PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, março 25, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] SUSSURROS & MURMÚRIOS ...

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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GOVERNO LULA "BY LULISMO"...

...
Populismo


Merval Pereira

O Globo - 25/03/2009

O presidente Lula continua na firme disposição de passar otimismo para a população, negando a gravidade da crise econômica, como se essa atitude pudesse mudar as coisas. No mesmo dia em que a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com os agentes econômicos reduzia a expectativa de crescimento do PIB no ano para pouco mais que zero, o presidente fazia uma de suas famosas metáforas, dizendo que "cabra macho" não deixa de trabalhar por causa de uma gripe qualquer.


O problema é que a crise não é uma simples gripe, e o diagnóstico do presidente pode levar o "cabra macho" a não se cuidar adequadamente.

Talvez o presidente Lula imagine que a economia voltará a crescer no segundo semestre, como, aliás, preveem os economistas, e esteja jogando com isso.

Essa parece ser a maldição dos presidentes, e mesmo Barack Obama, que começou o governo disposto a mudar a maneira de fazer política em Washington e teve a coragem de avisar ao eleitorado que a situação "iria piorar antes de melhorar", agora está anunciando, sem que nada indique isso, que já vê uma luz no fim do túnel e que o pior já passou.

Talvez os dois sejam apenas políticos populistas, cada qual a seu modo.


(...)

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ELEIÇÕES 2010: "... EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA..."

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Oposição: neoliberal ou pós-Lula


Autor(es): Emir Sader
Jornal do Brasil - 25/03/2009

CIENTISTA POLÍTICO

O quadro político-eleitoral vai se configurando, conforme nos aproximamos de 2010. Algumas de suas peças não estão claras, entre elas o lugar – ou o não-lugar – de Aécio, se o bloquinho conseguirá manter a candidatura de Ciro Gomes, a posição do PMDB.

Outras das incógnitas é a plataforma da oposição. O diálogo mais significativo das últimas semanas se deu entre Serra – pré-candidato presidencial tucano – e um dirigente do DEM. Este cobrava uma postura mais agressiva, de crítica dura ao governo, porque se estaria deixando a passarela livre para que Lula leve Dilma a desfilar sozinha. Serra respondeu dizendo que ele criticava, havia acabado de criticar o Banco Central e sua tímida e lenta política de redução dos juros. O dirigente do DEM o interrompeu imediatamente: "Não, com o Banco Central nós estamos de acordo, é preciso criticar outras coisas".

Esse desencontro dá ideia da crise de identidade da oposição diante do governo Lula. Conta com os candidatos melhor situados – o que pode ser vantagem ou desvantagem, conforme a solução da disputa interna entre eles – nas pesquisas, mas não dispõe de uma plataforma. A candidatura de Alckmin foi uma possibilidade: um programa neoliberal puro e duro que, se foi derrotado antes da crise, hoje estaria totalmente deslocado, diante do fracasso da centralidade do mercado e do resgate do papel do Estado. Essa opção favoreceu o segundo turno para Lula, que polarizou pela esquerda e venceu com boa margem. Está claro que Dilma personificará essa política, de forma acentuada.

O perfil de Serra é originalmente distinto do de Alckmin. Desenvolvimentista como economista, tentou manter certo espaço próprio dentro do governo FHC – governo coerentemente neoliberal – especialmente quando assumiu o Ministério da Saúde. Mas na prefeitura e no governo de São Paulo se rendeu aos interesses do grande empresariado paulista – é o queridinho da Fiesp – privatizando e se revelando mais um neoliberal que um desenvolvimentista.

Aécio, mineiramente, já anunciou uma eventual alternativa: seria um candidato pós-Lula e não anti-Lula. Esta seria uma via de derrota, mas a outra permitiria reivindicar aspectos do governo – especialmente políticas sociais – além de não se comprometer a retomar as privatizações do governo FHC e se distanciar de um governo cuja recordação a oposição tentará ocultar, enquanto a campanha governamental forçará a comparação entre os governos de FHC tucano e petista.

Caso mantenha a dianteira, a candidatura opositora evitará maiores definições, qualquer reivindicação do governo FHC, concentrará algumas críticas ao governo Lula – carga tributária, alianças nas políticas internacionais, gastos estatais – sem a necessidade de uma plataforma mais clara. Contam que a crise se prolongue e desgaste o ainda imenso apoio governamental de hoje.

O que unifica a oposição é o objetivo de tentar tirar o PT do governo, se reapropriar do Estado, mesmo em um marco de diferenças entre os partidos que a compõem. Mais difícil será se a candidatura governamental, exibindo os sucessos da política governamental e propondo o desdobramento desse horizonte, em um marco de recuperação econômica, avança nas pesquisas, obrigando a oposição a se definir em relação aos projetos do governo. Projetos que a própria oposição considera que deram certo, responsáveis que são pelo apoio ao governo, difíceis de serem atacados. A atitude mesma de que as incorporará, facilita sua legitimidade e dificulta a critica a elas.

De qualquer maneira, a oposição só conquista um lugar no espectro político diferenciando-se do governo. Ser pós-Lula é mais um jogo de palavras, porque a plataforma da candidatura governamental será a prolongação e o aprofundamento do governo Lula. Será provavelmente uma versão light do neoliberalismo, adaptada aos tempos de crise desse modelo.

