PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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terça-feira, setembro 04, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] MENSALEIROS, 'UNI-VOS'! [II]*






[Chargistas: Angeli, JBraga, Mangabeira, Nani, JBosco].
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(*) Em fevereiro de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançaram o Manifesto Comunista, com seu famoso motto: “Trabalhadores de todo mundo, uni-vos. Nada tendes a perder senão vossas cadeias”.

'CADE' & 'SHOPPING CENTER' [In:] 'MARKET-SHARE' & 'BRAZIL'

Cade julga cláusulas de exclusividade de shoppings centers

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve julgar nesta terça-feira (4) um processo administrativo envolvendo a proposta do Shopping Iguatemi para acabar com contratos de exclusividade. Em 2004, o shopping foi condenado a pagar uma multa de 1% do faturamento bruto de um ano e a cancelar as cláusulas de raio, mas conseguiu uma liminar suspendendo a decisão do Cade. No entanto, enfrenta agora uma outra representação feita pela Associação Brasileira dos Lojistas de Shoppings (Alshop). Shoppings diferentes costumam ter marcas diferentes por causa dos contratos de exclusividade; muitas vezes, o lojista é proibido de instalar uma filial a um raio de X quilômetros de distância ou em outros shopping centers da cidade – os já existentes e também os futuros. Em troca do perdão de metade da multa, o Iguatemi enviou ao Cade uma proposta na qual compromete-se a reduzir o raio de exclusividade para dois quilômetros e excluir as cláusulas de parte dos contratos. "Eu já tive que andar e atravessar a cidade inteira pra vir até um shopping. Eu acho ruim”, conta a hoteleira Gisele Portela. O Cade abriu uma consulta pública antes de decidir: 21 entidades do setor se manifestaram; 16 foram contra. Uma delas foi a Associação Brasileira de Franchising (ABF), que orienta os lojistas a não assinar ou a desrespeitar as cláusulas de exclusividade. O dono de uma rede de restaurantes e também diretor da ABF segue o próprio conselho: tem lojas no Shopping Iguatemi e em vários concorrentes. “A luta vai ser através da Justiça, provar na Justiça que isto não é uma cláusula legal. Não faz parte de nossa Constituição”, acredita Fernando Perri. Para a advogada Tatiana Lins Cruz, que representa vários shopping centers de São Paulo, a prática fere o princípio constitucional da livre concorrência. “Práticas que visem a dominação de mercados ou a eliminação de concorrentes são proibidas, e as cláusulas de exclusividade são usadas com esse fim específico, de fechamento de mercado”, afirma. Já o diretor da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) defende a exclusividade. “A essência desse negócio, dessa cláusula, é você defender o investimento feito pelo empreendedor e pelos demais lojistas na presença de um lojista no shopping", argumenta Luiz Fernando Veiga. Até o fim do ano, pelo menos 13 shoppings vão ser inaugurados no Brasil, cinco deles em São Paulo. Exatamente nesse momento de investimentos e negociações com os lojistas, a guerra dos shoppings ganha mais um capítulo: uma tentativa de trégua. O Shopping Iguatemi não quis falar sobre o processo. G1, SP.

