PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, março 25, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] CARA DE PALHAÇO, ..., ROUPA DE PALHAÇO (Miltinho)

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IMPOSTO DE RENDA: ''GOSTO MUITO DE VOCÊ, LEÃOZINHO...'' (Caetano Veloso)


25/03/2013 - 03h30

Para apanhar sonegadores, leão cruza dados de oito documentos



MARCOS CÉZARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Especial Imposto de Renda 2013FolhainvestA Receita Federal dispõe de um sofisticado sistema eletrônico que permite cruzar as informações prestadas pelos contribuintes na declaração do IR. A meta é apanhar quem tenta sonegar.

MAIS IMPOSTO DE RENDA
Uma vez recebidos, esses dados são cruzados com aqueles armazenados nos computadores da Receita. Esse sistema é abastecido por oito declarações exigidas de empresas e de outros órgãos públicos e privados.

O primeiro (e principal) documento que o fisco usa é a Dirf (Declaração do IR Retido na Fonte), entregue pelas empresas. Nela estão diversos valores: salário anual pago pela empresa, 13º salário, IR retido na fonte (se for o caso), contribuição ao INSS, plano de saúde (se for o caso) etc.

Outro documento usado é a DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica). Por esse documento, o fisco sabe quanto as empresas distribuíram de lucro aos sócios.

Os gastos com clínicas médicas, com laboratórios, com hospitais e com planos de saúde são informados ao fisco por meio da Dmed, a declaração entregue pelas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de planos privados de assistência à saúde.
Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
Os dados de quem tem conta em banco (conta-corrente, poupança, investimento etc.) são informados ao fisco por meio da Dimof (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira).
As administradoras de cartões de crédito usam a Decred (Declaração de Operações com Cartão de Crédito) para informar as operações acima de R$ 5.000 mensais.
Os dados de transações com construtoras, incorporadoras e imobiliárias são informados pela Dimob (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias).
Uma vez feita a operação imobiliária, é preciso registrar o imóvel em cartório. Para verificar isso, a Receita dispõe da DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias), entregue pelos serventuários da Justiça responsáveis por cartórios de notas, de registro de imóveis e de títulos.
Há ainda a Dprev (Declaração sobre a Opção de Tributação de Planos Previdenciários), entregue ao fisco pelas entidades de previdência complementar, pelas sociedades seguradoras ou por administradores do Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual).
+ CANAIS

FARDÃO: FHC IMORTAL ?

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Fardão

25.março.2013 | 3:52

Sonia Racy/ESTADÃO



FHC já tem 29 votos para assumir a cadeira deixada por João de Scantimburgo na Academia Brasileira de Letras.
O ex-presidente, que entregará carta à ABL assumindo sua candidatura na quarta-feira — quando a vaga será declarada oficialmente aberta –, está a pouquíssimos passos de se tornar imortal.