PETROBRAS: O CLÁSSICO ''VALOR DE USO'' E ''VALOR DE TROCA''

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PETROBRAS: GASOLINA NÃO CAIRÁ POIS É MAIS BARATA QUE ÁGUA
GASOLINA E ÁGUA NÃO SE MISTURAM


Autor(es): Eduardo Rodrigues e Ramona Ordoñez
O Globo - 25/03/2009


O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, descartou ontem qualquer redução, a curto prazo, dos preços dos combustíveis no Brasil, argumentando que a gasolina das refinarias brasileiras custa menos do que água. Muito questionado pelos senadores que comandaram audiência pública sobre investimentos da estatal, Gabrielli afirmou que a companhia não aumentou os preços quando a cotação do petróleo disparou no mercado internacional - chegando próximo a US$150 por barril - e, portanto, não deve repassar às bombas a queda recente do produto, cujo barril está custando hoje perto de US$50.

- O preço não vai baixar porque não subiu. O litro da gasolina que sai das refinarias é mais barato que o litro de água engarrafada. O que encarece para o consumidor é a margem de lucro das distribuidoras e os altos tributos - defendeu, na sessão conjunta das comissões de Infraestrutura e de Acompanhamento Econômico.

Porém, uma rápida consulta a supermercados e lojas na internet mostra que o preço da água mineral é mais baixo que o da gasolina. Um litro de água custa entre R$0,79 e R$0,90, dependendo da marca (referência a embalagens de 1,5 litro). Nas refinarias da Petrobras, o litro de gasolina sai por R$1,10, segundo as distribuidoras.

Apesar dos apelos dos parlamentares, Gabrielli garantiu que reajustes só ocorrerão após a estabilização dos preços internacionais.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou os argumentos de Gabrielli, que apresentou tabela mostrando que, em 2008, o preço médio do combustível ao sair das refinarias da Petrobras estava no mesmo nível de países como EUA e China, onde o valor final ao consumidor é menor.

- Eu quero saber é de 2009. Temos hoje uma defasagem gigantesca em relação à média internacional - protestou o parlamentar, que contestou o argumento de que o lucro dos postos é que encarece o combustível, lembrando que a Petrobras Distribuidora, da estatal, é responsável por grande fatia do mercado brasileiro.

Estatal detém 35% da distribuição

A Petrobras Distribuidora detém 35% do mercado nacional de distribuição, e o presidente da empresa, José Eduardo Dutra, também estava presente na audiência pública no Senado. Gabrielli enfatizou que a Petrobras não mudará os rumos de sua política de preços para atender a pressões, pois a empresa ainda estaria se recuperando do prejuízo de não ter aumentado os preços no período em que o petróleo alcançou as alturas.

Hoje, os preços da gasolina pura - sem a adição de 25% de álcool - nas refinarias da Petrobras estão 20% mais elevados do que o cobrado nas refinarias dos Estados Unidos. De acordo com o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, no último dia 23, a gasolina estava sendo vendida nos Estados Unidos a R$0,88 o litro, contra o R$1,10 da Petrobras, sem impostos. Reportagem do GLOBO de 18/3 revelou que essa defasagem já chegou a ser de 33% em meados deste mês.

Segundo o vice-presidente do Sindicom, dos R$2,54 pagos, em média, pelos consumidores cariocas pelo litro da gasolina, 40% se referem ao custo do produto, sendo 32% da Petrobras e 8%, o álcool anidro. Os impostos representam 45% do preço final, enquanto as margens da distribuição, revenda e custos de transporte respondem pelos 15% restantes.

Hoje, os trabalhadores da Petrobras entram no terceiro dia de greve e, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação vai até sexta-feira. No fim do dia, a direção da Petrobras e os grevistas retomaram as negociações. Antes disso, no Senado, Gabrielli afirmou que havia a possibilidade de a companhia aumentar a proposta de participação nos lucros e resultados da empresa (PLR). O valor oferecido, de R$1,3 bilhão, é equivalente a 4% do lucro líquido da companhia, mas não agrada aos grevistas.

Gabrielli garantiu que a paralisação não causou impacto sobre a produção e o fornecimento de combustíveis. Para evitar cortes na atividade, a estatal conta com equipes de contingência. Ontem, segundo a FUP, a adesão à greve foi grande e teria havido redução na produção.

ELEIÇÕES 2010: "... NA NOSSA FESTA VALE TUDO..." II

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Lula pede ajuda de José Dirceu para Dilma
A pedido de Lula, Dirceu tenta conquistar PMDB para Dilma


Autor(es): Vera Rosa
O Estado de S. Paulo - 25/03/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva incumbiu o ex-ministro José Dirceu de uma missão especial. Em conversa reservada, logo após o aniversário de 29 anos do PT, em fevereiro, Lula pediu a ele que ajude o partido a costurar alianças para sustentar a campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. O alvo principal é a conquista do PMDB.


A tarefa de Dirceu, que já percorreu dez Estados em um mês, é procurar governadores, prefeitos e dirigentes de partidos aliados com o objetivo de formar palanques fortes para Dilma nos Estados, mesmo que para isso seja necessário sacrificar candidatos do PT. Lula quer que o ex-ministro da Casa Civil, cassado pela Câmara na esteira do escândalo do mensalão, em 2005, atue nos bastidores.