RENAN CALHEIROS & ROMERO JUCÁ [In:] RÔMULO & REMO *

Corregedor avisa que Jucá é alvo também

Brasília - O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou ontem que vai incluir nas investigações sobre as novas denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a acusação de que o líder do governo, senador e ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), também estaria envolvido em suposto esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB. Tuma destacou que, se ficar comprovada participação de Jucá, o líder do governo terá de dar explicações. "Cada um responde pela sua responsabilidade. Se tiver mais alguém, tem que dançar. A valsa não toca só para um. Quem é acusado tem responsabilidade idêntica. Você não isola um porque o outro aparece", afirmou. Desde o início das denúncias contra Renan Calheiros, Tuma tem dito estar se empenhando para que a apuração tenha resultado. Até agora, porém, nada de concreto foi apresentado pela Corregedoria do Senado. O mesmo aconteceu em relação ao caso do senador Gim Argello (PTB-DF). O ex-suplente de Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou no começo de julho para escapar de processo de cassação, também seria investigado pela Corregedoria do Senado, mas até o momento nada foi apresentado pelo órgão. Gim Argello é acusado de grilagem de terra, entre outras denúncias, como participação em desvio de dinheiro público no esquema flagrado pela Operação Aquarela, da Polícia Civil. Tuma disse esperar ter ainda hoje acesso ao depoimento que o advogado Bruno de Miranda Lins prestou à Polícia Civil do Distrito Federal há um ano. À época, o advogado acusou seu ex-sogro, o lobista Luiz Garcia Coelho, de operar para diversos políticos do PMDB com recursos desviados de ministérios. Coelho é pai de Flávia Garcia Coelho, funcionária do gabinete de Renan e ex-mulher de Bruno Lins. A acusação foi feita pelo advogado em meio à sua separação litigiosa. "Ele (Lins) não pode deixar de comprovar o que falou. Essa era uma briga familiar incluindo algo que o sogro, como lobista, provavelmente tenha feito", disse Tuma. Segundo a mais recente denúncia, Renan e Jucá teriam beneficiado o banco BMG para a concessão de crédito consignado. Em troca, a instituição financeira teria pago propina aos integrantes do esquema. Jucá esteve no Senado no início da tarde e disse apenas que as denúncias contra ele "não têm fundamento". Mais tarde, afirmou, por meio de sua assessoria, que quando assumiu o Ministério da Previdência, em 2005, o crédito consignado já existia no País. Ele disse ainda que, ao ser informado da suspeita de que o BMG tinha sido favorecido, pediu à força-tarefa do ministério que fizesse uma auditoria e "nada foi constatado". Ana Paula Scinocca e Rosa Costa, Estadão.
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(*) Rômulo e Remo são dois irmãos que, de acordo com o mito de fundação da cidade de Roma, teriam sido criados por uma loba. www.pt.wikipedia.org

THALES FERRI SCHOEDL: CORREÇÃO PELA [IN]JUSTIÇA

Conselho afasta do cargo promotor acusado de assassinato

O Conselho Nacional do Ministério Público suspendeu nesta segunda-feira o vitaliciamento concedido na semana passada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de São Paulo ao promotor Thales Ferri Schoedl. Ele é acusado de ter matado um rapaz e ferido outro a tiros, em 2004, no litoral paulista. Em decisão unânime, além de suspender o vitaliciamento, os conselheiros afastaram Schoedl das funções de promotor. As duas medidas têm caráter temporário. No último dia 29, o Colégio de Procuradores havia decidido manter o promotor no cargo por um placar de 16 votos a 15. Com a decisão, Schoedl continuaria recebendo o salário de cerca de R$ 10.500 por mês e ganharia o direito de não ir a júri popular, ou seja, de ser julgado pelo crime pelo Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo. Por telefone, a reportagem ainda não conseguiu confirmar com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, se Schoedl continuará recebendo o salário e com direito a ser julgado diretamente pelo TJ. No Ministério Público, cada promotor se torna vitalício no cargo depois de exercer a carreira por dois anos. Quando o crime ocorreu, Schoedl era promotor substituto em Iguape (litoral de São Paulo) havia apenas um ano e três meses. Schoedl está afastado das funções desde o crime. Na semana passada, quando o Órgão Especial do Colégio de Procuradores determinou que Schoedl retomasse as funções de promotor, ficou definido que ele atuaria em Jales (585 km de São Paulo), onde o rapaz morto viveu com a família na década de 1990. Os moradores da cidade protestaram e, na sexta-feira (30), o Ministério Público concedeu 30 dias de férias ao promotor, a pedido dele. O crime ocorreu na saída de um luau. As vítimas faziam parte de um grupo que teria mexido com a namorada de Schoedl. Ele foi preso horas depois do crime e alegou legítima defesa. O acusado disse que foi cercado após uma discussão e que disparou contra o chão, para dispersar os rapazes, que teriam imaginado que as balas eram de festim. Acuado, então, ele atirou na direção dos jovens. Entretanto, ao contrário da versão apresentada por Schoedl, testemunhas ouvidas pela polícia disseram que, após passar pelo grupo de jovens, o promotor iniciou uma discussão, por achar que eles olharam para sua namorada. Em seguida, teria sacado a arma, atirado no chão e depois na direção dos garotos. Diego Mendes, 20, que era jogador de basquete, não resistiu aos ferimentos e morreu. Um outro jovem ficou ferido.

ELEIÇÕES 2008 & 2010: À ESQUERDA DA ESQUERDA!

