PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, março 06, 2007

HAPPY-HOUR2: "LIVRE PENSAR..."











HAPPY-HOUR: "DERRETENDO O GELO" ou "DOUBLE COWBOY"











AMAZÔNIA: OS CAMINHOS DA DEVASTAÇÃO [1a. parte]


O primeiro mapa das estradas clandestinas na Amazônia revela uma rede duas vezes e meia maior que a oficial. Tudo em terras públicas.

Um grupo de pesquisadores brasileiros concluiu o primeiro mapa de uma rede rodoviária fantasma, que não consta em nenhum documento oficial no país. Trata-se do levantamento de todas as estradas ilegais abertas na Amazônia. A pesquisa, feita pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), um dos principais centros de pesquisa da região, revela uma rede de vias que avançam como rachaduras no solo. Essa malha ilegal é duas vezes e meia maior que a rede de estradas abertas com autorização. As estradas piratas foram abertas em terras públicas. São o caminho para a destruição e a apropriação indevida de riquezas naturais, como a madeira.
O estudo inédito identificou, por imagens de satélite, uma malha com 173.023 quilômetros de estradas ilegais. É um cinturão de ramais clandestinos que se estende por toda a borda da floresta. Também há ramificações de estradas ilegais que brotam da Transamazônica e da BR-163, a Cuiabá-Santarém. O estudo revela ainda que Mato Grosso, Pará e Rondônia concentram 90% de todas as estradas ilegais da Amazônia. Essa invasão anda rápido. Os pesquisadores estimam que a rede ilegal cresça 1.890 quilômetros por ano. A pesquisa do Imazon mostra que essas vias, de terra batida, já atingem reservas ecológicas ou áreas indígenas que pareciam isoladas, no miolo da floresta. Uma delas é a Terra Indígena do Baú, no município de Altamira, no Pará. Nos últimos dez anos, madeireiros clandestinos abriram uma malha de estradas dentro da reserva, principalmente para retirar mogno. A rede de estradas descaracterizou tanto a área que a Justiça decidiu, em 2003, reduzir a reserva indígena em 17%. Também em Altamira, a Estação Ecológica da Terra do Meio está cortada pelas estradas criadas por especuladores de terras. Eles abrem as vias na floresta e instalam placas com nomes de fazendas fictícias, que vão ser vendidas depois. Até áreas militares como a do Caximbo, no sudoeste do Pará, já foram retalhadas. As estradas, em geral, trazem o desenvolvimento para uma região. Principalmente no Brasil, onde 56% das cargas trafegam por caminhão. As rodovias também levam energia elétrica às cidades, ligam centros financeiros, dão acesso a hospitais e escolas. Na Amazônia, porém, elas geralmente trazem a devastação. "Ninguém abre uma passagem no meio da floresta para contemplar a vida no meio da mata", diz o geógrafo Carlos Souza Jr., do Imazon, que coordenou o estudo. Tudo começa com uma empresa madeireira. Ela abre um ramal a partir de alguma estrada já existente. Com tratores, em um mês consegue entrar 10 quilômetros na mata. Por esse caminho, retira árvores de maior valor comercial durante um ou dois anos. Com a estrada já aberta, é a vez do grileiro entrar em ação. Ele se apropria da terra próxima ao ramal, divide-a em lotes e forja documentos de posse. Depois, vende para um agricultor, que explora os nutrientes do solo em duas ou três safras, limpando-o com queimadas. Em seguida, parte para outra área recém-aberta e vende a terra esgotada para um pecuarista. O destino final do lote, onde antes havia floresta, é o pasto. (Revista ÉPOCA).

REFORMA MINISTERIAL: "SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO..."