Dirceu tentará enquadrar petistas que não querem desistir de suas candidaturas para avalizar concorrentes aliados com mais chance. "Deixem que os adversários falem que eu sou contra você, que faço fogo amigo", disse ele à ministra, recentemente. "É melhor para nós que pensem assim." No Rio, por exemplo, o palanque para Dilma deve ser o do governador do Rio, Sérgio Cabral, que é do PMDB. No Paraná, parte do PT quer apoiar o senador Osmar Dias (PDT).

Na prática, o presidente acredita que o homem forte de seu primeiro mandato pode fazer por Dilma, informalmente, o que fez por ele em 2002, mesmo agora sendo réu em processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Há quase sete anos, então presidente do PT, Dirceu coordenou a vitoriosa campanha de Lula.

Agora, porém, o PT vive uma entressafra: o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), deixará o cargo no início de 2010, já que haverá eleições para renovar a cúpula petista em novembro. O problema do antigo Campo Majoritário, corrente de Lula, Dirceu e Berzoini, é que nenhum líder da corrente, rebatizada de Construindo um Novo Brasil (CNB), quer ocupar o cargo.

Na tentativa de pressionar Lula a liberar seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para disputar o comando do PT, a CNB promete lançar hoje um movimento propondo candidatura única à presidência do partido.

Carvalho é, atualmente, o nome de consenso: até o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), do grupo Mensagem ao Partido, admite a possibilidade de retirar seu nome do páreo.

SERRA

Embates à parte, o presidente acha que as negociações para 2010 não podem esperar a definição da cúpula do PT. Lula está convencido de que o candidato do PSDB à sua cadeira será o governador de São Paulo, José Serra. No cenário traçado por ele, o governador de Minas, Aécio Neves, disputará vaga no Senado.

O Planalto fará de tudo para que o vice na provável chapa encabeçada por Dilma seja do PMDB. Por enquanto, os nomes cotados são de São Paulo e Minas, os dois maiores colégios eleitorais: o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), e o ministro das Comunicações, Hélio Costa (MG). A preocupação do governo é como "administrar" o deputado e ex-ministro Ciro Gomes (CE), que pretende concorrer pelo PSB e já tem dado leves estocadas em Dilma.

A orientação repassada a Dirceu é para que o PT faça menos prévia e mais campanha. Motivo: Lula insiste em que disputas internas racham o partido, muitas vezes de forma irremediável.

Em São Paulo, ele deseja que o deputado e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci seja candidato a governador, pois avalia que ele será absolvido pelo STF da acusação de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. A cúpula do PT resiste. Mesmo o grupo do ex-ministro lembra que ele enfrenta grande rejeição e já articula a pré-candidatura do prefeito de Osasco, Emídio de Souza.


FRASES

José Dirceu

Ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado

"Deixe que os adversários falem que eu sou
contra você (Dilma), que faço fogo amigo"

"É melhor para nós que pensem assim"

ELEIÇÕES 2010: "... NA NOSSA FESTA VALE TUDO..."

GOVERNO DECIDE SUBSIDIAR O BOLSA-HABITAÇÃO COM R$16 BI
TESOURO VAI DAR SUBSÍDIOS DE R$ 16 BI PARA O BOLSA-HABITAÇÃO


Autor(es): Lu Aiko Otta e Isabel Sobral
O Estado de S. Paulo - 25/03/2009


O governo terá R$ 16 bilhões em recursos do Orçamento para o "bolsa habitação", o programa que subsidiará casas a prestações simbólicas para as famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395), informam fontes da área econômica. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esse grupo terá "subsídio total", ou seja, a casa poderá até sair de graça.

"Será a primeira vez que o Orçamento Geral da União vai aportar um volume tão grande de recursos somente para subsídio." O dinheiro não será todo desembolsado este ano. Ele sairá dos cofres públicos ao longo dos contratos, que durarão 20 a 30 anos. No entanto, o Tesouro terá de fazer uma provisão conforme os contratos forem assinados. A expectativa dos técnicos é que o grosso do provisionamento ocorra em 2010.

O pacote da habitação, porém, contempla outras faixas de renda. Ontem, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou um novo orçamento, que destina um total de R$ 4 bilhões para subsidiar este ano empréstimos habitacionais para os mutuários com renda entre três e seis salários mínimos. No programa inteiro, que pretende construir 1 milhão de casas num prazo indeterminado, os subsídios do FGTS chegarão a R$ 12 bilhões.

Esses subsídios servem para baixar o juro e o valor da prestação da casa própria, segundo explicou o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Conselho, Jacy Afonso. Os recursos são entregues ao agente financeiro.

No total, o FGTS aprovou ontem um orçamento de R$ 23 bilhões para financiamento da casa própria para as famílias com renda entre três e dez salários mínimos. Foi um acréscimo de R$ 13 bilhões à proposta original. Além dos R$ 4 bilhões de subsídios, haverá R$ 19 bilhões para financiamentos com juros que variam de 5% a 8,6% ao ano.

O pacote da habitação, uma das plataformas de campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, será anunciado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa grande festa política. Foram convidados todos os governadores, todos os prefeitos de capitais e de cidades com mais de 150 mil habitantes, empresários do setor, senadores e deputados, além de representantes de movimentos sociais ligados à habitação. O lançamento das medidas vem sendo adiado desde dezembro do ano passado.