Partidos se preparam para 2010; Ciro é tratado como candidato

Um dia depois de o PT decidir que vai discutir a sucessão presidencial com os partidos da coalizão, seis legendas que integram a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializaram nesta segunda-feira um bloco nacional de esquerda de olho nas eleições de 2008 e 2010. PDT, PC do B, PSB, PRB, PHS e PMN se uniram para mostrar força para o próprio PT na escolha do candidato. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) foi recebido na cerimônia de lançamento do bloco realizada hoje, em São Paulo, como um dos possíveis candidatos a presidente em 2010. Mas amenizou o tom quando questionado sobre o assunto e preferiu exaltar o governo Lula, apesar de a platéia formada por quase 1.000 militantes --a maioria do PSB-- gritar palavras de ordem como se já estivesse em campanha eleitoral. "Acho que discutir 2010 não é prudente para nenhum de nós, que temos a obrigação central de reforçar a possibilidade de êxito do governo Lula", afirmou. Depois, durante discurso para a militância, Ciro destacou a importância da unidade do bloco para realizar mudanças no país, o que só será possível por meio de eleição com candidato próprio. "Só faremos a política que o Brasil precisa se tiver a unidade de todas as forças diferentes dos valores de esquerda", disse. Ciro classificou como "absolutamente normal" o fato de o PT indicar o nome do candidato a presidente, pois é o partido "mais importante" do país. "Não tem nada demais que o partido mais importante brasileiro, que é o PT, pretenda lançar um candidato [a presidente] de seus próprios quadros. Isso é absolutamente normal", afirmou. Porém, o socialista não descartou a possibilidade de um dos partidos do bloco apresentar um nome para a sucessão presidencial. "O bloco, pelo mesmo argumento [do PT] também tem a sua legítima pretensão individualmente [de lançar candidato]", comentou. O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) admitiu que a união dos partidos de esquerda é uma forma de se fortalecer para a disputa presidencial, inclusive entre os partidos da própria coalizão. "Na política, não conheço a história de se dar a vez a ninguém se você quer ter vez. Só consegue as coisas na disputa, e é isso o que a gente está fazendo aqui [no bloco de esquerda]. Na política você tem que disputar e ter força, e é o que nós estamos procurando fazer", afirmou o líder comunista, sobre a criação do bloco. O líder do bloco na Câmara, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, explicou que o grupo se uniu primeiramente no congresso e agora se prepara para as eleições. Além disso, o pedetista não descartou a possibilidade de o bloco "ajudar" ou até "pressionar" o governo Lula a realizar compromissos assumidos durante a eleição. "Temos que puxar os interesses para os interesses da população", afirmou. Folha Online, Regiane Soares.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Novo chefe da PF defende escutas e diz que investigação valorizará conteúdo. O novo diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, defendeu hoje a utilização das escutas telefônicas nas investigações. Ele assumiu hoje o lugar de Paulo Lacerda. Seu antecessor foi transferido para a chefia da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). "A PF não opera com escuta ilegal. O que nós temos de ter consciência é que as escutas fazem parte de um ciclo de investigação criminal", disse ele.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u325449.shtml
Aliado apresentará voto separado pela absolvição de Renan. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) vai apresentar voto em separado na reunião do Conselho de Ética desta quarta-feira para defender a absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo a que responde por quebra de decoro parlamentar. Além de Salgado, o relatório do senador Almeida Lima (PMDB-SE) --que também defende a absolvição de Renan-- será apresentado ao conselho como um voto em separado. O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), colocará em votação o relatório dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), que aponta oito razões para Renan perder o mandato. Na opinião de Salgado, o texto dos dois relatores possuem inconsistências que comprometem o seu conteúdo.
DEM estuda pedir abertura de quarto processo contra Renan. O DEM está disposto a apresentar à Mesa Diretora do Senado nova representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) caso o PSOL desista de pedir investigações sobre as mais recentes denúncias que atingem o peemedebista. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que as investigações são necessárias para mostrar que o presidente do Senado está envolvido em uma série de irregularidades. "Se o PSOL não entrar com a representação, nós democratas cogitamos entrar. Mas uma representação é melhor que duas para não tumultuar o processo. Como o PSOL anunciou, vamos aguardar. O senador Renan está com muitas dificuldades para provar que é inocente", afirmou.

MINISTÉRIO DA SAÚDE: RECURSOS PARA O 'SUS'

