícios de superfaturamento pesado na obra. OAS, Mendes Jr. e Carioca Engenharia, do consórcio responsável pelo trecho, nada disseram até o momento. O silêncio traduz o descaso arrogante com que empreiteiras desacostumadas à luz do dia tratam a opinião e a coisa pública.
Como não lembrar da tragédia ainda recente na linha 4 do metrô, em janeiro de 2007? Não foi a mesma negligência criminosa que deu origem à enorme cratera para onde foram tragados seis carros e morreram soterradas sete pessoas?
Conseguirão os tucanos concluir uma obra de porte em São Paulo sem cometer desastres pelo caminho? Não há retórica da competência ou do bom gerenciamento que resista aos escombros monumentais que esses seletos homens públicos são capazes de produzir. Os tucanos precisam compatibilizar a boa imagem que fazem de si mesmos com as imagens que a realidade insiste em nos exibir.
......

BRASIL/ENERGIA ELÉTRICA: ''FIAT LUX'' II

Brasil precisa de plano B de energia

Plano B para Copa e Olimpíadas


Autor(es): Gustavo Paul, Mônica Tavares e Eliane Oliveira
O Globo - 16/11/2009
Para evitar apagões, especialistas indicam reforço na transmissão e novos sistemas de geração


BRASÍLIA. O Brasil precisará de um plano B de energia para garantir a tranquilidade do fornecimento de luz durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, afirmam especialistas do setor elétrico ouvidos pelo GLOBO. Para eles, o apagão na terça-feira da semana passada deve ser encarado como um alerta de que não basta apenas construir grandes hidrelétricas e novas linhas de transmissão.

Para dar confiabilidade ao sistema e evitar surpresas deve-se rever o planejamento e tomar providências.

Estas vão do reforço da rede de transmissão até a instalação de sistemas paralelos de geração, próximos aos grandes centros, o desenvolvimento de novas tecnologias e a construção de instalações que façam uso eficiente da energia.

A queda simultânea de três linhas de transmissão de Itaipu, que levou ao colapso de outras 15 e apagou 18 estados, mostrou que uma das fragilidades do setor elétrico está justamente numa das suas principais características: a rede integrada. Para contornar esse problema, a solução mais lembrada pelos especialistas é diversificar a matriz energética, investindo em formas alternativas e mais próximas dos grandes centros, como usinas térmicas a gás, biomassa (palha de cana, por exemplo) e eólica. No caso de o sistema interligado cair, essas usinas poderão suprir a demanda local.

Investir na geração próxima às cidades

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, lembra que é necessário investir nestas formas de geração nas proximidades das grandes cidades principalmente durante a Copa. E é preciso investir em um sistema de proteção mais adequado das linhas de transmissão.

— O problema é transmissão e isso leva à necessidade de diversificação da matriz com uma lógica regional — disse Pires.

O consultor de energia renovável e sustentabilidade da Trevisan, Antonio Carlos Porto Araújo, lembra que, além da Copa e das Olimpíadas, há o esperado crescimento econômico pós-crise. Se, nos próximos sete anos, a economia crescer cerca de 5%, o país terá de dobrar a sua oferta de energia, com um acréscimo de cem mil megawatts: — Sem contar a questão social, pois há previsão de atender, com energia elétrica, cerca de 5,5 milhões de famílias, o que daria algo em torno de 20 milhões de pessoas. É um público que necessita de o equivalente a mais de meia Itaipu, ou ao menos 8 mil MW.

O consultor Afonso Henriques, exsecretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, defende que as principais cidades — entre elas as 12 sedes da Copa e dos Jogos — contem com um sistema de cogeração, ou seja, uso de insumos e sobras na produção agrícola e industrial pelas empresas, de forma a reduzir a dependência do sistema interligado. Para ele, ainda há tempo de preparar as cidades que vão receber os jogos da Copa e o Rio, para as Olimpíadas. É necessário, afirma, incentivos para que o metrô, por exemplo, instale geração própria.

O ex-presidente da distribuidora Eletropaulo Eduardo Bernini diz que além de investimentos em transportes, estádios e aeroportos para os Jogos, as autoridades têm de ficar atentas para a necessidade de investimentos na rede de distribuição.

