PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, outubro 21, 2013

CAIU NA REDE É BOI DE PIRANHA (a reversão da verdade)

21/10/2013
Pré-candidatos investem nas redes sociais


Juliana Cipriani


A um ano das eleições, os presidenciáveis caíram na rede e já travam uma disputa particular: a preferência do internauta. Antes vistos como distantes da população, a presidente Dilma Rousseff, o senador por Minas Gerais e presidente do PSDB, Aécio Neves; o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos; e a ex-senadora Marina Silva (PSB) aderiram ou voltaram às redes sociais e, além de divulgar notícias relacionadas às respectivas agendas, procuram se mostrar de um modo mais pessoal, em busca da simpatia e da proximidade com os seguidores.

Foi em um encontro com a Dilma Bolada, paródia da presidente que ganhou fama pela forma bem- humorada de interagir com os internautas, que a Dilma verdadeira resolveu voltar a conversar no Twitter. O último acesso tinha sido no fim de 2010. A volta surtiu efeito. Um dia depois, em 28 de setembro, ela agradeceu os seguidores — que ontem chegavam a 1,9 milhão — e avisou: “Aqui será um contato mais direto”. Desde então, ela tem aproveitado a conta para comentar os programas de governo e também opinar sobre livros, filmes e datas comemorativas.

Na página do senador Aécio Neves, Dilma também aparece com frequência, mas como alvo de críticas. Outro pré-candidato, Eduardo Campos, é lembrado pelo tucano, porém de forma amistosa. Por pelo menos duas vezes recentemente, o mineiro divulgou fotos com o pernambucano. Mas Aécio não fica só na política. Ele também aderiu ao tom mais pessoal em sua conta no Facebook.

No Dia dos Pais, por exemplo, o tucano postou foto com a filha Gabriela e, no dia dos namorados, com a modelo gaúcha Letícia Weber, agora esposa do senador. “Para todos os que têm o privilégio de viver essa alegria, mais uma vez, feliz Dia dos Pais”, disse o senador. Em 22 de setembro, publicou outra foto com Letícia, desejando aos “amigos” um “domingo feliz”. Outra oportunidade para Aécio dar um tom mais pessoal à sua página foi o Dia das Crianças, quando os usuários do Facebook trocaram fotos pelas versões infantis. Aécio postou mensagem sobre uma criança desaparecida em Salvador e aproveitou para dar o link de sua própria foto do álbum de família.

Oscar
Assim como a presidente Dilma, Eduardo Campos também comentou recentemente a escolha do filme O som ao redor para tentar vaga entre as películas que disputarão o Oscar em 2014. Em seu perfil no Facebook, o socialista elogiou a seleção: “A conquista do cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho logo no seu primeiro longa de ficção é de grande valor para o audiovisual do Nordeste. Fico na torcida por voos ainda maiores desse talentoso diretor, como, por que não, trazer para o Recife o primeiro Oscar brasileiro”.

Marina Silva, que se filiou ao PSB assim que viu naufragar a formalização da Rede, também é presença constante no Facebook de Eduardo Campos. Na quarta-feira passada, o governador postou uma foto com a ex-senadora e a mulher dele, Renata, a quem chamou de “eterna namorada”, mostrando a barriga de gravidez. “Grande esposa e parceira de todos os momentos. Estamos juntos desde os 15 anos. Não sei se vocês sabem, mas Renata está grávida do nosso quinto filho. Miguel chegará para trazer ainda mais alegria para nossa família.”

Marina, por sua vez, publicou, na sua página pessoal, foto de um painel do artista plástico Francisco Brennand, no aeroporto do Recife: “A obra suscita beleza para os olhos, música para os ouvidos e a esperança para o coração. Bom dia”.

[FOTO2]
Posts do Planalto
Prova de que Dilma tem usado as redes sociais com cada vez mais frequência pôde ser verificada ontem. Apenas entre a tarde e o começo da noite, ela escreveu 17 posts no Twitter. Em boa parte deles, comentou a respeito da importância do uso da rede mundial de computadores. “Defendemos a neutralidade da internet. Respeito critérios técnicos e éticos. Sem restrições políticas, comerciais, religiosas, de qualquer natureza", afirmou.

adicionada no sistema em: 21/10/2013 12:13

''-- POVO DE SUCUPIRA!!! A SOLUCIONÁUTICA PARA A EVASÃO DA VASÃO DA VÁRZEA VAZIA VERTERÁ VULTOSO VOLUME...'' (A lembrar Odorico Paraguaçú/Paulo Gracindo - ficção televisiva)

21/10/2013
O marinês


DENIS LERRER ROSENFIELD


O marinês e uma nova língua política que se caracteriza por abstrações e fórmulas vagas com o intuito de capturar o apoio dos incautos. Suas expressões aparentemente nada significam, porém procuram suscitar a simpatia de pessoas que aderem ao politicamente correto. Mas só aparentemente nada significam, pois carregam toda uma bagagem teórica que, se aplicada, feria do Brasil um país não de sonháticos, mas de pesadeláticos.

Marina Silva ganhou imenso protagonismo nas últimas semanas ao ingressar no PSB do governador Eduardo Campos, fazendo um movimento político inusitado. Ao, aparentemente, aderir ao candidato socialista acabou roubando para ela a cena política, como se fosse, de fato, a protagonista. 

