PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, maio 02, 2007

HAPPY-HOUR: SALÁRIO & BASE ALI(en)ADA [aliens!]





[Chargistas: Solda, Ique, Liberati].

AMAZÔNIA: TERRA DO MEIO (SÓ A ILEGALIDADE É REAL...)

Trans-Iriri, mais uma estrada ilegal desmatando a Amazônia. Ela faz parte de estimados 168 mil km de rotas abertas na mata por madeireiras clandestinas.

Oficialmente, a loja de motosserras de Geroan não existe. Nem o posto de gasolina ao lado, a oficina de motocicletas ou o supermercado União, um barracão onde as prateleiras cobertas de pó pendem ao peso de dezenas de garrafas de cachaça. Os estabelecimentos ficam ao longo da Trans-Iriri, uma estrada clandestina que penetra centenas de quilômetros numa área da Amazônia chamada Terra do Meio. Essa rodovia não consta de nenhum mapa rodoviário. Oficialmente, a Trans-Iriri não existe. As estradas ilegais - freqüentemente construídas por madeireiros ilegais - são um dos maiores desafios para o governo brasileiro no combate ao desmatamento. Estima-se que existam mais de 168 mil quilômetros dessas estradas na região amazônica, atravessando áreas protegidas e abrindo caminho para a destruição da maior floresta tropical do mundo. Com 200 quilômetros, a Trans-Iriri, que segue na direção oeste, através da Terra do Meio e a partir de São Felix do Xingu (PA), é a principal delas. Autoridades do governo recentemente alardearam um certo sucesso no combate ao desmatamento: entre agosto de 2005 e de 2006, em torno de 13.100 quilômetros quadrados de floresta foram abatidos, 30% menos do que no período anterior, 2004-2005. Porém, apoiados por essa rede de estradas escondidas, os madeireiros continuam a destruir a floresta. No Pará, onde está a Trans-Iriri, imagens de satélite produzidas pelo governo mostram que o corte aumentou 50% desde 2004. São Félix do Xingu é, pelo quinto ano consecutivo, o município campeão de desmatamento, com cerca de 770 quilômetros quadrados de floresta derrubados entre 2005 e 2006.Cercada pelos Rios Xingu e Iriri, a Terra do Meio - uma área do tamanho da Escócia - está no centro da destruição. Desde a década de 90, as madeireiras foram abrindo impetuosamente a Trans-Iriri, fazendo vias secundárias, as “picadas”, na floresta adentro e gradativamente substituindo a mata por imensas fazendas de gado.A partir de 2005, as autoridades criaram duas enormes unidades de conservação. Áreas de proteção também foram criadas ao longo da rodovia Trans-Iriri e o Exército foi enviado para patrulhar a região. “A presença do Exército em 2005 surtiu algum efeito”, diz Marcelo Marquesini, da ONG Greenpeace. “No entanto, dois anos depois, as operações continuaram esporadicamente. Quando os soldados vão embora, as pessoas retornam O ambientalista Tarcísio Feitosa da Silva, que no ano passado recebeu o prêmio Goldman pelo trabalho de proteção da Amazônia, afirma que o mistério que envolve estradas como a Trans-Iriri ajudou a ocultar essa onda persistente de destruição. “Oficialmente, essa estrada não existe. Nunca recebeu permissão do governo”, diz. Na ausência do Estado, os fazendeiros empregam uma polícia ilegal formada por pistoleiros para “manter essa estrutura de invisibilidade. É por isso que ninguém fala da estrada”, afirma Tarcísio, que já recebeu ameaças de morte por causa do seu trabalho. “E tudo continua como está porque é aqui que estão os maiores fazendeiros.” A Terra do Meio é uma espécie de zona autônoma, um buraco negro sobre o qual as autoridades exercem pouco controle. Catia Canedo, secretária do Turismo e do Meio Ambiente de São Félix do Xingu, diz, por exemplo, que nunca visitou a estrada, apesar de o início estar a poucos quilômetros de seu gabinete. Sem uma força policial para fazer valer as leis (a agência em São Félix do Xingu foi fechada recentemente) o desmatamento ilegal continua. Maria Nizan de Souza, que trabalha para um grupo católico que combate o uso de trabalhadores escravos, muitos deles usados na derrubada de árvores, disse ser comum ver as toras saindo da floresta. “Hoje três caminhões repletos de madeira passaram por aqui. Ninguém faz nada - todo mundo está assustado.” Embora os ambientalistas chamem a área de Terra do Meio, os brasileiros pobres que vivem nos pequenos assentamentos existentes ao longo da rodovia, chamam-na diferentemente. “É uma terra sem lei”, diz um morador de Vila Caboclo, que não quis dizer seu nome. O lojista Wantui Selvatico, de 42 anos, afirma que os pistoleiros “são comuns por aqui”. “Não existe nada escondido”, acrescenta, mudando de assunto rapidamente. “Acho que vou parar por aqui.”Enquanto isso, a rede de estradas ilegais continua sua expansão. De acordo com estudo da ONG Imazon, cerca de 1.900 quilômetros de novas estradas são abertos a cada ano. Tom Phillips, THE GUARDIAN, LONDRES, O Estadão.

