PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, março 03, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] NÃO Per-Doarei-Te !

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO [In:] É PRECISO LER ''SCHUMPETER'' !!! (*)

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Biologia financeira



Autor(es): Monica B. de Bolle
O Estado de S. Paulo - 03/03/2011

Gêiseres fumegantes, formações rochosas estranhas, lagos vulcânicos, o espetáculo das "luzes do norte". É com uma bela fotografia da paisagem da Islândia - cuja economia implodiu em 2008 - que se inicia o filme Inside Job, o documentário sobre a crise financeira global, vencedor do Oscar deste ano. O filme é tendencioso, com ares de Michael Moore, o polêmico cineasta americano. Mas, apesar da diatribe um tanto batida contra os banqueiros e financistas de Wall Street, o documentário é impactante. E força a uma reflexão renovada sobre o modelo que permitiu a expansão excessiva de uma indústria cujos benefícios parecem ter se resumido a ganhos extraordinários para alguns de seus personagens mais proeminentes, os executivos financeiros protagonistas da débâcle de três anos atrás.

Ideologias à parte, não se pode minimizar a importância do sistema financeiro para o crescimento e o desenvolvimento das economias modernas. Como disse Frederic Mishkin, ex-membro do Fed, o sistema financeiro está para a economia como o cérebro, para o corpo humano. Desde que não sofra de desequilíbrios capazes de provocar surtos psicóticos e alucinações megalomaníacas, um sistema financeiro sofisticado coordena e distribui os recursos responsáveis pelo bom funcionamento da economia. Sem ele não há a distribuição dos recursos que garantam os ganhos de renda, a produtividade e o bem-estar almejados pelas sociedades modernas.

O problema é que a expansão desenfreada e desregulada dos sistemas financeiros aumenta brutalmente o risco de crises com um altíssimo custo social, como retrata a experiência recente dos países avançados. A razão é que, diferentemente dos processos de evolução biológicas, a velocidade das mutações financeiras não permite que se construam as redundâncias que protegem os organismos das disfunções imprevisíveis. As redundâncias orgânicas, mesmo que aparentem resultar em uma perda de eficiência, são uma resposta evolutiva à presença de incerteza. O cérebro humano, para usar a imagem de Mishkin, possui uma plasticidade que permite que os prejuízos motores, sensoriais e cognitivos causados por danos localizados sejam compensados por alterações nas funções de outras áreas.

A evolução dos seres vivos não só favorece a criação de mecanismos protetores, como gera condições que estimulam uma maior diversidade dos organismos. Nos ecossistemas, a biodiversidade reduz a probabilidade de que o desaparecimento de algumas espécies gere extinções em cascata aniquiladoras. A evolução desregulada dos sistemas financeiros não progride do mesmo modo. Por causa da rapidez com que as inovações financeiras se multiplicam, há uma tendência tanto de valorizar a eficiência imediata em detrimento das redundâncias corretivas quanto de produzir instituições cada vez mais semelhantes entre si. Os conglomerados financeiros resultados da desregulamentação dos mercados ilustram o fenômeno. Essas características do processo evolutivo dos sistemas financeiros os tornam mais suscetíveis às convulsões paralisantes, como a crise de 2008.

Há modos de controlar a evolução financeira, garantindo a criação dos mecanismos de proteção e a maior diversidade das instituições, impedindo que todas exerçam atividades semelhantes, sem estancar o potencial inovador da indústria? Esse é o desafio a ser enfrentado para que a regulação reflita a realidade dos sistemas financeiros modernos. As novas leis e propostas de reforma que surgiram desde 2008 não resolveram os problemas da dinâmica evolutiva do sistema financeiro e, assim, não reduziram as chances de crises futuras.

No clássico de Joseph Schumpeter de 1942, Capitalismo, Socialismo e Democracia, o capitalismo industrial foi caracterizado como um processo evolutivo, marcado pela "destruição criativa". O capitalismo financeiro que o suplantou nas últimas décadas, fruto da grande desregulamentação americana, inverte a lógica schumpeteriana. Como ilustra o documentário vencedor do Oscar, abandonou-se a destruição criativa para dar lugar à criação destrutiva.

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(*) ''... querendo meu livro te empresto". (parafraseando ).
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GOVERNO DILMA/BANCO CENTRAL [In:] ''EU JURO, POR MIM MESMO, POR DEUS, POR MEUS PAIS ..." * (que vai aumentar)

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BC AUMENTA OS JUROS PELA 2ª VEZ NO GOVERNO DILMA


BC ELEVA JUROS PELA 2ª VEZ NO ANO



Autor(es): Agência O globo:Patrícia Duarte e
Wagner Gomes
O Globo - 03/03/2011


Para conter inflação, Selic vai a 11,75%. Analistas projetam que taxa terá novas altas até junho


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) fincou posição ontem e, apesar da pressão de parte dos agentes econômicos para acelerar o compasso, manteve o ritmo do aperto monetário ao elevar a taxa básica de juros do país em 0,5 ponto percentual, repetindo o movimento feito em janeiro passado. Com isso, a Selic passou a 11,75% ao ano, o maior patamar desde janeiro de 2009, quando ela estava em 12,75%. Foi a segunda elevação do governo Dilma. Segundo economistas, a alta dos preços nos últimos meses deve obrigar o BC a elevar a Selic pelo menos até junho. Será a única maneira, afirmam os analistas, de a autoridade monetária fazer a inflação convergir para o centro da meta de 4,5% em 2012, já que, para este ano, o objetivo está comprometido.

