PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quinta-feira, abril 10, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] " GAMES... !!! "








[Chargistas: Bessinha, JBosco, Rico, Lane, JorgeBraga, Humberto]

GOVERNO LULA [In:] "DAS KAPITAL"

Com alta recorde em 2007, lucro de empresas dobra na gestão Lula

O lucro somado das 257 empresas brasileiras de capital aberto (com negociação de ações em Bolsa de Valores) em 2007 teve o melhor desempenho desde o início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O bom resultado fez com que o ganho dessas companhias dobrasse sobre o registrado no início da gestão do atual presidente brasileiro.
Segundo a consultoria Economática, em 2007, ano de vários recordes no mercado acionário brasileiro, o lucro somado das companhias abertas atingiu R$ 123,7 bilhões --crescimento de 20,16% sobre 2006 (R$ 102,9 bilhões). Ao longo dos cinco anos em que Lula está no Palácio do Planalto, a alta sobre o lucro total de 2003, que foi de R$ 61,643 bilhões, já atinge 100,76%. Mais uma vez os bancos se sobressaíram na divisão por setores, assim como já ocorreu nos últimos anos. O lucro das instituições financeiras foi o maior em 2007, com R$ 28,741 bilhões. Em seguida apareceram os setores de petróleo e gás (R$ 22,095 bilhões), mineração (R$ 20,006 bilhões), energia elétrica (R$ 14,491 bilhões), siderurgia e metalurgia (R$ 11,105 bilhões) e telecomunicações (R$ 6,904 bilhões). Apenas dois dos 22 setores analisados apontaram prejuízos no ano: têxtil e agro e pesca, com perdas de R$ 5 milhões cada. Só fazem parte da pesquisa da Economática as empresas que já possuíam capital aberto em 2003 e continuam ativas.
Vale e Petrobras
Se for desconsiderado na conta os lucros da Petrobras e Vale do Rio Doce, as maiores empresas brasileiras de capital aberto, o lucro somado em 2007 é de R$ 82,2 bilhões, montante 139,64% maior do que em 2003 (R$ 34,3 bilhões). Sozinhas, Petrobras e Vale possuem o equivalente a 50,2% do lucro obtido pelas demais 255 empresas brasileiras de capital aberto. A Petrobras fechou o ano de 2007 com um lucro líquido de R$ 21,512 bilhões --17% menor do que o registrado no ano anterior (R$ 25,919 bilhões). Já o lucro líquido da mineradora Vale atingiu R$ 20,006 bilhões em 2007, ficando 48,95% acima do registrado em 2006 (R$ 13,431 bilhões). Folha Online, 1004.

TIBET vs. DALAI LAMA: JOGOS OLÍMPICOS

Dalai Lama diz apoiar os Jogos e critica violência
>


O Dalai Lama, líder espiritual tibetano no exílio, disse nesta quinta-feira (10) que apóia os Jogos Olímpicos de Pequim, que começa dia 8 de agosto, e se opõe aos protestos violentos que atrapalharam o revezamento da tocha olímpica em várias partes do mundo. "O povo chinês realmente merece sediar a Olimpíada", disse ele a jornalistas no Japão. "(Apesar) dos recentes eventos infelizes no Tibet, minha posição não muda." A afirmação vem dois dias depois de o governo chinês chamar Dalai Lama de mentiroso. "O que importa não é o que diz, mas o que faz. E o mais recente foi instigar e orquestrar os graves atos criminosos em Lhasa", afirmou na terça-feira (8) a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Jiang Yu. Mas o uso da violência pela China é uma forma antiquada de suprimir as tensões no Tibet, disse o Dalai durante uma rápida parada em seu caminho para os Estados Unidos, onde fará uma viagem de duas semanas que ele afirma que não terá caráter político.
Entenda os conflitos no Tibete
O Dalai Lama disse aos jornalistas que enviou uma mensagem aos tibetanos em São Francisco, nos Estados Unidos, por onde o revezamento da tocha passou na quarta-feira (9). "Enviei uma mensagem aos tibetanos na região de San Francisco, por favor não façam nenhuma ação violenta", disse, antes de acrescentar: "Ninguém tem o direito de dizer 'cale-se'." A tocha olímpica foi um imã para protestos em Londres e Paris e a única parada da tocha na América do Norte se tornou um jogo de esconde-esconde, com autoridades de São Francisco mudando a rota de passagem da tocha. A China responsabiliza o Dalai Lama e pessoas ligadas a ele pelos protestos liderados por monges no Tibet no mês passado que se tornaram violentos. O Dalai Lama nega as acusações e afirma que a China deveria mudar sua abordagem em relação ao Tibete. "A hora para o governo chinês aceitar a realidade e tentar achar uma solução condizente com a realidade chegou", disse ele em entrevista coletiva perto de Tóquio. O Dalai Lama se exilou na Índia em 1959 após uma revolta frustrada contra o domínio chinês no Tibet. (Foto: Katsumi Kasahara/AP).