CPI DO APAGÃO AÉREO: GOVERNISTAS TEM MAIORIA (mole, mole!!!)

Oposição indica nomes para atuar na CPI do Apagão. Partidos têm até esta noite para indicar nomes que irão representá-los na comissão.

BRASÍLIA - No último dia para a indicação dos deputados que participarão da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, apenas os partidos de oposição entregaram os nomes que irão representá-los na comissão parlamentar, até o meio-dia desta quarta-feira. Na semana passada, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a instalação da CPI, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), definiu esta quarta como prazo final para a apresentação dos nomes. Regimentalmente e de acordo com a decisão do STF, o prazo para a indicação dos nomes seria de 48 horas após a notificação, que foi feita à Câmara pelo STF na quinta-feira passada (26). Chinaglia avisou que, por causa do feriado do dia 1º de Maio, as indicações deveriam ser feitas até esta noite e marcou a instalação da CPI para quinta. Os governistas têm maioria numérica folgada na CPI. Dos 24 integrantes titulares (mesmo número de suplentes), 16 serão deputados aliados ao governo. O presidente da CPI deverá ser indicado pelo PMDB, e o relator, pelo PT. A coordenação da bancada petista se reunirá nesta tarde para definir os nomes. O relator é quem conclui os trabalhos da comissão e pede indiciamento de supostos envolvidos, por exemplo. Ele dá o tom das investigações e é responsável pela elaboração do relatório final. O presidente da CPI conduz os trabalhos no ritmo de seu interesse ou de quem representa.
Indicaram seus integrantes:
1) PSDB
Titulares: Gustavo Fruet (PR), Vanderlei Macris (SP) e Zenaldo Coutinho (PA). Suplentes: Carlos Sampaio (SP), Otávio Leite (SP) e Rodrigo de Castro (MG).
2) PFL
Titulares: Solange Amaral (RJ), Vic Pires Franco (PA) e Vitor Penido (MG). Suplentes: Davi Alcolumbre (AP), Efraim Filho (PB) e Silvinho Peccioli (SP).
3) PPS
Titular: Geraldo Thadeu (MG). Suplente: Arnaldo Jardim (SP).Denise Madueño

BOLÍVIA (EVO MORALES): MONOPÓLIO ESTATAL DE PETRÓLEO E GÁS

Bolívia assina contratos e assume controle do petróleo e gás.

