PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''... EM BRASÍLIA, 19 HORAS"

...

[Homenagem aos chargistas brasileiros].
...

PT/MERCADANTE/LACERDA/MARINHO: ALOPRADO? (Putz!!!)

'Aloprado' volta ao PT com aval de Marinho

Autor(es): Agencia O Globo/Tatiana Farah
O Globo - 24/02/2010



Ex-assessor de Mercadante, Lacerda participou da tentativa de comprar falso dossiê contra tucanos em 2006



SÃO PAULO. Chamado de “aloprado” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-dirigente do PT e ex-assessor do senador Aloizio Mercadante Hamilton Lacerda voltou a se filiar ao partido. Envolvido no caso do dossiê contra os tucanos em 2006, Lacerda havia se desfiliado. Seu retorno, acolhido pelo diretório petista de São Caetano, no ABC Paulista, com a bênção do prefeito de São Bernardo, o ex-ministro Luiz Marinho, caiu como uma bomba no colo dos dirigentes nacionais do PT ontem. A direção nacional petista diz que quer barrar a refiliação de Lacerda.

Em 2006, durante o escândalo do chamado “dossiê dos aloprados”, Lacerda entregou ao diretório nacional sua carta de desfiliação.

Agora, está de volta. O que irritou os petistas em São Paulo foi saber da filiação de Lacerda pela imprensa do ABC (o assunto foi notícia no jornal “Diário do Grande ABC”, de Santo André). Dirigentes ouvidos pelo GLOBO sequer sabiam que estava em curso, desde janeiro, a aproximação do ex-assessor de Mercadante com o partido.

— Não é assunto local, mas nacional. A volta do Hamilton traz à tona um assunto que o PT quer esquecer: o dossiê de 2006, que afundou a campanha de Mercadante em São Paulo e levou as eleições presidenciais para o segundo turno — afirma um dirigente petista que pediu para não ser identificado.

Lacerda consta como réu no processo que tramita em Mato Grosso e apura o caso da venda do dossiê. O nome retirado do caso foi o de Mercadante. Lacerda foi flagrado pelas câmeras com uma bolsa, entrando no Hotel Ibis, onde estavam hospedados Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos em 2006 com mais de R$ 1,7 milhão — dinheiro que, segundo a PF, seria usado para pagar um dossiê contra políticos tucanos. Segundo a PF, ele carregava na bolsa o dinheiro que seria usado para a compra dos documentos de Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, beneficiada com venda irregular de ambulâncias.

Então coordenador da campanha de Mercadante ao governo paulista, Lacerda deixou o trabalho na eleição e o PT. Admitiu, em nota, ter conversado com a revista “IstoÉ” sobre o dossiê, mas negou ter participado do crime ou carregado o dinheiro.

Nos bastidores, afirma-se que sequer o presidente Lula, que é de São Bernardo e tem em Marinho um de seus fieis companheiros, sabia da volta de Lacerda.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, teria sido surpreendido, assim como o coordenador da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), Francisco Rocha, o Rochinha: — Soube hoje pela matéria que saiu no ABC e estou fazendo uns telefonemas para saber o que aconteceu — disse.

— A volta do Hamilton causou constrangimento nacional.

O PT do ABC não calculou a repercussão do caso. Agora não aparece quem articulou essa volta — reclamou uma liderança petista ouvida pelo GLOBO.

Marinho não quis falar sobre o caso. Anteontem, afirmou: — O PT está aberto para recepcionar homens e mulheres de bem que querem estar no partido e concordem com o estatuto.

Hamilton Lacerda é uma das lideranças, até porque não responde a nenhum processo.

Não tem por que estar fora do partido — disse Marinho.

O GLOBO procurou Lacerda, mas ele não foi encontrado.

Mercadante, segundo assessores, passou o dia fazendo exames médicos.

BRASÍLIA: A ''DANÇA COM LOBOS'' (?) *

PAULO OCTÁVIO RENUNCIA.E AGORA, WILSON?