OPOSIÇÃO NO BRASIL: EM QUAL "POSIÇÃO" ?


Atendendo aos reclamos do governo, PSDB e DEM perfilaram-se, na noite desta quarta-feira, ao lado dos projetos de dois expoentes do petismo. Aprovou-se, num piscar de olhos, proposta de Tião Viana (PT-AC) que injeta R$ 23 bilhões no orçamento da Saúde até 2011. Mais: foi de roldão emenda de Paulo Paim (PT-RS). Enganchou num projeto do Planalto emenda que estende os reajustes do salário mínimo aos aposentados do INSS.
Curiosamente, coube a José Agripino Maia (RN), líder do DEM, sugerir à mesa que apressasse a análise de emendas provisórias que travavam a pauta, para chegar às propostas dos petistas. Obteve o apoio entusiasta do colega Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB. Aloizio Mercadante (PT-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR), que, até a véspera, reclamavam da tática obstrucionista da oposição, puseram-se a fazer reparos aos projetos dos seus colegas de bancada. Jucá disse que a proposta de Tião Viana cria dificuldades para o governo ao vincular receitas do Orçamento à área da Saúde. Espera que a Câmara, próximo estágio do projeto, promova ajustes. Mercadante ponderou que os aposentados não poderiam receber os mesmos percentuais de reajuste do salário mínimo. Disse que o projeto de Paulo Paim não indica a fonte da nova despesa. Lembrou a providência agravará os desequilíbrios de caixa da Previdência, já às voltas com um déficit anual de cerca de R$ 44 bilhões. O governo cobrava da oposição que deixasse de birra e começasse a tratar de temas que interessam ao brasileiro. Por uma noite, tucanos e ‘demos’ mudaram de assunto. A julgar pela cara feia de Jucá e de Mercadante, o Planalto talvez preferisse a manutenção da operação padrão oposicionista.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online. 1004.

PARMALAT: "COLOCANDO EM COPOS LIMPOS..."

Com aquisições, Parmalat tenta voltar ao topo

- Com aquisições e acordo para uso de marcas, a Parmalat deve encerrar 2008 maior do que jamais foi no Brasil, mesmo em seus anos áureos, antes da derrocada da controladora italiana que a levou à recuperação judicial, em junho de 2005. A Laep Investments, que assumiu o controle dos ativos brasileiros, anunciou ontem a assinatura de memorando de entendimentos com a francesa Danone para a compra do "negócio Poços de Caldas" e dos direitos de uso da marca Paulista por quinze anos. A receita líquida este ano deve superar R$ 1,6 bilhão, recorde obtido em 2002, prevê Marcus Elias, presidente da Laep e da Parmalat. Em 2007 foi de R$ 1,1 bilhão. Quando a Laep comprou a Parmalat, ainda hoje em recuperação judicial, restava da gigante italiana praticamente o leite longa vida, que lhe garantia 90% do faturamento. Essa dependência está prestes a terminar: a nova direção tem como meta segmentar e ampliar o portfólio de marcas e produtos. O peso do leite longa vida já caiu para 50% da receita. A Laep investiu R$ 116,49 milhões em aquisições para a Parmalat. Com isso, o número de unidades de produção (incluindo lácteos e biscoitos) saltou das seis que tinha antes de mudar de mãos para as 15 atuais, espalhadas por São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas, Goiás e Rondônia. A distribuição geográfica cai como uma luva para a estratégia de segmentação em curso. O plano é usar as redes de distribuição regionais para alavancar marcas nacionais. A prioridade da Parmalat é o mercado nordestino, "o que mais cresce em consumo de lácteos", afirma Marcus Elias. Na região, a empresa é forte com a marca Alimba. E é lá que vai retomar os iogurtes Yolat, com produção em Garanhuns (PE), onde já processa leite em pó, longa vida e pasteurizado. Também está nos planos da Parmalat investir em duas fábricas de leite em pó, de olho na exportação, "entre Minas e Rio Grande do Sul". Elias não informou o valor da transação com a Danone, mas antecipou que a intenção é ter, além do tradicional requeijão, outros produtos com a marca Poços de Caldas. Com a Paulista, o plano é fazer inicialmente leite longa vida, leite pasteurizado e bebidas lácteas. "A Poços de Caldas é líder absoluta em requeijão e a marca Paulista tem recall forte", diz. (VALOR ECONÔMICO, Págs. 1 e B16). 1004.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