Planalto espera PMDB e adia reforma ministerial para a próxima semana

O Planalto adiou mais uma vez o anúncio da reforma ministerial, que deveria ocorrer nesta semana. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira que a reforma sairá por inteiro somente na próxima semana. Segundo Tarso, "90% da reforma já está pronta na cabeça do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]". "Faltam só alguns detalhes."Tarso disse que o presidente não quer fatiar o anúncio da reforma. Inicialmente prevista para meados de dezembro, a divulgação dos nomes dos novos ministros foi adiada várias vezes. Numa das vezes, o Planalto informou que a reforma sairia depois da eleição para a presidência da Câmara, vencida pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) em 1º de fevereiro. Depois, iria esperar pela convenção do PMDB, que vai escolher o novo presidente da legenda no domingo. Segundo o ministro, o adiamento de hoje é justamente para evitar especulações de que o Planalto estaria interferindo na disputa do PMDB. "O presidente vai anunciar a reforma na próxima semana exatamente para não ser lida inicialmente como qualquer interferência na situação do PMDB", afirmou ele. Apesar das negativas do Planalto, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim renunciou nesta terça-feira à disputa pela presidência do PMDB porque entendeu que o presidente Lula estava interferindo na eleição interna da legenda. Ele disputava o cargo com o atual presidente da legenda, o deputado Michel Temer (SP). "Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", diz nota divulgada por Jobim. Entre os motivos alegados por Jobim para desistir de sua candidatura está a suposta intervenção do Planalto na disputa. Segundo aliados do ex-ministro, a gota d'água teria sido o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a Integração Nacional. Jobim considerou que Lula estava fortalecendo o grupo de Temer, já que o presidente do PMDB tem a preferência da bancada do partido na Câmara --onde está Geddel. "O presidente respondeu [ao Geddel Vieira Lima] ao que parecia melhor, já que esperou tanto e a articulação foi tão difícil. Uma das questões fundamentais era a unidade do PMDB", afirmou Tarso logo após a renúncia de Jobim. (Folha Online).

ETANOL (EUA & BRASIL): 'SENADOR LUGAR' ESTÁ NO "LUGAR" ERRADO !


Etanol: Republicano quer debate no Congresso sobre redução de tarifas.

O senador republicano Richard LUGAR defende a redução das tarifas que os Estados Unidos cobram sobre o etanol importado pelo país e quer promover uma discussão a respeito do tema no Congresso americano, como disse à BBC Brasil, na segunda-feira, após um evento na Câmara de Comércio Hispânica dos Estados Unidos.

A solenidade foi aberta com um discurso do presidente George W. Bush, que, nesta quinta-feira, chega ao Brasil para o início de um giro por países da América Latina.
Lugar, que já presidiu os comitês de Agricultura e Relações Exteriores do Senado, comentou que será um ativo defensor da redução de tarifas. O senador acredita que este é um ''tema complexo'', mas julga ser necessário ''reduzir as tarifas para estimular o comércio''. Atualmente, o álcool brasileiro paga sobretaxa de US$ 0,54 por galão (R$ 0,30 por litro) para entrar no mercado americano. De acordo com o senador, além de ser benéfico para a economia, o corte de tarifas estimularia a liderança que Brasil e Estados Unidos desempenham no setor de biocombustíveis. ''Nós podemos compartilhar tecnologia com outros