PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, outubro 26, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] É ''DOSE'' (metria)



























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APAGÃO ELÉTRICO: ''MEA CULPA''

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Sequência de apagões não é normal, admite Ministério de Minas e Energia

Estadão

BRASÍLIA - Pela primeira vez, o Ministério de Minas e Energia (MME) admitiu que a sequência de quedas de energia,...


BRASÍLIA - Pela primeira vez, o Ministério de Minas e Energia (MME) admitiu que a sequência de quedas de energia, que têm afetado diversas regiões do País nas últimas semanas, pode não se tratar apenas de coincidências. O ministro interino, Márcio Zimmermann, disse há pouco que esse tipo de evento "não é normal" e que "essas coincidências são menos ainda". Na madrugada desta sexta-feira, um apagão atingiu estados do Nordeste e do Norte do País.

"Já é a terceira semana seguida em que isso acontece e vamos tomar todas as providências para análise do que ocorreu", disse o ministro interino ao chegar ao MME para reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada para às 11 horas. Segundo Zimmermann, o problema de hoje ocorreu em uma linha de transmissão da Cemig, entre as cidades de Colinas e Imperatriz, ambas no Maranhão. O problema teria ocorrido, segundo ele, em uma chave seccionadora de um banco de capacitores.

"O sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo e é muito seguro, mas tivemos uma diminuição dessa confiabilidade no último mês", completou o ministro interino. "Estas ocorrências têm sido registradas sempre com uma falha de equipamento e com a não atuação da primeira proteção, levando a eventos de grandes proporções", concluiu.

Ainda de acordo com Zimmermann, técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estão se dirigindo para a subestação de Imperatriz para obter mais dados sobre a falha de hoje.
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O MILAGRE DOS PEIXES



Dilma diz que quer tornar o País uma potência da pesca



Autor(es): RAFAEL MORAES MOURA ,
VANNILDO MENDES
O Estado de S. Paulo - 26/10/2012


A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que seu governo tem por objetivo transformar o imenso potencial pesqueiro do Brasil em atividade econômica competitiva e lucrativa, passando o País da condição de importador para exportador. "Nossa ambição é transformar o Brasil numa potência pesqueira mundial", disse a presidente no lançamento do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, no Palácio do Planalto. Hoje o País ocupa a 23.ª posição no ranking da produção e gasta U$ 1,2 bilhão anual com importações de pescado.
Segundo a presidente, o País tem 8 mil quilômetros de costa, as maiores reservas de água doce do planeta e mesmo assim vive o paradoxo de importar peixe, embora coma pouco. O consumo per capita do brasileiro, conforme o Ministério da Pesca, é de 9,8 quilos de peixe ao ano, 30% menos que o mínimo recomendado pelo Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), de 12,5 quilos. Para atender a essa demanda mínima, o Brasil precisaria produzir 600 mil toneladas a mais. "Precisamos romper o descompasso entre nosso potencial e o dinamismo da nossa produção."
O Plano Safra prevê investimentos de R$ 4,1 bilhões para expandir a aquicultura, modernizar a pesca e fortalecer a indústria e o comércio pesqueiros. A meta é produzir 2 milhões de toneladas anuais de pescado até 2014, quando o País atingiria a autossuficiência. "Recursos não vão faltar se esses recursos forem gastos de forma produtiva e efetiva. Vamos fortalecer a atividade pesqueira no Brasil", garantiu Dilma. Ela disse que as linhas de crédito do Pronaf, para agricultores familiares, agora também vão beneficiar pescadores.
Entre as ações, está prevista a liberação de linhas de crédito com juros mais baixos, prazos de carência e limites maiores, assistência técnica e extensão rural a 120 mil famílias de pescadores e aquicultores. Com o plano, o governo também pretende resgatar 100 mil famílias da pobreza. Segundo o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, hoje metade dos pescadores brasileiros depende do Bolsa Família. De acordo com o ministro, o País tem cerca de 1 milhão de pescadores.

''AQUELLOS OJOS VERDES"



Para a revista 'Economist', Campos é ameaça a Dilma



O Estado de S. Paulo - 26/10/2012

A revista britânica The Economist traz na edição desta semana um perfil do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, apresentando-o como uma "possível ameaça à reeleição" da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014.
"Ele (Campos) é formalmente um aliado de Dilma Rousseff, sucessora de Lula na Presidência. Mas é também uma ameaça potencial para a reeleição dela no pleito de 2014", diz o texto.
Entre as razões apontadas pela revista para a ascensão de Campos, estão o "sucesso" de sua administração no governo de Pernambuco e a "falta de novos quadros" nos partidos considerados "os mais importantes do Brasil" pela revista: PT e PSDB. "Enquanto os dois principais partidos que comandaram o Brasil desde 1995 sentem falta de novos quadros, o sucesso de Campos em Pernambuco o torna o político de maior visibilidade no País."
Em uma retrospectiva da gestão de Eduardo Campos, The Economist avalia que a política industrial adotada por ele em seu governo é uma das razões de seu sucesso. "Enquanto o restante do Brasil se preocupa com a desindustrialização, Pernambuco não. Desde que Campos se tornou governador, em 2007, a fatia da indústria na economia do Estado aumentou de 20% para 25%, e vai atingir 30% em 2015, segundo dados do próprio governador", aponta a revista. "Esse "boom" trouxe praticamente o emprego pleno àquele Estado, ao mesmo tempo em que também trouxe escassez aguda de mão de obra", diz, complementando que já há projetos para melhorar a educação profissional da população - uma das fragilidades naquele Estado. A revista afirma ainda que o aumento nos salários recebidos pela população auxiliou a chegada de investimento privado em Pernambuco. / GUILHERME WALTENBERG