De segunda posição, a de vice, age como se encarnasse a primeira, de candidata a presidente.

No afã de ganhar espaço midiático, não cessa de dar entrevistas e declarações: num único dia conseguiu o prodígio de ser entrevistada pelos maiores jornais do País, Estadão, O Globo e Folha de S.Paulo, que fizeram manchetes dessas declarações. Nada disse, porém não parava de falar. Vejamos algumas dessas expressões, sob a forma de um dicionário explicativo.


Coligação ou aliança programática - eis uma fórmula das mais utilizadas. Numa primeira abordagem, significaria uma aliança de novo tipo, baseada em programas, e não mais em acordos meramente pragmáticos. Seu objetivo é mostrar que as ideias são prioritárias, não os meros interesses partidários.


Acontece que um escrutínio mais atento dessas ideias mostra uma concepção extremamente conservadora da relação homem-natureza, devendo ele abandonar a "civilização" do "lucro" e do "consumo" e voltar à floresta. É como se o homem atual fosse uma espécie de excrescência natural. A natureza é endeusada sob a forma de um neopanteísmo, como se mexer numa árvore constituísse uma agressão a algo sagrado.

Se há desmatamento é porque os seres humanos precisam alimentar-se, e não por simples ímpeto destrutivo. O Brasil, lembremos, é o país mais conservacionista do planeta: preservou 61% de sua cobertura natural nativa, além de mais de 80% da Amazônia. A oposição de Marina à agricultura e à pecuária, se viesse a ser governo, se traduziria por um imenso prejuízo para o País, hoje celeiro do mundo. 

A candidata, quando ministra do Meio Ambiente, mostrou-se claramente avessa ao progresso, procurando, por exemplo, de todas as formas tomar inviável não só a comercialização dos transgênicos, mas a própria pesquisa. Ou seja, ela se colocou contra o conhecimento científico. O "novo" significa aqui opor-se ao progresso da ciência e ao desenvolvimento econômico. O alegado "princípio da precaução" era nada mais do que o "princípio da obstrução".

Digna de nota também é sua concepção dos indígenas, como se seus direitos se sobrepusessem a quaisquer outros. Ela tem uma aversão intrínseca ao direito de propriedade, não se importando nem com os agricultores familiares e os pequenos produtores. Justifica pura e simplesmente sua expropriação, devendo eles ser abandonados. Ademais, seguindo suas ideias, os indígenas deveriam ser consultados - na verdade, decidiriam - sobre quaisquer projetos em áreas próximas às deles ou sobre as quais tenham pretensões de direito.

Convém lembrar que o País tem, segundo o IBGE, uma população indígena, em zona rural, em torno de 530 mil pessoas (um bairro de São Paulo), à qual se acrescentam outras 300 mil em zona urbana. Já ocupam 12,5% do território nacional. Ora, se todas as pretensões de ONGs indigenistas fossem contempladas, com o apoio militante da Funai, chegar-se-ia facilmente a 25% do território. Nem haveria índios para ocupar toda essa vasta extensão de terra.

Acrescentem-se regras cada vez mais restritivas em relação ao meio ambiente - algumas das quais, até o novo Código Florestal, que elaprocura reverter, tinham o efeito totalitário da retroatividade - e outras aplicações em cúrso de quilombo-las e populações ribeirinhas, os "povos da floresta", no marinês, para que tenhamos as seguintes consequências: 1) O País não poderia mais construir hidrelétricas na Amazônia, impedindo a utilização nacional dos recursos hídricos. A oposição à hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo disso. 2) Ficaria cada vez mais difícil a extração de minérios, impossibilitando a exploração de jazidas, o que produziria um enorme retrocesso econômico e social. 3) A construção de portos e rodovias se tomaria inviável em boa parte do território nacional, quando se tem imensas carências nessas áreas. 4) A construção civil seria outra de suas vítimas, 5) A agricultura e a pecuária e de modo geral o agronegócio, os motores do desenvolvimento econômico, seriam os novos bodes expiatórios.

Democratizar a democracia - eis outra expressão muito bonita que encobre sua função essencial. Trata-se, na verdade, de instituir formas de consulta que confeririam poder decisório aos ditos movimentos sociais, que compartilham as "ideias" marinistas. Assim, para qualquer projeto seria necessário fazer consultas às seguintes entidades (a lista não é exaustiva): Comissão Indigenista Missionária e Comissão Pastoral da Terra órgãos esquerdizantes da Igreja Católica, que seguem a orientação da Teologia da Libertação, avessa ao lucro, à economia de mercado e ao estado de direito; MST e afins, como a Via Campesina e outros, que seguem a mesma orientação esquerdizante, propugnando a implementação no Brasil dos modelos chavista e cubano; ONGs nacionais e internacionais (algumas delas financiadas por Estados e empresas estrangeiros), como o Greenpeace e o Instituto Socioambiental, que passariam a decidir igualmente sobre os diferentes setores listados da economia nacional.

Palavras muitas vezes encobrem significados inusitados, sobretudo dos que se dizem puros, não contaminados pela política.
*
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:13

PRODUÇÃO ORGÂNICA POLITICAMENTE CORRETA

21/10/2013
Marina vincula Plano Agroecologia à eleição presidencial


A ex-ministra Marina Silva usou ontem seu bloge o Twitter para criticar a presidente Dilma Rousseff, Segundo Marina, a presidente teria desengavetado o Plano Agroecologia, anunciado na quinta-feira, apenas em função da agenda sustentável que surgiu recentemente no cenário político.