países da região e exercer nossa liderança. Espero que o presidente enfatize isso quando estiver no Brasil.'' O republicano disse, no entanto, que não pretende defender legislação propondo a redução tarifária. Essa tarefa, em seu entender, caberia ao setor de Finanças do Senado. Ele acredita, no entanto, que uma legislação sobre o tema acabará surgindo, mas que isso não se dará agora. ''No momento, estamos centrados em um debate amplo. Não sei ao certo como cada um votaria. Gostaria de estar confiante e prever aos amigos do Brasil que o rumo é favorável, mas o fato de que há um debate é algo novo.'' De acordo com Lugar, o momento é bem mais favorável a essa discussão, já que ''há uns dez anos, era temerário levantar um assunto desses". "A nossa legislação agrícola nunca permitiu esse tipo de aventura no que diz respeito a comércio, fosse com o Brasil ou com quer que seja''. O senador conta que o Congresso americano já teve duros debates sobre subsídios destinados ao açúcar. ''Pode-se até argumentar que etanol não é a mesma coisa que açúcar, mas os que defendem fortemente os subsídios para o setor dirão que ele é açúcar na forma de outra coisa. E que por isso é preciso ter cuidado. Existem todas essas fobias. Enfrentamos argumentos assim todos os dias", disse o senador. Lugar acredita que a viagem de Bush pode contribuir para que algumas dessas fobias sejam vencidas. ''A viagem será importante para realçar a relação com o Brasil e o motivo pelo qual devemos levar mais a sério essa relação", disse o senador. O senador está ciente de que enfrentará uma árdua batalha. Até mesmo dentro de seu próprio partido. Um dos que mais resistem à idéia de redução de taxas para o etanol importado é o senador republicano Charles Grassley. Recentemente, Grassley enviou uma carta ao presidente Bush expressando receios quanto à possibilidade de Brasil e Estados Unidos assinarem um acordo de co-produção de etanol a partir de cana de açúcar em um país do Caribe ou da América Central. Países pobres caribenhos ou os membros do Acordo de Livre Comércio da América Central são isentos de tarifas cobradas pelos Estados Unidos se produzem etanol em seus próprios países. Em seu texto, o senador [Grassley] acrescentou ainda que não conseguia entender ''porque os Estados Unidos cogitavam gastar o dinheiro do contribuinte americano para incentivar novas produções de etanol em outros países''. O senador também demonstrou receio de que o Brasil poderia se valer das nações caribenhas e centro-americanas para burlar as tarifas americanas. Grassley representa o Estado do Iowa, o maior produtor de milho dos Estados Unidos e, consequentemente, o maior produtor de etanol. Nos Estados Unidos, o etanol é produzido primordialmente a partir do milho. E produtores do cereal contam com fortes subsídios por parte do governo americano. Lugar é senador pelo Estado de Indiana, que também é um destacado produtor de milho e etanol. Ele acredita ser capaz de cooptar seu companheiro de partido. ''Eu e ele (Grassley) somos os únicos fazendeiros no Senado. Nós dois produzimos milho e soja. Mas não somos advogados dos fazendeiros. Temos terras e conhecemos esses assuntos muito bem. E ele é um fator crítico nesse debate.'' Lugar não acredita que irá desagradar a eleitores do meio rural ou a fazendeiros de seu Estado. ''Meu palpite é que eles entendem que eu sou um deles. Defendo a causa há muito tempo. Mesmo que eles discordem de mim nesse assunto, eles devem me dar algum crédito.'' (BBC Brasil).

