PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

terça-feira, abril 19, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] QUIBEBE *

...













Homenagem aos chargistas brasileiros.
---
(*) prato regional (Minas Gerais).
---

SENADOR AÉCIO NEVES [In:] SE FOR DIRIGIR ... (2)

...

PSDB, DEM e até petistas minimizam infração de Aécio


Autor(es): Cristiane Agostine | De São Paulo
Valor Econômico - 19/04/2011

Dirigentes do PSDB e do DEM temem que a polêmica envolvendo o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, possa desgastar a imagem do parlamentar, potencial candidato à Presidência em 2014.

O tucano foi multado na madrugada de domingo por ter se negado a fazer o teste do bafômetro e por estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida. Lideranças dos partidos da oposição tentaram minimizar o problema e evitaram comentar o caso. Na internet, a defesa a Aécio veio do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que passou a ser alvo de críticas.

Aécio passou o dia de ontem em telefonemas a aliados, para contar sua versão. O senador tucano negou que tenha se recusado a fazer o teste do bafômetro ao ser abordado por uma blitz policial, no Rio de Janeiro, para a fiscalização da chamada lei seca. No microblog Twitter, o parlamentar reconheceu o erro. "Foi um descuido não ter visto que minha carteira estava vencida. Porém, eu como qualquer ser humano também erro", publicou em sua página.

Os aliados do tucano foram lacônicos. "Aécio não sabia que a carteira estava vencida. Já explicou isso", comentou o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), reforçou a blindagem ao tucano. "Ele terá argumento convincente para esclarecer o ocorrido", disse. José Serra, ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB derrotado à Presidência, nem citou o caso. "Hoje, duas horas na cadeira do dentista. O tratamento não acaba nunca. Fica sempre algo provisório", escreveu ontem Serra, entre comentários sobre futebol, reforma política e críticas ao governo.

Aécio foi multado em R$ 191,54 por dirigir com a habilitação vencida e em R$ 957, 69 pela recusa em fazer o teste do bafômetro.

Entre os parlamentares, a defesa mais contundente veio do PT. No Twitter, Lindbergh Farias criticou a manifestação de internautas por usarem o caso contra o tucano. "Acho baixaria vocês ficarem falando do Aécio. Podia acontecer com qualquer um. Façam criticas políticas. Tenho vergonha disso!", reclamou, referindo-se a comentários publicados em um perfil identificado como PT nacional, mas que não é oficial do partido. "Não me agrada utilizarmos constrangimentos pessoais na luta política", publicou. Os comentários geraram críticas e, em resposta, Lindbergh disse que estava "apanhando" porque defender Aécio. "Vamos mudar de assunto!!! Pelo amor de Deus! Que tal falarmos sobre a reunião do Copom?".

Na internet, ganhou destaque um vídeo em que Aécio aparece defendendo a Lei Seca.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu Aécio e disse ter recebido uma ligação do tucano para lhe parabenizar "pela educação dos servidores da Operação Lei Seca".

===

SENADOR AÉCIO NEVES [In:] SE FOR DIRIGIR ...

...

Aécio Neves tem carteira de habilitação apreendida em blitz no Rio

Senador se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma CNH vencida

17 de abril de 2011 | 12h 36


Pedro Dantas, de O Estado de S. Paulo

O senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB-MG) se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida em uma blitz da Lei Seca, na madrugada deste domingo, na Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon, na zona sul do Rio. De acordo com o Governo do Rio, o político mineiro se recusou soprar no aparelho que determina a concentração de bebida alcoólica no organismo, por meio da análise do ar exalado dos pulmões da pessoa. Em seguida, ele apresentou a CNH vencida e o documento foi apreendido. O político mineiro foi multado em R$ 957,70 por recusar o bafômetro e em R$ 191,54 pela habilitação vencida.

...

Celso Júnior/AE
Celso Júnior/AE
Aécio não sabia que CNH estava vencida, pois dirige apenas aos finais de semana, diz assessoria.
...

De acordo com a assessoria do senador, ele pagou um taxista para dirigir sua Land Rover até o prédio onde mora no Rio, localizado a poucos quarteirões da blitz e evitou a apreensão do carro, que, segundo sua assessoria, é seu há anos. Segundo os agentes, o senador foi liberado, pois não apresentava sinais de embriaguez. O ex-governador terá que se dirigir ao Detran-RJ para pagar a multa e renovar a CNH antes de voltar a dirigir. Em nota, a assessoria de imprensa do senador disse que o bafômetro não foi realizado "uma vez constatado o vencimento do documento de habilitação e providenciado outro motorista para condução do veículo".