Em um comentário intitulado "Não é mera coincidência", Marina afirma que a iniciativa, que prevê a destinação de RS 8,8 bilhões para esse forma de produção de alimentos e deve favorecer cerca de 75 mil famílias, "merece todo apoio dada a relevância para a agricultura familiar", Mas, em seguida a ex-senadora pondera que o plano foi criado em 2012 e, desde 2003, o país já contava com lei sobre a produção orgânica.

Marina diz ainda que o Plano "surge com metas tímidas", citando o porcentual de 5% de compras obrigatórias para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o equivalente a R$ 138 milhões, e para o Programa Nacional Alimentação Escolar (PNAE), de R$ 150 milhões.

"Não é por mera coincidência que, um ano antes da eleição, a mesma Dilma que promulgou as mudanças no Código Florestal que favorecem o desmatamento tenha incorporado o desenvolvimento sustentável ao seu discurso", diz Marina Silva em seu blog.


Recomendações. 
A presidente Dilma Rousseff aproveitou o fim de semana para dar dicas culturais a seus quase 2 milhões de seguidores no Twitter. Antes das 7 horas deste domingo, ela começou uma série de tuítes sobre O Livro de Tiradentes, de coordenação do britânico Kenneth Maxwell. Como Dilma explicou no microblog, a obra analisa a influência das ideias libertárias dos colonos ingleses nos Estados Unidos sobre a. Inconfidência Mineira.

No sábado, a presidente entrou no coro das homenagens cio poeta, compositor, escritor, dramaturgo e diplomata Vinícius de Moraes, que se estivesse vivo completaria 100 anos. Usando a hashtag - palavra-chave que marca cada assunto. "Vinícius100", a presidente teceu elogios e afirmou: "Os outros que me perdoem, mas Vinícius é fundamental".

A presidente contou ainda a seus seguidores no microblog que assistiu, no dia anterior, ao documentário O Dia que Durou 21 Anos, do diretor Carlos Tavares, sobre a suposta participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964.

No fim da tarde de domingo, a presidente relatou ter enviado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a Bali, na Indonésia, para participar do Fórum de Governança da Internet, / Fernando Travaglini e Murilo Rodrigues Alves.


Estratégia
"Não é por coincidência que, um ano antes da eleição, a mesma Dilma (...) tenha incorporado o desenvolvimento sustentável ao seu discurso"
Marina Silva
EX-MINISTRA DO MEIO AMBIENTE

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:31

EDUARDO E MÔNICA (ficção musical)

21/10/2013
Eduardo e Marina criticam ações de Dilma


Presidenciável do PSB diz que o programa Mais Médicos é reflexo da falta de planejamento do governo e ex-senadora vê oportunismo na pauta agroecológica da petista


Considerado pela presidente Dilma Rousseff como alternativa para resolver parte dos problemas de saúde pública do país, o programa Mais Médicos foi criticado ontem pelo governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. Provável candidato à Presidência de República nas eleições de 2014, ele afirmou que “se o Brasil hoje importa médicos, é porque ontem não viu a necessidade de organizar um planejamento estratégico na formação de recursos humanos para assistir os brasileiros do sertão, do Pantanal, da Amazônia e das fronteiras com o Uruguai”.


A declaração foi dada durante discurso no 51º Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), no Centro de Convenções de Pernambuco, no Recife, para cerca de 2 mil professores e estudantes de Medicina de todo o país. Antigo aliado do governo federal, Campos disse que “nós precisamos reconhecer publicamente que o Brasil falhou no planejamento da formação de pessoas para uma área essencial à expressão da cidadania brasileira”. De acordo com o governador, o país tem que adotar um planejamento estratégico para “vencer os gargalos e consolidar, efetivamente, no Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS) como um direito da cidadania brasileira”.

Pauta ecológica
A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva, recém-filiada ao PSB, também questionou políticas do governo federal. Essas, direcionadas ao meio ambiente. A ex-senadora divulgou um texto na internet dizendo que “a forte incidência da agenda da sustentabilidade no cenário político levou a presidente Dilma a anunciar, na quinta-feira (17 de outubro), o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica”. Segundo Marina, o projeto foi criado em 2012, quando a própria presidente assinou decreto para que fosse executado. “Até agora, estava engavetado”, afirmou.

Marina ressaltou que, desde 2003, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o país conta com uma lei sobre a produção orgânica. Porém, uma década após a promulgação da norma, segundo ela, o plano surge com metas tímidas, como a de 5% de compras obrigatórias para o Programa da Aquisição de Alimentos (PAA), o equivalente a R$ 138 milhões. Marina acredita que a atual postura de Dilma tem relação com a disputa presidencial do próximo ano. “Não é por mera coincidência que, um ano antes da eleição, a mesma Dilma que promulgou as mudanças no Código Florestal que favorecem o desmatamento tenha incorporado o desenvolvimento sustentável ao discurso”, escreveu.

Lula fala em corrupção do PT
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o crescimento do PT e a sua chegada ao poder fizeram o partido ter defeitos, como a ambição por cargos públicos e a corrupção. Em entrevista publicada ontem pelo jornal espanhol El País, Lula afirmou que a legenda, porém, é a mais importante agremiação de esquerda na América Latina. Apesar de reconhecer erros no PT, o ex-presidente avalia que os acusados no julgamento do mensalão foram previamente condenados pela imprensa. Ele disse ainda que as manifestações populares nas ruas são “saudáveis” para o país.