Paulo Octávio sai de cena

Autor(es): # ANA MARIA CAMPOS
Correio Braziliense - 24/02/2010



Janine Moraes/Esp. CB/D.A Press


O Distrito Federal chega ao terceiro governador em 12 dias. Em carta enviada à Câmara Legislativa, Paulo Octávio comunicou a renúncia ao mandato e disse que voltava às “fileiras da cidadania”. Foi o ato derradeiro do político que fracassou na tentativa de obter o apoio dos antigos aliados de Arruda e estava na iminência de ser expulso do Democratas. A chefia do Executivo local passa às mãos de Wilson Lima (PR), distrital ligado ao grupo arrudista que tenta imprimir um discurso independente na chegada ao Buriti. “Não vou aceitar ingerências políticas”, avisou o novo governador, em nota. Para estabelecer as mínimas condições de governabilidade e evitar uma intervenção federal, as forças partidárias tentam um equilíbrio político, com Wilson Lima no governo e Cabo Patrício (PT) na presidência da Câmara Legislativa.



Em carta enviada à Câmara Legislativa, vice-governador renuncia ao cargo e agora vai se dedicar exclusivamente às suas empresas


Janine Moraes/Esp. CB/D.A Press - 14/2/10
Paulo Octávio também deixou o DEM ontem: com isso, fica impossibilitado de concorrer a qualquer cargo nas próximas eleições


A Operação Caixa de Pandora deixa mais uma marca na história. Às 17h28, quando o deputado distrital Cabo Patrício (PT) começou a ler a carta de renúncia do vice-governador Paulo Octávio, agora sem partido, encerrava-se a aliança de dois políticos que sempre sonharam comandar a capital do país, passaram anos às turras na disputa pela chefia do Executivo local e afundaram juntos diante da contundência das denúncias feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.

José Roberto Arruda está preso há 13 dias na Superintendência da Polícia Federal e Paulo Octávio saiu da política para se dedicar exclusivamente às empresas, um conglomerado que inclui interesses no ramo imobiliário, construção civil, hotelaria, concessionária de veículos e shoppings. Não vai concorrer nas próximas eleições. Encerrou, assim, uma obsessão: governar a cidade onde construiu o seu império. Ele ainda tentou ficar. Desde que a prisão preventiva de Arruda foi decretada, no último dia 11, Paulo Octávio buscou um pacto suprapartidário, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Envolvido em acusações de recebimento de propina, ele não conseguiu nem mesmo caminhar com seu próprio partido, o DEM.

Numa carta com apenas uma linha, Paulo Octávio se despediu da legenda pela qual disputou as últimas três eleições: “Venho por meio desta comunicar a minha desfiliação do partido”. Foi uma saída para evitar a expulsão sumária, mesma estratégia adotada por Arruda em dezembro. A renúncia foi um gesto amadurecido nos últimos seis dias. Na última quinta-feira, ele chegou a escrever uma carta em que entregava o cargo. Anunciou que sairia e voltou atrás sob a justificativa de que atendia pedido de partidos, do Palácio do Planalto e da população. O vaivém o deixou ainda mais fragilizado politicamente e fez crescer o sentimento no meio político de que sua permanência apressaria a intervenção federal no DF.

Além do bombardeio de denúncias em que seu nome aparece em investigações de corrupção, Paulo Octávio desistiu de enfrentar a crise porque não obteve a promessa de apoio na Câmara Legislativa para evitar o processo de impeachment. Numa resposta objetiva, ele explicou por que jogou a toalha: “Não me sentiria confortável para negociar apoio ao governo dia a dia”. Ou seja, cada projeto exigiria trocas com distritais. Em entrevista ao Correio, Paulo Octávio disse que nunca participou de nenhum acordo com deputados envolvendo pagamentos em troca da aprovação de projetos na Câmara, cerne do Inquérito nº 650 em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), origem da Operação Caixa de Pandora. Sobre a acusação que pesa contra Arruda, Paulo Octávio afirmou: “Não tenho conhecimento disso”.

Na quinta-feira, quando foi e voltou na ideia de renunciar, Paulo Octávio recebeu deputados no fim da noite, no gabinete do Palácio do Buriti. Chegou a dizer, segundo distritais presentes, que temia ficar à frente do Executivo, sem conseguir montar a sua própria equipe, com muitos assessores em quem não confia, num momento de crise institucional tão profunda e acabar como Arruda, na prisão. Desde junho do ano passado, quando Durval Barbosa deu os primeiros depoimentos ao Ministério Público do Distrito Federal, a gestão compartilhada de Paulo Octávio e Arruda passou a ser devassada pelos investigadores.