Campos, 'versão moderna de coronel'


O Globo - 26/10/2012

"Economist" diz que governador ameaça reeleição de Dilma

Uma versão moderna de um velho coronel. A definição vai para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) - e foi dada pela revista britânica "The Economist", que, na edição impressa ontem, publicou reportagem sobre o nome cotado como pré-candidato à Presidência em 2014. Intitulado "O modelo de Pernambuco", o texto destaca que o êxito de Campos em seu estado pode fazer dele "o próximo presidente". Para a revista, o socialista, "gerente moderno que ao mesmo tempo é um chefe político antiquado", ameaça a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Citando a boa parcela de beneficiários do Bolsa Família na região, a reportagem afirma que as transferências de renda são parte de um fluxo maior de investimentos "que tem feito de Pernambuco um dos estados que crescem mais rapidamente no Brasil".
Segundo a "Economist", a retomada pernambucana começou com o Porto de Suape, "monumento ao dinheiro federal e à aliança entre Lula e Campos", chamado pela revista de "ambicioso". O texto ressalva que esse boom tem sido acompanhado por déficit de mão de obra qualificada; para remediar isso, diz que Campos investe em escolas em tempo integral. Outro problema citado é a existência de 600 favelas em Recife, quadro que serviria para críticas ao governo. Contra ele, o discurso "de gerente" de Campos se basearia em infraestrutura, educação e investimento privado.
Foi esse discurso que o permitiu se reeleger em 2010 e que seu partido se saísse bem nas eleições municipais deste ano. "Ele (Campos) é aliado da presidente Dilma. Mas também uma ameaça potencial à sua reeleição".
Lembrando que o avô de Campos era Miguel Arraes, o texto diz que, segundo o governador, Arraes o teria ensinado que "política é unir as pessoas, mais que dividi-las". "Alguns reclamam que ele aprendeu essa lição bem demais, e se tornou uma versão moderna de um coronel nordestino tradicional, evitando desafiar a velha ordem rural, trocando apoio por empregos e favores, e excluindo opositores", completa. E conclui: "Como faltam novos rostos nos principais partidos, o sucesso de Campos fez dele o político de maior visibilidade no país".
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EDUCAÇÃO: ''QUO VADIS" (?)



Evasão no ensino superior



Correio Braziliense - 26/10/2012
 

O número espanta. Na sociedade do saber, quase a quinta parte dos universitários brasileiros desiste do curso. São 18% dos alunos matriculados — o correspondente a 1 milhão de estudantes — que se evadem das salas de aula. O levantamento, feito pelo Correio Braziliense, baseia-se em dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) correspondentes a 2010-2011.

Várias razões explicam o fato. Um deles: o despreparo dos jovens que ingressam no ensino superior. Sem ter adquirido base nos níveis fundamental e médio, rapazes e moças se sentem incapazes de acompanhar os conteúdos exigidos. Outro: a frustração de se matricular em curso para o qual não têm vocação nem lhes desperta interesse.

Há que levar em conta, sobretudo, a baixa qualidade das instituições. Professores desmotivados, bibliotecas com acervo ultrapassado, laboratórios desequipados constituem regra, não exceção. Mais: os currículos defasados, que não atendem as expectativas do mercado ou da comunidade acadêmica, criam a sensação de perda de tempo e de dinheiro.

Depois de anos de investimento, o sacrifício não acende luz no fim do túnel. É desanimador. A fuga precoce da universidade vai na contramão do esforço nacional de combate à miséria. Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) deixam claro o prejuízo que a desistência acarreta.

Não se trata do custo aluno, que, também, deve ser levado em conta: cada estudante custa, por ano, cerca de R$ 15 mil nas instituições públicas e R$ 9 mil nas particulares. Não é pouco. Trata-se, isso sim, do processo de perpetuação da pobreza.

A pesquisa da FGV demonstra que, para cada ano de estudo, a renda aumenta, em média, 15%. Até quatro anos de escolaridade, o salário cresce 11,64% anuais. Quando a escolaridade passa de 14 para 18 anos, o salário salta 35,65% por ano de avanço.

Enquanto não transformar a educação em prioridade, o Brasil continuará a enxugar gelo. Não só ao manter pobres os pobres, mas também ao desperdiçar a oportunidade de dar uma guinada qualitativa. No mundo globalizado, as fronteiras físicas contam bem menos que as intelectuais. A competitividade da economia e dos recursos humanos está intimamente relacionada.

Vale lembrar um dado que assusta e constrange. A produtividade do trabalhador americano corresponde à de cinco brasileiros no chão da fábrica. Em português claro: na contabilidade fria dos números, um profissional estadunidense vale cinco nacionais. A questão não abrange apenas o ensino superior. A base frágil exige reforço para que o edifício fique de pé.
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... NEM ''FREUD'' EXPLICA !!!



