PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, março 04, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] O VICE, VERSA.

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2010 [In:] TUDO POR UMA (SEGUNDA) ESMERALDA ... (*)

LULA DEVE SE LICENCIAR PARA AJUDAR DILMA; SARNEY ASSUME

A LICENÇA DE LULA


Panorama Político - Ilimar Franco
Autor(es): Agencia O Globo
O Globo - 04/03/2010

O presidente Lula pretende se licenciar do cargo, nos meses de agosto e setembro, para participar ativamente da campanha de Dilma Rousseff. Com a licença, o presidente Lula quer evitar problemas com a Justiça Eleitoral e se dedicar integralmente à tarefa de eleger seu sucessor. O período e o afastamento vão ser ditados pela necessidade política. Com isso, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que não disputa as eleições, voltará temporariamente à Presidência da República.

Agenda para a travessia do deserto

A coordenação da campanha de Dilma Rousseff está preocupada com sua visibilidade nos meses de abril e maio, considerados delicados, porque ela estará fora do governo e não poderá se expor a tiracolo do presidente, como agora. Para preencher o vazio, até as convenções partidárias de junho, a coordenação está articulando eventos com partidos, empresários, trabalhadores e movimentos sociais em várias regiões do país. A intenção é ocupar a mídia regional. Na primeira semana de abril, por exemplo, Dilma receberá o apoio do PR, que fará convenção dia 5, e do PCdoB, que está organizando um ato para o dia 8.

O Lula quer impor um plebiscito despolitizado. Todo mundo agora quer bajular o Lula" - Ciro Gomes, deputado federal (PSB-CE), que gostaria de ter o apoio de Lula para ser candidato à Presidência da República

EU, HEIN!?

A bancada do PSDB no Senado pediu ontem ao governador Aécio Neves que converse com José Serra para convencê-lo a assumir desde já sua candidatura a presidente. "Eu não posso pressioná-lo, porque não quero ser pressionado (a ser vice)", respondeu Aécio. Os senadores não conseguiram se reunir com Serra, que chegou atrasado ao Senado e saiu correndo depois do discurso em homenagem a Tancredo Neves.

(...)



O PRESIDENTE Lula desistiu de empurrar o presidente do BC, Henrique Meirelles, para ser o vice de Dilma Rousseff, representando o PMDB.

UM AMIGO do presidente atribuiu a decisão à reação do PMDB: "Não pode pensar só na campanha, tem que pensar no apoio ao próximo governo".

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(*) TUDO POR UMA ESMERALDA . (Filme).

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ELEIÇÕES 2010 [In:] BOLSA FAMÍLIA. DINHEIRO NA MÃO É SOLUÇÃO (*)

Lula cobra fonte para aumentar Bolsa Família

Lula: "Agora digam de onde virá o dinheiro"


Autor(es): Agencia O Globo/Chico de Gois
O Globo - 04/03/2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo partido foi contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal no governo Fernando Henrique, cobrou ontem do PSDB que aponte uma fonte de recursos para pôr em prática o projeto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A proposta do tucano prevê aumento do benefício do Bolsa Família para famílias cujas crianças tenham um bom desempenho escolar.

O projeto foi aprovado anteontem, em caráter terminativo, na Comissão de Educação do Senado, e agora vai ser discutido na Câmara. Lula provocou a oposição dizendo que, se todo o mal que ela quiser causar ao seu governo redundar em mais benefícios sociais, ele estará feliz. E voltou a responsabilizar os opositores por não aprovarem a prorrogação da CPMF para a saúde.



- Se todo o mal que o meu governo puder causar é os meus adversários tentarem aprovar mais políticas sociais, ótimo. Se eles tivessem feito isso há mais tempo, a gente poderia estar melhor - afirmou o presidente, em entrevista após solenidade de lançamento do novo portal do governo federal: - Eles poderiam ter contribuído para melhorar a saúde se não tivessem derrubado a CPMF. Poderiam ter feito isso. Mas a mesquinharia tomou conta da política. Então eles acharam que iriam prejudicar o governo derrubando a CPMF.



Para Lula, Bolsa Família não é para premiar mérito

Para o presidente Lula, o Bolsa Família não é um benefício de mérito, no sentido de premiar quem se sai melhor na escola, mas, sim, um benefício que serve para tirar as pessoas da miséria.

- O Bolsa Família é um programa para garantir as proteínas e calorias necessárias para o povo mais pobre deste país - afirmou.


Mesmo assim, Lula avaliou que a proposta de Tasso pode ser boa, desde que se aponte de onde virá a verba.


- Eu não vi a decisão deles ainda, mas só espero que eles tenham colocado de onde vai tirar o dinheiro. Todo gasto proposto tem de ter uma fonte de receita. Mas tudo o que for aprovado em benefício do povo é bom. Agora, digam de onde virá o dinheiro.


O senador tucano rebateu as declarações de Lula:


- O projeto sempre teve ligação com a educação. Não há desenvolvimento sem educação. O projeto não traz um custo exagerado. O presidente gasta bilhões com a Venezuela, com a Bolívia, Equador e não pode gastar com educação? Esse não é o Lula que conheci - disse Tasso.


O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), também saiu em defesa do projeto de seu colega e aproveitou para tentar puxar a paternidade do Bolsa Família para o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso:


- O projeto do senador Tasso visa a dar aperfeiçoamento ao Bolsa Família, que é a síntese de um bom projeto do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele (o projeto do senador tucano) premia os melhores alunos. O presidente fala que não tem orçamento? Mas dinheiro para dar para Cuba, para inchar a máquina pública, para isso tem.