Ainda segundo a assessoria, o senador não sabia que a habilitação estava vencida, pois dirige apenas aos finais de semana. A nota informa que o político tucano tinha saído da casa de amigos e voltava com a namorada para sua residência no Rio, no Leblon, quando o carro do casal foi parado em uma blitz. Ele foi reconhecido desde o início pelos agentes que o trataram educadamente, segundo assessores do político. A assessoria encerra nota afirmando que "o senador cumprimentou a equipe policial responsável pelo profissionalismo e correção na abordagem feita aos motoristas durante a blitz". Aécio passou o dia deste domingo no Rio, mas não quis falar com a imprensa.

O artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que a recusa do motorista em fazer o teste do bafômetro é considerada uma infração gravíssima. As punições administrativas são recolhimento da CNH e perda de sete pontos, retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado, além da multa de R$ 957,70. O prazo mínimo para a retirada da CNH é de 5 dias. No entanto, Aécio Neves deve demorar mais para voltar ao volante, pois antes terá que renovar a habilitação vencida.

Em fevereiro, o jogador de futebol Adriano se recusou a fazer o bafômetro em uma blitz e teve a carteira apreendida. Ele também chamou um amigo para conduzir o veículo e evitou a apreensão do carro. No ano passado, o ex- jogador de futebol e deputado federal Romário usou o mesmo expediente para evitar que o carro fosse rebocado depois que se recusou a soprar no bafômetro. O cantor Toni Garrido, o ator Eri Johnson e as atrizes Priscila Fantin e Camila Rodrigues fizeram após recusar o teste.


A Operação Lei Seca é uma campanha educativa e de fiscalização, de caráter permanente, que abrange os bairros da capital fluminense, Região Metropolitana, e Baixada Fluminense. Lançada em 19 de março de 2009, a ação visa coibir o consumo de álcool no trânsito. Deste então, 455.215 motoristas foram abordados, 77.111 foram multados, 20.816 veículos foram rebocados e 32.576 motoristas tiveram a CNH apreendida. Os agentes realizaram 428.712 testes com o bafômetro. Desse total, 4.168 condutores sofreram sanções administrativas e 1.501, criminais.

Texto atualizado às 17h28

-----------

GOVERNOS E GOVERNANTES [In:] AS MESURAS COM CHAPÉU ALHEIO...

...

As "bondades" do governo passado e as consequências

Autor(es): Jarbas Passarinho
Correio Braziliense - 19/04/2011


Ex-governador, ex-senador e ex-ministro de Estado, é coronel reformado

A generosidade do Brasil com nossos vizinhos da “onda vermelha” que tingiu a América Latina, exceto no Chile, Peru e Colômbia, tem servido bem à Bolívia e ao Paraguai, objeto de “bondades”. Não só, porém, por afinidade ideológica, mas seguramente com vista à aspiração por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, verdadeira obsessão do governante passado. O Brasil sempre será uma voz importante na América Latina, sem pretensão hegemônica.

Os Estados Unidos estavam atolados no Vietnã quando o presidente Nixon recebeu a visita do presidente Médici. Disse-lhe publicamente: “Para onde o Brasil for a América Latina se inclinará por ir”. A frase levou os países andinos a nos apelidar de subimperialistas, lacaios dos americanos. Nos oito anos passados, o Brasil cresceu no panorama mundial. Não diria que pelo crescimento econômico que o fez membro do G-20, as 20 maiores economias do mundo, e daí ao Bric. Nesse período, o Brasil ficou abaixo do crescimento da média mundial. Como aconselha o embaixador Rubens Ricupero, “o governo (anterior) exagera ao ressaltar a importância que o Brasil está adquirindo no cenário internacional. Um pouco de sobriedade não faz mal”.

As “bondades”, insisto, foram investimentos na escalada do Brasil para a conquista do ambicionado assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. No fundo significam, paralelamente, uma confissão do apelidado subimperialismo do período militar que teria motivado o acordo com a construção do gasoduto partilhado com a Bolívia e o Tratado de Itaipu, com o Paraguai, no período militar. Ainda que em ambos os casos não tenha deles participado diretamente, acompanhei-os de perto — o tratado, quando ministro da Educação; e o gasoduto, senador que era. Nos dois o Brasil observou a equanimidade e foi generoso. No acordo sobre o gasoduto, aceitamos financiar jazidas de gás como garantia da produção contratada e, principalmente, uma cláusula onerosa. Pagamos o princípio do “leve ou pague”. Pagamos, ainda que não necessitando do volume máximo contratado. A diferença resulta de aumento da produção e gás nos campos brasileiros, mas continuamos pagando pelo todo.