— As consequências da falta de investimentos em um ano só aparece três a quatro anos depois. As distribuidoras atuam no varejo da energia — afirma.

Os exemplos não faltam. No início de novembro, 400 transformadores em 30 bairros do Rio desligaram, deixando 1.500 clientes sem eletricidade, devido ao grande uso de aparelhos de arcondicionado e ventiladores. Segundo técnicos, isso sobrecarregou o sistema, e a solução é instalar mais transformadores ou com potência maior.

Sistema inteligente anteciparia problema

Investimentos em tecnologia são outra saída. O consultor Cyro Vicente Boccuzzi, ex-vice-presidente da Eletropaulo, aponta para a necessidade de o país adotar o chamado smart grip, tendência que vem crescendo no mundo, de fornecimento inteligente de energia. Esse sistema deverá ter regras unificadas em todo o planeta até o fim de 2011 e prevê sistemas inteligentes de detecção de problemas nos sistemas de energia, para anteciparse aos problemas: — O sistema atual não tem desligamento seletivo. A energia é cortada em grandes regiões. Isso pode ser mudado com uso da tecnologia de informação.

Ao mesmo tempo, o sistema prevê geração de energia localizadas — como a solar — em casas, edifícios e estádios, que garantem o abastecimento mesmo se a rede entrar em colapso. A tecnologia existe e, diz Boccuzzi, deve se disseminar no mundo em 2012: — O problema que ocorreu mostrou para a sociedade que os sistemas atuais têm tecnologia que não atende às necessidades da sociedade. Ainda temos uma filosofia de 50 anos atrás.

Claudio Salles, o presidente do Instituto Acende Brasil, órgão que reúne investidores privados no setor, adverte que, além da geração localizada, também devem ser levados em consideração novos investimentos na rede de transmissão, aumentando as linhas de reserva, para o caso de queda de dois ou mais circuitos. Ele defende um novo planejamento setorial: — Temos de melhorar a qualidade do planejamento e espero que o apagão tenha servido para isso.

As cidades sedes da Copa do Mundo também terão de optar por soluções criativas. Uma delas poderá ser construções que usem menos energia, com aparelhos de ar-condicionado mais eficientes e que usem menos iluminação artificial, defende o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (Apine), Luiz Fernando Vianna: — O planejamento terá que definir se o suprimento de energia da Vila Olímpica no Rio vai ser local, com termelétricas, ou por meio de linhas de transmissão.

----------

MEIO AMBIENTE: COPENHAGUE ou KYOTO (Enquanto você espera...)

LÍDERES MUNDIAIS DECIDEM ADIAR NOVO ACORDO CLIMÁTICO

LÍDERES RECUAM E ATRASAM ELABORAÇÃO DE ACORDO DO CLIMA


Folha de S. Paulo - 16/11/2009

Para EUA e outras potências, não há chance de tratado que fixe novas metas para redução de emissão de gases

O presidente dos EUA, Barack Obama, e outros líderes mundiais adiaram a fixação de novo acordo sobre o clima. A cúpula das Nações Unidas sobre o assunto, em Copenhague, no próximo mês, deve resultar numa declaração inespecífica e não obrigatória, deixando de lado os pontos mais difíceis.

Para os líderes, que estão em Cingapura para o encontro da Apec, (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), não é realista esperar que um acordo compulsório seja fechado em Copenhague. A ideia é deixá-lo para outra conferência, possivelmente a da Cidade do México, em dezembro do ano que vem.


