PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, março 01, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] SISMOS, TREMORES e ''HUMORES''...

\o/








[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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TELEFONIA/TELEBRAS [In:] ''DANÇA COM LOBOS''

Brasil

O maior lobista do país

José Dirceu, o "consultor" mais quente da República, aparece no meio de uma bilionária operação que pretende botar em pé uma empresa estatal de internet e, claro, fazer a fortuna de alguns bons companheiros.


Fábio Portela e
Ronaldo França
Eliaria Andrade/Ag. O Globo
DO OUTRO LADO DO BALCÃO
Dirceu abandonou a militância e só pensa em sua "consultoria"

VEJA TAMBÉM

De tempos em tempos, o governo Lula se vê obrigado a explicar ne-gócios obscuros, lobbies bilionários, maletas de dinheiro voadoras e beneficiamento a grupos privados. Já é uma espécie de tradição petista. E o que une todos esses casos explosivos? José Dirceu, o ex-militante de esquerda e ex-ministro-chefe da Casa Civil que se transformou no maior lobista da República. Onde quer que brote um caso suspeito incluindo gente do PT e dinheiro alto, cedo ou tarde o nome de Dirceu aparecerá. Ele tem se esgueirado nas sombras, como intermediador de negócios entre a iniciativa privada e o governo desde 2005, quando foi expurgado do cargo de ministro por causa do escândalo do mensalão. Sem emprego, argumentou que precisava ganhar a vida e se reinventou como "consultor", o eterno eufemismo para "lobista". Passou a oferecer, então, duas mercadorias: informação (dos tempos de Casa Civil, guarda os planos do governo para os mais diversos setores da economia) e influência (como o próprio Dirceu adora dizer, quando ele dá um telefonema para o governo, "é O telefonema"). Em ambos os casos, cobra bem caro por seus serviços.

Na semana passada, um dos serviços do "consultor" José Dirceu causou um terremoto em Brasília. Os jornalistas Marcio Aith e Julio Wiziack revelaram que ele está metido até a raiz dos cabelos implantados em uma operação bilionária para criar a maior operadora de internet em banda larga do país. O negócio está sendo coordenado pelo governo desde 2003 e vai custar uma montanha de dinheiro público – fala-se em até 15 bilhões de reais. Deverá fazer a alegria de um grupo de investidores privados que, ao que tudo indica, tiveram acesso a informações privilegiadas e esperam aproveitar as ações do governo para embolsar uma fortuna. O Plano Nacional de Banda Larga – nome oficial do projeto sob suspeita – começou a ser gestado no início do governo Lula, quando Dirceu ainda era ministro. A ideia era criar uma estatal para oferecer internet em alta velocidade a preços subsidiados em todo o país – uma espécie de "Bolsa Família da web".

Dirceu passou a defender a ideia de que a nova empresa fosse erguida a partir de outras duas, já existentes, mas que estavam em frangalhos: a Telebrás, que depois da privatização do sistema de telefonia, em 1998, ficou sem função, e a Eletronet, dona de uma rede de fibra óptica que cobre dezoito estados. A Eletronet era uma parceria da Eletrobrás e da americana AES, mas, por ser deficitária, estava em processo de falência. O projeto de Dirceu era capitalizar as duas companhias e fazer com que a Telebrás oferecesse internet em alta velocidade usando a rede da Eletronet. O presidente Lula aprovou a proposta – afinal, não é todo dia que se antevê uma estatal inteira, pronta para ser aparelhada. Apesar de o projeto ter sido desenhado em 2003, só começou a se tornar público em 2007. E este foi o pulo do gato: quem ficou sabendo dos planos oficiais com antecedência teve a chance de investir nas ações das duas empresas e, agora, poderá ganhar um bom dinheiro com o desenlace do plano.

O maior beneficiário em potencial atende pelo nome de Nelson dos Santos – lobista, como Dirceu, mas de menor calibre. Em 2004, Santos (ainda não se sabe por qual canal) tomou conhecimento da intenção do governo de usar a Eletronet para viabilizar o sistema de banda larga. A maior parte do capital da Eletronet (51%) estava nas mãos da AES. Santos conhecia bem a companhia: em 2003, havia feito lobby para renegociar uma dívida de 1,3 bilhão de dólares da AES com o BNDES, e teve sucesso. Quando descobriu que a falida Eletronet poderia virar ouro, convenceu a direção da AES a lhe repassar suas ações na empresa pelo valor simbólico de 1 real. A AES topou. Achou que estava se livrando de um problemão, pois a Eletronet acumulava dívidas de 800 milhões de reais. Na reta final do negócio, Santos foi surpreendido por três outros grupos que também se interessaram pela compra – o GP Investimentos, a Cemig e a Companhia Docas, do empresário Nelson Tanure –, mas o lobista venceu a disputa. Por orientação dele, as ações da AES na Eletronet foram transferidas à Contem Canada. VEJA descobriu que a Contem de Canadá só tem o nome. Ela é uma offshore controlada por brasileiros que investem no setor de energia. Como está fora do país, ninguém sabe ao certo quem são seus cotistas. Posteriormente, metade dessas ações foi repassada à Star Overseas, outra offshore, das Ilhas Virgens Britânicas, pertencente a Santos. Offshore é a praia de Dirceu.