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“Não é por mera coincidência que, um ano antes da eleição, Dilma tenha incorporado o desenvolvimento sustentável ao discurso”
Marina Silva, ex-senadora

adicionada no sistema em: 21/10/2013 12:13

MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO...

21/10/2013
"O PDT já se entregou a Dilma para 2014", diz Cristovam


Por Fábio Brandt | De Brasília


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), cotado como possível candidato de seu partido na eleição presidencial de 2014, afirmou em entrevista ao Valor que a sigla já está entregue à presidente Dilma Rousseff (PT) e não lançará candidatura própria.


O responsável por essa situação, disse, é o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, que, desde 2010, preferiu manter um ministério (Trabalho) nas mãos do partido a ter um candidato a presidente. O ex-ministro tem falado que poderia vir a se lançar candidato, mas Cristovam descrê dessa possibilidade.


Cristovam disse ainda que não entrará em uma disputa interna para conseguir a candidatura. "Vai parecer que estou aí na busca da Presidência [da República] a qualquer custo".

O senador pelo Distrito Federal também parece descrente da possibilidade de seu colega de Senado, Pedro Taques (MT), trocar uma candidatura ao governo de seu Estado pela disputa presidencial. "O PDT não vai ter candidato", resume.

Apesar de insatisfeito com os rumos do seu partido, Cristovam Buarque optou por não seguir correligionários como o deputado federal Miro Teixeira (RJ), que trocou o PDT pelo Pros e pode vir a ser candidato ao governo do Rio pela nova legenda.

"Não estou insatisfeito com meu partido, mas com o momento em que ele vive", justifica, dizendo-se descrente dos propósitos das novas legendas: "Não sei o que é esse Pros. A gente não sabe o que é nenhum partido, os novos e os velhos. Eu propus um dia desses, e apanhei muito por isso, que estava na hora de todos os partidos serem suspensos e serem criados novos, com unidade ideológica e moral, que hoje nenhum tem. Continuo mantendo isso. Precisava ter uma moratória de seis meses... Agora não, porque está perto da eleição".

Questionado sobre a chance de apoiar outro colega da legenda para disputar o Palácio do Planalto, ele demonstrou ceticismo. Além do PT, com a presidente Dilma Rousseff, do PSDB, com o senador Aécio Neves (MG), e do PSB, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o PDT é um dos partidos que cogitam ter um concorrente ao Planalto. Mas, até agora, houve apenas especulações e Carlos Lupi já sinalizou que aceita trocar a candidatura própria pela entrada em alguma aliança.

O PSC, do deputado Marco Feliciano (SP), já lançou a candidatura do Pastor Everaldo, e o PSOL também deve ter candidato - possivelmente o senador Randolfe Rodrigues (AP). PSTU, PCO, PSDC e PRTB são outros partidos pequenos que podem entrar na disputa.

O senador pelo Distrito Federal se mostrou otimista com a aliança entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, (PSB) e a ex-ministra Marina Silva (PSB) para a disputa presidencial de 2014: "Melhora muito o debate. Espero que eles consigam construir uma proposta. Tenho muita simpatia [pela aliança deles]".

Para Cristovam, Marina deveria ser uma "líder moral" no Brasil. "Não temos nenhum líder moral agora. Sempre tivemos, agora não temos. Líderes que iam para a frente das passeatas. Mas como ela mesma disse que não queria ser a Madre Teresa da politica, ela foi para o partido certo [o PSB].

adicionada no sistema em: 21/10/2013 12:53

''SINCE'' ENTRADAS E BANDEIRAS

21/10/2013
Suspeito no caso Alstom usou logística de Maluf


Fausto Macedo


O engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em dois governos do PSDB (Mário Covas e Geraldo Alckmin), entre 1999 e 2003, usou a mesma logística e os mesmos agentes empregados pelo ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) e por empresários e investidores do caso Banestado para transferir pelo menos US$ 836 mil para a conta Milmar, de sua titularidade, no Credit Suísse, em Zurique.

Documentos enviados pelo Ofício Federal de Justiçada Suíça para o Brasil revelam passo a passo os caminhos do dinheiro de Zaniboni - o Ministério Público de São Paulo suspeita que o ex-diretor da CPTM recebeu propinas para favorecer aAlstom, multinacional francesa, em contratos de fornecimento e serviços de revisão geral de 129 vagões.

Dois nomes conhecidos dos investigadores integram a estrutura da qual também se valeu Zaniboni: a casa de câmbio Lespan, sediada no Uruguai, e a Goldrat Corporation, controlada pelo famoso doleiro brasileiro Marco Antonio Gursini, garantiram as transferências dos recursos que abasteceram a Milmar.

A Lespan operava nos Estados Unidos para cambistas da América Latina, inclusive doleiros do Brasil Ela desponta como personagem central em uma das mais importantes e decisivas investigações já realizadas contra Maluf, mantido preso na Polícia Federal, por 41 dias, em 2005.