Outro senador tucano, Álvaro Dias (PR), afirmou que o projeto não é eleitoreiro, já que entraria em vigor somente em 2011 - quando novo presidente da República estará eleito:


- Tem que ter dotação no Orçamento do ano que vem, não é uma medida eleitoreira. A filosofia do programa foi desvirtuada pelo governo Lula. Queremos transformar o Bolsa Família no Bolsa Escola - afirmou Dias.


O ex-prefeito do Rio Cesar Maia, embora seja um crítico do governo Lula, escreveu em seu ex-blog, criticando o projeto de Tasso: "Vincular valores do Bolsa Família ao aproveitamento do aluno na escola, suas notas e avaliações, é um grave equívoco conceitual. Essa é tarefa da escola".

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(*) PECADO CAPITAL (Paulinho da Viola).

"... E aí dinheiro na mão é vendaval
Dinheiro na mão é solução".

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ELEIÇÕES 2010 [In:] UM ''DNA'' CONHECIDO...

Aécio diz a Serra que não quer vaga de vice

Aécio diz a Serra que não quer ser vice e ajudaria mais como senador


Autor(es): Christiane Samarco
O Estado de S. Paulo - 04/03/2010
José Serra convidou na madrugada de quarta-feira o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para ser seu vice numa chapa tucana puro-sangue na eleição presidencial de outubro. Pela primeira vez, diante de um convite explícito, Aécio também foi explícito e disse a Serra que não quer ser candidato a vice.

O encontro, em um hotel de Brasília, começou tarde da noite de terça-feira e entrou pela madrugada de quarta. O governador paulista convidou Aécio para ser "parceiro" em uma "chapa café com leite", isto é, numa aliança de Minas com São Paulo. Para uma ala dos líderes tucanos, o "não" de Aécio ainda era tratado, ontem à noite, como reversível. Os relatos sobre o encontro, porém, reforçam a tendência de que o governador mineiro não voltará atrás.

Depois do convite de Serra, Aécio pediu que se encerrasse ali a conversa sobre essa questão. O mineiro argumentou que esse debate é ruim porque afeta o próprio Serra e admitiu que a eleição será muito dura. "O que posso garantir é o resultado em Minas Gerais", disse Aécio a Serra. "Farei tudo o que for necessário para ajudar. Os resultados vão mostrar o meu empenho."

Em uma demonstração de boa vontade, Aécio sugeriu a Serra que estreitassem a convivência, porque a proximidade vai possibilitar "uma colaboração mais concreta". Mais tarde, em conversa com senadores tucanos e sem mencionar o encontro reservado com o governador paulista, Aécio procurou deixar claro que não pode sair de Minas, porque a disputa no Estado também é muito dura e, se ele se ausentar, seu candidato, Antônio Anastasia, perderá a eleição. Explicou que há uma frente muito grande contra ele em Minas, unindo PT, PMDB e o vice-presidente José Alencar.

Preocupados com os resultados das últimas pesquisas eleitorais, apontando o crescimento da candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) e Serra em baixa contínua, tucanos de todo o País torciam por um fato novo que pudesse reverter a tendência de queda. A avaliação geral era de que só o anuncio de Aécio na vice poderia dar força política para segurar os eleitores Brasil afora. Terão de se contentar com a promessa do mineiro de levar os votos de Minas a Serra.

Um interlocutor de ambos acrescenta que Serra encarou a negativa com normalidade. Disse que faz parte da vida política e que o importante é ter Aécio a seu lado, trabalhando por ele. "O Serra ficou satisfeito com o compromisso do Aécio", disse o interlocutor.

GESTO

Partiu do governador de São Paulo a iniciativa da conversa, pessoal e sem testemunhas, sobre a candidatura tucana e a melhor tática para conquistar os votos do segundo maior colégio eleitoral do País. Serra devia o gesto de "fazer a corte" ao mineiro, desde dezembro, quando Aécio se retirou oficialmente da disputa. A conversa já estava pré-agendada havia quase um mês e, como Aécio já havia ensaiado o discurso da negativa, nada melhor do que adaptar o encontro ao estilo discreto de Serra. Nesse caso, os dois preferiram um encontro reservado ao jantar inicialmente programado para ontem, em Belo Horizonte.

Aos tucanos e partidos aliados que insistem que componha a chapa com Serra, Aécio já avisara que não adianta pressão. Na sessão em homenagem ao centenário de nascimento de seu avô, Tancredo Neves, até citou a frase com que ele, em 1985, respondeu à pressão do então deputado João Amazonas (PC do B) para que assumisse posições radicais: "Não adianta empurrar. Empurrado eu não vou."

ELEIÇÕES 2010 [In:] AÉCIO É NEVES...

SERRA AVISA AO PSDB QUE É CANDIDATO

SERRA DIZ QUE É CANDIDATO E CONVIDA AÉCIO PARA SER VICE


Autor(es): CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL e
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Folha de S. Paulo - 04/03/2010

O governador de São Paulo, José Serra, confirmou à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência. O tucano deixou clara a disposição de concorrer em jantar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e em conversas com senadores. Na aproximação com Aécio, nome que Serra quer como vice, o tucano paulista participa hoje da inauguração do novo complexo administrativo de Minas Gerais.