Com essa negociação amarrada, Santos e seus companheiros da Contem passaram a viver, então, a expectativa de que parte do dinheiro público a ser investido na Eletronet siga diretamente para seus bolsos. Para se certificar de que as iniciativas oficiais confluiriam para seus interesses, contrataram os serviços de quem mais entendia desse tipo de operação no país: José Dirceu, o "consultor". Entre 2007 e 2009, Santos lhe pagou 20 000 reais por mês, totalizando 620 000 reais. O contrato entre os dois registra o seguinte objeto: "assessoramento para assuntos latino-americanos". Se tudo corresse como o planejado, a falência da Eletronet seria suspensa e a empresa, incorporada pela Telebrás. Santos e os outros cotistas da Contem seriam, assim, ressarcidos. O lobista calculava sair do negócio com 200 milhões de reais. O que Dirceu fez exatamente por seu cliente é um mistério. O que se sabe é que em 2009 o governo tentou depositar 270 milhões de reais em juízo para levantar a falência da Eletronet e passar a operar sua rede. O caso embolou porque os credores da empresa alegaram que, se algum dinheiro pingasse, deveria ser deles, que forneceram os materiais usados na rede de fibras ópticas, e não do grupo do lobista. O imbróglio segue na Justiça.

Joe Pugliese/Corbis Outline/Latinstock
O MAIS RICO
O mexicano Carlos Slim pagou
pela consultoria do ex-ministro


Paralelamente, houve quem ganhasse na outra ponta do negócio, a da Telebrás – que está cotada para operar o sistema de banda larga e, portanto, também pode vir a valer muito dinheiro. Antes de o PT chegar ao poder, o lote de 1 000 ações valia menos de 1 centavo de real. No decorrer do primeiro mandato de Lula, o preço subiu para 9 centavos por lote. No segundo mandato, veio o grande salto. Figuras de proa do governo começaram a fazer circular, de forma extraoficial, informações sobre o resgate da Telebrás. As ações dispararam com a especulação. Sua valorização já chega a 30 000%, sem que nenhuma mudança concreta tenha sido realizada. Tudo na base do boato. O caso é tão estranho que levantou a suspeita da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão responsável por manter a lisura no mercado de ações. A CVM quer saber quem se beneficiou desse aumento estratosférico e, principalmente, se esses investidores tiveram acesso a informações privilegiadas saídas de dentro do Palácio do Planalto.

A explosiva criação da estatal de banda larga é só mais um dos muitos negócios em que Dirceu está metido. Desde que foi defenestrado do governo, o ex-militante de esquerda foi contratado por alguns dos empresários mais ricos do planeta para "prestar consultoria". O magnata russo Boris Berezovsky, proibido pela Justiça de seu país de voltar para casa, contratou Dirceu para tentar receber asilo político no Brasil e facilitar suas operações financeiras por aqui. O terceiro homem mais rico do mundo, o mexicano Carlos Slim, dono da Claro e da Embratel, pagou a Dirceu para que ele defendesse seus interesses junto aos órgãos reguladores da telefonia brasileira. No Brasil, sua lista de "clientes" inclui a empreiteira OAS, a Telemar (que o contratou quando precisava convencer o governo a mudar a legislação brasileira para viabilizar sua fusão com a Brasil Telecom), a AmBev, e muitos outros pesos-pesados. A atuação tão animada de Dirceu vem causando arrepios no governo. "Fazer lobby e aproveitar contatos no exterior para ganhar dinheiro, tudo bem. Mas fazer tráfico de influência com informação privilegiada do governo é um risco enorme", avalia um dirigente petista. As "consultorias" de Dirceu podem se tornar uma bomba para o PT durante as eleições deste ano.

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Fotos O Globo e Mario Souza e Bertrand Langlois
LISTA EXTENSA
Daniel Birmann, rei do biodiesel de mamona, e o russo Boris Berezovsky também são clientes do petista.
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http://veja.abril.com.br/030310/maior-lobista-pais-p-062.shtml
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ELEIÇÕES 2010: SERRA E TASSO ou AÉCIO?

Tasso passa a ser 'plano B' tucano para vice de Serra

Tasso surge como plano B tucano para vice de Serra


Autor(es): CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Folha de S. Paulo - 01/03/2010

Resultado do Datafolha aumenta pressão para governador anunciar candidatura

A um mês do prazo fatal, Serra expõe a seus aliados angústia acerca da decisão, e partido tenta opção para tornar chapa competitiva



