PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, maio 28, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''QUE DUREZA..."

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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GARCIA vs. SERRA [In:] ''PERO QUE SI, PERO QUE NO..."

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Garcia reage a declarações de Serra

Autor(es): Francisco Góes, do Rio
Valor Econômico - 28/05/2010

O assessor-chefe da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, rebateu ontem as declarações feitas na véspera pelo pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, que, em declaração à Rádio Globo, considerou o governo boliviano de Evo Morales "cúmplice do tráfico de drogas".

"Serra está tentando ser o "Exterminador do Futuro" da política externa (brasileira)", comparou Garcia. E continuou com as críticas: "Ele (Serra) já destruiu o Mercosul e agora quer destruir nossas relações com a Bolívia. Ahmadinejad (presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad) já é um "Hitler" e eu acho que talvez ele (Serra) esteja pensando que, em uma (eventual) política de cortes de despesas, venha a fechar 20 a 30 embaixadas de países, os quais ele está insultando neste momento", disse Garcia após participar da abertura do III Fórum Brasil-União Europeia, no Rio de Janeiro.

Garcia disse que a conduta de Serra não lhe parece condizente com a de um candidato que tem a aspiração legítima de chegar à Presidência da República, embora considere que Serra pode não atingir seu objetivo eleitoral. Ele afirmou que o tucano deveria ser mais prudente no trato desses temas. Questionado se o suposto fechamento de embaixadas em um eventual governo Serra era uma suposição que estava fazendo, Garcia respondeu: "Não, ele está brigando com tanta gente que não vai sobrar outro caminho a não ser fechar embaixadas."

Garcia disse ainda ter ficado preocupado com as declarações de Serra porque qualquer funcionário, no entender dele, sobretudo quem aspira a ser o primeiro funcionário do governo, tem que ter muita serenidade na análise da situação internacional já que esse é um assunto que envolve o relacionamento com países vizinhos com os quais o Brasil tem "sólidas relações", disse o assessor de Lula.

GOVERNO LULA ''BY'' LULA [In:] APOSENTADOS, APOSENTADORIAS, VOTOS...

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Mais dias para Lula

Autor(es): Igor Silveira
Correio Braziliense - 28/05/2010

Pressionado para tomar uma decisão difícil, especialmente em ano eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou mais tempo para escolher se vai desagradar aos aposentados ou à cúpula da área econômica do governo. Diferentemente do que foi divulgado por integrantes do Planalto anteriormente, o chefe de Estado tem até 15 de junho para sancionar ou vetar o reajuste de 7,7% para os inativos que ganham acima de um salário mínimo. A justificativa para o novo prazo é de que o texto do projeto só chegou à Casa Civil na quarta-feira e, seguindo os trâmites legislativos, o mandatário brasileiro tem até 15 dias úteis para despachar o documento.

Lula esteve reunido durante toda a manhã de ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Centro Cultural Banco do Brasil. Os dois, inclusive, cancelaram a presença em um evento dentro da própria sede provisória do governo para continuarem as discussões. Mais tarde, o chefe da pasta econômica afirmou que, apesar de o superavit primário ter alcançado R$ 19,8 bilhões em abril, não há verba suficiente para conceder o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional.

“O resultado do superavit não está acima do esperado. Não está sobrando dinheiro”, disse Mantega. “O presidente Lula tem mesmo uma decisão difícil pela frente, mas não temos condições de conceder mais benefícios além dos que já foram estabelecidos”, completou, reforçando a sugestão, para compensar um possível veto, de editar uma nova Medida Provisória concedendo abono de 6,14% aos aposentados — índice presente na proposta original do governo.

Se Lula resolver aprovar o aumento de 7,7%, como acreditam algumas pessoas próximas ao presidente, a equipe econômica pode optar por corte maior de verbas no Orçamento. Também ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, adotou tom mais ameno sobre o assunto. “Caso isso (o reajuste acima do esperado) ocorra, o corte adicional no orçamento é uma ideia interessante”, ressaltou.

PF/BRASÍLIA/RORIZ [In:] A FARRA DO BOI...

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PARA AUDITORES, RORIZ DEU INÍCIO À FARRA DE CONTRATOS

Uma década de irregularidades


Autor(es): Samanta Sallum
Correio Braziliense - 28/05/2010

Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal mostra que o esquema para contratar empresas de informática a preços superfaturados, sem licitação, vem desde 1999, no governo Roriz

Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press - 18/12/02
Fachada do antigo Instituto Candango de Solidariedade: entidade era usada para contratação de pessoal comissionado e como intermediadora de empresas de informática

Auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apresentaram a engenharia de funcionamento do esquema que sangrava os cofres públicos desde 1999. Num retrospecto, revelaram as irregularidades que já eram identificadas antes do governo de José Roberto Arruda, alvo da Operação Caixa de Pandora. Apontam que as práticas da gestão de Joaquim Roriz, entre 1999 e 2006, eram semelhantes: burlar a licitação para contratar empresas de informática a preços superfaturados.

No balanço de trabalho das 48 auditorias (1)abertas em dezembro passado sobre contratos de 2009, os técnicos deram um histórico das irregularidades voltando uma década. Lembraram que, ao assumir o governo, em 1999, Joaquim Roriz usou o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para contratar pessoal em cargos comissionados sem concurso público e também como intermediador de empresas de informática. Saltou de R$ 70 milhões em 1999 para R$ 600 milhões, em 2005, o volume de recursos repassados do GDF ao ICS para pagamento de prestadoras de serviço escolhidas sem licitação.

Em apenas um contrato com a Linknet e a Prodata, gerido pelo então presidente da Codeplan, Durval Barbosa, o superfaturamento foi de R$ 24 milhões em 2005, segundo apurou auditoria do TCDF. Na exposição dos técnicos do Tribunal, em palestra interna que o Correio acompanhou, ressaltou-se que o órgão não esteve inerte nesse período todo até que o Ministério Público e Polícia Federal agissem na Operação Caixa de Pandora, ocorrida em novembro passado, que implodiu o governo Arruda.

