PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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terça-feira, abril 29, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "BOLAS"? "ORA BOLAS!!!"











STF: AOS AMIGOS...

Presidente do STF arquiva ações contra ex-ministros

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, determinou o arquivamento de duas ações de improbidade administrativa contra ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso. Nas ações, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, do Planejamento José Serra e da Casa Civil Pedro Parente eram acusados de prejudicar os cofres públicos no processo em que o Banco Central auxiliou os bancos Econômico e Bamerindus, através do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Segundo o Ministério Público Federal, a assistência financeira feita para evitar a falência do Econômico teria custado R$ 2,975 bilhões. Além dos ministros de Estado, o MPF contestou ainda a suposta participação de ex-presidentes do Banco Central, como Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco no auxílio aos bancos. Gilmar Mendes teve participação ativa no governo FHC e sempre foi um crítico contumaz das ações movidas por procuradores da República contra autoridades do governo. Ele foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil entre 1996 e 2000 e advogado-geral da União, entre 2000 e 2002. A gestão de Mendes na AGU foi tão importante estrategicamente para o governo FHC, que na época combatia uma profusão de ações de improbidade movidas por procuradores, que o então presidente promoveu Mendes ao cargo de ministro de Estado. Depois, ao assumir o cargo de ministro do STF, Mendes sempre criticou essas ações, chegando a ironizar, durante outros julgamentos, o fato de procuradores da República pedirem na Justiça que Malan e outros ministros de FHC fossem condenados a ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 1 bilhão. A decisão de arquivar essas duas ações foi tomada por Mendes no dia 22, véspera de ele assumir a presidência do STF. O ministro argumentou que, por serem ministros de Estado, Malan, Parente e Serra, não deveriam responder por improbidade administrativa, mas apenas por crime de responsabilidade. As ações tramitavam na 20ª e na 22ª Vara Federal de Brasília. Na primeira, o juiz chegou a condenar os ex-ministros a devolverem " verbas alocadas para o pagamento dos correntistas dos bancos sob intervenção " . Mendes argumentou que, em se tratando de ministros, " é necessário enfatizar que os efeitos de tais sanções em muito ultrapassam o interesse individual dos ministros envolvidos " . Ele ressaltou que a condenação de R$ 3 bilhões dividida entre os 10 réus " faz presumir condenação individual de quase R$ 300 milhões " . " Estes dados, demonstram o absurdo do que se está a discutir " . (Juliano Basile Valor Econômico). 2904.

REMESSA DE LUCROS: QUE BOM SER CAPITALISTA NUM "DISCURSO SOCIALISTA"...

Envio de lucros ao exterior atinge recorde

As remessas de lucros para o exterior voltaram a bater recorde no mês passado, chegando a US$ 4,345 bilhões e superando em 39% a marca anterior, que havia sido alcançada em dezembro do ano passado.
Isso fez com que as contas externas do Brasil atingissem seu pior resultado em quase dez anos, segundo o Banco Central.
No mês passado, a conta de transações correntes -que contabiliza a compra e a venda de bens e serviços com outros países- ficou negativa em US$ 4,429 bilhões, o maior déficit desde outubro de 1998. Foi o sexto mês consecutivo em que esse indicador ficou no vermelho, o que não acontecia desde 2002.
As transações correntes são formadas por balança comercial (exportações menos importações), balança de serviços (pagamento de juros da dívida externa, gastos com viagens internacionais, remessas de dividendos ao exterior, entre outros) e transferências unilaterais (dinheiro enviado ao Brasil por residentes no exterior, e vice-versa). O Brasil contabilizou um superávit nessa conta entre 2003 e 2007, graças ao desempenho da balança comercial. Mas o cenário mudou neste ano: no primeiro trimestre, essa conta teve um déficit recorde de US$ 10,757 bilhões, próximo do saldo negativo de US$ 12 bilhões que o Banco Central prevê para o ano todo. O mercado já trabalha com déficit de US$ 16,6 bilhões para o ano, segundo pesquisa feita pelo BC. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que a volta do déficit nas contas externas já era esperada. "Os números mostram uma certa deterioração no resultado de transações correntes neste início de ano. É um quadro de menor saldo comercial e remessas de lucros bem mais elevadas", afirma. Para Lopes, o crescimento no envio de dividendos ao exterior não preocupa, pois indica que as empresas que atuam no Brasil estão tendo ganhos também elevados. "Se não estivessem tendo lucro, não iriam remeter [para fora do país]."
Riscos
O economista José Luiz Rossi Júnior, professor do Ibmec São Paulo, diz que o saldo negativo nas contas externas não deve ser problema, desde que a economia continue crescendo para atrair capital estrangeiro suficiente para financiar esse desequilíbrio. "Um país que espera ter um crescimento alto normalmente apresenta déficit em transações correntes", diz, referindo-se à necessidade que um país em desenvolvimento costuma ter em importar máquinas e receber empréstimos para financiar sua expansão. Rossi também cita as elevadas reservas em moeda estrangeira que o Brasil possui atualmente -cerca de US$ 195 bilhões- como um seguro adicional que pode ajudar o país a enfrentar algum problema que surja para financiar seu déficit externo. Já a economista Adriana Dupita, da LCA Consultores, afirma que, caso o déficit em transações correntes fique insustentável, é possível contar também com um ajuste na taxa de câmbio. Ou seja, se o rombo for muito grande, uma desvalorização do real ajudaria a estimular exportações e, assim, equilibrar as contas externas. "Se vai ter superávit ou déficit [em transações correntes], não é o mais importante. Importante é se o Brasil vai continuar recebendo dólares para financiar isso", afirma Dupita. Segundo ela, mesmo num cenário externo mais incerto, os juros altos praticados no país e a expectativa de uma elevada taxa de crescimento econômico nos próximos anos devem continuar atraindo investimentos tanto financeiros quanto produtivos, ajudando a financiar o déficit externo que é esperado de agora em diante. NEY HAYASHI DA CRUZ. DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, Folha. 2904.