JORNAL DO BRASIL
Bancos antecipam aumento de juros do cheque especial
- O Banco Central ameaça elevar a taxa básica de juros na próxima semana, mas as instituições financeiras já se anteciparam à alta. Pesquisa divulgada ontem pela Fundação Procon de São Paulo, constata aumento nos juros do cheque especial e dos empréstimos pessoais. O consumidor que precisa recorrer ao cheque especial paga em média 8,49% de taxa ao mês. É o maior índice desde setembro de 2003. Segundo especialistas, o consumidor paga a conta por uma atitude preventiva dos bancos, que dão como certa a elevação dos juros pelo Banco Central. (Págs. 1 e Economia A17). 10/04.
FOLHA DE SÃO PAULO
PF prende 16 prefeitos suspeitos de corrupção
- A Polícia Federal prendeu em Minas, na Bahia e no DF 51 suspeitos de desvio ilegal de verbas do Fundo de Participação dos Municípios. Entre os detidos pela Operação Pasárgada, estão 16 prefeitos (14 de MG e 2 da BA), incluindo os de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani (PTB), e de Divinópolis, Demetrius Pereira (PSC). O prejuízo aos cofres públicos seria de R$ 200 milhões. (pág.1)
O GLOBO
Inflação vai além do previsto e BC poderá subir juros logo
- A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, surpreendeu em março os analistas e até o Ministério da Fazenda, fechando em 0,48%, a maior taxa para o mês desde 2005 e acima da expectativa do mercado, de 0,35%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,73% acima da meta de 4,5% fixada pelo Banco Central para 2008. Já a variação anual do INPC, que mede o custo de vida para as famílias mais pobres, atingiu 5,50%. Segundo economistas, o aumento dos preços, puxado pelos reajustes dos alimentos, que já subiram 11,2% em um ano, fará o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevar a taxa básica de juros, hoje em 11,25% ao ano, já na próxima reunião, semana que vem, para 11,50% ou até 11,75%. Com a perspectiva de juros maiores no Brasil e de recessão nos EUA, prevista ontem pelo FMI, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu 1,65%. (Págs. 1, 25 a 27 e Miriam Leitão).
GAZETA MERCANTIL
BNDES repassa 108% mais em recursos para exportação
- A crise internacional de crédito, que reduziu a liquidez no mercado e encurtou os prazos de financiamentos internacionais, obrigou os exportadores brasileiros a buscar novos tipos de recursos. Essa procura elevou em 108%, no primeiro bimestre, o repasse de recursos dentro do programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), chamado BNDES-exim, que saltou de US$ 315,8 milhões para US$ 656,4 milhões. A demanda maior fica por conta da modalidade Pré-embarque, que ajuda o exportador a financiar a produção. Com isso, o Banco do Brasil, líder no repasse desses recursos, ampliou em 264% a concessão de empréstimos ao setor exportador só no primeiro trimestre deste ano, comparado a igual período de 2007. O volume passou de US$ 107,4 milhões, registrados no primeiro trimestre do ano passado, para US$ 391,1 milhões em 2008, segundo Nilo José Panazzolo, diretor de comércio exterior do BB. Entre os setores que mais demandam essa linha está o automotivo, seguido por máquinas e equipamentos e telecomunicações. "O fato de o pré-embarque ter crescido tanto denuncia que os exportadores estão usando fortemente este recurso para financiar a produção", diz Mário Mugnaini, diretor executivo de mercados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), segmento cujas vendas cresceram 27% em 2007 e contabiliza alta de cerca de 25% no primeiro trimestre deste ano.(Págs. 1 e A7).
CORREIO BRAZILIENSE
As ceias nada santas do senhor reitor
- Em meio aos documentos investigados pelo Ministério Público, uma pilha de 50 notas fiscais se destaca. Elas mostram como cerca de R$ 370 mil da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que deveriam ser investidos na melhoria da saúde dos povos indígenas acabaram beneficiando outra "tribo": financiaram viagens, recepções e até banquetes oferecidos pelo reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland. Um dos restaurantes mais requintados da cidade, no Lago Sul, foi fechado para receber 39 convidados. O jantar custou R$ 5.172,80. As revelações reforçam as denúncias de improbidade no uso de dinheiro público e fortalecem os protestos para que Mulholland deixe o cargo. Devido à invasão da reitoria, ocupada por um grupo de estudantes desde a quinta-feira passada, a folha de pagamento dos servidores da UnB corre o risco de atrasar. (Págs. 1, Tema do dia, 33 a 36).