Para os auditores, a diferença entre as irregularidades de Roriz e de Arruda na contratação de informática é apenas uma: na cadeia de subcontratação ilegal de Arruda foi suprimido o ICS (veja quadro). Mas a intenção e a prática continuavam a mesma: gastos volumosos com serviços de informática, burlando licitação. O que direcionava as contratações, beneficiando determinados empresários que, segundo as denúncias da Operação Caixa de Pandora, em troca, abasteciam com propina a suposta rede de corrupção de compra de apoio político para Arruda.

Ralo
O ICS foi usado como ralo de escoamento de dinheiro para empresas de informática até o fim de 2006. Em acordo com o Ministério Público do DF, que tinha diversas investigações e ações judiciais contra o instituto, Arruda extinguiu a entidade, garantindo a aparência de medida saneadora. No entanto, segundo o TCDF, a prática de burla de licitação continuou. Segundo os auditores, as contratações eram realizadas diretamente pela Codeplan.

Entre 2007 e 2009, a empresa era presidida pelo atual governador Rogério Rosso (PMDB). Por meio da assessoria de imprensa, ele esclareceu que, quando assumiu o cargo na Companhia, em março de 2007, toda a parte de informática tinha sido transferida para a Secretaria de Planejamento. Rosso só teria aceitado o cargo com a condição de não ficar sob gestão da Codeplan tais contratos. O que na época era disputado pelo próprio Durval Barbosa, que se transformou no delator de todo o esquema.

Em 2003, na gestão de Roriz, o Tribunal de Contas determinou ao GDF a suspensão de repasses ao ICS. No entanto, o governo e a entidade conseguiram mandados de segurança no Tribunal de Justiça do DF, revertendo a decisão. Em 2004, o TCDF voltou a divergir e mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, abster-se de realizar novos contratos por meio do ICS. Pouco adiantou.

Paulo Fona, assessor de imprensa de Roriz, comentou as conclusões do Tribunal de Contas. “Os responsáveis pelos contratos agiam com autonomia administrativa e seguiam o que as respectivas assessorias jurídicas autorizavam. Uma coisa é o Tribunal de Contas dizer agora que não podia ser feito na época tais procedimentos, o que é diferente de afirmar que houve desvio de dinheiro. E o Tribunal de Contas pode ter um entendimento, mas que nem sempre é palavra final. A Justiça autorizou os repasses de dinheiro ao ICS”, explica.


1 - Análise
Apuração da força-tarefa do TCDF referente aos contratos do GDF em 2009 se deparou com superfaturamentos, falsas pesquisas de mercado e desperdícios propositais para justificar gastos. Das 48 auditorias abertas, em dezembro passado, cerca de 70% foram concluídas e o resto está em fase final. O universo de gastos analisado chega a R$ 354 milhões em despesas em 2009, principalmente despesas na área de informática.


PREÇOS DO BRB
No pente-fino que realizou nos contratos do governo local em 2009, o TCDF identificou valor excessivo na locação de equipamentos de informática. Preços elevados comparados aos pagos em contratos da área federal e até de uma empresa ligada ao GDF: o Banco de Brasília. Enquanto a instituição contratou o mesmo serviço pelo custo de R$ 60 pelo aluguel de cada computador, o GDF aceitava pagar R$ 330. Segundo os auditores, o BRB é a referência correta de alta de preço, enquanto que o GDF estava pagando valores superfaturados.

Entenda o caso

Confira abaixo a cadeia de contratações, segundo o TCDF.

Entre 1999 e 2006 – governo Roriz //

GDF — Codeplan — Instituto Candango de Solidariedade (ICS) – empresas de Informática.


» Segundo o TCDF, a Codeplan e o ICS serviam apenas de intermediação para burlar licitação. O ICS, como uma organização social, podia ser contratado sem licitação, abrindo caminho para que se subcontratassem empresas a sua escolha. A Codeplan e o ICS eram remunerados pelo GDF sem na prática prestar serviço algum, apenas com a função de contratar outras empresas.

» Em 2003, o TCDF determinou ao GDF a suspensão dos repasses de recursos ao ICS por julgar ilegais os contratos. Mas o GDF e o ICS conseguiram mandado de segurança no Tribunal de Justiça do DF para manter os pagamentos.

» Em 2004, o TCDF mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, se abster de contratar serviços de informática por meio do ICS.

» O Tribunal de Contas do DF identificou que somente em 2005 os contratos com a Linknet e a Prodata provocaram um prejuízo de R$ 24 milhões aos cofres públicos. Na época, o presidente da Codeplan era Durval Barbosa, hoje o delator do esquema que implodiu o governo de Arruda.

2007 – governo Arruda //

GDF — Codeplan — empresas de informática.


» Durval participou da gestão como secretário de Relações Institucionais. Arruda extinguiu o ICS, já que os contratos entre o GDF e a entidade eram alvo de investigações e ações judicais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e também do Ministério Público do Trabalho. No entanto, mesmo sem o ICS no esquema, as contratações irregulares permaneceram por meio de secretarias de governo e até de uma Agência de Informática, que foi criada e depois extinta.

Repasses

» Os repasses do GDF para o ICS saltaram de R$ 70 milhões, em 1999, para cerca de R$ 600 milhões em 2005.


Aprovada cassação de Eurides

Leilane Menezes

Valério Ayres/Esp. CB/D.A Press
Requerimento de Eurides pela suspensão do processo foi rejeitado

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou por unanimidade o pedido de cassação do mandato da deputada afastada (1)Eurides Brito (PMDB), em uma reunião extraordinária na manhã de ontem. Os integrantes rejeitaram ainda o requerimento de Eurides com pedido de suspensão do processo de quebra de decoro parlamentar. Os deputados entenderam que ela deve continuar afastada enquanto a investigação é concluída.

Em seguida, cabe à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) avaliar a constitucionalidade da decisão e a legalidade das investigações feitas pela Comissão de Ética, sobre o envolvimento de Eurides Brito no suposto esquema de distribuição de proprina no GDF, denunciado pela Operação Caixa de Pandora.

O pedido de cassação poderá ser apreciado em até cinco sessões ordinárias na CCJ, assim como ficou estabelecido para as atividades da Comissão de Ética. Mas, segundo a assessoria de imprensa da deputada Érika Kokay (PT), relatora do processo, nada impede que o pedido seja analisado em apenas um encontro. Depois disso, se aceito, o processo segue para o plenário da Casa, que dará a decisão final, na forma de projeto de resolução. São necessários 13 votos para aprovar a cassação.

