PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, abril 03, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] FUMACÊ




[Chargistas: Amâncio, Lane, Pater].

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO/DOSSIÊ [In:] BLINDAGEM, BRINDE & BRINDES

Oposição consegue convocar Dilma em outra comissão do Senado; base reage



A Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado aproveitou a falta de integrantes da base governista e aprovou na manhã desta quinta-feira a convocação da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) apresentou requerimento pedindo que a ministra explicasse as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A oposição vai aproveitar a convocação para cobrar explicações de Dilma dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.
Reportagem da Folha revela que o suposto dossiê foi montado por ordem da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, braço-direito de Dilma. A Casa Civil nega o dossiê e admite a existência de um banco de dados.
Como era minoria na CPI dos Cartões --onde não conseguia aprovar o requerimento que pedia a convocação de Dilma--, a oposição havia traçado como estratégia tentar convocar a ministra em outras comissões do Senado. A oposição chegou a protocolar um requerimento pedindo a convocação dela no plenário da Casa.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), já anunciou que vai recorrer à própria comissão e, posteriormente, ao plenário da Casa, para derrubar o requerimento. "Eles querem fazer uso político dessa situação, nós não vamos permitir", afirmou Jucá.
O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) chegou a apresentar um aditivo ao requerimento de Flexa Ribeiro para que a ministra também explicasse o dossiê, mas retirou o pedido para que o requerimento não fique prejudicado --já que o dossiê não é tema da Comissão de Infra-Estrutura.
A oposição argumenta que há mais de um ano vem apresentando sucessivos convites para que Dilma se explique na comissão. Depois de várias negativas da ministra, o PSDB decidiu partir para a convocação da ministra, uma vez que a CPI dos Cartões Corporativos rejeitou todos os requerimentos de convocação de Dilma.
Desgaste
O Palácio do Planalto orientou os integrantes da CPI para impedirem a convocação de Dilma com o objetivo de evitar o seu desgaste político. A ministra é o principal nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a corrida presidencial em 2010.
A oposição cobra explicações de Dilma sobre o vazamento de informações da Casa Civil sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cartões corporativos, uma vez que o órgão teria feito um "banco de dados" com detalhes das despesas do ex-presidente.
A estratégia do DEM e PSDB foi apresentar requerimentos de convocação de Dilma em outras comissões permanentes da Casa, e no próprio plenário do Senado, depois que a CPI rejeitou as convocações. GABRIELA GUERREIRO; da Folha Online, em Brasília - 0304.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO/DOSSIÊ [In:] "TOMA QUE O FILHO É TEU"