Doze petrolíferas começaram a firmar nesta quarta-feira (2) 44 novos contratos com o governo da Bolívia, que passa a controlar integralmente a produção interna e a comercialização de petróleo e gás. A entrada em vigor de novos contratos com as multinacionais do setor foi festejada ontem pelo presidente do país, Evo Morales, durante as festas de 1º de Maio, Dia do Trabalho. Os acordos entram em vigor seis meses após terem sido assinado os originais e um ano e um dia depois de Morales ter anunciado a nacionalização dos hidrocarbonetos. O presidente da companhia petrolífera hispano-argentina Repsol YPF, Luis García Sánchez, foi um dos primeiros a assinar documentos com seu colega da empresa estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), Guillermo Aruquipa.Na Prefeitura de La Paz estão também representantes da Petrobras, da franco-belga TotalFinaElf, British Gas e de outras multinacionais. Depois das assinaturas, Aruquipa e os executivos das petrolíferas irão ao Palácio Quemado, sede da Presidência boliviana, para um ato de protocolo com Morales. A demora na entrada em vigor dos novos contratos ocorreu por causa de a uma longa e traumática ratificação parlamentar, que teve que ser repetida neste ano devido a erros cometidos por subalternos de Morales na primeira ocasião, em novembro passado, entre outras incidências. Esses erros, que incluíram o envio ao Congresso de documentos diferentes dos assinados em outubro com algumas petrolíferas, custaram o cargo do anterior presidente de YPFB, Manuel Morales Olivera, terceiro dos quatro que a empresa teve durante o ano após o anúncio da nacionalização. Ao fazer o anúncio oficial ontem, Morales afirmou que, além do setor de petróleo e gás, as medidas também afetarão o setor de telefonia e a criação de um banco de fomento. A estatal boliviana YPFB afirma que as exportações de gás natural para o Brasil não serão afetadas pela interrupção simbólica. Segundo a Petrobras, nada muda na relação com a Bolívia, pois o país já havia concordado, no ano passado, com a reestatização dos ativos de petróleo e gás. A Petrobras afirmou ainda que continua a negociar o preço do ressarcimento da nacionalização de duas de suas refinarias (Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz de La Sierra). O impasse ocorre porque a Bolívia quer pagar um preço inferior ao valor de mercado. Ontem, o presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli, disse que a vigência dos novos contratos, assinados entre as operadoras estrangeiras e a estatal YPFB, é positiva. A companhia passará a pagar menos impostos e dividirá custos e lucros com a YPFB. "As negociações continuam desde maio de 2006 até agora e esperamos achar uma boa solução", afirmou Gabrielli em entrevista coletiva em Houston, nos Estados Unidos, onde participa da Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria de petróleo offshore no mundo. Durante o anúncio de terça-feira, Evo Morales também mandou um recado, sem citar o nome, à empresa brasileira. "Algumas empresas dizem que vão nos processar no CIADI [Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos]. Mas nós decidimos sair do CIADI porque só os Estados Unidos saíram vitoriosos neste organismo de arbitragem internacional. Todos os demais perderam e as empresas sempre saíram ganhando", afirmou.Morales disse ainda que se as empresas nacionalizadas pedem segurança jurídica, a Bolívia pede respeito às suas leis.O ministro de Hidrocarbonetos do país, Carlos Villegas, porém, foi mais cuidadoso em suas declarações. "Um país precisa de investimentos e, por isso, não queremos confiscos, mas negociações, deixando claro que a maioria [acionária] sempre será da Bolívia." Efe. Folha Online.

ÁLCOOL (ETANOL) BRASILEIRO: "O ÁLCOOL É NOSSO!" [?]

Etanol brasileiro é opção melhor, diz esboço do IPCC.

