PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, fevereiro 18, 2013

'JURASSIC PARK'

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ARGENTINA: " DÉJÀ VU ''

18/02/2013
Congelamento é arma de Cristina para conter salários


Por César Felício | De Buenos Aires


A contenção dos reajustes salariais é o principal objetivo do congelamento de preços em supermercados por dois meses na Argentina. 

A maioria das categorias representadas pelos mais fortes sindicatos começa a negociação entre março e abril e deve homologar seus acordos entre o segundo e o terceiro trimestre do ano.

Como hoje a Argentina conta com cinco centrais, a radicalização das reivindicações cresceu. Mesmo a facção governista da central CGT, comandada pelo metalúrgico Antonio Caló, defende 25% de reajuste como piso para os aumentos a serem negociados nos próximos meses. O chefe da CGT oposicionista, o caminhoneiro Hugo Moyano, que lançou um partido político, defende 30% como piso

A primeira grande rodada já está em curso: os professores da rede pública recusaram uma proposta de reajuste de 22%.

"Um aumento salarial médio 5% acima da inflação real do ano passado significa 2,5 pontos percentuais a mais de inflação neste ano. Essa é a única âncora que restou para conter uma escalada inflacionária. O governo teve que reajustar tarifas públicas para conter gastos com subsídios e não tem como manter o dólar subvalorizado por tempo indefinido", comentou Marina dal Poggetto, economista da consultoria Estudio Bein.

Este ano ocorre eleições parlamentares no país e desapareceu em 2012 uma das fortalezas do governo: o superávit primário. Mesmo com o uso de recursos do Tesouro para pagar gastos correntes, houve déficit fiscal de 0,4%.

Até o ano passado, a inflação real da ordem de 25% ao ano na Argentina, cerca de duas vezes e meia o número oficial, não causava desgaste para o governo. A forte expansão da economia permitiu aumentos salariais que seguiram a evolução de preços. As empresas repassaram o aumento de custos para o consumidor, sem que a demanda se retraísse.

O esfriamento da economia em 2012 fez com que as negociações salariais se tornassem difíceis e a média dos aumentos ficou em 25%, perto da inflação real, mas dez pontos percentuais a menos do obtido em 2011.

O poder de compra do salário mínimo começou a diminuir em itens básicos. Em dezembro de 2010, o jornal governista "Página 12" publicou um artigo dos economistas Ivan Heyn e Julian La Rocca para comprovar que o salário mínimo argentino tinha mais peso no supermercado do que o brasileiro, o chileno ou o uruguaio. Catorze meses depois, a variação percentual em itens como ovos, açúcar e batatas superou 100%, enquanto o reajuste salarial outorgado pelo governo foi de 65%. A inflação oficial variou 22,8%. Fevereiro e março é a época em que a defasagem salarial está no auge. "Os salários estão desalinhados porque refletem as negociações do ano anterior", disse Dal Poggetto.

Nos últimos meses, a inflação ganhou força entre as preocupações do eleitorado. Segundo pesquisa do instituto Management & Fit, a alta de preços passou de 16,4% para 21,9% como principal preocupação dos entrevistados. Foi a única variável com alteração relevante entre agosto e o final de janeiro e passou o desemprego como segundo maior temor.

"Como o governo divulga um índice de inflação irreal, consolida a impressão de que não está agindo. A informalidade desse congelamento diminui a confiança da população em sua eficácia", afirmou a diretora da empresa de pesquisa, Mariel Fornoni.

O congelamento administrado pelo secretário do Comércio Guillermo Moreno, em relação ao qual nem a presidente Cristina Kirchner nem qualquer outro integrante de sua equipe fez comentários, não é a única medida que o governo tomou para diminuir a pressão sindical. Há duas semanas, a presidente reajustou a tabela do imposto de renda, inalterada desde 2011, diminuindo o desconto na fonte do assalariado.
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EQUADOR. NEGÓCIO 'DA' CHINA

18/02/2013
Dinheiro chinês ajuda a reeleger Correa no Equador


Por Fabio Murakawa | De São Paulo


Os bilhões de dólares em créditos concedidos pela China facilitaram a tarefa de Rafael Correa de se reeleger presidente com uma margem folgada nas eleições de ontem no Equador.

Segundo analistas, o dinheiro chinês tornou-se fundamental para o governo Correa depois que o presidente anunciou um calote de US$ 3,2 bilhões em pagamentos de títulos da dívida em 2008. Sem outras fontes de financiamento, foram os chineses que ajudaram a cobrir o déficit causado pela alta dos gastos do governo nos últimos anos. Esses gastos levaram o país a um crescimento sólido do PIB e ajudaram a reduzir a taxa de pobreza de 52% para 32%, desde que ele assumiu o cargo, em 2007.

Com o gasto público em alta, o déficit fiscal do Equador chegou a 5,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado e deve superar os 7% do PIB neste ano. Esse déficit tem coberto em parte pelos US$ 9,25 bilhões em créditos concedidos pela China, muitos deles tendo o petróleo - principal produto de exportação do país - como moeda de troca. Correa também elevou os gastos com educação de 2,5% para 6% do PIB, concedeu benefícios sociais em dinheiro para famílias mais pobres e tem bilhões de dólares contratados em obras de infraestrutura, que impulsionam o crescimento do país.

"O Equador é hoje um dos países com mais alto índice de investimento na América Latina, com 15% a 16% do PIB", diz uma fonte do governo brasileiro. "Sem o dinheiro chinês, provavelmente esses investimentos não existiriam."

A fórmula deve continuar intacta no novo mandato, de quatro anos. Em dezembro, o ministro das Finanças, Patricio Rivera, anunciou que o governo usará um novo empréstimo de US$ 2 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China (BDC) para financiar um déficit orçamentário estimado para este ano em US$ 6 bilhões, cerca de 7,75% do PIB.

Kevin Gallagher, professor de Relações Internacionais da Universidade de Boston e estudioso da atuação da China na América Latina, aponta outro benefício dos empréstimos concedidos pelo país asiático. Ele lembra que só o fato de a China estar financiando os gastos do governo Correa levou a agência Moody"s a aumentar a nota de crédito ao Equador no ano passado. "Isso foi de certa maneira surpreendente, porque eles haviam dado um default em 2008 e não estavam com uma imagem muito boa", disse ele ao Valor. "Eu não sei se a China estava fazendo isso conscientemente. Mas, ao emprestar dinheiro ao Equador, melhorou a credibilidade do país."

Para Gallagher, o relatório da Moody"s sinaliza ao mercado que o Equador tem liquidez para cumprir seus compromissos e pode facilitar a tarefa de Correa para conseguir outros empréstimos no mercado de capitais, apesar do calote de 2008.