O presidente Evo Morales veio ao Brasil, conversou com o presidente Lula e ainda obteve a “bondade” do aumento do preço do gás contratado. Pagam, por isso, os consumidores de gás de cozinha, aumentado seu preço. Pior ainda foi a expropriação de duas refinarias da Petrobras na Bolívia. Antes eram bolivianas, mas não produziam os derivados necessários ao consumo boliviano. Compradas e pagas pela Petrobras, a empresa brasileira modernizou-as e produziu o suficiente para satisfazer à demanda total da Bolívia. Expropriadas, foram militarmente ocupadas pelo poderoso Exército boliviano, arrogantemente. Recolhemo-nos ao silêncio, passivamente, para ajudar a próxima eleição que Morales ia enfrentar. Colaboração do “imperialismo” brasileiro do período militar, assim reconhecido pelo governante brasileiro como a exploração do mais fraco. Evo é amigo ideológico do nosso ex-presidente, não porém do Brasil que, segundo ele, “comprou o Acre por dois cavalos”. O barão do Rio Branco não merecia a galhofa.

O caso da usina binacional de Itaipu é mais escandaloso. A obra foi estimada em US$ 18 bilhões, inicialmente. A metade cabia ao Paraguai. Falto de crédito, o Brasil avalizou o título. Exigiu a mudança de ciclagem diferente da brasileira, de 50 para 60 ciclos, a fim de atender a indústria paraguaia, serva da indústria argentina quanto ao ciclo. O preço do kw ficou mais alto para nós. Afinal, tudo acertado entre as partes, surgiu um problema. Eu estava despachando com o presidente Médici, quando o ajudante de ordens entrou na sala a pedido do ministro das Relações Exteriores, embaixador Mario Gibson Barbosa. Desculpou-se, mas precisava, em caráter de emergência, consultar o presidente. Disse que o presidente do Paraguai, esperado em visita oficial ao Brasil, viria postular a revisão dos cálculos, considerando as águas do Rio Paraguai, como um todo paraguaio, e não meio a meio com o Brasil.

Era demais. O presidente Médici foi taxativo, em linguagem nada diplomática: “Comunique ao presidente que não venha. Construiremos a usina na Amazônia”. A absurda pretensão não foi apresentada. O Paraguai não consome a quota de energia que lhe cabe desde a inauguração da usina de Itaipu. Pelo tratado, o excedente é vendido ao Brasil. Agora, depois de entrevista com a possível concordância do então presidente Lula, o Paraguai pretende liberdade de negociar a expressiva sobra com quem lhe aprouver e pleiteia o aumento do preço do que nos vende. Uma vez aceito, terá acréscimo de cerca de R$ 1,5 bilhão para mais de R$ 3 bilhões. Nossos honrados deputados da base multipartidária que apoia o governo, ainda sensível ao do passado, já aprovaram o pleito. Dependemos do Senado. A “bondade”, além de sugerir haver sido um tratado imposto pelo “Brasil imperialista”, deverá pesar no bolso dos brasileiros.

===

CONGRESSO NACIONAL/SENADO [In:} O ''COMEQUIETO'' DA VEZ *

...

Nova liderança no Senado


Autor(es): Alberto Pinto Coelho
Correio Braziliense - 19/04/2011


Vice-governador de Minas Gerais

Às vésperas do transcurso da data magna do 21 de abril, que evoca civicamente, sob a figura tutelar de Tiradentes, os valores permanentes que regem a construção de uma nação cada vez mais livre e soberana, é oportuno analisar as grandes linhas do vigoroso pronunciamento feito em 6 de abril pelo senador Aécio Neves. Suas diretrizes centrais, que mobilizaram a atenção do Senado Federal e continuam repercutindo vivamente em todo o país, projetam uma estratégica visão de futuro, capaz de assegurar, de fato, a conquista do pleno desenvolvimento nacional.

De início, conforme diagnosticou Aécio Neves, o Brasil necessita hoje de um “choque de realidade”. Ele se impõe em razão de cruciais desafios que o país enfrenta e que foram descurados. Com alto senso de responsabilidade, o senador Aécio Neves apontou o dedo para algumas dessas chagas, que precisam ser urgentemente tratadas.

Uma delas, a do “desarranjo fiscal”, obrigará, agora, a um ajuste de grande envergadura, que colocará em quarentena programas e projetos de governo anunciados antes com bumbos e tambores. Outras chagas têm origem no aparelhamento da máquina pública e nos excessos de gastos da União, que agora pressionam fortemente os índices inflacionários. O controle da inflação é a melhor herança do Plano Real, criado, em 1994, pelo presidente Itamar Franco. O real tem sido, nesses 17 anos, a pedra angular do crescimento econômico com estabilidade monetária.

Outro ponto de estrangulamento, também indicado pelo senador Aécio Neves, se apresenta no horizonte próximo do desenvolvimento brasileiro: relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial mostra que o Brasil, entre 20 países concorrentes, coloca-se em 17º lugar na qualidade geral de infraestrutura, empatado com a Colômbia, situando-se em 19º no quadro da malha rodoviária e ocupando o último lugar na infraestrutura portuária.

Outro ponto nevrálgico, por ele apontado, consiste no grave risco de desindustrialização de importantes setores econômicos. Lembrou, a propósito, que nossa pauta exportadora apresentava em 2000 um índice de 61% de produtos manufaturados, reduzido para 40% em 2010.