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PRESIDENCIÁVEIS: INSTITUTOS DE PESQUISAS


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Paradoxos da popularidade

25 de março de 2013 | 2h 06
José Roberto de Toledo - O Estado de S.Paulo

Quando um candidato dispara tão na frente dos outros quanto Dilma Rousseff (PT), o risco é dar-se a corrida eleitoral por terminada antes de ela começar. Hoje a presidente é imbatível. 
Nunca antes na história eleitoral brasileira um incumbente abriu tanta distância dos outros presidenciáveis a tanto tempo da eleição. Há dois problemas embutidos nessa frase, porém.
A história eleitoral brasileira é curta. Só dois presidentes disputaram a reeleição. Saíram vitoriosos, é fato, e um deles foi o presidente mais popular desde a redemocratização, mas não dá para criar uma teoria a partir de dois ou três casos apenas. A dimensão do feito de Dilma é notável, especialmente para um "poste". Mas ter perspectiva é bom e conserva os saltos baixos.
A inédita vantagem de Dilma ocorre a um ano e meio da eleição. É mais provável que a vantagem aumente ou diminua até 2014? A presidente está em ascensão, mas ficou tão perto do teto que corre risco de bater a cabeça. Se ela oscilar do "excelente" para o "ótimo", a manchete será "Dilma caiu". O desempenho de Dilma na opinião pública é excepcional - o "timing", nem tanto.
Se algo pode dar errado para Dilma, o que será? A popularidade da presidente está nas nuvens. O julgamento do mensalão ficou para trás. A economia começa a dar sinais de recuperação. Justamente.
Marqueteiro eleitoral da presidente, João Santana deve coçar a cabeça quando vê o ministro da Fazenda, Guido Mantega, projetar um crescimento de 4% do PIB brasileiro para 2013. Não por medo de que ele erre novamente, mas de que acerte.
Com os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste 40% mais vazios do que a média histórica recente, o crescimento acelerado da indústria produziria uma demanda extra por eletricidade que pode não casar bem com o período de secas que se avizinha. Esgotar as represas em 2013 implica comprometê-las para 2014.
Se a economia logo começar a crescer mais depressa, antecipa-se o risco de descompasso entre oferta e demanda. Mais filas nos portos e aeroportos, atrasos nos suprimentos. Resultado plausível: preços sobem, pressionando ainda mais a inflação.

Pibinho x Pibão. 
Excitação demais antes da hora costuma resultar em comemoração precoce. Por isso, por mais paradoxal que pareça, um pibinho pode ser melhor que um pibão em 2013 - se não para a presidente e o País, ao menos para a candidata. Há precedente. Mesmo com o PIB crescendo 0,9% em 2012, Dilma chegou onde está.
E como a candidata petista chegou tão longe? Por mérito próprio e ajuda dos adversários.
Dilma conseguiu uma coesão partidária em torno do seu nome de dar inveja a Aécio Neves (PSDB). Mantendo a popularidade alta e o consumidor confiante, ela liquidou as especulações sobre uma volta de Lula. O Ibope mostrou que o eleitor lulista também compreendeu isso e, nos últimos quatro meses, intensificou a migração para Dilma. Daí os 35% dela na pesquisa espontânea.

Uma série de anúncios televisivos com apelo popular, como corte de impostos da cesta básica e das tarifas de energia, criou um clima de opinião favorável à presidente. Tanto faz a oposição chamar de populismo. As medidas miraram e acertaram no lugar certo: o bolso da maioria. Consumidor feliz, eleitor contente.

Como resultado, Dilma não só desceu ao patamar de desprezíveis 20% de rejeição, como transfere rejeição para os outros. É difícil crer que 1 a cada 3 brasileiros diga que não votaria de jeito nenhum em Eduardo Campos (PSB) para presidente quando o governador é desconhecido por 1 a cada 2 eleitores. Metade da rejeição a Campos são dilmistas rejeitando quem quer que seja.
Se Eduardo Campos aparecer sozinho na Praça da Sé, na Cinelândia ou até no Pelourinho, corre mais risco de ser assaltado do que assediado. O único lugar onde é reconhecido em São Paulo, Rio e Salvador é nos escritórios de grandes empresários. Pode vir a ser bom para o caixa da campanha, mas não dá voto.
Aécio está um degrau adiante. Compartilha a mesma taxa de rejeição, mas tem um potencial de voto duas vezes e meia maior que Campos. Ao contrário do presidente do PSB, porém, o mineiro não comanda seu partido. Para sua sorte, o Ibope confirmou que José Serra, com 50% de rejeição, é virtualmente inelegível.
Aécio e Campos se complementam eleitoralmente. Concorrendo um contra o outro, mas juntos contra Dilma, diminuem a vantagem da presidente. Mas eles precisam de mais nomes na cédula eletrônica para haver chance de segundo turno. Daí a importância de Marina Silva. A ex-petista divide a preferência de 4 a cada 10 eleitores potenciais de Dilma. É, hoje, quem mais pode tirar votos da presidente. Só lhe falta um partido.
Até 2014, a oposição tem que correr, se multiplicar e torcer para que, desta vez, Mantega acerte sua previsão sobre o PIB.