Além dos mais de US$ 9 bilhões em financiamentos, a China também é o principal parceiro do país em obras de infraestrutura. Segundo a fonte do governo brasileiro, os chineses tocam hoje cerca de US$ 6 bilhões em projetos como hidrelétricas, irrigação e estradas, entre outros, no país. As empresas brasileiras, também com participação importante, têm hoje contratos que totalizam cerca de US$ 1,5 bilhão no Equador.

Essas obras, dizem analistas, foram fundamentais para gerar empregos e melhorar a renda no país, o que se refletiu na avalanche de votos recebida ontem pelo presidente. Em entrevista à rede britânica BBC nesta semana, Ralph Murphine, que foi consultor de Correa na campanha presidencial de 2006, resumiu: "A campanha de Correa começou um ou dois anos atrás, quando estradas foram pavimentadas e quando as pessoas começaram a receber pagamento em dinheiro."

... DO MESMO e REQUENTADO

18/02/2013
Rede pede ajuda ao PSD e PMDB para barrar projeto

Por Caio Junqueira | De Brasília


O partido que a ex-candidata a presidente da República Marina Silva lançou sábado em Brasília propõe uma nova forma de fazer política, mas já recorre a políticos tradicionais para tentar intermediar seus interesses no Congresso Nacional.

O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e integrantes do PMDB, por exemplo, já foram procurados para auxiliar a barrar a tramitação de um projeto que pode ser fatal para que a Rede de Marina prospere.

Trata-se do projeto de lei 4.470 de 2.012, que veda a partidos que ainda não tenham passado por uma eleição o direito à repartição do fundo partidário e ao tempo de televisão. Isso mesmo que parlamentares tenham migrado para ele.

O projeto, de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), foi uma resposta do Congresso à criação do PSD, que desidratou diversas legendas país afora. 

Só na Câmara, mais de 50 deputados migraram para o partido de Kassab. Suas maiores vitórias, porém, foram decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reconheceram o direito da sigla ao tempo de rádio e televisão e ao fundo partidário, proporcionais ao tamanho da bancada federal.

Com receio de que novos partidos fossem criados, foi elaborado o projeto de lei de Araújo, do qual Kassab foi grande avalista. Tanto que uma das condições para que sua bancada apoiasse a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) a presidente da Câmara era de que o texto fosse aprovado. Em outubro Alves, então líder do PMDB, apresentou um requerimento em que pede urgência na apreciação do projeto. Eleito presidente, a expectativa é de que articule sua aprovação.

Para evitar esse cenário, a Rede delegou a um dos seus fundadores, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), o papel de articular no ambiente político, em especial no Congresso, a não aprovação do texto. "Se esse projeto for aprovado seria um desastre, seria dramático, seria um golpe. Um golpe com certeza", disse ao Valor. Em razão disso, ele iniciará um ciclo de conversas com lideranças partidárias no Congresso. Já conversou inclusive com Kassab, de quem foi secretário municipal, e com Araújo. "Falei que o partido novo é um movimento que parte da sociedade, que não pode ser barrado. Que não pode haver uma barreira imposta por quem tem interesses específicos que é exatamente a manutenção das suas estruturas." Segundo ele, não houve sinalização dos dois. Ele apenas o ouviram "respeitosamente".

Feldman também disse que tentará neutralizar rejeições a Rede. "Vamos não só divulgar esse novo modelo, mas dar início a um processo de articulação política para que tenhamos sucesso em setembro (prazo final de filiações). Isso significa conversar com o Parlamento para que compreenda a necessidade de oxigenar a democracia."

Alguns obstáculos, contudo, já são avistados. O mais evidente deles é que os simpatizantes da Rede no Congresso -Feldmann inclusive- atuaram contra a eleição de Alves e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Não à toa, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), avalia que a criação da Rede é um estímulo para que o projeto seja aprovado. "Esse lançamento facilita a aprovação, porque ninguém quer criar mais uma oportunidade para dividir tempo de televisão e fundo partidário", afirmou. Disse ainda que a tendência é de que o projeto seja aprovado com uma emenda que estabeleça uma "janela" para troca de partidos. Sem que isso, contudo, afete a distribuição do tempo de TV e do fundo partidário.

Por outro lado, a maior bancada da Câmara é contra o projeto. "Não tem sentido aprovar esse projeto. O que o Congresso precisa é fazer uma ampla reforma política que mexa com todo o sistema. Não podem haver medidas casuísticas que resultem na aprovação de um projeto em cima ou que permitam a criação de partidos em cima da hora e sem programa definido", declarou o líder do PT, José Guimarães (CE).

No sábado, durante o primeiro ato da programação de lançamento da Rede em Brasília, intelectuais da nova legenda deixaram claro a necessidade de rejeitar purismos na política -apesar de todas as críticas feitas ao longo do dia a políticos com histórico ético questionável. Na mesa de debates estavam Ricardo Abramovay, professor de economia da Universidade de São Paulo; Eduardo Viola, cientista político da Universidade de Brasília; Carlos Nepomuceno, jornalista; e a própria Marina.

Coube a Abramovay colocar em questão os grandes desafios da Rede. "Como criar uma sigla a partir de uma tradição em que partidos revolucionários se criam e acabam traindo seus melhores ideais em razão das exigências do realismo político?" Ou: "É possível a formação de coalizões atuando com a ética da convicção ou isso é uma vã ilusão sonhática?" Nas respostas, a redenção à realpolitik. "Não podemos ter a ilusão de sacralização de qualquer organização. Pessoas virtuosas criam instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando elas falham. Somos falhos. A sociedade sabe disso. Somos pessoas falhas na busca de uma instituição virtuosa para nos corrigir quando falharmos", disse Marina.

Para Viola, a democracia representativa dos moldes atuais deve ser valorizada. Nepomuceno colocou que o atual modelo político, egresso das revoluções francesa e da independência americana, serviu muito bem ao país, embora esteja em xeque com a chegada da internet.

VETOS: SABORES "TUTTI FRUTTI" e HORTELÃ

18/02/2013
Planalto se arma na volta do Congresso


Governo quer evitar derrubada de vetos, e Orçamento pode ter votação adiada
Cristiane Jungblut


-Brasília- 

Depois de quase duas semanas de "férias" sem votações, e com o feriado prolongado do carnaval, o Congresso retoma hoje os trabalhos com o impasse em relação à votação do Orçamento da União de 2013 e dos três mil vetos presidenciais. A votação do Orçamento, marcada inicialmente para amanhã à noite, corre o risco de ser adiada pela própria operação do governo, que quer primeiro que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome uma decisão final sobre a tramitação dos vetos.