Encontro em Copenhague, no próximo mês, deve produzir uma declaração de intenções e não um tratado compulsório

Barack Obama e premiê da Dinamarca, anfitrião da conferência climática da ONU, anunciaram decisão ontem em encontro na Ásia


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes globais decidiram adiar a difícil tarefa de alcançar um acordo para o clima. Ou seja, a conferência da ONU sobre o assunto, no próximo mês em Copenhague, deve agora resultar apenas em uma declaração "politicamente vinculante", algo pouco específico e não obrigatório, deixando os pontos mais difíceis para mais tarde.
Ontem, num café da manhã arranjado de última hora durante o encontro da Apec (sigla em inglês para Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), em Cingapura, os líderes, incluindo Lars Rasmussen, premiê da Dinamarca e anfitrião da conferência do clima, concordaram que, para salvar o encontro de Copenhague, eles teriam que jogar um acordo legalmente compulsório para um encontro futuro -possivelmente a conferência do clima da Cidade do México, em dezembro do próximo ano.
"Existe uma avaliação entre os líderes de que não é realista esperar que um acordo completo, legalmente obrigatório, seja negociado entre agora e Copenhague, que começa em 22 dias", disse Michael Froman, assessor de economia dos Estados Unidos.
"Não acho que as negociações tenham caminhado de forma que qualquer um dos líderes acreditasse que nós fôssemos alcançar um acordo final em Copenhague."

Tragédia anunciada
Com o relógio correndo rápido e com profundas discórdias sem resolução, pareceu, por vários meses, cada vez mais difícil que as negociações de Copenhague fossem produzir um tratado novo, abrangente e compulsório sobre o aquecimento global, como os seus organizadores esperavam.
O objetivo do novo acordo é ampliar o Protocolo de Kyoto, cujo primeiro período de compromisso expira em 2012, e ao mesmo tempo incluir ações mais substanciais de corte de emissões por parte dos Estados Unidos e dos países emergentes, como o Brasil.
A decisão de ontem sedimenta algo que os negociadores já tinham aceitado como inevitável: os representantes das 192 nações não se entenderiam a tempo. O abismo entre os países ricos e pobres, e mesmo entre os ricos, era simplesmente grande demais.
Entre as principais barreiras para um acordo abrangente em Copenhague no próximo mês está a incapacidade do Congresso americano de promulgar uma legislação que apontasse metas obrigatórias de corte de gases-estufa no país.
Sem tal comprometimento por parte dos Estados Unidos, o maior poluidor histórico, todos os outros países, ricos e pobres, ficam avessos a fazer suas próprias promessas de redução de emissões de gases-estufa.
Membros do governo americano e líderes no Congresso vinham dizendo que leis sobre o clima não sairiam antes do primeiro semestre de 2010.
A decisão da Apec foi muito criticada por ambientalistas.
"O premiê dinamarquês Rasmussen tornou-se cúmplice do chamado "acordo" americano, que colocaria as dificuldades políticas de Obama acima da sobrevivência dos países mais vulneráveis do mundo", disse Kaisa Kosonen, conselheira de política de clima do Greenpeace, na véspera de uma reunião ministerial hoje em Copenhague que deveria preparar o terreno para a cúpula de dezembro. Ela questionou se outros líderes europeus sabiam da decisão tomada na Apec.
A ONG WWF disse que os líderes "perderam uma grande oportunidade de se aproximar de um acordo justo, ambicioso e compulsório" em Copenhague e que "isso não parece ser uma estratégia inteligente" contra a mudança climática.

-------------

GOVERNO LULA/DILMA/LOBÃO [In:] APAGÃO ELÉTRICO. ''FIAT LUX''

Brasil

Na idade das trevas

Desde 1985, o Brasil sofre, em média, um blecaute de proporções nacionais a cada seis anos. A confiabilidade do nosso sistema, portanto, é baixa. O governo não consegue jogar luz sobre as causas do problema. Sua única preocupação é tentar provar que "o apagão de Lula" é bem menor que "o de FHC". É irracional

Fotos Luciana Figueiredo/ Marlene Bergamo/Folha Imagem
Durante o apagão
Avenida paulista, em São Paulo, no dia
10 de novembro de 2009, às 22h43
Após o apagão
Avenida paulista, em São Paulo, no dia
12 de novembro de 2009, às 22h17