MST: MOVIMENTO DOS TEMPORÁRIOS?

Movimentos inflam números de acampados com "sem-terra de fim de semana"

Na região de maior conflito agrário de São Paulo, o Pontal do Paranapanema (oeste do Estado), movimentos usam "sem-terra de fim de semana" para engrossar suas fileiras nas invasões de fazendas e protestos pela reforma agrária.
Muitos dos "acampados" vivem em casas (de aluguel ou até mesmo próprias) na zona urbana das cidades e visitam os barracos apenas nos finais de semana para participar de assembléias --nas quais a presença é obrigatória-- ou na data da distribuição de cestas básicas cedidas pelo governo federal.
Nos acampamentos, essas pessoas são chamadas de "andorinhas", porque, segundo alguns sem-terra ouvidos pela reportagem, surgem "como numa revoada" e pouco tempo depois deixam o local. Apesar de não existirem dados sobre a quantidade desse tipo de sem-terra, os próprios grupos admitem o fato e afirmam tolerar a prática. No último dia 2 de abril a Folha visitou três acampamentos em dois municípios do Pontal. São inúmeros os relatos sobre a atuação dos "andorinhas". Nessas cidades, a reportagem encontrou quatro pessoas que admitiram ser sem-terra por alguns dias --uma delas é coordenadora do MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra) no Pontal. A Folha apurou que o sem-terra esporádico é aceito pelos movimentos para não evidenciar o esvaziamento dos grupos, afetados por dois motivos: adesão aos programas assistenciais do governo federal, como o Bolsa Família, e oferta de trabalho nos canaviais. Em novembro, a Folha publicou levantamento baseado em dados do Ministério do Desenvolvimento Social e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) que apontou o Bolsa Família como determinante para o esvaziamento dos movimentos sem-terra durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse período, o número de famílias acampadas sofreu redução de 82,6% _em 2003 eram 59.082; em 2006, 10.259. Já o corte da cana empregou só no ano passado, no Pontal, 3.000 trabalhadores, segundo o sindicato da categoria. Com mais gente recrutada, os grupos podem intensificar os protestos e a reivindicação de benefícios do governo, como cestas de alimentos.
Da casa para o barraco
Sob a condição de não ser identificado, um homem de 45 anos, morador na periferia de Presidente Epitácio (655 km de SP), disse possuir, há quatro anos, um barraco no acampamento Jahir Ribeiro, que foi criado em 2003 às margens de uma rodovia vicinal do município e que chegou a reunir até 4.000 famílias acampadas. Hoje o acampamento, propagado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como o maior do país e um dos maiores do mundo, é o retrato do abandono _apenas 22 famílias do MST e MLST vivem, de fato, na área. Nos finais de semana, a presença nas assembléias eleva o número de "moradores" para 70, dizem os próprios acampados. O "andorinha" ouvido pela reportagem afirma que viveu em barraco um ano e meio, até se mudar para uma "casinha de aluguel" de R$ 180 mensais. Ele disse que trabalha de "servente de pedreiro a piloteiro de barco", uma espécie de guia de pesca. Ainda em Presidente Epitácio, outro "andorinha" de 39 anos disse que trabalha num frigorífico, mora com a mãe e dois irmãos numa casa na zona urbana, mas também possui um barraco no Jahir Ribeiro. Ele afirmou que "marca presença" no acampamento quando não está trabalhando.
Outro "andorinha" foi localizado num acampamento do Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) em Regente Feijó (556 km a oeste de SP). Aos 50 anos, o homem se identificou apenas como Airton e disse ser agricultor, estar cadastrado no movimento e possuir seu barraco, mas mora com a mulher e dois filhos na área urbana do município. "Saio cedo de casa para trabalhar e volto à noite, mas estou junto com o movimento na luta pela terra", disse ele. Como a organização dos acampamentos depende exclusivamente dos movimentos agrários, a questão dos "sem-terra de fim de semana" não é contemplada nas normas de seleção para assentamento dos governos federal e estadual.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