Governador avisa ao partido que disputará Presidência e tenta convencer mineiro

Em jantar, Aécio repete que tentará Senado; em discurso em Brasília, paulista sai em defesa de legado de FHC e afirma ser preciso fazer mais


Lula Marques/Folha Imagem
Serra e Aécio durante sessão solene no Senado em homenagem ao centenário de Tancredo

Em conversas desde a noite de terça-feira, o governador de São Paulo, José Serra, admitiu à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência da República. Serra -que até já discute a data para o anúncio oficial da candidatura- deixou clara sua disposição de concorrer num jantar na noite de anteontem com o governador de Minas e vice de seus sonhos, Aécio Neves.
No encontro, Serra agiu como candidato ao convidar pela primeira vez de forma direta Aécio para ser companheiro de chapa. Mais uma vez, o mineiro disse não, mas o paulista não desistiu de convencê-lo.
Aécio afirmou ontem a interlocutores que não tem mais dúvida da candidatura Serra. "Pode esquecer. O Serra é o candidato", comentou, depois da sessão solene do Senado em homenagem ao centenário de seu avô, Tancredo Neves.
Na conversa, que invadiu a madrugada de ontem e contou com a presença do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), Aécio desencorajou Serra a insistir em seu nome para a vice. Alegando que poderia contribuir mais para o partido concorrendo ao Senado, argumentou que seria prejudicial à campanha criar falsa expectativa.
Aécio se comprometeu ainda a obter a vitória do PSDB em Minas e defendeu o nome de Tasso Jereissatti (CE) para vice. Horas depois, numa conversa com os senadores do partido, repetiu seus argumentos. E apelou: "Por favor, não insistam no meu nome para a vice".
Serra também demonstrou a intenção de concorrer em diferentes conversas ontem, durante sua passagem por Brasília. Sentado a seu lado, um senador lhe disse que a bancada do PSDB está à espera de sua definição. "Sou candidato. Só espero a data ideal para o anúncio", respondeu Serra, segundo esse senador.
Em outra conversa, o tucano reconheceu a hipótese de lançar sua candidatura antes do prazo fatal para o anúncio, 2 de abril. Como a data-limite de desincompatibilização coincide com a Semana Santa, a decisão não teria impacto se formalizada em pleno feriado. Até lá, ele se valerá da exposição como governador de São Paulo.

Sinais e discurso
O roteiro cumprido em Brasília atende a pedido de PSDB, DEM e PPS para que Serra dê sinais claros de que será candidato, ainda que não anuncie.
Aliados do governador admitem que o espaço para um eventual recuo é pequeno, mas ressalvam que ele pode reavaliar a candidatura caso não consiga ter Aécio na vice ou se Dilma Rousseff (PT) ultrapassá-lo em pesquisas antes do prazo de desincompatibilização.
Além das conversas internas, o discurso público do governador de São Paulo já toca explicitamente num dos temas centrais da campanha: a comparação entre os governos do PT e do PSDB. Em seu pronunciamento na sessão de homenagem a Tancredo, ele criticou o rótulo de "herança maldita" usado pelo PT para rechaçar um possível retorno tucano ao Palácio do Planalto.
"O PT acabou por ser, por paradoxal que pareça, um dos principais beneficiários da eleição do primeiro presidente civil e das conquistas sociais e culturais da Constituição e soube, posteriormente, colher bons frutos de mudanças institucionais e práticas, como o Plano Real, o Proer [programa de ajuda a bancos de FHC] e a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse, repetindo trechos de artigo seu na revista "Veja".
Ele enalteceu conquistas do governo FHC sem, no entanto, fazer críticas à gestão de Lula. Disse que não se deve negar o passado, e sim "superá-lo, a fim de fazer mais e melhor".
Na volta a São Paulo, ainda que demonstrando certa impaciência e desconforto diante da avalanche de perguntas sobre quando definirá se será candidato, Serra deu uma rara declaração: "Eu nunca afastei a possibilidade de vir a ser candidato, coisa que declarei há mais tempo. Existe a possibilidade de eu ser candidato? Existe sim. Ela não foi afastada", disse, após participar de inauguração na unidade neonatal do hospital de Sapopemba (zona leste).

Colaboraram a Sucursal de Brasília e a Reportagem Local

GOVERNO LULA E IRÃ: UMA PEDRA CHAMADA ''HILLARY''

Lula pede 'prudência' com iranianos

Brasil reage a pressão dos EUA sobre Irã


Autor(es): ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Folha de S. Paulo - 04/03/2010


Hillary Clinton defende a volta de sanções a Teerã, mas Celso Amorim diz que o país dificilmente cederá a imposições

Enquanto secretária dos EUA falava sugerindo reação enérgica da comunidade internacional, chanceler fazia gestos de discordância