DOSSIÊ: "... E NÃO SE FALA MAIS NISSO!"


Deve-se a Lula a decisão da ministra Dilma Rousseff de não mais falar sobre o dossiê que vazou do Planalto com gastos da gestão FHC. Em conversa privada com a chefe da Casa Civil, ocorrida há quatro dias, o presidente recomendou o silêncio. Tenta evitar que se aprofunde o desgaste de uma auxiliar que trata como alternativa sucessória para 2010. No final de semana, Lula avaliara com outros integrantes de sua equipe a entrevista coletiva que Dilma concedera na sexta-feira (4). A ministra fora ao encontro dos repórteres nas pegadas da edição da Folha que trouxe a reprodução de planilhas eletrônicas saídas dos computadores da Casa Civil. Restou no Planalto a impressão de que Dilma não se saiu bem. Lula atribui parte do infortúnio da ministra à má vontade da mídia. Ele bate duro. Diz que a imprensa “construiu” uma “tese”: de que o Planalto montou um dossiê. E não dará o braço a torcer. Ainda que reste comprovado que o que há é um mero “banco de dados”, versão sustentada por Dilma. Na última terça-feira, a ministra deixou evidenciado que vai seguir à risca o conselho do chefe. Questionada, de novo, sobre o dossiê, ela saiu pela tangente: "Eu não vou dar essa entrevista. Enquanto ela [a Polícia Federal] estiver investigando, eu não falo." Arma-se para a próxima semana um teste de fogo para Dilma. Operadores políticos do Planalto negociam a ida da ministra à Comissão de Infra-Estrutura do Senado. Convocada graças a um cochilo dos aliados do governo, ela não tem como fugir do embate. Vai ao Legislativo, em tese, para falar sobre o PAC. Mas será crivada de perguntas sobre o dossiê, das quais tucanos e ‘demos’ não abrem mão. Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado, diz que não vai permitir que o objetivo da sessão seja desvirtuado. Alega que o requerimento que convocou a ministra menciona exclusivamente o PAC. E diz que é sobre isso que ela vai falar. Nada mais. A sessão será concorrida. Há no regimento dispositivos que permitem aos governistas bloquear indagações que fujam do script. A oposição, porém, acha que o eventual silêncio da ministra será ainda mais devastador para a imagem dela do que a produção de respostas sobre o dossiê. Avalia-se que, falando, Dilma não dirá nada além do que já disse. Calando, como que passará um atestado de insegurança. Daí a decisão de fustigar a ministra. Mesmo entre os aliados do Planalto, a estratégia de montar em torno da ministra um círculo de proteção é vista com reservas. “Ora, se ela não tiver condições de enfrentar meia dúzia de perguntas da oposição, como poderá se apresentar depois como candidata à presidência?”, pondera o líder de um dos partido que integram o consórcio governista. A suposta fragilidade de Dilma é, precisamente, o que desejam realçar os senadores do PSDB e do DEM.
Escrito por Josias de Souza. Folha Online, 1004.

