PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, abril 18, 2012

XÔ! ESTRESSE [In;] PODRES PODERES (*)

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(*) Caetano Veloso.
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CPI DEMÓSTENES/MENSALÃO [In:] NAVALHA NA CARNE (?)



Em quem doer




Dora Kramer - Dora Kramer
Autor(es): Dora Kramer
O Estado de S. Paulo - 18/04/2012
 
Os fatos recente e diariamente revelados sobre bicheiros, empreiteiros, políticos e governos falam por si sobre a urgência de que o Congresso instale e leve adiante uma boa de uma comissão parlamentar de inquérito.
Inclusive dentro dos parâmetros considerados ideais pela presidente Dilma Rousseff quando falou a estudantes de Harvard, na visita aos Estados Unidos, a respeito da necessidade de se atacar as ações dos corruptos e, sobretudo, as dos "corruptores".
Nessa categoria já existe até um personagem síntese: Fernando Cavendish, dono da empresa Delta Construções citada como dona dos grandes negócios com governos cuja metodologia de desempenho, se for mesmo a considerada por ele como garantia de presença no submundo do poder - "botar R$ 30 milhões na mão de um político" -, explica a razão do sucesso.
A coisa (a ideia da CPI) começou naquela base já conhecida: meio à vera meio à brinca. Com tanta gente envolvida, com tantas contas em aberto a serem expostas que o cenário parecia o habitual: instala-se a CPI e depois se cuida para que não prospere, produzindo relatórios inconclusivos e votos em separados mais inócuos ainda.
Mas aí Lula enxergou uma janela de oportunidade e, como sempre, mirando no imediato e deixando para lá o permanente, orientou a direção do PT a incentivar as investigações.
Um bom serviço não fosse a valentia produto de pura chicana com a finalidade de "pegar" os oposicionistas envolvidos e revestir de lama o panorama onde há expectativa para breve do julgamento de um processo onde dirigentes do PT (ex e atuais) figuram como líderes de organização acusada de ser "criminosa". Ato contínuo, porém, começou a baixar a prudência, para não dizer paúra, na turma do deixa isso para lá, lembrando que são muitos os telhados de vidro em jogo.
Tarde demais. Os fatos atropelaram as versões e agora não há mais recuo possível sem o risco de um vexame amazônico. Dizer o quê, se os tentáculos de Carlos Augusto Ramos, vulgo Cachoeira, alcançam Chico e também Francisco?
Por ora há as assinaturas necessárias. Faltam as indicações dos integrantes da comissão, a instalação e a definição do roteiro dos trabalhos propriamente ditos que, nessa altura, só têm caminho de ida. Atinjam a quem atingirem.
A propósito, a expressão correta não é doa "a" quem doer. É doa "em" quem doer.
Impressões. Há dúvida no Supremo Tribunal Federal de que o ministro Dias Toffoli, advogado-geral da União no governo Lula, possa vir a se declarar impedido de participar do julgamento do mensalão.
Bem como é corrente no tribunal o raciocínio de que o ministro-revisor do processo, Ricardo Lewandowski, não deve atrasar além do estritamente necessário a liberação de seu relatório.
Dado o risco de prescrição de penas menores caso haja condenação, nem ele nem qualquer um dos ministros gostaria de passar à História como "coveiro" - sim, essa é a expressão usada - do processo.
Lewandowski decidiu sair da presidência do Tribunal Superior Eleitoral para se dedicar à elaboração do relatório que liberará o processo para entrar na pauta e o que se diz entre os ministros é que ele já não está mais propenso a considerar, como anteriormente, o prazo de seis meses para concluir o trabalho.
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Atriz convidada. A participação de Marta Suplicy em inauguração de um Centro de Educação Unificado (CEU) em São Bernardo do Campo junto com Lula e Fernando Haddad não quer dizer que a senadora passará a circular com o candidato de agora em diante.
A presença dela foi pontual. Marta só entrará de fato da campanha depois de oficializada a candidatura petista e, ainda assim, mediante correção de rumos que ela considera equivocados. Enquanto isso continuará alegando que o trabalho na vice-presidência do Senado lhe ocupa todo o tempo.
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CACHOEIRA/DEMÓSTENES [In:] ZEBRA NA CABEÇA



A aposta do jogo contra as instituições




O Globo - 18/04/2012
 

As ligações perigosas do contraventor Carlinhos Cachoeira, que estão vindo a público desde que se descobriu no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) uma das pontas da rede de corrupção e cooptação de autoridades montada pelo bicheiro, expõem muito mais que a falência ética e moral de homens públicos que não honram cargos e mandatos supostamente exercidos em nome dos cidadãos que lhes dão votos e lhes pagam pelo exercício da representação. 
A aposta de Cachoeira no pressuposto de que o dinheiro sujo da contravenção abre portas e compra consciências é apenas uma das vertentes de uma gravíssima afronta às instituições oriunda do submundo da jogatina, contra a qual o país precisa se precaver.
Cachoeira é uma parte do jogo. Há um movimento coordenado pela contravenção, em nível nacional, para, ante as lacunas de um Código Penal que não tipifica como crime essas atividades, ganhar espaços e se impor à sociedade. Entre outros recursos, com apelos à legalização da jogatina feitos com argumentos deliberadamente enviesados, falaciosos, para obter o apoio de incautos. As desenvoltas ações do bicheiro goiano fazem parte do mesmo pacote no qual quadrilhas ligadas ao jogo ilegal se juntam , segundo relatórios da Polícia Federal, para fatiar o país, dividindo entre elas o controle das bilionárias bancas. No Centro-Oeste, o capo é Cachoeira; no Rio, com ramificações no Norte, Nordeste e outras regiões do Sudeste, mandam os decanos cariocas do jogo do bicho; no Sul, quem bota banca é o paulista Ivo Noal.
A divisão territorial das áreas de ação do jogo ilegal é uma clara demonstração de que a contravenção se sofistica, adverte a PF. Outra evidência, mais grave, a merecer a urgente revisão do Código Penal, é a associação das quadrilhas brasileiras a máfias internacionais, disso resultando uma conhecida atividade-fim - a exploração das máquinas caça-níqueis - e outras subterrâneas, como assassinatos e atos de violência como método de intimidação de rivais.
O festival de denúncias a que se assiste nas últimas semanas é de estarrecer. Com a força de uma queda d"água, o esquema de Cachoeira arrasta para a vala comum da corrupção agentes públicos dos três Poderes e empresários. Sobretudo, mostra com preocupante cristalinidade a extensão do poder de cooptação da criminalidade. Sabia-se, por episódios regionais, que forças montadas à margem da lei já vinham inclusive eliminando intermediários no jogo montado para lhes abrir portas nas instituições. No Rio de Janeiro, por exemplo, contraventores e grupos de milicianos, não necessariamente distintos, escalaram representantes diretos para disputar mandatos eletivos ou ocupar cargos na administração pública.
Os episódios envolvendo Cachoeira e seus acólitos revelam uma rede mais extensa - portanto, potencialmente mais perigosa, porque estende os tentáculos da contravenção a gabinetes poderosos de Brasília, de alguns estados e a balanços na iniciativa privada. A resposta da sociedade a tais afrontas deve ser à altura: ampla, exemplar e dentro do pressuposto de que afrontas à lei devem ser inquestionavelmente punidas.
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CPI DEMÓSTENES/CACHOEIRA [In:] ''NO ESCURINHO DO CINEMA..."