Na época, uma força tarefa envolvendo o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal descobriu, a partir de dados enviados pela promotoria de Manhattan, que a Lespan enviou US$ 11,3 milhões para a conta Chanani, do doleiro Birigui, em Nova York - o dinheiro, segundo os promotores, teve origem em desvios de recursos do tesouro paulista que Maluf teria realizado. A Lespan também foi usada pelo doleiro Toninho da Barcelona para mandar valores para paraísos fiscais por meio das contas CC5, operações desmascaradas pela CPI do Banestado - evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.

Relatório de investigação de polícia criminal da Suíça informa que "numerosos pagamentos" caíram na conta de Zaniboni "pela maioria em procedência da companhia Lespan AS, domiciliada em Montevidéu, no Uruguai".

Marco Antonio Gursini, o doleiro, foi condenado em 2009 a uma pena de 3 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação no caso Banestado. Foi beneficiado com redução de pena em delação premiada. Ele revelou clientes e pagou indenização significativa, R$ 4 milhões ao todo, por imposição da Justiça Federal no Paraná e em São Paulo.
Gursini também fez pacto de colaboração na Castelo de Areia, operação da Polícia Federal, deflagrada em 2009, que pegou executivos da empreiteira
Camargo Correia em lavagem de dinheiro e remessas ilegais para fora do País. Por ordem do Superior Tribunal de Justiça, a investigação foi anulada.


Lobistas. 
João Roberto Zaniboni, o ex-diretor da CPTM, caiu na malha fina do Ministério Público da Confederação (MPC) suíça apartir da investigação criminal que tinha inicialmente como alvo os consultores brasileiros Arthur Gomez Teixeira e Sérgio Meira Teixeira, apontados como lobistas e elo da Alstom com dirigentes de estatais paulistas.

Os investigadores de Genebra identificaram a cadeia de transferências de capitais, apartir de depósitos nas contas Rockhouse e Sunrock, de Arthur e Sérgio Teixeira - alojadas no Credit Suísse abastecidas por operações de duas offshores, GTH Consulting AS e Gantown Consulting AS, por eles administradas.

A GTH e a Gantown, sediadas no Uruguai, aparecem como empresas que teriam prestado consultoria paraaAlstom.Apesqui-sa revelou que parte do dinheiro migrou, depois, para a conta 180636, a Milmar - primeiras letras das duas filhas de Zaniboni.

Do saldo de US$ 836 mil, composto entre setembro de 1999 e dezembro de 2002 - período em que Zaniboni exercia o cargo diretivo na CPTM - a Milmar recebeu US$ 216, 87 mil pelas offshores dos Teixeira. Em 2 de maio de 2000, a Rockhouse transferiu R$ 103,5 tnil para o ex-dirigente da CPTM; Em 27 de dezembro daquele mesmo ano, a Sunrock enviou US$ 113,3 mil para a Milmar.

"Antecedentes". Em um capítulo intitulado "antecedentes de fato", o relatório dos promotores suíços assinala que os Teixeira foram enquadrados por lavagem de dinheiro. "Eles foram indiciados por lavagem de dinheiro agravado por corrupção de funcionários estrangeiros. Acusa-se as pessoas de terem assistido companhias da Alstom na obtenção de projetos de grande porte no Brasil, particularmente também no âmbito dos transportes, em qualidade de tais consultores, e ter transmitido no âmbito dessas atividades propinas por conta da Alstom."

Os investigadores suíços apontam "numerosos outros pagamentos" para, Zaniboni realizados pela offshore controlada por Gursini - a Goldrate Corporation, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, com uma conta no Deutsche Bank de Hamburgo.

A investigação mostra que em 23 dejulho de 2007, o ex-diretor da CPTM esvaziou aMilmar e deslocou todos os ativos para a conta 6034632, no Safra National Bank em Nova York - a titular dessa conta é uma filha de Zaniboni. A transferência foi promovida por Gursini, afirma a Suíca. Desta vez, o doleiro usou outra offshore, denomina da Gelateria, que mantém conta no Bank Holmann AG, em Zurique.

TRECHO
"Numerosos para gamentos (foram feitos na conta de Zaniboni)... pela maioria em procedência da companhia Lespan AS, domiciliada em Montevidéu, no Uruguai"

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:49

OPERAÇÃO ESOPO: PINTO DE UM DIA (incubadora)

21/10/2013
Ministério privilegia entidades suspeitas


Confederação ligada à Força Sindical e centro investigado por lavagem de
dinheiro receberam mais recursos da pasta do Trabalho este ano do que
todos os 19 municípios beneficiados com repasses diretos em 2013

LEANDRO KLEBER


Pouco mais de um mês após a deflagração da Operação Esopo, da Polícia Federal (PF), que revelou um esquema de corrupção em convênios do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e derrubou o então secretário executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, além de balançar no cargo o ministro Manoel Dias (PDT), os problemas no órgão persistem. Os repasses a entidades privadas sem fins lucrativos envolvidas em corrupção ainda são superiores a todas as liberações de recursos feitas para os municípios do país.

Os desmandos persistem mesmo após o ministro Manoel Dias anunciar, em setembro, a suspensão de repasses a organizações não governamentais (ONGs) e a organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), prática adotada pela pasta sempre que vem à tona um escândalo envolvendo entidades do gênero.