DE OLHO EM VALÉRIO: TRANSFERÊNCIA DE BENS É INVESTIGADA

NO RASTRO DOS BENS DE VALÉRIO


Autor(es): Thiago Herdy
O Globo - 26/10/2012
 
Com patrimônio bloqueado, operador do mensalão comprou duas casas e carro no nome da filha
BELO HORIZONTE A Procuradoria Geral da República (PGR) aguarda o fim do julgamento do mensalão para investigar as circunstâncias em que Marcos Valério, o operador do esquema, comprou duas casas milionárias no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte, e registrou em nome da filha mais velha, que hoje tem 21 anos e é estudante de psicologia na capital mineira. Como mostrou O GLOBO em agosto, as casas valem pelo menos R$ 1 milhão, cada, e não integram a lista de bens de Valério bloqueados pela Justiça.
E este não é o único bem registrado recentemente em nome da filha. Há pouco mais de um mês, quando já estava condenado pelo STF por corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro, Valério comprou um veículo Kia Cerato, modelo 2013, por R$ 63,5 mil, e registrou em nome da mesma filha. Atualmente, o veículo é usado pela mulher de Valério, Renilda Santiago, como constatou esta semana O GLOBO.
Registrar imóveis em nome da filha, em si, não é fraude. Mas é preciso verificar se a filha tinha meios de adquirir aqueles imóveis - disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Para ele, é preciso "esperar que esta fase do julgamento acabe" para tomar qualquer tipo de providência efetiva em relação ao tema.
- Sempre se terá que demonstrar a real propriedade. Se realmente os bens forem dele, há como se tentar (a inclusão das novas propriedades no bloqueio de bens já determinado pela Justiça) - disse o chefe do Ministério Público.
Valério: multa já chega a R$ 2,8 milhões
Os ministros do Supremo já decidiram que os bens de Valério devem ser usados para ressarcir os cofres públicos, mas os valores só serão estipulados ao fim da ação penal. Será preciso confirmar que os bens estão direta ou indiretamente relacionados à prática dos crimes ligados à lavagem de dinheiro.
Independentemente disso, é certo que Valério deverá desembolsar recursos, em função das penas que recebeu. Cálculo preliminar das condenações no STF aponta o pagamento de multa de quase R$ 2,8 milhões. Este valor também será confirmado ao fim do julgamento. A terceira investida sobre os bens de Valério poderia ocorrer por meio de um pedido da PGR de fixação de indenizações ao poder público pelos condenados no processo, alternativa ainda em estudo.
O Kia Cerato foi comprado por Valério em uma concessionária em Belo Horizonte perto da casa onde vivia até pouco tempo com Renilda. Pelo interfone, Renilda informou que Valério não mora mais na casa. No entanto, mesmo à distância, ele mantém vínculo com a família. Ontem, um funcionário dele chegou na residência para levar roupas sujas do operador do mensalão, que foram entregues à empregada. Em outros dias, o funcionário buscou contas e levou documentos para a mulher de Valério.
Localizada no Bairro São Luiz, a casa onde a família de Valério vive é uma das que foram adquiridas recentemente e não está bloqueada pela Justiça. As duas propriedades são luxuosas, têm dois andares, piscinas, estacionamento para veículos e estão protegidas por muros altos, com direito a guarita de segurança e câmeras de vigilância. Estão a poucos metros uma da outra e no vetor norte de Belo Horizonte, região em franca valorização por causa da proximidade com Cidade Administrativa do governo de Minas, construída recentemente.
Os outros bens de Valério também estão registrados em nome da filha, mas, como também estão vinculados a registros de usufruto de Valério e sua esposa Renilda, foram bloqueados pela Justiça. E não apenas em função da determinação do ministro Joaquim Barbosa, que solicitou a medida em 2005, em razão de ação cautelar proposta no STF pelo Ministério Público Federal. Nos registros de imóveis, há menção a ações contra Valério nas cidades mineiras de Sete Lagoas, Contagem e Brumadinho, com pedido de sequestro de bens.
Oficialmente, o operador do mensalão tem uma sala comercial no bairro Santo Antônio, um terreno de 11 mil metros quadrados com galpão onde funciona uma floricultura no Bairro Bandeirantes, uma casa no Bairro Castelo (onde morava quando o mensalão foi descoberto), e um apartamento no bairro de classe média Padre Eustáquio, comprado em 1993, com a ajuda de um financiamento. A medida judicial não impede Valério de alugar seus imóveis.
Uma pessoa muito próxima do operador do mensalão, que esteve com ele no início da semana, disse que ele já demonstrava estar conformado com a aplicação de pena que poderia chegar a 30 anos de prisão. No entanto, ainda assim Valério demonstra bastante abatimento em função do resultado final do julgamento.

EQUILÍBRIO DE NASH. CONFESSA-CONFESSA




STF condena ex-sócio de Valério a 14 anos por 5 crimes

Ex-sócio de Valério pega mais de 14 anos


Autor(es): FELIPE RECONDO ,
MARIÂNGELA GALLUCCI , EDUARDO BRESCIANI ,
RICARDO BRITO
O Estado de S. Paulo - 26/10/2012
 

Em mais uma sessão marcada pelas divergências sobre os critérios a serem adotados para fixar as penas do mensalão, o STF condenou Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério, a 14 anos, 3 meses e 20 dias por cinco de suas condutas. Anda falta a apreciação de três crimes.
Em mais uma sessão lenta, Supremo definiu apenas parte das penas a serem aplicadas a Ramon Hollerbach; julgamento só volta dia 7

As penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal ao núcleo publicitário do mensalão já ultrapassam, somadas, meio século de prisão. Em mais uma sessão marcada pela confusão de ministros sobre os critérios a serem adotados, foi fixada a pena de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério, por apenas cinco de suas condutas, faltando ainda a apreciação de outros três crimes.
Com o ritmo lento e a suspensão do julgamento na próxima semana, mais um ministro deve deixar a Corte durante o processo. O presidente, Carlos Ayres Britto, aposenta-se dia 18 e provavelmente terá de antecipar seu voto sobre as penas dos condenados. Com isso, o julgamento deve ser concluído tendo Joaquim Barbosa na relatoria e também na presidência.
Na sessão de ontem, a 42.ª do processo, os ministros aplicaram penas a Hollerbach por formação de quadrilha, por duas acusações de peculato e duas práticas de corrupção ativa. Se somadas, elas chegariam a 14 anos, 3 meses e 20 dias, além de ultrapassar R$ 1,5 milhão em multas.
Restam ainda as penas por lavagem de dinheiro, corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares e evasão de divisas. Seu ex-sócio e operador do esquema, Marcos Valério, é o único a conhecer a sua pena por todos os crimes. Elas chegariam, somadas, a 40 anos, 1 mês e 6 dias, além de quase R$ 3 milhões em multas.
Alguns ministros, porém, já afirmaram que vão analisar ao final se houve continuidade delitiva nos crimes de peculato e corrupção ativa cometidos em relação à Câmara e ao Banco do Brasil - providência que pode reduzir a pena final, pois não haveria a soma das penas impostas para cada uma das condenações. Ontem, no debate sobre o crime de lavagem de dinheiro atribuído a Hollerbach chegou-se a cogitar também ampliar a pena aplicada a Valério, que foi de 6 anos, 2 meses e 20 dias, pois o critério de aumento pela prática reiterada do crime - 46 operações - foi inferior ao máximo legal.
Na fixação das penas as contradições têm sido frequentes. Os ministros concordaram que a participação de Hollerbach seria menor que a de Valério. O relator, porém, chegou a propor penas mais altas para o ex-sócio por esquecer-se de que fora derrotado na fixação de punição a Valério por crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Recuos. Alertado por outros ministros, como Celso de Mello, o relator alterou o voto na última hora. Em outro caso, Barbosa foi socorrido por Marco Aurélio Mello, para evitar a aplicação de uma pena inferior a 2 anos, que já estaria prescrita. Antes, o próprio relator tinha ironizado o advogado de Hollerbach, Hermes Guerrero, por este defender da tribuna a adoção de penas mais baixas, o que livraria seu cliente da punição.
Iniciado em agosto, o julgamento será interrompido na próxima semana e será retomado somente no dia 7, pois o relator do processo, Joaquim Barbosa, viajará para a Alemanha onde se submeterá a tratamento de saúde. Além de concluir a análise sobre Hollerbach, os ministros precisam estabelecer penas para outros 23 condenados, entre os quais os ex-líderes petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
As previsões para o encerramento do processo vêm sendo frequentemente ultrapassadas. A última era de conclusão ontem. Para isso, estimava-se em três dias a fase de dosimetria. Neste prazo, no entanto, só foram analisadas a conduta de um réu e parte da de outro. Por causa desse ritmo, Britto não deverá ter tempo suficiente para concluir sua participação. Isso já ocorreu com Cezar Peluso, que votou apenas no primeiro dos sete itens do processo.

MERCADO DE TRABALHO



As profissões e o mercado de trabalho



Autor(es): Naercio Menezes Filho
Valor Econômico - 26/10/2012
 

O Brasil precisa aumentar o número de pessoas com ensino superior completo. Em 2010 havia cerca de 10 milhões de graduados na população brasileira, que correspondiam a 10% da população adulta. No México essa taxa é de 15%, no Chile, 25%, a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 30%, sendo que na Coreia e nos EUA os graduados formam 40% da população adulta. Como podemos aumentar o número de graduados no Brasil? Existe mesmo um apagão de mão de obra qualificada? Que tipos de profissionais são mais necessários hoje em dia?
Na verdade, é difícil afirmar que há um apagão generalizado de mão de obra qualificada no Brasil. O salário médio das pessoas com nível superior declinou na última década, passando de R$ 4.317 em 2000 para R$ 4.060 em 2010. Essa queda no salário real foi maior do que a observada entre os que completaram apenas o ensino médio cujo salário passou de R$ 1.378 a R$ 1.317). Se a demanda por graduados no ensino superior estivesse realmente crescendo a uma taxa superior à expansão da oferta, os diferenciais de salários nesse nível deveriam estar aumentando.
Dados de uma pesquisa recente1 mostram que a diminuição dos diferenciais de salário do ensino superior na última década reflete a queda salarial ocorrida em algumas formações específicas, que tiveram grande aumento na proporção de formados. Essas profissões são: pedagogia, administração de empresas, enfermagem, turismo, farmácia, marketing, atuárias, comércio, terapia/reabilitação, engenharia eletrônica e de produção. Todas essas carreiras tiveram reduções salariais significativas ao longo da década, como resultado da grande expansão de oferta. Vale notar que, apesar dessas reduções salariais, ainda vale a pena cursar qualquer um desses cursos, já que o seu salário médio continua muito superior ao do ensino médio completo.
Dados mostram que é difícil afirmar que há um apagão generalizado de mão de obra qualificada no Brasil
A grande expansão das matrículas nesses cursos atendeu aos anseios de muitas famílias da "nova classe média", que sonham com o diploma universitário como comprovante de sua ascensão social. A maior parte dos cursos nessas áreas são baratos, não necessitam de grandes investimentos em infraestrutura (como laboratórios de pesquisa) e oferecem um conteúdo menos técnico. Por isso a demanda é tão grande.
Por outro lado, outras profissões tiveram aumentos menores e até redução no número de formados atuando no mercado de trabalho. As principais são: medicina, odontologia, matemática, quase todas as engenharias, física, química, geologia, economia e ciências sociais. Nessas profissões o salário real aumentou significativamente, uma vez que a demanda pelos egressos aumentou mais rapidamente do que sua oferta. Ou seja, a sociedade está precisando de mais profissionais dessas áreas. Filosofia foi a única profissão em que o salário caiu juntamente com a redução da oferta.
Mas, por que não houve expansão maior de oferta nas profissões que pagam altos salários? O problema é que grande parte desses cursos são mais difíceis, mais caros e contam com entidades corporativistas que dificultam a abertura de novas vagas. O caso de medicina é emblemático. O médico é o profissional mais bem pago entre todas as profissões, com salário médio de R$ 8.340 em 2010, três vezes maior do que o dos filósofos. Entretanto, um curso típico de medicina dura seis anos, além do período de residência que o médico deve cursar para tornar-se especialista. A mensalidade média de um curso de medicina no estado de São Paulo é de R$ 4.200, valor que poucas famílias brasileiras teriam condições de pagar sem acesso a crédito.
Por fim, entidades de classe frequentemente criam novos exames para os formados e dificultam a abertura de novos cursos, com o argumento de que é necessário zelar pela formação dos médicos. Assim, o número de médicos cresceu apenas 9% na última década, enquanto o total de graduados cresceu 97%. Enquanto isso, pessoas adoecem e morrem de doenças facilmente tratáveis pelo país afora. O mesmo ocorre com conselhos e ordens de outras profissões que estão em alta.
Outro aspecto importante, que diminui o ingresso nas profissões mais técnicas é a baixa qualidade da educação básica, principalmente em matemática e ciências. Como se sabe, o aprendizado nas escolas públicas brasileiras está entre os piores do mundo. As deficiências de aprendizado vão se acumulando ao longo do ensino básico, fazendo com que o jovem, ao concluir o ensino médio, tenha poucas condições de acompanhar um ensino superior de qualidade em engenharia, por exemplo.
Além disso, vários profissionais acabam trabalhando em ocupações diferentes de sua área de formação. Apenas 10% dos formados em economia, por exemplo, trabalham efetivamente como economistas. No caso das engenharias, essa proporção varia de 30% e 50%, mas aumentou na última década. Além disso, o diferencial de salário para os engenheiros que trabalham em ocupações típicas de engenharia também aumentou. Isso significa, por exemplo, que a sociedade está precisando de mais engenheiros construindo obras do que trabalhando no mercado financeiro.
Em suma, o Brasil precisa ter mais pessoas formadas em medicina e nas ciências exatas. Para que possamos fazer isso é necessário melhorar a qualidade da educação básica; aumentar o crédito estudantil privilegiando essas áreas; facilitar a imigração de profissionais de outros países e evitar que entidades de classe dificultem o processo de expansão de vagas e o exercício profissional dos alunos egressos dessas carreiras.
1 "Apagão de Mão de Obra Qualificada? As Profissões e o Mercado de Trabalho Brasileiro entre 2000 e 2010", Centro de Políticas Públicas do Insper e Brain Brasil Investimentos e Negócios.
Naercio Menezes Filho, professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, é professor associado da FEA-USP e escreve mensalmente às sextas-feiras.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