O medo da CPI da 'Tia do PAC'




Autor(es): Elio Gaspari
O Globo - 18/04/2012

Materializou-se um pesadelo do comissariado petista. Foi ao ar o grampo em que o empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta, diz: "Se eu botar 30 milhões na mão de um político, eu sou convidado para coisa para c.... . Pode ter certeza disso, te garanto".
A versão impressa dessa conversa surgiu em maio passado, numa reportagem da revista "Veja". Ela descrevia uma briga de empresários, na qual dois deles, sócios da Sygma Engenharia, desentenderam-se com Cavendish e acusavam-no de ter contratado os serviços da JD Consultoria, do ex-ministro José Dirceu, para aproximar-se do poder petista. A conta foi de R$ 20 mil. À época, o senador Demóstenes Torres, hoje documentadamente vinculado a Carlinhos Cachoeira, informou que proporia uma acão conjunta da oposição para ouvir os três empreiteiros. Deu em nada, como em nada deram inúmeras iniciativas semelhantes. Se houve o dedo de Cachoeira na denúncia dos empresários, não se sabe.
Diante do áudio, a Delta diz que tudo não passou de uma "bravata" de Cavendish. O doutor, contudo, mostrou que sabe se relacionar com o poder. Tem 22 mil funcionários e negócios com obras e serviços públicos em 23 Estados e na Capital. No Rio de Janeiro, participa do consórcio da reforma do Maracanã. Seu diretor regional de Goiás era interlocutor frequente de Carlinhos Cachoeira. 
Na última eleição, Cavendish botou R$ 1,1 milhão no cofre do Comitê Nacional do PT e R$ 1,1 milhão no do PMDB. Em ambos os casos as doações foram legais. 
Em apenas quinze meses, durante o segundo mandato de Sérgio Cabral, de quem Cavendish é amigo, a Delta conseguiu contratos no valor de R$ 1,49 bilhão, R$ 148 milhões sem licitações. Suas contas com o PAC chegam a R$ 3,6 bilhões.
Talvez o comissariado petista pensasse que o grampo de 2009 seria sepultado. Seu erro foi, e continua sendo, acreditar que pode empurrar esse tipo de conta para mais tarde. Se o comissário Ruy Falcão acreditou que a CPI em torno das atividades de Carlinhos Cachoeira exporia a "farsa do mensalão" (rótulo criado por Lula), enganou-se. O PT tem um encontro marcado com as malfeitorias de seu comissariado. Desde 2004, quando apareceu o primeiro grampo de Cachoeira, no qual ele corrompia um servidor que se tornaria subchefe da Casa Civil, a questão é simples: corta na carne ou continua a contaminar o organismo.
O que o comissariado vem fazendo é mostrar-se poderoso o suficiente para dobrar as apostas. Tamanha é sua onipotência que há nele quem creia ser possível contaminar ministros do Supremo Tribunal Federal. Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e ex-ministro de Lula, condena a possibilidade de o ministro José Dias Toffoli vir a se declarar impedido de julgar o mensalão, mesmo tendo sido assessor do PT, da Casa Civil de José Dirceu e advogado-geral da União de Lula. Nas suas palavras: "Ele não tem esse direito." (O ministro Ricardo Lewandowsky, em cuja mesa está o processo do mensalão, pertence a uma próspera família de São Bernardo, em cuja Faculdade de Direito diplomou-se.)
Passaram-se sete anos do surgimento da palavra "mensalão" e o PT continua adiando a hora da faxina. Na semana passada os comissários flertaram com a ideia da criação de uma CPI que supunham letal para a oposição. Em poucos dias, descobriram que estavam enganados.
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MENSALÃO [In:] ROLANDO CACHOEIRA ABAIXO



