PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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sexta-feira, abril 27, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ''QUANDO EU VIM DE MINAS, TROUXE OURO EM PÓ..."

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(*) Clara Nunes.
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CPI-CACHOEIRA-DELTA [In:] ... E O MARACA DOMINGO *

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24/04/2012
 às 2:37 \ Direto ao Ponto

Para devassar todas as catacumbas da quadrilha, é necessária uma CPI da Delta



Um post aqui publicado em 22 de junho de 2011 registrou a repulsa dos brasileiros honestos com o desempenho de Lula num encontro do PT em Sumaré. No Sermão aos Companheiros Pecadores, clímax da missa negra, o mestre ensinou a seus discípulos que, sem união, nenhum bando escapa de perdas dolorosas. Explicou que Antonio Palocci, por exemplo, perdeu o empregão na Casa Civil não pelo que fez, mas pelo que o rebanho deixou de fazer. Foi despejado não por excesso de culpa, mas por falta de braços solidários.
Para ilustrar a tese, o pregador evocou o escândalo do mensalão ─ sem mencionar a expressão banida do vocabulário do bordel das antigas vestais. “Eu sei, o Zé Dirceu sabe, o João Paulo sabe, o Ricardo Berzoini sabe, que um dos nossos problemas em 2005 era a desconfiança entre nós, dentro da nossa bancada”, disse o pregador. “A crise de 2005 começou com uma acusação no Correio, de três mil reais, o cara envolvido era do PTB, quem presidia o Correio era o PMDB e eles transformaram a CPI dos Correios, para apurar isso, numa CPI contra o PT, contra o Zé Dirceu e contra outros companheiros. Por quê? Porque a gente tava desunido”.
Com o cinismo dos que espancam a verdade desde o berço, o sumo-sacerdote da seita omitiu o essencial. Foi ele quem entregou o controle dos Correios ao condomínio formado pelo PMDB e pelo PTB. O funcionário filmado embolsando propinas era afilhado do deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que merecera do amigo presidente “um cheque em branco”. O desconfiado da história foi Jefferson, que resolveu afundar atirando ao descobrir que o Planalto não o livraria do naufrágio. Ao contar o que sabia, desmatou a trilha que levaria ao pântano do mensalão.
Não podemos errar de novo, advertiu o embusteiro. Para tanto, é preciso preservar a coesão do PT e da base alugada recorrendo à receita caseira: “A gente se reúne, tranca a porta e se atraca lá dentro”, prescreveu. Encerrada a briga de foice, unifica-se o discurso em favor dos delinquentes em perigo.  “Eu tô de saco cheio de ver companheiro acusado, humilhado, e depois não se provar nada”, caprichou na indignação de araque o padroeiro dos gatunos federais.
Aos olhos do país que presta, gente como o mensaleiro José Dirceu, a quadrilheira Erenice Guerra ou o estuprador de sigilo bancário Antonio Palocci têm de prestar contas à Justiça. Para Lula, todos só prestaram relevantes serviços à pátria. A lealdade ao chefe purifica.  “Os adversários não brincam em serviço”, fantasiou. “Toda vez que o PT se fortalece, eles saem achincalhando o partido”.
Milhões de brasileiros não conseguem enxergar no homem que brinca de xerife o vilão do faroeste de quinta categoria. Ao longo de oito anos, enquanto cuidava de transformar a ignorância em virtude, Lula acelerou a decomposição moral do país. O Brasil deste começo de século lembra um grande clube dos cafajestes sustentado por multidões de sobreviventes para os quais a vida consiste em não morrer de fome. Essa sim é a herança maldita.
Se conseguisse envergonhar-se com alguma coisa, o ex-presidente estaria pedindo perdão aos brasileiros por ter institucionalizado a impunidade dos corruptos companheiros. Se não fosse portador da síndrome de Deus, saberia que ninguém tem poderes suficientes para revogar os fatos e decretar a inexistência do mensalão. Como Lula é o que é, continua convencido de que livrará do merecidíssimo castigo os bandidos de estimação.
Neste outono, para perseguir inimigos e, simultaneamente, dispersar os holofotes concentrados no processo à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Grande Pastor ordenou ao rebanho que apressasse a instauração da CPI do Cachoeira. Má ideia. As escavações mal começaram e a Delta Construção, a empreiteira que mais lucrou com as licitações bandalhas do PAC, vai assumindo o papel principal na ópera dos ladrões.
Uma CPI do Cachoeira abrange as maracutaias protagonizadas por um sócio da empresa que ganhou bilhões na construção do Brasil Maravilha de cartório. Para devassar por inteiro a rede de catacumbas,  é necessária uma CPI da Delta. É essencial ouvir o que tem a dizer Fernando Cavendish, porque as coisas vão muito além de Goiás e do Distrito Federal. “Como está o Serginho?”, quis saber Lula de um amigo comum na semana passada. Serginho é Sérgio Cabral, compadre, amigo do peito e parceiro de Cavendish em aventuras bilionárias. Se já não está, logo estará muito mal no retrato.
Lula acha que os leais prontuários infiltrados na CPI manterão as investigações sob controle. Vai descobrir outra vez que pode muito, mas não pode tudo. A CPI acabará tropeçando nos incontáveis corruptos de bom tamanho espalhadas pelo caminho. Um dos mais graúdos enriqueceu como consultor no trecho que passa por Belo Horizonte.
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Fonte: Veja.
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(*) BESTA É TÚ. Moraes Moreira. Os Novos Baianos.
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DELTA [In:] RAPTE-ME CAMALEOA (*)