A redução da vantagem de 14 para 4 pontos sobre a ministra Dilma Rousseff (PT), registrada pelo último Datafolha, reforça a pressão do PSDB sobre o governador José Serra para que manifeste o quanto antes sua candidatura à Presidência.
Os números amplificam o assédio ao governador de Minas, Aécio Neves, para que aceite ocupar a vice de Serra, mas estimulam um plano B saído do Nordeste -o senador Tasso Jereissati (CE)- para a chapa.
Para os tucanos, Tasso é alternativa adequada a Aécio. Vendo em Serra sua única chance de vitória, o comando do PSDB espera que o governador avise logo que é candidato.
No sábado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a escolha de Tasso atrairia votos no Nordeste -onde Dilma, que tinha 3 pontos de vantagem em dezembro, agora tem 14- e neutralizaria os ataques de Ciro Gomes.
Em 2002, Tasso abriu uma ferida no PSDB ao apoiar Ciro Gomes (então no PPS) em vez de Serra para presidente. Na época, justificou que sua prioridade era o Ceará, onde PPS e PSDB se aliaram para eleger Lucio Alcântara ao governo.
Segundo a pesquisa publicada ontem pela Folha, Serra caiu de 37% para 32% com relação ao último levantamento, em dezembro. A candidata do PT cresceu de 23% para 28%. Ciro Gomes (12%) e Marina Silva (8%) ficaram estagnados.
O vice-governador Alberto Goldman chamou de "heroico" o desempenho de Serra, enfatizando que o levantamento ocorreu depois do lançamento da candidatura de Dilma.
"É surpreendente, é heroico que Serra tenha mais de 30% depois da exposição de Dilma."
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), se vale do mesmo argumento. "Serra não tem campanha nem a exposição de Dilma. Foi o tempo deles. Haverá o nosso."
Para o deputado Jutahy Magalhães, Serra voltará a crescer a partir do lançamento de sua candidatura. "Este período, até abril, é o mais difícil", admitiu.
Mas, a um mês do prazo fatal para o anúncio de sua candidatura, Serra expõe a aliados angústia acerca de sua decisão.
Ao mesmo tempo em que atua como candidato -patrocinando alianças estaduais e avalizando a montagem de uma estrutura de pré-campanha-, consulta conselheiros sobre a conveniência de abrir mão das chances de reeleição para concorrer à Presidência. De um colaborador, ouviu que é preferível tentar a reeleição.
Pela lei, Serra tem até 3 de abril para se afastar do governo para concorrer a outro cargo eletivo que não a reeleição.
No ano passado, Serra pediu ao PSDB suporte eleitoral nos Estados como condição para uma vitória em outubro. Mas, até hoje, o partido não definiu candidatos nem onde estão os seus principais líderes, como Ceará e Amazonas.
E sinais -como o fato de o deputado Ciro Gomes e Dilma terem sido convidados para a comemoração, organizada pelo governo mineiro, do centenário de Tancredo Neves, quinta-feira, em Belo Horizonte- só alimentam essa insegurança.
Enquanto o PT sacrifica seus candidatos em nome de uma aliança com o PMDB, a governadora Yeda Crusius não desiste da reeleição por um acordo com o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB).
Além da fragilidade dos palanques, Serra não esconde sua preocupação com a comunicação do partido. Com menor tempo na TV, ele não vê como o PSDB pode blindá-lo de boatos disseminados pelos petistas.
Outro alvo de apreensão é o risco de explosão de gastos do governo federal no próximo mandato. No PSDB, há quem defenda como ideal que Dilma assuma a conta para que o tucanato volte ao poder em 2014.

ELEIÇÕES 2010: SERRA. DESCENDO A SERRA?

PRESSÃO SOBRE SERRA AUMENTA APÓS PESQUISA

CRESCE PRESSÃO SOBRE SERRA E AÉCIO


Autor(es): Agencia O Globo/Adriana Vasconcelos
O Globo - 01/03/2010

O crescimento da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, na última pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial fez a oposição entrar em estado de alerta. Isso porque a redução da vantagem do governador paulista José Serra (PSDB) em relação a Dilma, de 14 para quatro pontos percentuais, foi maior do que se esperava. Os tucanos temem que isso reforce as especulações de que Serra poderia trocar a acirrada disputa nacional por uma reeleição mais tranquila em São Paulo. Outra preocupação para a oposição é a redução da diferença entre ele e Dilma no Sudeste, de 22 para 14 pontos. Com isso, aumentam também as pressões para que o governador de Minas, Aécio Neves, aceite ser vice na chapa de Serra.

Nos bastidores, alguns tucanos admitiram ontem que o maior temor agora é que a campanha oficial comece com Dilma Rousseff liderando as pesquisas, tirando o maior trunfo do PSDB até então.

A queda de Serra nas pesquisas está sendo atribuída não só à sua demora para oficializar a candidatura, mas aos problemas enfrentados pelo governador em São Paulo, como as enchentes nos dois primeiros meses do ano.

- Nosso problema é que não temos um candidato definido, o que suscita dúvidas entre nossos aliados. E é claro que isso causa preocupação - admite o líder do DEM, senador José Agripino (RN).

"Precisaremos de sangue frio"

A avaliação entre os tucanos é que a redução da vantagem de Serra para Dilma poderá não só aumentar as resistências de Aécio a ser vice na chapa de Serra, como levá-lo a se recusar a assumir o posto de candidato à Presidência caso o governador paulista opte pela reeleição no estado. Serra e Aécio deverão se reunir esta semana em Minas Gerais.

A queda de Serra nas pesquisas também poderá dificultar as negociações para garantir o ingresso do PTB e do PSC na aliança nacional idealizada pela oposição, que garantiria o aumento do tempo de TV do candidato do PSDB de seis para oito minutos. Publicamente, porém, a oposição tenta mostrar tranquilidade.

A expectativa é que os próximos três meses serão muito difíceis para Serra e seus aliados.

- Precisaremos ter paciência e sangue frio para aguentar este período em que os fatos se dão em torno da Dilma, mas isso acontecerá conosco quando Serra se lançar candidato - diz o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), um dos principais aliados de Serra.

Sem esconder o otimismo, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, considera que o resultado da pesquisa mostra que o partido está no caminho certo e que o nome de Dilma está consolidado para as eleições de outubro. Dutra diz não acreditar, porém, que Serra desista da disputa.

- Estamos felizes, é claro. Esta pesquisa mostra que estamos no caminho certo, e agora quem fala em plano B é a oposição - provoca Dutra.

- Esse é apenas um retrato momentâneo. Temos todas as condições de revertê-lo - aposta o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG).

- Para facilitar a trajetória de Serra, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, insiste na necessidade de Aécio ser vice na chapa:

- Neste momento, a oposição precisa estar mais unida do que nunca.

- A pressão para Aécio ser vice demonstra a fragilidade da candidatura de Serra - alfineta Dutra, presidente nacional do PT.

Ontem, Serra não comentou o resultado da pesquisa Datafolha.

ARRUDA: SUPLENTES DISTRITAIS. VEZ, VOZ, VOTO E SALÁRIO...

Impeachment de Arruda nas mãos dos suplentes

À espera dos oito suplentes


Autor(es): # Luísa Medeiros
Correio Braziliense - 01/03/2010


Mesmo com a determinação da Justiça de afastar os distritais citados no inquérito do STJ da votação dos processos contra o governador, os substitutos ainda não assumiram seus postos na Câmara. Mas amanhã eles terão que analisar em plenário o parecer que pede a cassação do chefe do Executivo local.