PRESIDENCIÁVEIS: ''AQUELLOS OJOS VERDES''

25/03/2013
No sertão, Dilma divide palanque com Campos


A presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos (PSB) estarão juntos hoje num palanque pela primeira vez des­de que o pernambucano intensi­ficou suas movimentações para fortalecer sua possível candida­tura presidencial em 2014.

Pela manhã, os dois vão inaugu­rar um trecho de um sistema de abastecimento de água em Serra Talhada, no sertão pernambuca­no. O trecho que será inaugurado custou R$ 118 milhões. Dilma tam­bém entregará 22 retro escavadeiras para municípios pernam­bucanos e deve apresentar um pacote de medidas do governo federal contra a seca.

A presidente e o governador ti­nham um almoço marcado para o início da tarde no Recife, além de outra cerimônia oficial na ca­pital pernambucana. Os eventos foram desmarcados, pois Dilma agendou presença em uma missa em homenagem às vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ).

Ontem, na véspera do encontro com Dilma, Campos não quis co­mentar a afirmação feita pelo seu novo aliado, senador Jarbas Vas­concelos (PMDB), que o conside­rou "dissidente" da base aliada ao governo. Esta será a quarta visita da presidente a Pernambuco. A última foi em fevereiro de 2012.

Em ritmo de campanha, o go­vernador participou pela manhã de passeio ciclístico com a famí­lia, inaugurando ciclofaixas mó­veis no Recife. À tarde, presti­giou evento no bairro do Recife Antigo. 

/ B.B. e ANGELA LACERDA

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25/03/2013
De olho na reeleição, Dilma acelera as alianças locais

Presidente tem corrido para definir a reforma na Esplanada dos Ministérios e amarrar, assim, prováveis aliados. Cenários estaduais deverão ter peso decisivo no pleito de 2014.

Hora das alianças estaduais

Cenários locais terão um peso decisivo no momento de os presidenciáveis fecharem os arranjos políticos nacionais de 2014»
PAULO DE TARSO LYRA

A divulgação das primeiras pesquisas de intenção de voto das eleições de 2014 dará um novo combustível para a corrida dos presidenciáveis em busca de apoios de aliados na disputa pelo Planalto no ano que vem. Apesar dos números iniciais apresentarem uma ampla vantagem da presidente Dilma Rousseff, as negociações com os partidos não devem ser tão simples assim. 

Até o momento, as realidades locais ainda têm falado mais alto em comparação com as combinações nacionais.

Dona da caneta, Dilma tem corrido para acertar o novo desenho da Esplanada e amarrar prováveis aliados. Definiu o Ministério da Agricultura para o PMDB mineiro e quer trazer ainda o PR e o PSD para seu lado. As novas conversas estão marcadas para depois da Páscoa. O partido do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) quer retomar o controle do Ministério dos Transportes, mas não seria improvável se acabasse sobrando para os republicanos o Turismo, com o deslocamento de Gastão Vieira para a  Ciência e Tecnologia.

Nascimento é categórico ao afirmar que, se a legenda voltar ao governo, fará uma aliança com Dilma de ponta a ponta no país.

"Não faz sentido termos um cargo no governo e não estarmos com a presidente nos palanques estaduais", disse ele ao Correio. O Planalto acha que pode fazer o mesmo com o PSD. "Depois da Semana Santa, vamos insistir em oferecer o Ministério da Micro e Pequena Empresa para Afif (Guilherme Afif Domingos, atual vice-governador de São Paulo). Com um ministério e uma presidente com 70% da aprovação, vamos ver se eles continuam a negar uma união formal conosco", declarou um aliado da presidente.