Numa entrevista tensa, com direito a apenas três perguntas, a secretária de Estado Hillary Clinton e o chanceler Celso Amorim expuseram ontem publicamente as divergências dos dois países quanto ao Irã. Hillary defendeu que "o tempo de ação internacional [contra o Irã] é agora". Amorim comparou a pressão dos EUA à que antecedeu a invasão do Iraque.
Para Hillary, que depois se encontrou também com o presidente Lula, o Irã não faz "esforços reais e sinceros" para mostrar ao mundo que não pretende desenvolver a bomba atômica, e o Conselho de Segurança da ONU deve "mandar um recado duro" -recrudescer as sanções econômicas ao país.
Amorim, que fazia olhares e gestos de discordância enquanto a secretária de Estado falava, deixou claro que não acredita na estratégia de impor novas sanções: "O Irã é complexo, é difícil que ceda a algo imposto".
O chanceler comparou a pressão do governo Barack Obama contra o Irã à invasão do Iraque, em 2003. "As ameaças [de que os iraquianos desenvolveriam armas químicas e biológicas] nunca se materializaram, e o custo para o mundo foi enorme", disse.
Amorim foi irônico ao responder sobre o porquê de o Brasil não participar de um consenso internacional com relação às sanções. "O Brasil pensa com a própria cabeça. Não se trata de se curvar a um consenso com o qual não concordamos", acrescentou.
O chanceler pediu "um pouquinho mais de flexibilidade de lado a lado". Hillary respondeu que Obama "tem a porta aberta, mas é preciso que seja em mão dupla" e disse não crer na disposição iraniana para o diálogo.
Para ela, o Irã está enganando os que acreditam em acordo para o uso da energia nuclear para fins pacíficos e permitir inspeções regulares da AIEA (Agência Nacional de Energia Atômica). "Os iranianos contam uma história para a China, outra para a Turquia, outra para o Brasil", disse Hillary.
Apesar de explicitarem as divergências, Hillary e Amorim ressalvaram que Brasil e Estados Unidos estão de acordo no principal ponto da questão: o de que é inadmissível o Irã desenvolver a bomba atômica, contrariando todos os acordos internacionais a favor da não proliferação nuclear.
"As divergências são quanto ao caminho", disse Amorim, com a concordância da secretária de Estado, que elogiou a posição brasileira pela paz e pela democracia mundiais.
Hillary foi áspera com a Venezuela, "que deveria olhar mais para o sul e para os padrões do Brasil e do Chile".
No caso de Honduras, que também divide Brasil e EUA, o chanceler brasileiro mostrou maior disposição do que demonstrava anteriormente para reconhecer o governo do presidente Porfírio "Pepe" Lobo.
Hillary e Amorim assinaram atos para ações conjuntas de EUA e Brasil no Haiti e na África e em duas novas áreas: violência contra mulheres e clima.
À noite, em um encontro com estudantes na Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, Hillary falou da expectativa dos EUA sobre as eleições brasileiras. Perguntada se as relações entre os dois países mudariam dependendo de quem fosse eleito, ela afirmou que "confia na democracia brasileira" e que acreditava que as relações continuariam boas.
A secretária de Estado falou até do trânsito paulistano ao responder uma questão sobre transporte. "Cheguei atrasada porque houve um acidente na estrada", disse ela -sendo lembrada, em seguida, que "não era um acidente", mas o trânsito normal da Marginal Tietê.
Ações afirmativas e quotas para negros dominaram a conversa. Hillary afirmou que as ações são importantes, mas não garantem que os alunos concluirão os cursos. Ela defendeu chances para minorias em todo o sistema educacional.

Colaborou a Reportagem Local

BRASIL/IRÃ [In:] AMIGOS PARA SEMPRE...

Amigos, mas sem acordo

Desacordo com respeito

Autor(es): # Viviane Vaz
Correio Braziliense - 04/03/2010




Iano Andrade/CB/D.A Press



A cordialidade de Lula e Dilma Rousseff com a secretária de Estado Hillary Clinton não escondeu as divergências em relação ao Irã. Enquanto o Brasil quer o diálogo, os EUA pregam sanções.



Hillary Clinton traz recado de Obama pedindo linha dura com o Irã. Lula e Amorim insistem no diálogo



  • Iano Andrade/CB/D.A Press
    O presidente brasileiro entre a secretária de Estado e o ministro Amorim: “Divergência é discussão, é troca de pontos de vista”

    Com muita diplomacia, Brasil e Estados Unidos discordaram sobre os rumos das negociações sobre o programa nuclear iraniano, mas acertaram o passo em relação a questões da América Latina e à cooperação com a África. A secretária de Estado Hillary Clinton veio ontem a Brasília mandar o recado do presidente Barack Obama — inclusive ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu à tarde. Ao contrário do Brasil, os EUA consideram que as negociações para impedir os iranianos de enriquecer urânio falharam, portanto o caminho é aprovar mais sanções contra o regime islâmico. A diferença pública foi minimizada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim: “No nosso caso, divergência é diálogo, é discussão, é troca de pontos de vista”.

    “Assim que a comunidade internacional falar em uníssono, os iranianos virão e negociarão novamente”, disse Hillary na entrevista coletiva que concedeu ao lado do colega brasileiro, no Itamaraty. “Só depois que aprovarmos sanções no Conselho de Segurança da ONU é o que o Irã negociará de boa-fé”, argumentou. A posição é a mesma defendida pelo número dois da diplomacia israelense, Rafael Barak, que visitou Brasília na semana passada.

    Antes mesmo de receber a visitante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha reafirmado, pela manhã, a opção brasileira por dialogar com Teerã. “O Brasil mantém sua posição. O Brasil tem uma visão clara sobre o Oriente Médio e sobre o Irã. O Brasil entende que é possível construir outro rumo. Eu já disse para o Obama e o (presidente francês Nicolas) Sarkozy: não é prudente encostar o Irã na parede. O que é prudente é estabelecer negociações”, disse Lula.

    Na coletiva do Itamaraty, Amorim foi ainda mais incisivo sobre o tema. “Não se trata de se curvar simplesmente a uma opinião que possa não concordar (com os EUA). Nós não podemos ser simplesmente levados. Nós temos de pensar com a nossa cabeça. Nós queremos um mundo sem armas nucleares, certamente sem proliferação”, afirmou. Segundo o ministro, o governo brasileiro considera que ainda há espaço para negociar com o presidente Mahmud Ahmadinejad. “Acreditamos que há oportunidade de chegar a um acordo, talvez exija um pouco de flexibilidade de parte a parte”, acrescentou.

    Mentiras
    Hillary, por sua vez, disse que respeita “a crença brasileira” nas negociações, mas insinuou que o governo iraniano mente à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a outros interlocutores externos sobre os propósitos de seu programa nuclear. “O que observamos é que o Irã vai para o Brasil, a China e a Turquia e conta histórias diferentes, para evitar as sanções. Nós continuaremos a discutir essas questões”, afirmou a secretária. Amorim lembrou que o mesmo tipo de acusação sobre a existência de armas de destruição em massa foi feito ao Iraque e não se confirmou, mas causou uma “destruição enorme” — uma referência à invasão norte-americana, em 2003.