A construção de 1 milhão de moradias vai criar 532 mil empregos diretos, segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sob encomenda do governo. O impulso do pacote no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 0,7 ponto porcentual.

"Serão medidas de grande impacto", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "É uma alternativa para enfrentar a crise e, sobretudo, para gerar emprego", disse o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Wellington Moreira Franco.

Carlos Lupi afirmou que o pacote da habitação não põe em risco a saúde do FGTS. "Não haverá desequilíbrio porque o FGTS tem um patrimônio de R$ 200 bilhões, está saudável e muito forte."

O Conselho Curador do FGTS também aprovou ontem um acréscimo de R$ 3 bilhões para os projetos de saneamento e de R$ 1 bilhão para renovação de frota de ônibus este ano. Segundo Lupi, esses dois programas criarão 260 mil empregos diretos e vão acrescentar 0,3 ponto porcentual no PIB.

O pacote a ser anunciado hoje também deverá conter medidas para atender à classe média. O valor máximo dos imóveis que podem ser comprados com o saldo do FGTS do mutuário, atualmente em R$ 350 mil, deve ser elevado. O valor mais provável, segundo técnicos, é R$ 500 mil. Ontem à noite, Lula reuniu-se com Dilma e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Comunicação Social, Franklin Martins, para uma última revisão das medidas.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

25 de março de 2009

O Globo

Manchete: Petrobras: gasolina não cairá pois é mais barata que água

Gabrielli culpa distribuidoras e impostos por preço elevado na bomba

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que não vai reduzir o preço da gasolina no Brasil porque, nas refinarias, ela custa menos que água. "O litro da gasolina que sai das refinarias é mais barato que o litro de água engarrafada. O que encarece para o consumidor é a margem de lucro das distribuidoras e os altos tributos", disse, em sessão das comissões de infraestrutura e Acompanhamento Econômico, no Senado. José Eduardo Dutra, presidente da BR Distribuidora - responsável por 35% da distribuição no país - estava ao lado de Gabrielli, que ouviu apelos dos parlamentares pela queda de preços. Ele mostrou preços médios de 2008 para dizer que a gasolina não está mais cara do que nos EUA. Mas, pelos valores atuais, o preço no Brasil é 20% maior. (págs. 1 e 19)

Imóvel poderá ter até R$ 23 mil de subsídio (págs. 1, 20 e Negócios &Cia)

103 mil terão seguro-desemprego extra (págs. 1 e 20)

Senado pode ficar só com 14 diretorias

Nova recontagem no Senado mostra que, dos 181 cargos de diretor, só 38 seriam diretorias de fato. Nos demais, os funcionários recebiam como diretor, mas não exerciam a função. Após uma reunião de líderes, o Senado informou que planeja voltar à estrutura de 2001, reduzindo o número de diretorias efetivas para 20 ou até l4. (págs. 1 e 3)

Sequestro-relâmpago agora é crime

O Senado tipificou como crime o sequestro-relâmpago - quando alguém é detido por menos de 24 horas e obrigado, por exemplo, a sacar dinheiro do banco. A pena vai de 6 a 30 anos de prisão. Já aprovada na Câmara, a proposta irá sanção presidencial. (págs. 1 e 9)

Rocinha cresce 65% e já tem 25 mil casas e 6.300 empresas

Justiça decide hoje se Minhocão poderá ser demolido

Um censo inédito feito pela Secretaria estadual de Ação Social revela que a Favela da Rocinha registrou, em nove anos, umento de 65% no número de casas. A quantidade de domicílios saltou de 16.999 - como consta no último censo do IBGE, em 2000 - para 25.915. Ex-presidente do IBGE, o economista Sérgio Besserman diz que, numa estimativa conservadora - na qual se multiplica por três o número de domicílios -, chega-se à conclusão de que a população da Rocinha pulou de 56.338 para mais de 75 mil.

O censo também levantou que a favela tem hoje 6.317 empresas e estabelecimentos comerciais, entre os quais três bancos, uma agência dos Correios, uma loja de companhia aérea e até uma TV a cabo, a TV Roc, com mais de 30 mil assinantes. A pesquisa constatou que a Rocinha tem 10.700 construções. Uma delas é o Minhocão, um prédio de 22 unidades - que terá seu destino decidido hoje pelo Tribunal de Justiça do Rio. (págs. 1 e 11)

Atas mostram como ditadura cassava (págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Aécio lidera ranking de governadores

Mineiro é mais bem avaliado por eleitores, diz o Datafolha; aprovação de Serra cresce, mas ele cai para 5º lugar