Mensalão vs. CPI



Marcos Coimbra - Marcos Coimbra
Correio Braziliense - 18/04/2012

Ingênuo é achar que o PT deixaria um escândalo como esse passar em branco, sem se aproveitar dele politicamente
Nossa "grande imprensa" está reagindo de forma curiosa à instalação da CPI do Cachoeira. Salvo uma ou outra voz discordante, anda cheia de desconfianças.
No mínimo.
Em alguns casos, sua má vontade é clara. Em outros, mostra-se furiosa.
Cabe a pergunta: o que esperava do Congresso? O que deveriam senadores e deputados fazer frente as denúncias de que Demóstenes Torres está afundado até a raiz dos (poucos) cabelos em gravíssimas irregularidades, assim como, em escala menor, alguns deputados e lideranças de vários partidos?
E quanto às suspeitas que alcançam os governos de Goiás e Distrito Federal, a revista Veja — um dos baluartes da imprensa de direita — e grandes empresas privadas agora que pipocam indícios de todos os lados?
O certo seria que cruzassem os braços e fingissem que nada acontece?
Quando Lula e as lideranças do PT no Congresso entraram em campo para defender a criação da CPI, comportaram-se como é natural na política: perceberam que seus adversários estavam fragilizados e agiram.
As atuais oposições fizeram a mesma coisa quando tiveram a oportunidade. Assim como os próprios petistas no passado, quando eram oposição e não deixavam escapar qualquer chance de atingir o governo.
A desconfiança da maioria dos comentaristas — e a fúria de alguns — tem a ver com a ideia de que a CPI do Cachoeira é útil ao PT.
Existem CPIs que não são políticas — as que investigam e propõem medidas para enfrentar problemas sociais relevantes. Hoje, por exemplo, há três dessas na Câmara: uma a respeito do abuso infantil, outra do trabalho escravo e uma terceira sobre o tráfico de pessoas. Por mais meritórias que sejam, alguém acompanha seus trabalhos e se interessa por elas, a não ser (talvez) os especialistas?
Resultam de consensos, o inverso do que ocorre nas CPIs políticas. Essas são invariavelmente contra algo ou alguém — governo, governante, partido.
]Se nossos comentaristas estão desconfiados — ou apopléticos — com a CPI do Cachoeira por ela ser política, deveriam ficar assim sempre. Todas têm "motivos secretos", todas visam a alcançar objetivos estratégicos.
Ingênuo é achar que o PT deixaria um escândalo como esse passar em branco, sem se aproveitar dele politicamente.
E a hipótese de a CPI do Cachoeira "nada mais" ser que uma manobra para desviar a atenção do mensalão e livrar os acusados?
Seria um ardil extraordinário, no qual teriam que estar envolvidos Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira — para não falar dos asseclas. Sem suas centenas de conversas, sem os fogões, geladeiras e celulares que um recebeu do outro, ninguém nem pensaria em CPI. Ou, quem sabe, o senador seria um criptopetista?
Fora sua pouca lógica, a tese de que a motivação última da CPI é distrair o interesse das pessoas do julgamento do mensalão implica supor que esse interesse existe e que o tema, para elas, é relevante. O que não faz sentido. O assunto perdeu, há tempo, a capacidade de motivá-las.
Implica, também, imaginar que o Supremo julga conjunturalmente, ao sabor dos humores ocasionais da população e de acordo com o modo como a imprensa o pauta. Se as pessoas forem "desviadas" do mensalão, será leniente. Se for pressionado, será rigoroso. Ou seja: não age. Somente reage.
Implica acreditar que o Supremo não decide de acordo com a lei.
No fundo, quem cultiva essas fantasias tem pequeno apreço por nossa Justiça e pela opinião pública. Ou as conhece mal.
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CACHOEIRA [IN:] ... EM ''ASA'' DELTA



Delta é suspeita de montar rede de lavagem de dinheiro




Foco da CPI, construtora teria rede de laranjas para lavar quase R$ 26 milhões
Autor(es): ALANA RIZZO , FÁBIO FABRINI
O Estado de S. Paulo - 18/04/2012
 

Foco das investigações da futura CPI do Cachoeira, prestes a ser instalada no Congresso, a Delta Construções é suspeita de ter montado uma rede de laranjas para lavar dinheiro numa triangulação com outra construtora, a Alberto e Pantoja Construções e Transporte Ltda., informa a repórter Alana Rizzo. Destino de R$ 26,2 milhões da Delta, a Alberto e Pantoja fez uma série de pagamentos a uma rede de pessoas com vínculos com a empreiteira sediada no Rio que, agora, negam que tenham recebido as quantias.
Foco das investigações da CPI do Cachoeira, prestes a ser instalada no Congresso, a Delta Construções é suspeita de montar uma rede de laranjas para lavar dinheiro numa triangulação com outra construtora, a Alberto e Pantoja Construções e Transporte Ltda. Análise da lista de beneficiários de pagamentos realizados pela Alberto e Pantoja indica que a Delta pode ter abastecido contas bancárias em nomes de pessoas que negam, publicamente, ter recebido as quantias registradas na perícia da Polícia Federal.
Destino de R$ 26,2 milhões da Delta, a Alberto e Pantoja fez pagamentos até a um cabeleireiro. Outras transferências tiveram como destino empresas que não funcionam no endereço registrado.
O modelo da operação e as negativas reiteradas dos supostos beneficiários indicam, segundo o Ministério Público, prática de lavagem de dinheiro nas operações que movimentaram mais de R$ 25,8 milhões entre 2010 e 2011.
Entre os principais destinatários do dinheiro do esquema está Pedro Batistoti Júnior, tecnólogo e ex-funcionário da Delta em MS. Laudos da PF atestam que ele teria recebido R$ 300 mil. "Se tivesse R$ 300 mil não precisaria pedir R$ 20 para comprar almoço. Não tenho nada com isso", disse.
Há nove anos trabalhando em um salão de beleza em Goiânia, o cabeleireiro Jefferson Dirceu Santos aparece na lista de destinatários dos recursos. "Que? R$ 60 mil? Nunca recebi nada desse valor e muito menos dessas pessoas. Só podem ter usado o meu nome."
Dona da Serpes, empresa de pesquisas de opinião em Goiás, Ana Cardoso de Lorenzo, que teria recebido R$ 56 mil da Pantoja, se espantou ao ser questionada pelo Estado: "Você está doido? Nem conheço!" Um dos responsáveis pela empresa, o marido dela, Antônio Lorenzo, disse nunca ter ouvido falar na construtora investigada pela PF. "Os valores, para mim, são exageradamente altos. Prestamos serviços de R$ 5 mil, R$ 7 mil. De cifra assim eu me lembraria", disse, prometendo fazer uma pesquisa ampla dos negócios anteriores para desvendar o "enigma".
As relações da Delta com a organização criminosa comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira vieram à tona na Operação Monte Carlo. Segundo as investigações, Cachoeira era ligado ao então diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu. Eles negociavam contratos com o poder público. Suspeita-se que subornavam servidores públicos e que tenham participado da arrecadação ilegal para campanhas eleitorais.
Constam ainda na relação empresas de Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Minas e Pará. Em São Paulo, a Camarada Confecção Ltda., que teria recebido R$ 303 mil, não foi encontrada no endereço em que está registrada no Brás. "Não tem essa empresa aqui. Há mais de 20 anos funciona a Santar, de importação de queijos e vinhos," disse a atendente.
Stella Mascanha Bottura, uma das donas da Safira Tecnologia, afirmou desconhecer a Pantoja ou a Delta. "Vendemos componentes eletrônicos. Não tenho relação com essas construtoras." A PF afirma que a empresa na Vila Formosa recebeu R$ 87,8 mil da Pantoja.
Alguns dos beneficiários das transferências admitiram, porém, relações com o antigo diretor da construtora. "A Delta faz o serviço de coleta de lixo aqui em Catalão, mas não me lembro de ter vendido nada para eles. Fiz negócio com o diretor, o Cláudio. Mas não sei te informar o valor", explica Geraldo Donizete de Oliveira, um dos proprietários da Oliveira e Magalhães, que recebeu R$ 120 mil da Pantoja.
Registros bancários mostram repasses para pessoas e empresas de diversas regiões do País, do Paraná ao Pará. Segundo a PF, a Delta foi a única fonte de recursos da Pantoja. A Pantoja está em nome de Rosely Pantoja da Silva, que declarou rendimentos de R$ 18,4 mil no ano de 2009, e Carlos Alberto Lima, que não tem movimentação bancária desde 2004. "A empresa investigada não declarou imposto de renda nem recolheu tributos sobre faturamento, indicando que não houve receitas declaradas ao Fisco. Entendemos que há fortes indícios de que não possua atividades operacionais condizentes com seu cadastro", afirma a PF.
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GOVERNO DILMA [In:] ... DE ASA DELTA SOBRE A CACHOEIRA