LULA & TERCEIRO MANDATO: NEGAÇÃO

Lula se incomoda com proposta de terceiro mandato

HAIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou nesta quarta-feira, 9, incômodo com a volta da proposta de terceiro mandato à cena política. Durante o vôo entre Brasília e Roterdã, na Holanda, onde desembarcou para uma viagem de quatro dias aos Países Baixos e à República Tcheca, Lula contou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que autorizou a bancada do PDT a bombardear a idéia. "Eu já disse que é para parar com esse assunto", disse Lula, segundo relato de Campos. Em reunião com quatro senadores do PDT, na terça-feira, 8, o presidente ameaçou entrar no ringue contra o PT se companheiros de partido teimarem em mexer na Constituição para encaixar a emenda que prevê o terceiro mandato, em 2010. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que estava no encontro, disse que Lula não escondeu a contrariedade. "Se o PT insistir nessa história de terceiro mandato, eu rompo com o PT", esbravejou. Integrante da comitiva de Lula, Eduardo Campos afirmou que ele não repetiu o comentário nesta quarta-feira, 9. Comentou, porém, que não gostou de ver o assunto ressurgir, quando já estava praticamente sepultado. "Eu também sou contra o terceiro mandato e a discussão desse tema, agora, só atrapalha o governo, que vai muito bem em todos os setores", observou Campos. Em Brasília, ninguém na cúpula do PT levou a sério a ameaça de Lula. "É mais fácil o Corinthians ser campeão paulista do que o Lula romper com o PT", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), numa referência bem-humorada ao time do presidente, que foi desclassificado ao disputar o título. Berzoini disse que o PT não apóia o terceiro mandato e quer que as mudanças defendidas pelo partido, como o fim da reeleição, sejam aplicadas apenas para os próximos governantes, não para os atuais. "Não vamos fazer como o ex-presidente Fernando Henrique, que derrubou as regras para atender a sua conveniência partidária e permitir a reeleição", provocou. Nem mesmo o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que prega mais tempo no poder para Lula, ligou para a cobrança do presidente. "Se Lula sair do PT vai para onde? Para Garanhuns?", ironizou o deputado, numa referência à terra natal do petista. "Ele está bravo, mas eu estou muito calmo, porque estou do lado do povo." Devanir começará a coletar na próxima semana as 171 necessárias para apresentar proposta de emenda constitucional que prevê a ampliação do mandato do presidente, governadores, prefeitos, deputados federais, estaduais, distritais e vereadores de quatro para cinco anos. O polêmico projeto embute uma manobra: não menciona explicitamente a possibilidade de mais um mandato, mas oferece o pacote de cinco anos no cargo, acompanhado do fim da reeleição. "Ao mudar a Constituição, abrimos uma brecha para Lula pensar lá na frente se quer disputar e governar mais cinco anos", admitiu Devanir. "Isso tem risco, porque qualquer um pode pegar carona nessa proposta e pôr lá a emenda do terceiro mandato", admitiu o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PT-PE). Auxiliares de Lula informaram nesta quarta-feira, 9, que ele quer aproveitar a viagem ao exterior para esfriar o debate eleitoral. Em conversas reservadas, admitiu que foi um erro ter lançado a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão com tanta antecedência. No Planalto, a avaliação é de que Dilma só virou alvo no episódio envolvendo a produção de um dossiê contendo gastos do governo Fernando Henrique por ter aparecido como herdeira preferida de Lula. Na viagem, o presidente disse que a população não quer saber de debate eleitoral nem de cartões corporativos: está interessada em emprego, salários e melhoria da qualidade de vida.
Tânia Monteiro e Vera Rosa, de O Estado de S. Paulo. 1004.