    O governo Lula se posiciona na questão levando em conta que o Irã — como o Brasil — é signatário do Tratado de Não Proliferação (de armas nucleares), e portanto tem direito a dominar plenamente o uso civil da energia atômica, inclusive o enriquecimento de urânio. “Eu quero para o Irã o mesmo que quero para o Brasil: utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos. Se o Irã tiver concordância com isso, terá apoio do Brasil. Se quiser ir além disso, irá contra ao que está previsto na Constituição brasileira e, portanto, não podemos concordar”, disse o presidente.

    No encontro que teve com Hillary, Amorim seguiu a mesma linha e ressaltou indiretamente características que poderiam se referir também ao Brasil. “O Irã é um país grande, complexo. É um país que não vai se conformar com algo totalmente imposto a ele”, disse o chanceler. No fim do dia, depois de receber a secretária no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo, Lula mencionou que o assunto poderá ser retomado nas visitas a Jordânia, Palestina e Israel neste mês e na visita ao Irã em maio, uma “oportunidade de falar com os países para uma solução pacífica”.
    Eu já disse para o Obama, o Sarkozy, que não é prudente encostar o Irã na parede. O que é prudente é estabelecer negociações”
    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil

    Nós apoiaríamos qualquer esforço sincero do Irã, mas acreditamos que só depois das sanções é que o Irã vai negociar de boa-fé”
    Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA



    Ajuda à América Latina e África

    Se a questão iraniana mostrou as divergências entre Brasil e EUA, a situação no Haiti, no Chile e na África permitiu com que Hillary Clinton e o chanceler Celso Amorim acertassem os ponteiros. Os dois assinaram memorandos de entendimento nas áreas de mudança climática, questões de gênero (promoção dos direitos das mulheres) e cooperação com terceiros países — para incentivar o desenvolvimento da África e da América Latina. Sobre Haiti e Chile, Hillary afirmou que “precisam de socorro em tempos de crise”, e que a ajuda a ambos deve ser mantida e aumentada.

    A secretária reconheceu os progressos de Honduras a favor da democracia, com a eleição do presidente Porfirio Lobo. “Queremos trabalhar com o Brasil para o retorno (de Honduras) à Organização dos Estados Americanos (OEA)”, disse. Amorim ponderou que “um golpe de Estado (como o que derrubou Manuel Zelaya, em 28 de junho) não é uma coisa que possa ser facilmente absolvida”, mas acenou que “um fato muito simbólico seria a criação de condições” para o retorno seguro de Zelaya ao país.

    Hillary e Amorim também opinaram que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, deveria “olhar mais para o sul”. Questionada por um jornalista americano, a visitante reiterou que seu governo “não está envolvido em nenhuma atividade para prejudicar a Venezuela”, e qualificou como “improdutivas” as repetidas acusações de Chávez contra os EUA. Para ela, o governo de Caracas deveria seguir o exemplo do Brasil e do Chile, países que ela considera bem-sucedidos e respeitadores da liberdade de expressão. Chávez acusa os EUA de terem “plantado” as denúncias da Justiça espanhola sobre um suposto apoio de seu governo ao grupos terrorista basco ETA e às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

    EDUCAÇÃO E CULTURA: UM PASSO ALÉM ...

    Educação

    A lição do Mérito

    As primeiras experiências brasileiras de premiar os melhores professores em sala de aula começam a dar resultado — e sinalizam um bom caminho para tirar nossos alunos das últimas colocações nos rankings mundiais.


    Ronaldo França

    Alexandre Schneider
    GESTÃO APROVADA
    A escola Rita Pinto de Araújo, em São Paulo: salto de qualidade com metas e um currículo organizado

    VEJA TAMBÉM

    Com 98% das crianças na escola, o Brasil já ombreia com os países mais desenvolvidos no indicador da quantidade — mas figura até hoje entre os piores do mundo na qualidade do ensino. Nesse cenário de flagrante atraso, é bem-vinda a notícia de que um conjunto relevante de colégios públicos brasileiros começa a implantar sistemas baseados na meritocracia, princípio que ajudou, décadas atrás, a empurrar países como Coreia do Sul e Finlândia rumo à excelência acadêmica. O conceito se espelha em prática comum no mundo das empresas privadas: nas redes de ensino, a ideia é distinguir, com base em avaliações, as boas das más escolas, provendo incentivos financeiros e perspectivas à carreira para aqueles professores e diretores à frente dos melhores resultados. A adoção de mecanismos simples para premiar os mais eficientes e talentosos profissionais em escolas merece atenção por sinalizar, antes de tudo, uma mudança numa velha mentalidade ainda arraigada na educação brasileira: a de que todos os professores devem ganhar o mesmo e sempre mais — à revelia do mau desempenho em sala de aula e também do que mostram as pesquisas científicas. Uma das mais detalhadas, conduzida pelo economista Eric Hanushek, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conclui: "Sem meritocracia, não há como atrair as melhores cabeças de um país para a docência".

    Na educação, os avanços sempre se dão por um conjunto de inovações e políticas — e não por um único fator. Os especialistas concordam, porém, que a implantação da meritocracia numa centena de municípios brasileiros e em estados como São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco começa a reverter em favor do ensino. Avalia o economista Cláudio Ferraz, à frente de um estudo sobre o assunto no Banco Mundial: "A adoção desse princípio significa uma mudança de cultura tão radical na condução de uma escola que, apesar de recente, não é exagero afirmar que já está beneficiando a sala de aula". Os números mais novos que apontam nessa direção, obtidos por VEJA com exclusividade, vêm de São Paulo, um dos primeiros no país a adotar o bônus nas escolas, em 2008. Segundo o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), ba-sea-do numa prova aplicada aos estudantes, só no último ano 18% dos alunos da 4ª série do ensino fundamental foram alçados, em português, do nível insuficiente para o adequado. Aos 9, eles não conseguiam escrever um bilhete, tampouco compreender o sentido de um texto curto (caso ainda de 22% do total). Em matemática, o grupo dos piores — aquele em que os alunos se paralisam ao tentar resolver um problema envolvendo operações de soma e subtração — encolheu de 39% para 31%. Os últimos dados de Minas Gerais apontam para progresso semelhante na sala de aula (veja os números no quadro).