Mais de R$ 13 milhões do orçamento do ministério este ano foram destinados a entidades privadas, enquanto a aplicação direta de recursos aos 19 municípios brasileiros que receberam dinheiro diretamente da pasta em 2013 foi de apenas R$ 12,3 milhões. O investimento é ainda menor nas unidades da Federação (UFs), que receberam R$ 7 milhões, pouco mais da metade do dinheiro destinado a ONGs e Oscips (veja quadro). O levantamento leva em conta apenas as rubricas em que é possível identificar o beneficiado. Outro dado curioso é que as únicas UFs que receberam verbas — Distrito Federal, Mato Grosso, Piauí e Sergipe — são comandadas por aliados do governo federal.

Do dinheiro liberado para as cidades, 65% foi parar nas mãos de prefeituras petistas: São Paulo, de Fernando Haddad, e Guarulhos (SP), de Sebastião Alves de Almeida. Nos dois casos, o ministério pagou a primeira parcela de convênio assinado com a Polícia Militar local em agosto e em junho, segundo informações do Siga Brasil, portal que reproduz os dados oficiais do governo.

Duas entidades, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), apontado na Operação Pronto Emprego como operadora de lavagem de dinheiro (veja memória), receberam mais dinheiro do que todas as demais instituições privadas juntas. O repasse à CNTM — entidade ligada à Força Sindical e comandada por um pedetista aliado do deputado federal Paulo Pereira da Silva (ex-PDT-SP), o Paulinho da Força — foi de R$ 5,3 milhões, enquanto a Ceat recebeu R$ 3,6 milhões.

Os pagamentos do ministério ocorreram em junho e referem-se à segunda parcela de convênio firmado entre as partes. Desde o mês passado, o Ceat não recebe mais recursos do ministério, devido às irregularidades constatadas pelas investigações da PF. Um servidor da pasta chegou a ser preso e exonerado da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, onde era lotado, depois de ter sido flagrado com R$ 30 mil pagos supostamente pela diretoria da Ceat.

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Critérios
O Ministério do Trabalho e Emprego negou que privilegia entidades privadas ligadas ao PDT e estados e municípios administrados por partidos aliados ao governo federal. De acordo com a assessoria de comunicação, os repasses feitos pela pasta obedecem critérios de distribuição estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Segundo resoluções do colegiado, até 50% das transferências da pasta devem ser feitas para o desenvolvimento das ações em estados; pelo menos 34% são destinados a municípios com mais de 200 mil habitantes; e, no máximo, 16% vão para instituições privadas sem fins lucrativos.

Ainda segundo a assessoria, os convênios do MTE com a CNTM e com o Ceat, campeões de recursos recebidos, foram firmados a partir de chamamentos públicos realizados em 2008, em 2009 e em 2010. Além disso, garante que parte do valor repassado à entidade ligada à Força Sindical foi feito a partir de emenda parlamentar que já indicava o centro beneficiado. O ministério também afirma que, nos últimos dois anos, 26 estados e o Distrito Federal, além de 51 municípios e quatro entidades sem fins lucrativos, foram contemplados com recursos da pasta por meio do Sistema Nacional de Emprego.

Recursos na mão
Veja como o Ministério do Trabalho usou o orçamento que tem deste ano

Transferências para    Valor    Problema
Estados    R$ 7 milhões    Tudo para quatro unidades da Federação administradas por partidos aliados (DF, MT, SE e PI*)


Municípios    R$ 12,3 milhões    65% do total apenas para as prefeituras petistas de São Paulo e de Guarulhos (SP)

Entidades privadas     R$ 13,3 milhões    66% do total apenas para a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNMT), ligada à Força Sindical, que tem como presidente o deputado Paulo Pereira da Silva (ex-PDT), e ao Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), impedida de receber recursos do ministério desde o começo de setembro

*O PSB, partido do governador Wilson Nunes Martins, recebeu a verba quando ainda era aliado do governo

Fonte: Siga Brasil (dados atualizados até 12 de outubro)

Memória

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Gestões turbulentas
Desde o começo do governo Dilma Rousseff, o Ministério do Trabalho, comandado pelo PDT, é alvo de investigações policiais e de órgãos de controle devido à má gestão de recursos públicos. Carlos Lupi, presidente do partido, foi o primeiro chefe da pasta a cair após denúncias de corrupção envolvendo convênios com ONGs, em dezembro de 2011. Ele chegou a dizer que amava a presidente Dilma e que “para me tirar do ministério, só se eu for abatido à bala”.

Depois, assumiu interinamente a pasta o então secretário executivo, Paulo Roberto Pinto. Ele voltou ao cargo anterior quando Brizola Neto foi nomeado ministro, em maio de 2012, e pediu demissão no mês passado, após a Polícia Federal afirmar que o secretário atuava em um esquema fraudulento para beneficiar uma Oscip. Antes de Paulo Roberto Pinto deixar o MTE, houve outra mudança no comando da pasta. Em março, deste ano, Brizola Neto pediu demissão devido a disputas internas no PDT. Desde então, a chefia está a cargo do correligionário Manoel Dias.