BANGCOC - A versão integral da terceira parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) deve mencionar que o etanol feito de cana-de-açúcar, como é produzido no Brasil, é ambientalmente uma opção melhor que o etanol feito de milho, principal fonte do biocombustível nos Estados Unidos, de acordo com um documento ao qual a BBC Brasil teve acesso. O texto integral serve de base para o sumário que sugere novas políticas ambientais (Summary for Policy Makers, SMP em inglês). Representantes de mais de 120 países estão reunidos em Bangcoc, na Tailândia, para estabelecer as conclusões do SMP da terceira parte do relatório anual do IPCC, que deve ser divulgado na próxima sexta-feira, 4. O documento também deve recomendar aos países o uso em larga escala de outras formas de biocombustível e que haja um se esforço para popularizar o consumo de etanol e de outros combustíveis à base de biomassa dentro dos próximos 15 anos. Segundo Stephan Singer, chefe da unidade de políticas energéticas da organização não-governamental WWF, o Fundo Mundial para a Natureza, o etanol proveniente do milho é claramente mais nocivo ao meio ambiente do que o feito da cana. “A produção do etanol feito do milho depende de agricultura intensa e utiliza muitos pesticidas, fertilizantes, que liberam gases causadores do efeito estufa como N2O (óxido nitroso).” “Algumas pesquisas tem indicado que em termos de emissões de carbono, na média, o etanol americano produzido do milho pode ser até pior que o petróleo”, disse Singer à BBC Brasil. Em um estudo divulgado no começo deste ano, a organização não-governamental alemã Global Nature Fund sugere que o cultivo de cana-de-açúcar para produção de etanol está causando desmatamento na região do Pantanal. Mas segundo Singer, da WWF, o etanol brasileiro não é a principal causa do desflorestamento. Ele aponta a indústria pecuária como razão do problema e defende a produção sustentável do biocombustível. “Nós fazemos campanha para que o etanol vendido na Europa tenha um certificado de qualidade atestando que não é proveniente de áreas desmatadas.” “Se o Brasil se esforçar para produzir etanol de maneira sustentável para o mercado europeu, e ele é capaz disso, acredito que há uma grande oportunidade de se gerar riqueza no Brasil com isso”, conclui Singer. O SMP é uma versão resumida com as recomendações que os países participantes devem se comprometer a adotar, e por isso, a redação de seu conteúdo é sempre antecedida por intensa negociação diplomática. Esta versão resumida do documento, à qual a BBC Brasil teve acesso, deve fazer referência a um maior uso de biocombustíveis, mas não deve especificar o etanol “made in Brazil”. No capítulo de transportes, o resumo deve propor metas como a economia obrigatória de combustível, o investimento em transporte público, criação de impostos sobre automóveis e o estabelecimento de padrões para as emissões de gás carbônico até 2030. BBC BRASIL.com

CENTRAIS SINDICAIS: CUT, FORÇA SINDICAL ["... DE MUITO U$ADA A FACA JÁ NÁO CORTA"]

Nunca na história desse país a máquina dos sindicatos esteve tão atrelada ao Estado. Neste Dia do Trabalhador, as duas centrais mais pujantes –CUT e Força Sindical—arrastaram multidões em São Paulo. Mais de 1,5 milhão de pessoas. Foram atraídas ora pelo sorteio de prêmios ora pela presença de artistas populares. Os interesses reais dos trabalhadores não compareceram às duas festividades. As centrais parecem, no momento, mais interessadas em obter vantagen$ para elas próprias. Para a malta, de concreto, ouviram-se apenas promessas de criação de uma espécie de bolsa viagem. Viagem instantânea, imediata, só a reforma trabalhista obteve. Foi transportada para as calendas. Todos desejam vê-la bem longe da cena política brasileira. Recorde-se, por oportuno, uma promessa feita por Lula na já longínqua campanha presidencial de 2002. Em debate com José Serra, então candidato do PSDB, Lula desfiara um rosário de promessas. Entre elas a reforma tributária, que seria enviada ao Congresso no segundo semestre de 2003. Não foi. Entre elas também a reforma da legislação trabalhista. Lula falava, então, da necessidade de modificar a CLT, adequando-a “à realidade atual”. Não moveu uma mísera palha nessa direção. No mesmo debate, Lula disse: “Quero que as pessoas cobrem de mim” os compromissos assumidos. Para facilitar a cobrança, o signatário do blog disponibiliza aos interessados, no vídeo abaixo, um trecho do lero-lero daquele Lula de 2002. Uma conversa fiada que o Lula de 2007 parece ter esquecido. Falta ao presidente um Lula de 1980, sindicalista de barba desgrenhada, com cara feia e voz estridente. Alguém com autoridade para dizer-lhe que tabus e dogmas não enchem a geladeira de ninguém. Enquanto esse sindicalista não vem, sob o discurso da pretensa defesa dos direitos trabalhistas, move-se uma legião de brasileiros que, empurrados para a informalidade, não dispõem de nenhum tipo de direito. Os operários retratados por Tarsila do Amaral, hoje dispersos pelos mais diversos setores da economia, nunca estiveram tão desamparados. Trafegam a esmo entre o desemprego e o subemprego informal. Folha Online, Blog do Josias.