VEJA TAMBÉM

Na terça-feira passada, 10 de novembro, às 22h13, o Brasil acendeu as velas para enfrentar mais um blecaute de dimensões nacionais. Sim, mais um. A frequência com que o nosso sistema de energia elétrica entra em pane é inquietante. Desde 1985 temos, em média, um mega-apagão a cada seis anos. Desta vez, a falta de luz afetou, em maior ou menor grau, dezoito estados, deixando às escuras 88 milhões de brasileiros. Nosso sócio na geração elétrica em Itaipu, o Paraguai, também foi tirado da tomada. São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados mais amplamente atingidos, mas a anormalidade se fez sentir até no Acre, no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte. Foi o maior apagão da história brasileira em extensão. No total, 28 000 megawatts, ou 45% de toda a energia que estava sendo consumida no Brasil naquele momento, sumiram dos fios. A situação só foi normalizada cinco horas e 47 minutos depois. Raiava a manhã quando a última subestação derrubada pelo blecaute se recuperou. O Brasil voltou à normal.

Sim, mas até quando? Pelo seu desenho estrutural, qualidade de manutenção das redes e base de geração de energia, o sistema elétrico brasileiro tem uma eficiência de 95%. Isso significa que o sistema convive com uma janela de incertezas de 5% (1/20), o que, estatisticamente, aponta para uma grande falha a cada vinte anos. Como os blecautes têm ocorrido com frequência bem maior (1985, 1999, 2002 e 2009, para citar os mais recentes), é inevitável concluir que o sistema funciona aquém de sua eficiência projetada. Isso decorre de diversos fatores. Primeiro, do acentuado descontrole do regime de chuvas, que torna o nível dos reservatórios uma loteria. Segundo, da inadequada manutenção de certos trechos das linhas de transmissão. E, terceiro, da própria operação do sistema. Esse último ponto se refere à complexa administração entre produção e consumo de eletricidade por um vasto sistema integrado que cobre quase todo o território nacional em uma grade única. Se há demanda demais e oferta de menos, o sistema pode cair e produzir um blecaute. A situação contrária também é potencialmente perigosa. Ela ocorre quando as usinas injetam muito mais energia nos cabos de transmissão do que o necessário. Em ambos os casos, o desequilíbrio pode atingir limites máximos de segurança, fazendo com que os equipamentos do sistema, por precaução, se desarmem em cascata a ponto de derrubar toda a rede. Não se sabe o que exatamente provocou o blecaute da semana passada, mas, como das outras vezes, ele ocorreu pelo conhecido efeito dominó que desliga equipamentos ao longo da linha de transmissão em virtude de um desequilíbrio sério que põe em risco a rede e os equipamentos dos usuários nas casas.

Fernando Cavalcanti

CÓCEGAS ELÉTRICAS
Na quinta-feira, a tempestade flagrada nesta fotografia reduziu em apenas 10% a energia fornecida por uma das linhas de Itaipu. Nada de blecaute.


O que se sabe até agora é que o apagão teve início no principal ramal de transmissão elétrica do país, que leva toda a eletricidade de Itaipu, a hidrelétrica que mais produz energia no mundo, até São Paulo. De lá, boa parte da energia é redirecionada para o resto do país. Por esse ramal, operado por Furnas, trafegam 20% de toda a energia brasileira. O trabalho de transmissão é feito por cinco linhas. Três delas, as principais, vão de Foz do Iguaçu até a subestação de Tijuco Preto, perto de São Paulo. Elas passam por duas subestações, localizadas nas cidades de Ivaiporã (PR) e Itaberá (SP). As duas linhas restantes, de menor capacidade, levam energia de Itaipu até a subestação de Ibiúna, também próxima à capital paulista.

O apagão começou nas três linhas principais, de potência mais alta. "Houve um curto-circuito na primeira linha, às 22h13. Depois de 70 milésimos de segundo, a segunda linha foi atingida por outro curto. Mais 50 milésimos, e a terceira linha sofreu o mesmo problema. Foi uma falha tripla, praticamente simultânea, antes de Itaberá", disse a VEJA Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), autarquia federal que monitora todas as usinas e linhas de transmissão do país e goza de excelente reputação técnica não apenas no Brasil mas em suas congêneres do mundo. Um curto-circuito se dá quando dois fios desencapados se tocam liberando instantaneamente uma energia descomunal que, de outra forma, teria se dissipado ao longo de todo o circuito. Daí o nome curto-circuito. É um fenômeno comum no velho e enferrujado ferro de passar da casa da vovó ou chuveiro elétrico da casa de praia. É raríssimo em uma rede de transmissão de energia. A ocorrência de três curtos-circuitos de uma só vez numa rede de transmissão de eletricidade é, desde já, um evento a ser estudado no campo das probabilidades infinitas. O triplo curto-circuito desencadeou o efeito dominó que escureceu o Brasil na semana passada.