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O fator Delta




Autor(es): Fernando Gabeira
O Estado de S. Paulo - 27/04/2012
No princípio, alguns políticos queriam excluir a Delta da CPI do Cachoeira. Desistiram. Era como arrancar o delta do alfabeto grego. Depois se falou em concentrar as investigações no eixo Brasília-Goiás. Mas o delta é foz de um rio com muitos braços e canais. Acidente geográfico, a Delta está no Rio de Janeiro.
Da cachoeira à foz, deságua num imenso mar de dúvidas. Não se trata só de uma CPI para dissecar os laços da Delta com Carlos Cachoeira e seus tentáculos na política e nos governos. A ascensão fulminante da empresa e de seu dono, Fernando Cavendish, pode fornecer material para excelente estudo sobre o Brasil moderno. Como se fazem essas fortunas, como se entrelaçam com interesses políticos, como prosperam à sombra do governo e como driblam os frágeis mecanismos de controle? Eis algumas perguntas sobre a mesa.
Isso foi sempre assim, dirão alguns. Mas há algo de singular na meteórica carreira de Cavendish como empreiteiro. O vice de Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, afirmou que o segredo do sucesso da Delta era sua agressividade, traduzida em preços mais baixos. Mas a tática da Delta, de acordo com quem entende de licitações, era vencer com preço baixo e correr atrás dos aditivos que eram acrescentados ao valor inicial do projeto. Em alguns casos, de 300%! Se isso era tão evidente para o mercado, como escapou aos experientes responsáveis pelos contratos do governo? Foram todos enganados por um jovem ambicioso?
Segundo algumas reportagens, Cavendish é simpático e bonachão, por isso se aproximou do governador do Rio e se tornou seu amigo íntimo. Os repórteres esqueceram alguns traços que podem trazer ruído à fotografia: ambos gostam de viagens, hotéis caros, cruzeiros de luxo. É possível que uma extraordinária empatia tenha movido a amizade desinteressada deles. Mas seria preciso outro ajuste de imagem. Cavendish diz em gravações que seu método para conquistar políticos é comprá-los. Como pode sair comprando políticos Brasil afora se no Rio, onde grande parte da sua fortuna foi conquistada, usou só seus belos olhos? Pode ser que Cavendish, como Demóstenes Torres, seja um caso de dupla personalidade: no Rio é um santo, fora do Rio, um tremendo predador.
Lendo o que foi publicado, noto outros sinais de pureza nos gestos de Cavendish no Rio. Ele reuniu suas empresas, segundo a imprensa, e as registrou em nome de uma tia, professora em Pernambuco. Havia um programa humorístico em que o ator Miguel Fallabela dizia: "Salvem a professorinha". Cavendish foi tão radical que pôs toda a sua fortuna na mão de uma delas.
Desde o desastre de helicóptero na Bahia em que morreram mulher e filhos de Cavendish, Cabral tenta explicar a amizade dos dois. O Ministério Público do Rio avaliou o caso e concluiu que não havia nenhuma ilegalidade, mas isso será revisto por um colegiado.
Cabral tende muito a proteger a privacidade de sua relação com Cavendish. Desmentiu logo que seria padrinho de um dos filhos dele: "Compadre, não. Somos só bons amigos". Na verdade, é uma proteção que estende a todos os seus amigos empresários. Indício dela é o fato de não divulgar quantas vezes e com quem viajou pelo mundo, o que deveria ser público para quem exerce o cargo de governador. Houve várias tentativas de obter a lista no Rio. Em vão. Novas tentativas foram feitas via Câmara dos Deputados. De novo em vão, o PMDB não abandona os seus. Como jornalista, é preciso reconhecer que a imprensa não se interessou pelas constantes viagens de Cabral, provavelmente com família, babás, caros hotéis no exterior. No meu tempo de jovem repórter, isso era notícia. Agora é só uma ironia aqui e ali, piada. Mas notícia mesmo, texto e fotos, nada apareceu ao longo dos seis anos em que Cabral descobriu o mundo.
Não questiono a amizade dos dois nem o que lhes parece uma boa vida em Paris. Mas a falta de transparência protegeu a Delta. Suas obras seriam julgadas sob outro crivo e suas vitórias nas concorrências, examinadas com lupa. Obras sem licitação após os temporais na Serra Fluminense? Nem pensar.
Cabral e Cavendish podem esconder os detalhes de sua relação em nome da privacidade. Mas ela é um pedaço do Brasil moderno. Merece estudo, pesquisa, quem sabe até novela ou filme: jovens simpáticos e bonachões que conquistaram o Rio, viveram tragédias, viajaram pelo mundo e, com os serviços profissionais do ex-ministro José Dirceu, exportaram sua energia positiva para o Planalto: a Delta transformou-se na grande empreiteira do PAC.
Em 2010, quando denunciei os laços de Cabral com Cavendish, o TRE-RJ tirou o programa do ar e mais tarde me condenou a pagar multa. Recorri, por meio do advogado do partido. Era só o que faltava, derrotado na eleição, não tinha como pagar multa. O caso caiu nas mãos do presidente do TRE, Luiz Sveiter, que se considerou suspeito para julgá-lo e o passou adiante. A gente vai perdendo tudo, mas o humor eles próprios não nos deixam perder. Uma grande ajuda que a CPI do Cachoeira dará à geografia política do Brasil é iluminar a Delta, com todos os seus braços e canais. E trazer um pouco de transparência ao complexo sistema de dominação fluminense, em que se entrelaçam todos os Poderes, muitas vezes até o quarto poder, com objetivo de nos ocultar parte da verdade.
Numa CPI tudo pode acontecer. Quem sabe Cabral e Cavendish vivem uma amizade desinteressada e o esquema de proteção que envolve o governador não é só uma conspiração do bem contra invasores da privacidade alheia? Como neste momento tudo é suposição, que tal começar pelas obras, seus preços e sobrepreços, maracutaias e maracanãs? Há uma história material a desvendar e só os fatos podem separar a realidade da fantasia.
Não sei se a CPI vai descobrir muita coisa. Na verdade, minha experiência mostrou que ela suscita mais descobertas do que propriamente as faz. De longe, só posso dizer que o Rio continua lindo, nada deveria impedir o Brasil de conhecê-lo melhor. O Rio de Janeiro, fevereiro e março, alô, alô, Cachoeira, aquele abraço.
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(*) RAPTE-ME CAMALEOA (Caetano Veloso).

''Rapte-me camaleoaAdapte-me a uma cama boa..."---

MEIO AMBIENTE-MUNDO-BRASIL [In:] APENAS UM ''MEIO''...