GOVERNO TEME PERDER CONTROLE SOBRE A CPI




PLANALTO PROCURA OS "SOLDADOS" DA CPI
Autor(es): » PAULO DE TARSO LYRA » KARLA CORREIA » ERICH DECAT » GABRIEL MASCARENHAS
Correio Braziliense - 18/04/2012

Assinaturas na Câmara e no Senado já são suficientes para criar comissão que investigará ligações políticas de Cachoeira
Desde sexta-feira, o Palácio do Planalto negocia com os líderes dos partidos aliados os nomes que vão compor a CPI mista destinada a apurar as relações criminosas do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas. O maior receio é não ter "soldados" para defendê-lo durante os trabalhos da comissão e, com isso, tornar-se refém de exigências da base aliada. "Estamos com dificuldades para escalar nossa tropa de choque", admite um interlocutor do governo. Na avaliação de aliados, o Planalto demorou demais para perceber a gravidade da CPI. Na noite de ontem, o documento para abertura da comissão tinha o apoio de 340 deputados e 54 senadores - bem acima do mínimo necessário, que é de 171 adesões na Câmara e 27 no Senado.

Com o pedido de abertura da investigação dos negócios de Carlinhos Cachoeira apresentado ontem no Congresso, governo busca nomes de confiança para atuar na comissão
O Palácio do Planalto está preocupado com as dificuldades em escolher os "soldados" que defenderão o governo durante a CPI mista que investigará os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Sem ter avançado na nomeação dos cargos e com as emendas parlamentares liberadas em um ritmo ainda aquém do esperado, o governo sabe que pode se tornar refém das exigências da base aliada. "Estamos com dificuldades para escalar nossa tropa de choque", reconheceu ao Correio um interlocutor do governo.
O pedido de CPI foi protocolado ontem na secretaria-geral da Mesa do Senado, com o apoio de 340 deputados e 54 senadores. No Senado, esse número poderá chegar a 67, com a inclusão do bloco comandado pelo PTB. O documento foi recebido pela secretária-geral da Mesa, Cláudia Lira. Como o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), está de licença médica por 15 dias, caberá à vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), a missão de ler o requerimento de instalação da CPI em plenário, o que deve ocorrer até amanhã.
Desde a última sexta-feira, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, assumiu a tarefa de chamar os líderes dos partidos aliados, principalmente PT e PMDB, para negociar quais nomes serão escolhidos. Ideli foi repreendida pela presidente Dilma Rousseff, que reclamou ter tido poucas informações sobre o avanço das negociações no Congresso para a instalação da CPI, especialmente durante o período em que esteve nos Estados Unidos. "É natural que Ideli estivesse mais preocupada em se defender das acusações de comprar lanchas para financiar sua campanha. Mas ela terá que voltar a trabalhar direito agora", alfinetou um interlocutor da presidente.
Ideli entendeu o recado e ontem, às 8h30, estava na liderança do governo no Congresso reunida com os aliados para definir uma pauta mínima de votações na Casa. Entre elas, estão a Lei Geral da Copa, a cobrança de ICMS no comércio eletrônico e a isenção fiscal concedida por estados portuários. "O governo vai continuar trabalhando mesmo com CPI. Estamos focados para que as matérias mais importantes sejam votadas", disse a ministra.
O receio do governo é concreto. Na última grande CPI que abalou o Executivo — dos Correios, em 2005 —, o Planalto tinha uma tropa de choque fiel. Além da própria Ideli, contava com a proteção do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de nomes como Jorge Bittar (atual secretário de Habitação da Prefeitura do Rio) e de soldados obedientes como Sibá Machado. "Com quem contaremos? Os petistas do Senado são estrelas isoladas e o PMDB está doido para dar o troco no Planalto", reconheceu um aliado da presidente, numa alusão à iniciativa dos senadores petistas em criar a CPI e aos peemedebistas que lavaram as mãos para ela.
Sugestões
A crise está, por exemplo, na escolha de quem será o relator da CPI. Os nomes mais cotados são os deputados Odair Cunha (MG), Paulo Teixeira (SP) e Cândido Vaccarezza (SP). O líder, Jilmar Tatto (SP), no entanto, despista. "Tenho recebido várias sugestões, mas no momento adequado nós apresentaremos os nomes. Temos 85 nomes prontos para trabalhar para pôr a limpo essa grande maracutaia que teve como centro o Carlinhos Cachoeira. Doa a quem doer", ressaltou Jilmar Tatto, que coletou 78 assinaturas em sua bancada. Pelo Twitter, o deputado Romário (PSB-RJ) alerta sobre os riscos da investigação: "Essa CPI do Cachoeira vai dar m... Acabou tomando uma proporção que nem o governo esperava".
O Planalto já emitiu sinais de que não simpatiza com Vaccarezza, por ele ter proposto, durante a tramitação da emenda para buscar novas fontes de financiamento para a saúde, a legalização dos bingos. O ex-líder do governo nega qualquer envolvimento com empresários do setor e disse que, caso seja convidado por Tatto, aceitará a missão.