Quem é o pai do dossiê

Se a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vinha sendo apontada como a mãe do suposto dossiê com informações sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a identidade do pai acaba de ser revelada. Trata-se do senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná.
Dito assim, o caso pode dificultar o entendimento do leitor mais distraído. No entanto, essa é a verdade, segundo os jornais de quinta-feira (3/4).
O senador Álvaro Dias admitiu que conhecia o teor dos papéis que a oposição e a imprensa afirmam ser parte de um dossiê montado pelo governo para se defender das acusações de mau uso de cartões corporativos. Mas não quer contar de quem os recebeu. A revelação de que um senador da oposição pode ter sido o responsável pelo vazamento de informações sigilosas sobre gastos do ex-presidente transformou a sessão de quarta-feira (2) da CPI dos Cartões Corporativos num verdadeiro pandemônio. A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano, já fala até em encerrar os trabalhos prematuramente, o que agradaria ambos os lados. Só deixaria de agradar os eleitores, que ficariam sem saber se governo e oposição estão escondendo suas mazelas comuns ou se, como na comédia de Shakespeare, tudo não passou de muito barulho por nada.
Um dilema
O fato é que a revelação de que o senador Álvaro Dias teve os papéis em mãos ainda antes de serem publicados pela revista Veja o coloca em primeiro lugar na fila de suspeitos de haver dado trânsito público a informações sigilosas. Os jornais de quinta-feira não fazem referência ao fato, mas há cerca de duas semanas ele foi acusado de tentar esvaziar a CPI. A revelação de que ele conhecia os dados que foram publicados pela revista Veja como sendo um dossiê do governo pode explicar seu interesse em extinguir a CPI antes da hora. No entanto, a notícia levanta novas dúvidas, que os jornais de quinta-feira não respondem. Uma delas: já que foram revelados os nomes do pai e da mãe da papelada, a imprensa poderia levar o jogo um pouco mais adiante e revelar também o nome do padrinho. Porque não deve passar pela cabeça de um jornalista que o senador Álvaro Dias repassaria um calhamaço de papéis que poderiam causar algum desconforto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sem antes consultar o principal interessado. Ou, pelo menos, sem informar o líder do partido no Senado. Fica, então, a imprensa no seguinte dilema: ou o senador paranaense é leviano e futriqueiro, ou outras figuras importantes da política sabiam da história toda.
O papel da imprensa
Qualquer que seja a alternativa escolhida pelo leitor para interpretar os novos fatos, esta é uma boa oportunidade para uma discussão sobre o papel da imprensa. Se, de fato, os papéis que o senador Álvaro Dias teve em mãos compunham um dossiê montado por gente do governo para chantagear a oposição, qual deveria ser o procedimento adequado para a imprensa? Divulgar o conteúdo, ainda que parcialmente, para satisfazer a curiosidade geral, ou investigar suas origens, sua integridade, e apresentar ao público um quadro mais completo? Afinal, não se pode perder de vista que o interesse geral é conhecer como as autoridades gastam o dinheiro público. Se o tal dossiê não passa de uma coleção aleatória de dados, juntados para fazer barulho em proveito deste ou daquele partido, quem acaba chamuscado é o próprio jornalismo. O leitor foi levado, nos últimos dias, a discutir um assunto importante como o controle das despesas do governo com base em informações que, conforme se sabe agora, não têm muita consistência. Como a tendência, no jogo político, é que os impasses sejam resolvidos com a velha e tradicional pizza, o que se tem é que a imprensa, mais uma vez, criou um fato, alimentou a fogueira das vaidades e prepara a retirada de cena sem maiores explicações. Os políticos dizem e desdizem com a mesma cara diante das câmeras. A imprensa não pode fazer isso. Afinal, credibilidade é o seu principal patrimônio.
[Observatório da Imprensa. Por Luciano Martins Costa em 3/4/2008
Comentário para o programa radiofônico do OI
].

BRASIL/ELEIÇÕES: O OLHO MÁGICO!

Site que ajudou a alavancar Obama quer participar de eleições no Brasil

A mais comentada ferramenta da corrida eleitoral norte-americana pretende desembarcar no Brasil para as eleições municipais deste ano --mas pode ser barrada pela Justiça eleitoral brasileira. O MySpace, maior rede social do planeta, quer trazer sua plataforma de debate ao país.
O site é um dos responsáveis pela arrancada do pré-candidato Barack Obama na disputa pela vaga democrata na corrida à Casa Branca. "Os debates políticos no Brasil são todos muito certinhos, muito chatos. O jovem acaba se sentindo fora desse processo", diz Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace Brasil. A rede de relacionamentos, pertencente ao conglomerado News Corp., estreou oficialmente em português em dezembro de 2007. Desde então, limita-se a abrigar perfis de artistas nacionais e seus fãs, o que injetou um milhão de usuários num serviço que possuía apenas 300 mil cadastrados no país. Para fins de comparação, ainda está longe do Orkut, que supera 25 milhões de internautas brasileiros. "Queremos expandir isso para outras ações", afirma Calegaretti. "Primeiro, vamos criar grupos e perfis ligados a partidos e a candidatos. Essa é uma iniciativa a ser lançada oficialmente no segundo semestre. A segunda ação é promover a discussão das propostas dos candidatos." Nos EUA, o portal simulou votações, criou perfis para políticos, realizou enquetes sobre propostas e, finalmente, ajudou os candidatos a arrecadarem verba para campanha pela internet. Boa parte do montante de US$ 135 milhões levantados pela turma de Obama até janeiro tinha sido doado por internautas.
A exemplo do MySpace, outras empresas de internet declararam à reportagem ter planos de interagir com o eleitorado durante o pleito brasileiro, como Google e Yahoo!. "Participamos dos processos eleitorais nos EUA, Austrália, Espanha e em alguns outros países por meio do [site de vídeos] YouTube. Nosso plano é ter algo customizado por aqui também", afirma Félix Ximenes, diretor de comunicações do Google Brasil. Na mesma linha, o diretor de produtos do Yahoo! Brasil, Fabio Boucinhas, revela que o portal pretende incentivar internautas a colocarem fotos de comícios no Flickr, site de compartilhamento de imagens tido como "descolado" entre jovens. A idéia é usar as fotografias na capa do portal. "Ainda é um assunto muito delicado, por isso estamos planejando da melhor maneira possível", pondera Boucinhas. DIÓGENES MUNIZ. Editor de Informática da Folha Online. 0304.