Cobrança
Em conversas com ex-correligionários do DEM, Paulo Octávio fez uma espécie de cobrança. Disse que se tivesse sido escolhido candidato do partido em 2006, tudo poderia ser diferente, já que a ligação de Durval Barbosa, o delator dos escândalos no GDF, seria diretamente com Arruda. A reclamação expõe uma relação difícil entre os dois comandantes da administração “compartilhada”. Eles trombaram muitas vezes, mas precisaram um do outro para vencer as eleições. O acordo eleitoral chegou a ser renovado, mas se perdeu diante da avalanche provocada pela Caixa de Pandora. Sem partido político, nenhum dos dois será candidato nas próximas eleições.

Mas Paulo Octávio poderá ser representado pela mulher, Anna Christina Kubitschek Pereira. Filiada ao DEM, ela sempre acalentou planos de seguir os passos do avô, Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília, e da mãe, Márcia, que foi deputada federal e vice-governadora. “Ela seria uma ótima política e pensa no assunto”, contou Paulo Octávio. Partiu da mulher o incentivo para que Paulo Octávio ficasse mais tempo no governo e enfrentasse a crise. Mas não deu. Sobre o sentimento da renúncia no ano em que Brasília completará 50 anos, Paulo Octávio limitou-se a dizer: “Vou ter um tempo para mim”.


INTERINO

288 horas
Período em que Paulo Octávio ficou à frente do Governo do Distrito Federal. Ele assumiu o cargo às 17h15 de 11 de fevereiro e a carta de renúncia foi lida ontem, às 17h28, na Câmara Legislativa.

NA POLÍTICA

24 anos
Tempo de vida política de Paulo Octávio. Ele filiou-se ao PFL em 1986. Em 1990, foi eleito deputado federal com 38.253 votos, terminando a disputa em segundo lugar, atrás apenas de Augusto Carvalho.

ELEIÇÕES

4 mandatos
Quantidade de cargos públicos conquistados nas urnas. Em 1990 e 1998, foi eleito deputado federal. Em 2002, conquistou o mandato de senador. Em 2006, elegeu-se vice-governador.

BENS

R$ 323 milhões
Patrimônio declarado por Paulo Octávio à Justiça Eleitoral em 2006. Ele é um bem-sucedido empresário do ramo da construção civil.

A família nas eleições

Presidente da Fundação Memorial JK, Anna Christina Kubitschek Barbará Pereira é filiada ao DEM, partido que até o início do escândalo provocado pela Operação Caixa de Pandora era presidido no DF por Paulo Octávio, com quem tem dois filhos. Neta de JK, a filha mais velha de Márcia Kubitschek sempre cogitou disputar eleições, seguindo os passos da família tradicional na política do Distrito Federal. Mas até agora preferiu acompanhar os projetos do marido. A candidatura a vaga de deputada federal ou senadora neste ano ocorreria no cinquentenário da capital e pode significar a continuidade do poder político de Paulo Octávio. Com personalidade forte, Anna Christina durante anos guardou mágoa de José Roberto Arruda, a quem atribui a derrota da mãe na candidatura ao Senado em 1994. (AMC)


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(*) Título de filme.
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BRASÍLIA: UM É POUCO, DOIS É BOM, TRÊS ...

DF PERDE 2º GOVERNADOR EM 12 DIAS

Paulo Octávio renuncia, e DF tem 3º governador em 12 dias


Autor(es): (FERNANDA ODILLA,
LARISSA GUIMARÃES,
FILIPE COUTINHO e
ANDREZA MATAIS)
Folha de S. Paulo - 24/02/2010

Apenas 12 dias depois de assumir o lugar de José Roberto Arruda, preso desde o dia 11, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, alegou falta de apoio político, renunciou ao cargo e se desfiliou do DEM. Arruda e Paulo Octávio são suspeitos de comandar o mensalão do DEM_esquema de formação de caixa dois para a campanha que os elegeu em 2006, além de coleta e distribuição de propina.