Nesse período, a PF realizou pelo menos duas grandes operações que atingiram o ministério: a Esopo, para desarticular uma organização criminosa que desviava recursos públicos a partir de fraudes em processos licitatórios em 10 estados e no Distrito Federal; e a Pronto Emprego, que teve como objetivo apurar outros desvios de verba na pasta. A estimativa é que os desvios podem alcançar R$ 450 milhões nos dois esquemas investigados. 
(LK)


R$ 450 milhões
Estimativa dos desvios de recursos públicos investigados nas Operações Esopo e Pronto Emprego

NEGÓCIOS DE CHINESES

21/10/2013
Chinesas confirmam parceria em Libra



As seis empresas asiáticas cadastradas para participar do primeiro leilão do pré-sal que será realizado na tarde de hoje, no Rio, enviaram equipes pequenas para participar da disputa. Os representantes das chinesas que, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Esmum farão consórcio junto com a Petrobrás, CNOOC e chegaram juntos e confirmaram a parceria.

Até ontem, a expectativa era que pudesse haver apenas um consórcio na disputa pela gigante de Libra, única em oferta, com entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris. Além das duas chinesas, poderiam fazer consórcio com a Petrobrás a francesa Total e uma quinta empresa. Até as 17 horas, representantes da Repsol/Smopec e da colombiana Ecopetrol ainda não haviam pegado o credenciamento. Devido ao temor de protestos e ao forte esquema de segurança preparado pelo governo, a ANP exigiu que todos os executivos participantes se hospedassem já no domingo no hotel onde será realizado o leilão hoje, às 14h, na Barra da Tijuca, zona oeste cio Rio, e fizessem o credenciamento o quanto antes.


As asiáticas mandaram não mais do que dois representantes da China. 

Onze empresas estão habilitadas, incluindo a Petrobrás, mas nem todas devem apresentar lances pela área. Era pouco provável que empresas que não estivessem hospedadas e credenciadas no domingo fizessem lances, já que a orientação da ANP era para credenciar o quanto antes.

O diretor da ANP, Helder Queiroz, disse haver rumores de preparação de uma manifestação contra o leilão com 2 mil pessoas. Durante toda a tarde algumas dezenas de representantes da Petrobrás, obrigada por lei a ficar com pelo menos 30% de Libra, e da ANP, organizadora da rodada, fizeram check-in no hotel e se misturaram as dezenas de policiais federais, oficiais do Exército e da Marinha, além de policiais à paisana armados e com escuta, que circulavam pelo lobby do hotel.

Não houve praticamente movimento de asiáticos. Os representantes da GNOOG e a GNPC ficaram hospedados respectivamente no oitavo e no sexto andares e chegaram juntos» Um deles, que seria vice-presidente mas preferiu não se identificar, disse não ter notícia da terceira chinesa, a Sinopec. Não sei da Sinopec, pois nós da GNOOG e GNPC estamos juntos, disse, confirmando informação antecipada pelo Broadcast.

Às 13h30, o quarto da presidente da Petrobrás, Graça Foster, estava pronto, segundo recepcionistas, embora não tivesse notícia de que ela estivesse hospedada» Âpresença dela. não c esperada no leilão. O diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, José Miranda Formigli, que representará a estatal na disputa, fez check-in às 15h40 e não confirmou nem desmentiu a participação de Graça.

A diretora-geral da ANP, Mag-da Chambriard, chegou ao hotel sem voz. G ministro e Minas e Energia, Edison Lobão, também já estava no hotel ontem. Ele foi recebido na porta do hotel por Magda.

O ministro afirmou que mesmo se houver apenas um consórcio na disputa pela área a licitação será considerada um sucesso pelo governo.
Ele ressaltou não descartar a possibilidade de mais um consórcio se apresentar. Questionado se a indústria brasileira tem capacidade para atender as regras de conteúdo local impostas no leilão, Lobão garantiu que o setor não perdeu o ritmo por conta da ausência de rodadas de licitação de petróleo e gás nos últimos anos. UA indústria brasileira está preparada. A presidente Dilma Rousseff, que inicialmente participaria do leilão, tampouco era esperada. O diretor da ANP Helder Queiroz fez check-in por volta das 15h. Representantes da ANP fariam uma simulação do leilão no fim da tarde, como de costume.

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:52

VEÍCULOS SAINDO PELO LADRÃO...

21/10/2013
'Polo caipira' vai superar o ABC


Ricardo Brandt 


A inauguração até 2016 das fábricas das montadoras de veículos Honda, em Itírapína, e da Mercedes-Benz, em Iracemápolis, consolidará no interior paulista o "polo caipira das montadoras", que ultrapassará em unidades de produção o ABC Paulista - berço da Indústria automotiva do País*

Em cinco anos, a área entre Campinas, Sumaré, Sorocaba e São Carlos receberá quatro grandes montadoras, com investimentos de R$ 4 bilhões e a geração de 6,7 mil empregos diretos. Além das fábricas anunciadas, a coreana Hyundai iniciou atividade neste ano em Piracicaba e a japonesa Toyota abriu sua segunda fábrica no interior, em 2012, em. Sorocaba.


As quatro montadoras, somadas às instaladas durante o primeiro ciclo de expansão do setor, na década de 1990, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, elevarão para sete o numero de indústrias automotivas (sem contar as de máquinas agrícolas) dentro desse "polo" no interior paulista. A Volkswagen funciona desde 1990, em São Carlos; a Honda desde 1997, em Sumaré (cidade próxima a Campinas); e a Toyota desde 1998, em Indaiatuba. A montadora japonesa anunciou ainda que investirá R$ 1 bilhão em uma fábrica de motores, em Porto Feliz.