Com lealdade e isenção, Aécio Neves recuperou a memória das heranças benditas dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Iniciadas com o Plano Real, passaram pelo Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro (Proer), pela aprovação da importante Lei de Responsabilidade Fiscal, pelos avanços das privatizações e deslancharam em programas sociais pioneiros, como os da Bolsa Escola, Bolsa-Alimentação e o Auxílio-Gás. Unificados e ampliados, eles deram origem ao programa Bolsa Família no governo Lula.

A nova agenda de gestão pública proposta pelo senador Aécio Neves aporta uma visão de futuro com selo de estadista. Ela começa pelo efetivo compromisso com a restauração da Federação brasileira, considerando insustentável a atual concentração de impostos, fruto da elevada carga tributária que já alcança 35% do PIB, de recursos e de poder de decisão na esfera da União. Aponta a visão do compromisso federativo, propondo que 70% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança e do Fundo Penitenciário, sempre contingenciados, sejam compulsoriamente repassados em duodécimos.

Foram por ele também propostos mecanismos para a recomposição gradual da participação de estados e municípios no bolo tributário do FPE e do FPM, que era de 27% em 2002 e recuou para 19,4% em 2010. Queda causada principalmente pela danosa hipertrofia da União, agravada pela criação de contribuições sem destinação própria e sem a sua devida partição entre os entes federados.

Pertinentemente, o senador Aécio Neves propôs, ainda, a transferência gradual dos recursos e da gestão das rodovias federais para a competência dos estados, pois as “contas abertas” demonstram que nos últimos oito anos o Ministério dos Transportes não executou parte expressiva do orçamento de que dispunha para investir.

Homem público sempre aberto ao diálogo, Aécio Neves alinhou propostas encampadas pela presidente Dilma Rousseff, como a da redução de alíquotas para setores estratégicos da economia brasileira. Defendeu, então, a redução a zero das alíquotas de PIS e Cofins para empresas da área de saneamento, indicando a extensão dessa medida ao setor elétrico.

Questões centrais e permanentes, como as da saúde pública, da educação, da habitação, do meio ambiente, do incentivo ao empreendedorismo das micro e pequenas empresas — e muitos outros temas relevantes — constam da densa e programática agenda de gestão pública sustentada pelo senador Aécio Neves. Ela lança bases e abre perspectivas para caminharmos na direção do desenvolvimento pleno do país, com responsabilidade administrativa e crescentes conquistas sociais.

===
(*) Mineirinho; o comequieto. Ziraldo.
---

OBESIDADE MÓRBIDA [In:] ''A MOSCA DA SOPA'' *

...

CORRAM, HOMENS, CORRAM

CADA VEZ MAIS FORA DE FORMA


Autor(es): Renata Mariz
Correio Braziliense - 19/04/2011

Pesquisa mostra que o brasileiro come demais, bebe demais e está de mal com a balança. No país, os brasilienses são os que se alimentam melhor e mais aproveitam o tempo livre para praticar atividades físicas. Mas ainda é pouco: 58,4% dos homens da capital federal estão acima do peso. Entre as mulheres, a taxa é de 31,2%.


Quase metade da população brasileira está acima do peso, segundo o Ministério da Saúde. Falta de exercícios físicos e consumo excessivo de álcool também são hábitos comuns por aqui



Escolhas nada nutritivas à mesa, consumo excessivo de álcool e pouca atividade física estão alargando, em alta velocidade, a silhueta do brasileiro. A taxa de pessoas acima do peso, incluindo os obesos, passou de 42,7%, em 2006, para 48,1%, no ano passado. Entre os homens, chega a 52,1%. Se a população continuar engordando no ritmo atual, em 13 anos o país terá o mesmo perfil nutricional dos Estados Unidos, onde hoje 64% dos habitantes sofrem com a balança. O alerta vem de levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, que entrevistou 54,3 mil adultos nas 26 capitais e no Distrito Federal.

Em sua quinta edição, intitulado Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doença Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o estudo apontou hábitos alimentares preocupantes — como 30% da população tomar refrigerante cinco vezes ou mais durante a semana, 80% ignorar o consumo de cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças e 56% ingerir leite com teor integral de gordura. Aliado a tudo isso, está a proporção pequena de pessoas que praticam atividade física no tempo livre, só 15%. O Distrito Federal se destacou positivamente em dois aspectos. É onde mais as pessoas se exercitam, além de comerem melhor (leia abaixo).

Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa considera necessário que os brasileiros mudem a rotina para evitar doenças crônicas, com diabetes e hipertensão, associadas aos maus hábitos. “Se analisarmos que 70% das mortes no mundo estão relacionadas a esse tipo de doença, é urgente melhorar os hábitos da população, que ainda enxerga muitos desses males como algo natural, da velhice. Essa visão também precisa mudar”, diz o especialista. Barbosa destaca, ainda, que o levantamento apresentado ontem mostra uma relação direta entre os anos de estudo do grupo analisado e os costumes nutricionais. “Quantos mais pobres e menos escolarizados, piores são os hábitos”, diz.