... AINDA O PIB/2006 !


O Brasil registrou um dos menores índices de crescimento do Mundo:

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"



Chávez e Bush cruzam caminhos na América Latina (GazetaMercantil).

Lula diz que não pretende conversar com Bush sobre Chávez (Folha Online).

Cadê o espetáculo (do crescimento)? (IstoÉ Online).

O custo social do milagre chinês (Gazeta Mercantil).

Lula quer mudanças na lei que regulamenta greve de servidor. O presidente admitiu que há exageros em algumas paralisações, mas não só do setor público. "Penso que há abusos em greves, não apenas no setor público, mas também em outras categorias, mas cada um de nós paga o preço pelo exagero que cometemos, seja no governo, seja no movimento sindical. O que nós queremos garantir é a liberdade de negociação", disse Lula. (Folha Online).

OAB diz que restrição à greve é inconstitucional. O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Brito, disse ontem que é inconstitucional qualquer tentativa de restringir o direito de greve, conforme anunciou o governo na sexta-feira. (Folha Online).

ONU deixará Irã isolado com novas sanções contra Teerã. Embaixadores dos Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha se reuniram nesta segunda-feira para discutir os detalhes de uma nova resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o Irã pela recusa do país persa em interromper definitivamente seu programa nuclear. (Folha Online).

Debate sobre clima abre ciclo de sabatinas Folha em 2007. A Folha promove hoje o primeiro evento do ciclo de sabatinas de 2007. O entrevistado será o climatologista Carlos Nobre, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Lula dirá ‘não’ a reivindicações de governadores. Em reunião marcada para esta terça-feira (6), no Palácio do Planalto, Lula dirá aos governadores estaduais que não tem repartir com eles as receitas de impostos e contribuições federais. Sob pena de comprometer os investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). [Blog do Josias, Folha Online].

Banho de banheira pode reduzir fertilidade masculina, diz estudo. [OPS!!!]. Uma pesquisa feita por uma universidade americana indica que homens que tomam longos banhos quentes de banheira podem perder fertilidade (O "calor molhado" afetaria a produção de espermatozóides), (BBC Brasil).