29/abril/2008
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JORNAL DO BRASIL
Tráfico infiltra-se no PAC
- A incursão policial nos morros Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e Cantagalo, em Ipanema, terminou com quatro bandidos presos. Um deles, Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, 28 anos, chefiava o tráfico e fazia expediente nas obras do PAC. Para as autoridades, a captura comprova a infiltração no programa. A operação desmantelou uma minirrefinaria de cocaína. (págs. 1 e A10).
O GLOBO
Orçamento não permite dar a servidor o que Lula prometeu
-O governo vai mandar um projeto de lei para o Congresso prevendo mais recursos para cobrir as promessas de reajustes para servidores feitas pelo presidente Lula. A lei orçamentária aprovada pelo Congresso prevê R$ 3,4 bilhões para aumentos salariais este ano, mas só os concedidos aos militares consumirão R$ 4,2 bilhões do dinheiro do contribuinte. Em março, o governo havia comprometido R$ 2,1 bilhões com o reajuste dos salários de 808 mil servidores. O déficit, portanto, já chega a R$ 2,9 bilhões. A área técnica do governo ainda não fechou as contas, porque 11 categorias do funcionalismo ainda estão em negociação. Estima-se que o rombo poderá chegar a R$ 4 bilhões. O piso salarial dos auditores fiscais da Receita Federal, que estão em greve há mês, pode subir para R$ 14 mil. (págs. 1 e 3).
"Fiat lux"
- O presidente Lula disse ontem, durante ato do PAC em Guarulhos (SP), que "ninguém consegue fazer tudo em oito, ou nove ou dez anos". Lula também afirmou esperar ter um substituto "mais abençoado" que ele próprio. (págs. 1 e 8).
GAZETA MERCANTIL
Bradesco lucra R$ 2,1 bilhões no trimestre
- O Bradesco teve lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre, 23,3% mais que em igual período de 2007. É o maior ganho de um banco privado num primeiro trimestre em 20 anos e o segundo maior incluídos os estatais, segundo a Economática. O resultado inclui os R$ 352 milhões da alienação parcial da rede de cartões Visa International. Sem eles, o lucro cresceu 11,8%, para R$ 1,9 bilhão. Para o presidente do banco, Márcio Cypriano, o desempenho foi muito favorável, pois o período foi de volatilidade. Do lucro, R$ 1,35 bilhão veio da atividade financeira e R$ 746 milhões de seguros. Ajudou no lucro o aumento de 38,5% da carteira de crédito, para R$ 169,4 bilhões. Os ativos subiram 26,1%, para R$ 355 bilhões, e o patrimônio líquido evoluiu 26,4%, a R$ 32,9 bilhões. O índice de eficiência do banco melhorou e ficou em 41,7%. Mas a rentabilidade sobre o patrimônio diminuiu de 32,6% para 28,7%, atribuída ao maior tamanho da instituição. (págs. 1 e B1).
CORREIO BRAZILIENSE
DF flagra 4 bêbados por dia ao volante
-O novo presidente do TJDF, Nívio Gonçalves, defendeu ontem pena mais rígida para quem provocar acidente de trânsito depois de ingerir bebida alcoólica em excesso. De 1º de janeiro até o dia 18 deste mês, o Detran flagrou e retirou das ruas 463 motoristas que dirigiam sob efeito do álcool. Em menos de quatro meses, o número já chega quase á metade das 1.008 autuações desse tipo registradas em 2007 inteiro. O suspeito de provocar a tragédia na qual morreram quatro pessoas domingo, em Taguatinga, estava alcoolizado e guiava em alta velocidade. É o que indicam laudo médico e exames preliminares. (págs. 1, 33 e 34).
VALOR ECONÔMICO
Lula aprova novo modelo para reforma trabalhista
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, bateram o martelo numa agenda mínima para promover "mudanças radicais" nas relações entre capital e trabalho no Brasil, após reunião de quase três horas, na noite de quinta-feira, com a participação dos dirigentes de seis centrais sindicais. Depois de oito meses de discussões e de negociações que ainda estão em curso com trabalhadores e empresários, Mangabeira produziu o documento intitulado "Diretrizes a respeito da reconstrução das relações entre o trabalho e o capital no Brasil", que será divulgado oficialmente hoje. As mudanças sugeridas pretendem reduzir drasticamente a informalidade no mercado de trabalho, reverter a queda da participação dos salários na renda nacional e reformar o regime sindical. Para isso, algumas das medidas propostas são: desonerar a folha de salários das empresas da contribuição patronal; tornar compulsória a participação dos empregados nos lucros e resultados, assegurando o acesso dos trabalhadores à contabilidade das empresas; e criar uma espécie de Consolidação das Leis do Trabalho para os trabalhadores temporários e terceirizados e instituir a representação sindical desses trabalhadores por meio dos empregados permanentes. O objetivo do governo é chegar a um conjunto de propostas previamente negociado para enviar os atos legais necessários ao Congresso Nacional até o fim do ano. "Não se trata de um amontoado de propostas, mas de um modelo institucional coerente. Houve um grau surpreendente de convergências", disse ao Valor o ministro Mangabeira Unger. Se a iniciativa for bem-sucedida, estará enterrado o regime trabalhista implantado nos anos 40 do século passado por Getúlio Vargas, que, embora tenha trazido avanços à sua época, tornou-se obsoleto ao deixar a maioria dos trabalhadores fora de sua rede de proteção.(págs. 1 e A6).
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Prefeito chileno vai distribuir Viagra grátis a homens de seu município
O prefeito chileno da cidade de Lo Prado, Gonzalo Navarrete, que também é médico, está preocupado com a satisfação sexual dos homens mais velho de sua comunidade. Ele pretende distribuir gratuitamente comprimidos de Viagra para que melhorem sua qualidade de vida, anunciou a imprensa local na segunda-feira (28). "Cada um receberá quatro comprimidos de 50 miligramas, ou seja, o suficiente para quatro relações sexuais ao mês", disse o prefeito. Os beneficiados serão todos os homens com mais de 60 anos que o solicitarem. Mas, antes de receberem o medicamento, eles deverão fazer um exame médico para descartar possíveis efeitos colaterais. A política de distribuição --inédita no país-- terá um custo inicial para a administração municipal de US$ 20 mil. (...) Apesar da ajuda do fármaco, o prefeito também aconselhou aos homens de Lo Prado para que desenvolvam seu lado amoroso. "O sildenafil (Viagra) nada produz sem uma estimulação efetiva", recomendou.
da France Presse, em Santiago (Chile). Folha Online.