Substitutos dos deputados distritais afastados pela Justiça por serem citados nas investigações da Polícia Federal ainda não sabem quando tomam posse. Cabe a eles decidir o futuro de Arruda


  • Iano Andrade/CB/D.A Press - 27/1/10
    Olair Francisco, Roberto Lucena, Mario Gomes e Joe Valle: segundo a Justiça, eles devem votar nos processos contra Arruda na Cãmara

    A u m dia da votação da abertura do processo de impeachment contra o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), continua indefinida a posse dos suplentes de deputados distritais que devem substituir os parlamentares citados nas denúncias do suposto esquema de corrupção e pagamento de propina reveladas na Operação da Caixa de Pandora.

    Por decisão da Justiça, os sete distritais envolvidos no escândalo — o oitavo seria Leonardo Prudente (sem partido), mas ele renunciou na sexta-feira — estão impedidos de apreciar os pedidos de cassação de Arruda. Apesar de a Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa defender o cumprimento da ordem judicial, o assunto será debatido hoje pelos integrantes da Mesa Diretora da Casa.

    Os suplentes terão peso de parlamentar e receberão salário como um deles. A diferença é que trabalharão em um objeto específico: a apreciação dos pedidos de impeachment de Arruda. O custo para empossá-los será de pelo menos R$ 100 mil. Além disso, há dúvidas sobre a extensão dos direitos do titular ao suplente: gabinete, funcionários e verba indenizatória. O presidente interino da Casa, Cabo Patrício (PT), entende que os reservas só podem usar a estrutura da presidência.

    Em 27 de janeiro, os suplentes foram à Câmara, sem sucesso, tomar posse no lugar de Eurides Brito (PMDB), Benício Tavares (PMDB), Aylton Gomes (PR), Júnior Brunelli (PSC), Rogério Ulysses (sem partido), Benedito Domingos (PP) e Rôney Nemer (PMDB). Uma semana depois, Wilson Lima (PR) foi eleito presidente da Casa e, como primeiro ato, recorreu contra a decisão do juiz Vinícius Silva, da 7ª Vara de Fazenda Pública, de proibir os distritais de apreciarem os pedidos de impeachment. O pedido foi negado e a Câmara levou a questão ao Supremo Tribunal Federal, que ainda avalia o recurso. Assim, continua valendo a decisão da 7ª Vara.

    Expectativa

    Os suplentes estão avisados que a qualquer momento podem ser empossados. A Mesa Diretora recebeu a orientação da Procuradoria-Geral de receber os novatos. Mas com a sucessiva dança das cadeiras, é preciso preencher primeiro os lugares vagos.

    Sucessor de Prudente, Raad Massouh (DEM) ainda não tomou posse, pois a renúncia de Prudente — o do dinheiro nas meias — ainda não foi oficializada. No lugar de Wilson Lima, que virou governador interino do DF, foi convocado Pedro do Ovo (PRP), que também não apareceu. Foi protocolada representação de quebra de decoro contra ele, também citado nas investigações.

    A indefinição na Câmara é tão grande que há a possibilidade de ser adiada a votação da abertura do processo de cassação de Arruda, prevista para amanhã. É preciso quórum mínimo de 13 deputados e votos de ao menos sete. O risco de levar o assunto a uma votação esvaziada é muito alto.

    Mais três deixam cargos no governo

    Adriana Bernardes

    O governador em exercício, Wilson Lima (PR), terá mais três baixas importantes esta semana. O Secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM), deixa a pasta na quinta-feira. Leva consigo o diretor do DFTrans, Paulo Henrique Munhoz. O secretário de Segurança Pública, Valmir Lemos, também deve entregar o cargo até sexta-feira.

    Desde que a Operação Caixa de Pandora foi deflagrada, há 93 dias, ao menos 33 deputados, secretários, diretores e administradores regionais deixaram os cargos. Alguns por pressão dos partidos políticos, em função da crise sem precedentes após as denúncias de um suposto esquema de corrupção. Outros saíram porque são citados no Inquérito 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    A decisão de Alberto Fraga é motivada pela pressão do Democratas (DEM). Como tem pretensão de disputar as próximas eleições — anunciou que concorrerá ao Buriti —, não pode correr o risco de ser expulso pelo partido. Fraga teria sugerido a Lima que seu sucessor na Secretaria de Transportes seja o seu secretário-adjunto, Gualter Tavares Neto.

    Para a diretoria do DFTrans, órgão responsável pela fiscalização do transporte público no Distrito Federal, Fraga indicou o tenente-coronel da Polícia Militar Nunes — não informou o nome completo — lotado na Casa Militar. Fraga também é tenente-coronel da PM.


    Quem deverá entrar

    Olair Francisco (PTdoB) — Entra na vaga de Aylton Gomes (PR). É dono da rede Agitus Calçados e ex-administrador de Águas Claras.

    Mário Gomes (candidato pelo PP) — Segundo suplente, o delegado aposentado entra na vaga de Benedito Domingos (PP), já que o primeiro suplente, Berinaldo Pontes (PP) está impedido.

    Roberto Lucena (candidato pelo PMDB) — Segundo suplente do PMDB. É médico e irmão de Gilberto Lucena, dono da Linknet, uma das empresas investigadas pela Operação Caixa de Pandora

    Wigberto Tartuce (candidato pelo PMDB) — É o terceiro suplente do PMDB. Empresário, Vigão, como é conhecido, responde a processos por desvio de dinheiro público na época em que foi secretário de Trabalho no governo Roriz.