 No ABC paulista existem seis indústrias de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, instaladas em São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul - região polo dos primeiros investimentos da indústria automobilística no País, a partir de 1959. Em 2011, dos 1,45 milhão de veículos produzidos em São Paulo, 880 mil saíram do ABC e 574 mil das demais unidades do Estado - que concentra 42% da produção nacional. Os dados são daAssociação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com a produção da Toyota em Sorocaba, da Hyundai em Piracicaba, da Honda em Itirapina e da Mercedes em Iracemápolis, 356 míl carros a mais serão produzidos no interior paulista a partir de 2016, roubando do ABC o título de maior produtor do País.

Adesconcentração das indústrias automobilísticas dessa região teve início em 1976 com a ida da Fiat para Betim (MG) e se intensificou na segunda meta  de dos anos 90, com o novo regime automotivo. "Existe uma saturacão do ABC em relação a áreas para essas indústrias. Gs incentivos maiores dados por essas prefeituras também pesam para a saída das montadoras dessa região", afirma Luiz Carlos Mello, diretor do Centro de Estudos Automotivos (CEA) e ex-presidente da Ford.

Para Mello, a relação qualidade devida/custo e o fator logístico são pontos decisivos para que o interior paulista puxe novamente para o Estado os investimentos das montadoras, nesse segundo ciclo de expansão do setor - impulsionado pelo programa federal Inovar-Auto, que prevê incentivos à produção nacional.

"O interior de São Paulo tem sido um grande polo de investimento das montadoras nos últimos meses. Isso porque a região está próxima de rodovias importantes, o que permite o escoamento da produção para o porto (de Santos) e para outros Estados. Além disso, tem a proximidade com a rede de fornecedores, com universidades que qualificam os profissionais para trabalharem nas empresas e ainda com o mercado consumidor", avalia o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

A entidade estima que R$ 74 bilhões sejam investidos em todo o Brasil nesse novo ciclo de expansão do setor que deve ir até 2017, último ano do Inovar-Auto - o que elevará a capacidade nacional de produção para 5,8 milhões veículos por ano.

Transformações. Com logística privilegiada, oferta de mão de obra qualificada, rede completa de fornecedores instalada, dentro dos dois maiores mercado consumidores do País (o interior paulista e a capital) e sem gargalos dos grandes centros urbanos, o novo polo automobilístico com sotaque caipira intensificará a transformação da região.

Os novos empregos, com a decorrente migração populacional, somados ao movimento financeiro que as indústrias provocarão, forçarão o desenvolvimento urbano de cidades de pequeno e médio porte, antes dependentes do setor agrícola, em especial a cana.

As unidades da Toyota, Hyundai, Honda e Mercedes abertas entre 2012 e 2016 no "polo caipira das montadoras", empregarão 12,7 mil pessoas, sem contar os empregos indiretos.

Só em Piracicaba, com a Hyundai, além dos 2 mil postos de trabalho diretos, foram gerados 3 mil vagas nas nove unidades fornecedoras de componentes e outras 20 mil indiretas.

A Mercedes-Benz, que começa a funcionar em 2015 em Irace-mápolis, produzirá 20 mil carros por ano e gerará mil empregos diretos e mais 3 mil indiretos. Hoje, o município de 20 mil habitantes tem 7,1 mil postos de trabalho. "Temos consciência de que é preciso oferecer uma mão de obra que não temos disponível hoje", afirma o prefeito de Iracemápolis, Vai-mir de Almeida (PT).

Uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com capacidade para 1,2 mil alunos, está em construção no município, que não tem tradição industrial. "Acho que para a região toda vai ser bom, porque vai gerar muitos empregos", afirma o brigadista Luiz Teodoro, 48 anos, que trabalha na Usina Iracema - maior geradora de receitas de Iraeemápolis.

"Existirá, para a maior parte dessas cidades, o antes e o depois das montadoras. Piracicaba, que já era um município estruturado, com indústrias e um setor metalúrgico forte, passou por essa transformação com a chegada dos coreanos da Hyundai", afirma Luciano de Almeida, presidente da Investe São Paulo, órgão do Estado que fomenta a atração de investidores.

Segundo ele, a região não só tem disponibilidade de mão de obra qualificada, como conta com uma cadeia de fornecedores ampla e estruturada, que foi essencial na escolha das montadoras.

"O que contou na escolha da Hyundai foi que, a partir de Piracicaba e Santa Bárbara d?Oeste, em um raio de 30 quilômetros é possível montar um carro completo. Há fornecedores de vidros, de embreagens, de freios, de pneus. É um grande polo de autopeças", explica Almeida.

Para o governo, a disponibilidade de grandes áreas perto de rodovias estratégicas para instalação das montadoras e de suas fornecedoras também tem pesado. "A coqueluche do momento são áreas próximas da Anhanguera, da Bandeirantes e da Castelo Branco".

 Cidades como Campinas, Piracicaba e Limeira têm ainda mão de obra qualificada já disponível no setor metalúrgico e a presença de escolas técnicas é farta, segundo o presidente da Investe SP.

Um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região, órgão que acompanhou as negociações de instalação da Mercedes e da Honda, Wilson Cerqueira, afirma que a chegada das montadoras eleva a qualidade profissional regional e também o piso salarial.Vamos voltar a discutir data base, jornada, piso e outras questões em 2015, mas já temos um pré-acordo", afirma.

adicionada no sistema em: 21/10/2013 01:58