- O cenário de inflação surpreendeu nos últimos meses, com os preços bem acima das previsões. Isso fará o juro subir até junho, pelo menos, quando deve chegar a 12,75% ao ano. O BC não pode afrouxar o ciclo de aperto monetário se quiser convergir a inflação para o centro da meta em 2012 - disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria.

Segundo boletim Focus, pesquisa do BC com analistas de mercado divulgada esta semana, a projeção para a inflação oficial subiu pela 12ªsemana consecutiva. A estimativa para o IPCA passou de 5,79% para 5,8%. Há quatro semanas, a projeção estava em 5,64%. Para 2012, a estimativa permanece em 4,78%. Em fevereiro, o IPCA-15 acumulou 6,08% em 12 meses.

A alta na Selic, que serve de base para os juros cobrados nos empréstimos, deixa os financiamentos mais caros, inibindo o consumo e reduzindo a pressão inflacionária. A expectativa é que, no próximo encontro do Copom, em abril, haverá outra alta de meio ponto e, em junho, mais uma de 0,25 ponto, encerrando o ciclo com a Selic a 12,50%.

Para BC, aperto já equivale a 1,75 ponto

A decisão foi unânime, mas o comunicado, desta vez, foi bem mais conciso do que o usual: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a Taxa Selic para 11,75% ao ano, sem viés", diz a nota de ontem. Em janeiro, o BC havia ressaltado que as medidas de restrição ao crédito anunciadas em dezembro também ajudavam.

- O comunicado curto indica que o BC está confiante de que esse ritmo (de alta de juros) vai fazer a inflação convergir para a meta (de 4,5% pelo IPCA) - avaliou o economista-chefe da corretora Prosper, Eduardo Velho.

Nos cálculos do BC, com a elevação de ontem, o aperto monetário nos últimos 90 dias já equivale a 1,75 ponto percentual. Isso considera as duas altas de 0,5 ponto da Selic em 2011 e as medidas de restrição ao crédito, cujo impacto é estimado em 0,75 ponto.

Por isso, na avaliação dos técnicos da equipe econômica, o BC não está sendo leniente no combate à inflação. Nos últimos dias, cresceram as pressões do mercado para que o aumento de ontem fosse de 0,75 ponto. Além da ação do BC, contribui para este cenário o corte de R$50 bilhões no Orçamento. A avaliação da autoridade monetária é que, não fosse o arrocho fiscal, os juros teriam que subir ainda mais.

O governo ainda não incorporou possíveis impactos negativos da crise no Norte da África e no Oriente Médio e de problemas climáticos ao cenário futuro da inflação. Considera que a situação ainda é instável.

- Há sim uma maior pressão (sobre os preços) dos alimentos, mas há desaceleração da atividade econômica e o apoio da política fiscal. O BC acertou ao elevar a Selic em meio ponto - defendeu o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves.

Em reação ao novo aumento, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, afirmou que a decisão foi "um crime". Em nota, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que "mais uma vez" o BC atendeu "aos interesses do capital especulativo". Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) disse ter recebido a decisão do Copom com "indignação".

- Os impactos desse ciclo de elevação dos juros irão desaquecer nossa economia ainda mais no futuro próximo - afirmou o presidente da entidade, Paulo Skaf.

Com a alta, o Brasil permanece no primeiro lugar do ranking de maiores taxas reais de juros (descontada a projeção de inflação para os próximos 12 meses) de mundo, com 5,9%, segundo levantamento da corretora Cruzeiro do Sul com 40 países.

Num fato inédito, o Copom recebeu novos membros no meio de um processo de decisão do juro básico. Às pressas, depois da aprovação pelo Senado, na terça-feira, foram publicadas ontem no Diário Oficial da União (DO) as nomeações de dois diretores do BC, Altamir Lopes e Sidnei Marques, que ficaram livres para participar do segundo dia da reunião, com direito a voto. Os dois estiveram presentes no primeiro dia também, porém ainda como chefes de departamento, cargo que não lhes dava chances de votar.
Lopes, que durante 16 anos ocupou a chefia do departamento Econômico do BC, foi para a diretoria de Administração no lugar de Anthero Meirelles, que vai dirigir a de Fiscalização. Marques, ex-chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação, vai para a diretoria de Liquidações.

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(*) EU JURO (Leandro, Leonardo).

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GOVERNO DILMA vs. GOVERNO LULA [In:] Em-PACou !!!

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Gasto deixado por Lula deve ser cancelado


Presidente pode cancelar contratos de quase R$ 34 bilhões fechados por Lula


Autor(es): Marta Salomon
O Estado de S. Paulo - 03/03/2011

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, orientou os demais ministros a definirem despesas contratadas no governo Lula que não serão honradas pela sucessora Dilma Rousseff, informa a repórter Marta Salomon. Levantamento realizado pelo Estado indica que o cancelamento de contratos incluídos nos chamados "restos a pagar" pode atingir a soma de R$ 33,9 bilhões, equivalente ao custo estimado do trem-bala entre São Paulo e Rio.


A ministra Miriam Belchior (Planejamento) já orientou seus colegas de Esplanada a selecionar despesas contratadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e que não serão honradas pela sucessora Dilma Rousseff. Levantamento do Estado indica que o cancelamento de contratos pode alcançar R$ 33,9 bilhões, valor equivalente ao custo estimado do polêmico trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro.

No primeiro dia de março, depois de quitar R$ 28 bilhões de contas pendentes deixadas por Lula no ano eleitoral, o governo ainda acumulava mais de R$ 98 bilhões de despesas a quitar, informa levantamento feito pela ONG Contas Abertas no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos da União). Isso é quase o dobro do tamanho no corte no Orçamento de 2011 anunciado pela equipe econômica.