A prioridade do Palácio do Planalto é impedir a votação dos vetos, e por isso o governo marcou uma reunião de emergência para hoje à tarde para discutir os dois temas. Entre os líderes aliados, alguns apostam no adiamento da votação do Orçamento por causa do pedido do governo, mas outros querem fazer prevalecer a autonomia do Legislativo. Já a oposição exige o cumprimento do acordo feito na semana passada, informalmente, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN): votar os três mil vetos — em bloco, com votação em separado apenas do veto dos royalties do petróleo — e, em seguida, o Orçamento.

Os líderes governistas devem se reunir hoje à tarde, no Palácio do Planalto, com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para definir a estratégia e cpmo proceder no caso dos vetos e do Orçamento. 


A posição do Planalto foi explicitada na última sexta-feira, quando o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luiz Inácio Adams, pediu ao Supremo que tome uma decisão final, de plenário, sobre a tramitação dos vetos. Ao visitar o Supremo, naquele dia, Adams defendeu que o Orçamento só seja votado depois que o STF se pronunciar.

O governo espera que o Supremo mantenha a decisão do ministro Luiz Fux de que os vetos devem ser apreciados em ordem cronológica. Mas Fux disse, em comunicado posterior, que os vetos não impediam a votação do Orçamento, numa interpretação polêmica do próprio texto da Constituição.

Segundo fontes do Planalto, o governo aposta numa decisão favorável do Supremo, no sentido de impedir a derrubada de vetos primordiais, como o que trata do fim do fator previdenciário e de matérias tributárias. Nestes casos, o prejuízo seria de R$ 471 bilhões com a derrubada dos vetos.

"GOVERNO FAZ TERRORISMO"

Pela oposição, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que o Legislativo não precisa esperar o Supremo para decidir o que fazer.
—    O que o governo está fazendo, por meio do ministro Adams, é terrorismo, dizendo que vai haver prejuízo de quase meio trilhão com a derrubada dos vetos. Ninguém é irresponsável — disse Caiado.

Já o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), aposta no adiamento da votação no Congresso.

—    Acredito que não votemos. Só devemos votar o Orçamento se houver o destrancamento da pauta pelo Supremo, julgando os recursos do Senado ou da AGU. A bola está com o Supremo.

O governo ainda terá reuniões, entre hoje e amanhã, com líderes aliados sobre a Medida Provisória dos Portos. O Planalto quer evitar que ela seja desfigurada com a enxurrada de emendas que recebeu. •

ELEIÇÕES 2014: DIGA-ME COM QUEM ANDAS...

18/02/2013
Estratégia de Dilma é constranger os aliados


No jogo da corrida pelo Planalto, PT promoverá eventos com objetivo duplo: exaltar as realizações dos governos petistas e fazer com que a base aplauda as conquistas. Dessa forma, a presidente terá munição contra quem cogitar desembarcar do projeto da reeleição
DENISE ROTHENBURG
HELENA MADER


Um evento para comemorar os 10 anos de governo do PT nesta quarta-feira é considerado por aliados e até adversários como a largada da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff em duas frentes. A primeira, é propagandear as realizações desse período. A outra, começar a constranger os integrantes da base governista que cogitem aderir projetos alternativos

Em conversas reservadas, estrategistas ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Dilma consideram que, no momento em que um aliado aplaude o que vem sendo feito na gestão petista e tudo é devidamente registrado, fica mais difícil alguém da base sair desse projeto, porque estará sem discurso. E é esse jogo que começa esta semana.

Até agora, há dois potenciais adversários fora da oposição tradicional que preocupam o PT. O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que, no sábado, lançou as bases de seu novo partido — a Rede Sustentabilidade —, num encontro que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas em Brasília. 

“Marina não nos mete medo. Nossa prioridade é reeleger a Dilma e fortalecer o PT. Quem quiser ser candidato, tudo bem. Marina não tem nada na cabeça, não tem ideologia. Eduardo Campos tem. É nosso aliado. Tem o direito de querer ser candidato. No entanto, precisa saber que o mesmo risco que corre o pau, corre o machado”, diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).

O parlamentar é um dos poucos a dizer abertamente o que pensa a respeito das duas pré-candidaturas. Ele não acredita que petistas migrarão para o partido de Marina, embora muitos tenham desfilado no evento de lançamento da Rede. A aposta de Devanir, entretanto, faz sentido, porque, a esta altura do campeonato, ainda é incerto que Marina consiga vencer os entraves burocráticos para formalizar a Rede até setembro deste ano, ganhando, assim, passe-livre para concorrer às eleições de 2014.

O presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, vai na mesma linha de Devanir: “Estou entre os que defendiam que havia espaço no PT para a volta da Marina, porque o debate que ela propõe, de sustentabilidade, é uma das grandes prioridades do PT atualmente. Temos que respeitar a opção dela, mas não acredito que o nosso partido perderá quadros”, avalia. Edinho, no entanto, vê com mais naturalidade do que outros petistas o surgimento de novas apostas na política. “O partido não pode reagir às movimentações políticas. O PT tem a sua lógica, e não deve tomar atitudes que sejam de reação. Nossa prioridade é avançar na construção do governo Dilma e priorizar o fortalecimento nos estados”, garante.

Edinho Silva sonha com a manutenção da aliança com o PSB de Eduardo Campos. “Acho difícil que haja uma ruptura entre o PT e o PSB para 2014. O Eduardo Campos deve continuar na coalizão do governo Dilma, porque é uma liderança reconhecida e valorizada pelo PT, uma liderança muito leal a tudo o que o PT construiu, especialmente ao (ex) presidente Lula. Vejo Eduardo Campos como um grande aliado.” O petista nega que o evento em comemoração aos 10 anos do partido no governo, marcado para a próxima quarta-feira, em São Paulo, tenha como objetivo fortalecer a legenda para fazer frente ao crescente número de rivais em potencial. “Isso aqui não tem nada a ver com eleição, queremos comemorar os 33 anos do partido e os 10 anos de governo do PT”, diz.

O evento de São Paulo, entretanto, será o primeiro de uma série que o partido fará Brasil afora, com destaque para a Região Nordeste, sede da primeira reunião nacional do PT este ano (leia quadro ao lado). O ex-presidente Lula pretende aproveitar o encontro no Ceará — governado por Cid Gomes (PSB) — para atrelar o socialista à reeleição de Dilma. A iniciativa servirá para tirar fôlego de uma pré-campanha de Eduardo Campos no plano interno.

InfiltradosDentro do PT, há o receio de que Eduardo Campos acabe sendo levado a admitir uma candidatura com o discurso do tipo “meu partido deseja e esse projeto não é meu, é do partido”. Para evitar que isso ocorra, a ideia de Lula é cercar o PSB desde já. Iniciativas semelhantes a essa com Cid Gomes devem se repetir ainda no Piauí, também governado pelo PSB. Em breve, deve ser agendada ainda uma visita a Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo. Casagrande está no primeiro mandato e é candidato à reeleição no ano que vem. Há quem diga que, embora seja um dos mais próximos a Eduardo Campos, a aposta do PT é a de que Casagrande pode jogará contra a candidatura própria da sigla a presidente em 2014, de forma a segurar seu projeto estadual.