No segundo mandato á frente do governo de Minas, Aécio Neves (PSDB) continua na liderança do ranking de avaliação dos governadores feito pelo Datafolha. Os eleitores mineiro deram a Aécio nota 7,6, em uma escala de zero a dez, e seu índice de aprovação é de 77%. A pesquisa, feita do dia 16 ao dia 19 de março, inclui os nove principais Estados do país e o Distrito Federal. O governador paulista, José Serra, que lidera as pesquisas para a Presidência e disputa com Aécio a candidatura do PSDB), perdeu duas posições em relação ao levantamento de 2007. O índice de aprovação a gestão de Serra subiu cinco pontos (de 49% para 54%) e sua nota passou de 6,5% a 6,6% do terceiro para o quinto lugar. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSDB, passou do quarto lugar ao segundo lugar, e o do Ceará. Cid Gomes (PSB), caiu do segundo para o terceiro. Roberto Requião (PMDB-PR), com a mesma nota de Serra, ganha no índice de popularidade e é o quarto. Sérgio Cabral Yeda Crussius (PMDB-RJ) ocupa a penúltima colocação, e a gaúcha Yeda Crussius (PSDB) é a mais mal avaliada. (Págs.1 e A4)

Senado revê outra vez número de diretorias

O Senado reviu pela terceira vez seu número de diretores – disse que são 38, e não 181, e que reduzirá o total a 20. O diretor-Geral, Alexandre Gazineo, declarou que a casa errou ao afirmar que tinha 181 diretores e que a maioria fazia “assessoramento superior”. Ao todo, serão extinto 64 cargos. Na sexta-feira o Senado chegou a divulgar lista com 50 nomes que perderiam o cargo de diretor. A multiplicação de vagas com indicação política começou na primeira gestão de José Sarney (PMDB-AP) e segui nas de Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) e Renan Calheiro (PMDB-AL) (Págs.1 e A6)

Presidente do STF nega ser `líder da oposição´

Em Sabatina da Folha, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal)Gilmar Mendes, rejeito o rótulo de “líder da oposição” ao governo federal e afirmou que suas criticas se devem a uma “situação de total descontrole, principalmente da Policia Federal. “Procuro advertir para que não haja excessos. Não tenho nenhuma intenção de ser oposição”, declarou Mendes disse ter dado hábeas corpus a Daniel Dantas porque, para ele, a segunda prisão do banqueiro, decretada pelo juiz Fausto De Sanctis, visava “desmoralizar o STF”, Págs.1 e A8)

Câmara aprova parcelamento de dívidas com fisco em 15 anos

A Câmara aprovou plano de parcelamento de dívidas de empresas e pessoas físicas com a Receita pelo qual débitos vencidos até novembro último poderão ser parcelados em até 180 meses, com abatimento de juros e multas e correção por taxas abaixo das de mercado. Nas condições normais, o prazo máximo é de 60 meses, com correção pelos juros do BC. O projeto terá de passar pelo Senado. (Págs. 1 e B1)

FMI oferece crédito para países com bons fundamentos

O Fundo Monetário Internacional anunciou a criação de uma linha de crédito sem limite de empréstimo e com prazo maior para pagamento, destinada a países que tiverem fundamentos econômicos “fortes”. O Brasil disse que não pretende recorrer ao Fundo. (Págs. 1 e B5)

Paulo Rabelo de Castro: Juízo final de pacote americano vai ser adiado, mas virá

O novo trilhão do Fed tem cheiro de inflação, mas não se converterá em inflação tão cedo. O abuso na emissão da moeda sem lastro, em volumes trilionários, terá seu julgamento adiado pela deflação atual e pelo medo de morrer dos mercados. Mas o juízo final virá. (Págs. 1 e B2)

Editorias

Leia “Traças e cupins”, sobre embate de petista e tucanos; e “Restrito e questionável”, acerca de seguro-desemprego. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo decide subsidiar o bolsa-habitação com R$16 bi

Pacote habitacional será lançado hoje por Lula com festa política no Itamaraty

O pacote de estímulo à construção civil que o governo Lula vai lançar hoje prevê o uso de R$ 16 bilhões numa espécie de bolsa-habitação. O programa entregará casas a famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395) cobrando prestações simbólicas. O dinheiro não sairá do Tesouro Nacional de uma vez só, mas ao longo da execução dos contratos, que terão prazos entre 20 e 30 anos. O plano inclui medidas voltadas para outras faixas de renda. O Conselho Curador do FGTS aprovou ontem um novo orçamento, que reserva R$ 4 bilhões para subsidiar empréstimos destinados a mutuários com renda entre três e seis salários mínimos. Para que seja cumprida a meta de construção de 1 milhão de casas, em prazo ainda indeterminado, os subsídios do FGTS terão de atingir R$ 12 bilhões. Adiado desde dezembro, o pacote habitacional será lançado com uma grande festa política no Itamaraty. (págs. 1, B1 eB3)

Seguro-desemprego ampliado
O Ministério do Trabalho informou que 103.707 trabalhadores demitidos em dezembro terão direito a duas parcelas extras do seguro-desemprego. Eles receberão sete prestações do benefício. O pagamento extra será destinado a desempregados de 42 setores econômicos mais atingidos pela crise financeira. (págs. 1 e B4)

Lula pede ajuda de José Dirceu para Dilma

O presidente Lula pediu a José Dirceu que ajude o PT a fechar alianças estaduais capazes de fortalecer a candidatura de Dilma Rousseff em 2010, informa a repórter Vera Rosa.