Dariosvaldo Guedes da Silva, piauiense que largou a escola depois de poucos anos de estudo, conhece pouco sobre fatores de risco para a saúde. Embora perceba que as medidas vêm aumentando, ele não se priva de comidas pesadas. “Adoro feijoada e churrasco. Rodízio, então, é a melhor coisa. De fruta e verdura, eu não gosto”, destaca o ambulante de 36 anos e quase 100 quilos. Dariosvaldo também não abre mão da lata de refrigerante todos os dias, na hora do almoço. Vez por outra, toma uma cervejinha à noite, para relaxar.

Cinco doses ou mais numa mesma ocasião no último mês, dentro dos parâmetros de vigilância epidemiológica, caracterizam consumo abusivo de álcool. No Brasil, a taxa dos que bebem exageradamente é de 18%. Entre os homens, de 2006 para cá, cresceu um ponto percentual, passando de 25,5% a 26,8%. No mesmo período, a proporção de mulheres ingerindo álcool em níveis preocupantes cresceu de 8,2% para 10,6%.

Elas também não largaram o cigarro. Enquanto a taxa de fumantes entre homens caiu de 20,2% para 17,9%, nos últimos cinco anos, entre as mulheres continua a mesma, de 12,7%. Jarbas Barbosa defende leis restritivas, como as que proíbem o tabaco em locais públicos, já existentes em alguns estados, bem como campanhas educativas.

Esbelto?
Para saber se você está acima do peso, basta calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). A fórmula é simples. IMC = peso (em quilos)/(altura em metros x altura em metros). Se o IMC for menor que 18,49, o estado nutricional é baixo peso. IMC entre 18,5 e 24,99 significa peso adequado. Resultados de 25 a 29,99 apontam sobrepeso. Maior ou igual a 30, obesidade.

===
(*) Raul Seixas.
----

''TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO" *

...
UM ÍNDIO.
Doces Bárbaros


Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante

E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claroinstante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas dastecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio



-----
http://youtu.be/lIn25qu14Tk










---

(*) Baby do Brasil. (Jorge BenJor).
---

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

19 de abril de 2011

O GloBO

Manchete: Projeto do governo dificulta controle de obras pelo TCU
Nova regra aumenta exigência para que verbas sejam bloqueadas

O governo inclui na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 um dispositivo que dificulta a fiscalização de obras pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Pela proposta, só devem ser classificadas como “obras com indícios de irregularidades”, e que podem ser paralisadas e terem suas verbas bloqueadas pelo Congresso, aquelas cuja execução tenha sido julgada irregular por pelo menos um ministro do tribunal. Até agora, bastava apenas um relatório técnico do TCU para que obras entrassem nessa lista. O governo preparou também um texto, que deve ser incluído numa medida provisória já em tramitação, com regras mais flexíveis para preparar aeroportos a serem usados na Copa do Mundo e nas olimpíadas. O TCU apresentou ainda um relatório com alerta para atrasos nas obras da Copa, mas evitou o tom alarmista do trabalho do Ipea divulgado semana passada. (Págs. 1, 3 e 25)

Bolsas caem com risco maior dos EUA

Agência põe como ‘negativa’ perspectiva para dívida americana por causa do déficit fiscal

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduziu, pela primeira vez em 70 anos, sua avaliação sobre a dívida americana, passando a perspectiva de “estável” para “negativa” por causa do imenso déficit fiscal de US$ 1,5 trilhão dos EUA. Atualmente, para cada dólar que o governo federal gasta, arrecada menos de US$ 0,60. Com déficit elevado e uma economia combalida, o país vem crescendo seu endividamento. Alguns analistas também entendem que a notícia pressiona democratas e republicanos e chegarem a um entendimento político sobre como cortar o déficit. Em meados da década de 90, duas outras agências de risco, a Moody’s e a Fitch, já tinham acenado com um rebaixamento, retirado logo depois. Com o anúncio da S&P, os mercados caíram em Nova York e em vários países da Europa. Os EUA, no entanto, continuam um país “AAA” para investir. (Págs. 1 e 21)

Foto legenda

De volta às aulas

Um abraço coletivo marca a volta às aulas na Escola Municipal Tasso da Silveira, 11 dias depois de o atirador Wellington Menezes de Oliveira ter matado 12 adolescentes a tiros no colégio de Realengo. Metade dos alunos, porém faltou ontem e 20 pediram transferência. (Págs. 1 e 12)

Mesmo na safra, álcool sobe 15,9% em usinas

Nem o início da safra da cana-de-açúcar neste mês diminuiu o apetite dos usineiros, que subiram 15,9% os preços do álcool anidro, aquele que é misturado à gasolina. A alta ainda vai chegar aos postos nos próximos dias. Antônio de Pádua, diretor da Única, entidade que reúne os produtores, disse que o preço subiu porque a demanda por combustíveis aumentou. (Págs. 1 e 22)