ELEIÇÕES 2010: DE NOVO, O VELHO CASUÍSMO!

‘Nada impede terceiro mandato’:
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Pegue a tese do terceiro mandato. Considere o zunzum dos últimos dias. Tente separar o joio do trigo. O que é boato pra cá. O que é verdade pra lá. Difícil, não? Quase tão complicado quanto amarrar o vento ao pé de uma árvore.
Pois a coisa vai ficando cada vez mais intrincada. Nas pegadas do vice-presidente José Alencar, vem à boca do palco grão-petista José Dirceu. Esgrime a tese de que nada impede que seja injetado na Constituição o instituto da re-reeleição.
“(...) O PSDB e o PFL, hoje DEM, aprovaram um segundo mandato para Fernando Henrique Cardoso. Pior, fizeram-no no final do primeiro mandato. Para FHC mudaram as regras do jogo ao término do segundo tempo (...). Só para Lula é que é golpe e inconstitucional", provoca Dirceu. Lula diz que está “cansado” de disputar eleições. Atribui a algaravia a desejos dos companheiros e a boatos dos inimigos. O diabo é que, no Brasil, o boato costuma ser ante-sala da verdade. Ou, por outra, o boato é a véspera do fato consumado. Bem-posto nas pesquisas, o tucano José Serra arrepia as plumas: "A tese [de terceiro mandato] é um casuísmo que, a meu ver, não vai prosperar. A simples enunciação da tese já contribui para esquentar ritmos de campanha que não deviam estar existindo agora. Não tem cabimento a gente se voltar para campanha política eleitoral nacional ou estadual antes mesmo de uma campanha municipal."
Escrito por Josias de Souza, Folha Online. 0403. Ilustração na matéria.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO/DOSSIÊ: MEU NOME NÃO É JAMES, NEM JOHNNY!!!