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Vende-se a natureza




Autor(es): Frei Betto
Correio Braziliense - 27/04/2012

Escritor, é autor, em parceria com Marcelo Barros, de O amor fecunda o Universo - Ecologia e espiritualidade (Agir), entre outros livros
Às vésperas da Rio+20 é imprescindível denunciar a nova ofensiva do capitalismo neoliberal: a mercantilização da natureza. Já existe o mercado de carbono, estabelecido pelo Protocolo de Kyoto (1997). Ele determina que países desenvolvidos, principais poluidores, reduzam as emissões de gases de efeito estufa em 5,2%.
Reduzir o volume de veneno vomitado por aqueles países na atmosfera implica subtrair lucros. Assim, inventou-se o crédito de carbono. Uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. O país rico ou suas empresas, ao ultrapassar o limite de poluição permitida, compra o crédito do país pobre ou de suas empresas que ainda não atingiram seus respectivos limites de emissão de CO2 e, assim, fica autorizado a emitir gases de efeito estufa. O valor dessa permissão deve ser inferior à multa que o país rico pagaria, caso ultrapassasse seu limite de emissão de CO2.
Surge agora nova proposta: a venda de serviços ambientais. Leia-se: apropriação e mercantilização das florestas tropicais, florestas plantadas (semeadas pelo ser humano) e ecossistemas. Devido à crise financeira que afeta os países desenvolvidos, o capital busca novas fontes de lucro. Ao capital industrial (produção) e ao capital financeiro (especulação), soma-se agora o capital natural (apropriação da natureza), também conhecido por economia verde.
A diferença dos serviços ambientais é que não são prestados por uma pessoa ou empresa; são ofertados, gratuitamente, pela natureza: água, alimentos, plantas medicinais, carbono (sua absorção e armazenamento), minérios, madeira etc. A proposta é dar um basta a essa gratuidade. Na lógica capitalista, o valor de troca de um bem está acima de seu valor de uso. Portanto, tais bens naturais devem ter preços.
Os consumidores dos bens da natureza passariam a pagar, não apenas pela administração da "manufatura" do produto (como pagamos pela água que sai da torneira em casa), mas pelo próprio bem. Ocorre que a natureza não tem conta bancária para receber o dinheiro pago pelos serviços que presta. Os defensores dessa proposta afirmam que, portanto, alguém ou alguma instituição deve receber o pagamento — o dono da floresta ou do ecossistema.
A proposta não leva em conta as comunidades que vivem nas florestas. Uma moradora da comunidade de Katobo, floresta da República Democrática do Congo, relata: "Coletamos lenha, cultivamos alimentos e comemos. A floresta fornece tudo — legumes, todo tipo de animal —, e isso nos permite viver bem. Por isso somos muito felizes com nossa floresta, porque nos permite conseguir tudo que precisamos. Quando ouvimos que a floresta poderia estar em perigo, isso nos preocupa, porque nunca poderíamos viver fora da floresta. E se alguém nos dissesse para abandonar a floresta, ficaríamos com muita raiva, porque não podemos imaginar uma vida que não seja dentro ou perto da floresta. Quando plantamos alimentos, temos comida, temos agricultura e também caça, e as mulheres pegam siri e peixe nos rios. Temos diferentes tipos de legumes, e também plantas comestíveis, frutas e todo de tipo de coisa que comemos, que nos dá força e energia, proteínas, e tudo mais que precisamos".
O comércio de serviços ambientais ignora essa visão dos povos da floresta. Trata-se de um novo mecanismo de mercado, pelo qual a natureza é quantificada em unidades comercializáveis.
Essa ideia, que soa como absurda, surgiu nos países industrializados do hemisfério Norte na década de 1970, quando houve a crise ambiental. Europa e EUA tomaram consciência de que os recursos naturais são limitados. A Terra não tem como ser ampliada. E está doente, contaminada e degradada.
Frente a isso, os ideólogos do capitalismo propuseram valorizar os recursos naturais para salvá-los. Calcularam o valor dos serviços ambientais entre US$ 16 trilhões e US$ 54 trilhões (o PIB mundial, a soma de bens e serviços, totaliza US$ 62 trilhões). "Está na hora de reconhecer que a natureza é a maior empresa do mundo, trabalhando para beneficiar 100% da humanidade — e faz isso de graça", afirmou Jean-Cristophe Vié, diretor do Programa de Espécies da IUCN, principal rede global pela conservação da natureza, financiada por governos, agências multilaterais e empresas multinacionais.
Em 1969, Garret Hardin publicou o artigo "A tragédia dos comuns" para justificar a necessidade de cercar a natureza, privatizá-la, e assim garantir sua preservação. Segundo o autor, o uso local e gratuito da natureza, como o faz uma tribo indígena, resulta em destruição (o que não corresponde à verdade). A única forma de preservá-la para o bem comum é torná-la administrável por quem possui competência — as grandes corporações empresariais. Eis a tese da economia verde.
Ora, sabemos como elas encaram a natureza: como mera produtora de commodities. Por isso, empresas estrangeiras compram, no Brasil, cada vez mais terras, o que significa uma desapropriação mercantil de nosso território.
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GOVERNO DILMA-CÓDIGO FLORESTAL [In:] ''VAMOS PASSEAR NA FLORESTA..." enquanto a motosserra não vem !

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Dilma deve vetar anistia no novo Código Florestal




Dilma deve vetar anistia a desmatador
Autor(es): agência o globo:Marta Salomon
O Estado de S. Paulo - 27/04/2012
Promessa de campanha pode fazer com que a presidente vete parcialmente artigos que liberam produtores de recuperar parte de áreas desmatadas


A presidente Dilma Rousseff analisa vetar parcialmente o Código Florestal aprovado anteontem na Câmara para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada, sobretudo às margens de rios. Trata-se de um compromisso assumido na campanha ao Planalto, reiterado ontem por interlocutores. "Como nos é dado o direito do veto, a presidenta vai analisar com serenidade, sem animosidade, sem adiantar nenhuma solução", disse o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, um dia após a vitória dos ruralistas e a derrota do governo na Câmara. "Qualquer questão que possa ser interpretada ou na prática signifique anistia tem grandes chances de veto", corroborou a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A decisão da presidente será anunciada até meados de maio. O Planalto avalia que os ruralistas não detêm os 257 votos na Câmara e os 41 no Senado para derrubar um veto de Dilma. A maior preocupação da presidente é garantir regras claras para a recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs), consideradas estratégicas para a segurança de abastecimento de água do próprio agronegócio. Após conversar com Dilma, o secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse acreditar no veto. "Passaram uma motosserra no Código. Fica a ideia de

que o crime compensa."