União joga a culpa do caos sobre os Estados

Brasília - Depois de idas e vindas, o governo federal finalmente confirmou ontem a liberação de R$ 2 bilhões a mais para o Ministério da Saúde usar no reajuste das tabelas do SUS em 2007. Mas os dois ministros que anunciaram a medida aproveitaram para culpar os Estados pela crise que afetou principalmente o Nordeste, com paralisações de profissionais, e vitimou ontem, no Espírito Santo, mais uma pessoa por falta de atendimento - uma mulher de 27 anos, grávida de 5 meses. Os ministros da Saúde, José Temporão, e da Fazenda, Guido Mantega, distribuíram uma lista na qual acusam 19 governos estaduais de não cumprirem o piso constitucional de aplicação de recursos na saúde. Pela Constituição, os Estados devem aplicar 12% das suas receitas tributárias em ações e programas de saúde pública. Nos relatórios que encaminham ao Tesouro Nacional, a maioria dos Estados declara estar cumprindo esse piso, mas o Ministério da Saúde refez os cálculos, expurgando despesas que não são típicas de saúde, e descobriu que faltam R$ 5,7 bilhões para chegar ao mínimo."Se os Estados cumprissem a Emenda Constitucional nº 29, a situação da saúde seria menos dramática", desabafou Mantega. É essa emenda que estabelece que União, Estados e Municípios devem destinar uma quantia determinada de seu orçamento para gastos em Saúde. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, o Estado em pior situação é o Rio Grande do Sul, que teria aplicado em saúde apenas 4,99% de sua receita em 2005, seguido por Minas, com um índice revisado de 6,87%. São Paulo também aparece na lista, mas por muito pouco: 11,69%. Segundo Temporão, uma das medidas que o governo estuda adotar no âmbito do que chama de PAC da saúde é regulamentar a definição das despesas que os Estados podem contabilizar dentro do piso. "A medida mais drástica é chamar os Estados e municípios a sua responsabilidade", ameaçou. Frente Parlamentar da Saúde não nega que haja má gestão dos recursos do SUS e que alguns Estados se aproveitam da falta de regulamentação da emenda 29 para fazer investimentos que não podem ser considerados "ações de saúde". Mas a União, disse ontem o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que preside a frente parlamentar, também não pode negar que "a tabela do SUS foi reajustada em 37% do Plano Real até outubro do ano passado, enquanto o IGP-M (índice de inflação que melhor capta os custos de saúde) acumulado no mesmo período foi de 418%". Os dados, segundo o deputado, são do Centro de Estudos e Pesquisa Econômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, o colapso do atendimento nos Estados do Nordeste é só um exemplo do problema causado pelo repasse de valores defasados. Terra afirma que, enquanto os investimentos em saúde de Estados e municípios cresceram nos últimos anos, o governo federal diminui seu investimento proporcional. "Na década de 80 o governo era responsável por 70% dos recursos em saúde, em 2000 colocava 57%, hoje, 48%", diz. Um dos gargalos do SUS, afirma o presidente do Conass, é a má remuneração dos procedimentos de média complexidade. "Em um parto normal, por exemplo, um médico ganha cerca de R$ 30.""Houve um aumento significativo nos recursos destinados à saúde. Mas ainda está longe do suficiente", afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Consems), Elvécio Miranda, de Belo Horizonte.Entre 2000 e 2005, o gasto público total com saúde cresceu 110%. O gasto anual por pessoa passou de US$ 110 para US$ 153. Mesmo assim, o investimento público em saúde é 10 a 15 vezes menor que o do Canadá e o da Austrália, por exemplo. Emergencialmente, a equipe econômica aceitou antecipar o desembolso de R$ 2 bilhões que, segundo Mantega, estava programado para o final do ano. Na semana passada, quando Temporão anunciou a liberação da verba, o ministro da Fazenda chegou a negar. Ontem, argumentou que a decisão ainda não estava fechada naquele momento."Estamos apenas antecipando os recursos para cumprimento da emenda constitucional", disse o ministro, referindo-se à regra que também vale para a União. Mas, enquanto Estados e municípios têm de aplicar 12% e 15% da receita, respectivamente, o piso de gasto da União não está vinculado às suas receitas, mas ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A regulamentação da emenda 29, que aguarda votação no Plenário da Câmara, sugere nova fórmula de vinculação para os gastos da União: ela teria de reservar 10% das receitas correntes.Temporão afirmou ainda que, até a próxima semana, já deve apresentar uma proposta preliminar do PAC da saúde para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas não quis antecipar detalhes. Apenas adiantouu que deve incluir no pacote a proposta de obrigar os planos de saúde suplementar a ressarcirem o SUS quando seus conveniados usarem hospitais públicos. Sérgio Gobetti, Lígia Formenti e Emilio Santanna, Estadão.

PARADA DE 7 DE SETEMBRO: GRADES NÃO BARRAM VAIAS!