    Ivelise Longhi (PMDB) — Quarta suplente do PMDB. Ex-administradora de Brasília, também ocupou postos de destaque no governo de Roriz, como a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

    Washington Mesquita (candidato pelo DEM) — Segundo suplente do DEM. Assessor especial do governador afastado, tem forte atuação e militância na Igreja Católica.

    Joe Valle (PSB) — Primeiro suplente da coligação que elegeu Rogério Ulysses. Secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, foi presidente da Emater por apenas uma semana, até estourar o escândalo da Caixa de Pandora.

    Raad Massouh (DEM) — O primeiro suplente do DEM deve assumir o mandato, de fato, assim que a renúncia de Leonardo Prudente for oficializada com a leitura em plenário.


    Carreata ou campanha?

    Zuleika de Souza/CB/D.A Press

    Clima eleitoral nas ruas de Ceilândia. Na manhã de ontem, cerca de 300 veículos participaram de uma carreata de 10km na cidade. O movimento intitulado Acorda, Ceilândia foi organizado por duas legendas — Partido Trabalhista do Brasil (PT do B) e Partido Social Cristão (PSC), do ex-governador Joaquim Roriz. Muito antes do prazo permitido para a propaganda eleitoral — que só poderia começar em julho — subiram ao carro de som pré-candidatos declarados, como o deputado federal Laerte Bessa (PSC) e Mauro Cezar (PT do B), ambos delegados. Como pretexto, disseram que queriam orientar a população sobre a importância do voto consciente.

    JOSÉ MINDLIN: UMA ''AVIS RARA'' (... que bom seria se ele fosse ''FÊNIX'')

    José Mindlin 1914 - 2010

    Apaixonado pelos livros, o bibliófilo e empresário organizou a maior e mais importante biblioteca privada do País

    Autor(es): Fabiane Leite
    O Estado de S. Paulo - 01/03/2010

    DESPEDIDA - Mindlin foi enterrado no Cemitério Israelita da Vila Mariana, no fim da tarde de ontem; governador decretou luto oficial de 3 dias.


    O bibliófilo e empresário José Mindlin, de 95 anos, morreu na manhã de ontem, em São Paulo, vítima de falência múltipla dos órgãos, ocorrida após complicações cardíacas e pulmonares. Ele estava internado havia um mês para tratar uma pneumonia.


    Responsável por organizar a maior e mais relevante biblioteca privada do País, doada em 2006 à Universidade de São Paulo (USP), o também fundador da Metal Leve e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) recebeu homenagens durante a tarde no velório realizado no Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista.

    Durante a cerimônia, em que compareceram dezenas de pessoas, a contribuição à USP e outras importantes atuações, como decisões tomadas durante a ditadura, foram lembradas por amigos do mundo político. A família preferiu uma cerimônia reservada a parentes e amigos e não quis dar declarações durante a homenagem.

    Por volta das 15h, pouco antes de o corpo deixar o local, parentes abraçavam-se enquanto ouviam-se cantos em hebraico. O caixão seguiu para o Cemitério Israelita da Vila Mariana, na zona sul, onde Mindlin foi enterrado no fim da tarde.

    O governador José Serra (PSDB) decretou luto oficial de três dias em razão da morte.

    "Muita gente se refere a ele como bibliófilo, mas ele foi mais do que isso", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao deixar o velório. "Foi um resistente ao regime autoritário, fui testemunha disso. Quando fomos postos fora da universidade, em 1969, e fizemos um centro de pesquisa para poder permanecer no Brasil, o Mindlin prestou apoio", continuou. "Ele é muito mais que um bibliófilo. É uma pessoa preocupada com o futuro do País", concluiu FHC.

    Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Mindlin.

    "Ele foi um grande brasileiro e motivo de orgulho para todos nós. Com seu imenso amor à cultura, sua defesa da liberdade e sua conduta empresarial, prestou serviços extraordinários ao País. E, apesar da idade, ainda tinha força e disposição para contribuir com o progresso nacional", afirmou o presidente na nota.

    "Foi uma grande figura como pessoa, intelectual e também, num certo momento, uma grande figura política, quando soube defender a liberdade de imprensa, a liberdade cultural. Um homem que sempre foi um democrata, uma grande figura de São Paulo", disse José Serra, que foi ao velório acompanhado da primeira-dama, Mônica Serra.

    Em nota oficial, Serra enfatizou ainda que, quando secretário Estadual da Cultura, nos anos 70, Mindlin convidou o jornalista Vladimir Herzog para a diretoria de Jornalismo da TV Cultura. "Sabe-se que os torturadores dos jornalistas presos procuravam, também, incriminar a Mindlin. E ele soube se comportar com altivez e dignidade diante das ações que levaram à morte de Herzog", afirmou o governador.

    O rabino Henry Sobel também lembrou da ditadura ao falar sobre Mindlin. "Naquela época sombria no Brasil, quando decidimos não enterrar (o jornalista) Vladimir Herzog como suicida, eu tive o apoio dele à minha decisão", afirmou Sobel, um dos primeiros a chegar ao velório, em referência ao assassinato do jornalista pela ditadura militar.

    "Ele era um empresário fantástico, que estimulou a aprendizagem e teve sempre uma conduta exemplar", completou o amigo José Pastore, professor titular da Faculdade de Economia e Administração da USP.

    O senador Eduardo Suplicy (PT) também manifestou-se durante o velório sobre a importância do bibliófilo. "Foi um homem que ajudou o Brasil a ser um País melhor."

    Presente na homenagem, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), divulgou nota em que exaltou a doação dos livros de Mindlin à USP.

    "José Mindlin foi um gigante da cultura brasileira. Como todo grande homem, deixa um grande legado, que é a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin", afirmou a nota.