Esses três casos indicam que o PT buscará formas de encantar os socialistas nos estados a seguir no projeto da reeleição Dilma Rousseff. Assim, Eduardo Campos passaria a ter, dentro de “casa”, aliados infiltrados especialmente para defender a candidatura da presidente Dilma Rousseff. Os socialistas, entretanto, duvidam que o PT tenha sucesso nessa empreitada, e não tratam a presidente Dilma como adversária. “Não somos adversários da reeleição de Dilma. Os adversários são as circunstâncias que estão aí. O PT precisa saber que tem gente torcendo que ela vá mal, mas não é esse o nosso caso. O PT tem que se preocupar menos conosco e mais com os problemas do Brasil”, responde o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), com um alerta direto aos petistas no sentido de trabalhar mais e fazer menos política para manter os aliados.

Pé na estrada
Confira a programação partidária de Dilma e Lula prevista para as próximas duas semanas

São Paulo

»  Na próxima quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff desembarca em São Paulo. Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela participará de um evento em comemoração pelos 10 anos do PT no governo federal e pelos 33 anos do partido. O encontro vai reunir integrantes do diretório nacional da legenda, além de cerca de mil militantes de todo o Brasil. A celebração do PT é vista como uma oportunidade para reafirmar publicamente a união da legenda em torno de Dilma e refutar as suspeitas de que haveria uma crise ética na sigla por conta do julgamento do mensalão.

Ceará

»  Em 1º e 2 de março, haverá uma reunião do diretório nacional do PT em Fortaleza. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é esperado para a reunião e existe uma grande expectativa de que Dilma também compareça ao evento. Assim como o encontro em comemoração aos 10 anos do PT no governo, que será realizado em São Paulo, o evento de Fortaleza também deve celebrar a data.

“Marina não tem nada na cabeça, não tem ideologia. Eduardo Campos tem. É nosso aliado. Tem o direito de querer ser candidato. No entanto, precisa saber que o mesmo risco que corre o pau, corre o machado” 
Devanir Ribeiro, deputado do PT-SP

“Não somos adversários da reeleição de Dilma. Os adversários são as circunstâncias que estão aí. O PT precisa saber que tem gente torcendo que ela vá mal, mas não é esse o nosso caso. O PT tem que se preocupar menos conosco e mais com os problemas do Brasil” 
Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara;
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DF/TRÁFICO DE DROGAS [In:] ''SÓ CAROLINA NÃO VIU''

18/02/2013
A escalada do tráfico de drogas no Plano Piloto


No primeiro mês de 2013, a polícia efetuou 41 flagrantes de comércio de entorpecentes na área central, que inclui Rodoviária e Esplanada dos Ministérios, e nas asas Sul e Norte. Esse número é 36,6% maior do que o registrado em janeiro do ano passado. Outro dado preocupa: enquanto a taxa desse tipo de crime é de 70,8 casos por 100 mil habitantes no DF, a proporção no Plano é de 159 ocorrências para o mesmo grupo. Especialistas apontam o alto poder aquisitivo e o grande volume de pessoas que circulam nessa região como fatores que atraem os traficantes.

Tráfico avança no Plano Piloto
Total de flagrantes de venda de entorpecentes em janeiro aumentou 36,6% sobre o mesmo período de 2012. Grande circulação de pessoas e alto poder aquisitivo contribuem para as estatísticas
MARA PULJIZ


Os flagrantes de tráfico de drogas no Plano Piloto aumentaram 36,6% em janeiro deste ano. Só nos primeiros 31 dias de 2013, as asas Sul e Norte e a área central contabilizaram 41 casos relacionados à venda de entorpecentes, ou seja, mais de um crime dessa natureza por dia. São 11 ocorrências a mais do que no mesmo período de 2012. No ano passado, Brasília teve 334 registros ou 17,37% do total de 1.922 flagrantes no Distrito Federal (leia ilustração).

Os números indicam ainda uma forte atuação de traficantes no centro do poder: enquanto a taxa de tráfico de drogas no DF é de 70,8 casos para cada 100 mil habitantes, a do Plano Piloto — cuja população estimada é de 209.926 pessoas — é mais do que o dobro, com média de 159 ocorrências.

A Asa Sul aparece no levantamento da Secretaria de Segurança Pública como a região com a maior incidência de casos entre as áreas do Plano Piloto, com 191 flagrantes que resultaram na prisão de vários criminosos no ano passado. Em janeiro de 2013, aconteceram 23 detenções. Em relação ao uso e ao porte de drogas, a Asa Sul também se evidencia com 404 registros considerados de menor potencial ofensivo. Dessa forma, os usuários assinam um Termo Circunstanciado se comprometendo a comparecer à Justiça quando forem intimados. Em seguida, são liberados pela polícia.

A mancha criminal no Plano Piloto também se destaca na zona central, que compreende a Esplanada dos Ministérios, a Rodoviária, o Setor Bancário, o Conic e a Torre de TV, por onde circulam mais de meio milhão de pessoas todos os dias. As polícias Civil e Militar fizeram 92 flagrantes de tráfico e 201 de uso e porte, em 2012. Na Asa Norte, pelo menos 50 pessoas acabaram presas por vender crack, cocaína, maconha ou entorpecentes sintéticos, como LSD e ecstasy. Outras 176 ocorrências de consumo também fazem parte da estatística da região.

Escama de peixe
Para o diretor da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Luiz Alexandre Gratão, a atuação de traficantes no Plano Piloto acontece em razão da grande circulação de pessoas pela área central e pela concentração do poder aquisitivo. Ele ressalta que as drogas mais comercializadas são as sintéticas e a cocaína. No ano passado, inclusive, os investigadores identificaram  a chegada do pó escama de peixe, oriundo de cartéis colombianos. Se dividido em porções, o quilo da droga chega a render R$ 100 mil ao traficante. Em março de 2011, a Cord apreendeu dois quilos do produto em uma BMW, na 902 Sul. O traficante acabou preso.

O consumo de crack, no entanto, apesar de avançar em todo o Brasil e também de existir no Plano Piloto, seria maior em Ceilândia, em Taguatinga e em cidades do Entorno. Para Gratão, Brasília revela característica diferenciada.
“Os grandes carregamentos de drogas chegam às regiões periféricas e se espalham. Os que oferecem crack no Plano Piloto são pequenos traficantes, que fazem um trabalho de formiguinha. A comercialização das outras drogas na Asa Sul, na Asa Norte e na área central é feita, em sua maioria, por traficantes de classe média alta e que têm vida social”, explicou o chefe da Cord.