As subestações das três linhas principais caíram, interrompendo a passagem da energia de Itaipu. As duas linhas de menor capacidade não conseguiram suprir, sozinhas, toda a demanda do sistema, e também caíram. Com as cinco linhas cortadas, o inevitável ocorreu. Itaipu passou a regurgitar toda a eletricidade que produzia, uma situação grave que, se não é aliviada rapidamente, provoca explosões nos transformadores e conversores da usina, inutilizando-a por meses e até anos. Para evitar o desastre, todas as turbinas de Itaipu foram desligadas.

Nesse instante, São Paulo e Rio de Janeiro já estavam às escuras. Para tentar evitar uma crise sistêmica de abrangência nacional, os computadores do ONS enviaram comandos eletrônicos às demais usinas do país instruindo-as a liberar toda a carga potencial, de modo a suprir em parte o sumiço instantâneo dos 14 000 megawatts de Itaipu. Esses processos são automáticos. Levam menos de dez segundos. Mas de nada adiantou a rapidez da reação. Em um sistema integrado, como na circulação do corpo humano, o que ocorre em um ponto qualquer do percurso da eletricidade ou do sangue tem efeito sobre toda a rede. Quando as usinas paulistas de Ilha Solteira, Jupiá, Água Vermelha, Taquaruçu e Capivara atenderam aos comandos do ONS, o sistema já estava em pane. Os técnicos definem esses momentos cruciais como "colapso de tensão". Em um movimento de autodefesa, as subestações se desplugam uma depois da outra em cascata. Diz Hermes Chipp: "Quando há um colapso de tensão, você perde o controle do sistema e torna-se impossível isolar o problema original".

Retomada a normalidade na manhã seguinte, permaneceu aguda a necessidade de saber o que exatamente provocou a cadeia de eventos que levou ao blecaute. A versão do governo, mais preocupado com as reações em cascata do blecaute na saúde eleitoral da candidata da situação, girou em torno do pensamento mágico, pondo a culpa em forças além do controle do homem – não só do "cara". Para acreditar na versão oficial, é preciso aceitar que três raios poderosos possam ter caído quase ao mesmo tempo sobre três linhas de transmissão – sendo que uma delas dista 20 quilômetros das outras duas. O órgão que monitora tempestades e raios no Brasil em tempo real é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Seus técnicos informam que não detectaram nenhuma descarga atmosférica significativa na região cortada pelas linhas de transmissão de Itaipu. Para serem exatos, os técnicos do Inpe destacam que no momento do blecaute caiu um raio a pouco mais de 30 quilômetros da subestação de Itaberá. Poderia esse raio ser culpado? "A probabilidade de um raio ser a causa do desligamento é igual a zero", afirma Osmar Pinto Júnior, do Grupo de Eletricidade Atmosférica. De onde vem tanta certeza? Afinal, raios são fenômenos enigmáticos e de duração efêmera. O único raio registrado naquele instante era muito fraco para causar problemas. Ele tinha 12 000 ampères. Para desligar uma única subestação, seria preciso uma descarga oito vezes maior – ou seja, um raio com corrente de pelo menos 100 000 ampères.

A versão oficial não se sustenta no universo da física. E é ainda mais frágil no campo da lógica. Simplesmente, o sistema de energia brasileiro não pode ser vulnerável à queda de raios. Primeiro porque o Brasil é o país sobre cujo território mais caem raios no mundo. São 60 milhões de descargas atmosféricas por ano. Pelo menos vinte delas atingem, a cada dia, uma linha de transmissão – sem que isso produza megablecautes. Na última quinta-feira, a reportagem de VEJA estava em Itaipu e presenciou a passagem de uma tempestade de raios ao lado da usina. O que aconteceu? Os raios fizeram apenas cócegas em Itaipu. Na hora da tempestade, a usina fornecia 800 megawatts ao Paraguai. Os raios começaram e houve redução da carga para 720 megawatts. Em quinze minutos, tudo havia voltado ao normal. Isso acontece em média uma vez por mês. É rotineiro. O que não é rotina é raio provocar blecaute. Não deveria também ser rotina de governo dar como "caso encerrado" um blecaute que infernizou a vida de 88 milhões de brasileiros e cuja causa permanece um mistério.