    O reitor da USP, João Grandino Rodas, reiterou, ao deixar a cerimônia, que o acervo em papel e digitalizado será abrigado em um dos prédios mais modernos e "imponentes" da universidade. Os obras deverão estar disponíveis ao público já no próximo ano, quando está prevista a inauguração.

    "Ele era um empresário bem-sucedido, mas não viveu nunca como muitos desses empresários. Tinha uma casa confortável, mas simples. Ele e sua mulher viviam para juntar os livros e trabalhavam para sua conservação e digitalização", afirmou o reitor. Rodas destacou ainda que ficarão acessíveis ao público obras como o primeiro exemplar de Os Lusíadas, de Camões, e mapas brasileiros raríssimos que foram colecionados pelo bibliófilo.

    Ainda segundo Rodas, foram necessários 15 anos de "luta" para que a USP recebesse os livros. "No Brasil, muitas instituições têm verdadeira ojeriza às doações privadas e ele foi pioneiro nisso."

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enfatizou que foi necessária mudança legal para permitir a doação sem custos para donatários. "Foi um gesto importante porque, no Brasil, não temos a prática de doar", complementou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).

    ABL

    "Eu me sentia tão pequeno quando me encontrava na biblioteca do dr. Mindlin. Ele era um livro. A vida dele, a bondade, a delicadeza foram os principais capítulos do principal livro da biblioteca dele. O maior livro se chamava José Mindlin", disse ainda o rabino Henry Sobel.

    Em nota, o presidente da ABL, Marcos Vilaça, afirmou ontem que "Mindlin era um emblema do livro e tinha com ele uma relação orgânica". Vilaça destacou ainda ter feito o convite para o bibliófilo ingressar na academia. "Vamos sentir muito a sua falta", anotou.

    Vilaça solicitou que a bandeira da ABL, com sede no Rio, fique a meio mastro, além de ter pedido luto de três dias.

    "Foi uma longa existência, de muitos amigos e muita respeitabilidade", concluiu, ao deixar o velório, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, que atuou no governo Fernando Henrique Cardoso.




    REPERCUSSÃO


    Fernando Henrique Cardoso
    Ex-presidente
    "Ele é muito mais do que um bibliófilo. É uma pessoa preocupada com
    o futuro do País"


    Luiz Inácio Lula da Silva
    Presidente
    "Com seu imenso amor à cultura, sua defesa da liberdade e sua conduta empresarial, prestou serviços extraordinários ao País"


    Lygia Fagundes Telles
    Escritora
    "Era um homem apaixonado, muito delicado e dedicado. Quando eu revelava meu temor sobre o fim do livro em papel, ele respondia, enérgico: "Nunca!""



    Marcos Vilaça
    Presidente da Academia Brasileira de Letras
    "Mindlin era um emblema do livro, tinha com ele uma relação orgânica. Vamos sentir muito a sua falta"



    Humberto Werneck
    Escritor e jornalista
    "Foi um progressista com uma atuação muito importante em um momento muito complicado da história brasileira. Do começo ao fim, manteve-se sempre íntegro".

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    ''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

    01 de março de 2010

    O Globo

    Manchete: Tsunami devasta costa do Chile, que já tem 708 mortos

    Governo decreta toque de recolher para tentar conter os saques

    Ainda sob o choque do devastador terremoto de sábado, o Chile descobriu ontem que a fúria das tsunamis provocadas pelo tremor arrasou a região litorânea perto do epicentro, 320 quilômetros ao sul de Santiago, conta o enviado especial Flávio Freire. As ondas gigantes, de até 10 metros, avançaram terra adentro, deixando um rastro de destruição e mortes. Ontem, o número oficial de mortes aumentou para 708, a maioria na região costeira. Somente na cidade portuária de Constitución, 350 pessoas morreram. O governo decretou toque de recolher nas áreas mais afetadas para conter saques a supermercados, mas a presidente Michelle Bachelet anunciou acordo com donos dos estabelecimentos para que gêneros de primeira necessidade sejam fornecidos de graça à população. (págs. 1 e 26 a 28)

    Temporal mata 55 na Europa

    Fortes chuvas, inundações e ventos de até 200km/h, desencadeados pela tempestade Xynthia, deixaram um rastro de destruição no fim de semana entre Portugal e Alemanha. A França foi o país mais atingido, com 45 das 55 mortes registradas. (págs. 1 e 29)

    Foto legenda: do alto de um telhado, um cachorro observa a destruição causada pela tsunami que atingiu a localidade de Dichato, povoado que teve 80% de sua área destruídos

    Foto legenda: Uma mulher carrega mercadorias saqueadas dentro de um supermercado em Concepción

    Uma vida pelos livros

    Apaixonado por livros desde menino, o empresário José Mindlin dedicou sua vida a formar aquela que se tornou a maior e mais importante biblioteca particular do país. Tanta dedicação transformou o bibliófilo, escritor e acadêmico num símbolo do amor à cultura. Mindlin morreu ontem, aos 95 anos, em São Paulo. (págs. 1 e Segundo Caderno)

    Foto legenda: José Mindlin: morte aos 95 anos

    Pressão sobre Serra aumenta após pesquisa

    A queda na diferença entre os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) de 14 para 4 pontos, registrada pelo Datafolha, fez aumentar a pressão por uma definição do governador paulista e pelo nome de Aécio Neves como vice na chapa da oposição. (págs. 1 e 3)

    TJ da Bahia tem salários de até R$ 52 mil

    A determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por mais transparência no Judiciário acabou revelando que o Tribunal de Justiça da Bahia paga salários de até R$ 52 mil, muito acima do teto. Há motoristas e recepcionistas do órgão que ganham R$ 17 mil. (págs. 1 e 8)

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    Folha de S. Paulo

    Manchete: Tremor de 8,8 graus atinge o Chile

    Terremoto é o quinto mais forte já registrado no planeta; número de mortos ultrapassa uma centena

    O sismo que atingiu o Chile na madrugada de ontem destruiu edifícios e estradas e interrompeu comunicações e fornecimento de energia na costa central.