Palavra de especialista
“Crime está intenso”

“O tráfico de drogas, incluindo o sequestro relâmpago, o roubo e o furto de veículos, aumentaram no Plano Piloto. Esses crimes estão muito unidos e, em 80%, o tráfico de drogas está por trás de tudo. Não há dúvida de que esse crime está intenso no Plano Piloto, mas tenho percebido que a polícia tem feito muitas prisões. Brasília é um prato cheio para os traficantes por causa da concentração dos postos de trabalho e pelo alto padrão de vida das pessoas. O fornecimento de drogas é praticamente garantido. Percebo que, além do crack e da cocaína, a maconha tem sido muito comum, principalmente no meio estudantil, o que nos preocupa muito. Acredito que não seja só um trabalho de polícia combater isso. A sociedade civil também precisa acordar e denunciar mais”.

Saulo Santiago é presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Brasília

JANELAS DE OPORTUNIDADES...



A Teoria das Janelas Partidas


Artigo no Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Walter Filho

 Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito.

Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e da esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. 
Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?
Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como o "vale tudo". Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito. Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na vila ou condominio onde vivemos, não só em cidades grandes. A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.

Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Neste país livre para se matar e sem ideais morais, nos tornamos reféns de uma matilha de desalmados. Uma parte tomou nossas ruas, outra penetrou no sistema oficial do Estado, e toda sorte de crimes são perpetrados, desde a retirada da vida humana aos desvios de dinheiro público – é a total ausência da punição.

Vivemos sob o domínio do medo onde a matança é generalizada. São quase 50 mil assassinatos por ano, sendo que a maioria não é apurada, basta ver os números divulgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público em parceria com o Ministério da Justiça, onde está publicado que existem 85,6 mil inquéritos de homicídios sem conclusão, e que foram abertos até 2007.

Dos procedimentos concluídos, 78% estão arquivados, o que revela o esgotamento do sistema criminal.

No ano de 2010 foram assassinadas 8.775 pessoas com uso de arma de fogo nos EUA, enquanto no Brasil registramos35.233 – sendo lá território livre para portar arma. Na sempre visitada Nova York, com em torno de 18 milhões de habitantes, incluindo sua região metropolitana, ocorreram 414 assassinatos em 2012. De janeiro até outubro do ano passado, Fortaleza já registrava 1.340. 

A carruagem de delinquentes não pode continuar, e, se continuar, sem dúvida, estamos no caminho certo para as trevas.Vivemos sob a égide dos malfeitores. O que fazer?

Walter Filho é Promotor de Justiça - walterfilhop@hotmail.com

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http://www.fiquealerta.net/2013/02/a-teoria-das-janelas-partidas.html

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"HOJE QUEM PAGA SOU EU" (ou, A Farra do boi II)

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Fachada de hospital inaugurado por Ivete em Sobral desaba

Cantora recebeu cachê de R$ 650 mil por show de inauguração realizado há um mês



Lauriberto Braga, de O Estado de S. Paulo
Texto atualizado às 21h47

Hospital Regional Norte  - Wilson Gomes/AE
Wilson Gomes/AE
Hospital Regional Norte
FORTALEZA - Uma forte chuva na tarde deste domingo, 17, em Sobral, a 240 quilômetros de Fortaleza, no Ceará, deixou um rastro de destruição. A fachada do recém-inaugurado Hospital Regional Norte desabou, ferindo um engenheiro da obra e um operário que estavam fazendo a manutenção da unidade hospitalar.
Os dois estavam fazendo uma vistoria na fachada, quando o acidente aconteceu, diz nota da Secretaria de Saúde do Estado. Isso porque, no sábado, dia 16, foi constatado que a fachada não estava firme. Ela media dez metros de comprimento por sete metros de largura. Quando eles tentavam fazer o ajuste, houve o desabamento.
Ambos receberam os primeiros socorros do Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), no local do acidente, e foram levados para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, onde passaram por exames e receberam alta.
O Hospital Regional Norte foi inaugurado há um mês com um show da cantora baiana Ivete Sangalo, que recebeu R$ 650 mil como cachê do governo do Estado.
Em nota, o consórcio afirma que está prestando "toda a assistência necessária ao operário que sofreu escoriações e que irá apurar com rigor as causas do ocorrido". A nota encerra destacando que "após criteriosa avaliação técnica no local, (o consórcio) já providenciou a remoção da estrutura, estimando que todos os reparos necessários estejam finalizados em até 20 dias".
A chuva, que caiu durante 50 minutos, acompanhada de uma forte ventaria, também derrubou o teto de um posto de combustível. A Defesa Civil de Sobral contabilizou ainda queda de árvores e problemas nos fios de postes da rede elétrica.
Entre sábado e domingo, houve chuva forte em 125 dos 184 municípios cearenses, segundo boletim da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A previsão é que esta situação persista até o final do dia.
Em janeiro do ano passado, uma chuva rápida e forte derrubou a estrutura metálica da Vila Olímpica de Sobral.
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TRE/FUNCIONALISMO [In:] A FARRA DO BOI

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TRE paga R$ 5,3 milhões em bônus a 41 servidores

Tribunal Eleitoral de São Paulo se antecipou ao STF que, a pedido da AGU, vai julgar se benefício é legal.

O Tribunal Regional Eleitoral de SP pagou R$ 5,34 milhões a título de vantagem pessoal a 41 funcionários administrativos em dezembro de 2012, informam os repórteres Fausto Macedo e Fernando Gallo. Os dez primeiros da lista embolsaram quantias superiores a R$ 200 mil. A corte decidiu pagá-los mesmo sem que o Supremo Tribunal Federal tenha chegado a entendimento sobre a legalidade do pagamento, contestado pela Advocacia-Geral da União. O TRE alega que a verba liberada no fim do ano teve respaldo em acórdão da própria corte. O tribunal informou que a vantagem foi paga a servidores que exerceram funções comissionadas entre 1998 e 2001. Pelo exercício do cargo de confiança, teriam direito a gratificação.

No último mês de 2012, TRE paulista paga R$ 5,3 milhões para 41 servidores
Cofre aberto. Dados publicados em site oficial mostram que, em dezembro, tribunal liberou verba a título de quitar divida com quem ocupou cargo de confiança de 1998 a 2001, embora direito ao quinto esteja em discussão no STF; maior contemplado ganhou R$ 300 mil

Fausto Macedo e Fernando Gallo, 
de O Estado de S.Paulo


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo abriu os cofres e pagou R$ 5,34 milhões a um grupo de 41 servidores - todos funcionários administrativos - em dezembro de 2012. O mais bem aquinhoado, Dogival dos Santos Hipólito, secretário judiciário, levou de uma só vez R$ 300.089,55 a título de Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI). Os dados estão disponíveis no site do tribunal.