Obrigados a escolher entre levar adiante gastos autorizados no Orçamento deste ano e pagar as contas deixadas por Lula, tecnicamente chamadas de "restos a pagar", vários ministros procuraram orientação da ministra do Planejamento. Ao Estado, o ministério informou: "Estamos em contato com os ministérios para que eles façam esse trabalho de análise para o cancelamento de restos a pagar".

A reportagem perguntou o valor das despesas sujeitas ao cancelamento. "Não existe informação sobre a expectativa de cancelamento", respondeu a assessoria do Planejamento.

Oficial. Decreto de Dilma Rousseff publicado ontem no Diário Oficial da União informa, porém, os limites de pagamento dos chamados "restos a pagar" processados e não processados. A diferença entre os dois tipos de contas pendentes é que a primeira refere-se a bens e serviços já entregues. Já na conta de "não processados" estão incluídas despesas que foram objeto de compromisso de gastos (empenhos, no jargão orçamentário), mas não necessariamente são obras ou serviços concluídos.

O Estado considerou esses limites fixados a partir de março e o valor das contas de Lula ainda não quitadas. O resultado é que não há previsão para o pagamento de R$ 31,6 bilhões de despesas apenas contratadas, nem para o pagamento de R$ 2,3 bilhões de contratos já executados pelos prestadores de bens e serviços.

O maior número de despesas contratadas e não quitadas concentra-se nos investimentos da União. Ainda restava pendente de pagamento uma conta de R$ 51,6 bilhões em 1º de março. A conta inclui obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Entre os programas do governo com o maior volume de contas não quitadas estão obras de saneamento, a urbanização de favelas, a transposição do rio São Francisco e obras para remediar desastres naturais.

Também há um volume de mais de R$ 3,5 bilhões de projetos na área de turismo contratados e não pagos, assim como gastos na área de saúde e educação.

Histórico. Esse tipo de despesa contratada e não paga no mesmo ano é um problema crescente no governo. Desde 2006, o Tribunal de Contas da União considera "preocupante" o volume de "restos a pagar". A partir desse ano, a conta não parou de crescer até o último ano eleitoral.

O cancelamento de despesas já contratadas não será um fato inédito na história. Poucos dias antes de passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mandou cancelar R$ 26,1 bilhões de despesas pendentes de pagamento. Na época, foi uma grande confusão.

Aproximadamente 2.000 contratos administrados pela Caixa Econômica Federal (CEF) na área de saneamento e urbanização no governo Fernando Henrique tiveram o pagamento suspenso. Mais de 1.000 obras foram paralisadas.

Em fevereiro de 2003, Lula baixou outro decreto e cancelou mais R$ 18,1 bilhões de despesas deixadas pelo antecessor sem quitação. Desse total, R$ 700 milhões referiam-se a obras supostamente concluídas ou bens e serviços já entregues.

GOVERNO DILMA/SALÁRIO MÍNIMO/PDT [In:] PT e FORÇA. CUTucando a onça !

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CUT e Força abrem disputa por ministério do Trabalho


PT investe para retomar Pasta do Trabalho


Autor(es): Cristiane Agostine e Caio Junqueira |
De São Paulo e Brasília
Valor Econômico - 03/03/2011

A reunião de ontem entre a presidente Dilma Rousseff e os líderes aliados, que excluiu o PDT, escancarou uma disputa que vinha se mantendo nos bastidores em torno do comando do Ministério do Trabalho. É a primeira grande batalha pelo comando de uma Pasta no ministério de Dilma Rousseff.

A crise em torno do Ministério do Trabalho é resultado do recrudescimento do embate entre CUT e Força Sindical e de seus respectivos braços políticos, PT e PDT. No Congresso, a base petista tenta isolar a bancada do PDT, desgastada com o governo federal ao não acatar a proposta de R$ 545 de reajuste do salário mínimo. No governo, o PT tenta reduzir o controle do ministro Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT e alvo de suspeitas de uso indevido de recursos do seguro-desemprego. No sindicalismo, a CUT encampou como bandeira o fim do imposto sindical e o controle da criação de sindicato, medidas que devem desidratar a Força.

No Ministério do Trabalho, o PDT e a Força estão representados não só por Lupi, presidente licenciado do partido, como também na maioria das superintendências regionais. O descontentamento do PT com a influência do PDT sobre ministério não é recente, mas foi reforçado com as suspeitas que pairavam na gestão anterior, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de irregularidades no uso de recursos para cursos de qualificação profissional, com o favorecimento da central ligada ao ministro.

No embate sindical, a CUT defende o fim do imposto sindical, que seria substituído por uma taxa negocial, não obrigatória como o imposto, que seria recolhida pelos sindicatos. Essa medida poderia acabar com os sindicatos que foram criados com o único objetivo de engrossar centrais, e aumentar o repasse do imposto. "Não estamos preocupados com quem será prejudicado", disse o dirigente da CUT Jacy Afonso de Melo. "Nós, da CUT, temos sindicatos grandes, com muitos sócios e temos forte contato com nossa base. Quero ver as outras. Muitas vão desaparecer", afirmou o dirigente.

A proposta defendida pela CUT ataca, indiretamente, as outras cinco centrais sindicais, que, juntas, dividem cerca de R$ 100 milhões do imposto sindical. CUT e Força são as que mais recebem - em 2009 embolsaram R$ 26,7 milhões e R$ 22,6 milhões, respectivamente. Em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o repasse de 10% arrecadado com a contribuição para seis centrais. Junto com essa proposta, foi negociado o fim do imposto sindical até 2009, em compromisso apoiado pelas seis centrais.