    No início da tarde, já eram contabilizados mais de cem mortos. Não havia estimativa de feridos. A presidente Michelle Bachelet declarou estado de catástrofe.

    Foi o quinto maior tremor já registrado no mundo. O mais forte, de 9,5 graus na escala Richter, também atingiu o Chile, em 1960.

    A destruição se concentrou em Concepción, a 120 km do epicentro, localizado no mar, a 35 km de profundidade. Na capital, Santiago, o aeroporto internacional foi fechado e não havia previsão de reabertura hoje.

    O tremor também foi sentido no Brasil e na Argentina. Após o sismo, abalos secundários de até 6,9 graus na escala Richter - o que atingiu o Haiti, em janeiro, chegou a 7 - provocaram alertas de tsunami na costa do oceano Pacífico. (págs. 1 e Mundo)

    Após alertas de tsunami, países evacuam costa

    Alertas para tsunamis na costa do Pacífico levaram países a esvaziar regiões costeiras. No Havaí, a Defesa Civil pediu à população para se afastar das praias. Regiões dos EUA, como Califórnia e Alasca, estão em alerta. As costas asiática, australiana e da Nova Zelândia também podem ser afetadas. (págs. 1 e A15)

    Turista diz que terra tremeu por duas horas

    A estudante Julia Spina Bueno, 21, que mora no 12° andar de um prédio em Santiago, teve de ir ao térreo por motivos de segurança. A turista Giovanna Vendrasco, 23, aguardou no saguão do hotel enquanto sentia os tremores secundários, que duraram cerca de duas horas, conta. (págs. 1 e A16)

    Foto legenda: Viaduto destruído em Santiago devido ao terremoto; o tremor causou alertas de tsunami em diversos pontos da costa do Pacífico

    Dilma cresce e já encosta em Serra

    Pesquisa Datafolha feita em 24 e 25 de fevereiro revela que a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, atingiu 28% das intenções de voto e reduziu de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa do principal rival, José Serra (PSDB), que tem 32%.

    Dilma e Serra só estariam empatados tecnicamente em 30% na rara hipótese de o tucano estar no limite mínimo, e a petista, no máximo, segundo o Datafolha.

    A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.

    O crescimento da ministra da Casa Civil, porém, é verificado em todos os cenários do levantamento, que revela ainda estagnação nos índices de Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV). Os números devem aumentar especulações sobre a desistência de Serra, relata o Painel.

    O presidente Lula manteve aprovação recorde, com 73% de ótimo/bom. (págs. 1 e Brasil)

    Desgaste do rival tucano também favorece petista

    A ascensão de Dilma reflete não só a transferência de popularidade de Lula. O desgaste de Serra em estratos importantes do eleitorado também ajuda. (págs. 1 e A9)

    Editoriais

    Leia "Imagens de campanha", sobre pesquisa Datafolha; e "Show na cracolândia", acerca de operação policial em SP. (págs. 1 e A2)

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    O Estado de S. Paulo

    Manchete: Mortos passam de 700 no Chile

    Há pelo menos 2 milhões de desabrigados em todo o país; novo tremor, de 6,1 graus, foi registrado ontem

    O governo do Chile elevou para pelo menos 708 o número de mortos em decorrência do terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado. Ontem de manhã, um tremor de 6,1 graus voltou a assustar o país. Dois milhões de chilenos estão desabrigados. Em Concepción, cidade mais atingida, houve saques a lojas e supermercados. “Eu vim com a intenção de comprar, mas as caixas não estavam. Tive de agir como ladra", disse uma aposentada. O caos generalizado levou a presidente Michelle Bachelet a decretar estado de exceção de catástrofe e toque de recolher na região. (págs. 1 e A8 a A14)

    Sob prédio partido, até 80 moradores

    Bombeiros tentam resgatar entre 60 e 80 pessoas soterradas num prédio de 14 andares em Concepción. O terremoto fez o edifício de 80 apartamentos e recém-inaugurado se quebrar em dois e cair horizontalmente. (págs. 1 e A9)

    Foto legenda: Caos - Supermercado é saqueado em Concepción, que fica a 500 km de Santiago: prefeita diz que a situação está fora de controle na cidade e pede ajuda do Exército

    José Mindlin morre aos 95

    Ele deixa como legado maior biblioteca com 40 mil livros

    O bibliófilo e empresário José Mindlin morreu ontem aos 95 anos em São Paulo. Ele foi o responsável pela organização da maior e mais relevante biblioteca privada do Brasil, doada à USP em 2006. Seu legado mais notável é a coleção Brasiliana, composta por 17 mil títulos - ou 40 mil volumes - de literatura e manuscritos históricos. "Ele era muito mais que um bibliófilo, era uma pessoa preocupada com o futuro do País", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O primeiro emprego de Mindlin foi no Estado, onde começou como redator aos 15 anos e ajudou a driblar a censura imposta pela Revolução de 1930. Na atividade empresarial, dirigiu até 1996 a Metal Leve, uma das mais importantes fabricantes de autopeças do Brasil. Depois, dedicou-se aos livros e à participação em instituições como a Sociedade de Cultura Artística. Era membro das Academias Paulista e Brasileira de Letras. (págs. 1, e A18 a A20)

    Artigo
    Lilia Schwarcz
    Professora e escritora

    A generosidade do 'livreiro mor'