A Câmara derrubou a exigência de recuperação das margens de rios com mais de 10 metros de largura, que deveriam recompor entre 15 e 100 m de vegetação do que foi desmatado. Só permaneceu a exigência de os produtores recuperarem 15 metros às margens de rios mais estreitos. Apesar de contar com ampla maioria de votos, os ruralistas foram impedidos, regimentalmente, de derrubar essa parte do texto. O principal resultado da decisão é a insegurança jurídica, que prejudica pequenos proprietários. Eles podem ser obrigados a recuperar até 500 metros da vegetação nativa, se seus imóveis estiverem à margem de rios mais largos, como o São Francisco.
Estratégia. Antes mesmo de a Câmara encerrar a votação do Código, uma alternativa à derrota do governo começava a tramitar. Anteontem, os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-RS) protocolaram projeto de lei com regras para recuperar áreas de proteção já desmatadas. O PL também limita a expansão da produção de camarão em parte dos manguezais. O projeto recupera os termos do acordo fechado no Senado, em dezembro, e apoiado por Dilma. A apresentação do texto an-teontem faz parte da estratégia para impedir que a Câmara, onde os ruralistas são maioria, comandem nova rodada de debate. Insatisfeitos com a exigência de recuperação de 15 metros de vegetação nas margens de rios até 10 metros, os ruralistas preparam um projeto para reduzir as exigências feitas aos desmatadores. Eles vão propor faixas menores, entre 5 e 15 metros. O veto total ao Código, como querem ambientalistas, está descartado. Para o Planalto, os problemas se concentram na recuperação do passivo ambiental. / 
COLABOROU CLARISSA THOMÉ
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CPI´s [In:] ''EU JUREI MENTIRAS E SIGO SOZINHO...'' (*)



Minto, logo, existo




Autor(es): Nelson Motta
O Estado de S. Paulo - 27/04/2012
 
Com o início de mais uma CPI em busca da verdade, a única certeza é que ouviremos mais uma cachoeira de mentiras. Mesmo jurando sobre a Bíblia, eles vão mentir, como José Roberto Arruda fez na tribuna do Senado, jurando pelos seus filhos que não tinha violado o painel eletrônico. Quantas vezes ainda ouviremos alguém dizer "eu não sabia"? É difícil saber se já houve mais corrupção no Brasil em outro tempo, mas certamente nunca na história deste País se mentiu tanto. Só que agora as mentiras se espalham instantaneamente pela sociedade, mas podem ser mais rapidamente desmentidas pelos fatos e pela tecnologia.
Historicamente, nos Estados Unidos e em países de cultura protestante, mentir é um ato muito mais grave, moral e legalmente, do que na América católica. Em países regidos por esses códigos morais, mentir em juízo sob juramento é crime de perjúrio que pode levar à prisão e até derrubar presidentes. Como o mentiroso Richard Nixon, obrigado a renunciar depois do escândalo Watergate, e Bill Clinton, que sofreu um impeachment na Câmara dos Representantes, com muitos votos do seu próprio partido, não pelo mau gosto do romance com Monica Lewinsky, mas porque mentiu. Foi salvo pelo Senado, por poucos votos. E era um dos presidentes mais populares e bem-sucedidos da história americana, com sólido apoio parlamentar.
A verdade é que todo mundo mente, uns mais e outros menos, para o mal e para o bem, pelos mais diversos motivos, sentimentos e circunstâncias, é parte da condição humana. Mas quando alguém mente para si mesmo, como Sarney se acreditando um grande estadista de moral ilibada, ou Zé Dirceu se dizendo "cada vez mais convencido" de sua inocência no mensalão, para esses casos não há cura. Mas isto é assunto psicanalítico, estamos falando de roubos e conspirações de políticos, empresários e funcionários contra o Estado.
Como nos lembram CPIs recentes, eles mentem cínica e impunemente, humilham nossa inteligência, desmoralizam nossa fé nas instituições e provam que aqui a mentira é não só tolerada como recompensada. Eles anunciam uma verdade brasileira: minto, logo, existo.
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(*) SANGUE LATINO (Nando Reis).
Eu jurei mentiras e sigo sozinho
Assumo os pecados
Os ventos do norte nao movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida meus mortos meus caminhos tortos
Meu sangue latino
Minh'alma cativa
Rompi tratatos
Traí os mitos

Quebrei a lança lancei o espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos
Meu sangue latino
Minh'alma cativa.
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CPI-DEMÓSTENES [in:] A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO DEMO



A insustentável defesa de Demóstenes




Mentir em plenário, um ato sem defesa
Autor(es): Gabriel Mascarenhas
Correio Braziliense - 27/04/2012

Argumentos contestando escutas da PF que ligam o senador a Cachoeira não o livrarão da perda do mandato. Discurso no qual Demóstenes teria mentido em plenário é que deve embasar o pedido de cassação por quebra do decoro

Senadores avaliam que Demóstenes Torres terá dificuldades para provar que disse a verdade ao discursar sobre as relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

Senadores rebatem o principal argumento da defesa apresentada por Demóstenes Torres (sem partido), na última quarta-feira, e agora miram o discurso feito pelo parlamentar goiano em plenário, em 6 de março, para sustentar a tese quase unânime na Casa: a de que Demóstenes mentiu na tribuna, o que já justificaria a abertura do processo no Conselho por quebra de decoro parlamentar, pecado que pode culminar na cassação de mandato do senador.
A defesa tenta convencer o colegiado de que reportagens jornalísticas não são suficientes para comprovar a relação estreita entre Demóstenes e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os advogados do parlamentar lembram que o colegiado ainda não teve acesso a nenhum documento oficial — como o processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) ou o inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR), ambos já pedidos pelo Conselho de Ética — que embase a suspeita de quebra de decoro. Além disso, questiona a autenticidade de gravações telefônicas vazadas à imprensa, entre outros argumentos.
"Como bom constitucionalista, o senador Demóstenes deve saber que o Código de Ética de Decoro Parlamentar é o mais rigoroso de todos. Mentir na tribuna já é quebrar o decoro. A defesa dele seria contundente se dissesse: "Aquela voz (que aparece nas gravações veiculadas) não é a minha", ou "Provo que não recebi dinheiro algum de Cachoeira", mas nada disso ele afirma", contra-atacou o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP).
A avaliação dos senadores do colegiado é que o conjunto da obra exposto nos veículos de comunicação e o discurso em que Demóstenes, em 6 de março, tenta convencer seus colegas de que não mantinha nenhuma relação escusa com Cachoeira são elementos consistentes o suficiente para o Conselho de Ética oficializar a abertura de processo por quebra de decoro.
Em março, Demóstenes subiu à tribuna e disse que havia recebido apenas um presente de casamento de Cachoeira, de quem era amigo pessoal. Na ocasião, recebeu solidariedade, palavras de consolo e apoio de 44 parlamentares. Parte deles se sente traída por ter se posicionado publicamente a favor de Demóstenes. "Claro que pegou mal para quem demonstrou apoio, mas ele induziu os senadores a esse comportamento. Àquela altura, Demóstenes tinha crédito", justificou Randolfe, um dos que pediram a palavra para dar um voto de confiança ao então aliado.
Relatório
O relator do processo no Conselho de Ética, senador Humberto Costa (PT-PE), confirmou ontem, após sessão do colegiado, que utilizará todo o prazo regimental a que tem direito para elaborar seu relatório preliminar. O documento será lido e debatido no Conselho de Ética na próxima quinta-feira. Em sessão agendada para 8 de maio, eles decidirão se abrem o processo propriamente dito contra Demóstenes ou se arquivam a denúncia. Costa é mais um senador a criticar a tese da defesa de Demóstenes: "Como o julgamento no conselho é político somente, não exige o mesmo rigor penal de provas incontestáveis", afirmou o relator, a respeito da tese de que matérias jornalísticas não servem como prova.
Costa se mostrou receoso, porém, em utilizar provas que correm o risco de serem anuladas judicialmente, caso o Supremo Tribunal Federal (STF), onde também corre processo contra o senador goiano, aceite o argumento da defesa. Os advogados de Demóstenes pediram ao colegiado que aguarde a decisão do STF para dar sequência ao processo político. "O Conselho de Ética está fazendo seu trabalho, tocando as representações. O trabalho não tem nenhuma relação com a tramitação dos processos penais que correm lá fora. Caberá à Justiça dizer se houve crimes e quem os cometeu. O conselho deve fazer sua parte, no âmbito político", afirmou o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT-BA).
"Como bom constitucionalista, o senador Demóstenes deve saber que o Código de Ética de Decoro Parlamentar é o mais rigoroso de todos. Mentir na tribuna já é quebrar o decoro"
Randolfe Rodrigues (PSol-AP), senador
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CONSUMO [In:] POBRES ESBELTOS !