O término do governo Lula também abriu a expectativa junto à Força de que finalmente mudaria a Secretaria de Relações do Trabalho. O setor é responsável pelo registro de sindicatos e, a pedido de Lula, foi mantido sob comando de Luiz Antonio Medeiros, quando a Pasta foi transferida do PT ao PDT em 2006.

Medeiros deixou o cargo em 2010 para se candidatar a deputado federal, mas não se elegeu. Deixou no posto anterior Zilmara Alencar, técnica até hoje alvo de críticas tanto da Força quanto da rival CUT. A Força a acusa de favorecer o registro de sindicatos ligados a Medeiros e a CUT alega que seus registros sindicais enfrentam lentidão e descaso.

A vitória de Dilma abriu a possibilidade de um reordenamento interno na Pasta, ainda que sua chefia permanecesse com Lupi. A ideia era substituir Zilmara por uma técnica com perfil mais "independente" (de Medeiros), ou mesmo uma gestão compartilhada entre Força e CUT.

Houve, entretanto, resistências. A princípio dentro do próprio ministério, já que Zilmara é uma funcionária de longa data do Trabalho. Depois, da própria Força, que preferiu seguir a CUT e investir na formação do Conselho de Relações do Trabalho. A primeira reunião ocorreu no dia 15 de fevereiro e espera-se que ele seja o fórum de temas ligados a relações de trabalho. Na pauta, os critérios para aprovação de registros de sindicatos -mesma função de Zilmara. O Conselho poderá evitar a pulverização dos trabalhadores em sindicatos pouco representativos, formados para aumentar a base das centrais e ampliar o repasse do imposto. O comando do conselho será composto por dez representantes do governo, dez de empresários e outros dez das centrais. Destes, a CUT indicará quatro e a Força, dois.

Ainda antes da votação do mínimo, que selou as desavenças de Paulinho com o governo, o Palácio vetou a maior emenda parlamentar de sua autoria, de R$ 2,6 milhões, para "estruturação da rede de serviços de proteção social básica". No total, foi vetado R$ 1,3 bilhão em emendas, mas o que surpreendeu Paulinho foi o veto na maior emenda de um deputado que até o mês anterior era líder da bancada.

GOVERNO DILMA/ANA BUARQUE DE HOLLANDA [In:] ''ESSA MOÇA TÁ DIFERENTE..." *

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Sociólogo perde cargo por críticas a ministra



Dilma entra em cena e tira Sader



Autor(es): Agência O globo:Vivian Oswald e
Gerson Camarotti
O Globo - 03/03/2011

Presidente aborta nomeação de sociólogo que chamara ministra da Cultura de autista

O governo abortou ontem a nomeação do sociólogo Emir Sader para a a presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa com o objetivo de tentar por fim à crise que se instalou no Ministério da Cultura nas últimas semanas, depois que o intelectual se mostrou contra a posições da pasta e chegou a chamar a ministra Ana de Hollanda de "meio autista". O nome de Sader havia sido indicado para ocupar o cargo, mas sequer chegou a ser publicado no Diário Oficial da União. Com o respaldo do Palácio do Planalto, a ministra anunciou, por nota oficial assinada por ela, que já estava em busca de outro nome. "Comunico que o senhor Emir Sader não será mais nomeado presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa. O nome do novo dirigente será anunciado em breve", diz o texto.

A decisão de sustar a nomeação foi da própria presidente Dilma Rousseff. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, atuou para contornar a crise e tentar reforçar a autoridade da ministra. Segundo interlocutores, Dilma considerou as declarações do sociólogo à imprensa um ato de insubordinação e quebra de hierarquia. Nas palavras de um ministro com acesso ao gabinete presidencial, Sader teria "passado dos limites" e demostrou não entender como funciona o governo, muito menos a gestão Dilma, em que não há espaço para que subordinados desautorizem publicamente seus superiores.

A confirmação de Sader no cargo inviabilizaria a permanência de Ana à frente da pasta. A avaliação é que a confirmação de Sader para a Casa de Rui Barbosa abriria um grave precedente, mesmo com o forte apoio que ele tem de setores do PT.

Para Planalto, Ana tem de mostrar pulso

No Palácio do Planalto, porém, há o consenso de que Ana de Hollanda ficou extremamente fragilizada com o episódio. Caso ela não mostre autoridade e pulso para conduzir os problemas da Cultura nos próximos meses, será uma forte candidata a deixar o governo numa eventual reforma ministerial. Avaliação feita ontem no Planalto é a de que a ministra não conseguiu conduzir o debate sobre direitos autorais. Um interlocutor que esteve ontem com Dilma lembrou que essa questão virou um embate entre setores do próprio governo, do PT e da sociedade, numa espécie de "Fla x Flu".

Coube ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, informar a Sader que ele não seria mais nomeado. O apoio ao sociólogo era fortíssimo no PT, e dois de seus padrinhos no governo eram o próprio Carvalho e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Segundo suplente do senador Lindberg Farias (PT-RJ), Sader foi o coordenador do evento de apoio do setor cultural à então candidata Dilma, no segundo turno. O evento reuniu artistas e intelectuais, como o cantor e compositor Chico Buarque, irmão da ministra. Na transição, Sader fez forte lobby para assumir o Ministério da Cultura, mas foi preterido por Dilma, que pretendia contemplar a questão de gênero na composição do primeiro escalão.

- Lamento a ausência de Emir Sader dentro do governo. Ele daria uma enorme contribuição ao Estado. É um grande pensador brasileiro com enorme disposição para contribuir para o país - disse o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP).
Uma das críticas de Sader era em relação à redução do orçamento do ministério. A pasta teve um corte de R$529,3 milhões, ficando com um orçamento de R$806,6 milhões, contra a previsão original de R$1,33 bilhão. Antes, nos vetos, o governo já havia cortado R$237,3 milhões.