Empresas de Eike perdem R$ 12 bi num dia

Um relatório desfavorável sobre a empresa de energia OGX, de Eike Batista, derrubou ontem as cotações em 17% e levou abaixo outras companhias “Xs”. No dia, o valor dessas empresas caiu R$ 11,9 bilhões. (Págs. 1 e 21)

Rio: cidade de gordinhos

Levantamento do Ministério da Saúde revela que 53% dos cariocas estão acima do peso. O percentual coloca a cidade como a segunda capital do país em número de gordos, perdendo apenas para Rio Branco, no Acre. Sedentarismo é um dos vilões. (Págs. 1 e 28)

Estado tem 73% das armas apreendidas

Pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que 73% das 755 mil armas apreendidas no país estão no Estado do Rio. Elas foram recuperadas de criminosos e pessoas sem autorização. (Págs. 1 e 19)

Razão Social: De olho no aquecimento global

A Holanda se prepara e investe em tecnologia, certa que será um dos primeiros países a sofrer com a elevação dos mares. (Pág. 1)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Lula gastou 70% mais em publicidade que FHC
Comparação se baseia no último ano de mandato de cada um, 2010 e 2002

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou 70% mais em publicidade no último ano de mandato do que seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, no final de sua gestão, informa Fernando Rodrigues.

Em 2010, o governo consumiu R$ 1,629 bilhão em publicidade da administração direta (ministérios) e indireta (autarquias, fundações e empresas estatais).

Em 2002, FHC registrou gastos de R$ 956,4 milhões, valor corrigido pelo IGP-M, em cálculo do Planalto. Não é possível a comparação integral das duas gestões porque os dados só passaram a ser divulgados de forma regular em 2000.

As TVs receberam a maior parte do bolo, 64%. Jornais, rádios e revistas e outdoors perderam receita. Internet, cinema e mídia exterior ganharam espaço. (Págs. 1 e A4)

Governo quer usar verba do PAC sem aval do Congresso

O governo quer usar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento sem precisar de autorização do Congresso. No projeto de Lei de diretrizes Orçamentárias de 2012, o programa está no item “despesas inadiáveis”.

Atualmente, o governo só pode pagar sem orçamento as chamadas despesas obrigatórias, como pessoal, benefícios previdenciários e juros da dívida. O Planejamento diz que a medida visa não atrasar as obras do programa. (Págs. 1, Poder e A11)

Foto legenda: Estacionamento lotado em congonhas; motoristas param carros até nas rampas de acesso

Garagem lota e chega a fechar em Congonhas

Cinco anos após ser aberto, o edifício-garagem do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já está saturado.

Motoristas têm enfrentado filas de mais de meia hora no horário de pico (das 7h às 14h), entre terça e quinta, ou acabam parando em local proibido. Estacionamentos vizinhos também lotam.

O aeroporto tem 2.949 vagas – 2.554 delas estão no edifício-garagem, cuja obra custou R$ 50 milhões. A Infraero diz que o local atende à demanda e que há intenção de ampliar a oferta.

Um projeto de ligação mais rápida de metrô ao aeroporto foi engavetado pelo Estado. (Págs. 1, C1 e cotidiano)

Agência cogita rebaixar nota dos EUA, e Bolsa caem

Os EUA receberam projeção “negativa” para a nota de risco da dívida do governo, dada pela agência standard & Poor’s. a noticia derrubou Bolsas pelo mundo.

O anúncio equivale a um alerta de que cresceu o risco de, no futuro, o país não poder pagar a dívida, hoje em US$ 14,2 trilhões. O déficit deve atingir US$ 1,6 trilhão até o fim do ano. (Págs. 1, A12 e Mundo)

Francisco Daudt: Morte de filhos é o ponto máximo na estatística da dor

A morte dos outros nos afeta em diferentes graus, mas a coisa engrossa quando se trata de filhos. Os americanos fizeram uma curva de dor. O ponto máximo é a perda de um filho homem de 20 anos que não procriou.

Para Freud, o fim do luto é a herança calorosa das boas memórias. (Págs. 1, 2 e Equilíbrio)

Sobe consumo excessivo de álcool no país; tabagismo cai

Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que o percentual de pessoas que consomem álcool em excesso no país subiu de 16,1% em 2006 para 18% em 2010. Entre as mulheres, a taxa foi de 8,2% para 10,6%.

O tabagismo entre homens caiu de 20,2% para 17,9%, mas ficou estável nas mulheres: 12,7%. (Págs. 1, C12 e Saúde)

Vereadores aliados de Kassab em SP deixam o PSDB

A bancada do PSDB na câmara Municipal de SP perdeu 5 de seus 13 vereadores. A ala dos tucanos dissidentes é mais ligada ao prefeito Gilberto Kassab (de saída do DEM para o PSD).