Fotos Gustavo Miranda/Ag. O Globo/ Ed Ferreira/AE

DE QUEM É O APAGÃO?

Dilma Rousseff, ministra de Minas e Energia entre 2003 e 2005, deixou o primeiro combate das explicações esotéricas para Edison Lobão. Na quinta-feira ela negou "fragilidades" no sistema, mas reconheceu que apagões são "inevitáveis". Falta explicar a causa.

-------------

http://veja.abril.com.br/181109/na-idade-trevas-p-072.shtml

---------------

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

16 de novembro de 2009

O Globo

Manchete: EUA e China decidem adiar acordo sobre clima
Grandes poluidores deixarão metas de corte para depois de Copenhague

Os EUA, a China e outros países reunidos em Cingapura para o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) decidiram adiar um acordo sobre metas concretas para o corte de emissão de gases do efeito estufa, que deveria ser fechado em Copenhague, em dezembro. Os 21 países do Apec respondem por 60% das emissões, e, com a medida, transformam a conferência na Dinamarca num encontro apenas político, preparatório para futura reunião de resultados concretos. A decisão, que contou com a participação dos presidentes Barack Obama (EUA) e Hu Jintao (China) e do primeiro-ministro da Dinamarca e anfitrião do encontro de Copenhague, Lars Lokke Rasmussen, seria uma forma de salvar a conferência diante da total falta de consenso entre países ricos e em desenvolvimento. (págs. 1 e 19)

Brasil precisa de plano B de energia

Para especialistas, garantia de luz na Copa requer reforço de transmissão e nova geração

Para garantir o fornecimento de luz durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio, o Brasil precisará de um plano B de energia, dizem especialistas. Segundo eles, entre as medidas para evitar surpresas como o apagão da semana passada estão o reforço da rede de transmissão, a criação de sistemas paralelos de geração, próximos a grandes cidades, e o uso eficiente da energia. O ministro Edison Lobão deve ir ao Senado explicar o apagão, evitando a ida da colega Dilma Rousseff. (págs. 1, 13 e 14)

CNJ investigará devassa em cartório do Rio

O Conselho Nacional de Justiça investigará a devassa no cartório que repassava R$ 280 mil mensais a lobista. (págs. 1 e 5)

‘Caetano não tinha que dizer aquilo’

Matriarca do clã Veloso, dona Canô Veloso, de 102 anos, disse que o filho Caetano errou ao chamar o presidente Lula de analfabeto.
"Caetano não tinha que dizer aquilo", afirmou ela, que prometeu ligar hoje para o presidente para se desculpar. "Lula não merece isso. Foi uma ofensa sem necessidade", disse. Dona Canô, porém, não pretende puxar a orelha do filho famoso: "Ele mesmo puxa, sabe que o presidente não merece." (págs. 1 e 5)

Charge Chico: Novo conto de fada (curto e grosso)

- Lobão, por que esse apagão tão grande?
- Ô Chapeuzinho ... vai perguntar pra tua vó!

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Líderes mundiais decidem adiar novo acordo climático

Para EUA e outras potências, não há chance de tratado que fixe novas metas para redução de emissão de gases

O presidente dos EUA, Barack Obama, e outros líderes mundiais adiaram a fixação de novo acordo sobre o clima. A cúpula das Nações Unidas sobre o assunto, em Copenhague, no próximo mês, deve resultar numa declaração inespecífica e não obrigatória, deixando de lado os pontos mais difíceis.