COMBUSTÍVEIS: AUMENTO DE PREÇO/INFLAÇÃO

Lula deve definir reajuste de combustíveis hoje à noite

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir nesta terça-feira, às 18h30, com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão. O tema do encontro deve ser o reajuste do preço dos combustíveis. Ainda não se sabe se o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, participará da reunião. No entanto, Gabrielli, que será condecorado pelo Ministério das Relações Exteriores, passará o dia em Brasília em "stand by", segundo assessores.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, também deve participar, mas não consta da agenda do presidente. O despacho com a ministra, que retorna da viagem de trabalho de uma semana ao exterior, está previsto para as 15 horas. O presidente Lula já admitiu que o preço da gasolina está defasado, pois o combustível não é reajustado há 31 meses. Segundo assessores próximos ao presidente, ele está convencido de que o aumento do preço da gasolina é inevitável. No Palácio do Planalto, assessores do presidente lembram que o último reajuste dos combustíveis ocorreu quando o barril do petróleo estava na casa dos US$ 30. Hoje, já ultrapassa US$ 120 dólares. "Ninguém gosta de aumentar nada", comentou um ministro, justificando, em seguida, que também não se pode manter o preço defasado como está agora. A principal preocupação é com o impacto que o aumento terá na inflação. Afinal, a demanda está aquecida e já fez o Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Impacto na inflação
Os dados recebidos pelo governo indicam que o impacto do reajuste da gasolina na inflação não será tão grande quanto se pensa. "É muito menos do que se fala", atestou um auxiliar do presidente. Ele reiterou que o que tiver de ser feito em relação a esse assunto será feito, porque o governo não poderá ficar represando um reajuste eternamente. Na opinião deste auxiliar, já que o reajuste é inevitável, é melhor que seja feito logo, para evitar maiores polêmicas e especulações. O ministro Edison Lobão disse na segunda-feira que, se a Petrobrás realmente decidir elevar o preço do petróleo nas refinarias "não haverá aumento perceptível no preço do combustível na bomba". O ministro não confirmou o reajuste, embora tenha dito que a Petrobras está perdendo fôlego no mercado interno, prejudicada pela constante alta do petróleo no mercado internacional. "Se houver reajuste, será estabelecido nesta semana", disse Lobão, sem se manifestar em relação aos 5% especulados. Rosana de Cássia, da Agência Estado. 2904.