O PSD, contudo, segue fazendo charme. Seus dirigentes, como o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, juram que a legenda apoiará Dilma. Mas os dois governadores da legenda apontam para outro rumo. Raimundo Colombo, de Santa Catarina, influenciado pelo ex-senador Jorge Bornhausen, está totalmente aberto a conversar com Eduardo Campos (PSB). "Bornhausen sempre vai querer afastar seu partido do PT. Mas os dirigentes do PSD juram que ele não tem voz ativa", espera o secretário de organização do PT, Paulo Frateschi.

Recomposição

No Amazonas, Omar Aziz não poderá concorrer a mais um mandato, mas é a principal voz do PSD no estado e foi isolado — pelo menos por enquanto — por um acordo envolvendo justamente Alfredo Nascimento e o atual líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). "A recomposição está difícil, mas vamos lutar para ter o PSD ao lado de Dilma no Amazonas", assegurou um integrante da burocracia partidária.

Em outro casos, nem sequer a presença em um ministério com orçamento robusto, como é o caso de Cidades, garante alianças estaduais para Dilma. Na maioria dos locais onde o PP deve lançar candidatos a governador, o palanque deve estar aberto para o PSDB de Aécio Neves. Em todos eles, os pepistas são inimigos diretos do PT. Isso ocorre no Rio Grande do Sul com a senadora Ana Amélia; no Paraná, onde o partido está umbilicalmente ligado ao governador tucano Beto Richa; em Minas, já que o PP tem o vice-governador do tucano Antonio Anastasia. E em Alagoas, eles ajudaram a reeleger Teotônio Vilela Filho para o comando estadual. 

"O PP não vai obrigar ninguém a nada. Nossa tradição sempre foi deixar os diretórios estaduais livres para escolher seus caminhos", afirmou o vice-presidente do PP, Ricardo Barros (PR).

Escolhas

Até mesmo dentro da própria legenda corre-se o risco de estar dormindo com o inimigo. O PSB do Paraná, por exemplo, embora não tenha candidato próprio ao governo em 2014, está inserido na administração de Beto Richa (PSDB) e, com isso, deve subir no palanque de Aécio. Em Minas, a situação se assemelha com o atual prefeito, Márcio Lacerda, aliado de primeira hora de Aécio Neves, mas filiado ao PSB de Eduardo Campos. Até o momento, ele garante que o partido não tomou uma decisão. "Estou concentrado no trabalho na prefeitura. Lançamos algumas sementes de trabalho que precisam ser bem conduzidas", disse Lacerda ao Correio.

Tradicional aliado do PSDB desde 1994, quando Fernando Henrique Cardoso escolheu Marco Maciel como vice provocando estupefação em parte do próprio partido — exceção feita em 2002, quando o candidato a vice de José Serra foi a peemedebista Rita Camata (ES) — o DEM sinaliza que em 2014 não será um parceiro tão fácil. "O PSD nos quebrou, levando parlamentares e tempo de televisão. 

Precisamos garantir a nossa sobrevivência", admitiu o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO). "Se para a realidade local for necessário abrir palanque para Eduardo Campos, tudo bem. Se o melhor for apoiar Aécio, ótimo. É improvável, mas se houver algum estado em que estejamos próximos do PT, precisaremos pensar", brincou ele. Presidente do PSDB até maio, o deputado Sérgio Guerra (PE) admite que o cenário está em aberto. "PR, PDT, PTB, PP e PPS. Todas essas legendas estão abertas às conversas. Vamos conversar", completou ele.

Articulações

Confira a situação dos partidos pelos estados

PTB
Roberto Jefferson conversa com Eduardo Campos, o partido em São Paulo é próximo do PSDB e o senador Gim Argello (DF) quer a legenda ao lado de Dilma Rousseff.

PDT
A legenda recuperou o Ministério do Trabalho, mas o presidente Carlos Lupi admitiu ao Correio que está livre para conversar com todos os presidenciáveis.

PP
O partido tem o Ministério das Cidades, mas nos principais locais em que deve lançar candidatos ao governo estadual — Rio Grande do Sul, Alagoas e Minas Gerais — o palanque presidencial deve ser para Aécio Neves.