O ex-ministro percorreu dez Estados, onde conversou com governadores e prefeitos de outros partidos, em especial o PMDB. Dirceu tentará enquadrar petistas que não queiram abrir mão de candidaturas em favor de aliados com mais chances. (págs. 1 e A8)

Foto Legenda - Presidente: 'Prefeitos comem o pão que o diabo amassou'

Lula com roupa de apicultor durante feira em Salvador: promessa de conversa com ministros sobre queda dos repasses para cidades. (págs. 1 e A10)

MEC propõe um novo Enem para substituir o vestibular

O MEC vai propor hoje aos reitores das universidades federais o fim do vestibular, que seria substituído por um Enem mais abrangente que o atual. As universidades têm autonomia para decidir se querem aderir ao novo sistema. (págs. 1 e A15)

Marcos Sá Corrêa - Adeus, reservas

País está em campanha para se livrar de sua exuberância natural. (págs. 1 e A16)

Senado tinha 150 vagas para parlamentares

Além de identificar 203 cargos de confiança na diretoria-geral do Senado, descobriu-se que o ex-diretor Agaciel Maia reservou 150 dessas vagas para senadores preencherem. Uma semana após o anúncio da redução do número de cargos, o presidente José Sarney não exonerou ninguém. (págs. 1 e A6)

Sequestro relâmpago terá pena de até 30 anos

O Senado aprovou projeto de lei que tipifica como crime o sequestro relâmpago, punido com pena de 6 a 12 anos de prisão, na sua forma mais branda, e com até 30 anos de prisão quando resultar em morte da vítima. (págs. 1 e C1)

Assembleia de SP tem 67 diretores

Lista de diretorias inclui a de controle de frota, a de painel e até a de fotocópias

A Assembleia Legislativa de São Paulo tem 67 cargos de diretor, para 94 parlamentares, revela o repórter Ricardo Brandt. Entre as diretorias há a de controle de frota, a de painel e a de fotocópias, que recebe o nome de fotomicrografia. Os gastos não são revelados, mas análise da execução orçamentária mostra que, entre 2006 e 2008, a folha de pagamentos cresceu 28%, descontada a inflação. Para o deputado Vaz de Lima (PSDB), presidente da Casa entre 2007 e 2008, o número de diretores condiz com o total de funcionários - 3,6 mil. (págs. 1 e A4)

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Jornal do Brasil

Manchete: Copacabana perde valor

Violência faz cair procura e preço dos imóveis no bairro

Corretores preveem queda de 40% na procura por residências em Copacabana devido aos recentes tiroteios entre traficantes e policiais pelas ruas do bairro. O preço dos imóveis deverá cair entre 10% e 15%, como ocorreu com o Leme após trocas de tiros no Morro Chapéu Mangueira. Wadih Damous, presidente da OAB-RJ, culpou a polícia de segurança do governo do estado pelos confrontos na Zona Sul. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu falhas na inteligência, mas responsabilizou os usuários de drogas pela guerra. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Burocracia prolonga a crise de crédito

Nenhum centavo foi liberado, ainda, da linha de crédito emergencial de capital de giro, no valor de R$ 3 bilhões, anunciado pelo governo no fim do ano passado para socorro a empresas imobiliárias. A medida foi divulgada como instrumento de combate aos efeitos da crise e exigiu até a edição da Medida Provisória nº 445. Mas o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, Paulo Safady Simão, disse que a Caixa Econômica Federal está exigindo garantias em padrões que não existem "em nenhum lugar do mundo". (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Desmatamento concentrado

A lista de municípios que mais desmataram a Amazônia aumentou para 43, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Juntas, essas cidades foram responsáveis por 55% dos cortes irregulares na floresta em 2008, área que corresponde a 11.900 mil quilômetros quadrados. (págs. 1 e A6)

Sociedade Aberta - Villas -Bôas Corrêa

A oposição não pode ficar esperando. (págs. 1 e A9)

Brasiguaios são alvo de protesto

As ruas de Assunção, capital do Paraguai, foram tomadas por 10 mil pessoas que exigiram do governo Lugo a prometida reforma agrária e a diminuição da quantidade de agricultores brasileiros na fronteira. A produção paraguaia padece com crise e seca. (págs. 1 e A21)

Sociedade Aberta - José Carlos de Assis

O plano de Geithner é inteligente. (págs. 1 e A18)

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Correio Braziliense

Manchete: E os servidores do Senado ainda querem aumento...

O país enfrenta a crise financeira internacional, com milhares de postos de trabalho desaparecendo a cada dia. O Senado enfrenta mais uma crise ética, ao ser flagrado com uma estrutura inchada, cheia de cargos de chefia sem nenhuma serventia. Em meio a tal cenário, o Sindicato dos Servidores Legislativos avisa que apresentará ainda nesta semana uma proposta de reajuste salarial ao primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI). O presidente da associação de classe, Magno Mello, adianta que a pedida é de 20% a mais nos contracheques. A explicação: os colegas precisam ser compensados pela perda das gratificações após o corte de dezenas daqueles inúteis cargos de direção. Mello menciona até a possibilidade de greve, caso a reivindicação não seja aceita. “Se a gente aderir ao discurso de que a crise econômica impede a solução, o sofrimento dos colegas perdurará”. Média salarial da categoria é de R$ 12 mil mensais, ou 25 salários mínimos. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 2 e 3)