A partir de hoje, o requerimento de instalação da CPI será devolvido para cada uma das Casas para que as assinaturas sejam checadas. Líderes da oposição, entretanto, não veem motivo para que a checagem passe desta semana. "Como posso especular prazos, se eles, a princípio, iriam entregar o documento na quinta e o fizeram hoje?", irritou-se o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA). Ao longo do dia de ontem, chegou a ser firmado um acordo para que as assinaturas só fossem entregues na quinta-feira de manhã.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), concorda com seu colega baiano. "A experiência das outras CPIs mostra que isso pode ser feito em questão de horas, não precisa nem um dia inteiro", ressaltou. "Do ponto de vista formal não há por que não formalizar essa comissão até quinta-feira", emendou o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo. Os dois partidos reuniram o apoio de 77 deputados.
"Amigo pessoal"
Entre os deputados tucanos que colocaram o nome na lista está Carlos Alberto Leréia (GO), citado nas investigações da Polícia Federal. "Como meu nome está citado em várias reportagens, sou amigo pessoal do senhor Carlos Cachoeira, gostaria de comunicar a esta Casa que eu assinei a CPI para que possamos apurar esses fatos aqui no Congresso", ressaltou. Outro que também é mencionado nas investigações e que apoiou a CPI foi o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO). "Fui lá assinar porque se não poderia parecer estranho, né?", disse.
A avaliação de governistas experientes é de que o Planalto demorou demais a perceber a gravidade da situação. "Dilma deve ter recebido sinais externos — possivelmente emitidos pelo ex-presidente Lula — de que a CPI não atrapalharia o governo. Quando acordou, era tarde demais", disse um petista experiente. Segundo ele, o Planalto acordou quando as denúncias engolfaram o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o subchefe de Assuntos Federativos, Olavo Noleto.
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"Essa CPI do Cachoeira vai dar m... Acabou tomando uma proporção que nem o governo esperava"
Romário (PSB-RJ), deputado, pelo Twitter
ASSINATURAS
340
deputados
Total de parlamentares que assinaram a favor da CPI do Cachoeira na Câmara
54
senadores
Quantidade de congressistas que referendaram no Senado a abertura da investigação
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


18 de abril de 2012
O Globo

Manchete: Reestatização na Argentina vai a tribunal internacional
Para fugir da crise política, Cristina adota discurso anti-imperialista

Alvo do decreto de reestatização do governo de Cristina Kirchner, os espanhóis da petroleira Repsol-YPF anunciaram que vão a tribunal internacional para buscar uma indenização de € 8 bilhões (quase US$ 10 bilhões). A Argentina contesta o valor e disse que não pagará. Um economista de 41 anos, Alex Kicillof, vice-ministro e guru de Cristina K., bradou ontem no Senado contra os espanhóis - a quem chamou de "palhaços". Segundo analistas, afundado em denúncias de corrupção (que atingiram principalmente o vice Amado Boudou), o governo Kirchner desfraldou a bandeira da luta anti-imperialista contra a Inglaterra pelas Malvinas e agora a artilharia alcança a Espanha, em defesa de uma suposta soberania energética. (Págs. 1, 21 a 24 e editorial "Petróleo é alvo do populismo de Kirchner")

Artigo

Lia Valls, da FGV, diz que Argentina passa por um "oportunismo nacionalista". (Págs. 1 e 24) 
Foto-legenda: Padrão global
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, cumprimenta a presidente Dilma, a quem elogiou por ter estabelecido "um padrão global" de combate à corrupção. (Págs. 1 e 9)
Vale o que está escrito?
CPI de bicheiros já tem assinaturas

Apesar da resistência de PMDB e Planalto, que temem consequências imprevisíveis, o requerimento para criar a CPI das atividades de Carlinhos Cachoeira obteve número suficiente de assinaturas. Mas sua instalação ainda não tem data prevista, e, até lá, os parlamentares podem desistir.
(Págs. 1, 3 e Elio Gaspari) 
Réu no caso do mensalão, deputado se reúne com ministro do Supremo (Págs. 1 e 9)

Um futuro desafiador para o Rio em 4 anos
Uma cidade com todos os ônibus refrigerados e não poluentes, com 95% das crianças alfabetizadas e sem nenhuma família em área de risco são algumas das metas estabelecidas pelo novo plano estratégico da prefeitura do Rio para os próximos quatro anos. Especialistas avaliam as metas como desafiadoras. (Págs. 1 e 14) 
Morte por tortura é reconhecida
A Justiça de São Paulo, em decisão inédita, reconheceu que o ex-dirigente do PCdoB João Batista Drummond morreu após tortura no DOI-Codi. A certidão de óbito será alterada para constar que sua morte decorreu de "torturas físicas". (Págs. 1 e 12) 
Comissão do Senado aprova unificação do ICMS para importados (Págs. 1 e 12)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Escuta mostra que senador negociou verba para a Delta
Para o procurador-geral da República, há suspeita de que Demóstenes seja 'sócio oculto' da empreiteira

O senador Demóstenes Torres (ex-DEM) usou o cargo para negociar projeto de R$ 8 milhões em favor da empreiteira Delta, apontam escutas e relatório do Ministério Público Federal. Na gravação, ele condiciona o envio de verba para obra em Anápolis (GO) a escolha da Delta para tocar o projeto.