    Bons, porém ainda modestos perto da dimensão do problema a equacionar, os resultados de São Paulo e Minas ajudam a aferir a eficácia de um pacote de boas práticas de gestão que, só agora, passam a ser implantadas em escolas brasileiras. Diz o economista Fernando Ve-loso, especialista em educação: "Os estados e municípios que mais avançam são justamente aqueles que estão conseguindo se livrar da velha cultura corporativista e, pouco a pouco, modernizam a gestão de suas redes de ensino". No conjunto das 180 000 escolas públicas brasileiras, estima-se que 20% delas começam a se organizar de acordo com metas acadê-micas, estabelecidas com base em avaliações, e já são cobradas e premiadas pelo seu bom cumprimento. É um modelo cuja eficácia foi exaustivamente aferida em outros países e, no Brasil, já se faz notar no dia a dia de colégios como o estadual Leon Renault, de Belo Horizonte. "Sinto pela primeira vez como se estivesse chefiando uma equipe de uma grande empresa privada, tal é a obsessão na escola em relação aos resultados", resume a diretora Maria de Lourdes Fassy, 50 anos, na função há quatro.

    Léo Caldas
    TREINADA PARA ENSINAR
    Kátia Ferreira, de Pernambuco: aulas de biologia mais atraentes

    A lição das escolas brasileiras que se modernizam lança luz ainda para a eficácia em ater-se ao básico — e não sair em busca de soluções mirabolantes. Nesse sentido, a experiência reforça a ideia de que poucas medidas têm tanto impacto na qualidade do ensino quanto a formulação de um bom currículo. Um levantamento com base em dados da Prova Brasil, aplicada em escolas públicas pelo Ministério da Educação (MEC), constata que, quando o professor se ancora em roteiros detalhados sobre o que e como ensinar, as notas sempre sobem. Num país como o Brasil, onde o nível geral dos professores é baixo, um currículo se torna imperativo — mas é ainda coisa rara. Apenas seis dos 27 estados contam com um, e isso é recente. Os efeitos já se fazem sentir, ainda que modestamente. Será preciso esperar mais para colher os frutos de outra frente de iniciativas promissoras, estas voltadas para melhorar o nível dos professores — o principal obstáculo ao avanço brasileiro. Na rede estadual paulista, criou-se uma escola com o propósito de dar reforço a professores recém-aprovados nos concursos. Antes de assumir o posto, eles serão treinados a lidar com situações reais da sala de aula, o que não aprendem na faculdade. Os efeitos podem ser imensos. Ao longo de sua vida útil, um único professor atende cerca de 1 000 alunos. A primeira turma dessa escola de professores em São Paulo contará com 10 000 profissionais, com chances, portanto, de ajudar 10 milhões de crianças.

    Desde que o nível do ensino começou a ser medido no Brasil, na década de 90, não houve registro de nenhum avanço relevante. Em certos anos, a qualidade chegou até a cair. É verdade que os números pioraram na medida em que mais gente ingressou na escola, mas esse processo de massificação na sala de aula encerrou-se uma década atrás, e nem por isso o Brasil deixou a rabeira nos rankings internacionais de ensino. Enquanto os americanos fazem hoje conversões de unidades e se saem bem em problemas matemáticos de razoável complexidade, os brasileiros se atrapalham ao ler as horas num relógio e penam com a multiplicação — um atraso gritante. O que pode ajudar a mudar isso é o fato de que, pela primeira vez, se vê razoável consenso quanto à direção do caminho a percorrer, independentemente do matiz ideológico. Na semana passada, a meritocracia na educação, que já foi vista com imensa resistência no governo Lula, foi defendida pelo ministro Fernando Haddad: "Ela não desmerece, mas só valoriza os profissionais". Reconhecer isso é, no mínimo, um bom começo.

    Leo Drumond/Nitro
    PARECE EMPRESA
    Escola Leon Renault, em Minas: o bônus deu novo ânimo.
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    http://veja.abril.com.br/030310/licao-merito-p-106.shtml
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    ''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

    04 de março de 2010

    O Globo


    Manchete: Lula deve se licenciar para ajudar Dilma; Sarney assume

    Presidente quer trocar Planalto por palanque durante dois meses na campanha

    Num gesto sem paralelo na história política recente do país, o presidente Lula pretende se licenciar do cargo em agosto e setembro, para se dedicar em tempo integral à campanha da ministra Dilma Rousseff, informa Ilimar Franco. Ao trocar o Planalto pelos palanques, o primeiro presidente eleito pelo PT deixará, ironicamente, a cadeira com José Sarney, o senador que, em 1984, trocou a presidência do PDS pela aliança com Tancredo Neves.
    Atual presidente do Senado, Sarney (agora no PMDB) é o único na linha sucessória que não disputará as eleições de outubro. (págs. 1 e 2)

    Foto legenda: Bem só na foto: O presidente Lula ampara e conduz o braço da ministra Dilma Rousseff para o aperto de mãos com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Houve divergências sobre Irã, Venezuela e subsídios. (págs. 1 e 16)

    Serra convida e Aécio diz 'não'

    Em encontro na madrugada de ontem, em Brasília, o governador tucano José Serra convidou o colega Aécio Neves para ser vice em sua chapa presidencial, mas o mineiro recusou: "Não cogito." (págs. 1 e 3)