Entre os presentes na sessão de ontem estavam o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) — ex-secretário de Justiça e Cidadania do governo Arruda — Batista das Cooperativas (PRP), Paulo Roriz (DEM) e o presidente da Comissão, Aguinaldo de Jesus (PRB). Ao fim da reunião, Érika ressaltou a incoerência dos depoimentos de Eurides. “Os fatos se sobrepõem: a deputada mentiu de forma evidente para esta comissão, nem as testemunhas indicadas por ela sustentaram seu depoimento.” A relatora se mostrou confiante da cassação.

Na terça-feira última, Érika Kokay entregou o relatório do processo de quebra de decoro contra Eurides Brito à Comissão de Ética. O documento tinha em torno de 200 páginas. Érika se baseou em nove depoimentos, no resultado das diligências e em laudos da Polícia Federal para fundamentar o parecer sobre o envolvimento de Eurides no suposto esquema de corrupção. O vídeo no qual a deputada aparece recebendo R$ 30 mil de Durval Barbosa e guardando o montante em uma bolsa trouxe respaldo para a decisão da CLDF.


1 - Decisão judicial
Em 15 de maio, o juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, decidiu afastar Eurides Brito imediatamente do mandato. O objetivo era evitar que ela se aproveitasse do cargo para se proteger e escapar de qualquer punição. Nessa ação, a distrital teve os bens bloqueados para garantir o ressarcimento de possível prejuízo de R$ 4,3 milhões aos cofres públicos, referentes à propina e a título de danos morais à população.


PRAZO É CONTESTADO
O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, ingressou ontem com Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra ato do corregedor nacional do Ministério Público, Sandro Neis, que estabelecia prazo até hoje para a apresentação de sua defesa na sindicância em curso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Bandarra alega cerceamento de defesa. Há 15 dias, ele foi notificado a apresentar esclarecimentos aos pontos da conclusão de investigação da corregedora-geral do Ministério Público do DF, Lenir de Azevedo, segundo a qual há indícios de falta funcional cometida por Bandarra e a promotora Deborah Guerner. No STF, o caso será julgado pelo ministro Gilmar Mendes. Uma liminar pode alterar os prazos na sindicância que está sob a responsabilidade do corregedor nacional. A expectativa era de que na próxima semana o CNMP faria uma sessão para deliberar sobre o próximo passo da investigação contra os dois promotores.

ELEIÇÕES 2010 [In:] SAÚDE SIM, NOVO IMPOSTO NÃO!!! (promessas de campanha)

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A saúde por Serra e Dilma

Autor(es): Ivan Iunes
Correio Braziliense - 28/05/2010
Diante de público repleto de especialistas na área, presidenciáveis prometem ampliação de recursos, capacitação de agentes de saúde, apoio à Emenda nº 29 e trocam farpas em relação ao fim da CPMF

Enviado especial

Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Dilma sustentou a tese de conectar o aumento nos investimentos para a saúde ao crescimento da economia

Porthus Junior/Agência RBS/AE
Serra prometeu regulamentar a Emenda nº 29, caso eleito, mas não indicou a fonte de recursos para bancar a medida

Gramado (RS) — Separados por uma diferença de duas horas, os pré-candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) defenderam a transferência de mais recursos para a saúde, sem apontar de forma clara de onde viria o aporte financeiro. Serra e Dilma falaram para uma plateia de duas mil pessoas, composta por secretários municipais de saúde, gestores e trabalhadores da área, ontem, durante o 26º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado (RS). Os dois presidenciáveis desviaram da ideia de criar um novo imposto para reforçar o caixa do setor. Hoje, será a vez da pré-candidata Marina Silva (PV) apresentar propostas para a saúde, no mesmo encontro.

Os dois favoritos na corrida pelo Planalto responderam a diversas questões postas pela direção do evento, como a criação de programas, a capacitação profissional dos agentes de saúde e a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29(1), que direciona um percentual mínimo das verbas da União, dos estados e dos municípios para a saúde. O tom utilizado pelos dois foi praticamente o mesmo, até no ataque à derrubada da CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira), mas com uma diferença. Para Dilma, o fim do imposto foi responsabilidade da oposição. Serra apontou a base do governo como maior culpada pela perda dos recursos.

Compensação
A petista subiu ao palco no fim da manhã, para defender a compensação das perdas com o fim da CPMF, estimadas em R$ 40 bilhões. Dilma disse que o crescimento estimado do PIB de 6% seria suficiente para aprovar a regulamentação da Emenda nº 29, sem necessidade de um novo tributo. A fala foi um recuo da ex-ministra da Casa Civil, que já havia cogitado em público a criação de um novo imposto para a saúde. “Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar uma receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto”, apontou Dilma.

Palestrante da tarde, o tucano José Serra também apontou o discurso para a necessidade de reforçar o caixa da saúde, mas responsabilizou o governo pelo fim da CPMF. “Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. O governo tem voto para aprovar o que quiser no Senado e na Câmara”, destacou. O pré-candidato prometeu regulamentar a Emenda nº 29 nos primeiros meses de governo, caso eleito, mas não indicou a fonte de recursos para bancar a medida. O tucano ainda acenou com a capacitação de 300 mil técnicos de saúde e criticou o aparelhamento político da saúde pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca”, atacou.

Serviço civil
Diante da proposta de Dilma, de escorar no crescimento da economia o aumento nos investimentos para a saúde, Serra disse que o Brasil não vem crescendo a taxas satisfatórias. Em contraponto, a pré-candidata petista afirmou que a fase do país é outra, em crítica indireta ao governo do antecessor, Fernando Henrique Cardoso. “Não somos mais o país da desigualdade, da estagnação, do desemprego. Deixamos essa era para trás”, defendeu Dilma Rousseff.

Se eleita, a ex-ministra da Casa Civil prometeu criar um complexo industrial de saúde, desonerar remédios de uso geral e adiantou que vai estudar uma possível adoção do serviço civil de saúde no país — sugestão feita pela direção do congresso. O programa estabeleceria um período em que formandos na área de saúde em universidades públicas prestassem serviço comunitário no Sistema Único de Saúde (SUS).