Visita de Bush é apenas 1º passo para parceria em etanol, dizem analistas. A visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil nesta sexta-feira é apenas o primeiro passo de uma parceria entre brasileiros e americanos no setor de biocombustíveis, avaliam líderes empresariais. (BBC Brasil).

Brasileiros têm imagem pior dos EUA que da Venezuela. Uma pesquisa encomendada pela BBC e divulgada nesta terça-feira mostrou que os brasileiros têm imagem mais negativa dos Estados Unidos que da Venezuela. (BBC).

Governo tem pouco espaço para dividir CPMF, diz Mantega (Estadão).

Jobim desiste de concorrer à presidência do PMDB. ("Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB", disse Jobim em nota oficial. "Diante disso, resta-me afastar-me em definitivo da contenda."). [Estadão].
Al Qaida ameaça matar príncipe Harry (Charles/Di). [Jornal da Tarde].
Planalto pode acomodar PSB em nova pasta de Portos e Aeroportos; (Folha Online).
Renan diz a Lula que PMDB está liberado de apoio a governo. (Senadores que apoiavam Jobim estariam irritados com o Planalto, que estaria mais próximo de Temer. Renúncia do ex-ministro pode inviabilizar PMDB unido). [Estadão].

2010: CIRO, SERRA, AÉCIO, ... ?


Ciro admite disputar o Palácio do Planalto em 2010:

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) admitiu, pela primeira vez em público, a hipótese de vir a concorrer à presidência da República na sucessão de 2010. Deu-se neste sábado (3), numa visita de Ciro a Vitória (ES). Questionado sobre o tema, o deputado saiu-se com uma frase que, embora tortuosa, não deixa dúvidas quanto ao seu ânimo: "Posso ser [candidato à presidência] ou posso não ser.” Acha muito cedo para começar a discutir o assunto: “Não tenho qualquer pretensão de dar um passo em direção a isso num momento como esse. Não tem sentido. O Brasil está no rumo certo”. Havendo nomes alternativos, diz ele, pode abrir mão de concorrer: “Se outro companheiro ou companheira puder agravar esse rumo, num sentido positivo, terá o meu apoio." Ciro esteve em Vitória a convite de Renato Casagrande (ES), líder do PSB no Senado. Participou de um encontro partidário em que Casagrande fez uma prestação de contas de sua atuação parlamentar a correligionários de partido. Converteu-se na pessoa mais assediada do encontro. Em privado, Ciro é tratado pela direção de seu partido, especialmente pelo presidente do PSB, Eduardo Campos, hoje governador de Pernambuco, como uma das principais alternativas presidenciais de 2010. Campos sonha com o apoio de Lula a Ciro. Não podendo recandidatar-se a um novo mandato, Lula tem pretensões de influir na própria sucessão. Planeja aprovar no Congresso uma emenda acabando com o instituto da reeleição. Em seguida, quer acomodar na cadeira de presidente um político das suas relações. Alguém que o ajudasse a retornar ao Planalto em 2014. Ciro é uma das opções de Lula. O presidente não vê, por ora, nenhuma alternativa presidencial viável eleitoralmente dentro do PT. Acha que os dois petistas que despontam como presidenciáveis – Jaques Wagner, governador da Bahia, e Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo— não têm a mesma densidade nacional de Ciro.
Lideranças do PT também começam a considerar Ciro como opção para 2010;
é o caso do deputado cassado José Dirceu (SP). Em jantar ocorrido na última sexta-feira, em São Paulo, Dirceu revelou, sob reserva, a intenção de procurar Ciro para uma conversa, nos próximos dias. Dirceu avalia que Marta Suplicy é a principal alternativa presidencial do PT. Avalia, porém, que a ex-prefeita acabará optando por disputar o governo de São Paulo em 2010. E o PT poderia apoiar Ciro. Na conversa que terá com o deputado cearense, Dirceu o aconselhará a moderar as críticas que faz ao petismo. Ciro vem afirmando, sem meias palavras, que o PT constrange Lula ao tentar impor nomes para o ministério do segundo mandato. (Fonte: Blog do Josias, Folha Online).