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(*) ESSA MOÇA TÁ DIFERENTE (Chico Buarque de Hollanda).

''Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar
Eu cultivo rosas e rimas
Achando que é muito bom
Ela me olha de cima...''.


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GOVERNO DILMA/PDT [In:] ESCREVEU, NÃO LEU ... *

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Dilma exclui PDT de reunião política



Governo retalia o ""não alinhado"" PDT



Autor(es): Leonencio Nossa e
Denise Madueño
O Estado de S. Paulo - 03/03/2011

Em represália por ter se recusado a apoiar em bloco o Planalto na votação do mínimo, sigla foi vetada em reunião de líderes na Câmara


Depois de aprovar com folga no Congresso o salário mínimo de R$ 545, a presidente Dilma Rousseff realizou ontem, no Palácio do Planalto, um encontro com 15 líderes aliados sem a presença de representantes do PDT, partido da base governista que apresentou o maior número de dissidentes nas votações.

Para formalizar o enquadramento do PDT , Dilma recebe hoje no Planalto o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

O governo usou o encontro de "confraternização" para marcar posição no momento em que se prepara para levar ao Legislativo um projeto de mudança na tabela do Imposto de Renda. "Foi uma reunião em que a presidente convidou líderes 100% aliados a ela", afirmou o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, em entrevista.

Mais cedo, setores do governo negaram que o Planalto estava no comando direto da retaliação ao PDT. A lista teria sido preparada pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT). Ao deixar a reunião, o petista confirmou que tinha sido autor da lista dos convidados, mas deixou claro que fez os convites seguindo ordens do Planalto. "Eu assumo a responsabilidade pelos convites. Eu só faço o que a presidente manda", afirmou Vaccarezza. "Nós estamos num regime presidencialista. Essa decisão é do governo. A decisão é sempre do presidente."

A decisão de Dilma em não convidar o PDT foi visto por auxiliares como um aviso à direção do partido, que não estaria "freando" o deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), um dos principais críticos à proposta do governo para o salário mínimo. Esses mesmos assessores disseram que Dilma avisou o comando do PDT que a legenda tem um ministério. O Planalto avaliou que Lupi atuou no partido para aprovar os R$ 545, mas foi neutralizado por Paulinho.

Conselho. Em entrevista, o ministro Luiz Sérgio disse que o PDT poderá participar de novos encontros com a presidente. Ele afirmou que o partido vai compor o Conselho Político, órgão que Dilma pretende restabelecer e que reúne presidentes e líderes de partidos aliados.

"Não trabalhamos com retaliação", disse o ministro. "Quero reafirmar: o governo convidou os líderes. Foi um primeiro contato." O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse em tom de ironia que a ausência do PDT sequer foi comentada. "A conversa aconteceu tão naturalmente que nem lembramos. Isso quem está me lembrando agora são vocês", afirmou. "O PDT não está fora da base. É um da base, mas quem responde pelo PDT não sou eu."

O líder do partido, Giovanni Queiroz (PA), ironizou o encontro, mas preferiu não trombar. "A presidente é uma mulher extremamente inteligente. Ela não me deixou no constrangimento de ter de recusar o convite. Aqueles que foram ao Palácio estavam comemorando o salário mínimo de R$ 545 e eu gostaria de estar comemorando outro valor", afirmou. "Sou um perdedor nessa causa."

Ele disse que a bancada atua com uma linha programática. "Não existe alinhamento automático. Somos aliados, e não subordinados." O líder afirmou não ter ressentimento por não ter sido chamado à reunião da base com a presidente e negou que haja uma relação estremecida entre o governo e a bancada.

O PDT não deverá dar trabalho ao governo na votação da correção da tabela do Imposto de Renda. O governo defende o índice de 4,5%, mas há propostas da oposição de 10%.

DESENTENDIMENTOS NA BASE

Caso Lunus
Em 2002, o então PFL deixou o governo FHC após a Lunus, empresa, de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney, ser investigada pela PF. A candidatura presidencial de Roseana foi implodida; o PFL culpou o PSDB.

Mensalão
O escândalo, que teve como protagonista o presidente do PTB, Roberto Jefferson, quase fez o partido abandonar a base de Lula. O presidente manteve aliados do PTB no governo, mas Jefferson tornou-se inimigo.

Salário mínimo
9 deputados do PDT votaram contra a proposta do governo federal que estabelecia o piso do salário mínimo em R$ 545

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(*) Algo além dos ''tiriricas''...

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

03 de março de 2011

O Globo


Manchete: BC aumenta os juros pela 2ª vez no governo Dilma

Taxa sobe para 11,75% ao ano para segurar alta dos preços no país

Para conter a inflação, o Banco Central elevou, pela segunda vez no governo Dilma, a taxa básica de juros do país em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 11,75% ao ano, o maior nível desde 2009. Nos cálculos do BC, o aperto monetário nos últimos três meses já equivale a 1,75 ponto percentual. Isso considera as duas altas de 0,5 ponto da Taxa Selic em 2011 e as medidas de restrição ao crédito, cujo impacto é estimado em 0,75 ponto. Segundo economistas, os últimos reajustes dos preços, que fizeram a inflação anual chegar a 6,08% - a meta do governo é de 4,5% -, devem obrigar o BC a subir os juros até junho, para 12,50%. Hoje, o Brasil terá a maior taxa real do mundo: 5,9%, contra 2% da Austrália. O governo ainda não incluiu no cenário futuro de inflação impactos negativos da crise no Norte da África e no Oriente Médio. Para a Fiesp, os juros altos vão desaquecer a economia ainda mais. (Págs. 1, 21 e Miriam Leitão)

Foto legenda: Nova profissão

Por R$ 200 mil, segundo especulações do mercado, o ex-presidente Lula, na estreia como palestrante, aboliu o improviso e, lendo, exaltou o seu governo. (Págs. 1 e 5)

Deu para entender?