26 de outubro de 2012

O Globo

Manchete: Desafios vistos do céu - Acidentes com 12 ônibus no Rio: 1 morto e 61 feridos
Só no Centro foram 5 colisões em 12 horas

Especialista diz ser necessário investigar se motoristas podem estar sendo submetidos a pressões e estresse para dirigir com pressa

Num intervalo de 12 horas, sete acidentes, envolvendo 12 ônibus, mataram ontem um pedestre e deixaram 61 passageiros feridos. Só no Centro foram 5 colisões. Numa delas, na Praça Tiradentes, um coletivo avançou o sinal, bateu em outro e tombou, ferindo 30 pessoas, inclusive um gari. Segundo o trocador, os passageiros bateram com a cabeça nos bancos. Para especialistas, é necessário investigar se os motoristas estão sofrendo pressões que justifiquem tanto estresse e pressa. (Págs. 1 e 12)

O adeus do autódromo

O Autódromo terá neste fim de semana a última corrida antes da destruição das pistas para a construção do Parque Olímpico. A favela será removida até o início de 2014. (Págs. 1 e 14)

Crack: próxima estação...

Enquanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometia em Brasília "o quanto for necessário" para o combate ao crack no Rio, viciados continuavam se drogando dentro e fora do segundo "curral" atrás dos tapumes do BRT Transcarioca. O GLOBO contou mais de 60 homens, mulheres, algumas grávidas, e menores consumindo crack. (Págs. 1 e 13)
Olimpíada tira Inglaterra da recessão (Págs. 1 e 28)

De olho em Valério: Transferência de bens é investigada
A Procuradoria Geral da República decidiu investigar as circunstâncias em que Marcos Valério, operador do mensalão, comprou duas casas e um carro, em Belo Horizonte, e registrou em nome da filha. Esses bens não estão entre os bloqueados pela Justiça. (Págs. 1 e 3)
Enquanto isso, na China...
A família do premier Wen Jiabao fez fortuna de US$ 2,7 bilhões na sua gestão, revelou o "New York Times". (Págs. 1 e 33)
Reformas de Raúl: Cuba agora aceita a volta dos que foram
Quem fugiu de Cuba após 1994 e está no exterior há pelo menos oito anos terá direito a regressar, mas sempre por um período determinado, anunciou o regime. (Págs. 1 e 31)
Contra o caos aéreo: Governo multiplica multas por mil
A Anac aumentará de R$ 20 mil para R$ 20 milhões a multa para empresas que afetarem a segurança e o funcionamento de aeroportos. Também vai investigar panes em check-in. (Págs. 1 e 23)
Nova punição para as teles
A Anatel multou a Embratel por falhas de atendimento e a Oi por problemas nos orelhões. (Págs. 1 e 27)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Dispara número de homicídios na capital paulista
Em meio a tensão entre policiais e criminosos, registros sobem 96% em setembro em relação ao mesmo mês de 2011

Os casos de homicídios dolosos (intencionais) na cidade de São Paulo aumentaram 96% em setembro em relação ao mesmo mês de 2011. No acumulado do ano, o crescimento foi de 22%.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, no mês passado a capital teve 135 registros de homicídio, que vitimaram 144 pessoas. No mesmo mês de 2011, foram 69 casos com 71 vítimas.

No Estado de SP, o aumento de homicídios foi de 27% em relação a setembro de 2011, e de 8% no ano.