O senador diz a Carlinhos Cachoeira que o prefeito de Anápolis lhe pediu ajuda para fazer um parque. "Falei pra ele que precisava então que (...) desse preferência pra vocês", diz. Um dia depois, Cachoeira relata a conversa a um diretor da Delta, informam Fernando Mello e Leandro Colon.
(Págs. 1 e Poder A4 e A6)
Dilma criou "padrão global" anticorrupção, diz Hillary
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que o "compromisso" de Dilma Rousseff com a "a transparência e a luta dela contra corrupção estão estabelecendo um padrão global".

Ao lado da presidente, ela lançou um protocolo de intenções em defesa da transparência de agentes públicos. Dilma citou a nova lei de acesso a dados públicos, mas o governo admite atrasos na implantação. (Págs. 1 e Poder A11)

Painel

CPI tem de ser feita 'doa a quem doer', diz Lula a aliados. (Págs. 1 e Poder A4)

Elio Gaspari

Se a presidente e 'mãe do PAC', empreiteira e 'tia' (Págs. 1 e Poder A10)
Alta do dólar pode tirar do Brasil posto de 6ª economia
O Brasil crescerá abaixo da média global e dos paises emergentes neste ano, prevê o FMI. O Fundo estima em 3% o avanço do PIB brasileiro, enquanto os emergentes devem crescer 5,7%. O país pode perder o posto recém-conquistado de sexta maior economia se mantida a projeção de alta do dólar. O Reino Unido voltaria a ocupar a posição. (Págs. 1 e Mundo A18)
Empresa espanhola exige US$ 10,5 bi do governo argentino
A espanhola Repsol exigiu que a Argentina pague US$ 10,5 bilhões por suas ações da YPF, que teve a reestatização anunciada pela presidente Cristina Kirchner. A empresa acusou o governo argentino de tentar "esconder a crise social e econômica do país". (Págs. 1 e Mundo A14) 
Bancos privados sinalizam que vão cortar juros
Bancos privados indicam que vão aderir a rodada de corte nos juros iniciada pelas instituições públicas. Eles esperam, no entanto, a polêmica esfriar. O risco é a perda de clientes para os bancos públicos. A Caixa elevou em 17% as concessões de crédito. (Págs. 1 e Mercado B1 e B3) 
Metrô de São Paulo cancela mais uma licitação da linha 5
O Metrô de São Paulo revogou concorrência internacional estimada em R$ 325 milhões para equipar a linha 5-lilás. A licitação estava em fase de propostas. É o terceiro problema envolvendo contratações para a obra.

Segundo a empresa, o fato ocorreu para que haja revisão de uma "norma técnica", mas não informou mais detalhes. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Justiça extingue pena de prisão de Salvatore Cacciola (Págs. 1 e Poder A11)

Editoriais
Leia "A batalha espanhola", sobre o atual estágio da crise europeia, e "Doença burocrática", acerca de empecilhos que travam a pesquisa científica. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Repsol pede US$ l0,5 bi de indenização à Argentina
Vice-ministro diz que só 'imbecis' acham que Cristina Kirchner pagará o que a petrolífera quer

A empresa espanhola Repsol pediu ontem US$ 10,5 bilhões do governo argentino pela expropriação de 51% de ações de sua subsidiária YPF. A petrolífera também pretende entrar com um pedido de arbitragem no Banco Mundial e acusou o governo da presidente Cristina Kirchner de usar a expropriação de sua filial para "esconder a crise econômica e social" do país. O vice-ministro de Economia argentina, Axel Kicillof, disse que são "imbecis" os que pensam que seu país "deve ser tonto e pagar o que a Repsol deseja". Em um sinal de que a decisão de Cristina não foi bem recebida, a Comissão Europeia cancelou uma reunião que estava prevista com a Argentina para os dias 19 e 20. As sanções do governo espanhol contra a decisão da Argentina serão conhecidas na sexta-feira, quando o primeiro-ministro Mariano Rajoy, que participa do Fórum Econômico Mundial sobre América Latina no México, estiver de volta à Europa. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Lobão: 'Países são soberanos'

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem, sobre a decisão do governo da Argentina de expropriar a petrolífera YPF, que "os países têm sua soberania" e podem decidir como entenderem. (Págs. 1 e Economia B3)


Comissão aprova fim da guerra dos portos
Numa sessão com choro e gritaria, o governo aprovou na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a resolução que acaba com a guerra dos portos. O texto, que deve irá plenário hoje, reduz para 4% a alíquota do ICMS cobrado nas importações que entram por um Estado e são consumidas em outro. A forma como o governo "atropelou" os apelos dos principais prejudicados - ES, SC e GO - causou desconforto até na base aliada. (Págs. 1 e Economia B4)
Foto-legenda: Elogios americanos
Hillary Clinton e Dilma Rousseff se cumprimentam em Brasília: a secretária americana disse que a presidente está estabelecendo um "padrão mundial" na luta contra a corrupção. (Págs. 1 e Nacional A8)
Delta é suspeita de montar rede de lavagem de dinheiro
Foco das investigações da futura CPI do Cachoeira, prestes a ser instalada no Congresso, a Delta Construções é suspeita de ter montado uma rede de laranjas para lavar dinheiro numa triangulação com outra construtora, a Alberto e Pantoja Construções e Transporte Ltda., informa a repórter Alana Rizzo. Destino de R$ 26,2 milhões da Delta, a Alberto e Pantoja fez uma série de pagamentos a uma rede de pessoas com vínculos com a empreiteira sediada no Rio que, agora, negam que tenham recebido as quantias. (Págs. 1 e Nacional A4)