"Consumo pode levar ao fim do mundo"




Governo quer "caminho do meio" no consumo
Autor(es): agência o globo:Catarina Alencastro
O Globo - 27/04/2012
 
Ministro afirma que o planeta não aguentaria se o excesso de consumismo dos ricos se tornasse o modelo vigente

BRASÍLIA. O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem que o mundo se acabaria, caso todos passassem a consumir bens e produtos da mesma forma que os ricos o fazem. Na quarta versão do seminário "Diálogos Sociais: Rumo à Rio+20", o ministro defendeu que se busque "o caminho do meio" na relação de consumo e assegurou que o Brasil está fazendo todos os esforços para que o evento seja um sucesso, do ponto de vista logístico e de conteúdo.
- Os muito ricos, tanto na sociedade brasileira, como no mundo todo, não praticam desenvolvimento sustentável, uma vez que o excesso de consumismo é inviável. O mundo se acabaria rapidamente se fosse universalizado o padrão de consumo das elites e, cá entre nós, o nosso, muitas vezes - disse Carvalho.
No mesmo evento, há um mês, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, mencionou que o padrão de consumo das sociedades será um dos principais temas da Rio+20. Na ocasião, disse que é insustentável que os habitantes do planeta adotem o mesmo padrão de um americano médio, que consome por dia cerca de 38 quilos de recursos naturais.
No debate de ontem, os palestrantes disseram que é preciso estimular ações não degradantes e taxar as que causam a destruição do meio ambiente. Entre eles, o senador Cristovam Buarque se mostrou pessimista quanto aos resultados da Rio+20. Ele sugeriu que meios de transporte públicos sejam isentos de impostos e os carros particulares, sobretaxados:
- Sou muito pessimista quanto aos resultados da Rio+20. Cada chefe de Estado quer dar uma solução ao seu problema e não ao do planeta. Seria suicídio o Obama vir aqui, três meses antes das eleições, dizer que o desenvolvimento causa degradação.
Brasil é acusado de adotar política "esquizofrênica"
Antes dele, Carvalho reconheceu que alguns chefes de Estado não estarão presentes à conferência por causa das eleições em seus países, mas destacou que já há confirmação de cem líderes mundiais e que a conferência será "muito representativa".
Na sessão de debates, participantes questionaram as opções do governo de investir em empreendimentos danosos ambientalmente, como o pré-sal. A analista do Banco Central Maria de Fátima Cavalcanti foi aplaudida ao classificar a política do governo brasileiro como "esquizofrênica".
- A política brasileira é bipolar, esquizofrênica. Se vou investir pesado no petróleo e no pré-sal e quero desenvolvimento sustentável, parece que tem uma incoerência aí nesse rumo - disse, deixando claro que não falava em nome do BC.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


27 de abril de 2012
O Globo

Manchete: Por 10 x 0, Supremo libera cota racial em universidade
Decisão vale para todas as instituições que reservam vagas para negros

Por unanimidade, o STF decidiu ontem que a reserva de vagas em vestibulares para negros e pardos é constitucional. Os ministros julgavam o caso específico da UnB, que adotou em 2004 cota de 20% para afrodescendentes. A decisão, no entanto, vale para todas as instituições públicas que adotam ou pretendem adotar o critério racial em seus processos seletivos como forma de diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior. O julgamento teve como base uma ação proposta pelo DEM em 2009, que argumentou que a política da UnB era uma afronta ao princípio da igualdade e incentivava o racismo por criar privilégios baseados em critérios raciais. Os ministros do Supremo entenderam que a cota é um instrumento legítimo para corrigir desigualdades. (Págs. 1 e 3 a 10)

“Viva a nação afrodescendente” (Luiz Fux)

“Precisamos saldar essa dívida” (Marco Aurélio Mello)

“É um processo, uma etapa” (Cármen Lúcia)