PF/"OPERAÇÃO SANTA TEREZA" [In:] Santa ?

PF diz que Paulinho tramou "escândalo" contra Kassab

Relatórios da Polícia Federal na Operação Santa Tereza atribuem ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) um plano para criar "um escândalo" que pudesse atingir o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o então secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi (PDT-SP). A estratégia culminou com a renúncia de Vinholi, no dia 7 de março. A operação da PF começou, em dezembro passado, a investigar uma casa de prostituição nos Jardins. Depois detectou um suposto esquema para desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Também interceptou diálogos telefônicos que indicariam uma trama de Paulinho para bombardear Kassab, o que abriria espaço para uma eventual candidatura do deputado a prefeito de São Paulo.
Segundo a PF, Paulinho encomendou ao coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior, 50, preso na última quinta-feira, a tarefa de colher subsídios para atingir Vinholi e Kassab. "Foi constatada a sua ligação [de Consani] com o deputado federal Paulinho, possível candidato à Prefeitura de São Paulo, para o qual, segundo diálogos de Consani com HNI [homem não identificado], Consani será responsável por criar um tumulto para atingir "GV", possivelmente Gilberto Kassab", apontou relatório do delegado Rodrigo Levin, que mais tarde corrigiu "GV" -as iniciais do secretário de Kassab. Levin escreveu em novo relatório: "Evidenciam-se também suas tratativas a fim de criar escândalo para denegrir a imagem do candidato à Prefeitura de São Paulo, possivelmente Gilberto Kassab, visando a valorizar a candidatura de" Paulinho. Um diálogo captado entre o coronel e Paulinho em 7 de fevereiro passado indica, segundo a PF, que o deputado cobrava resposta. Para a PF, Paulinho "queria saber do escândalo que Consani estaria preparando para possivelmente beneficiá-lo na eleição". "Paulinho pergunta para Consani sobre as coisas dele, se tem novidades. Consani disse que na semana que vem o menino da publicação chega para publicar", alusão a um jornalista que divulgaria a "denúncia". Consani respondeu que "os troços estão todos prontos". Entre fevereiro e março, novos nomes aparecem nas gravações como apoiadores da estratégia. Um deles, anônimo, seria funcionário da PF. Segundo a PF, Consani disse a um homem identificado como "Miguel" que já explicara a Paulinho "que precisa tomar muito cuidado para preservá-lo, não pode ser feito com pressa". O mesmo teria sido explicado "a Gaspar" (José Gaspar, vice-presidente municipal do PDT). Em outra ligação, "Miguel" disse que Paulinho expressou preocupação com a demora num resultado ("que estão muito moles as coisas").Consani respondeu que a operação demandaria tempo. "Os caras levam um ano, um ano e meio, para derrubar determinados castelos. (...) Para não envolver o nome de um amigo nosso", teria dito Consani, segundo o relatório da PF. No início de março, Consani descobriu, enfim, o que poderia ser usado contra Vinholi e Kassab. Consani contou que Vinholi teria sido suspeito de participação de três homicídios, no interior de São Paulo, e ainda fora alvo de denúncias de compra de votos. Vinholi disse ontem à Folha que é inocente no caso dos homicídios, que não foi denunciado no caso e que nunca foi intimado sobre possíveis fraudes eleitorais. Consani e outro homem fizeram contatos com jornalistas e agendaram um encontro entre um produtor de TV e Gaspar. Consani recomendou ao pedetista que desse a entender que a denúncia chegara por acaso ao PDT. A reportagem não foi divulgada. Um dia depois, Vinholi pediu demissão da secretaria.Ao mesmo tempo em que, segundo a PF, tramava contra Kassab e Vinholi, Paulinho gabava-se da atenção que Geraldo Alckmin (PSDB) lhe dava, em busca de uma aliança. Em conversa no dia 3 de março, Paulinho contou que o tucano estivera em sua casa no dia 2. Teria dito que Alckmin "está louco para fazer uma composição com nosso banco [BNDES] e com ele particularmente". RUBENS VALENTE. Folha. DA REPORTAGEM LOCAL. 2904.