O plenário do Senado viveu momentos deprimentes na tarde desta quarta-feira (2). A sessão começou com uma provocação e terminou em baixaria.
A provocação: o senador Tião Viana (PT-SP) instou o colega Álvaro Dias (PSDB-PR) a explicar-se sobre a notícia de que é ele o autor do vazamento do dossiê sobre gastos secretos da gestão FHC.
A baixaria: o senador Mão Santa (PMDB-PI) chamou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de “galinha cacarejadora”. Disse que extraiu a expressão das páginas do livro “Mein Kampf” (“Minha Luta”). O autor é Adolf Hitler. Foi ao prelo em 1924.
Em resposta a Tião Viana, Álvaro Dias subiu à tribuna. Reconheceu, em parte, algo que fora veiculado no blog do jornalista Ricardo Noblat: recebera mesmo uma cópia do dossiê com informações extraídas do “banco de dados” que Dilma Rousseff diz ter montado na presidência da República. Esquivou-se de confirmar, porém, se passou adiante o papelório, de 13 páginas, veiculado pela primeira vez pela revista Veja.
A admissão de Dias levou a bancada governista a pregar a ida dele à CPI -não como membro, mas na condição de depoente. De resto, as palavras do senador eletrificaram o ambiente. Em timbre ríspido, a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), disse: “Nenhum papel voa (...). Se tinha, aqui, alguém que portava e o senador reconhece que viu, que teve acesso, tem de identificar a fonte. É a melhor maneira de saber quem vazou.” Dias não se deu por achado. Primeiro, disse que não reconhece em Idelli autoridade para questioná-lo. Depois, repetiu da planície o que dissera do alto do plenário: “Na segunda-feira, logo depois da circulação de Veja, eu afirmei que tinha visto o dossiê. Outros viram. Deixou de ser novidade há muito tempo. A própria ministra Dilma afirmara, num encontro com empresários, em fevereiro, que o governo não apanharia quieto, que estava levantado os gastos do governo passado.” O senador tucano perguntou: “Por que questionar agora se sou fonte ou não? Nós é que temos de questionar: é lícito usar a máquina pública para elaborar dossiês contra adversários? Com que objetivo? Só pode ser para confundir e para insinuar que todos estão no mesmo balaio da indecência, para intimidar opositores.” De resto, disse que o governo se recusa a pôr a Polícia Federal no caso porque a comissão de sindicância aberta por Dilma permite chegar a uma “solução mais confortável”: “culpar um subalterno e poupar os responsáveis maiores.” Seguiu-se um acalorado e intoxicado debate. "Se o senador Álvaro Dias não quer que sejam punidos inocentes, deveria dar o nome de quem vazou", espetou Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula. "Se eu soubesse quem vazou, diria", deu de ombros Dias. O líder tucano Arthur Virgílio (AM) cobrou “responsabilidade e sensatez” de Ideli. Lembrou que, quando a líder petista fora alvo de acusações, ele próprio saíra em sua defesa. “Eu queria provas”. Disse ter feito o mesmo quando tentou-se envolver Aloizio Mercadante (PT-SP) na “armação” do dossiê que aloprados petistas negociavam com os mentores da máfia das sanguessugas, em 2006. José Agripino Maia (RN), líder do DEM, pontuou acerca do “surrealismo” da discussão. “Aqui se falou em papel que voa. Como se o que interessasse fosse o vôo do papel e não o que está escrito no papel.” Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, ecoou Agripino: “O governo sabe quem mandou montar o dossiê e quem o montou. Funcionário nenhum da Casa Civil ousa dar qualquer passo sem antes consultar a ministra Dilma. Nada disso estaria acontecendo se o governo fizesse o que realmente importa: abrir os dados, como se dispôs a fazer, na primeira hora, o presidente Fernando Henrique.” Renato Casagrande (ES), líder do governista PSB, jogou gasolina numa fogueira cujas labaredas já roçavam o teto: “Dizia-se que a ministra Dilma, mesmo que não tivesse culpa, tinha responsabilidade pelo vazamento, como titular da Casa Civil. Agora tem a suspeita de que um parlamentar da oposição vazou o documento. Se continha dados sigilosos, o vazamento é crime. O parlamentar tem todo direito de preservar a sua fonte. Mas ele precisa se explicar. Eu não tive acesso a nenhum dossiê.” Sobreveio, então, a intervenção galinácea de Mão Santa. Foi ao microfone para repetir algo que já dissera, da tribuna, na véspera. Citando o livro “Mein Kampf”, disse que havia, sob Hitler, pessoas que tinham a missão de propalar como prontas obras que estavam inacabadas. E pespegou em Dilma o epíteto de “galinha cacarejadora do PAC.” Ideli Salvatti saltou da cadeira. Pediu a Romeu Tuma (PTB-SP), que presidia a sessão, que solicitasse à taquigrafia cópia da fala de Mão Santa. Insinuou que tomaria providências. Disse que não admitiria que, sob o manto da “luta política”, o colega ofendesse a ministra Dilma. Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que Ideli se portava de modo preconceituoso em relação ao Piauí, Estado natal dele e de Mão Santa. Ideli respondeu que seu problema não era o Piauí, mas a ofensa à ministra. Tião Viana lembrou a Tuma que a presidência tem poderes para mandar retirar dos anais da Casa expressões de calão rasteiro ou impróprias. E nada. Em meio ao deserto de bom-senso, Patrícia Sabaio (PDT-CE) irrompeu em cena como um oásis de sensatez. Apelou a Mão Santa que retirasse de seu discurso a expressão “galinha cacarejadora”. Arthur Virgílio, normalmente esquentado, associou-se a Patrícia no apelo. Mão Santa, porém, impávido, manteve-se inflexível. Tuma saiu de fininho da presidência. Entregou o comando da sessão a Papaleo Paes (PSDB-AP). O debate seguia aceso quando Papelo fez o que lhe aconselhava o óbvio: encerrou a sessão. Quem viu pela TV Senado ficou com a seguinte sensação: das chamas do plenário restarão apenas brasas. E debaixo delas, as cinzas de mais um lote de suspeitas pendentes de esclarecimento. Não serão abertas as despesas de Lula. Tampouco serão expostos os gastos de FHC –exceto aqueles já expostos no dossiê clandestino. Quem sai queimado, uma vez mais, é o interesse público. O contribuinte, que paga as despesas da presidência e o salário dos nobres congressistas, que vá lamber sabão.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0304. Ilustração da matéria.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Polícia faz reconstituição da morte da menina Isabella.
SÃO PAULO - Peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltaram na noite de quarta-feira, 2, ao Edifício Residencial London, na Vila Mazzei, zona norte, em busca de mais provas que ajudem a esclarecer a morte de Isabella Oliveira Nardoni, de 5 anos (veja o que se sabe até agora). Ao chegarem, às 19h40, os investigadores foram diretamente para a garagem do prédio, onde estava estacionado o Ford Ka de Alexandre Carlos Nardoni, pai da menina, e sua mulher, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. É o veículo que o casal e os dois filhos, Pietro e Cauã, além de Isabella, utilizaram momentos antes do ocorrido no sábado a noite. 0304.
Vende-se rim na web. A internet tornou-se um balcão de anúncios de órgãos humanos, sobretudo rins. Em um ano, a reportagem encontrou um mercado virtual em que possíveis compradores podem escolher a idade do 'doador', sexo, tipo sanguíneo e até se compadecer com sua história dramática. Não é difícil constatar o comércio - ou ao menos a intenção de vender um órgão - hoje, agora. Basta fazer uma pesquisa simples em qualquer site de busca com a frase 'vendo rim'.Em um ano, foram encontradas cerca de mil postagens, em pelo menos cinco sites, com um único objetivo: vender o próprio rim. Os anunciantes contam dramas econômicos semelhantes, quase sempre ligados a dificuldades para quitar dívidas. Alguns afirmam conhecer os riscos - legais e de complicações na cirurgia - e os questionamentos morais. Pelas leis brasileiras, tanto o anúncio quanto o comércio são ilegais e passíveis de prisão.

