PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, maio 15, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] MOTOSERRA




MINC-MEIO AMBIENTE-MAGGI-LULA: UM BOM CALDO!


De passagem por Paris, Carlos Minc deu uma entrevista curiosa. Deu-se antes de o Planalto confirmar a escolha dele para a cadeira de Marina Silva, que pulou fora de um barco que fazia água há tempos.
Secretário de Meio Ambiente do governo Sérgio Cabral, Minc disse que não aceitaria ser ministro. Chegou mesmo a apresentar uma boa razão: “O Rio de Janeiro eu conheço muito bem, o Brasil eu conheço muito mal". Enquanto o futuro ministro falava na capital parisiense, Lula ouvia, em Brasília, um “não” do petista Jorge Viana (AC), preferido do PT para a vaga de Marina. Imaginando-se fora do páreo, Minc animou-se a descer a lenha no governador de Mato Grosso, o mega-sojicultor Blairo Maggi, aliado do presidente da República. “Você pega o governador do Mato Grosso, ele próprio o maior produtor de soja do mundo, com a polícia na mão dele. E, se deixar, ele planta soja até nos Andes. Então, não é mole”. De fato, é acerba, sob Lula, a vida do responsável pela gestão do meio ambiente. Marina Silva que o diga! Pedreira maior ainda para um ministro que já chega comprando as brigas da antecessora e esclarecendo que conhece “muito mal” o Brasil. Duro, muito duro, duríssimo.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 1505.

CARLOS MINC/MEIO AMBIENTE: "ECOLOGIA, EU QUERO UMA PRÁ VIVER..."

Carlos Minc licenciou obras em tempo recorde no Rio

Nos quase 17 meses sob a administração de Carlos Minc, a Secretaria do Ambiente do Rio licenciou em tempo recorde obras de grande impacto ambiental e de interesse direto do governo federal. Entre elas, o Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), que a Petrobras planeja construir na proximidade dos manguezais de Guapimirim, única área preservada da baía de Guanabara.
Parte da estrutura que permitiu a agilidade na emissão de licenças foi financiada por empresários. Por meio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a secretaria garantiu R$ 22 milhões para contratar funcionários temporários, comprar material e reformar sua sede. A nova estrutura e metodologia acelerou a emissão de licenças. Segundo a secretaria, foram emitidas 2.068 licenças desde fevereiro de 2007 até ontem. Foi aproximadamente, segundo o órgão, a mesma quantidade emitida nos três anos anteriores (2004 a 2006). A licença ambiental para o Comperj ficou pronta em março, seis meses após a Petrobras entregar os Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do empreendimento avaliado em US$ 8,4 bilhões. Quando entregou a licença à Petrobras, Minc disse que "a população pode ficar tranqüila porque o empreendimento não vai trazer reflexos ambientais". A avaliação da associação civil sem fins lucrativos Instituto Baía de Guanabara difere da do novo ministro. Para a presidente da entidade, a engenheira química Dora Negreiros, a escolha do local onde ficará o Comperj (Itaboraí, a 45 km do Rio) é equivocada. "Houve uma decisão política e econômica. O próprio presidente da República pousou de helicóptero e disse: "É aqui". Isso antes de licenças e estudos ambientais. Tenho medo da desordem urbana que poderá ocorrer na região." A Firjan firmou convênio com a secretaria em fevereiro do ano passado para reformar a sede da secretaria e órgãos vinculados, realizar estudos de gestão, comprar carros e computadores e contratar 147 técnicos temporários para apoiar na emissão de licenças.
Para o diretor-geral da Firjan, Augusto Franco, o financiamento foi feito "de forma transparente". "As empresas estão contribuindo porque um órgão ambiental sucateado é tudo o que elas não querem." Também no caso do Arco Metropolitano, rodovia de 146 km entre o Comperj e o porto de Itaguaí (cidade a 75 km do Rio), a licença da Secretaria do Ambiente veio rapidamente. O trajeto cruzava a Floresta Nacional Mário Xavier (Seropédica, Baixada Fluminense). Por causa de sua atuação no caso, Minc recebeu na segunda elogios públicos do presidente Lula durante o lançamento da pedra fundamental da obra. Minc é formado em geografia, tem mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Lisboa e doutorado em Economia do Desenvolvimento na Universidade de Paris 1 (Sorbonne). Escreveu cinco livros, sobre temas relacionados à ecologia e política. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU aos ativistas que se destacam mundialmente nas lutas em defesa do meio ambiente. ITALO NOGUEIRA. SERGIO TORRES; da Folha de S.Paulo, no Rio. 1505.