O presidente da Câmara, José Police Neto, foi um dos que deixaram o partido. Dois vereadores recuaram após negociação com o governador Alckmin. (Págs. 1, A9 e Poder)

Editoriais

Leia “Segurança perceptível”, sobre dados de criminalidade no Estado de São Paulo, e “Desunião européia”, que analisa fissuras recentes no bloco. (Págs. 1 e A2)


------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Advertência sobre a dívida dos EUA abala mercados
Pela primeira vez, agência de classificação de risco S&P põe títulos americanos em perspectiva negativa

A Agência de classificação de risco Standard & Poor’s fez um duro alerta ontem sobre a dívida dos Estados Unidos. Pela primeira vez desde que começou a analisar os títulos da dívida, há 70 anos, a S&P colocou a nota americana em perspectiva negativa. Os EUA podem perder o status de AAA, o mais alto de sua avaliação, se um plano de redução do déficit orçamentário não for encontrado até 2013. A notícia causou nervosismo nos mercados – em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,14%; em Londres, as ações recuaram 1,9%; no Brasil, o índice Bovespa também caiu 1,9%. O governo americano se apressou em declarar que a S&P estaria subestimando a capacidade da administração de conseguir um acordo sobre seu plano de corte de gastos. (Págs. 1 e B1)

Celso Ming: Dívida sob dúvida

O fantasma da perda de qualidade dos títulos dos EUA paira sobre a poupança mundial. (Págs. 1, e B2)

OGX perde R$ 11 bi

A OGX, petroleira de Eike Batista, perdeu ontem R$ 10,9 bilhões de seu valor de mercado por causa de dúvidas sobre o potencial de suas reservas de petróleo. (Págs. 1 e B14)

Debandada de vereadores amplia crise do PSDB

Sete vereadores de São Paulo anunciaram sua saída do PSDB. Numa atitude que fortalece o prefeito Gilberto Kassab e agrava a crise no grupo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na capital, os tucanos deixaram de ter a maior bancada na Câmara pela primeira vez desde 2001 – cairá de 13 para 5 parlamentares. Os dissidentes se disseram perseguidos por terem apoiado Kassab na eleição de 2008. O PT emergirá com a maior bancada (11). (Págs. 1 e A4)

Oposição encolhe na Câmara

A criação do PSD fará com que a oposição à presidente Dilma Rousseff seja reduzida a menos de cem deputados federais, cenário inédito nos últimos 16 anos no País. (Págs. 1, A6 e Nacional)

Zona leste terá obras para Copa

Projeto Nova radial inclui cinco obras várias e receberá R$ 478,2 milhões dos governos estadual e municipal As obras devem facilitar o acesso ao futuro estádio do Corinthians, em Itaquera. O prazo para a conclusão é junho de 2013, um ano antes da Copa. (Págs. 1, C1 e Cidade)

Alzheimer dividido em três estágios

Depois de 27 anos, diretrizes para diagnóstico de Alzheimer foram revisadas. A doença agora é dividida em estágios, que vão de ausência completa de sintomas à demência. (Págs. 1, A16 e Vida)

Mais brasileiros estão acima do peso

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que quase metade da população está acima do peso. Entre mulheres, o índice de sobrepeso subiu 5,8 pontos porcentuais em 4 anos. (Págs. 1, A17 e Vida)

Venda de casas é permitida em Cuba

O debate sobre a propriedade privada entrou na discussão do 6º Congresso do PC Cubano. A compra e a venda de casas por particulares foi aprovada. (Págs. 1, A15 e internacional)

GM do Brasil terá mulher no comando. (Págs. 1 e B16)


ONU planeja replicar modelo das UPPs. (Págs. 1, C5 e Cidades)

Notas & Informações

Uma LDO perigosa

Maior liberdade para manejar verbas e gastança continua sendo objetivo do governo. (Págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Despesas com juros atingem 5,6% do PIB e vão a R$ 230 bi
Os gastos com juros do setor público no primeiro ano do governo Dilma Rousseff podem custar R$ 35 bilhões a mais do que na comparação com 2010, o equivalente a 70% do corte de despesas de R$ 50 bilhões proposto pela equipe econômica para 2011. As despesas podem se aproximar de R$ 230 bilhões, ou 5,6% do PIB, um salto razoável em relação aos R$ 195 bilhões do ano passado, ou 5,3% do PIB. Neste ano, o aumento da Selic e a inflação em alta contribuem para elevar os gastos financeiros do setor público. O custo efetivo da dívida também tem subido pela acumulação de reservas e pelas operações de capitalização do BNDES.