Na estreia como integrante da Comissão de Educação da Câmara, o deputado Tiririca (PR-SP) disse que acompanhou bem os discursos e argumentos dos colegas deputados: "Deu para entender legal. Achei bacana." O mensaleiro João Paulo Cunha foi eleito, sem nenhum voto contra, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (Págs. 1, 11 e Dos Leitores)

Foto legenda: Nas comissões, estreia de João Paulo Cunha, réu no mensalão, à frente da CCJ; e de Tiririca, na Educação. (Págs 1, 11 e Dos Leitores)

Merval Pereira

Maluf, Tiririca, mensaleiros: essas indicações resumem bem a complacência moral em que o país está mergulhado não é de hoje. (Págs. 1 e 4)

Kadafi ataca cidades tomadas por rebeldes

Opositores pedem à ONU ataques aéreos, e ditador Líbio quer Brasil como observador

O ditador Muamar Kadafi fez ontem o primeiro grande contra-ataque a duas cidades do Leste, já tomadas pelos rebeldes, enviando militares e mercenários, com apoio de aviões de combate, relata Deborah Berlinck. O Conselho Nacional Líbio, formado por opositores, pediu que o Conselho de Segurança da ONU lance ataques aéreos contra mercenários. Kadafi advertiu que transformará a Líbia em um novo Vietnã, se forças estrangeiras intervierem no pais. Ele propôs incluir o Brasil como observador da crise. (Págs. 1, 29 a 31, Demetrio Magnoli e editorial "Manter Kadafi sob pressão e a unidade")

Sociólogo perde cargo por críticas a ministra

Para tentar contornar a crise no Ministério da Cultura, a presidente Dilma Rousseff decidiu sustar a nomeação do sociólogo Emir Sader para a presidência da Casa de Rui Barbosa, subordinada à ministra, Ana de Hollanda, chamada por ele de autista. Mas, para o Planalto, Ana precisa mostrar pulso na condução da pasta. (Págs. 1, 3 e 4)

Ancelmo Gois

Ex-presidente do BB recusa convite de Dilma para Secretaria da Aviação Civil. (Págs. 1, 16 e 17)

Fux assume no STF pronto para polêmicas

O novo ministro do STF, Luiz Fux, que toma posse hoje, disse que está pronto para desempatar na Corte temas polêmicos, como a Lei da Ficha Limpa. "Não tenho receios", disse ele, que elogiou a lei. (Págs. 1 e 10)

Na estreia, Hebe pede palmas para Dirceu, e Serra sai no meio (Págs. 1 e 5)


Carlos Alberto Sardenberg

O Bolsa Família poderá atender até um quarto da população, mas será um fracasso se as crianças não avançarem na escola. (Págs. 1 e 6)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Gaddafi ataca e ameaça com milhares de mortes

Ditador diz que haverá guerra sangrenta se os EUA ou a Otan interferirem na Líbia

O governo Gaddafi intensificou o contra-ataque para se manter no poder na Líbia.

Caças bombardearam Brega, cidade tomada pelos rebeldes no leste do pais, num quadro de virtual guerra civil. A oposição resiste.

O ditador disse na TV que a Líbia terá uma guerra sangrenta.
"Milhares e milhares irão morrer se EUA ou Otan interferirem." Ele afirmou que vai "enfiar os dedos nos olhos" de quem duvida da soberania do país.

O Tribunal Penal Internacional vai abrir investigação sobre os conflitos na Líbia.

Mais dois navios de guerra dos Estados Unidos entraram no mar Mediterrâneo pelo canal de Suez com o intuito de intimidar Gaddafi.

O debate esquentou entre os norte-americanos com a pressão do Congresso.

O Senado aprovou uma medida que pede a comunidade internacional que considere a instauração do embargo a voos líbios. (Págs. 1 e Mundo)

Foto legenda: Rebelde corre próximo ao local da queda de bomba lançada por um caça da Força Aérea da Líbia leal ao ditador do país, Muammar Gaddafi, em área de deserto perta da cidade de Brega. (Pág. 1)

Samy Adghirni

Refugiados vivem 'calma precária' perto da fronteira da Líbia com a Tunísia. (Págs. 1 e Mundo)

Fabiano Maisonnave

China proíbe jornalistas estrangeiras de cobrir atos da 'revolução de jasmim'. (Págs. 1 e Mundo)

Clovis Rossi

Na ONU, o Brasil votará, sim, para investigar Irã. (Págs. 1 e Opinião A2)

Câmara aprova direito de avô visitar neto de casal separado

A Câmara aprovou projeto que estende aos avós o direito de visitar os netos de casais separados. A proposta, que é anterior ao caso do garoto Sean Goldman, agora vai à sanção presidencial.

Também foi aprovado o fim da revista íntima de mulheres no local de trabalho, mas o texto precisa passar pelo Senado. (Págs. 1 e Cotidiano C7)

Anvisa pretende controlar uso de repelentes por crianças

A Anvisa pôs em consulta pública proposta que estabelece requisitos técnicos mínimos sobre segurança, eficácia e rotulagem de repelentes contra insetos.

Se aprovada, a mudança protegerá sobretudo crianças, mais vulneráveis a intoxicação. Embalagens terão de trazer a concentração do principio ativo. (Págs. 1 e Saúde C12)

BC eleva juro para 11,75%, o maior patamar em dois anos (Págs. 1 e Mercado B1)


Emir Sader cai após chamar de autista ministra da área cultural

Após ter chamado a ministra Ana de Hollanda (Cultura) de "meio autista", o sociólogo Emir Sader não assumirá mais a presidência da Casa de Rui Barbosa.