Para os líderes, que estão em Cingapura para o encontro da Apec, (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), não é realista esperar que um acordo compulsório seja fechado em Copenhague. A ideia é deixá-lo para outra conferência, possivelmente a da Cidade do México, em dezembro do ano que vem. (págs. 1 e A17)

CLAUDIO ANGELO
Fiasco já vinha se desenhando havia anos

O fiasco prévio da reunião de Copenhague vinha se armando havia anos. Mas a culpa não é só dos EUA, que respondem por quase um quarto das emissões mundiais. Europeus estão divididos. Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia não querem compromisso. Com um clima desses, é melhor suspender a reunião. Do contrário, teríamos um acordo frouxo, à la Kyoto. (págs. 1 e A17)

Foto legenda: Paredes internas

Ramon Martins na montagem de mostra que reúne obras de 6 grafiteiros no Masp; arte das ruas ganha cada vez mais museus (págs. 1 e E1)

Conselho apura se houve falha de engenheiros no Rodoanel

O Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de São Paulo ouvirá os engenheiros envolvidos na execução e fiscalização
do Rodoanel.

Técnicos da Dersa e das empreiteiras responsáveis pela obra devem ser convocados. Na sexta, a queda de vigas de um viaduto em construção em Embu (SP) deixou três feridos na rodovia Régis Bittencourt. (págs. 1 e C3)

Carência de dinheiro, e não TCU, emperra obras do PAC

Apontado pelo governo federal como um dos principais obstáculos às obras do PAC, o TCU (Tribunal de Contas da União) faz restrições a apenas 9 (4%) de 232 projetos prioritários que, até setembro, haviam recebido menos de um quinto das verbas previstas para este ano, a dado é de levantamento feito pela Folha nos ministérios dos Transportes e das Cidades. (págs. 1 e A4)

Sistema elétrico era vulnerável à ação de hackers

Falhas que deixavam o site do Operador Nacional do Sistema Elétrico vulnerável a invasões foram corrigidas só na sexta, três dias após o apagão em 18 Estados. Elas permitiam descobrir programas usados para armazenar dados, relata Fernando Rodrigues. O ONS diz que não houve ataque. (págs. 1, C6 e C7)

PF testa novo tipo de grampo e avião-espião

A Polícia Federal desenvolve um "supergrampo" que não depende da intermediação das teles e terá "aviões-espiões" não tripulados para vigiar fronteiras e combater o tráfico. A PF está criando os instrumentos de interceptação com acompanhamento do Conselho Nacional de Justiça. (págs. 1 e A8)

Saúde: Exame de imagem não vê doença coronária em estágios preliminares (págs. 1 e C9)

Editoriais

Leia "Lula e seu duplo", sobre imagem pública do presidente, e
"Brasil equidistante", acerca de conflitos no Oriente Médio. (págs. 1 e A2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Líderes mundiais descartam acordo sobre aquecimento

Definição de metas obrigatórias de corte de emissões deve ganhar novo prazo

Líderes políticos da Ásia, dos EUA e da Europa descartaram ontem a possibilidade de assinatura de um novo tratado climático internacional em Copenhague. Fala-se agora em acordo “politicamente vinculante", em vez de “legalmente vinculante". Na prática, as metas obrigatórias de redução de emissões de gases do efeito estufa para a segunda fase do Protocolo de Kyoto seriam adiadas, Anfitrião do encontro de dezembro, o primeiro-ministro da Dinamarca, LarsLokke Rasmussen, esteve em Cingapura para discussão antecipada com Barack Obama e chefes de Estado asiáticos. Para ele, o possível agora seria um acordo que estabelecesse só diretrizes básicas e um novo prazo para negociação de metas. (págs. 1 e A12)

Artigo
José Goldemberg, professor da USP

Falta de visão vai a Copenhague

A grande maioria dos governos ainda não se convenceu da seriedade dos problemas decorrentes do aquecimento ou enfrenta problemas mais urgentes. (págs. 1 e A2)

Foto legenda: Desencontro - Obama e chefes de Estado asiáticos no encerramento de encontro em Cingapura: falta consenso para a assinatura de um novo tratado climático internacional