Sobrepreço em obra da Copa

O Tribunal de Contas do Estado de Minas apontou indícios de superfaturamento de R$ 6 milhões em obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014 realizada pela construtora Delta em Belo Horizonte. (Págs. 1 e Nacional A4)
PMDB quer controlar CPI para coagir PT
O PMDB quer ser tutor da CPI do Cachoeira e assim negociar com o Planalto os rumos da investigação sobre as ligações políticas do contraventor Carlinhos Cachoeira. A ideia é mostrar que a CPI é uma “invenção do PT" e, uma vez instalada, respingará no governo de Dilma Rousseff por culpa do seu próprio partido. (Págs. 1 e Nacional A8)
Missão na Síria diz estar otimista
O secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, pedirá helicópteros para os observadores na Síria. Eles creem que terão condições de realizar seu trabalho. (Págs. 1 e Internacional A11)
FMI sugere cautela no corte de juros
O Fundo Monetário Internacional recomenda cuidado com o corte de juros no Brasil e a manutenção de políticas monetárias frouxas na Europa e nos EUA. (Págs. 1 e Economia B8)
Dora Kramer
Em quem doer

Os fatos diariamente revelados sobre bicheiros, empreiteiros e políticos mostram a urgência de o Congresso instalar e levar adiante uma boa CPI
. (Págs. 1 e Nacional A8)
Girish Gupta
Uma Cuba sem Chávez

Sucessão na Venezuela seria um golpe para o regime castrista, mas a ilha tem outros parceiros, indicando um cenário mais ameno que o pós-URSS. (Págs. 1 e Visão Global A12)
Notas & Informações
O surto populista de Cristina

O pior é que a Argentina já viu diversas versões deste filme. Nenhuma terminou bem. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Governo teme perder controle sobre a CPI
Assinaturas na Câmara e no Senado já são suficientes para criar comissão que investigará ligações políticas de Cachoeira

Desde sexta-feira, o Palácio do Planalto negocia com os líderes dos partidos aliados os nomes que vão compor a CPI mista destinada a apurar as relações criminosas do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas. O maior receio é não ter "soldados" para defendê-lo durante os trabalhos da comissão e, com isso, tornar-se refém de exigências da base aliada. "Estamos com dificuldades para escalar nossa tropa de choque", admite um interlocutor do governo. Na avaliação de aliados, o Planalto demorou demais para perceber a gravidade da CPI. Na noite de ontem, o documento para abertura da comissão tinha o apoio de 340 deputados e 54 senadores - bem acima do mínimo necessário, que é de 171 adesões na Câmara e 27 no Senado. (Págs. 1 e 2)
Obras de empreiteira sob suspeita
CGU aponta irregularidades em contratos de R$ 632 milhões da Delta Construções com o governo. (Págs. 1 e 4) 
Irmão de Demóstenes é investigado
Conselho Nacional do Ministério Público quer saber se o procurador agiu a serviço de bicheiro. (Págs. 1 e 3) 
Crise do petróleo deve custar caro aos argentinos
O discurso populista da presidente Cristina Kirchner contagiou a população. Muitas pessoas saíram às ruas para defender o confisco da YPF e ofender os espanhóis, antigos controladores da empresa. Mas essa aventura tem preço: a Repsol pede US$ 10 bilhões de indenização. A Petrobras também corre risco no país vizinho. (Págs. 1, 9, 10 e Visão do Correio, 14)
Botox contra a enxaqueca
Popularizada pelo uso em tratamento estético, toxina é liberada pela Anvisa para combater cefaleias crônicas. (Págs. 1 e 19) 
Salários extras: Senado decide fim de privilégio
Relator defende extinção do 14° e do 15° salários no projeto que deve ser apreciado a tarde pela Comissão da Mesa Diretora. Se a proposta for aprovada, existe a possibilidade de seguir hoje mesmo para votação no plenário. (Págs. 1 e 5) 
Acusado de pedofilia pode ter viajado
Fontes diplomáticas informaram ao Correio que o iraniano preso por molestar crianças num clube da Asa Sul deve ter deixado o Brasil. O Itamaraty aguarda o relatório da polícia para tomar providências. (Págs. 1 e 25)
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Valor Econômico

Manchete: Estiagem reduz a geração de energia no Sul
Com a estiagem, os reservatórios da Região Sul atingiram níveis historicamente baixos, causando uma disparada de preços no mercado de curto prazo de energia. Por precaução, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotou três medidas para poupar água dos reservatórios: nove usinas térmicas da região estão sendo acionadas, algumas hidrelétricas de Santa Catarina reduziram a geração e a transferência de energia do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está perto do limite.

Na segunda-feira, os reservatórios do Sul baixaram para 30,3% sua capacidade de armazenamento, a menor nos meses de abril em pelo menos 12 anos. A parada na geração de algumas hidrelétricas decorre de recomendação do próprio ONS, que busca evitar complicações no futuro. O cenário difícil não afeta as demais regiões do país. (Págs. 1 e A4)
Foto-legenda: Reflexos positivos
Com faturamento de US$ 15 bilhões, a fabricante japonesa de vidros AGC volta-se agora para os emergentes, diz Kazuhiko Ishimura. No Brasil, investiu US$ 470 milhões numa fábrica. (Págs. 1 e B1)
Argentina recusa valor pedido por YPF
O governo argentino não está disposto a pagar os US$ 10,5 bilhões exigidos pela Repsol em troca da expropriação da petroleira YPF. O valor será definido por um tribunal local e ficará muito abaixo da quantia demandada pelos espanhóis. "O preço seguirá uma avaliação que levará em conta os passivos, e não o movimento especulativo do senhor (Antonio) Brufau'" disse o vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, referindo-se ao CEO da Repsol. Em discurso no Senado, ele declarou que “segurança jurídica e ambiente de negócio são palavras horríveis”.