Presidente da Câmara Legislativa assume e diz que não fará "mudanças bruscas"

Interino, que havia assumido após prisão de Arruda, pediu desfiliação do DEM para não ser expulso e atribuiu a sua renúncia à perda de apoio

Sergio Lima/Folha Imagem
Deputados distritais do DF participam de sessão da Câmara Legislativa na qual foi lida a carta de renúncia de Paulo Octávio

Depois das ameaças e dos recuos da semana passada, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, renunciou ontem ao cargo e se desfiliou do DEM alegando falta de apoio político. Ele abandona a legenda e o governo 13 dias depois de assumir no lugar do titular José Roberto Arruda, preso numa sala da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro.
A decisão de Paulo Octávio aumenta as chances de uma intervenção federal no Distrito Federal, que será analisada pelo Supremo Tribunal Federal. Apesar de não desejar esse desfecho, o governo Lula já trabalha com a hipótese de que a intervenção seja decretada.
No epicentro de uma crise política que faz o DF agonizar desde novembro passado, quando foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora, Arruda e Paulo Octávio são suspeitos de comandar o mensalão do DEM -esquema de formação de caixa dois para a campanha que os elegeu, em 2006, além de coleta e distribuição de propina. Eles negam as denúncias.
No lugar de Paulo Octávio, assumiu o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), o terceiro governador do DF em 12 dias.
Aliado fiel de Arruda, Lima também fez parte da base do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), um dos principais beneficiados pela crise.
"Não escolhi essa posição, mas não posso fugir à responsabilidade", disse, por meio de nota, Lima, que prometeu não fazer "mudanças bruscas".
Ensaiada desde quinta passada, a renúncia ganhou mais força com a possibilidade de o ex-policial Marcelo Toledo, aliado de Octávio, selar com a PF um acordo de delação premiada. Suspeito de recolher e distribuir propina em nome de Octávio, Toledo aparece em vídeo entregando maços de R$ 100.
Contudo, a renúncia só foi considerada definitiva na manhã de ontem, após conversas com caciques do DEM, que reforçaram a disposição de expulsá-lo sumariamente da sigla.
"Nenhuma dessas premissas [apoio político] se tornou realidade e, acima de tudo, o partido a que pertencia solicitou aos seus militantes que deixem o governo. Sem o apoio do DEM, legenda que ajudei a fundar no DF e à qual pertencia até hoje, considero perdidas as condições para solicitar respaldo de outros partidos no esforço de união por Brasília", escreveu, na carta de renúncia.
Paulo Octávio não apareceu. Mandou emissários entregarem a renúncia na Câmara e o pedido de desfiliação do DEM no Congresso. Na carta de renúncia, em seis páginas estampadas com o timbre do governo do DF, Paulo Octávio disse que deixou o cargo para "apaziguar os ânimos" e para garantir a governabilidade.
Apesar de não citar o nome de Arruda, diz que o "titular", mesmo preso, "continua a ser o governador da cidade". "Pode, portanto, em tese, retornar às suas funções a qualquer momento", escreveu. Caberá ao STF decidir se Arruda continua preso, acusado de subornar testemunhas do escândalo. A sessão está marcada para amanhã.
"É um direito dele. O direito de eleger é do povo e o direito de renunciar é dele", afirmou o presidente Lula, no México. Indagado sobre o pedido de intervenção no Distrito Federal, o presidente afirmou: "Estamos aguardando a decisão da Suprema Corte".

ARRUDA [In:] ''NADA DO QUE FOI SERÁ DE NOVO DO JEITO QUE JÁ FOI UM DIA..." (*)

Marco Aurélio, do STF: Arruda reassumirá se ganhar habeas corpus

Nas mãos do STF

Autor(es): # ADRIANA BERNARDES
Correio Braziliense - 24/02/2010



Se tiver liberdade concedida pelo Supremo amanhã, Arruda pode voltar a governar


Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 9/9/09
Marco Aurélio Mello não quis antecipar relatório sobre habeas corpus


O destino do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), que está preso desde o último dia 11, será decidido amanhã no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Correio na noite de ontem, o ministro relator do pedido de habeas corpus, Marco Aurélio Mello, afirmou que caso os colegas do Supremo concedam a liberdade a Arruda ele estará apto a reassumir o cargo de governador do Distrito Federal imediatamente. “O afastamento do cargo foi uma consequência imposta pela custódia. Para que ele (Arruda) não governasse nas dependências do órgão federal, com a liberdade de ir e vir cerceada”, explicou o ministro. No entendimento de Marco Aurélio Mello, o afastamento é um “ato acessório que segue a sorte do principal (a prisão)”.