1 - Fixação de verbas
A Emenda Constitucional foi aprovada pelo Congresso no ano 2000 e obrigava a União a investir 5% a mais do que havia sido transferido no ano anterior para a área de saúde, valor corrigido pela variação nominal do PIB. Pela regra, os estados teriam de repassar 12% da arrecadação para o setor e os municípios, 15%. A regra, inicialmente transitória, deveria ter vigorado até 2004, limite para que uma Lei Complementar regulamentasse a medida. O projeto, contudo, está parado na Câmara dos Deputados há mais de dois anos.
Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto”
Dilma Rousseff

Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. A base do PT tem voto para aprovar o que quiser. A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca”
José Serra

Um casal inelegível

Tasso Marcelo/AE - 30/4/06
TRE do Rio cassou o mandato de Rosinha e vetou a candidatura de Anthony Garotinho ao governo

Acusada de abuso de poder econômico durante a campanha nas eleições de 2008, a atual prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho (PMDB), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A punição também atinge o marido de Rosinha, o pré-candidato do PR ao governo do estado, Anthony Garotinho. Ele ficou inelegível até 2012.

O TRE-RJ julgou que Rosinha foi beneficiada por práticas panfletárias da rádio e jornal O Diário. Na decisão, os radialistas Linda Mara da Silva, Patrícia Cordeiro Alves e Everton Fabio Nunes Paes também se tornaram inelegíveis. Como a ex-governadora do Rio obteve mais de 50% dos votos, o tribunal convocou novas eleições para o município, pois o segundo colocado não teria representatividade suficiente para ser empossado.

O julgamento chegou a ficar empatado em 3 x 3. Coube ao presidente do TRE-RJ, desembargador Nametala Jorge, o voto de desempate. “Os fatos foram inadmissíveis. O pleito eleitoral tem que ter uma lisura absoluta, trata-se de um direito da sociedade”, justificou o desembargador.

Os votos vencidos foram do relator do processo, juiz Célio Salim, e dos juízes Leonardo Antonelli e Luiz de Mello Serra. Os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Raldênio Bonifácio acompanharam o voto divergente do revisor, juiz Luiz Márcio Pereira.

Impasse
De acordo com o TRE, houve ainda um impasse quanto ao início da contagem do prazo de inelegibilidade. O juiz Luiz Márcio Pereira defendeu a tese de que o prazo deveria contar a partir da decisão, no que foi acompanhado pelo desembargador Nametala Jorge. Mas os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz e Raldênio Bonifácio entenderam que deveria prevalecer a Súmula 19 do TSE, com a contagem a partir das eleições em que os fatos ocorreram, ou seja, em 2008. Para resolver o impasse, o juiz Luiz Márcio Pereira adotou o prazo da Súmula. Como a punição é de três anos, eles somente poderiam se candidatar novamente em 2012. A decisão, contudo, pode ser revertida em recurso com efeito suspensivo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por meio da assessoria de imprensa, Antony Garotinho informou que ainda está analisando a decisão do TRE e avaliando com os seus advogados como deverá apresentar recurso ao TSE. A assessoria de imprensa da prefeitura de Campos disse que a prefeita ainda não se manifestou sobre o caso.

BRASIL/CONSUMO [In:] BOLHA ''EXPLODIDA" ???

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CNI prevê queda do ritmo de expansão

Autor(es): Luciana Otoni, de Brasília
Valor Econômico - 28/05/2010

O setor industrial começa a emitir sinais de que a produção em abril não se manteve em nível elevado como o verificado em março, indicando possível acomodação no ritmo de recuperação. Sondagem feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.214 empresas constatou que o índice de produção industrial baixou de 62,9 pontos em março para 51 pontos em abril. Na escala de zero a cem, a evolução acima de 50 é considerada positiva.

O recuo indicado para o nível de produção, salienta o gerente da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, não representa retração, mas redução do ritmo de expansão da atividade fabril. Ele lembra que o ano começou embalado para o setor industrial, que nos primeiros três meses de 2010 direcionou esforços para atender à maior demanda, gerada pelos estímulos tributários na venda de automóveis e de eletrodomésticos e pela maior renda disponível.

O que a redução do índice de produção indica, segundo Fonseca, é um menor dinamismo nas fábricas em função do fim do benefício tributário e uma acomodação do nível de atividade em base menos elevada.

Mesmo assim, o otimismo continua alto entre os industriais. A sondagem mostrou que a expectativa dos empresários para os próximos seis meses para a compra de matérias-primas está em 64,4 pontos, acima da média da série de 59,2 pontos. Em relação às exportações, a expectativa se manteve em 52 pontos As projeções para a evolução da demanda tiveram ligeiro recuo de 65,7 pontos em março para 64,4 pontos.

BRASIL/ECONOMIA [In:] BOLHA DE CONSUMO ? (II)

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"A próxima bolha já está em formação"

Autor(es): Juliana Schincariol
Isto é Dinheiro - 24/05/2010

Markku Wilenius
vice-presidente do Grupo Allianz

O mundo ainda sente os efeitos do estouro da bolha do mercado imobiliário americano, que devastou o crescimento em dezenas de países em 2008 e 2009

Enquanto governos e empresas elaboram estratégias para driblar a recessão e o desemprego elevado neste e nos próximos anos, o executivo finlandês Markku Wilenius está de olho nas tendências desta e da próxima década. Responsável pela área de macrotendências do Grupo Allianz, maior seguradora da Europa, Wilenius enxerga no mercado de tecnologias limpas o risco da próxima bolha financeira global. A demanda por produtos ecologicamente corretos e novas fontes de energia está aumentando e os investidores buscam projetos e empresas para ganhar dinheiro com esse fenômeno. Ninguém sabe no que isso vai dar, afirma Wilenius. Em recente passagem pelo Brasil, ele falou à DINHEIRO.


DINHEIRO Qual será o perfil do consumidor no futuro?