JOSÉ RAINHA/MST: BIODIESEL & "CIRCUS"

Rainha terá verba do governo para fabricar biodiesel. Líder dos sem-terra lança projeto no Pontal e anuncia parceria com estrangeiros para escoar a produção.

O líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) José Rainha Júnior reuniu 3 mil assentados da reforma agrária ontem, em Mirante do Paranapanema, para lançar um projeto de biodiesel no Pontal, oeste do Estado. Sob uma lona de circo, montada no Assentamento São Bento, ele anunciou uma parceria inédita com empresas estrangeiras ligadas ao agronegócio para escoar a produção. De acordo com o líder sem-terra, o plano tem o aval do presidente Lula e prevê aporte de dinheiro público: o governo pagará um salário mínimo por mês a cada família participante e deve bancar ainda a instalação das lavouras, a um custo de R$ 50 milhões em dez anos. Será plantado o pinhão manso, oleaginosa que a Unicamp considera apropriada para ser cultivada na região. Rainha, que já foi investigado pelo suposto desvio de dinheiro público repassado a uma cooperativa de assentados, garantiu que os recursos serão bem empregados. Ele disse que o salário mínimo mensal será pago durante os três primeiros anos. “É para a família se manter até começar a produção.” Os assentados, entre eles conhecidos militantes do movimento que lideraram invasões de fazendas na região, fizeram fila para assinar uma lista de adesão ao biodiesel. A região concentra o maior número de famílias assentadas - 6,8 mil - e lidera os conflitos fundiários no Estado. Os sem-terra dividiram o espaço sob a lona com representantes dos governos estadual e federal, além de três deputados e vários prefeitos da região.Estiveram presentes sindicalistas rurais da Central Única de Trabalhadores (CUT) e dois empresários europeus: João Cardoso, presidente da Torryana Biodiesel, de Portugal, e Palmiro Soriano, presidente de uma associação de produtores da Espanha. Eles manifestaram interesse em participar da construção da fábrica. Rainha quer que a Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Fafop), criada para representar os assentados, detenha o controle de 60% da indústria. O líder, que ficou alheio às invasões do “abril vermelho” do MST, elogiou o presidente Lula, mas considerou indispensável o apoio do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O estudo foi feito por técnicos ligados à Unicamp e apresentado aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho e do Meio Ambiente, Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa Econômica Federal - todos mandaram representantes. A idéia é começar com 2,5 hectares por família, devendo chegar a 60 mil hectares em dez anos. Segundo Rainha, as famílias teriam assegurada uma renda média de R$ 1,2 mil por mês. “Queremos vender o óleo, não a baga”, disse.Apesar das bandeiras do movimento tremulando em mais de 30 mastros, o MST não deu aval para o projeto. Nenhum dirigente compareceu ao evento. “Esse é um projeto do Rainha e da federação, não é do MST”, disse Valmir Rodrigues Chaves, da direção nacional. José Maria Tomazela, MIRANTE DO PARANAPANEMA, O Estadão.

OPERAÇÃO "HURRICANE": AS MEDÉIAs & HIDRAs NO PODER!