O ministro não quis antecipar qual é o seu voto na análise do mérito do habeas corpus. “Só as estrelas sabem”, brincou. Marco Aurélio Mello negou, no último dia 12, o pedido de liminar que poderia tirar Arruda da prisão. Mas isso, afirmou ele, não deve ser visto como um sinal de que manterá o mesmo entendimento. “No primeiro caso, atuei como porta-voz do colegiado. Entendi que não cabia atuar no campo individual e relaxar a prisão. Devia aguardar o julgamento de fundo. Agora, nada impede que, na análise de fundo, eu tenha um entendimento diferente”, disse.



A prisão preventiva do governador Arruda e o seu afastamento do cargo foram decretados no último dia 11 pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Fernando Gonçalves — relator do Inquérito 650, que apura suposto esquema de pagamento de propina à base aliada do governo — acatou o pedido de prisão elaborado pelo Ministério Público Federal. A solicitação foi apresentada depois que a Polícia Federal gravou Antônio Bento, conselheiro do Metrô do DF, entregando ao jornalista Edson Sombra uma sacola com cerca de R$ 200 mil. O dinheiro seria uma tentativa de subornar Sombra para que ele desqualificasse os vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa.

Discussão separada
Uma fonte ouvida pelo Correio considera possível que os ministros discutam separadamente se Arruda deve reassumir o governo, caso o colegiado conceda o habeas corpus. “Eles podem entender que, derrubando a prisão decretada pelo STJ, o afastamento também cai. Mas podem considerar, que reassumindo o Executivo, ele (Arruda) pode voltar a usar a máquina em benefício próprio. Neste caso, ele ganharia a liberdade, porém continuaria afastado”, avaliou a fonte.

Um dos advogados de Arruda, Nélio Machado, afirmou que poderá recorrer ao próprio STF, caso a decisão do HC seja negativa. “O fato de o Supremo julgar o habeas corpus não significa que não possamos voltar”, afirmou. Segundo Machado, Arruda terá o direito a um julgamento justo. “Confio nas razões e, com um depoimento dele, o quadro mudará”, ressaltou. Nélio Machado, que esteve com o governador afastado na superintendência da Polícia Federal por 50 minutos na noite de ontem, afirmou que seu cliente também teria outras coisas para revelar, mas se esquivou quando perguntado sobre quais temas.

No mesmo dia em que decretou a prisão preventiva de Arruda, o STJ também colocou atrás das grades o suplente de deputado distrital Geraldo Naves; o ex-secretário particular de Arruda, Rodrigo Arantes Carvalho; Haroaldo Brasil Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB); e o ex-secretário de Comunicação do GDF, Weligton Moraes. Antônio Bento foi preso antes. Todos, segundo o MPF, teriam participação na tentativa de suborno a Edson Sombra.

Sem prazo
O pedido de prisão preventiva não tem limite de prazo. Pode durar enquanto a Justiça considerar necessário. No caso do governador Arruda, foi decretada para garantir a instrução do processo que investiga denúncias de suposto esquema de corrupção no Executivo e Legislativo locais.

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(*) COMO UMA ONDA (Lulu Santos).

''(...) Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar''.

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Colaborou Edson Luiz

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

24 de fevereiro de 2010

O Globo


Manchete: Governo corre para esvaziar denúncia de lobby de Dirceu

Oposição pede CPI para investigar atuação de ex-ministro em nova Telebrás

O governo agiu rápido diante das denúncias de que o ex-ministro José Dirceu teria feito lobby em favor de uma empresa privada que poderia ser beneficiada no Plano Nacional de Banda Larga, uma das prioridades da atual gestão. O empresário Nelson dos Santos, da Star Overseas, sócio da Eletronet, dona de uma rede de fibras ópticas, afirmou que pagou a Dirceu R$ 620 mil entre 2007 e 2009. Essa rede, hoje pertencente a subsidiárias da Eletrobrás, poderia ser usada pela Telebrás, que, reativada, expandiria a banda larga no país. Com declarações da cúpula do governo sobre a reativação da Telebrás, as ações já subiram 248% este ano. A oposição quer abrir CPI para investigar a denúncia. (págs. 1 e 17 a 19)

Se ela cresceu 35.000%, para mim é novidade. Agora, que ela vai crescer, vai. Porque nós vamos recuperar a Telebrás e utilizá-la para fazer banda larga nesse país