PMDB
Dilma conseguiu resolver o problema com o PMDB mineiro ao dar o Ministério da Agricultura para Antônio Andrade. Mas enfrenta problemas no Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

PSD
Dilma quer o partido na Esplanada, Gilberto Kassab promete apoio à reeleição da presidente, mas os dois governadores do partido simpatizam com Eduardo Campos.

PPS
O presidente Roberto Freire quer uma fusão com o PMN, conversa escondido com Eduardo Campos e aparece em eventos do PSDB ao lado de Aécio Neves.

PSB
O partido apoia Eduardo Campos, mas poderá enfrentar dificuldades para se posicionar no Paraná e em Minas Gerais, por sua ligação forte com o PSDB.

PR
Se receber de volta o Ministério dos Transportes, embarca na nau dilmista de olhos fechados.

Longo caminho
559
dias

Tempo que falta até o primeiro turno das eleições presidenciais, marcado para 5 de outubro de 2014.
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PAULO BERNARDO/PT: PT ''versus'' PT


25/03/2013 - 13h49

Criticado por petistas, ministro diz ter apoio de Dilma nas desonerações a teles



ESTELITA HASS CARAZZAI/FOLHA
DE CURITIBA

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, respondeu nesta segunda-feira (25) às críticas de setores do PT sobre as isenções fiscais concedidas a empresas de telecomunicações e afirmou que tem o apoio da presidente Dilma Rousseff.

Bernardo virou alvo de piadas na internet, promovidas por militantes petistas e ativistas sociais, que acusam o ministro de ser "representante" das teles.



As empresas do setor deixarão de pagar, segundo o ministério, R$ 6 bilhões nos próximos cinco anos para executarem o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). A medida foi criticada inclusive em resolução do PT, aprovada no início do mês, na reunião da direção do partido em Fortaleza.

Andre Borges/Folhapress
Ministro Paulo Bernardo (Comunicações) é alvo de petistas por medidas de sua pasta
Ministro Paulo Bernardo (Comunicações) é alvo de petistas por medidas de sua pasta
"O que a presidenta Dilma está me cobrando é que nós precisamos melhorar a qualidade do serviço. E ela concorda que nós precisamos de um programa para avançar na infraestrutura [de telecomunicações]", afirmou Bernardo.

De acordo com ele, a própria presidente já afirmou que, se for preciso, vai liberar dinheiro público para melhorar a qualidade dos serviços de internet e telefonia no país.

"Ela já disse que vai colocar dinheiro do orçamento, vai pôr no PAC, vai liberar financiamento... Nós estamos vendo o melhor jeito de fazer isso", disse o ministro.


EQUÍVOCO
O ministro concedeu entrevista coletiva na sede da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), em Curitiba, onde esteve para debater os investimentos para a tecnologia 4G.

Bernardo, que também é petista, disse que não quer brigar com o partido e que todos têm direito a dar sua opinião, mas afirmou que considera as críticas "equivocadas".

"Tirar impostos é importante porque você barateia o investimento e isso significa que o custo para o usuário vai ser menor", afirmou. "O benefício não é para as empresas, é para o consumidor. É ele que vai pagar menos."

O ministro também fez um paralelo das desonerações ao setor de comunicação com medidas semelhantes para o setor automotivo. "O que acho curioso é que, quando você faz incentivo para automóvel, ninguém acha anormal", disse.
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''BIRDS''. UM NINHO COMPLICADO


25/03/2013 - 03h00

FHC vai fazer apelo em favor de unidade do PSDB para candidatura de Aécio

DE SÃO PAULO

Questão de tempo
Caberá a FHC o apelo em favor da unidade no PSDB em evento que marcará hoje o lançamento informal da candidatura presidencial de Aécio Neves para os tucanos paulistas. 

O ex-presidente tratará inclusive de afagar José Serra, ausente da noite, pedindo "consideração" ao ex-governador. A pacificação, contudo, está longe do desfecho. Geraldo Alckmin, que já admite Aécio no comando da sigla, voltou a defender que a definição do candidato só ocorra "no final do ano".