Congresso debate sumiço do prefeito
A omissão do prefeito César Maia diante da epidemia de dengue no Rio acirrou os ânimos no Congresso. Citando a manchete "O prefeito sumiu" publicada ontem no JB, senadores governistas cobraram em plenário explicações de Maia (que é do DEM) e ameaçam convocá-lo a depor. O chefe do Executivo carioca recebeu críticas de cientistas políticos, de moradores e do assessor da Presidência Marco Aurélio Garcia: "Que cuide dos mosquitos e não me obrigue a falar dele como meu aluno no Chile". (JB. págs. 1, País A2 e A3 e Cidade A11).

Corte nos gastos pode chegar a R$ 30 bi
A crise internacional e a sinalização do Banco Central de que pode subir os juros para conter o consumo e a alta da inflação levaram a equipe econômica a aumentar o tamanho do corte no Orçamento deste ano. Inicialmente previsto em R$ 20 bilhões, o corte agora pode ficar na casa dos R$ 30 bilhões para sinalizar ao mercado financeiro que o governo será mais prudente na área fiscal e cumprirá sua meta de superávit primário (economia feita para pagamento de juros) de 3,8% do PIB. Além dos R$ 12,5 bilhões já cortados pelo Congresso na votação do Orçamento, o presidente Lula analisa três propostas de cortes adicionais: de R$ 14,5 bilhões, R$ 16,5 bilhões ou de R$ 19,5 bilhões. Enquanto o Ministério do Planejamento avalia ser possível cumprir a meta de superávit com a adoção da primeira proposta, o Ministério da Fazenda defende que o momento exige um redução maior nos gastos, sobretudo diante das expectativas do mercado financeiro e dos empresários de alta da inflação com as incertezas internacionais e o aquecimento da demanda interna. Assim, o corte de gastos auxiliaria o BC a manter as expectativas de inflação no centro da meta (4,5%) e, espera a Fazenda, conter aumento dos juros. (Folha de SP, Página 1).

Sindicatos celebram com Lula liberdade para gastar
Com a presença dos dirigentes de todas as centrais sindicais, foi comemorado no Palácio do Planalto o veto do presidente Lula à fiscalização dosa sindicatos pelo Tribunal de Contas da União. Exultantes, dirigentes sindicais se revezaram no microfone para agradecer a Lula o veto à medida que abriria a caixa-preta do uso de cerca de R$ 1,2 bilhão anual, da contribuição sindical obrigatória - R$ 100 milhões só das centrais. O presidente disse que nunca teve dúvida sobre o veto e que temia que a fiscalização fosse usada para perseguição política. O Ministério do Trabalho descartou a possibilidade de exercer a fiscalização. Os sindicalistas pediram a ajuda de Lula para que a contribuição assistencial, hoje opcional, também passe a ser obrigatória. Lula prometeu apoio à convenção da OIT que veta a demissão imotivada e defendeu a regulamentação do direito de greve no setor público. (O Globo, págs. 1, 3 e 4).