O latrocínio (roubo seguido de morte) também subiu. Até o último mês, foram registradas 263 ocorrências — maior número desde 2004.

De acordo com especialistas, o aumento da violência é resultado do acirramento do confronto entre policiais militares e criminosos.

O comandante-geral da PM, Roberval França, nega descontrole da violência na cidade. (Págs. 1 e Cotidiano C1 e C4)
SP interrompe diminuição do desemprego em setembro
O impacto do fechamento de vagas nas indústrias de São Paulo impediu que a tendência de queda na taxa de desemprego do país se mantivesse em setembro.

Ainda assim, a taxa média de 5,4% em setembro, segundo o IBGE, é a menor para o mês desde 2002. Em São Paulo a taxa foi de 6,5%, ante 5,8% em agosto. (Págs. 1 e Mercado B5)
Julgamento no STF atrasará, e penas poderão ser alteradas
As divergências sobre os critérios a serem adotados pelo STF para definir as penas dos condenados no processo do mensalão atrasará o fim do julgamento.
Ministros admitiram a possibilidade de mudar os votos no final, o que pode levar à redução de penas.

Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério, já foi condenado a 14 anos e quatro meses de prisão. (Págs. 1 e Poder A4)
Marcelo Coelho: Tribunal vive dias confusos com o cálculo das penas
Às voltas com a “dosimetria”, o STF vive dias confusos. Só quando o quadro estiver completo se poderá avaliar a necessidade de reajustes, para corrigir as “discrepâncias endógenas”. (Págs. 1 e Poder A9)
O corpo fala
O treinamento para debates dá a José Serra (PSDB) mais consciência do corpo que Fernando Haddad (PT), mas eleva o risco da artificialidade, dizem especialistas. Já o petista revela a irritação pela expressão facial e pelo tom de voz. (Págs. 1 e Eleições 2012, 6)
Mercadante dá ‘carteirada’ para ajudar militante
Procurado por líder comunitário, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) pediu a Alexandre Padilha (Saúde) que garantisse atendimento na Unifesp ou no Incor a uma militante do PT, internada no Hospital Heliópolis. (Págs. 1 e Eleições 2012, 4)
Cuba autoriza o retorno de emigrantes ilegais ao país (Págs. 1 e Mundo 2, 1)

Fotolegenda: Patrimônio de isopor
Beiral de casarão histórico em São Luiz do Paraitinga (SP), feito de isopor, já está danificado antes do fim da reforma; cidade foi alagada em 2010. (Págs. 1 e Cotidiano C10)
Família de premiê chinês acumulou fortuna, diz ‘NYT’
A família do premiê chinês Wen Jiabao, 70, acumulou bens de ao menos R$ 5,5 bilhões após sua chegada ao poder, segundo o “New York Times”. Empresas de parentes seus tiveram apoio financeiro de estatais. (Págs. 1 e Mundo A15)
Editoriais
Leia “Sem medo de crescer”, sobre retorno de risco inflacionário, e “Prova de incompetência”, a respeito de atraso nos dados do ensino paulistano. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Haddad e Serra travam guerra do transporte
Na reta final da campanha, petista e tucano batem boca sobre ampliação de benefícios do Bilhete Único

O debate sobre transporte público em São Paulo voltou à cena na reta final da campanha pela Prefeitura. A proposta de José Serra (PSDB) de ampliar os benefícios do Bilhete Único foi chamada por Fernando Haddad (PT) de “cópia mal feita” do seu projeto de Bilhete Único Mensal. Serra classificou a reação do petista de “inveja”. O projeto do tucano, que não constava de seu plano de governo, prevê a ampliação do Bilhete Único de três para seis horas de duração e o aumento do benefício do Bilhete Amigão, que, pela proposta, valerá das 14h do sábado até a noite de domingo. O custo da medida é avaliado em R$ 500 milhões por ano. Já no projeto petista, o paulistano pagaria R$ 140 por mês para viajar quantas vezes quisesse de ônibus. O custo para a Prefeitura seria de R$ 400 milhões anuais. (Págs. 1 e Nacional A4)
STF condena ex-sócio de Valério a 14 anos por 5 crimes
Em mais uma sessão marcada pelas divergências sobre os critérios a serem adotados para fixar as penas do mensalão, o STF condenou Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério, a 14 anos, 3 meses e 20 dias por cinco de suas condutas. Anda falta a apreciação de três crimes. (Págs. 1 e Nacional A14)
Homicídios dobram em São Paulo
As execuções de PMs e as mortes suspeitas de civis contribuíram para que os homicídios aumentassem 96% em São Paulo em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado: foram 135 mortes, mais de quatro por dia. Trata-se do mês mais violento desde que os índices de criminalidade passaram a ser divulgados pela Secretaria da Segurança Pública, em janeiro do ano passado. No trimestre, os homicídios cresceram 24,7%, mesma tendência do ano que, até setembro, já registrava 919 mortes. Os casos de latrocínio cresceram 225%, de 4 para 13 ocorrências. O governador Geraldo Alckmin afirmou que não vai ceder às tentativas de intimidação do crime organizado e atribuiu as mortes de civis a brigas de quadrilhas e a de PMs, ao combate ao tráfico. (Págs. 1 e Cidades C1)