BRASIL: A BURGUESIA CHEIRA ! [E aí, 'poeta' ?]

10% mais ricos no Brasil detêm 75% da riqueza, diz Ipea

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) elaborou um levantamento que aponta as desigualdades no Brasil. Um dos dados mostra que os 10% mais ricos concentram 75,4% da riqueza do país.
Os dados, obtidos pela Folha Online, serão apresentados pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, nesta quinta-feira ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O objetivo, segundo ele, é oferecer elementos para a discussão da reforma tributária. A pesquisa também mostra como é essa concentração em três capitais brasileiras. Em São Paulo, a concentração na mão dos 10% mais ricos é de 73,4%, em Salvador é de 67% e, no Rio, de 62,9%.
Para Pochmann, a injustiça do sistema tributário é uma das responsáveis pelas diferenças. "O dado mostra que o Brasil, a despeito das mudanças políticas, continua sem alterações nas desigualdades estruturais. O rico continua pagando pouco imposto", afirmou. Apenas para efeito de comparação, ao final do século 18, os 10% mais ricos concentravam 68% da riqueza no Rio de Janeiro --único dado disponível. "Mesmo com as mudanças no regime político e no padrão de desenvolvimento, a riqueza permanece pessimamente distribuída entre os brasileiros. É um absurdo uma concentração assim", afirma. A pesquisa do Ipea também mostra o peso da carga tributária entre ricos e pobres, que chegam a pagar até 44,5% mais impostos. Para reduzir as desigualdades, o economista defende que os ricos tenham uma tributação exclusiva. Pochmann afirmou que um dos caminhos é discutir uma reforma tributária que melhore a cobrança de impostos de acordo com a classe social. "Nenhum país conseguiu acabar com as desigualdades sociais sem uma reforma tributária", afirmou. A pesquisa do Ipea também mostra um dado inédito. A carga tributária do país, excluindo as transferências de renda e pagamento de juros, cai a 12%, considerada por Pochmann insuficiente para que o Estado cumpra as suas funções. KAREN CAMACHO.Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online - 1505.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