R$ 29 bi para a casa própria

Depois de vários adiamentos, governo finalmente anuncia, hoje, quanto e de onde virão os recursos para financiar as moradias para quem ganha até 10 salários mínimos. Do total, R$ 16 bi sairão do Tesouro Nacional somente para atender famílias com renda de até R$ 1.395. (págs. 1 e 13)

Pena de 30 anos para sequestro relâmpago

O Senado aprovou ontem projeto de lei que determina uma pena de até 30 anos para quem cometer sequestro relâmpago. No Distrito Federal, a polícia registrou um aumento de 30% nessa modalidade de crime entre 2007 e 2008. Presidente da OAB, Raimundo Brito acredita que apenas modificar a legislação é insuficiente. (págs. 1 e 27)

O caçador da cura do mal de Parkinson

Neurocientista brasileiro que desenvolveu dispositivo para recuperar movimentos em camundongos com a doença diz ao Correio que continuará os testes em Natal (RN). (págs. 1 e 22)

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Valor Econômico

Manchete: BNDES amplia compras de participação em empresas

O BNDES elegeu 2009 como o ano da renda variável: vai aproveitar o mau momento dos mercados para ampliar o aporte de capital em empresas. A intenção é reforçar o arsenal anticrise do banco principalmente no apoio aos processos de consolidação de companhias como VCP-Aracruz e BRT- Oi. O BNDES é dono da maior carteira de ações do país - quase R$ 60 bilhões -, com participações concentradas nos setores de petróleo e gás, energia elétrica e mineração. Por meio de sua subsidiária de participações, a BNDESPar, tem presença direta e indireta em mais de 300 empresas - em 186, está presente no capital e em outras 120 participa por meio de seus 35 fundos de investimento.

Eduardo Rathfingerl, diretor da área de mercado de capitais do banco, não menciona o montante dos investimentos que serão realizados. Em 2008, segundo ele, a carteira de renda variável do banco bateu recorde, girando R$ 21,8 bilhões em compra e venda de ações. Deste total, R$ 14 bilhões foram gastos com operações de aquisição de participações em novas empresas.

A política de investimento em ações do banco hoje dá prioridade a empresas dos setores de infraestrutura e inovação e aos processos de consolidação e internacionalização de empresas. Neste mês, o banco colocou R$ 150 milhões na LLX, empresa de logística do grupo EBX, de Eike Batista, para ter uma participação de 12,05%, pois considera o projeto de construção de dois portos no litoral fluminense muito importante para as exportações brasileiras.

Para Rathfingerl, o setor de inovação está repleto de pequenas e médias empresas que necessitam de mecanismos de financiamento adequados para crescer, tanto de renda fixa quanto de renda variável. E, num ano de crise financeira, as consolidações de empresas estarão no "foco". Os setores de frigoríficos e de etanol são candidatos óbvios.

Desde o início do ano,o BNDES participa de um dos maiores processos de consolidação em curso no país. O da Aracruz e VCP. Segundo Rathfingerl, a instituição terá uma participação importante na nova empresa (um relatório do Goldman Sachs fala em 29%). Também está em processo de definição a fatia do BNDES na nova empresa que resulta da fusão de BRT e ai. "Entraremos com percentual próximo de 17%", disse. (págs. 1 e A3)

Ideias

Rosângela Bittar: Dilma acha impossível fazer campanha presidencial com chance de sucesso sem o PMDB. (págs. 1 e A8)

Múltis perdem ações contra multas de IR

Seis multinacionais que foram à Justiça para afastar autuações milionárias aplicadas pela Receita Federal por descumprirem uma instrução normativa foram derrotadas pelo Fisco na primeira instância da Justiça Federal. A norma - a Instrução Normativa nº 243, de 2002 - foi contestada por empresas dos setores farmacêutico, químico, automobilístico e de eletroeletrônicos porque, ao alterar a forma de cálculo do chamado preço de transferência, aumentou-se a carga tributária das empresas que importam insumos para fabricar produtos no Brasil.

As regras do preço de transferência devem ser seguidas por companhias que têm coligadas no exterior ou fazem operações com outras empresas localizadas em paraísos fiscais. O objetivo é evitar que o lucro que deve ser tributado no Brasil seja disfarçado de exportação e remetido para o exterior, não incidindo Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As empresas autuadas foram as que optaram por calcular o imposto com base na Lei nº 9.959, de 2000, na época em que a instrução normativa entrou em vigor. (págs. 1 e E1)

Indenização de companhia aérea sem teto

O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão que tornou sem limites as indenizações no setor aéreo. A 1º Turma do STF manteve, no dia 17, decisão da Justiça do Rio que concedeu indenização por danos morais a uma passageira da Varig. O caso é importante porque nele o STF discutiu se os pedidos de indenização contra as companhias aéreas devem ser julgados com base no Código Aeronáutico, que prevê pagamentos de no máximo R$ 50 mil, ou pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que não estabelece limites. O Supremo decidiu não definir um código, o que significa que deve prevalecer o entendimento anterior, do Superior Tribunal de Justiça, que manda aplicar o CDC. (págs. 1 e B1)

Transações correntes

O saldo do balanço de pagamentos brasileiro registrou déficit de U5$ 591 milhões no mês passado. No bimestre, o saldo negativo é de US$ 3,344 bilhões e de U5$ 25,734 bilhões nos últimos 12 meses, equivalentes a 1,73% do Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1 e C2)

Crise aérea

A retração nas vendas de passagens e no transporte de cargas causada pela crise econômica internacional deverá provocar um prejuízo de US$ 4,7 bilhões às companhias aéreas neste ano, segundo cálculos da Iata. (págs. 1 e B5)

GVT tenta trocar dívida em dólar por reais

A operadora de telefonia GVT está em negociações com seus credores para trocar a dívida que tem em moeda estrangeira por títulos em reais. O objetivo é eliminar - ou pelo menos reduzir - o impacto das oscilações cambiais, que levaram a companhia a registrar prejuízos nos dois últimos trimestres.