Segundo Kicillof, os passivos da YPF somam cerca de US$ 9 bilhões. Ele que a petroleira reduziu a produção nos últimos anos para forçar o governo a mudar a política de preços, que remunera o barril de petróleo a US$ 65, enquanto a cotação internacional supera os US$ 100. "Nos levaram ao desabastecimento para torcer nosso braço. Mas vamos manter estável o preço interno, sem a flutuação internacional. O que deve determinar o valor dos derivados é a estrutura de custos, e não a cotação exterior”, avisou. (Págs. 1, A10 e A13)
Diminuem os lançamentos de imóveis
Foi generalizada entre as empresas do setor a tendência de redução drástica dos lançamentos imobiliários no primeiro trimestre - o que se explica pelo desejo das incorporadoras de tentar vender os imóveis em estoque ou que estão sendo construídos como forma de melhorar a rentabilidade.

Algumas companhias não fizeram lançamentos nos três primeiros meses do ano. Foi o caso tanto da Trisul quanto da Tecnisa. Na EZTec, a redução de lançamentos frente aos três primeiros meses de 2011 foi de 67,6%. A companhia lançou um projeto residencial de médio padrão e um comercial. "Aproveitamos o trimestre para vender produtos lançados no quarto trimestre de 201l. Sem isso, entraríamos no segundo trimestre com muito estoque", explica o diretor da EZTec, Emilio Fugazza. (Págs. 1 e B8)
Mattel fecha parceria com a Grow para produzir no país
Conhecida por importar os produtos que vende no Brasil, a Mattel tem planos de se tornar a maior fabricante de brinquedos do país em menos de dois anos. O primeiro passo já foi dado. A multinacional americana, dona da boneca Barbie, firmou uma parceria com a brasileira Grow para produzir parte do seu portfólio na fábrica da empresa, em São Paulo.

“É só o começo", afirma o presidente da Mattel no Brasil, Ricardo Ibarra. Quando ele assumiu o cargo, há dois anos, o país era um dos seis maiores mercados da Mattel no mundo. Hoje, ocupa a segunda posição em vendas, perdendo apenas para os EUA. Segundo Ibarra, a Mattel se prepara para começar a produzir no Brasil também itens com maior valor agregado, em parceria com outros grandes fabricantes locais. (Págs. 1 e B5) 
FMI prevê taxa de inflação acima da meta
O Fundo Monetário Internacional não acredita que o Brasil alcance o centro da meta de inflação de 4,5% fixada para este e o próximo ano, levantando dúvidas sobre a capacidade do Banco Central atingir o principal objetivo de sua estratégia de política monetária. O FMI projeta inflação de 5% para 2012 e 2013. No Panorama Econômico Mundial, o Fundo afirma que BC teve seu espaço de manobra limitado depois que as expectativas de inflação do setor privado se moveram acima da meta. O crescimento projetado para o país é de 3% em 2012 e 4,1% em 2013. O FMI acredita que metas de superávit primário de 3,1% do PIB nos dois anos serão cumpridas. (Págs. 1 e A3)
Desindustrialização assombra eleição francesa
Como no Brasil, a perda da importância da indústria provoca debates e promessas na França e se tornou um dos temas prioritários dos candidatos à eleição presidencial. "A desindustrialização não é mais uma ameaça, é um fato consumado'', escreveu François Hollande, candidato socialista, que lidera as pesquisas. Desde 2009, o país tem 385 fábricas a menos. E chama a atenção a aceleração da tendência de desindustrialização até em setores antes protegidos, como o automotivo.

Em Florange, na fronteira com a Alemanha, a usina da ArcelorMittal, o maior grupo siderúrgico do mundo, está paralisada desde outubro. A siderurgia local chegou a ter 100 mil operários em 1970. Hoje, são 5 mil. As minas de ferro e carvão foram desativadas. Longe do mar, com custos altos e baixa rentabilidade, as grandes siderúrgicas fecharam uma a uma a partir das décadas de 70 e 80. (Págs. 1 e A16)
Petrobras prevê preço médio mais alto para o petróleo e não descarta reajuste (Págs. 1 e B8)

Fabricantes de jatos executivos se enfrentam nos céus da China (Págs. 1 e B9)

Craig Emerson, ministro de Comércio da Austrália, defende protecionismo zero e investimentos no Brasil (Págs. 1 e A4)

Cresce a demanda por satélites
A europeia SES Global, que atua na operação de satélites, pretende lançar 12 equipamentos para países emergentes nos próximos cinco anos. No Brasil, já tem satélites em órbita e aguarda autorização para outros três. (Págs. 1 e B3) 
Progen no programa submarino
A francesa DCNS, responsável pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha brasileira, fechou acordo com a Progen, que atuará na seleção e acompanhamento dos contratos com fornecedores nacionais. (Págs. 1 e B6) 
CSA fecha acordo ambiental
Operando com uma licença de pré-operação, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) assinou termo de ajustamento de conduta com os órgãos ambientais do Rio. Com isso, espera atingir plena capacidade de produção no primeiro semestre de 2013, diz Jorge Oliveira. (Págs. 1 e B7) 
Endress+Hauser em Itatiba
A fabricante suíça de instrumentos de medição Endress+Hauser vai construir em Itatiba (SP) sua primeira fábrica na América do Sul. A previsão é que a fábrica comece a operar em outubro. (Págs. 1 e B8) 
JBS mantém expansão
A JBS comprou mais dois frigoríficos no Norte do país por R$ 3 milhões. As plantas ficam em Ariquemes (RO) e Rio Branco (AG). A empresa também continua interessada nos ativos da Frangosul, avaliados em R$ 2 bilhões. (Págs. 1 e B12)

Sedução dos bônus corporativos
Grandes fundos internacionais que compram papéis de renda fixa de países emergentes estão cada vez mais interessados em títulos corporativos brasileiros. Só no primeiro trimestre, as empresas do país emitiram USS 23 bilhões em bônus no exterior. (Págs. 1 e C1)
Ideias
Cristiano Romero

Baseado na expansão do consumo, o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil condena a indústria a um papel menor.
(Págs. 1 e A2)
Ideias
Martin Wolf

A principal força econômica que agora mantém coeso o sistema da zona do euro e o medo de uma ruptura. (Págs. 1 e A15)
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