UPP 
O senador tucano esteve no final de semana com empresários de São Paulo que apoiam a ONG Afro Reggae, reconhecida pelo trabalho de mediação de conflitos em comunidades do Rio.

Trem das Gerais 
Aécio levará comitiva mineira ao congresso do PSDB-SP. Deputados de outros Estados também devem acompanhá-lo.

Oposição 
Eduardo Campos (PSB) obteve melhor desempenho no último Datafolha com eleitores que desaprovam Dilma Rousseff. Ele tem 11% entre os que consideram a gestão petista ruim ou péssima e 4% no universo que avalia a administração federal como ótima ou boa.

Parto O governador de Pernambuco cunhou frase com jeito de slogan eleitoral no tradicional cozido de Jarbas Vasconcelos no sábado: "O novo não nasce sem dor".

Rampa 
Campos enfrentou protesto liderado por skatistas ontem no Recife Novo.

Mantra 
Liderada pelo prefeito Luciano Duque (PT), a claque que recepcionará Dilma e Campos hoje em Serra Talhada (PE) preparou faixas e cartazes sublinhando expressões como "gratidão e lealdade" à presidente.

Quarteto 
O PT-SP apresentará hoje à direção nacional os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação), Guido Mantega (Fazenda) e José Eduardo Cardozo (Justiça) como opções a governador.

Onde pega 
Petistas pedem atenção redobrada aos movimentos do PMDB. Entendem que a cúpula estadual da sigla se distanciou de Michel Temer após a saída de Wagner Rossi do Ministério da Agricultura e já ensaia flerte com os tucanos.

Bandeira 
Estrela da abertura olímpica de 2012, Marina Silva critica o impasse na Aldeia Maracanã. A ex-ministra diz que os índios foram usados na apresentação brasileira em Londres, mas não terão espaço na revitalização do Rio para 2016.

Discutindo 
Peemedebistas se reuniram com o alto comando da Caixa Econômica Federal na residência oficial da Câmara. Discutiram o plano do Planalto de ceder nova vice-presidência do banco ao PSD, operação que é vista como estratégica para desidratar Geddel Vieira Lima na direção da instituição.

... a relação Após a conversa, ficou definido que o PMDB deverá manter seu espaço na cúpula da Caixa, mas se empenhará para afinar o discurso com o vice de Ativos de Terceiros, Marcos Vasconcelos, próximo do PT, que participou do encontro.

Imersão 
Recém-empossado, o ministro Manoel Dias (Trabalho) marcou sua estreia em evento da CUT. Após visitar, amanhã, a Força Sindical e a UGT, irá na quarta-feira à escola de formação cutista em Belo Horizonte.

Toga justa 1 
Francisco Falcão, corregedor do CNJ, deu prazo de 90 dias para que 15 Tribunais de Justiça abram concurso para o cargo de titular de cartório extrajudicial. A obrigatoriedade está prevista na Constituição.

Toga justa 2 
Desembargadores que descumprirem a regra estarão sujeitos a processo disciplinar, segundo o ultimato dado pelo ministro.

Em todas 
Barros Munhoz (PSDB) é o favorito para assumir a liderança de Geraldo Alckmin na Assembleia. Com trânsito no PT, o tucano já foi líder de José Serra. O martelo será batido amanhã.
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TIROTEIO
O PT criou o Bolsa Turismo, com duas modalidades: presidente usando dinheiro público e ex-presidente recorrendo a PPPs.

DO SENADOR ÁLVARO DIAS (PSDB-PR), sobre o financiamento das recentes viagens de Dilma Rousseff a Roma e de Lula a países da África.
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CONTRAPONTO
Made in China
Fotografado com camisa polo da badalada marca Lacoste, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B), foi provocado por blogueiro adversário no Maranhão, que escreveu:
-Um comunista que gosta de grife!