O TRE informou que a verba de fim de ano - liberada a toque de caixa enquanto cresce a fila de precatórios - teve respaldo em acórdão da própria corte, relatado em votação unânime no dia 8 de novembro.

O tribunal alega que a VPNI foi paga a servidores efetivos que exerceram funções comissionadas entre 1998 e 2001. Pelo exercício do cargo de confiança, teriam direito a uma gratificação denominada quinto. A cada ano no exercício da função, eles fariam jus à incorporação, em seus subsídios, de uma quinta parte do adicional. Os servidores agora contemplados com os R$ 5,34 milhões - valor corrigido com juros de mora - alegaram não ter recebido a VPNI, e por isso a pleitearam perante o próprio tribunal (leia abaixo).

A corte decidiu pagá-los mesmo sem que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha pacificado um entendimento sobre a legalidade do pagamento dessa verba, contestada judicialmente pela Advocacia-Geral da União.

Segundo o tribunal paulista, os recursos foram disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os valores liberados não incluem os vencimentos normais. Não há magistrados entre os que receberam a VPNI.

Os dez primeiros da lista embolsaram quantias acima de R$ 200 mil. Juntos, eles receberam R$ 2,35 milhões, ou quase a metade do montante recebido por todo o elenco de funcionários. Entre os 41 agraciados estão oito servidores inativos, que receberam ao todo R$ 664.890,76. Entre eles, o que recebeu mais viu entrar em sua conta um total de R$ 105.104,20.

Ranking. Todos os 41 servidores são funcionários de carreira. Alguns ocupam cargos de confiança. Cláudia Cistolo Pereira Pinto, chefe de cartório da 258.ª zona eleitoral (Indianópolis) embolsou R$ 292.264. É a segunda do ranking. A terceira, Simone Ursulino Figueiredo Brancalhão, chefe de cartório da 4.ª zona eleitoral (Mooca), recebeu R$ 253.244 - em novembro, ela havia recebido R$ 23.418 e, em outubro, R$ 10.421,52.

O quarto colocado da lista é Willians Arrais Dutra, chefe de cartório da 249.ª zona eleitoral (Santana), que ganhou R$ 245.170 - em outubro, ele recebeu R$ 7.925,15. Em seguida aparece Elaine Aparecida Barbosa de Souza Dias, funcionária da assessoria de Planejamento, com R$ 224.229. Em novembro ela havia recebido R$ 18.151, e, em outubro, R$ 10.148,08.

A secretária de Administração de Material, Rhodes Moraes Lambert, ficou com R$ 206.683,25, enquanto a diretora-geral do TRE, Jade Almeida Prometti, recebeu R$ 142. 582.
Entre os servidores do tribunal que não ganharam nenhuma verba eventual, o comentário geral é que os contemplados receberam "valores lotéricos".
Imbróglio. Os tais quintos desse imbróglio judicial eram uma vantagem prevista no Estatuto do Funcionalismo (Lei 8.112/90), artigo 62. A norma previa expressamente que, a cada ano de permanência em um cargo de confiança, o servidor recebia e incorporava a seu salário 20% do valor de gratificação.
A vantagem durou pouco. Em seu governo, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) extinguiu-a por força da Lei 9.624, de abril de 1998. Quem já havia recebido o benefício ficou com ele, na linha do direito adquirido.
Em 2001, a Medida Provisória 2.225 definiu que aquela extinta vantagem prevista no artigo 62 do estatuto se transformou em VPNI. A partir daí, em todo o País o Poder Judiciário interpretou a seu modo que os quintos poderiam ser pagos em "valor cheio", ou seja, a gratificação incorporada totalmente, não mais parceladamente.
Em 2003, o Tribunal de Contas da União (TCU) decretou a ilegalidade da benesse, mas dispensou os funcionários de devolver o dinheiro já recebido.
Contra essa decisão do TCU, que permitiu a incorporação da gratificação dos quintos até setembro de 2001, a Advocacia-Geral da União recorreu ao STF, com mandado de segurança.
O Supremo ainda não julgou o caso, mas o TRE paulista não perdeu tempo. Mandou pagar seu pessoal amparado no conceito de que os tribunais têm autonomia administrativa, prevista no artigo 99 da Constituição.
Diversos órgãos públicos País afora tradicionalmente utilizam no último mês do ano suas sobras orçamentárias para não ter de devolvê-las ao Tesouro. Geralmente, destinam as verbas aos holerites de seus servidores.
Hora extra. Em janeiro, o TSE exonerou dois funcionários, entre eles seu diretor-geral, após a divulgação da informação de que o tribunal pagou verbas milionárias em horas extras a seus funcionários. Só em novembro, 567 servidores receberam um total de R$ 3,8 milhões - o mais beneficiado embolsou R$ 64 mil. O episódio provocou a irritação da presidente da corte máxima da Justiça Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, que ordenou investigação do caso.
O acréscimo médio no salário dos 50 servidores do TSE que mais receberam foi de R$ 18,1 mil. Levados em conta apenas os dez mais bem remunerados, o valor foi de R$ 23,8 mil. No caso do TRE paulista, os 41 servidores tiveram um adicional médio da ordem de R$ 130,6 mil em seus vencimentos. Os dez mais "ricos" receberam um extra que, na média, é de R$ 235,6 mil.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

18 de fevereiro de 2013

O Globo

Manchete: Sem competitividade - Indústria do país perde US$ 14 bi em exportações
Com menos investimentos, fatia do setor nas vendas externas cai de 71% para 61%

Desde o início da crise de 2008, Brasil reduziu parcela destinada a países como EUA, México e Argentina. China, Peru e Colômbia ocuparam espaço