Fotolegenda: Violência sem-fim

PM foi executado na zona leste; madrugada de ontem teve ao menos 9 baleados e 6 mortos.
Vale reduz investimentos e venderá ativos
Ainda sem cifras e após queda de 60% no lucro, a Vale prevê orçamento de 2013 menor do que o deste ano. Investimentos ficaram aquém do esperado: de US$ 21 bilhões, foram alocados US$ 12 bilhões. (Págs. 1 e Economia B1)
Para evitar apagão na Copa
Empresas estaduais de energia terão R$ 500 milhões a mais em crédito da União para obras da Copa. (Págs. 1 e B6)
Grávida com mais de 60 anos reacende debate
Ao menos três mulheres com mais de 60 anos deram à luz no País em um ano após procedimentos de reprodução assistida. Não há lei que imponha limite de idade para uma mulher gerar filhos, mas não há consenso entre médicos. (Págs. 1 e Vida A26)
ANS regula reajuste de plano de até 30 clientes (Págs. 1 e Vida A28)

Saúde apoia internação forçada de viciados (Págs. 1 e Cidades C6)

Thomas L. Friedman
Segredos bem guardados

Impressiona como Barack Obama foi cauteloso ao falar de seus projetos para inovar as escolas e para melhorar o desempenho dos carros. (Págs. 1 e Internacional A20)
Fernando Gabeira
Uma hegemonia tropical

Hegemonia é uma palavra que assusta os adversários do PT e preocupa seus aliados. Todos temem perder a independência. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Celso Ming
O emprego segue aquecido

A atual situação de pleno emprego no País deixa uma pergunta: o que acontecerá se o PIB, em vez do atual 1,5% ao ano, crescer 3% ou 4%? (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações
Crime e castigo

É um escárnio José Dirceu declarar-se prisioneiro político de um tribunal de exceção. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Previdência antecipa R$ 1 bi a aposentados
O dinheiro, que se refere à revisão do teto salarial determinada pelo Supremo, será depositado na conta de 30 mil segurados a partir de 1º de novembro, junto do pagamento da segunda parcela do 13º. (Págs. 1 e 15)
Além da sala de aula
Levantamento do Correio em 270 escolas particulares mostra que é cada vez maior a oferta de atividades e disciplinas que não são exigidas pelo MEC. Vai do tradicional ao inusitado: Giulia tem aula de culinária com a professora Marcela Ferro. Leve em conta esse fenômeno na hora de escolher a escola do seu filho. (Págs. 1 e Suplemento Especial)
Mais força à pesca
A presidente Dilma dá a missão a Agnelo: programa de piscicultura desenvolvido no DF será modelo para todo o Brasil. (Págs. 1 e 33)
Voto de confiança
Na busca pelos eleitores indecisos, Barack Obama é o primeiro presidente dos EUA a antecipar a ida às urnas. Ele votou ontem, em Chicago. (Págs. 1 e 20)
Jetons: Justiça corta supersalário de ministros
Decisão de juiz federal de Passo Fundo (RS) suspende extras recebidos por 11 ministros por participação em conselhos de empresas estatais e privadas. Jetons faziam com que o salário deles superasse o teto constitucional. (Págs. 1 e 4)
Anvisa proíbe venda de chás “emagrecedores” (Págs. 1 e 10)

Planos de saúde: Limite para os reajustes
ANS estabelece regras para a correção das prestações dos convênios coletivos com menos de 30 associados. Em alguns casos, os índices chegavam a 40%. (Págs. 1 e 11)
Condomínios: STJ garante a venda direta
Mais um dono de lote com casa em construção ganha na Justiça o direito de comprar o terreno da Terracap sem licitação. (Págs. 1 e 27)
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Valor Econômico

Manchete: Viradas e disputa acirrada marcam 2º turno eleitoral
O segundo turno das eleições em 50 municípios promete mais reviravoltas do que em pleitos anteriores. As eleições nas capitais são as mais acirradas dos últimos 20 anos. Desde 1992 os primeiros colocados não terminam o primeiro turno com uma votação tão baixa e em nenhum dos últimos seis pleitos nas capitais a média da votação do segundo colocado foi tão alta. Se as pesquisas se confirmarem, a taxa de candidatos que lideraram a primeira etapa mas foram ultrapassados na reta final deve superar a média histórica de 12%.

Nas 26 capitais, a média da votação do primeiro colocado neste ano foi de 42,8% dos votos, ante 28,9% do segundo colocado. Em apenas sete houve maioria absoluta já na primeira votação, fato inédito desde 1992. (Págs. 1, A10 e A11)
Mensalão encarece seguro de executivos
O mensalão e as intervenções do BC em bancos de médio porte - episódios em que vários executivos estão sendo processados por atos que vão de má gestão a crimes de fraude - vão gerar perdas para seguradoras, principalmente as que atuam com apólices de responsabilidade civil de executivos, e encarecer esse tipo de seguro.

Essa modalidade de seguro protege o executivo de reclamações relativas às suas responsabilidades como administrador, muitas vezes exigindo ressarcimento com o patrimônio pessoal do executivo. A apólice cobre custos de defesa, acordos extrajudiciais e indenizações decorrentes de sentenças judiciais, além de despesas ordinárias em caso de bloqueio de bens. (Págs. 1 e C11)
Fotolegenda: Data venia
"À Mesa com o Valor", o advogado Antônio Mariz de Oliveira, que defende a ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório no julgamento do mensalão, diz que a imagem do Supremo e da Justiça brasileira deve mudar depois desse episódio. (Págs. 1 e Eu& Fim de Semana)
Telefónica avalia cisão, com unidades na AL e Europa
A gigante de telecomunicações espanhola Telefónica, uma das empresas mais endividadas do mundo, poderá separar o grupo em duas unidades, uma na América Latina e outra na Europa. O objetivo seria isolar o negócio global de qualquer agravamento dos problemas econômicos da Espanha, disse seu diretor financeiro, Angel Vilá, ao "The Wall Street Journal". Outro executivo da Telefónica na América Latina, que preferiu não ser identificado, disse que a empresa teria escolhido São Paulo para ser a sede da unidade latino-americana.