Lula, em 19 de fevereiro

'Aloprado' é readmitido no PT sob a bênção de Marinho (págs. 1 e 8)

Foto legenda: José Dirceu, ontem, em debate sobre os 30 anos do PT, na Assembléia Legislativa de São Paulo: R$ 620 mil

Paulo Octávio deixa DEM e governo do DF

Presidente da Câmara assume o cargo e já é o terceiro governador em 12 dias

Isolado politicamente e pressionado por novas denúncias de corrupção, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, renunciou ao mandato e deixou o DEM. Depois da prisão de José Roberto Arruda e da renúncia de seu vice, Brasília tem o 3° governado em 12 dias: o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson Lima (PR). Aliado de Arruda, lima teria um acordo com o governador afastado: caso Arruda reassuma, indicaria Lima a uma vaga no Tribunal de Contas do DF. Na carta de renúncia, Paulo Octávio acusou o DEM de inviabilizar sua permanência no poder quando mandou que seus filiados entregassem os cargos no GDF. A Câmara Legislativa passa a ser interinamente presidida pelo petista Cabo Patrício. O Supremo tende a não aceitar o pedido de intervenção no DF, informa Merval Pereira. (págs. 1, 3 e 4)

Assassino de João Hélio perde proteção

O Tribunal de Justiça do Rio anulou ontem a inclusão do jovem condenado pelo assassinato do menino João Hélio num programa de proteção do governo federal. A Justiça determinou que o rapaz seja apresentado pela ONG que o protege. (págs. 1 e 15)

Cubano morre após 82 dias de greve de fome

Horas antes da chegada do presidente Lula a Havana, o dissidente Orlando Zapata morreu ontem após 82 dias de greve de fome. O grupo do qual fazia parte pedira a intercessão do presidente brasileiro e queria encontrá-lo. Mas a embaixada não o recebeu. (págs. 1 e 24)

Chávez e Uribe batem boca de novo

Velhos rivais, os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Álvaro Uribe, discutiram num almoço da reunião de cúpula continental no México. Uribe disse a Chávez para "ser macho” e criticá-lo pela frente, e o venezuelano o mandou al carajo. (págs. 1 e 25)

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Folha de S. Paulo


Manchete: DF perde 2º governador em 12 dias

Interino Paulo Octávio renuncia, e Wilson Lima, aliado de Arruda, assume cargo em Brasília

Apenas 12 dias depois de assumir o lugar de José Roberto Arruda, preso desde o dia 11, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, alegou falta de apoio político, renunciou ao cargo e se desfiliou do DEM.

Arruda e Paulo Octávio são suspeitos de comandar o mensalão do DEM -esquema de formação de caixa dois para a campanha que os elegeu em 2006, além de coleta e distribuição de propina. Eles negam as acusações.

O novo governador é o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), aliado de Arruda e da gestão anterior, de Joaquim Roriz (PSC). A avaliação é que ele terá dificuldades políticas para se sustentar no cargo.

Esse cenário aumenta a chance de intervenção no DF, que será analisada pelo Supremo Tribunal Federal. O próximo na linha sucessória, Níveo Gonçalves, do Tribunal de Justiça, disse não querer o governo. (págs. 1, A4 e A6)

Efeito Dominó
Presidente da Câmara do DF assume governo

O governador afastado José R.Arruda (ex-DEM)
Está preso desde 11.fev. Pediu licença do cargo enquanto estiver na prisão. Caso seja solto, pode voltar ao comando do governo

O interino que saiu Paulo Octávio (ex-DEM)
Vice-governador assumiu interinamente quando Arruda foi preso. Dizendo-se sem apoio político, renunciou ontem

O novo interino Wilson Lima (PR)
Presidente da Câmara do DF, que assume agora, é amigo de Arruda. Foi criticado pelo procurador-geral da República por sua atuação à frente do Legislativo

Eliane Cantanhêde: O piloto sumiu, não sobrou ninguém; intervenção federal é o que resta (págs. 1 e A6)

Consultoria não tratou de banda larga, diz José Dirceu

O ex-ministro José Dirceu (PT) disse que a consultoria que deu a Nelson dos Santos, dono de parte da Eletronet, não tratou do plano de banda larga do governo.

A Eletronet detém a rede de fibras ópticas que pode ser usada pela "nova" Telebrás. A Advocacia-Geral da União descartou que a retomada da rede gere "direitos aos sócios da Eletronet". A oposição quer instalar CPI.