Governos receberam alerta contra dengue
Relatório do Tribunal de Contas Da União produzido em 2007 identificou falhas graves no programa nacional de combate à doença executado pelo Ministério Da Saúde e pelos estados. Falta de vistoria em possíveis focos do aedes aegypti, erros na coleta de dados e indícios de superfaturamento são problemas apontados por auditoria. (Correio Braziliense, págs. 1 e 18).

Venda parcelada no cartão dispara e preocupa bancos
O forte aumento das compras parceladas sem juros no cartão de crédito preocupa os bancos. No ano passado, 52% das compras feitas com cartões, que movimentaram R$ 182 bilhões, foram nessa modalidade, na qual a loja concede o crédito e o banco assume o risco. Em 2003, a participação da operação parcelada sem juros era de 42%, segundo estimativas da Itaucard. Atualmente, em algumas regiões do país, como o Norte, as compras parceladas já são 65% do total. Não há dados precisos sobre o parcelado sem juros. Os números que dão uma idéia mais próxima são os do Banco Central, que tem uma estatística sobre as faturas em aberto - inclui as compras à vista pagas nos tradicionais 40 dias e o parcelado feito na loja. No ano passado, o estoque chegou a R$ 35 bilhões, expansão de 54%. Se esse número for comparado com 2005, a expansão foi de 85%. Marcelo Noronha, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), fala que os bancos têm acompanhado a expansão das compras parceladas de perto, preocupados com o risco de crédito. "O monitoramento é constante". Executivos do setor de cartão contam que os bancos procuraram as duas principais bandeiras (Visa e MasterCard) no fim do ano passado para pedir um aumento da remuneração a que eles têm direito nas transações parceladas - as bandeiras definem a parcela que os bancos emissores vão receber. Com base nisso, as empresas que credenciam os estabelecimentos comerciais para aceitar os cartões (Visanet e Redecard) fixam as taxas que serão cobradas dos lojistas. Segundo uma fonte qualificada, a MasterCard aumentou o ganho dos bancos e a Visa está prestes a fazer o mesmo. Com isso, a Redecard reajustou suas tabelas de preço. O resultado pôde ser visto no Sul no mês passado, onde houve protestos gerais do varejo após o aumento das taxas. A outra modalidade de financiamento no cartão é o crédito rotativo, no qual financia-se o valor da fatura em parcelas, com juros mais altos, pelo bancos. O estoque deste financiamento cresceu a metade do parcelado sem juros (24%) e chegou a R$ 17 bilhões. (Valor Econômico, págs.1, C1 e C3).
Com críticas ao governo, Serrano ameaça encerrar CPI dos Cartões na próxima semana
Depois de pouco mais de 20 dias de trabalhos, a CPI dos Cartões Corporativos pode encerrar na próxima quinta-feira as suas atividades. A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), disse que vai encerrar os trabalhos da CPI diante da determinação de parlamentares governistas de não aprovarem nenhum requerimento de convocação para depoimentos à comissão. "Na quinta-feira ouvimos a última personalidade, o relator me diz o prazo que precisa para elaborar o seu relatório e, na semana que vem, encerramos a parte de plenário da CPI. Até quinta-feira certamente o governo vai mandar os documentos que precisa", disse a senadora.
Sem resposta das Farc, avião francês chega à Colômbia em missão pró-Ingrid
O avião da missão humanitária francesa para tentar ajudar a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt chegou nesta quinta-feira (3) à Colômbia, apesar da guerrilha das Farc não ter respondido até o momento sobre a possibilidade de um encontro com a refém. A informação foi dada por fontes da agência de notícias France Presse e também pela emissora “France Info". A emissora de rádio colombiana ‘Caracol” informou que o avião chegou às 1h20 (3h20 de Brasília) e que a missão inclui dois médicos e dois diplomatas. [Do G1, com Agências].