15-maio-2008.
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JORNAL DO BRASIL
Novo ministro terá que desatar nó ambiental
- Criar metas de desmatamento, reduzir níveis de geração térmica baseada em combustível fóssil, construir hidrelétricas sem causar danos ao meio ambiente. Essas recomendações, sugeridas por ambientalistas ao governo, são alguns dos desafios que Carlos Minc enfrentará no Ministério do Meio Ambiente. Com uma tarefa a mais: não se tornar refém dos projetos conduzidos pela Casa Civil. O mais atuante ativista da história do Rio foi confirmado para substituir Marina Silva depois de dois convites do presidente Lula, que se viu constrangido na visita da chanceler alemã, Angela Merkel. (Pág. 1, País, págs. A2 e A5 e Editorial, pág. A8)
FOLHA DE SÃO PAULO
- A Câmara dos Deputados aprovou oito projetos que mudam a legislação da segurança pública. Um deles altera a atuação do tribunal do júri, extinguindo a possibilidade de segundo julgamento no caso de penas de prisão a partir de 20 anos. O texto vai à sanção do presidente Lula. Outro projeto que segue para Lula é o que altera dispositivos relativos à produção de provas no Código de Processo Penal. Os outros seis voltarão ao Senado, como o que permite o rastreamento eletrônico de presos e o que define como crime o seqüestro relâmpago. (págs. 1 e C3)
- Supremo limita a criação de despesas via MP pelo Planalto. Expediente era usado para atropelar o Congresso no Orçamento; anteontem, Lula assinou MPs com reajustes para servidores ao custo de R$ 7,7 bi. (págs. 1 e A8)
O ESTADO DE SÃO PAULO
Lula nomeia Minc e diz que mantém política ambiental
- O Planalto anunciou que Carlos Minc será o ministro do Meio Ambiente, em substituição a Marina Silva. Minc foi escolhido após Jorge Viana, ex-governador do Acre e aliado político de Marina, recusar convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viana avaliou que sua colega foi vítima de erros do governo na condução do Plano Amazônia Sustentável. Apesar de filiado do PT, Minc entra para o Ministério como apadrinhado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para quem exercia a função de secretário de Meio Ambiente. Integrante da luta armada contra o regime militar, Minc foi torturado e exilado. De volta ao Brasil após a anistia, notabilizou-se como militante ecológico performático e participou da fundação do PV. Eleito seis vezes deputado estadual no Rio, aposentou-se em 2003, aos 51 anos, com pensão equivalente a 42% do salário de parlamentar. Ao confirmar a escolha de Minc, Lula disse que a política ambiental será mantida, pois é "de governo, e não de ministro". Ele mencionou a ex-ministra: "A companheira Marina se foi e a política ambiental continua". (págs. 1 e A4 a A8)
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a suspensão, até o fim do ano, da cobrança de PIS e Cofins sobre pão francês, trigo e farinha de trigo. O objetivo é conter a alta do preço desses produtos. Também ficará suspensa até o fim de 2008 a cobrança do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante nas importações de trigo. Será ainda prorrogado até 31 de agosto o prazo de importação de trigo in natura com tarifa zero. (págs. 1 e A9)
O GLOBO
Minc aceita cargo e ONGs atacam política ambiental
O presidente Lula anunciou Carlos Minc, secretário do Ambiente do Rio, para substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente. O ex-governador do Acre Jorge Viana foi convidado, mas recusou. Minc foi confirmado depois de um mal-entendido - o governo do Rio anunciou a indicação antes da confirmação do Planalto. Lula avisou que a política ambiental não muda. Para ambientalistas, isso significa o rompimento, por parte do governo, com a agenda do desenvolvimento sustentável - que era defendida por Marina e provocou sua queda. Jornais do mundo inteiro noticiaram a saída de Marina, que constrangeu o governo menos pelos motivos e mais pela ocasião: ontem, Lula recebeu a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, para discutir a área ambiental. Questionado sobre a preservação da Amazônia, o presidente disse que a floresta é "de fato e de direito de responsabilidade da soberania nacional". (Págs. 1, 3 a 9 e Míriam Leitão)
- Dois investigadores por fraudes em empréstimos do BNDES citam a cúpula do banco em telefonemas interceptados pela Polícia Federal. Um empresário preso diz que um empréstimo foi prometido por um diretor, e um lobista também preso fala de uma reunião na vice-presidência do banco. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse não haver corrupção sistêmica no banco. (Págs. 1 e 13)
- Denunciado no esquema de corrupção da empreiteira Gautama, Valter Cardeal, diretor de Engenharia da Eletrobrás e homem de confiança da ministra Dilma Rousseff, continua no cargo. O ex-ministro Silas Rondeau integra o conselho de duas estatais. (Págs. 1 e 12)
GAZETA MERCANTIL
BB lucra 66,6% mais e cresce nas Américas
- O lucro do Banco do Brasil (BB) cresceu 66,6% na comparação dos primeiros trimestres, para R$ 2,3 bilhões este ano. Foi o maior ganho entre os bancos do País que já divulgaram resultados financeiros este ano. O desempenho é fruto do aquecimento da economia, que elevou a demanda por crédito. Esse cenário, combinado com a crise das hipotecas de alto risco dos Estados Unidos, que abriga os maiores bancos mundiais, levou as instituições brasileiras a galgar importantes posições em lucratividade quando comparados os seus resultados com os das norte-americanas.