Reunido com auxiliares e familiares, na noite desta terça-feira (1), o ministro Paulo Medina, do STJ, disse ter decidido encaminhar ao tribunal um pedido de licença. Deseja obter autorização para afastar-se temporariamente de suas funções. Mas quer continuar recebendo normalmente o salário, que é de R$ 23,2 mil mensais. Alega que o contracheque é sua única fonte de rendimentos. Medina desistiu de pedir aposentadoria, uma hipótese que chegara a cogitar na última sexta-feira. Concluiu que, passando à inatividade, preservaria o salário. Porém, perderia a condição de ministro. E, em conseqüência, seria privado de uma regalia constitucional: o privilégio de foro. Pela Constituição, ministros do STJ só podem ser processados e julgados no STF. Uma eventual aposentadoria de Medina forçaria o Supremo a enviar o processo para um juiz federal de primeira instância. Como há outros juízes mencionados na denúncia, o julgamento do processo teria de ser realizado no próprio STJ, a "casa" de Medina. Algo que nem o ministro nem o advogado dele, Antonio Carlos de Almeida Castro, desejam. A reunião em que Medina expôs os seus planos terminou perto da meia-noite. O ministro pediu à assessoria de seu gabinete que verifique se o plano de tirar uma licença com vencimentos tem amparo no regimento interno do STJ. Numa primeira análise, constatou-se que o regimento do tribunal seria omisso em relação ao tema. Nesta quarta-feira (2), Medina terá novo encontro, em seu apartamento, com auxiliares e com Almeida Castro, o advogado dele. Nessa conversa, pretende fechar os termos do pedido de afastamento que irá encaminhar ao STJ. Deseja fazê-lo antes que o tribunal decida abrir sindicância interna contra ele. Medina alega que seu pedido de licença visa poupar o STJ de constrangimentos. Porém, se o plano do ministro for levado adiante, o tribunal passará a conviver com um novo embaraço: bancará o salário de um juiz que, além de não trabalhar, carrega sobre os ombros a suspeita de ter comercializado sentenças. Por ora, Medina encontra-se formalmente afastado do tribunal graças a uma licença médica cujo prazo de validade expira em 15 de maio. Também nesta quarta, Medina espera que Cezar Peluso, relator do caso dele no STF, defira um pedido formulado por Almeida Castro. O advogado do ministro requereu a prorrogação, por mais 15 dias, do prazo para a apresentação da defesa. Alega que precisa de mais tempo para analisar um aditamento à denúncia, feito pelo Ministério Público na sexta-feira (27). Foi por meio desse aditamento que Virgílio Medina, irmão do ministro, inicialmente denunciado na Justiça Federal do Rio, foi incluído também na denúncia que corre no Supremo. Almeida Castro escora o pedido de prorrogação do prazo para a apresentação das explicações de seu cliente no princípio constitucional da “ampla defesa”. A principal acusação que pesa contra Medina é a de ter emitido uma sentença em troca de propina paga pela máfia do jogo. A “vantagem indevida” –expressão usada pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza—teria sido negociada por Virgílio Medina, o irmão do ministro. Além da denúncia formal, o Medina vem colecionando dissabores. Nesta terça-feira (1), noticiou-se, por exemplo, mais uma suspeita contra ele. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

CUT poupa Lula, critica governo de São Paulo e promete greve. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, rebateu nesta terça-feira as críticas feitas pelo secretário do Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, dizendo que ele deveria se preocupar em fazer com que acordos trabalhistas fossem respeitados. A festa do Dia do Trabalho da central foi realizada no centro de São Paulo e reuniu cerca de 800 mil, segundo a organização. Folha Online.
Escuta mostra Medina revelando voto e orientando advogado. Escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal na Operação Hurricane mostram que o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), antecipou seu voto em um processo do qual era relator a um colega ligado à pessoa envolvida no caso. A conversa ocorreu no dia 1º de dezembro de 2006; Medina foi procurado em seu celular pelo presidente do conselho deliberativo do Minas Tênis Clube, Paulo Eduardo Almeida de Mello. Roberto Fonseca, O Estadão.
Ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares aparece na festa da CUT. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que montou o esquema irregular de financiamento que ficou conhecido como "valerioduto", passou rapidamente nesta terça-feira (1º) pela festa do Dia do Trabalho realizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Folha Online.
Peleguismo sindical sepulta reforma trabalhista. Nunca na história desse país a máquina dos sindicatos esteve tão atrelada ao Estado. Neste Dia do Trabalhador, as duas centrais mais pujantes –CUT e Força Sindical—arrastaram multidões em São Paulo. Mais de 1,5 milhão de pessoas. Foram atraídas ora pelo sorteio de prêmios ora pela presença de artistas populares. Folha Online, Josias de Souza.
Polícia prende 11 em operação contra sonegação de impostos. Onze pessoas foram presas nesta quarta-feira como parte da Operação Viveiro, deflagrada durante a madrugada pela Polícia Civil, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha de sonegação de impostos que atuava nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. As investigações foram feitas em conjunto com a Receita Federal, que não participa das prisões nesta quarta. Solange Spigliatti e José Patrício. O Estadão.
Petrobras diz que não houve novidades na Bolívia. "A novidade é que o 1º de maio não trouxe novidade", disse o diretor de gás e energia da estatal sobre entrada em vigor dos novos contratos de exploração. PORTO ALEGRE - O diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse nesta quarta-feira, 2, que não houve surpresas nos últimos movimentos do governo boliviano, que divulgou na terça a formalização dos novos contratos de exploração de petróleo e gás no país. Sandra Hahn, O Estadão.