A dívida liquida da GVT era de R$ 285 milhões em dezembro. Apesar de não ser alta, pesa nos resultados porque a empresa não utiliza mecanismos de proteção cambial. Dos R$ 782 milhões de endividamento bruto da GVT, 54% estão atrelados ao dólar. O restante são financiamentos do BNDES. A companhia obteve uma linha de R$ 616 milhões em dezembro, dos quais R$ 250 milhões já foram liberados. (págs. 1 e D3)

Apostas domésticas

A alta do dólar nos últimos meses não deverá ser suficiente para compensar a queda nas exportações de frutas diante da desaceleração econômica nos EUA e Europa. A expectativa dos produtores é que o consumo doméstico compense ao menos parte das perdas. (págs. 1 e B12)

Fábrica de sensações

A filial brasileira da americana IFF, líder mundial em aromas e fragrâncias para aplicações industriais, inaugura um laboratório em Alphaville, na Grande São Paulo. Com fábricas em Taubaté e no Rio, "a intenção é ficar mais perto dos clientes", diz Sergio Gelernter. (págs. 1 e B5)

Mais cerveja

Apesar da crise e do aumento dos preços causado pela tributação, no verão passado o consumo de cerveja aumentou 1,3% no Brasil, o equivalente a 43,6 milhões de litros a mais em comparação às vendas de outubro a fevereiro de 2007/08. (págs. 1 e B4)

Celulose do Brasil ganha mais mercado

As fabricantes de celulose no Brasil estão tirando vantagem da forte queda dos preços nos últimos meses e têm conseguido mais espaço nos mercados internacionais, especialmente na Ásia. Mesmo com a redução de quase 50% nos preços desde o agravamento da crise, em setembro, as empresas brasileiras estão competitivas graças ao baixo custo de produção e cada vez mais substituem tradicionais fabricantes nórdicos e canadenses.

A troca da celulose dos países frios pela fibra curta das empresas brasileiras já era esperada, mas parece ter ganhado uma velocidade maior com a redução dos preços no mercado internacional. Com custos de produção acima de US$ 400 a US$ 500 por tonelada, fabricantes da Finlândia, Canadá e até da Suécia estão suspendendo a produção ou fechando suas fábricas. (págs. 1 e B8)

Shopping center atrai investidores

As ações das quatro empresas de shopping centers listadas na Bolsa de São Paulo - BRMalls, Iguatemi, Multiplan e General Shopping - acumulam fortes altas nas últimas semanas por causa dos bons resultados do quarto trimestre de 2008. Para este ano, analistas de investimentos consideram que o setor deve sentir menos o impacto da crise econômica do que o mercado imobiliário. A ocupação nos shoppings continua em níveis recordes, a inadimplência dos lojistas está sob controle e as vendas do varejo mostram sinais positivos, apesar da crise. (págs. 1 e D1)

Ações da Redecard

Os investidores que participam da oferta pública da Redecard deverão pagar R$ 24,50 por ação, um valor 2,2% abaixo dos R$ 25,05 do fechamento de ontem na bolsa. A operação poderá movimentar até R$ 2,2 bilhões com o lote suplementar. (págs. 1 e D3)

EUA rejeitam "moeda" global

A discussão em torno do futuro do dólar como moeda de reserva internacional esquentou. O debate não é um bom prenúncio para a reunião de cúpula do G-20, marcada para 2 de abril, em Londres, com o objetivo de reunir forças globais para enfrentar a crise financeira internacional.

Representantes do governo dos Estados Unidos saíram em defesa do dólar e criticaram a proposta feita pela China, na segunda-feira, e pela Rússia, na semana passada, para que o dólar seja substituído por uma nova moeda internacional de reserva.

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, rebateram as sugestões durante audiência no Congresso americano, ao responder a pergunta da representante republicana por Minnesota, Michele Bachmann. O ex-presidente do Fed, Paul Volcker, foi na mesma linha. Para ele, a China não vende suas posições em dólar porque não quer afetar sua própria moeda.

A China tem US$ 1,95 tri1hão em reservas e defende o uso dos Direitos Especiais de Saque (DES), criados em 1965 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como um ativo de reserva internacional. Mas os DES nunca decolaram. (págs. 1 e C1)

Ideias

Martin Wolf: ninguém pode ter certeza que os EUA já tenham uma solução viável para seu desastre bancário. (págs. 1 e Al3)

Ajuda a montadoras no Japão

As montadoras japonesas pediram a seu governo que ofereça subsídios diretos aos compradores para revitalizar as vendas domésticas, que em fevereiro tiveram queda recorde. A previsão é que o recuo chegue a 8% no ano fiscal que começa em abril. (págs. 1 e B6)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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