A apatia da indústria pode fazer com que o Brasil perca a chance de avançar no mercado mundial, no momento em que os emergentes devem tomar a liderança nas vendas externas. Da crise de 2008 até 2011, a falta de competitividade custou US$ 14 bilhões ao país, equivalente à fatia que a indústria perdeu nos principais destinos das suas exportações. Até o ano passado, a participação do setor tinha recuado de 71% para 61% do total vendido. Isso é, em boa parte, resultado de uma taxa de investimento baixa, de 18,9% do PIB, a menor entre as nações dos Brics. (Págs. 1 e 17)
Depois do show de Ivete, o desabamento
Há um mês, o governador do Ceará, Cid Gomes, pagou R$ 650 mil para que a cantora Ivete Sangalo fosse à inauguração do Hospital Regional, em Sobral, que não funciona até hoje. Com problemas de drenagem, a marquise desabou ontem após chuva forte, ferindo um operário. (Págs. 1 e 4)
Enfim, Yoani deixa Cuba
A blogueira dissidente cubana Yoani Sánchez embarcou ontem para o Brasil, após cinco anos tentando em vão sair da ilha, impedida pelo regime dos irmãos Castro. Ela celebrou no Twitter o fato de não ter sido interrogada nem advertida sobre o que poderia dizer fora do país. (Págs. 1 e 25)
Vitória no Equador: Correa se reelege com 61% dos votos
O presidente do Equador, Rafael Correa, ganhou um inédito terceiro mandato em seu país já no primeiro turno das eleições, com 61% dos votos, de acordo com pesquisas de boca de urna. Analistas temem que Correa busque maior controle do Judiciário e da imprensa. (Págs. 1 e 23)
Loucura atrás das grades: Sinais de tortura em manicômios
Relatório da ONU aponta potencial de tortura em hospitais de custódia. Presos comuns e pessoas com transtornos mentais dividem espaço em unidades degradantes. No Piauí, detentos provisórios estão há duas décadas em manicômio judiciário, sem laudo médico, revela Vinícius Sassine. (Págs. 1 e 3)
Recados no Vaticano: Papa pede fim do egoísmo na Igreja
O Papa Bento XVI aproveitou sua penúltima aparição dominical para apelar pelo fim do egoísmo na Igreja Católica e defender sua renovação. O clima de despedida atraiu mais de 50 mil fiéis ao Vaticano. Em São Paulo, o cardeal Odilo Scherer criticou as especulações sobre a renúncia. (Págs. 1 e 24)
Hector Babenco entre a fé o fomento
Desanimado com as ´políticas de financiamento ao cinema no Brasil, o diretor volta a filmar depois de sete anos em um longa coletivo sobre a fé, “Words with gods”, produzido pelo cineasta mexicano Guillermo Arriaga. (Págs. 1 e Segundo Caderno)
Ciência: O impacto ambiental do incêndio na Antártica
Especialistas do Ibama avaliam os danos causados pelo incêndio na antiga estação e pela montagem de novos módulos. (Págs. 1 e 26)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: TRE paga R$ 5,3 milhões em bônus a 41 servidores
Tribunal Eleitoral de São Paulo se antecipou ao STF que, a pedido da AGU, vai julgar se benefício é legal

O Tribunal Regional Eleitoral de SP pagou R$ 5,34 milhões a título de vantagem pessoal a 41 funcionários administrativos em dezembro de 2012, informam os repórteres Fausto Macedo e Fernando Gallo. Os dez primeiros da lista embolsaram quantias superiores a R$ 200 mil. A corte decidiu pagá-los mesmo sem que o Supremo Tribunal Federal tenha chegado a entendimento sobre a legalidade do pagamento, contestado pela Advocacia-Geral da União. O TRE alega que a verba liberada no fim do ano teve respaldo em acórdão da própria corte. O tribunal informou que a vantagem foi paga a servidores que exerceram funções comissionadas entre 1998 e 2001. Pelo exercício do cargo de confiança, teriam direito a gratificação. (Págs. 1 e Nacional A4)

R$ 300 mil foi quanto recebeu um servidor, de uma só vez.
Crise ameaça usinas de cana do País
Das 330 usinas de açúcar e etanol do Centro-Sul, responsáveis por 90% da cana processada no País, 60 deverão fechar ou mudar de dono nos próximos anos. Problemas de gestão, perda de produtividade e falta de capital para renovar o canavial são alguns dos problemas. (Págs. 1 e Economia B1)
Candidato do papa seria o italiano Scola
A imprensa italiana avalia que um encontro entre Bento XVI e o Arcebispo de Milão, Angelo Scola, é sinal de que o cardeal é o preferido do papa para sua sucessão. O secretário de Estado, Tarcisio Bertone, por sua vez, estaria trabalhando por Gianfranco Ravasi, também italiano. (Págs. 1 e Vida A12)
Acionistas agem para reerguer a Usiminas
Investidores minoritários conseguem colocar representante no conselho e tentam reverter situação da siderúrgica, que perdeu 75% de valor de mercado em cinco anos. (Págs. 1 e Negócios)
Correa se reelegeu no Equador, diz boca de urna
Pesquisas de boca de urna mostram que o presidente Rafael Correa foi reeleito para seu terceiro mandato no Equador. Ele teria 61,5% dos votos. Seu rival mais próximo, 20%. (Págs. 1 e Internacional A8 e A9)
Sem incidentes, Yoani Sánchez deixa Cuba
Após 20 tentativas fracassadas de sair do país, a blogueira Yoani Sánchez embarcou ontem para o Brasil. Seu voo chegaria no Recife nesta madrugada. (Págs. 1 e Internacional A11)
Governador de SC admite erros antes de ataques (Págs. 1 e Cidades C3)

Em Buenos Aires, consumo da classe média cai até 30% (Págs. 1 e Economia B6)

Luis Eduardo Assis 
Ver para crer

No momento, resta ao governo moderar a introdução de novidades e abster-se de fazer previsões exaltadas sobre o andamento da economia. (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações
Santas Casas asfixiadas
Com crescentes dificuldades financeiras, elas não recebem a atenção que merecem. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: A escalada do tráfico de drogas no Plano Piloto
No primeiro mês de 2013, a polícia efetuou 41 flagrantes de comércio de entorpecentes na área central, que inclui Rodoviária e Esplanada dos Ministérios, e nas asas Sul e Norte. Esse número é 36,6% maior do que o registrado em janeiro do ano passado. Outro dado preocupa: enquanto a taxa desse tipo de crime é de 70,8 casos por 100 mil habitantes no DF, a proporção no Plano é de 159 ocorrências para o mesmo grupo. Especialistas apontam o alto poder aquisitivo e o grande volume de pessoas que circulam nessa região como fatores que atraem os traficantes. (Págs. 1 e 17)
Justiça: Duro golpe na violência doméstica
Em sentença inédita no país, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul condena homem que matou a ex-mulher a reembolsar os gastos do INSS com a pensão aos filhos. A decisão é vista como um marco. (Págs. 1 e 6)
Papa convoca multidão para renovar a Igreja
Em celebração dominical na Praça de São Pedro, Bento XVI conclamou os fiéis a fazerem orações para ele e para o seu sucessor: “Eu imploro para que vocês rezem por mim”. (Págs. 1 e 13)
Legislativo: Orgia de gastos na Câmara
Casa gastou R$ 44,4 milhões para pagar funcionários que fazem horas extras. Desembolso com o benefício quintuplicou em 2012. Já o Senado conseguiu reduzir a despesa com o controle de ponto. (Págs. 1 e 7)
As estratégias de Dilma contra os potenciais rivais
A presidente, Lula e o PT apostam no constrangimento de aliados que cogitem aderir a projetos alternativos liderados pelo governador Eduardo Campos e pela ex-ministra Marina Silva. (Págs. 1 e 2)
Rafael Correa comemora vitória no Equador (Págs. 1 e 13)

Pesquisa
Navios superequipados garantem a continuidade do programa brasileiro na Antártida. (Pás. 1 e 16)
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Valor Econômico

Manchete: Saldo comercial deixa de cobrir déficit de serviços
Os saldos comerciais tornaram-se insuficientes para cobrir o enorme buraco na conta de serviços do Brasil com o exterior, que no ano passado chegou a US$ 41 bilhões. Esse déficit representou o dobro do superávit obtido pelo país no comércio de bens, e indica uma tendência, pois foi o terceiro ano consecutivo que a relação entre as duas balanças foi negativa. Nos últimos 30 anos, e considerando os períodos em que o país teve superávit comercial, essa conta só havia sido negativa em 1983, 2010 e 2011.