A Telefónica está atolada nos problemas que assolam a economia europeia. O fato de ser espanhola torna difícil e caro financiar sua dívida de € 58 bilhões. Em setembro, a empresa pagou juros até cinco vezes mais altos que a rival francesa France Télécom para vender seus títulos de dívida. (Págs. 1 e B12)
Multinacionais diminuem as repatriações
Enquanto a compra de participações em empresas brasileiras por estrangeiros continua forte neste ano, as multinacionais estão evitando se desfazer de ativos no Brasil, mesmo diante de um cenário difícil para as matrizes. Entre janeiro e setembro, ingressaram no país US$ 41 bilhões em aportes nas companhias nacionais. Já as repatriações de recursos somaram apenas US$ 3,4 bilhões, com o retorno muito concentrado no setor de construção civil - pouco mais de um terço das operações desse tipo ocorridas no mesmo período do ano passado.

A indústria, apesar do mau desempenho no ano, continua a ser o setor que mais atrai investimentos produtivos, com US$ 17,4 bilhões, equivalentes a 44% do total. O setor de serviços, ramo de atividade que mais cresce no PIB pelo lado da oferta, vem a seguir, com 42%. Para analistas, os investidores não residentes continuam atentos a oportunidades de negócio em segmentos ligados à demanda interna e nos quais as possibilidades de importação são mais limitadas. Isso explica a liderança nos aportes do exterior exercida pela indústria alimentícia, que recebeu US$ 4,2 bilhões no período - 10% do total dos ingressos dessa modalidade -, e pelas companhias farmacêuticas. (Págs. 1 e A3)
Cobrança de meta não caracteriza dano moral
A Justiça brasileira considera que as empresas têm direito de estabelecer e cobrar metas de seus funcionários. Assim, trabalhadores que recorrem aos tribunais em busca de indenização por danos morais por serem pressionados a cumprir metas não estão tendo seus pedidos atendidos, a menos que a cobrança seja feita de forma ofensiva e com ameaças ou que os objetivos fixados pelas companhias não sejam realistas.

Em uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo envolvendo a Casas Bahia, a desembargadora Kyong Mi Lee, da 16ª Turma, afirmou que "o trabalho sob pressão é, hoje, inerente à sociedade moderna". Segundo ela, cada pessoa reage de forma diferente à cobrança. "Condições tidas por insuportáveis para alguns indivíduos, para outros não o são. A prática de estabelecer metas é demandada pelos tempos atuais em razão da exigência do mercado competitivo". (Págs. 1 e E1)
Empresas consolidam a palma na Amazônia
A Agropalma, maior produtora de óleo de palma do país, vai investir R$ 300 milhões para a construção de sua sexta usina de extração no Pará e de uma nova fábrica de beneficiamento do produto - a segunda da empresa e a primeira no Sudeste, uma tentativa de facilitar a logística de distribuição a seus maiores clientes.

O aporte consolida a expansão da cultura no país, que já atraiu Vale, Petrobras e a americana ADM, e promete ser uma alternativa econômica sustentável para a região. Até 2015, as quatro empresas elevarão a 137 mil hectares o plantio de palma em áreas degradadas da floresta. (Págs. 1 e B16)
Europa em crise pesa sobre finanças de empresas dos EUA (Págs. 1 e B12)

Compras públicas para incentivar a produção local (Págs. 1 e Valor Setorial/Saúde)

Vale aperta o cinto
O conselho da Vale deve aprovar em novembro ajuste nos planos de investimentos anuais da companhia, que deverão ser muito inferiores aos US$ 21 bilhões deste ano e incluir, também, a venda de ativos não prioritários. (Págs. 1 e B7)
Autometal vai às compras
Após anunciar a construção de uma nova fábrica no México, a Autometal, do grupo espanhol CIE Automotive, estuda a aquisição de empresas no Brasil, onde já tem seis unidades. (Págs. 1 e B11)
Safra pesqueira
O Plano Safra da Pesca e Aquicultura, anunciado ontem pelo governo, prevê investimento de R$4,1 bilhões até 2014. O objetivo é dobrar a produção de pescado para 2 milhões de toneladas por ano, ante 1,2 milhão de toneladas em 2010. (Págs. 1 e B14)
Fundos de pensão no BVA
Pelo menos quatro fundações são cotistas de um fundo de investimento em participações que possui 24% do capital do Banco BVA, desde a semana passada sob intervenção do Banco Central, com um passivo a descoberto de R$ 550 milhões. (Págs. 1 e C1)
Bovespa Mais ganha fundo
A gestora de recursos Leblon Equities está criando o primeiro fundo dedicado ao mercado de acesso da BM&FBovespa. A intenção é captar R$ 200 milhões para investir em participações de empresas que aceitarem aderir ao Bovespa Mais. (Págs. 1 e C3)
Trabalho de Sísifo
Os tribunais superiores não conseguem julgar na mesma velocidade da entrada de processos. O melhor resultado no ano passado foi o do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que só finalizou 42,5% dos 370,8 mil processos que entraram ou estavam em estoque. (Págs. 1 e E1)
Logística Integrada
Em parceria com o Ipea, a recém-criada Empresa de Planejamento e Logística fará um estudo sobre os gargalos da infraestrutura no Brasil. “Nos próximos 18 meses vamos trabalhar na produção do primeiro plano de logística integrada do país”, diz o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo. (Pág. 1)
Ideias
Claudia Safatle

Cumprido o Plano Nacional da Educação, o Brasil será, em dez anos, o país que mais investe em educação no planeta. (Págs. 1 e A2)

Maria Cristina Fernandes

Há fartas evidências de que o eleitor da disputa municipal não se subordina às estratégias das lideranças partidárias. (Págs. 1 e A6)
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