"ELEMENTAR MEU CARO WATSON !..."







BUSH-PAI ["DAD"] & BUSH-FILHO [ ! ]


Os bons conselhosde Bush-pai :

Quando esteve com Collor em 1992, o então presidente dos EUA (Bush-pai) se mostrava preocupado com o meio ambiente, tema que ofilho despreza totalmente;


O presidente George Walker Bush costuma evocar o pai George Bush, a quem se refere publicamente por dad, quando tem questões importantes a tratar. Quando decidiu invadir o Iraque, explicou que pretendia terminar o serviço iniciado por dad- Bush-pai que entrou em guerra com Saddan Hussein em 1990, mas ficou no meio do caminho. Quando anunciou que daria prioridade às negociações da Área de Livre Comércio das Américas, por exemplo, explicou que faria isso porque a ALCA foi uma idéia de dad. Contudo, no tema mais relevante para o planeta, a questão do aquecimento global, Bush-filho tem ignorado solenemente as idéias de dad. Não se sabe se os dois já conversaram sobre o assunto, nem em que termos. O que se sabe é que em sua passagem pelo poder, Bush-pai demonstrava em público alguma preocupação ecológica. E que foi um dos 176 chefes de Estado que em 1992 participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Eco-92. ISTOÉ teve acesso a um documento, esquecido nos arquivos do Itamaraty, que revela um Bush-pai com idéias bastante claras e avançadas sobre a necessidade de os Estados Unidos e das demais nações desenvolvidas se engajarem num esforço global de redução drástica das emissões de gases causadores do efeito estufa. Trata-se de um comunicado da Casa Branca, assinado por George Bush, no qual ele confirma sua presença na Eco-92 ao então presidente Fernando Collor e ao então secretário-geral da ONU, Boutros Ghali - e aproveita para expor suas idéias sobre meio ambiente. Divulgado em português e inglês, a carta de Bush-pai contém importantes lições para Bush-filho. "Os problemas ambientais de hoje são globais, e cada nação precisa ajudar a solucioná-lo", ensina Bush-pai já nas primeiras linhas. "Durante mais de duas décadas, os Estados Unidos demonstraram como a proteção do meio ambiente e o estímulo do crescimento econômico podem ser conciliados". Bush-filho acredita no oposto-contraditório. Ele acha que meio ambiente tranca a economia. Há dois anos, quando começou a vigorar o Protocolo de Kioto, 141 países comprometem-se a reduzir as emissões de dióxido de carbono aos níveis de 1990 (hoje já são 180 signatários). Os EUA sozinhos são responsáveis pela emissão de 25% dos gases poluentes. Mas Bush-filho qualificou o protocolo de "fundamentalmente equivocado". E não assinou. Entre as nações européias, todas signatárias, houve indignação. Desde então, Bush-filho vem utilizando o argumento de que o protocolo poderá prejudicar a economia americana na medida em que obriga suas indústrias e investir em tecnologias menos poluentes. Em sua carta, Bush-pai emite uma opinião cristalina sobre o Protocolo de Kioto: "Esse tratado não impediria o crescimento econômico nem nossa capacidade de gerar novos empregos". Entre os anos 70 e 80, os EUA estiveram na vanguarda do controle das emissões de gases poluentes. Em 1978, por exemplo, Jimmy Carter eliminou os propelentes aerosóis, um dos causadores dos buracos na camada de ozônio. Os alertas sobre o aquecimento global já preocupavam. No início dos anos 80, Ronald Reagan eliminou a gasolina com chumbo. Durante seu governo, Bush-pai criou um programa para plantar 1 bilhão de árvores e sancionou a Lei do Ar Puro e a Lei de Poluição por Petróleo, decretando uma moratória nas perfurações de óleo e gás no litoral norte-americano. Em paralelo, Bush-pai pressionou o Banco Mundial para financiar programas ambientais responsáveis em outros países. Foi na sua gestão (e com seu estímulo) que em 1990 se realizou a reunião de Kioto. Seu sucessor Bill Clinton manteve uma posição hesitante e opaca sobre o controle das emissões do dióxido de carbono, mas pelo menos estimulou a criação de políticas de inovação tecnológica para as indústrias poluentes. Mas afinal, por que Bush-filho tem posições tão grosseiras e irreversíveis? Muitos críticos lembram que o negócio da família Bush é vender petróleo. A questão é mais sutil. Clinton pressionava as velhas indústrias, em especial a química e a automobilística, a fazer investimentos tecnológicos elevados para adotarem fontes alternativas de energia. Esses custos iriam recair sobre os consumidores de classe média, base eleitoral de Bush. Cerca de 50 grandes indústrias, como Alcoa e Ford, chegaram a iniciar ousados programas de redução de gases poluentes. Mas quando Bush-filho assumiu, seu governo deu uma guinada pela manutenção de uma matriz energética dependente da queima de combustíveis fósseis. O resultado é que desde a reunião de Kioto, os EUA aumentaram em 13% a emissão de gases. Equivale ao aumento das emissões da China, Índia e África juntos, regiões de rápido desenvolvimento e de populações dez vezes maior. Já na Europa, as emissões aumentaram só em 1%. No mesmo período, a calota de gelo do Pólo Norte já perdeu 40% de sua espessura e morreram um quarto dos recifes de corais nas zonas equatoriais. No mesmo período, os prejuízos econômicos provocados pelos desastres climáticos ultrapassaram US$ 600 bilhões (o Tsunami e o Katrina estão fora dessa contabilidade). É urgente, portanto, que Bush-filho tome conhecimento das posições de Bush-pai sobre o assunto. Afinal, foi dad quem escreveu: "Estou ansioso para discutir como todas as nações, trabalhando unidas, podem garantir que entregaremos aos nossos filhos e netos um planeta saudável e seguro". (Fonte: IstoÉ Online).