Gasto com desfile de Sete de Setembro aumenta 41%

O desfile de Sete de Setembro custará aos cofres públicos 41% a mais do que no ano passado. O aumento nos gastos se dá, entre outras razões, porque o governo decidiu ampliar a extensão das grades de isolamento na Esplanada dos Ministérios. Veja reportagem completa na edição desta terça da Folha de S. Paulo (conteúdo exclusivo para assinantes da Folha e do UOL). Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, a infra-estrutura do evento terá um custo de R$ 2,2 milhões. Em 2006, o gasto ficou em R$ 1,4 milhão, segundo a Secom. O percentual de aumento considerou a inflação pelo IPCA medida no período. O Planalto espera reunir 40 mil pessoas na Esplanada, na próxima sexta-feira. Procurada para explicar os gastos, a Secom disse que a diferença deste ano para o ano passado se deve ao aumento da estrutura do desfile. A Esplanada dos Ministérios ganhará 30 banheiros químicos a mais do que em 2006, quando havia 90. Além disso, as grades terão, neste ano, 9.500 metros de extensão contra 7.500 metros do ano anterior. Procurado pela Folha, um representante da empresa João Palestino Eventos, vencedora do pregão eletrônico e responsável pela montagem da infra-estrutura do Sete de Setembro, disse que os gastos são maiores porque cresceu, neste ano, a estrutura do evento. Também disse que a realização dos Jogos Pan-Americanos elevou o preço de muitos equipamentos utilizados nesse tipo de evento. Só com as grades de proteção, segundo ele, foram gastos R$ 245 mil. No dia 13 de julho, na abertura dos Jogos Pan-Americanos no Maracanã, no Rio de Janeiro, Lula foi vaiado por grande parte da platéia. O ato gerou reações do presidente e do governo federal. Lula comparou as vaias com uma festa, em que é convidado, mas sua presença não é bem-vinda. Em 2005, no auge do escândalo do mensalão, Lula passou por constrangimentos na solenidade: manifestantes pediram o seu impeachment e se posicionaram com faixas numa área em frente ao seu palanque.

GOVERNO LULA: CONTRATAR "É PRECISO"

Orçamento do ano que vem prevê criação de quase 29 mil cargos

Brasília - A proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional na semana passada prevê a criação de 28.979 cargos no serviço público da União no próximo ano. Ao todo, está prevista a contratação de um total de 56.348 novos servidores, pois além das vagas criadas há as que foram abertas pelos mais diversos motivos, entre eles a aposentadoria. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai também iniciar o que chamou, em sua mensagem ao Congresso, de "segunda etapa" da reestruturação das carreiras do Executivo. O gasto anual com a contratação dos mais de 56 mil servidores será de R$ 3,495 bilhões. Em 2008, contudo, o custo ficará em R$ 1,897 bilhão, pois os novos funcionários tomarão posse ao longo do ano. Com a "segunda etapa" de reestruturação das carreiras no Executivo, o governo planeja gastar R$ 3,704 bilhões. Do total de contratações, 40.032 serão feitas no âmbito do Executivo, 12.604 no Judiciário, 1.417 no Legislativo e 2.295 do Ministério Público da União. Nem todos os novos contratados serão admitidos por concurso público. Mas o governo espera substituir até 11.446 servidores terceirizados por pessoas concursadas, conforme mensagem do presidente que acompanhou a proposta orçamentária para 2008. De acordo com a mensagem de Lula, o governo federal pretende fazer, no ano que vem, a "recomposição da forma de trabalho do Poder Executivo nas áreas de atuação estratégica do Estado, como segurança pública, saúde, educação, formulação de políticas públicas e gestão governamental". O texto explica que isso se dará "tanto por meio da criação ou da reestruturação de planos de cargos e carreiras e da reestruturação da remuneração do servidor, como também pelo recrutamento e seleção de novos servidores qualificados por concurso público". No tocante à reestruturação de carreiras do funcionalismo federal, o governo pretende, no âmbito do Poder Executivo,"dar início a uma segunda etapa, focada não mais exclusivamente em incremento remuneratório e correção de distorções, mas também em aprimoramento da composição das tabelas remuneratórias e da estruturação de planos e carreiras, com a implementação gradual de medidas adotadas a partir deste exercício". As despesas com pessoal ativo e inativo da União subirão de R$ 118,1 bilhões este ano para R$ 130,8 bilhões em 2008, um crescimento de 10,75%. Essas despesas estão, portanto, crescendo em ritmo maior do que a economia. Por isso, elas passarão de 4,69% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,74% do PIB. 28.979 cargos serão criados no governo federal, de acordo com a proposta orçamentária enviada na semana passada ao Congresso56.348 novos servidores serão contratados, ao todo, para preenchimento dos postos criados e dos que já estavam vagos por diversos motivos40.032 contratações das 56.348 ocorrerão no Poder Executivo. O restante será distribuído pelo Legislativo, Judiciário e Ministério Público da União. Estadão. Ribamar Oliveira.