    Dr. Mindlin era o mais generoso e dadivoso dos "bibliotecários". Sua casa era uma ilha perdida, um oásis da cultura. Não havia documento que não pudesse ser pesquisado, obra que estivesse impedida de ser consultada. (págs. 1 e A20)

    Foto legenda: Lema - 'Não faço nada sem alegria', diz selo que colocou nos livros

    Fundos de pensão já acumulam 17% do PIB

    Em sete anos, a participação dos fundos de pensão no PIB subiu de 12% para 17%. Os investimentos na indústria quase triplicaram - passaram de R$ 168,5 bilhões em 2002 para R$ 482 bilhões em novembro de 2009. Previ (BB), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras) detêm 44% do patrimônio. (págs. 1, B1 e B3)

    Aeronáutica tem cartas inéditas de Lamarca

    Três cartas de Carlos Lamarca a guerrilheiros estão entre os papéis que a Aeronáutica dizia terem sido destruídos, como mostrou o Estado ontem. O ex-capitão revela preocupação com a “parada” de grupos de combate à ditadura. O senador Cristovam Buarque quer explicações dos militares. (págs. 1, A4 e A6)

    Remédios: Venda fracionada fica só no papel

    Não há adesão de laboratórios e população desconhece direito. (págs. 1 e A16)

    Negócios: Brasil cada vez mais cobiçado

    Neste ano, bancos de investimento vão disputar US$ 1,3 bilhão em comissões no País.

    Fato Relevante
    Clayton Netz
    Grifes como Adidas disputam espaço em shopping popular. (págs. 1 e N2)

    Notas e Informações: Direitos desprezados

    Com o adiamento do pagamento dos precatórios, o governo puniu milhares de cidadãos e empresas que legitimamente esperavam dispor do dinheiro a que têm direito. (págs. 1 e A3)

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    Jornal do Brasil

    Manchete: Tremor no Chile: Recomeço com sustos

    O Chile passou o domingo a contar vítimas do terremoto da véspera – chegaram a 711 até o início da noite de ontem – e a pensar na reconstrução do país. Mas um novo tremor e o tsunâmi que destruiu parte da região de Bio-Bio e Maule assustaram de novo os chilenos. Em Concepción, o Exército foi acionado para conter saques a mercados. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A8)

    Foto legenda: E agora? - Chileno observa, desolado, os efeitos devastadores do tsunami na cidade de Pueco, a dez quilômetros de Concepción

    Twitter incentiva a negociar ações

    O Twitter está se tornando popular entre um público inesperado: os investidores. Cada vez mais profissionais do setor, amadores em termos de finanças e até a mídia usam o site para trocar informações sobre investimentos em bolsa. (págs. 1 e Economia A15)

    Brasil perde José Mindlin

    Morreu ontem em São Paulo, aos 95 anos, o bibliófilo José Mindlin. Ele estava internado há cerca de um mês no Hospital Albert Einstein. O corpo foi velado no hospital e enterrado no Cemitério Israelita da Vila Mariana. Integrante da Academia Brasileira de Letra, ele reuniu mais de 30 mil obras em seu acervo. (págs. 1 e País A13)

    Coisas da política

    O jogo dos três erros do PSDB. (págs. 1 e A2)

    Outras páginas

    Suplicy quer bom senso com ‘fichas sujas’. (págs. 1 e A13)

    Editorial

    Custo do dinheiro é muito alto no Brasil. (págs. 1 e A10)

    Sociedade Aberta

    Gilson Caroni Filho]
    Sociólogo
    Por quem chora Hillary Clinton? (págs. 1 e A12)

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    Correio Braziliense

    Manchete: Luta dramática para salvar vidas no Chile

    Autoridades e moradores correm contra o tempo para tirar as pessoas que ficaram presas sob os escombros depois do terremoto e do maremoto que devastaram o país no sábado. Até o fechamento desta edição, o número de mortos chegava a 708 e o de desabrigados ultrapassava 2 milhões. A área mais afetada foi a de Maule, a 300km de Santiago. A presidente Michelle Bachelet decretou estado de exceção de catástrofe em duas regiões do país, onde as Forças Armadas tentam manter a ordem.

    Foto legenda: Destruição
    Na região de Maule, onde mais de 540 pessoas morreram, o cenário era devastador: construções vieram abaixo e tudo virou escombro

    Foto legenda: Violência
    Temendo ficar sem água e alimento, chilenos saquearam supermercados e lojas em Concepción: comércio não funciona desde a tragédia

    Foto legenda: Desabrigo
    Em Santiago, muitos moradores dormiram ao relento, em barracas improvisadas: medo de voltar aos prédios danificados após o tremor

    Foto legenda: Resgate
    Bombeiros trabalham intensamente na tentativa de encontrar sobreviventes: em Concepción, um prédio com 15 andares caiu e deixou pelo menos 100 pessoas soterradas

    Governo admite ter subestimado ação de tsunami

    Brasileiros buscam ajuda, mas só 12 voltam para casa

    Em Concepción, destruição e saque a supermercados

    (págs. 1 e 12 a 15)

    Caixa de Pandora: Impeachment de Arruda nas mãos dos suplentes

    Mesmo com a determinação da Justiça de afastar os distritais citados no inquérito do STJ da votação dos processos contra o governador, os substitutos ainda não assumiram seus postos na Câmara. Mas amanhã eles terão que analisar em plenário o parecer que pede a cassação do chefe do Executivo local. (págs. 1, 19 e 20)

    O adeus ao amigo dos livros

    1914 – 2010
    Criador da mais importante biblioteca privada do país, o bibliófilo, empresário, advogado e escritor José Mindlin morre aos 95 anos, em São Paulo. (págs. 1 e 6)

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    http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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