MARKKU WILENIUS
Na próxima década, pela primeira vez na história do mundo moderno as nações emergentes e os países industrializados terão a mesma fatia do consumo mundial. Isso se dará, sobretudo, pelo crescimento da Ásia. A China e os outros países da região representarão 40% do PIB global. Hoje em dia, as empresas que foram pioneiras em captar as demandas específicas dos diferentes mercados estão se dando melhor. A Nokia é um exemplo. Ela começou a produzir produtos baratos ao sul (do Equador), mas de ótima qualidade, e venceu nos mercados emergentes. Seus produtos têm poucos aplicativos, mas são funcionais. Já no norte, o que fez muito sucesso foram os smartphones, os aparelhos mais desenvolvidos.

DINHEIRO Qual é a chave para entender este novo consumidor?

WILENIUS
É a classe média. Começa a surgir um tipo diferente de classe média, com atributos e com uma ideia muito específica sobre a qualidade do produto que quer. A classe média é quem produz a escala do mercado.


DINHEIRO Quais são as demandas básicas desta nova classe média?

WILENIUS
São quatro. Primeiro, o consumidor olha precisamente o valor do produto e do serviço que está comprando. Não precisa ser necessariamente o mais barato, mas o que lhe agrega mais valor. A crise financeira fez o consumidor ver suas necessidades verdadeiras. Isso aconteceu principalmente nos países industrializados, mas já ocorria antes nos emergentes. O segundo ponto é a transparência. O consumidor requer clareza sobre o que está levando para casa. Ele odeia que a empresa diga uma coisa e faça outra. O terceiro é o autocontrole. Quem compra quer ter controle sobre o que está consumindo. O acesso à informação também gera mais oportunidades de escolha. O quarto ponto é o consumo consciente. Isso é bastante visível na Europa e em outros mercados mais desenvolvidos e vai se espalhar pelo mundo. As preocupações ambientais estão começando a fazer parte do processo de tomada de decisão do consumidor, que quer entender como as suas compras podem ajudar a equilibrar o mundo, sem agredir tanto o meio ambiente.

DINHEIRO Quando o consumo consciente se tornará uma tendência global?

WILENIUS
Até 2020, isso deve ser uma tendência em todo o mundo. Será a primeira década marcada por negociações dramáticas e novas descobertas sobre como realmente a situação do planeta está ruim. A pressão dos consumidores, e não a dos governos, levará as empresas a oferecer produtos amigáveis ao ambiente.

DINHEIRO Isso se aplica ao consumidor financeiro?

WILENIUS
A indústria financeira foi o centro da última crise. Não foi simplesmente uma crise bancária. Havia muito dinheiro nos mercados e não havia como sustentar esse fluxo abundante. Também surgiram novas maneiras de fazer aplicações e as pessoas não sabiam que tipo de efeito isso teria no longo prazo. O resultado foi a falta de confiança no mercado financeiro por parte dos consumidores.

DINHEIRO E como retomar a confiança?

WILENIUS
As quatro tendências de consumo que mencionei anteriormente são os veículos para restaurar a confiança. As mudanças regulatórias estão a caminho para tentar criar um sistema global, em que todas as instituições ajam da mesma forma. É a primeira vez que isso acontece. Não há uma agência responsável pela supervisão do sistema financeiro global e isso vai mudar. Existe um grande fluxo de informação, consumo e dinheiro que quebra a ideia de mercados segmentados.

DINHEIRO Quais são os riscos de uma nova regulação global?

WILENIUS
Existe um perigo de efeito contrário, o risco de inibir os mercados nacionais de atuar globalmente. Isso faria com que voltássemos ao sistema de protecionismo. No passado, o Brasil era uma economia nacional. Hoje é radicalmente diferente. A abertura de novos mercados é o ponto principal para a prosperidade global. É preciso encontrar princípios e padrões para que todos os atores no mercado financeiro possam seguir. Isso requer um entendimento absoluto das regulamentações. É o maior desafio para a comunidade internacional.

DINHEIRO Quais são os princípios comuns?

WILENIUS
No futuro, haverá entidades que cuidarão das operações das empresas em todos os mercados. Isso significa acesso à informação e controle dos mercados com base nas operações das empresas. A função da nova autoridade global de controle é fiscalizar e controlar os mercados financeiros. Essa entidade será subordinada ao Fundo Monetário Internacional. Será encarregada de cuidar dos fluxos financeiros globais. Haverá, ainda, outra entidade que cuidará dos participantes dos mercados. Esse sistema em dois níveis permitirá que o mercado seja controlado e cuidado. A regulamentação sobre a liquidez das empresas será mais rígida e pode afetar alguns mercados. Acima desta entidade reguladora ficará o FMI e acima do FMI, o G-20. Até 2020, o G-20 será um G-24 ou G-27.

DINHEIRO Quais são os outros quatro ou sete países que integrarão este grupo?

WILENIUS
São países dos mercados emergentes. Os mais importantes já estão lá. A Indonésia, por exemplo, é um mercado imenso, mas não possui uma participação muito ativa na economia global.

DINHEIRO Como o sr. vê a crise financeira nos países desenvolvidos?

WILENIUS
Há dúvidas sobre os fatores que afetarão o mercado nos próximos três anos. As dívidas dos governos estão crescendo muito, principalmente nos países mais atingidos. Os governos injetaram bastante dinheiro nos mercados para apoiar a recuperação. Ninguém sabe qual vai ser o resultado dessas políticas. A Grécia é um exemplo. Pode haver mudanças dramáticas. Os mercados estão voláteis. Lidar com esta sensibilidade requer bastante cautela por parte dos participantes, muita inteligência por parte dos governos e também dos bancos centrais, que devem jogar com as taxas de juros de maneira inteligente.

DINHEIRO O que os investidores devem esperar desta situação?

WILENIUS
Existe uma nova normalidade. Não se pode esperar o mesmo tipo de retorno elevado que se tinha no passado. Isso é a coisa mais difícil de se controlar nos mercados financeiros.

DINHEIRO Qual será a próxima bolha?

WILENIUS
Se há um ramo especial da indústria que pode crescer muito nos próximos anos é a indústria relacionada à redução das emissões de carbono, ou seja, tecnologias limpas, renováveis, biotecnologia, processos que utilizem recursos naturais de maneira mais inteligente. Essa indústria será a chave principal nos mercados desenvolvidos. A crescente demanda por decisões de governo para incentivar a biotecnologia e reduzir as emissões de carbono deve aumentar o fluxo de dinheiro para estes mercados. Nos anos 90, houve um superaquecimento do mercado de tecnologia, na bolha das empresas pontocom. As ações dessas empresas foram às alturas e caíram rapidamente. Isso pode acontecer novamente. Desta vez, a situação é um pouco diferente.