Ao ser informado do comentário, Dino, pré-candidato a governador do Estado, respondeu:
-Ele não sabe que é uma "Lacoste" de origem chinesa, prova irrefutável de que sou mesmo comunista.
com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI
Eduardo Knapp/Folhapress
Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora d

''BIRDS''. AS AVES QUE AQUI GORJEIAM...

25/03/2013
Sem Serra, Aécio pedirá apoio paulista


Sem a presença do ex-governa­dor José Serra, o senador e presidenciável do PSDB, Aécio Ne­ves (MG), participa hoje de en­contro partidário em São Pau­lo, durante o qual discursará a favor da unidade tucana e fará críticas ao governo da presi­dente Dilma Rousseff.

Aécio fará uma palestra na se­de do PSDB paulista num movi­mento político de aproximação com o partido em São Paulo, eta­pa necessária para consolidar seu projeto de se tornar o candi­dato a presidente em 2014.

A presença do senador na capi­tal paulista ocorre no momento em que Serra ameaça deixar o PSDB. Aliados do ex-governador reclamam da falta de espaço para o tucano no partido e chegaram a pleitear a presidência da legenda para ele - Aécio, porém, deve ser eleito o novo presidente nacional do PSDB em maio. Convidado pa­ra participar do encontro, o ex-governador foi para os Estados Uni­dos neste final de semana, alegan­do ter sido chamado "em cima da hora", segundo tucanos.

No discurso de hoje, o senador seguirá o tom das críticas ao go­verno petista, principalmente na área econômica. Também apro­veitará o público interno para fa­zer uma sinalização em direção à unidade partidária. Falará da im­portância de São Paulo para o partido e tecerá elogios ao gover­nador Geraldo Alckmin e a Serra.

Para mostrar força, Aécio de­ve chegar ao encontro acompa­nha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal ava­lista de sua candidatura a presi­dente no partido, de Alckmin e do presidente da legenda, depu­tado Sérgio Guerra (PE).

"Aécio atribui a São Paulo e ao PSDB paulista uma grande im­portância. Não tem PSDB viável sem o firme apoio de São Paulo", afirmou Guerra. Questionado sobre a ausência de Serra no en­contro, ele disse: "Seria melhor que ele estivesse, mas ele deve ter razões para ter ido viajar".

Encontro. Alckmin cogitou des­marcar o evento ao ponderar a conveniência de Aécio vir a São Paulo num momento em que há divergência com Serra sobre a formação da nova direção do PSDB. Aécio e o ex-governador conversaram na semana passa­da, mas o encontro não teve re­sultado. Não houve sinalização concreta por parte de Aécio so­bre participação do ex-governa­dor no partido. Também não hou­ve nenhum pedido por parte de Serra. A situação ficou como es­tá: Aécio com domínio da estrutu­ra partidária, e aliados de Serra falando em "rolo compressor".

O  paulista tinha viagem para participar de um evento na Uni­versidade Princeton, nos Esta­dos Unidos, mas disse a aliados que cogitaria suspender ou adiar PSDB-SP ao seu projeto presidencial em 2014 sua ida ao exterior, caso Aécio fi­zesse uma sinalização formal pa­ra que ocupasse um espaço na direção nacional do PSDB, o que  não aconteceu. O ex-governador de São Paulo reclama que foi atro­pelado pelo senador mineiro, que trabalha para assumir o co­mando do partido. Sua ausência na palestra de hoje deve ser interpretada como um contra-ataque claro, segundo seus aliados.

Alckmin. A maior preocupação dos entusiastas da candidatura de Aécio é com Alckmin. Avaliam que Serra não entrará no projeto presidencial do senador.

Mas, como precisam de São Pau­lo, querem o apoio do governa­dor paulista e esperam uma de­claração dele hoje. Alckmin, no entanto, diz ser contra a anteci­pação da disputa e deve ser gené­rico no apoio a Aécio. Candidato " à reeleição em 2014, ele teme o impacto da saída de Serra do PSDB no seu projeto eleitoral.