Segurança: O índio guarani Araju Sepeti é retirado à força do STF. Ele estava na plateia e interrompeu o julgamento reclamando em voz alta que só se falava ali da situação dos negros. (Págs. 1 e 3)
Míriam Leitão
Mais do que votar, os ministros explicaram o conceito básico de que a igualdade não acontece por inércia, mas por ação. (Págs. 1 e 24)
Entrevista
Para o sociólogo Simon Schwartzman, ao diferenciar pessoas pela cor da pele ou raça, as cotas geram mais discriminação. (Págs. 1 e 4)
Foto-legenda: O alerta vem do céu
Imagens aéreas feitas pelo fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand mudam a paisagem da Cinelândia e chamam a atenção para questões ambientais. (Págs. 1 e 18)
Casa Branca anuncia plano de bioeconomia
Com o objetivo de substituir tecnologias nocivas à saúde e ao meio ambiente por outras mais sustentáveis, o presidente dos EUA, Barack Obama, lançou o Plano Nacional de Bioeconomia. O conceito é abrangente e inclui desde o desenvolvimento de biocombustíveis até técnicas agrícolas, passando por tratamentos médicos, baseados em processos biológicos, menos danosos. (Págs. 1 e 34)
Dilma vetará Código Florestal
Após derrota na votação do Código Florestal, o ministro Gilberto Carvalho admitiu que a presidente está contrariada e que vetará partes do texto. (Págs. 1 e 11)
"Consumo pode levar ao fim do mundo"
O ministro Gilberto Carvalho disse que o mundo acabaria, caso todos passassem a consumir como os ricos. Ele defendeu “o caminho do meio”. (Págs. 1 e 29)
Delta abandona também a Transcarioca
Envolvida no escândalo Cachoeira, a Delta, que abandonara as obras do Maracanã, saiu também do projeto do corredor expresso Transcarioca. A ministra Miriam Belchior disse que a eventual quebra da empreiteira, que concentra obras do PAC, é problema da empresa, não do governo. (Págs. 1, 12, Luiz Garcia e Nelson Motta)
Haia condena 1º ditador desde Nuremberg
O liberiano Charles Taylor foi considerado culpado de crimes contra a Humanidade em julgamento em Haia. O último ex-chefe de Estado condenado pela Justiça internacional fora o alemão Karl Dönitz, em Nuremberg, em 1946. (Págs. 1 e 31)
Petrobras tira diretores e irrita partidos
A saída de três dos sete diretores da Petrobras irritou o PP, que perdeu a área de abastecimento por decisão da presidente da estatal, Graça Foster, e de Dilma. As trocas causaram alvoroço no PMDB, que quer ampliar o seu espaço. (Págs. 1 e 25)
Juros baixos sem mudar a poupança
Após o BC indicar que os juros cairão abaixo de 9%, a Caixa cortou taxas e lançou fundos de investimento populares. Com isso, o governo conquista tempo e espaço para reduzir os juros, sem mexer no ganho da poupança. (Págs. 1 e 23)
Obra prometida para Niterói há 38 anos acaba na Justiça (Págs. 1 e 15)

Entrevista
A complacência do Brasil com o massacre na Síria é chocante, diz o francês Bernard-Henri Lévy. (Págs. 1 e 32)
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Folha de S. Paulo

Manchete: STF diz que cotas raciais são legais
Por unanimidade, ministros entenderam que o sistema corrige distorção histórica que prejudicou os negros

0 STF decidiu, por unanimidade, que as cotas raciais em universidades são constitucionais. Todos os dez ministros que participaram da votação foram favoráveis ao sistema. O ministro José Antonio Dias Toffoli não votou.

Os ministros julgaram ação do DEM contra o sistema que a Universidade de Brasília adotou em 2004, que reserva 20% das vagas a quem se declara negro ou pardo. A decisão é válida para qualquer universidade. (Págs. 1 e Cotidiano, C1)

Análise – Joaquim Falcão

Discriminação positiva é um ato constitucional. (Págs. 1 e Cotidiano, C4)
Cachoeira deu R$ 100 mil a assessor de senador, diz PF
Escutas da PF indicam que em fevereiro, seis dias antes de ser preso, Carlinhos Cachoeira entregou R$ 100 mil em dinheiro a um assessor do senador Demóstenes Torres (ex-DEM).

No grampo, o empresário, acusado de corrupção, orienta a mulher a fazer o pagamento e a contar as notas na frente do assessor. (Págs. 1 e Poder, A4)

Diretor da Delta em São Paulo também manteve contato com Cachoeira. (Págs. 1 e A6)
Caso Cachoeira
‘O Carlinhos que eu conheço faz caridade’

Mulher do empresário diz, em entrevista a Catia Seabra, que ele não descarta depoimento bombástico. (Págs. 1 e Poder, A8)
Presidente vetará anistia a desmate, afirma ministra
Após o governo ser derrotado na Câmara na votação do Código Florestal, a ministra Ideli Salvatti disse que os pontos da lei que levarem à anistia de desmatadores têm grande chance de serem vetados por Dilma. Segundo ela, serão rejeitados artigos que prejudicam pequenos agricultores. (Págs. 1 e Poder, A12)

Marina Silva: Veta tudo, Dilma; o código não tem nada de florestal. (Págs. 1 e Opinião, A2)
TJ-SP decide que viciado pode ir e vir na cracolândia
Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo impede que policiais militares abordem um morador de rua da cracolândia sem que haja suspeita de que ele esteja cometendo delito.

Viciado em crack, o homem entrou com ação por meio da Defensoria Pública após ter sido revistado 15 vezes por policiais em uma única semana. (Págs. 1 e Cotidiano, C6)
Haddad promete rever projeto da Nova Luz se eleito
O pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que, se eleito, vai rever o projeto da Nova Luz para atender a pedidos de comerciantes da região da Santa Efigênia, no centro. Ele criticou a proposta de Kassab (PSD) de desapropriar imóveis para remodelar a área e abrir caminho a empreendimentos imobiliários. (Págs. 1 e Poder, A10)
Vale avalia cortar US$ 6 bi de projeto na Argentina (Págs. 1 e Mundo, A18)

Ex-líder africano é condenado por crimes de guerra (Págs. 1 e Mundo, A16)

Governo quer juros mais baixos para aposentados
0 governo prepara ofensiva para pressionar a redução dos juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS. Os cortes feitos pelos bancos foram considerados tímidos.

Nas últimas semanas, a Caixa já reduziu duas vezes a sua taxa. O Banco do Brasil também cortou. (Págs. 1 e Mercado, B1)
Saúde
Mais da metade dos maiores de 55 anos são hipertensos. (Págs. 1 e C12)
Editoriais
Leia “Cotas raciais, um erro”, acerca de julgamento no Supremo, e “Comissão de fumaça”, a respeito do início dos trabalhos da CPI do caso Cachoeira. (Págs. 1 e Opinião, A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Em áudio, Cachoeira fala em pagamento a Perillo por vantagens
Contraventor se valia da propina para emplacar nomeações em Goiás, indica gravação

Gravações da Polícia Federal mostram o contraventor Carlinhos Cachoeira e seus aliados falando em pagamentos ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a integrantes do primeiro escalão do governo cm troca de vantagens em negócios públicos, informam Fábio Fabrini, Alana Rizzo e Alfredo Junqueira. De acordo com as gravações, obtidas pelo Estado, a organização do contraventor se valia dos repasses para emplacar nomeações e vencer licitações. Perillo pediu ontem ao Ministério Público que seja aberto um inquérito contra ele. Seu advogado disse que o governador está sendo alvo de vazamentos direcionados de escutas telefônicas. (Págs. 1 e Nacional, A4 e A6 a A8)
Governo quer que bancos dividam ganho com cliente
O governo decidiu que os bancos terão de repassar aos clientes, como benefícios, parte do ganho obtido em fusões. O Banco Central nega que a medida, que se soma à ação das instituições oficiais para reduzir o custo do crédito, sirva para “apertar os bancos”. (Págs. 1 e Economia, B1 e B3)