A Oi negocia a compra da dívida da Eletronet para explorar a sua rede. (págs. 1 e B1)

Leia as colunas de Fernando de Barros e Silva e Melchiades Filho na página A2

SP multa 70% mais por excesso de velocidade

Números fechados de 2009 mostram que as multas de trânsito bateram recorde em São Paulo e as autuações por excesso de velocidade subiram bem acima da média: 70%, de 902 mil para 1,54 milhão de veículos.

Para a CET, a alta deve-se à quantidade de radares em operação, que passou de 300 a quase 450 desde 2008. Especialistas elogiam o aperto na fiscalização, mas questionam o modo como os radares são implantados. (págs. 1 e C1)

Chefe da ONU vê retrocesso em acordo do clima

Yvo de Boer, que deixará em junho a chefia da ONU para o clima, disse em entrevista a Claudio Angelo que não crê em acordo no México no fim do ano e classificou como "retrocesso" a cúpula de Copenhague. (págs. 1 e A16)

Bolão de lotérica é proibido, mas CEF não fiscaliza

Apesar de vetar o bolão de lotérica, a Caixa tem só 242 funcionários para fiscalizar 10,2 mil casas no país. Ela suspendeu a lotérica do RS que não apresentou a aposta de ao menos 35 pessoas, valendo R$ 53 milhões. (págs. 1 e C4)

Vale-refeição cobre só 55% do que usuário gasta

O vale-refeição médio em 2009 cobriu apenas 55% do preço pago pelo trabalhador, aponta associação do setor. No ano passado, a refeição saiu em média por R$ 18,20. O valor recebido das empresas ficou em R$ 10. (págs. 1 e B5)

Editoriais

Leia "As intenções do PT", que comenta diretrizes para a economia; e "Reprovação precoce", sobre alfabetização. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Paulo Octávio renuncia no DF

Sem apoio e suspeito no mensalão do DEM, interino disse não querer 'sangrar em praça pública'

Depois de redigir duas cartas-renúncia em uma semana, o interino Paulo Octávio afastou-se ontem do governo do Distrito Federal. Envolvido no escândalo do mensalão do DEM e isolado pelo próprio partido, Octávio disse ao Estado que não era possível “governar sangrando em praça pública". A decisão de se afastar estava tomada desde quinta passada. Na mensagem de renúncia lida pelo deputado distrital Cabo Patrício (PT), Octávio afirma que sua decisão foi tomada, em parte, por pressão do DEM, que não lhe garantiu sustentação política. Poucos minutos antes de deixar o governo, ele solicitou desfiliação da legenda. O DEM pediu aos seus filiados que abandonassem os cargos que ocupavam no governo do DF logo após o governador eleito, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), ter sido preso, no último dia 11, por obstrução às investigações sobre o esquema de corrupção local do qual ele seria chefe e Octávio, beneficiário. Agora, cresce a possibilidade de intervenção federal na capital. Para evitar isso, o presidente da Câmara do DF, Wilson Lima (PR), assumiu o governo. (págs. 1, A4 e A6)

No último dia, ajuda a empresa suspeita

Em seu último dia como interino, Paulo Octávio prorrogou por um ano, sem licitação, um contrato com uma empresa envolvida no esquema do mensalão do DEM. A empresa já teve como sócio um filho do governador José Roberto Arruda. (págs. 1 e A6)

Foto legenda: Calor: Índice alto de radiação solar

Termômetro no centro do Rio marca 48 graus, temperatura superior à real, segundo meteorologistas, por causa do concreto, asfalto e concentração de prédios ao redor; ontem todas as capitais do País registraram níveis elevados de raios ultravioleta. (págs. 1 e C6)

Firma de cliente de Dirceu pode ter ajuda oficial

Governo pode assumir dívidas da Eletronet; credor quer R$ 270 mi

O governo pode assumir as dívidas da Eletronet, empresa falida que tem a Eletrobrás como acionista e é controlada pelo empresário Nelson dos Santos - cliente de consultaria do ex-ministro José Dirceu. Em dezembro, a Justiça do Rio deu ao governo o direito de utilizar as fibras ópticas da Eletronet. Os credores pediram que a União cumpra decisão anterior de depositar uma caução de R$ 270 milhões. Na visão dos credores, o fato de o governo ter anunciado que usará a empresa no plano de banda larga prova que a empresa é estatal. A oposição defendeu a abertura de CPI sobre a recuperação da Telebrás e o suposto envolvimento de Dirceu, que negou haver irregularidade. (págs. 1, B1 e B3)