Levantamento da Economática mostra que o lucro líquido de 98 bancos de capital aberto dos Estados Unidos despencou de US$ 42,94 bilhões no primeiro trimestre de 2007 para US$ 5,33 bilhões este ano, devido ao subprime. Já as 16 instituições brasileiras analisadas tiveram ganhos 37,4% maiores, de US$ 4,63 bilhões. O que elevou o BB ao 5º lugar no ranking dos bancos mais lucrativos na comparação entre os países, ante o 16º de um ano antes. O Bradesco saltou do 14º para o 7º e o Banco Itaú saiu do 13º para o 8º. Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, avalia que o crédito foi o grande impulsionador no Brasil. Pesquisa da Austin Rating com os principais bancos mostra que eles emprestaram 32% mais neste ano, com a carteira atingindo R$ 626,01 bilhões em março. (Págs. 1 e B1)
- O Brasil ganhou seis posições no Anuário de Competitividade do IMD, que inclui a economia de 55 países e foi divulgado ontem em Lausane, Suíça. O resultado é o melhor entre os países do Bric, pois Índia e China perderam dois pontos em relação ao ano anterior e a Rússia perdeu quatro. O professor Stéphane Garelli, da escola suíça de negócios, disse à Gazeta Mercantil que os resultados revelam a força do mercado doméstico e a presença de uma importante classe média no País, "tornando a economia muito mais vigorosa". Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, que colaborou na realização da pesquisa, acrescenta que no item economia doméstica o País escalou 16 posições. O relatório é realizado desde 1989, ocasião em que o Japão ocupou a primeira colocação. Avalia quatro fatores: infra-estrutura, eficiência empresarial, eficiência do governo e infra-estrutura. Atualmente, os Estados Unidos estão em primeiro lugar em competitividade, mas, segundo o professor Garelli, devem perder o posto no próximo ano para Cingapura, que conquista pontos rapidamente. Na classificação geral o Brasil vem em 43º lugar. O Chile é o país mais competitivo da América Latina; a Rússia está em 47º e a Venezuela continua em último lugar. (Págs. 1 e A5)
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende operacionalizar as medidas da Política de Desenvolvimento Produtivo em 45 dias e não descarta a captação de recursos externos para compor o funding. Nos próximos três anos, os investimentos totais para formação de capital devem alcançar R$ 1,7 trilhão e os R$ 210 bilhões que o banco deverá dispor serão uma fração deste total. (Págs. 1 e A4)
CORREIO BRAZILIENSE
- Máfia da UnB maquiou prestação de contas - Editora da Universidade de Brasília enganou até o portal Transparência Brasil, da Controladoria-Geral da União. Promotores descobriram que R$ 2,9 milhões omitidos no relatório foram parar em ONG dirigida por funcionária do ex-diretor Alexandre Lima, que responde a ação por enriquecimento ilícito. (Págs. 1, 37 e 38)
- Convidado por Lula para substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc deve acelerar licença ambiental para obras do PAC. Petistas temem independência da ex-ministra na volta ao Senado. (Págs. 1, 2 a 4 e Tema do Dia)
VALOR ECONÔMICO
Consumo de aço dispara e usinas cortam exportação
- A demanda por aço cresceu 19% no primeiro trimestre e pegou a indústria siderúrgica nacional no contrapé. As usinas esperavam um crescimento de 10%, no máximo, e para atender os pedidos tiveram de cancelar exportações. Em alguns casos, recorreram à importação. A demanda mais forte veio principalmente dos segmentos de chapas para automóveis, autopeças, linha branca, máquinas, equipamentos e construção civil. A Usiminas, por exemplo, teve de importar chapa fina galvanizada para cumprir compromissos com clientes do setor automotivo. O redirecionamento de material de exportação para o mercado doméstico tem sido adotado por Usiminas, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Gerdau. A Siderúrgica mineira reduziu a um terço seus embarques de chapas finas a frio no trimestre e quase à metade as vendas de material laminado a quente. A fatia destinada pela empresa ao mercado doméstico, que era de 72% das vendas totais um ano atrás, subiu para 89% neste trimestre. Na CSN, o volume vendido para clientes locais representou 84% - marca histórica na companhia, incluindo suas controladas. Considerando-se apenas as entregas diretas da controladora, o índice sobe para 93%. Por causa da preferência dada ao mercado doméstico, o valor das exportações brasileiras de produtos laminados planos caiu 9,8% no primeiro quadrimestre, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Em volume, a queda foi maior. No mês passado, foram exportadas apenas 177 mil toneladas de laminados planos, 33% menos que em abril dom ano passado. O aumento dos preços, de 37% no período, compensou parcialmente a redução do volume. No ano passado, o consumo de aços planos no país somou 13,35 milhões de toneladas, um recorde. Mantido o atual ritmo, o consumo deve superar facilmente a marcam das 14 milhões de toneladas durante o ano. As líderes de compra são montadoras, fabricantes de autopeças, de máquinas agrícolas e a indústria da construção. (págs 1 e B8)
http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm
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MEIO AMBIENTE, LULA & MARINA: SEM "MEIAS" PALAVRAS