A alta da taxa Selic, que corrige 35% da divida interna em títulos do Tesouro, ajuda a elevar os gastos em 2011, diz o economista Maurício Oreng, do Itaú Unibanco. Em 2011, os juros básicos já subiram 1 ponto percentual, devendo aumentar mais 0,5 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de amanhã, para 12,25% ao ano, segundo a maior parte dos analistas. (Págs. 1, e A3)

BES estuda vender 3,55% do Bradesco

O Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, avalia vender sua participação de 3,55% no capital total do Bradesco (7,10% no votante) para fazer caixa e enfrentar sua crescente dificuldade de captação por causa da crise da dívida do governo português. O rebaixamento da nota de crédito de Portugal tem levado os bancos dopais a um aperto de liquidez e tornado essas instituições pouco competitivas em relação aos seus parceiros de outros países de menor risco.

O valor de mercado do Bradesco, ontem, era de aproximadamente R$ 110,5 bilhões, e os 3,55% chegariam a R$ 3,9 bilhões. Não está decidido ainda se a participação iria a mercado ou se o próprio Bradesco poderia comprar parte dela. Procurados, Bradesco e BES não se pronunciaram. (Págs. 1 e D3)

Dívida americana entra na zona de risco

Um pilar do sistema financeiro mundial do pós-guerra tremeu ontem, quando a agencia Standard & Poor’s (S&P) reduziu sua perspectiva para a dívida soberana dos Estados Unidos pela primeira vez. A agência manteve a classificação do crédito dos EUA em “AAA”, ou
“triple A”, mas pela primeira vez desde que começou a classificar a dívida americana, há 70 anos, reduziu sua perspectiva de “estável” para negativa”. Uma perspectiva negativa significa que há 33% de chances de um rebaixamento nos próximos dois anos.

O choque inicial desencadeou uma onda de venda de dólares, ações e títulos do Tesouro, enquanto o preço do ouro subiu mais de US$ 10, para US$ 1.500 a onça. Depois houve recuperação, porque o mercado interpretou que a decisão da S&P pode forçar o governo americano a reduzir o déficit. No mercado europeu, os investidores estão assustados com a possibilidade de uma reestruturação da dívida grega. No Brasil, o Ibovespa teve queda de 1,90% (Págs. 1, C1, C2 e C7)

Foto legenda

Depois de três anos de reestruturação mundial, com corte de 7 mil postos de trabalho, a Unisys está disposta a lutar por uma maior fatia de mercado no Brasil, diz Paulo César Bonucci. (Págs. 1 e B1)

Philips vende o controle de sua unidade de televisores

A Royal Philips Electronics cederá o controle de sua unidade de televisores para uma empresa asiática, somando-se ao grupo de conglomerados europeus, como a siemens, que vem reduzindo a presença no setor de eletrônicos de consumo para lidar com o declínio dos preços. A Philips integrará sua unidade de TVs, cuja produção começou em 1928, a um empreendimento conjunto com a TPV Technology, de Hong Kong, que ficará com participação de 70%.

A Philips era uma das últimas fabricantes de TVs em grande escala na Europa, nicho agora ocupado em grande parte por fabricantes de aparelhos de luxo, como a Loewe, da Alemanha, e a Bang & Olufsen, da Dinamarca. (Págs. 1 e B4)

Arezzo tira peles de lojas após reação

O lançamento da linha Pelemania, de acessórios feitos de pele de raposa e de coelho, provocou uma onda de protestos contra a Arezzo. Desde quinta-feira, consumidores deixaram mais de 70 mensagens na página da Arezzo no Facebook e centenas de citações no Twitter criticando o uso de peles em coletes, estolas e bolsas. A reação de Anderson Birman, presidente da empresa, e sua equipe foi tirar os acessórios das lojas, publicar uma carta de desculpas no site da marca, no Facebook e no Twitter. “Não esperávamos que a pequena presença dessas peles na coleção de inverno gerasse uma reação tão intensa”, admite Birman. “Se não é isso que o consumidor quer, pedimos desculpas. Se a pele sintética é mais desejada, vamos apostar nela. Queremos ver as consumidoras felizes”. (Págs. 1 e B5)

Um ano depois de acidente, BP enfrenta mais uma crise (Págs. 1 e B9)


GM tem nova presidenta no Brasil

A General Motors anunciou ontem a nova presidente da companhia no Brasil. A partir de junho, o cargo será ocupado pela americana Grace Lieblein, que atualmente comanda a montadora no México. (Págs. 1 e B6)

Terceirização ampliada

Decisão do Tribunal Superior do Trabalho em favor da Light reconhece o direito de as concessionárias de serviços públicos de energia e telecomunicações terceirizarem mesmo suas atividades-fim, em contraposição a súmula do tribunal. (Págs. 1 e E1)

Idéias:

Antonio Delfim Netto

Condeno a economia bastarda que se esconde na matemática para passar a idéia de que é “científica”. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Mary Anastásia O’Grady

Controlar os gastos do setor público é importante para o futuro do Brasil, mas pura austeridade não é a única saída. (Págs. 1 e A10)

------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------