Sader também defendia que a fundação se transformasse em centro de discussões sobre feitos do governo Lula. (Págs. 1 e Em Cima da Hora A8)

Opinião: Juízes enfrentam o conflita entre a lei e o justo

São altos e raros os predicados que o povo espera dos juizes: nobreza de caráter, elevação moral, imparcialidade, tudo envolto em profunda cultura. Os juizes enfrentam com a espada da deusa Têmis o conflito entre a lei e o justo. (Págs. 1 e Opinião A3)

Luiz Fux, 57, toma posse hoje no STF. (Pág. 1)

Editoriais

Leia "Sigilo à venda", sobre a divulgação de dados da violência em São Paulo, e "Predação e arcaísmo", que critica as invasões de terra do MST. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Pilotos se negam a atacar e Kadafi sofre nova derrota

Forças leais ao ditador da Líbia fracassam na tentativa de retomar instalações petrolíferas

Sem o apoio da Força Aérea Líbia, cujos pilotos não acataram ordem de bombardear alvos rebeldes, tropas leais a Muamar Kadafi fracassaram ontem na tentativa de retomar instalações petrolíferas do vilarejo de Brega, 230 km a oeste de Benghazi, a principal cidade controlada pelos rebeldes. Pelo menos 14 pessoas morreram e 29 ficaram feridas no combate que se seguiu à ocupação da refinaria e da pista de pouso por integrantes das forças especiais e mercenários, repelidos pelos rebeldes. A reportagem do Estado presenciou a movimentação de tropas e confrontos. O regime de Kadafi convidou o Brasil a integrar uma missão de observadores que acompanharia a crise entre opositores e o governo Líbio, informa o enviado especial Andrei Netto. A proposta foi feita diretamente por autoridades ao embaixador brasileiro em Trípoli, George Fernandes. O convite ao Brasil foi estendido à União Africana e ao bloco da Conferencia Islâmica. (Págs. 1 e Internacional A12 a A15)


Líbia tem US$ 110 bi para resistir a sanções

Mesmo com a queda na exportação de petróleo e as sanções, o governo líbio conta com US$ 110 bilhões em reservas para financiar suas operações. O dinheiro seria suficiente para cobrir as importações por três anos. (Págs. 1 e Internacional A14)

BC confirma previsões e eleva juro em 0,5 ponto

Conforme amplamente esperado no mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou o juro básico da economia (Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Em um curto comunicado divulgado após a reunião, que durou mais de três horas e meia, o BC disse que a decisão foi tomada por unanimidade e dá “seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias". A alta faz o Brasil abrir distância no ranking mundial do juro real (que desconta a inflação). Agora, a taxa brasileira é de 6,1 % ao ano. A Austrália é a segunda colocada no levantamento, com 2% ao ano. (Pág. 1)

11,75% é a taxa básica de juros (Selic) após a decisão de ontem do Banco Central. (Pág. 1)

Gasto deixado por Lula deve ser cancelado

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, orientou os demais ministros a definirem despesas contratadas no governo Lula que não serão honradas pela sucessora Dilma Rousseff, informa a repórter Marta Salomon. Levantamento realizado pelo Estado indica que o cancelamento de contratos incluídos nos chamados "restos a pagar" pode atingir a soma de R$ 33,9 bilhões, equivalente ao custo estimado do trem-bala entre São Paulo e Rio. (Págs. 1 e Nacional A4)

Dilma exclui PDT de reunião política

O PDT foi excluído da reunião da coordenação política por não ter apoiado os R$ 545. O líder Giovanni Queiroz (PA) reagiu com ironia. Disse que Dilma “não o deixou no constrangimento" de recusar o convite. (Págs. 1 e Nacional A8)

MEC fará prova para professores

O MEC prepara, para 2012, uma prova nacional que poderá ser utilizada por Estados e municípios para selecionar professores. A Prova Nacional de Concurso para Ingresso Nacional na Carreira Docente servirá mais para a formação de um banco de dados do que para seleção. A intenção é que o candidato faça a prova nacional e as redes estaduais e municipais usem os resultados quando precisarem contratar. (Págs. 1 e Vida A21)

'Banqueiro do povo' é suspeito de sonegação (Págs. 1 e Economia B9)


Notas & Informações

Uma nova pauta Brasil-China

A ideia brasileira de uma política de defesa mais ativa não é capricho nem vocação protecionista. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico


Manchete: Dilma adota estratégia de exportação para o pré-sal

O governo brasileiro quer se tornar grande exportador de gás e petróleo aos Estados Unidos, para evitar que os combustíveis extraídos da camada pré-sal no litoral do Brasil reduzam a proporção de fontes de energia "'limpa", renovável, como a hidroeletricidade, na matriz energética brasileira. A intenção de exportar a maior parte do petróleo e gás do pré-sal para não "sujar" a matriz foi comunicada pela presidente Dilma Rousseff a enviados do governo americano que estiveram no país em preparação à visita do presidente Barack Obama.
A estratégia brasileira foi bem recebida em Washington, onde a oferta é vista como uma oportunidade para concentrar no continente americano cada vez mais os fornecedores de combustível fóssil aos EUA, reduzindo a dependência em relação ao Oriente Médio. Ainda não estão concluídas as conversas para o mecanismo que consolidará essa cooperação na área de energia, mas o tema já está escolhido como um dos principais assuntos da visita de Obama ao país e de seu comunicado conjunto com Dilma Rousseff, no sábado, dia 20. (Pág. 1)