Lula diz que política ambiental continua e dá recado a ministros



BRASÍLIA - Irritado com o desgaste da saída repentina de Marina Silva (PT-AC), , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou recados nada cifrados a ela. Depois de comentar que atendeu vários pedidos de Marina quando comandava o Ministério do Meio Ambiente, reclamou que a carta de demissão foi entregue no Planalto, dando a entender que deveria tê-la recebido pessoalmente.
"A política ambiental para o Brasil não muda", disse. "Porque no nosso governo, até por determinação e pedido da companheira Marina, nós criamos uma palavra mágica chamada transversalidade. Significa colocar todos os atores envolvidos naquela matéria em torno de uma mesa para que as decisões se transformem em políticas de Estado e de governo, e não política de ministro. A companheira Marina se foi, e a política ambiental continua." Depois, insistiu: "A política não muda porque a política não é de ministro, é de Estado."

O presidente lembrou que não havia conversado com a "companheira" e pretendia fazer isso. "Todos vocês sabem perfeitamente bem, a notícia da saída da Marina, para mim, é a mesma coisa da notícia que eu e Marisa recebemos, um dia de manhã, tomando café, e o meu filho comunicou: ‘Olha, eu vou sair de casa.’ E foi morar com a namorada. O que você vai fazer? Você fala: ‘Vai’." Lula disse que só lhe restava desejar "toda a sorte do mundo, para que obtenha sucesso no que for fazer". "Todo mundo sabe do carinho que tenho por ela, mas se ela chegou à conclusão de que tem um novo ciclo na vida dela e quer mudar, não sou eu que vou impedir. Lula observou que no ministério, "obviamente, sempre terá divergências", pois "é um ministério muito tensionado, em qualquer governo, em qualquer época". E voltou a dar um recado, que disse valer para todos os ministros: "Quando tomamos a decisão é para todo mundo cumprir. Não existe possibilidade de ter divergência entre o presidente e os ministros." Ele foi delicado com a ex-ministra, mas mostrou estar indignado. "Não tem mágoa. Para mim o que tem é um sentimento de alguém que perdeu uma pessoa de que gostava muito, que foi exercer outra atividade e a comparação mais singela que eu pude dar é a do meu filho."
Ao falar sobre Carlos Minc, Lula disse que o convidava "na expectativa de que venha contribuir, com seu conhecimento, para dar seqüência às políticas" da área. O presidente rejeitou a possibilidade de que a escolha de Minc cause confusão com o PT, uma vez que o novo ministro não integra a ala histórica do partido. "Não tem confusão nenhuma." Sobre Jorge Viana, ex-governador do Acre que também era cotado para o posto, Lula disse ter conversado com ele, mas comentou que "está engajado em outro projeto, que é transformar a Helibras numa grande fábrica de helicópteros".
Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo. 1505. [Foto AE. Marina e Carlos Minc em encontro no Rio].