DINHEIRO Por quê?

WILENIUS
Porque agora existe uma demanda real por investimentos nesta área, o que não se via no início do caso das pontocom. Nos Estados Unidos, os volumes de negociação nos mercados estão crescendo, numa tentativa de ajuste às margens de ganho menores. Ninguém sabe no que isso vai dar. Se há uma injeção de dinheiro no mercado que não consegue encontrar os esquemas corretos de investimentos, as perdas serão muito maiores. E isso pode aumentar o risco de colapso. Essas mudanças não vão acontecer da noite para o dia. Os booms que acontecem nas atividades baseadas na indústria nem sempre podem ser controlados nos mercados financeiros. E o uso de novos instrumentos de controle, como a agência de regulação global, pode causar erupções de mercado mais rápidas. Os riscos podem ser lentos para aparecer, mas também podem acontecer em segundos. É a primeira vez que isso acontece.

DINHEIRO Qual é o papel do Brasil neste cenário?

WILENIUS
O Brasil pode ter um papel muito importante. Hoje em dia, o País tem uma participação maior nas exportações globais, mas a grande maioria ainda é de commodities básicas. O potencial econômico é bastante grande, mas ainda não tem nenhum tipo de tecnologia inovadora e nenhum serviço com alto valor agregado. O investimento em etanol é um grande passo para reduzir ou eliminar o consumo de combustível fóssil. Sabe-se que as maiores emissões de gás carbônico ocorrem no trânsito. Esse é um dos principais desafios para as economias globais. Se o Brasil puder desenvolver uma solução que possa ajudar outros países na briga pela redução do carbono, será realmente muito importante mundialmente. Cabe ao Brasil decidir como vai direcionar estes ciclos de inovação.

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ISTOé DINHEIRO.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28 de maio de 2010

O Globo

Manchete: Tribunal cassa Rosinha e torna Garotinho inelegível

Decisão pode impedir candidatura do ex-governador, que vai recorrer

Uma decisão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pode mudar o quadro da disputa pelo governo do Estado do Rio. Por quatro votos a três, o tribunal tornou inelegíveis, por três anos, a contar das eleições de 2008, o ex-governador e pré-candidato ao governo Anthony Garotinho (PR) e a prefeita de Campos e mulher dele, Rosinha Garotinho (PR), que também teve o mandato cassado. O casal foi condenado por abuso de poder econômico. Ele teria feito propaganda extemporânea para ela no programa "Fala, Garotinho", em 2008. A prefeita pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e continuar no cargo até o julgamento final - se perder, o TRE convocará novas eleições em Campos. Garotinho fica inelegível, a não ser que o TSE mude a decisão do tribunal regional. O desembargador Namatela Jorge, presidente do TRE, considerou "os fatos inadmissíveis". Em seu blog, Garotinho se disse vítima de perseguição. (Págs. 1 e 3)

DEM faz na TV o mesmo que condenou no PT

Depois de criticar o PT por fazer campanha antecipada, o DEM fez o mesmo no rádio e na TV: o pré-candidato tucano José Serra ocupou 80% do programa de rádio e TV do partido. Com isso, o DEM desafiou determinação do TSE, que suspendera programas do partido na Bahia e no Ceará por causa das aparições de Serra. (Págs. 1 e 4)

Em Minas, Aécio Neves descartou ser vice na chapa de José Serra. (Págs. 1 e 9)

Foto legenda: A resistência da velha França

Franceses protestam nas ruas de Paris contra a proposta de elevar a idade mínima para aposentadoria no país dos atuais 60 anos para 61 ou 62 anos. (Págs. 1 e 35)

IME: Fraude pode envolver até generais

O MP Militar pediu a prisão preventiva de um major do IME acusado de participar do esquema de fraudes em licitações realizadas entre 2004 e 2006 naquela instituição. Ao oficial é atribuído um e-mail com denúncias de pagamentos de propinas a generais. (Págs. 1 e 16)

Hillary vê sérias discordâncias com o Brasil

A secretária Hillary Clinton disse ter discordâncias muito sérias com o Brasil sobre o Irã: "Dar tempo ao Irã toma o mundo mais perigoso." Já o presidente Lula e o premier turco acusaram EUA e Rússia de não aceitarem o acordo por inveja. (Págs. 1, 39 e Merval Pereira)

Vistos para os EUA já valem por 10 anos

A partir de hoje, os vistos de turismo e negócios para os Estados Unidos terão validade de dez anos, o dobro do prazo anterior. O mesmo vale para os vistos concedidos pelo Brasil a cidadãos americanos. Os dois países eliminaram taxa para concessão de vistos. (Págs. 1 e 15)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Hillary vê risco para o mundo no acordo Brasil/Irã

Secretária de Estado aponta 'discordâncias sérias' entre os EUA e o Brasil; para premiê turco, críticos são 'invejosos'

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que a Casa Branca tem "discordâncias muito sérias" com o Brasil em relação ao Irã, informa Andréa Murta.

Foi a maior demonstração pública de contrariedade dos EUA desde que Brasília anunciou o acordo com Teerã, na semana passada.

Para Hillary, a atuação do Brasil no caso "ajuda o Irã a ganhar tempo e evita uma posição internacional unânime", o que, diz ela,
"torna o mundo mais perigoso".

Como a Folha revelou ontem, o acordo para troca de urânio seguiu roteiro sugerido pelo presidente Barack Obama em carta a Lula.

No Brasil, o premiê turco, Recep Tayyp Erdogan, que participou das negociações do acordo, chamou os críticos de"invejosos". (Págs. 1 e A14)

Análise

Pressão sobre Hillary e Obama nos EUA explica empenho por sanção, escreve Ricardo Balthazar. (Págs. 1 e A14)

Tribunal condena o tesoureiro de Dilma

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, o ex-prefeito de Diadema José de Filippi Junior, a devolver R$ 2,1 milhões à prefeitura.

O escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh foi contratado sem licitação.

O município tinha 51 procuradores para defendê-lo, segundo a Promotoria.

Greenhalgh também é do PT. O partido não comentou. Mais dois ex-prefeitos foram condenados. (Págs. 1 e A7)

Pré-candidatos não responderam a questões sobre assuntos como aborto, união gay e divórcio. (Págs. 1 e A10)

Aécio insiste em tentar Senado e descarta ser vice

O ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) classificou de "piada" empresários considerarem "falta de patriotismo" ele não ser vice na chapa de José Serra para a Presidência.

Na primeira aparição pública após férias, o tucano reafirmou que sairá candidato ao Senado. (Págs. 1 e A4)

Vazamento no golfo do México já é o pior dos EUA na história

O acidente na plataforma submarina da BP no golfo do México transformou-se no maior desastre ambiental da história dos EUA.

Estima-se que, em cinco semanas, 68 milhões de litros de óleo tenham vazado. O recorde anterior era do navio Exxon Valdez, que despejou 42 milhões de litros no Alasca em 1989. A BP diz estar tendo sucesso em estancar o vazamento. (Págs. 1 e A18)

Homenagem é retirada depois de protesto na USP

Após protestos, a Faculdade de Direito da USP retirou o nome dado a salas em homenagem ao banqueiro Pedro Conde e ao advogado Pinheiro Neto, ex-alunos. As famílias dos dois patrocinaram os espaços, que custaram R$ 2 milhões. (Págs. 1 e Cl)

Fábrica de vacina do Butantan não produz há 3 anos

Inaugurada há três anos, a um custo de R$ 70 milhões, a fábrica de vacina contra a gripe comum do Instituto Butantan (SP) não produziu nenhuma dose.

Segundo o diretor Otávio Mercadante, a demora está dentro do prazo. (Págs. 1 e C1)

Rodolfo Landim

Petrobras pode dar salto e ser a maior do mundo (Págs. 1 e B10)

Editoriais

Leia "Olhar para a frente", sobre o futuro da economia brasileira; e "As duas faces de Obama", acerca do acordo alcançado pelo Brasil com o Irã. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Hillary aponta 'sérias divergências' com Brasil no caso do Irã

Secretária americana diz que posição brasileira 'deixa o mundo mais perigoso'

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que Washington tem "divergência muito séria em relação à diplomacia do Brasil com o Irã". Segundo Hillary, o caminho pregado pelo Brasil, de evitar que os iranianos sejam punidos, não é desejável. "Já dissemos ao presidente Lula e ao chanceler Celso Amorim que fazer o Irã ganhar tempo deixa o mundo mais perigoso, não menos." Para Hillary, a "atitude responsável" é apoiar sanções para obrigar Teerã a se engajar na negociação sobre seu programa nuclear. (Págs. 1 e Internacional A12)

Lula e Erdogan criticam EUA

O presidente brasileiro e o premiê turco defenderam o acordo com o Irã. Para Erdogan, os críticos são “invejosos". (Págs. 1 e Internacional A12)

Obama manda parar prospecção de petróleo

O presidente Barack Obama mandou interromper perfurações no Golfo do México, diante do vazamento de petróleo que se tomou o maior desastre ambiental da história dos EUA. Mesmo aliados do governo fazem críticas ao modo como Obama lidou com a crise. Estima-se que 85 milhões de litros de óleo tenham vazado, número que pode chegar a 340 milhões - no acidente do Exxon Valdez, no Alasca, em 1989, vazaram 40 milhões de litros. (Págs. 1 e Vida A18)

Aécio rejeita apelos e volta a negar chapa com Serra

Após quase um mês em férias no exterior, o ex-governador de Minas Aécio Neves voltou a descartar ontem sua candidatura a vice-presidente na chapa de José Serra. Enquanto Aécio esteve fora, a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, alcançou Serra nas pesquisas, fazendo ressurgir apelos para que o mineiro integre uma chapa puro-sangue do PSDB. Ele rechaçou as pressões. "Estou convencido de que a melhor forma de ajudar é estando em Minas como candidato ao Senado." (Págs. 1 e Nacional A4)

Análise
Luiz Alberta Weber
Além do 'Anexo'

Fazer o sucessor em Minas, somado ao mandato de senador com habilidades negociadoras, traduz-se num fator real de poder para Aécio maior do que um lugar no "Anexo". (Págs. 1 e Nacional A4)

Previdência e Trabalho dão apoio a reajuste

Os ministros Carlos Eduardo Gabas (Previdência) e Carlos Lupi (Trabalho) também são favoráveis a que o presidente Lula aprove os 7.72% de reajuste para os 8,3 milhões de aposentados que ganham acima de um salário mínimo. A posição contraria os ministros da área econômica. (Págs. 1 e Economia B1)

Faculdade de Direito da USP revoga atos de reitor (Págs. 1 e Vida A17)

Visto americano volta a valer por dez anos (Págs. 1 e Cidades C3)

Marcos Sá Corrêa: Gol da Argentina

A Argentina fez chegar a Foz do Iguaçu resultado de votação que reprova "o projeto de criar um show de luzes e som nas Cataratas do Iguaçu". (Págs. 1 e Vida A19)

Notas & Informações: O presidente em xeque

Na questão do reajuste de aposentados, quem pôs em xeque o presidente Lula foi a base aliada. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Justiça lenta impede a volta de US$ 3 bi ao país

O dinheiro seria suficiente para financiar 40% dos benefícios direcionados ao Bolsa Família pelo governo federal em 2010. Também poderia ter sido usado para quitar 70% dos valores desembolsados nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no primeiro trimestre deste ano. Mas os US$ 3 bilhões desviados do país ilegalmente nos últimos anos e bloqueados em contas bancárias no exterior não podem voltar ao Brasil enquanto o Poder Judiciário brasileiro não julgar, em definitivo, os autores dos desvios e ainda titulares dos recursos mantidos nos Estados Unidos, Europa, Suíça e em outros paraísos fiscais.