Governo quer criar estatal de fertilizantes

O governo estuda criar uma estatal de fertilizantes, com atribuições de regulação, pesquisa e produção, afirmam os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. A iniciativa reforça a política de intensificar a presença do Estado na economia. (págs. 1 e B6)

Lula critica Grã-Bretanha e ONU no caso das Malvinas

Na cúpula de países da América Latina e do Caribe, o presidente Lula condenou a ONU por não defender a Argentina, relatam as enviadas especiais ao México Patrícia Campos Mello e Tânia Monteiro: "Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas?" (págs. 1 e A12)

Após caso da Mega Sena, Caixa adverte sobre 'bolão'

A Caixa Econômica Federal informou ontem que as lotéricas não podem oferecer apostas na forma de "bolão". A advertência foi feita depois que um grupo de apostadores gaúchos, que acertou a Mega Sena em
“bolão” feito por uma lotérica, não levou o prêmio porque o bilhete não foi registrado. (págs. 1 e C1)

Assassino de João Hélio perde proteção

O Tribunal de Justiça do Rio anulou ontem a inserção de E., de 19 anos, um dos assassinos do menino João Hélio, em programa de proteção a adolescentes ameaçados de morte. Hoje, a Varada Infância e da Juventude decidirá se o rapaz cumprirá o regime de semiliberdade no Rio ou poderá ingressar no programa de proteção. (págs. 1 e C6)

Notas e Informações: Equívocos da banda larga

A experiência mundial tem provado que o verdadeiro papel do Estado moderno em telecomunicações não é gerir ou operar diretamente os serviços ou os investimentos. O Estado deve regular, estabelecer metas e objetivos e fiscalizar. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Manchete: Metrô tem 15 dias para entrar na linha

Ultimato prevê uso da Estação Estácio de novo

Depois de dois meses de calvário para os usuários do metrô, com atrasos e superlotação dos trens na nova linha 1A (Pavuna-Botafogo), a Agetransp, agência que regula os serviços de transporte, decidiu agir. Emitiu um ultimato à concessionária para que sane os problemas em 15 dias. Vistoria recente da Promotoria de Justiça e Defesa do Consumidor comprovou que até 6,5 pessoas por metro quadrado viajam por vagão, quando o limite é quatro. Se a situação persistir, a linha será suspensa e retornará a baldeação da Estação Estácio. (págs. 1 e Cidade A14)

DF perde outro: Paulo Octávio também sai

A pressão foi mais forte. O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, renunciou ao cargo. Na carta lida na Câmara Legislativa, o vice de Arruda, também sob cerco da Justiça, queixou-se “da falta de apoio para governar”, especialmente do DEM. O novo governador é o deputado Wilson Lima (PR), presidente da Câmara. (págs. 1 e País A5)

Kelpers em busca de gás e petróleo

A decisão de explorar petróleo e gás nas Ilhas Malvinas, causa de atritos entre a Argentina e a Grã-Bretanha, partiu de habitantes do próprio arquipélago. A petrolífera tem kelpers, moradores das ilhas, entre seus 11 mil acionistas. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

Destino ditado pela miséria

Crianças, submetidas a condições de miséria antes dos 5 anos de idade têm mais chances de desenvolver problemas de saúde na fase adulta. A "biologia da pobreza", na definição de cientistas americanos, revela que elas reagem muito mal ao estresse e são mais propensas a sofrer com o sobrepeso durante a maioridade. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Coisas da política

As razões de Minas para o 'não' de Aécio. (págs. 1 e A2)

Informe JB

Oposição volta a mirar em José Dirceu. (págs. 1 e A4)

Anna Ramalho

França de olho nas usinas nucleares. (págs. 1 e A16)

Editorial

Mais uma chance à (des)integração. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta

Maria Gattíoní de Mujia
Professora de direito internacional

Argentina tem direitos soberanos sobre as Malvinas. (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta

Leonardo de Mello Caffaro
Procurador federal

A política, a vida e seus valores. (págs. 1 e A12)
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