Expectativa melhora e juro sobe a 11,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade. Considerando que as medidas macroprudendais representam o equivalente a um aumento de 0,75 ponto, o aperto monetário desde o fim de 2010 soma 1,75 ponto na Selic. Pesquisa do Banco Central junto ao mercado indica que os cortes de gastos anunciados pelo governo podem garantir superávit primário de 2,7% do PIB, uma expectativa muito melhor do que o mercado apontava antes. A percepção da autoridade monetária é de que a economia já está em processo de desaceleração, encurtando a defasagem entre a demanda e a oferta de bens e serviços. Identifica-se nos títulos do Tesouro menor pressão inflacionária. A taxa de inflação implícita nas NTN-B caiu 0,7 ponto percentual entre a reunião do Copom de janeiro e a de ontem. (Págs. 1 e C2)

Ibama monta força-tarefa para petróleo

O Ibama vai montar uma força-tarefa para lidar com o licenciamento ambiental do pré-sal. A preocupação da autarquia é estar preparada para um trabalho que, além de ser tecnicamente inédito, envolverá um volume gigantesco de estudos e fiscalização. Assim, o Ibama espera afastar a pecha de ser um entrave a exploração do petróleo, estigma que já o acompanha nas áreas de energia e transporte. Seu novo presidente, o gaúcho Curt Trennepohl, informa que começará a montar a equipe com a missão específica de atender ao pré-sal. "Se não tivermos um time muito preparado, vamos retardar o processo, judicializar o licenciamento e, ai, eu vou para o pelourinho. Temos que investir em treinar gente "agora", disse ao Valor. Também estão sendo criadas equipes especiais de licenciamento para lidar com a polêmica usina de Belo Monte. Hoje, o Ibama tem 280 analistas ambientais, número que será dobrado, disse Trennepohl. (Págs. 1 e A4)

CUT e Força abrem disputa por ministério do Trabalho

A reunião de ontem entre a presidente Dilma Rousseff e os líderes aliados, que excluiu o PDT, escancarou uma disputa que vinha se mantendo nos bastidores em torno do comando do Ministério do Trabalho, é a primeira grande batalha pelo comando de uma Pasta no ministério de Dilma Rousseff.
A disputa é resultado do recrudescimento do embate entre CUT e Força Sindical e de seus respectivos braços políticos, PT e PDT. No Congresso, a base petista tenta isolar a bancada do PDT, desgastada com o governo federal por não ter votado unanimemente a proposta de R$ 545 para o salário mínimo.(Págs. 1 e A5)

BB financia Bertin no Rodoanel

O Banco do Brasil e o Banco Votorantim vão financiar 65% dos investimentos de R$ 4 bilhões do grupo Bertin nos trechos Sul e Leste do Rodoanel, em São Paulo. O Bertin fez ontem o depósito de R$ 389 milhões referentes à outorga da concessão de dois trechos da rodovia.
O BNDES não vai participar do empréstimo, embora tivesse anunciado, pouco antes do leilão da rodovia, no ano passado, que seria o financiador da obra. O banco de fomento está impedido de conceder crédito a Bertin em função de um "cross default" que a empresa tem com o banco - uma operação de renegociação com o grupo JBS, do qual o Bertin é sócio. (Págs. 1 e B9)

Ford vai à Justiça e tira campanha da Nissan do ar (Págs. 1 e B6)


BM&FBovespa abre processo por falhas em corretoras, diz Matta Machado (Págs. 1 e D2)


Vale adota nova tecnologia para transporte de minério de ferro no PA (Págs. 1 e B9)


OAS deve erguer arena em Natal

A construtora OAS foi a única empresa a apresentar proposta para construção da Arena das Dunas, estádio da cidade de Natal (RN) destinado a Copa de 2014. A primeira licitação foi deserta. (Págs. 1 e A4)

Mudanças na Norte Energia

As oito construtoras de pequeno e médio portes com 12,5% da Norte Energia, dona da concessão da usina de Belo Monte, devem deixar a sociedade. O novo potencial acionista é a Andrade Gutierrez. (Págs. 1 e B7)

Guerra planeja expansão

A fabricante gaúcha de implementos rodoviários Guerra prevê esgotar sua capacidade instalada a partir de 2012 e já estuda opções para ampliar a produção, com a construção de sua sexta fábrica ou aquisição. (Págs. 1 e B10)

Asiáticos na CBMM

Um consórcio de empresas do Japão e da Coreia do Sul vai comprar 15% da CBMM, maior produtora de nióbio no mundo, controlada pela Brasil Warrants. (Págs. 1 e B10)

Novas áreas tem cana mais barata

Na safra 2010/11, que acaba oficialmente no fim do mês, os custos de produção nas novas fronteiras de cana em Goiás e Mato Grosso do Sul foram 16% menores que nas áreas tradicionais da cultura. (Págs. 1 e B14)

Brado avalia captações

A Brado Logística, da ALL, deve fazer sua primeira captação de recursos neste semestre. As opções em estudo são a entrada de um acionista estratégico, de um fundo de investimentos ou lançamento de ações. (Págs. 1 e D1)

BTG abrirá capital de farmácias

O BTG Pactual planeja para breve a abertura de capital de seu braço de farmácias. Sob a holding Brazil Pharma operam hoje quatro redes: Farmais, Rosário, Guararapes e Mais Econômica. (Págs. 1 e D1)

Ideias

Ribamar Oliveira

Existe a possibilidade concreta de que o governo tenha, ao definir o ajuste fiscal, subestimado a receita da União em 2011. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Alexandre Schwartsman

Inconsistências da política econômica trouxeram a aceleração da inflação como resultado inevitável. (Págs. 1 e A15)

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