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO/DOSSIÊ: VAZOU DO "VASO"

Senador tucano deve ir à CPI dos Cartões para explicar suposto dossiê anti-FHC

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) prometeu apresentar hoje explicações à CPI dos Cartões sobre o suposto dossiê com informações sobre os gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Dias admitiu ontem que teve acesso ao dossiê antes da denúncia aparecer na imprensa, mas nega ter vazado as informações.
"Há, sim, um dossiê. Esse dossiê se tornou de conhecimento público. Quem o vazou está no Palácio do Planalto. Se o objetivo foi intimidar a oposição, não sei. Se foi confundir a opinião pública, pode ser. Se foi fogo amigo, não me cabe definir", disse Dias ontem. Os governistas acusam o tucano de ter vazado o dossiê, mas Dias admite apenas que teve acesso ao documento. Mas Dias nega a autoria do dossiê e o vazamento. "Eu tenho certeza absoluta que o senador Tião Viana [PT-AC] não me imagina travestido de James Bond, driblando a segurança do Palácio do Planalto, invadindo o terceiro andar, forjando senhas e bisbilhotando nos computadores do governo", disse, ironizando. A presidente da CPI, Marisa Serrano (PSDB-MS), afirmou que Dias deverá falar hoje à comissão sobre o suposto dossiê. "Eu não sei se a intenção do governo é desviar o foco da ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil], mas ele será o primeiro a falar. Eu não sei o que o senador vai fazer, mas tenho a consciência tranqüila de que temos que saber quem mandou fazer esse dossiê", afirmou Serrano. Reportagem da Folha da semana passada informa que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, braço-direito da ministra Dilma Rousseff, ordenou a montagem do dossiê. A Casa Civil nega o dossiê e informa que existe um banco de dados com mais de 20 mil informações. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a ministra Dilma Rousseff era vítima de chantagem política. Lula afirmou ter a impressão que alguém encontrou um "osso de galinha" e vendeu para a imprensa como se fosse uma "ossada de dinossauro". "A impressão que eu tenho é que alguém encontrou um osso de galinha e tentou vender para a imprensa como uma ossada de dinossauro. Aí, na hora que foi montado para saber que tamanho era o dinossauro foram perceber que era um franguinho", afirmou o presidente, após almoço no Palácio do Itamaraty. Lula afirmou que não tem um milésimo de suspeita de Dilma. "Eu acho que a pessoa que tem a história da Dilma, que presta o serviço ao país que a Dilma presta, não pode ser vítima de uma chantagem política de uma figura que não sei quem é que se roubou peças de um documento do banco de dados e que vendeu a idéia pra alguém que era um dossiê. Eu não posso em nenhum momento ter um milésimo de suspeita contra ministra Dilma porque conheço ela, conheço a história dela e sei dos serviços que ela presta ao país", afirmou. GABRIELA GUERREIRO; da Folha Online, em Brasília , 0304. Ilustração na matéria: Guto Cassiano.
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REFORMA TRIBUTÁRIA: O BENEFÍCIO DO 'LOBBY'

CCJ aprova parecer que favorece o Rio

A proposta de reforma tributária passou pela primeira etapa de votação ontem na Câmara com a manutenção do ponto mais polêmico incluído pelo relator, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), no seu parecer: a destinação de 2% da arrecadação do novo ICMS para os Estados produtores de petróleo e de energia elétrica, o que beneficia diretamente o Rio de Janeiro. O projeto original do governo excluía esses dois produtos da cobrança do ICMS na origem, como é atualmente. Pesou no resultado a posição da bancada do PMDB, dos deputados do Rio e do Rio Grande do Norte, que também têm interesse direto, e dos deputados do DEM, que deram vários votos favoráveis. O PT ficou contra a proposta de Picciani. O líder do governo na comissão, deputado Ricardo Barros (PP-PR), liberou os partidos da base para que votassem como quisessem. O item que inclui os Estados produtores de petróleo e de energia elétrica no bolo de arrecadação do ICMS foi aprovado por larga margem: 29 votos a 17.Em votação anterior, o governo foi derrotado no item que acabava com o princípio da anterioridade na cobrança do novo IVA, imposto que será criado com a substituição de outras quatro cobranças: imposto sobre os combustíveis, PIS, Cofins e a contribuição do salário educação.Por 26 votos contra 25 votos, foi rejeitado o ponto do parecer de Picciani que previa o período de carência de apenas três meses (noventena) entre a criação do imposto e a sua vigência. Por iniciativa do DEM, mas com ajuda de partidos da base, ficou mantida a regra atual, que prevê a vigência do imposto só no ano tributário seguinte ao de sua criação."O governo sofreu derrotas importantes, mas não perdeu a guerra. Quando os governadores perceberem o que foi modificado vão conversar com suas bancadas para reverter a situação", disse Martins Cardozo. Denise Madueño, Estadão, 0304.