Espanha rebaixada

A Standard & Poor’s rebaixou de A para BBB+ o rating de crédito de longo prazo do país. (Págs. 1 e Economia, B11)
Dilma deve vetar anistia no novo Código Florestal
A presidente Dilma Rousseff analisa vetar alguns artigos do novo Código Florestal aprovado anteontem na Câmara dos Deputados para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada em suas propriedades. A decisão será anunciada até meados de maio. (Págs. 1 e Vida, A22)

Ideli Salvatti – Relações Institucionais

“Qualquer questão que signifique anistia tem grandes chances de sofrer o veto”.
Foto-legenda: Trocando as estações
Em sete meses de operação parcial da Linha 4-Amarela, o movimento da Estação Paulista já supera sua capacidade em 100%, enquanto a Estação da Sé, que sempre simbolizou a superlotação do Metrô, está com folga de 200 mil usuários. (Págs. 1 e Cidades, C1)
"Ele é mais que um pai", diz Sean à TV
Pivô de batalha por sua guarda, Sean Goldman (foto), de 11 anos, deu entrevista nos EUA elogiando o pai, David. “Por que expor Sean?”, reagiu Silvana Bianchi, avó do menino. (Págs. 1 e Cidades, C3)
Por unanimidade, STF valida cotas raciais em universidades
O Supremo Tribunal Federal decidiu, ontem, por unanimidade, que cotas raciais para negros e índios em universidades são constitucionais, não violam o princípio da igualdade nem institucionalizam discriminação. Por três vezes, o índio Araju Sepeti interrompeu o julgamento e foi expulso. (Págs. 1 e Vida, A24)
Liga Árabe pede que ONU pressione Síria (Págs. 1 e Internacional, A15)

Richard Haass: Aos vencedores, mais desafios
Líderes de emergentes enfrentam o fato de que as reivindicações dos cidadãos cada vez mais superam a capacidade de satisfazê-las. (Págs. 1 e Visão Global, A18)
Dora Kramer: Vontade da maioria
Goste-se ou não, a aprovação do Código Florestal expressou a vontade da maioria, sem relação com o tamanho ou a fidelidade da base aliada. (Págs. 1 e Nacional, A6)
Notas & Informações
Produção e preservação

Foi um erro político deixar o debate do Código virar confronto entre ruralistas e ambientalistas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: STF aprova o sistema de cotas para negros
Ativista dos direitos humanos, o cineasta americano Spike Lee visitou ontem o Supremo Tribunal Federal. Ele foi recebido pelo ministro Joaquim Barbosa, único integrante negro da corte, em um dia emblemático: por unanimidade, 10 votos a zero, o STF refutou uma ação proposta pelo DEM e aprovou a política de cotas raciais que reserva para negros 20% das vagas do vestibular da UnB. A decisão deve servir de parâmetro para todas as instituições públicas de ensino superior no país. Um índio foi retirado à força do tribunal ao se manifestar, durante a sessão, para que os indígenas fossem citados nas cotas. (Págs. 1, 8 e Diversão & Arte, 6)
Spike Lee, Romário e Dirceu escapam de assalto em Brasília (Págs. 1 e 21)

A insustentável defesa de Demóstenes
Argumentos contestando escutas da PF que ligam o senador a Cachoeira não o livrarão da perda do mandato. Discurso no qual Demóstenes teria mentido em plenário é que deve embasar o pedido de cassação por quebra do decoro. (Págs. 1 e 2)
Posse de concursados
Mais prazo para convocações

Apesar da suspensão das nomeações devido a cortes no Orçamento, o governo federal prometeu estender a validade das seleções para atender todos os aprovados. (Págs. 1 e 10)
Câncer
Remédio à base de plantas ajuda a controlar doença na próstata. (Págs. 1 e 19)
Susto com o IPTU
Dnocs tem taxa de R$ 1 mil

Os moradores da Vila, a maioria de baixa renda e beneficiária de programas sociais, foram surpreendidos com os valores das taxas cobradas pelo GDF. (Págs. 1 e 28)
Negociação, agora, só com o fim da greve dos professores
O GDF anunciou a suspensão de todas as propostas feitas à categoria, em greve há 46 dias, após um grupo de docentes invadir parte do 6º andar do Palácio do Buriti. Houve confronto entre PMs e sindicalistas. A Justiça determinou a desocupação do prédio na noite de ontem. (Págs. 1 e 24)
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Valor Econômico

Manchete: Mesmo com economia fraca, renda real tem forte avanço
Apesar da redução no ritmo de crescimento da economia, a renda real dos trabalhadores continua crescendo vigorosamente e será fator decisivo para uma recuperação robusta nos próximos meses. Em março, avançou 1,6% sobre fevereiro e 5,6% em relação ao mesmo mês de 2011. A demanda aquecida ainda empurra para o alto os preços dos serviços, que sobem há bastante tempo acima da inflação e podem exercer pressão de alta no futuro sobre os índices bem comportados do último trimestre. A inflação de serviços continua por volta dos 9%.

A renda média real nas seis principais regiões metropolitanas do país alcançou R$ 1.728,40 em março, a mais alta da série histórica iniciada pelo IBGE em 2002. Para economistas, o forte crescimento da renda real em março não reflete apenas o aumento de 14% do salário mínimo, mas também um cenário ainda favorável aos reajustes, que não estão sendo inibidos pela ameaça de perda do emprego. (Págs. 1 e A3)
Ferrovia investe pouco em expansão
As empresas privadas que operam ferrovias estão investindo muito pouco em expansão da rede. No ano passado, desembolsaram R$ 4,7 bilhões, mas destinaram a maior parte dos recursos à manutenção e compra de locomotivas e vagões. Um terço dos 30 mil quilômetros da malha, segundo dados oficiais, está hoje subutilizada e degradada. O presidente da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários, Rodrigo Vilaça, diz que esses trechos são inviáveis.

Dos quase R$ 30 bilhões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou para projetos de infraestratura em 2011, apenas R$ 226 milhões (menos de 1%) foram para o setor. Dos três grandes projetos existentes hoje no país, apenas um é de responsabilidade da iniciativa privada – a Nova Transnordestina. Os outros são tocados pelo próprio governo por meio da Valec: a extensão da ferrovia Norte-Sul e o projeto de construção da Oeste-Leste. (Págs. 1 e B8)
Senadores tentam mudar novo Código
Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentaram novo projeto de lei restabelecendo dispositivos retirados do Código Florestal pela Câmara dos Deputados. O projeto cria salvaguardas para proteger os rios e retoma a obrigatoriedade de recomposição de florestas em todas as faixas de curso d’água. A iniciativa, que retorna à proposta original do governo, sinaliza os vetos que a presidente Dilma Rousseff deverá fazer ao projeto. A estratégia é pedir urgência na tramitação da nova proposta, que será apreciada pela Câmara, mas terá texto definitivo do Senado.