BUSH NO BRASIL: "I WANT YOU[rs...]" (2a. parte)


O que BUSH quer do BRASIL?

Bush começou o ano tentando inventar três ou quatro novas bandeiras, pois está isolado inclusive na política interna dos EUA. Uma é a economia americana, que está muito bem, apesar do susto recente com a China. Também anunciou uma nova Lei da Imigração, que procura regularizar a situação de milhões de hispânicos que estão em situação ilegal nos EUA. Outra idéia é iniciar a aproximação com a América Latina. Ele já não pode pedir mais nada aos europeus. Bush avalia que na América Latina ninguém tem nada contra ele. Exceto Hugo Chavéz e seus satélites, é claro. Na campanha presidencial de 2000, Bush anunciou que daria prioridade total ao continente, em especial à viabilização da Área de Livre Comércio das Américas, ALCA, idéia de seu pai George Bush. Mas logo vieram os atentados de 11 de setembro. A quarta bandeira que Bush quer hastear é a questão da energia. Internamente, ele está sendo muito criticado pelos democratas por ter rejeitado o Protocolo de Kioto. Agora lançou o plano de diminuir em dez anos o consumo de gasolina, substituindo-a pelo álcool. É nesse contexto que entra o périplo repentino pela América Latina. ”Bush não vai conseguir reverter a falta de atenção à região, mas também não quer entrar para a história como o presidente que virou por completo as costas para a América Latina”, diz Michael Shifter, vice-presidente do Diálogo Interamericano. Somente no início de fevereiro o Itamaraty foi comunicado pelo Departamento de Estado de que George W. Bush passaria por aqui. O objetivo oficial da viagem é falar de energias alternativas. Bush está convencido de que a ALCA já pode ter ido para as calendas - ou pelo menos vai ficar escanteada por um longo período. O ponto alto de sua passagem pelo Brasil será a assinatura de um acordo para a criação de uma espécie de Opep do biocombustível. "Já que não saiu a ALCA, vamos de álcool", ironiza Brian Dean, diretor-executivo da Comissão Interamericana de Etanol. Hoje os EUA produzem etanol do milho. É quatro vezes mais caro do que o etanol da cana-de-açúcar. Os produtores americanos recebem subsídios do governo - e o etanol brasileiro sofre uma sobretaxa de US$ 0,54 por galão exportado para os EUA. Juntos, Brasil e EUA produzem 72% do etanol mundial. Bush vem propor que os dois países estimulem a formação de um mercado mundial de biocombustíveis.
O plano de Bush é que o Brasil forneça tecnologia de produção de álcool de cana-de-açúcar e de biodiesel para nações centro-americanas. O Departamento de Estado já está fazendo um estudo sobre as possibilidades de produção de álcool de cana na Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e República Dominicana. Todos esses países têm acesso privilegiado ao mercado norte-americano. O Departamento de Estado informou ao Itamaraty que não há a menor condição política do governo Bush retirar ou reduzir a sobretaxa ao álcool Brasileiro. Esse era o único item relevante na pauta de reivindicações do Brasil. No Itamaraty, por sua vez, a avaliação é de que a proposta de Bush tem seu lado positivo. Desde que o Brasil amplie o leque de parceiros. Uma das idéias é vender tecnologia do biocombustível para a Tailândia, por exemplo, país que tem potencial de fornecer etanol para a China. Em 2000, a China iniciou um programa de mistura de álcool à gasolina. "São enormes as possibilidades para todos", acena Greg Manuel, conselheiro da secretária de Estado Condoleezza Rice para assuntos internacionais de energia e principal idealizador da futura Opep do álcool. Há outros pontos relevantes previstos para a conversa entre Bush e Lula. Um deles é como dinamizar os investimentos bilaterais. Os EUA querem que o Brasil abra o mercado interno do setor de serviços, em especial os seguros e as compras governamentais. Também está previsto falar do Haiti. Bush deve elogiar a atuação das tropas do Brasil em Port au Prince. Será bom para o ego de Lula. Mas significa a prorrogação das despesas bancadas pelo contribuinte brasileiro. Um ponto essencial da conversa será a estratégia dos dois países para manter abertas as negociações da Organização Mundial do Comércio. A Rodada de Doha atravessa um momento critico. Depois de anos de impasse, houve uma retomada das conversas. Estão na mesa EUA, União Européia, Japão (representando os asiáticos) e o Brasil (representando os emergentes, o chamado G-20). Bush e Lula pouco entendem do assunto. Mas devem firmar o compromisso político de que os dois países estão interessados em chegar num acordo em breve. A conversa mais importante será entre o chanceler Celso Amorim e a representante comercial dos EUA, Susan Schwab. O impasse gira em torno da abertura dos mercados agrícolas da Europa e dos EUA. Os americanos já foram mais flexíveis, mas só abrem se os europeus concederam uma brecha equivalente. Por outro lado, europeus e americanos exigem a abertura do mercado de serviço dos emergentes – que só abrem se antes eles abrirem a agricultura. Bush chega num momento em que as relações bilaterais estão mornas - e por opções recíprocas, enfraquecendo gradativamente. "Nossa politica externa tem sido anti-americana", atacou em depoimento no Senado Roberto Abdenour, que foi embaixador do Brasil em Washington até janeiro. "O Brasil teve a oportunidade de concluir a Alca, mas destacou a cooperação Sul-Sul em detrimento das relações com os Estados Unidos". Isso dá para se ver claramente nos números. Das 500 maiores empresas americanas, mais de 400 estão instaladas no Brasil, e 60% delas são indústrias. No ano passado, exportamos US$ 24,6 bilhões para os EUA, 8,7% a mais do que em 2005. Até aí, tudo bem. O problema é que há uma década a balança comercial entre os dois países estagnou e os EUA perderam o posto de maior parceiro para o bloco do Mercosul.
O périplo de Bush tem ainda um ponto essencial para sua política externa: dar um recado para Hugo Chávez. Ele visita o Brasil e quatro países que têm presidentes recém-empossados. Mas como sub produto, ele pula a Venezuela e quatro aliados de Chaves – Argentina, Bolívia, Equador e Nicarágua. Diplomatas brasileiros estão interpretando como uma estratégia para dividir o continente entre chavistas e anti-chavistas. Bush planeja conversar sobre Chávez através de Lula. Ele acha que, enchendo a bola de Lula e fortalecendo a liderança do Brasil no continente, os interesses dos Estados Unidos estariam garantidos. Mas diante desse parceiro que muito exige e nada oferece, resta saber como tirar desse encontro algum dividendo proveitoso para o Brasil. (Fonte: IstoÉ Online).