Esses US$ 3 bilhões são o montante que o governo brasileiro encontrou até hoje em investigações de lavagem de dinheiro proveniente de crimes de evasão de divisas, corrupção, tráfico de drogas, contrabando e outros e que motivaram a abertura de ações judiciais. Durante as investigações e os processos, à medida que o Ministério Público encontra indícios de contas bancárias mantidas pelos autores dos crimes fora do país, recorre a acordos de cooperação internacional assinados entre o Brasil e o país onde o dinheiro está depositado para que seja bloqueado e, posteriormente, devolvido. (Págs. 1 e A8)

'Refis' se alastra e atrai as empresas

Há dez anos, quando foi lançado o Refis original, o primeiro parcelamento extraordinário com condições generosas para o pagamento de tributos federais, grandes empresas passaram longe do programa. Hoje, com o grande número de programas de parcelamento de tributos da União, Estados e municípios, não é mais assim. Das 30 maiores companhias de capital aberto, 18 - Ultrapar, Telemar, Gerdau, Pão de Açúcar, AmBev, Braskem, Eletrobras, TIM Participações, Marfrig, CSN, Usiminas, Lojas Americanas, Amil, Neoenergia, Embraer, Sabesp, Fibria e Light - mencionam em seus balanços encerrados em março o aproveitamento de alguma anistia ou parcelamento extraordinário de tributos. "Os parcelamentos representam hoje uma oportunidade e um excelente negócio", diz o advogado José Carlos Vergueiro. (Págs. 1 e A2)

Classe D agora vai aos bancos

A perspectiva de gastos de R$ 380 bilhões pela classe D neste ano atrai os bancos, que investem para receber uma massa de clientes despreparados para lidar com o universo financeiro.

Na última década, dobrou o número de aplicadores com até R$ 5 mil no mercado. Em 2009, 136 milhões de brasileiros tinham dinheiro guardado.

O movimento formiguinha anima os bancos e justificou pesquisa do Data Popular para a Febraban mapeando esse novo personagem. A constatação é que o consumidor acredita que a vida melhorou e vai continuar melhorando. (Págs. 1, C1 e C8)

Braskem busca novos ativos e prepara expansão nos EUA

Após ingressar em território americano em fevereiro, com a compra da Sunoco Chemicals, a Braskem deve anunciar a compra de outros ativos nos próximos meses. A empresa já voltou a conversar com possíveis vendedores e seu alvo é, sobretudo, plantas nas áreas de polietileno e PVC, o que complementaria a linha de produção de resinas nos EUA, diz o executivo Carlos Fadigas, CEO da petroquímica brasileira no país.

A estratégia da Braskem é tornar-se uma das cinco maiores petroquímicas do mundo - hoje é a oitava. A expectativa é que a divisão nos EUA encerre 2010 com faturamento entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão, alta de 25% a 50%, como reflexo da recuperação dos preços das resinas no mercado global. (Págs. 1 e B1)

HRT vai explorar petróleo na Amazônia e Namíbia

Fundada há sete meses, a HRT Oil & Gás, que nasceu do sonho de um grupo de ex-funcionários da Petrobras, tornou-se a terceira maior petroleira privada do país em área de concessão, atrás da Petra Energia e da Oil M&S - e com mais áreas do que a OGX.

Na semana passada, ela comprou três blocos exploratórios no mar da Namíbia e agora se prepara para explorar petróleo e gás na bacia do rio Solimões, onde tem 21 blocos ao redor da reserva de Urucu, da Petrobras, em sociedade com a Petra Energia, do empresário Roberto Viana.

A HRT tem apoio de investidores de peso, como o MSD Capital, de Michael Dell, da Dell Computers. A empresa planeja fazer uma oferta pública de ações na Bovespa em julho. (Págs. 1 e B10)

STF derruba taxa municipal cobrada de concessionárias de serviço público (Págs. 1 e E1)

China nega redução de exposição ao euro e alivia mercados (Págs. 1 e C2)

CCE vai construir fábrica de telas de LCD em Manaus, diz Fleury (Págs. 1 e B3)

Mercado de trabalho aquecido

A taxa de desemprego nas principais regiões metropolitanas do país caiu de 7,6% em março para 7,3% em abril, a mais baixa para o mês desde 2002, início da série histórica do IBGE. (Págs. 1 e A3)

Montadoras investem na tradição

Para reforçar a imagem de suas marcas e aumentar seu prestígio junto aos consumidores, montadoras alemãs investem na transformação de suas sedes em museus. (Págs. 1 e B7)

Bridgestone investe em serviços

A fabricante de pneus Bridgestone aposta na área de serviços para crescer, com software de gestão para frotas e aumento do número de lojas no Brasil. (Págs. 1 e B8)

Valor Estados/Bahia

Sexta maior economia do país, a Bahia cresce acima da média brasileira, com investimentos previstos de R$ 43 bilhões em infraestrutura e R$ 73,8 bilhões na área industrial nos próximos três anos. (Pág. 1)

Arcelor amplia produção

A ArcelorMittal vai investir US$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos para dobrar a capacidade de produção da usina de João Monlevade, Minas Gerais. (Págs. 1 e B9)

Romi insiste na Hardinge

A Romi, maior fabricante de máquinas-ferramenta do Brasil, estendeu novamente o prazo da oferta pública de aquisição aos acionistas da americana Hardinge. Agora, a operação vai até 18 de junho. (Págs. 1 e B11)

Monsanto muda estratégia

Concorrência chinesa leva a Monsanto a reduzir portfólio da marca Roundup, reduzir preços e investir em novos herbicídas que não incluam o glifosato. (Págs. 1 e B13)

Aposta na fruticultura

Maior produtora e exportadora de limão in natura do país, a paulista Itacitrus recebe aporte de fundo de "private equity" para financiar expansão. (Págs. 1 e B14)

Relações governamentais

Grandes projetos do PAC, obras da Copa e das Olimpíadas fazem empresas reforçarem a área de relações governamentais. Busca de executivos especializados cresceu 20%, segundo a Michael Page. (Págs. 1 e D10)

Ideias

Claudia Safatle
Governo tentará impor limites às greves do funcionalismo, que deveriam ter sido criados por uma lei específica. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Pedro Cavalcanti e Renato Fragelli
O grosso da enorme diferença de renda per capita entre o Brasil e os EUA se deve à ineficiência produtiva e baixa escolaridade. (Págs. 1 e A15)
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