    Chile revive pânico após novos tremores

    Fortes tremores voltaram a alarmar ontem à tarde a população do litoral do Chile. Ignorando o governo, que descartava a ameaça de tsunamis, moradores fugiram em direção às montanhas. Em Concepción, houve corre-corre pelas ruas, e lojas que voltaram a funcionar tiveram de baixar suas portas novamente, informa Flávio Freire. As vinícolas chilenas perderam com o terremoto 12,5% da produção deste ano, com prejuízo de US$ 250 milhões. (págs. 1 e 32 a 34)

    Foto legenda: Fuga e desespero: chilenos correm após sentirem novo tremor em Constitución, já devastada pelas tsunamis que atingiram a cidade após o terremoto

    Compra de imóvel infla os números do PAC

    Os contratos de financiamento da Caixa Econômica Federal e demais bancos para a compra da casa própria com recursos da poupança são a mais nova arma do governo para inflar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com os R$ 137,5 bilhões desses empréstimos incluídos na conta, mais do que dobrou o total do que foi "realizado" pelo governo. (págs. 1, 25 e 26)

    Lula cobra fonte para aumentar Bolsa Família

    O presidente Lula cobrou da oposição que indique fontes de recursos para pôr em prática o projeto que dá prêmios a crianças incluídas no Bolsa Família. "Tudo aprovado em benefício do povo é bom. Agora, digam de onde vai vir o dinheiro", disse. (págs. 1 e 8)

    Pacote grego congela aposentadoria

    As bolsas no mundo subiram com a notÍcia de que o governo grego se dispôs a cortar € 4,8 bi para ajustar suas contas congelando aposentadorias e reduzindo salários de servidores em 30%. Houve protestos violentos nas ruas. (págs. 1 e 30)

    Câmara aprova FGTS na Petrobras (págs. 1 e 31)

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    Folha de S. Paulo

    Manchete: Serra avisa ao PSDB que é candidato

    Governador defende legado de FHC e insiste em Aécio como vice, mas líderes tucanos ainda temem recuo

    O governador de São Paulo, José Serra, confirmou à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência. O tucano deixou clara a disposição de concorrer em jantar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e em conversas com senadores. Mesmo assim, lideranças do partido receiam que ele recue.

    Na aproximação com Aécio, nome que Serra quer como vice, o tucano paulista participa hoje da inauguração do novo complexo administrativo de Minas Gerais.

    Ontem, em homenagem a Tancredo Neves, Serra criticou a tese da "herança maldita" usada pelo PT contra a gestão Fernando Henrique Cardoso. Disse que o PT se beneficiou do Plano Real, do Proer e da Lei de Responsabilidade Fiscal. (págs. 1 e Brasil)

    Opinião
    Nova sede do governo de MG é um desastre

    Urbanisticamente, a nova sede do governo mineiro é um desastre. Há 50 anos os políticos creem na mística de perpetuar-se com um postal de Niemeyer. (págs. 1 e A14)

    Lula pede 'prudência' com iranianos

    O presidente Lula, que recebeu em Brasília a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou antes do encontro que não é "prudente" a pressão sobre o Irã.

    "Se o Irã tiver concordância com isso [desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos], terá o apoio do Brasil", disse Lula, que visitará o país em maio.


    Em entrevista, Hillary pediu "ação agora" contra Teerã, e o chanceler Celso Amorim discordou. (págs. 1 e A8)

    Leia artigos de Eliane Cantanhêde na pág. A2 e de Igor Gielow na pág. A8.

    Foto legenda: A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, com o presidente Lula e o ministro Celso Amorim

    Universidades de SP elevam os salários de professores

    Dois meses antes da database da categoria, os reitores das universidades estaduais paulistas reajustaram os salários de seus professores.

    Segundo a Folha apurou, pesou para o reajuste o fato de as instituições de ensino federais estarem com salários mais altos. Tal diferença preocupava o governo Serra, pois poderia ser usada politicamente na campanha eleitoral. (págs. 1 e C4)

    Câmara aprova uso do FGTS na capitalização da Petrobras

    Os trabalhadores que têm ações da Petrobras adquiridas com recursos do FGTS poderão usar até 30% do fundo na compra de novos papéis durante a capitalização da empresa para exploração da camada do pré-sal.

    A autorização foi aprovada pela Câmara e seguirá agora para o Senado. Para analistas, apesar do alto risco, a Petrobras é uma boa aplicação para o FGTS. (págs. 1, B1 e B3)

    Bando incendeia ônibus no Rio com passageiros

    Ao menos 12 pessoas ficaram feridas anteontem à noite quando moradores da Cidade de Deus (Rio) incendiaram um micro-ônibus.

    Segundo a Policia Militar, o ataque foi um ato de repúdio à prisão, pouco antes, de um acusado de tráfico. (págs. 1 e C6)

    Editoriais

    Leia "A hora da educação", sobre relatório do MEC; e "Boas normas", acerca das regras eleitorais. (págs. 1 e A2)

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    O Estado de S. Paulo

    Manchete: Hillary avalia que Irã engana o Brasil

    Para a americana, Teerã abusa da boa-fé brasileira

    Brasil e EUA expuseram ontem suas divergências sobre o Irã. Após três horas de conversa com o chanceler Celso Amorim, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, insinuou que Teerã está manobrando a disposição do Brasil e defendeu sanções do Conselho de Segurança da ONU. "Observamos que o Irã vai ao Brasil, à Turquia e à China e conta histórias diferentes para cada um", disse Hillary. “Acredito que só depois da aprovação das sanções o Irã negociará de boa-fé." Amorim insistiu no diálogo e rejeitou a ideia de que o Brasil estaria sendo "enrolado" pelos iranianos. "Temos a visão de que, de modo geral, as sanções têm efeitos contraproducentes", disse o chanceler. Para Lula, “não é prudente encostar o Irã contra a parede". (págs. 1 e A17)