DIA DO TRABALHO: COM AS CENTRAIS "COMENDO NA MÃO", FICA FÁCIL!

Centrais poupam Lula e fazem atos pró-governo no Dia do Trabalho. Com a adesão do PDT à coalizão governista, Força segue a CUT e evita críticas à administração do presidente.

Apesar de o Dia do Trabalho ter se tornado palco histórico de reivindicações e críticas ao governo, as comemorações do 1º de Maio deste ano selaram o namoro entre movimento sindical e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As festas das duas maiores centrais, CUT e Força Sindical, em São Paulo, tiveram ares de ato pró-governo. A CUT, tradicionalmente alinhada a Lula, aproveitou a ocasião para destacar a importância de um “trabalhador” ter chegado ao Palácio do Planalto. Já a Força, que costumava se encarregar de críticas mais duras, demonstrou que a adesão do PDT à coalizão governista afetou sua relação com a administração federal. O próprio ministro do Trabalho, Carlos Lupi, hoje é um pedetista. Os primeiros sinais de que as festas deixariam ataques em segundo plano apareceram há alguns dias, com a confirmação de que os ministros Lupi e Luiz Marinho (Previdência), além do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), compareceriam aos dois eventos. Marinho cancelou na última hora, mas os outros dois cumpriram a promessa de comparecer. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, não chegou nem perto de repetir os ataques feitos a Lula no ano passado, quando disse que o presidente estava “no mundo da lua”. Dessa vez, ele elogiou a recuperação do salário mínimo e agradeceu o veto do presidente à Emenda 3 do projeto que cria a Super-Receita.Entre as críticas, ele condenou a política econômica e o reajuste de 3,3% a aposentados, além da intenção do governo de contemplar servidores com reajuste anual de 1,5%. Mas, ao final, Paulinho disse ter a certeza de que Lula irá “olhar para os trabalhadores neste momento”. “Quando você tem espaço de negociação, não precisa xingar ninguém”, disse, ao ser questionado sobre o tom ameno do discurso.O ministro Carlos Lupi minimizou a mudança no tom da festa da Força. “A gente às vezes está no mundo da lua e depois vem para o mundo real”, disse, sobre as falas de Paulinho no ano passado. Na festa da CUT, ele adotou a ironia ao ser questionado se a festa estaria virando chapa-branca. “Este é um governo que, ao contrário do passado, ouve as centrais o tempo todo. E a placa do meu carro não é branca, é amarela como a de todo mundo”, afirmou, errando a cor cinza usual das placas. Tanto na Força quanto na CUT, as críticas envolvendo a Emenda 3 se destinavam ao Congresso. Sobrou ainda para o governador José Serra (PSDB), atacado pela demissão de sindicalistas que na semana passada protestaram contra a regra. “Quero pedir uma grande vaia ao governo Serra pela demissão dos sindicalistas do Metrô”, disse o presidente da CUT paulista, Edílson de Paula. Tanto Paulinho quanto o presidente nacional da CUT, Arthur Henrique da Silva, insistiram que sabem reconhecer acertos do governo federal, mas não deixam de criticar quando necessário. Ainda assim, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apontou uma “acomodação” das centrais no governo Lula. “Está faltando avermelhar o 1º de Maio, ele está amarelando”, disse. A tese foi levantada pelo secretário do Trabalho paulista, Guilherme Afif Domingos. “Temos de ter uma pitadinha, não de oposição, mas de senso crítico.” Clarissa Olivei O Estadão.