Novas leis ameaçam exportações do Brasil

Estudo da Fiesp estima que 15,4% das exportações anuais do Brasil para os EUA - o equivalente a US$ 5 bilhões - estão na mira da nova legislação americana sobre mudanças climáticas, afetando vendas brasileiras de aço, celulose, papel e alumínio. A União Europeia estuda a adoção de "taxa de carbono" para produtos importados e, no plano das discussões trabalhistas, sindicatos ganham força em acordos de comércio e no combate ao trabalho escravo e infantil. (págs. 1, B1 e B3)

Viaduto do Rodoanel só será retomado após laudo

O secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, afirmou que a obra do viaduto no Rodoanel só será retomada após a conclusão do laudo do IPT sobre o desabamento de três vigas da estrutura na Rodovia Régis Bittencourt, na sexta-feira. Até sábado, o governo dizia que os trabalhos recomeçariam em 15 dias. Apesar de não haver prazo para a análise ser concluída, Arce mantém a inauguração do Trecho Sul para março. (págs. 1 e C1)

Foto legenda: Unicamp: atraso e choro

Um minuto de atraso e Graicy Vital, de 17 anos, não fez o vestibular para a Unicamp, ontem em SP. Ela chegou com o filho Enzo, de 14 dias, e a mãe, que cuidaria do neto. Dos 55.484 inscritos, 5,3% nem foram à prova. (págs. 1 e A14)

Educação: Lição de casa desafia pais

Pesquisa revela: 65% dos pais acompanham a lição dos filhos. Para educadores, isso é fundamental, mas os pais devem resistir à tentação de resolver as questões. (págs. 1 e A14)

Antonio Prata: Guerra aos gays

Evangélicos fazem cruzada na web pelo direito de ofender quem namora pessoas do mesmo sexo. (págs. 1 e C6)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: Polícia terá o adicional 'olímpico' incorporado

Governo estadual espera que medida melhore a segurança para os Jogos

Boas novas para as polícias civil e militar. O governador Sérgio Cabral afirmou que o abono olímpico, que será pago aos policiais a partir de 2010, será incorporado aos salários após a Olimpíada de 2016. O adicional virá de recursos federais, e Cabral espera que a medida ajude a melhorar a segurança da cidade para os Jogos. O governador não anunciou de quanto vai ser o abono, mas será um valor superior aos R$ 400 do Bolsa Formação que serão pagos para os policiais que participarem de cursos de reciclagem e desenvolvimento.
"Isso não impede que todo ano eu continue fazendo reajustes", disse o governador sobre o salário dos PMs. (págs. 1 e Cidade A14)

De vilã, uma cidade passa a heroína

A cidade de Marcelândia (MT) saiu do primeiro lugar entre as que mais destruíam a Amazônia, em 2007, para o desmatamento zero, em 2009. A principal ação foi o cerco à exploração ilegal de madeira, uma das principais atividades do município. (págs. 1 e País A5)

Game alerta para a tosse estranha

Alertar as crianças para os riscos da tuberculose de uma forma lúdica. Essa é a base do projeto social da Fundação Oswaldo Cruz com moradores das comunidades de Manguinhos. Nele está incluído um game chamado A tosse misteriosa. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Lula eufórico com Meio Ambiente

O presidente Lula está radiante com o Ministério do Meio Ambiente. O Brasil, pela primeira vez, tem uma meta de emissão de gases, a ser apresentada em Copenhague. E ontem, ministros da África do Sul e da Índia disseram ao ministro Carlos Minc que seguirão o exemplo do Brasil. (págs. 1 e Hilde B5)

Coisas da política

Curto-circuito atinge a base aliada. (págs. 1 e A2)

Outras páginas

Raios, políticos e hackers podem cortar a luz. (págs. 1 e A6)

Editorial

Transporte do Rio está fora dos trilhos. (págs. 1 e A8)

Sociedade Aberta

Ana Cristina Barros
Representante da The Nature Conservancy

Redução das emissões é necessária. (págs. 1 e País A6)

Sociedade Aberta

Cláudio Lozana
Mestre em motricidade humana

Por uma política pública para a população idosa. (págs. 1 e Tema do dia A3)

---------------------------------------
http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
--------------