No ano passado, as despesas do Brasil com aluguel de equipamentos, viagens ao exterior, transportes e outros serviços somaram US$ 80,9 bilhões, enquanto as receitas obtidas com esse tipo de "exportação" foram de US$ 39,8 bilhões. Para analistas, a balança de serviços vem acompanhando o aumento da participação desse setor na economia nacional e reflete mudanças no padrão de consumo e na própria atividade doméstica. Assim, ganham peso as viagens das famílias brasileiras ao exterior e o aluguel de equipamentos para a exploração do pré-sal e obras de infraestrutura. (Págs. 1 e A3)
Ibama notifica construtoras de Belo Monte
Um ano e meio depois de iniciadas as obras da usina de Belo Monte, com execução de mais de 20% do projeto, o consórcio Norte Energia não entregou o cadastro socioeconômico das milhares de famílias que serão afetadas. Essa é uma das medidas condicionantes que deveriam ter sido cumpridas pela empresa responsável pela obra, mas que estão atrasadas, segundo o Ibama, que acaba de notificar o consórcio. A notificação tem caráter de alerta e pode levar a penalidades se os problemas não forem solucionados em até 60 dias.

O pacote de ações compensatórias de Belo Monte soma R$ 3,88 bilhões. A Norte Energia informou que R$ 722,7 milhões foram aplicados nos 11 municípios da área de influência da usina. (Págs. 1 e B7)
Investidor em título público agora perde
Não foram só os fundos de renda fixa os atingidos pela reviravolta de expectativas quanto aos juros após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A maioria dos títulos públicos vendidos pelo sistema Tesouro Direto, para pessoas físicas, registrou até sexta-feira rentabilidade negativa nos últimos 30 dias e também no ano, ainda que esse movimento não tenha ofuscado os bons ganhos que vários desses papéis oferecem para quem os comprou 12 meses atrás.

Essas perdas em relação ao valor nominal dos títulos se acentuaram na virada de janeiro para fevereiro e chegam a ser de 7% em 30 dias no papel mais longo. Os especialistas, porém, ressaltam que as pessoas que já compraram esses títulos não devem vender agora. O momento também não é de claras oportunidades. Boa parte dos consultados só recomenda a compra para aqueles investidores que pretendem ficar com os papéis até a data do vencimento. (Págs. 1 e D1)
Duplicação de rodovias terá R$ 7 bilhões
Mesmo com planos de transferir 7,5 mil quilômetros de rodovias à iniciativa privada, o governo federal quer acabar com a paralisia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) causada pela "faxina" no órgão, que esteve no centro de uma onda de denúncias de corrupção no início do governo de Dilma Rousseff.

Em 2013, a meta do Dnit é lançar editais para a duplicação de 1.038 km de estradas, que deverão somar aproximadamente R$ 7 bilhões em novos contratos. Alguns dos principais eixos rodoviários do país estão incluídos no plano. Entre eles, um dos trechos mais perigosos da BR-381, em Minas Gerais, entre Governador Valadares e a variante sobre o rio Santa Bárbara, com 38,8 km. "Só essa obra deverá exigir investimentos de R$ 1 bilhão", disse ao Valor o ministro dos Transportes, Paulo Passos. (Págs. 1 e A4)
Correa depende cada vez mais da China para investir no Equador (Págs. 1 e A11)

Distorções federativas
Estudo mostra que os municípios brasileiros gastaram mais de R$ 19 bilhões em 2011 para oferecer serviços à população que, por lei, deveriam ter sido custeados pela União e pelos Estados. (Págs. 1 e A6)
Preço emperra venda do Aché
Enquanto grandes grupos estrangeiros avaliam a compra da farmacêutica Aché, o governo tenta articular uma operação entre BTG Pactual, BNDES e Hypermarcas para fortalecer a indústria nacional. (Págs. 1 e B1)
Desaquecimento imobiliário
A compra de terrenos diminuiu no principal mercado imobiliário do país, a cidade de São Paulo. Na ponta vendedora, os preços continuam altos, mas com a resistência das incorporadoras a previsão é de estabilidade e até queda nos valores, diz Emílio Fugazza, da EZTec. (Págs. 1 e B6)
Apoio ao trigo
Plano de safra de inverno a ser anunciado até o fim do mês dará ênfase à produção de trigo, que poderá ter o preço mínimo reajustado para incentivar o plantio. O plano terá até R$ 480 milhões para comercialização das culturas de inverno. (Págs. 1 e B12)
Gestoras externas evitam bolsa
A preocupação com a inflação, a baixa competitividade brasileira e a maior intervenção do governo na economia têm afastado os gestores estrangeiros do mercado de ações brasileiro. (Págs. 1, C1 e C7)
Grafistas veem perda de suporte
Ao encerrar o pregão de sexta-feira abaixo dos 58 mil pontos, o Ibovespa pode despencar, segundo analistas técnicos. A perda desse suporte pode levar o indicador a até 55.100 pontos, que seria o piso mais significativo para estancar a queda. (Págs. 1 e D2)
Produção infantil ainda engatinha
Estratégicos para a formação do público no futuro em mercados maduros como EUA e Europa, os filmes infantis representam cerca de um terço das bilheterias no Brasil, mas a participação das produções nacionais é ínfima. (Págs. 1 e D4)
‘Limbo’ do auxílio-doença
Jurisprudência nos tribunais trabalhistas condena empresas a pagar salários aos empregados que, liberados pela perícia do INSS após período de licença médica, não são reintegrados por discordância da avaliação médica da companhia. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Renato Janine Ribeiro
Temer, Eduardo Campos e outros podem bem vir a ocupar o Planalto, mas só por acaso, se uma desgraça ocorrer a Dilma. (Págs. 1 e A8)


David Kupfer
Níveis de uso da capacidade da ordem de 80%, como os atuais, não costumam motivar ciclos relevantes de investimento. (Págs. 1 e A13)
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