Para o ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, o novo Código representa um retrocesso “jamais visto”. Para André Nassar, coordenador da RedeAgro, regulariza os produtores. (Págs. 1 e A8)
Migração para o ensino privado
As escolas públicas brasileiras, principalmente nos níveis fundamental e médio, estão perdendo espaço para os colégios particulares. Nos últimos dez anos, a educação pública perdeu um total de 4,834 milhões de estudantes, enquanto o ensino privado ganhou 1,090 milhão de matrículas. Entre 2002 e 2011, enquanto o número de matrículas em escolas públicas declinou 480 mil por ano, o ensino privado arrebanhou 110 mil.

Uma das principais explicações para a tendência é o aumento da renda decorrente do crescimento econômico, que estimulou famílias em ascensão social a colocar seus filhos em escolas particulares. O economista Naercio Menezes Filho, coordenador da área de políticas públicas do Insper, afirma que os números refletem “uma lógica natural”. “O fato é que se a família tem ganho de renda, prefere matricular o filho na escola privada. Ele escolhe a escola que acha melhor”, diz. (Págs. 1 e A4)
Indústria de TI apela à autodefesa
Com o crescimento explosivo dos dispositivos móveis vieram também as ameaças à segurança de dados e os roubos de aparelhos. A linha de defesa que está sendo construída pela indústria de PCs e pelas operadoras de telecomunicações passa por aplicativos protetores nos equipamentos. Entre os recursos mais difundidos estão os que permitem apagar a distância os dados salvos em smarphones e tablets, o bloqueio remoto do aparelho e a possibilidade de fazer backup das informações armazenadas. Progridem também os sistemas de rastreamento.

Mas os cuidados com a proteção avançam devagar, mesmo nas empresas. “As tecnologias móveis são simplesmente implantadas nas companhias brasileiras”, diz o delegado José Mariano de Araújo Filho, especialista em crimes eletrônicos da Polícia Civil de São Paulo. “Não há preocupação com a definição de políticas de segurança e o impacto de risco dos recursos”. (Págs. 1 e B3)
Brasil aumenta a exportação de café de qualidade
Exportador tradicional de café verde, o Brasil começa a vender cafés especiais, orgânicos e certificados. Em 2007, apenas 7,7% do total exportado era dessas categorias. Em 2011, eles representaram 26%, segundo entidade dos exportadores. A demanda está tão forte que os preços médios desses tipos de café superam os dos produtos industrializados (torrado e moído e solúvel). (Págs. 1 e B12)
Pão de Açúcar abre lojas virtuais em rede física
Uma loja virtual dentro de outra, real. O consumidor entra num supermercado e, por meio de terminais de computador, faz compras on-line de produtos inexistentes no local. A estratégia, uma tendência do mercado, foi adotada pela maior rede varejista do país, o Grupo Pão de Açúcar (GPA). O plano do grupo é explorar suas várias marcas e, para isso, inicialmente instalou terminais em 26 lojas da rede de supermercados Extra.

Atualmente, cerca de 93% das receitas do GPA são provenientes das vendas realizadas nas lojas físicas e apenas 7% vêm do comércio eletrônico, gerido pela Nova Pontocom. “O grupo é o maior varejista do país e somos a segunda maior rede de e-commerce. Temos muita coisa a fazer ainda, em termos de sinergia, de troca. É algo que não termina, porque é um trabalho constante”, diz German Quiroga, presidente da Nova Pontocom e um dos criadores da Americanas.com nos anos 90. (Págs. 1 e B5)
Municípios vão pedir compensação por renúncia fiscal de IPI (Págs. 1 e A2)

Bancos europeus dão lucro, mas esperam um ano difícil (Págs. 1 e B9)

Serviços puxam consumo de energia
Consumo nacional de eletricidade no primeiro trimestre aumentou 3,9% em relação a igual período de 2011, puxado pelo setor comercial, com alta de 6,3%. No setor industrial o crescimento foi de 2,3%. (Págs. 1 e A3)
Eldorado define estratégias
A seis meses de iniciar a operação da fábrica de celulose branqueada de eucalipto de Três Lagoas (MS), a Eldorado Celulose e Papel já tem desenhada sua estratégia comercial, com foco na China, Europa e diversificação de clientes. (Págs. 1 e B1)
"Puerto Madero" em Santos
O porto de Santos se prepara para construir um complexo de turismo e lazer no bairro do Valongo, entre os armazéns 1 a 8. Denominado Porto Valongo Santos, o “puerto madero santista” demandará investimentos superiores a R$ 550 milhões. (Págs. 1 e B6)
Especial/Infraestrutura
Objetivo ao mesmo tempo complexo e tentador, a integração física dos países sul-americanos começa a dar sinais mais concretos de realização, com a expectativa de que os interesses econômicos envolvidos na empreitada incentivem sua consecução, diz Carlos Cavalcanti, diretor da Fiesp. (Pág. 1)
Vale repensa projeto na Argentina
Incertezas de ordem institucional – com a estatização da YPF – e econômicas na Argentina levam a Vale a reavaliar o projeto de potássio Rio Colorado, na província de Mendoza, com investimentos estimados em US$ 5,9 bilhões. (Págs. 1 e B7)
Avanço da mineração
Com aumento de 28%, a produção mineral brasileira alcançou US$ 50 bilhões no ano passado, impulsionada pelo desempenho recorde do minério de ferro, com produção de 467 milhões de toneladas, um aumento de 25%. (Págs. 1 e B7)
Súmula do STF contra a guerra fiscal
Supremo Tribunal Federal (STF) abre consulta pública à proposta de súmula vinculante para coibir a concessão de incentivos tributários sem autorização unânime dos Estados, no âmbito do Confaz. (Págs. 1 e El)
Limite à compensação de prejuízos
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu que, mesmo em caso de incorporação de empresas, a compensação de prejuízos está limitada a 30% do lucro. (Págs. 1 e E2)
Ideias: Claudia Safatle
Copom vê espaço para prosseguir no corte dos juros e toma iminente a decisão sobre mudanças na poupança. (Págs. 1 e A2)
Ideias: Naercio Menezes Filho
Governo não vai aumentar a produtividade da indústria à força de leis, nem transferindo mais dinheiro para o setor. (Págs. 1 e A13)
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