    Câmara aprova FGTS na Petrobras

    Só cotistas poderão usar o recurso; governo ainda vai tentar derrubar

    A Câmara aprovou ontem o uso do FGTS na capitalização da Petrobrás pelos trabalhadores que já são acionistas da empresa. A proposta foi incluída no projeto de capitalização da estatal, que integra o marco regulatório do pré-sal. Poderão comprar novas ações os cotistas que usaram o FGTS no passado, até o limite de 30% do saldo. O governo é contra a permissão e vai tentar derrubá-la no Senado, embora considere que o peso do FGTS na capitalização será pequeno - menos de 0,5%, segundo seus cálculos. (págs. 1, B1 e B3)

    Aécio diz a Serra que não quer vaga de vice

    Em encontro em Brasília, o governador de São Paulo, José Serra, convidou o governador de Minas, Aécio Neves, para ser seu vice numa chapa puro-sangue do PSDB para disputar as eleições à Presidência. Pela primeira vez diante de um convite, Aécio disse a Serra que não quer ser vice e prefere disputar o Senado. Prometeu fazer "o que, for necessário" para ajudar a campanha tucana. (págs. 1 e A4)

    Dora Kramer
    A bossa da conquista

    A disposição de Serra é dizer que os paulistas não pretendem ser antagonistas dos mineiros. (págs. 1 e A6)

    Foto legenda: Encontro - Serra e Aécio se cumprimentam durante sessão do Senado em homenagem a Tancredo

    No Congresso, governador de SP eleva o tom contra o PT

    Na cerimônia em homenagem ao centenário de Tancredo Neves, no Congresso, José Serra elevou o tom e destacou o radicalismo petista. "O PT acabou por ser, por paradoxal que pareça, um dos principais beneficiários da eleição do primeiro presidente civil. E soube colher bons frutos de mudanças e práticas como o Plano Real, o Proer e a Lei Fiscal", discursou. (págs. 1 e A6)

    Réplica de tremor leva pânico à costa do Chile

    Quatro dias depois do terremoto de 8,8 graus na escala Richter, que deixou 802 mortos no Chile, um novo tremor, desta vez de 6 graus, levou pânico a Santiago e a cidades costeiras do sul, onde moradores temiam um novo tsunami. Muitos sobreviventes ignoraram os pedidos de calma feitos pela polícia e continuaram abrigados nas zonas mais altas. (págs. 1 e A20)

    Foto legenda: Tráfico: Barbárie no Rio

    Mulher é socorrida após traficantes incendiarem micro-ônibus com 20 passageiros em Jacarepaguá, zona oeste: das 12 pessoas que ficaram feridas, 6 continuam internadas em estado grave. (págs. 1, C1 e C3)

    Após 11 meses, País tem fluxo cambial negativo

    A queda do saldo da balança comercial levou o Brasil a registrar, em fevereiro, volume maior de saída do que de entrada de moeda estrangeira no mercado de câmbio, interrompendo 11 meses de resultados positivos. O fluxo cambial no mês passado foi negativo em US$ 399 milhões. A última vez em que isso ocorreu foi em março de 2009, durante a crise internacional, quando o saldo cambial foi negativo em US$ 797 milhões. (págs. 1 e B6)

    Gripe suína: Governo do Pará antecipa vacinação

    Medida atinge 8 municípios. Estado confirmou 30 casos e 8 mortes. (págs. 1 e A24)

    Notas e Informações: O consenso e a campanha

    O presidente Lula fez a coisa certa ao repelir o chamado "terrorismo eleitoral". (págs. 1 e A3)

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    Jornal do Brasil

    Manchete: Para EUA, Irã usa o Brasil

    Celso Amorim reage a acusação de Hillary

    As divergências entre Brasil e Estados Unidos sobre o programa nuclear do Irã provocaram ontem dura reação do governo brasileiro contra Washington. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reiterou que o Brasil tem posições orientadas por sua convicção, e por isso "não vai se curvar" às pressões dos EUA, que defendem sanções contra o Irã. A secretária de Estado, Hillary Clinton, ouviu a afirmação e acusou os iranianos de mentirem sobre planos para a fabricação de armas nucleares e usarem o Brasil como escudo para fugir das punições. (págs. 1 e Internacional A23)

    Tancredo Neves, patriota na arte da política

    Poucos conheceram os meandros da política como Tancredo Neves. Lembrado em sessão solene no Congresso, o centenário do presidente que não chegou a assumir realça a trajetória do “catalisador da esperança”, na visão do cineasta Silvio Tendler. Cientistas exaltam a habilidade na turbulenta transição da ditadura para a democracia no Brasil. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A8)

    BB fortalece setor de resseguros

    A compra do controle do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) pelo Banco do Brasil é a aposta da resseguradora para manter a liderança do mercado brasileiro e expandir-se para outros países. A operação deve ser concluída ainda este ano. (págs. 1 e Economia A17)

    Sismo afetou vinhos chilenos

    O terremoto que atingiu o Chile no sábado abalou, também, os lucros de vinícolas do país, que calculam uma queda de 12,5% na produção da bebida em pleno período de colheita. O trabalho nas plantações de uva está sendo retomado, mas os vinicultores estimam uma perda de 125 milhões de litros, ou US$ 250 milhões. (págs. 1 e Internacional A23)

    Mauro Santayana

    Tancredo e a justiça a um homem do Brasil. (págs. 1 e A2)

    Editorial

    Tancredo, um conciliador em tempos de cólera. (págs. 1 e A10)

    Informe JB

    Roberto Freire aposta na chapa puro-sangue. (págs. 1 e A4)

    Anna Ramalho

    Apoio a Zelaya rende pitaco de Hillary Clinton. (págs. 1 e A24)

    Hildegard Angel

    Dilma vai mostrar sua verdadeira cara. (págs. 1 e B5)
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    http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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