Para criar um contraponto aos conflitos nos bastidores, Aécio pediu à direção do PSDB minei­ro que participasse do encontro. Uma comitiva liderada pelo pre­sidente da legenda em Minas Ge­rais, Marcus Pestana, e pelo secretário-geral, Carlos Mosconi, estará presente. 

/ julia duailibi e BRUNO BOGHOSSIAN


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Em São Paulo, Aécio Neves defende reestruturação do PSDB

Senador mineiro afirma que só será candidato a presidente se tiver o apoio de Alckmin

25 de março de 2013 | 13h 33

BRUNO LUPION - O Estado de S. Paulo - Texto atualizado às 15h
SÃO PAULO - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniu na manhã desta segunda-feira, 25, em São Paulo, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros caciques do PSDB paulista em mais um movimento para pavimentar sua candidatura à presidência do partido, neste ano, e à Presidência da República, em 2014.
Aécio Neves e Sérgio Guerra chegam a encontro com tucanos no centro de SP - Clayton de Souza/AE
Clayton de Souza/AE
Aécio Neves e Sérgio Guerra chegam a encontro com tucanos no centro de SP
Participaram também do encontro três nomes de confiança do ex-governador José Serra: o vereador Andrea Matarazzo, o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, e o senador Aloysio Nunes Ferreira.
Aécio chegou ao Instituto FHC (iFHC), no centro de São Paulo, acompanhado do atual presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmando que o PSDB precisa se reestruturar. "Nós devemos dar um passo a mais, um passo adiante a partir de agora", propôs. "O PSDB é a grande alternativa a esse modelo de gestão do PT e precisamos traduzir com maior clareza para a população o que nos diferencia".
Na tarde desta segunda, Aécio fará críticas ao governo federal em uma palestra na sede estadual do PSDB. O objetivo é calibrar o discurso tucano de oposição à presidente Dilma Rousseff e buscar a unidade partidária em torno de seu nome.
O mineiro afirmou que só sairá candidato, tanto à presidência do partido quando à da República, se tiver o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
"Eu nunca postulei presidir o PSDB, mas confesso que há hoje um movimento de governadores, de parlamentares, que consideram importante eu assumir a presidência do partido. Só farei isso se for algo consensual, inclusive com o apoio de São Paulo", afirmou.
Aécio adota discurso similar ao se referir a 2014. "Eu não sou candidato à presidência da República a qualquer custo. O PSDB terá um candidato e esse candidato, para ter sucesso, terá de ter o apoio do governador Geraldo Alckmin", disse.
Rejeição. A depender de Alberto Goldman, o apoio do PSDB paulista à candidatura à Presidência de Aécio ainda pode estar longe. Ao chegar à reunião, ele destacou que, segundo a última pesquisa Ibope, 47% dos eleitores, no voto estimulado, não escolheram o nome de Dilma e, entre os oposicionistas, Serra ainda é o segundo colocado, com 12%, mesmo tendo Aécio, quarto colocado, com 7%,como opção.
Em análise publicada em seu blog na noite de domingo, 24, Goldman destacou que a rejeição de Serra - a mais alta entre os nomes citados da pesquisa - poderá cair se o governo Dilma enfrentar problemas na condução da economia, assim como a rejeição a Aécio poderá subir, na medida em que mais eleitores o conheçam.
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CARAS-PINTADAS: ''MEUS HERÓIS MORRERAM TODOS...'' (Cazuza)

25/03/2013
Lindbergh reage a denúncia e ataca Cabral e o PMDB

A divulgação, pela revista "Época" de detalhes do inquérito que investiga o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por montar um suposto esquema de propina em Nova Iguaçu levou o petista a reagir duramente contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), piorando ainda mais no Rio a relação entre os dois principais partidos da base de Dilma. O petista, pré-candidato ao governo, acusou o PMDB de fazer dossiês, e o Estado de negligência por causa do atraso em obras das chuvas. Em nota, Cabral disse que "desaprova e desautoriza o uso de dossiês" e que lamenta "a atribuição deste ao PMDB".

Após denúncia, Lindbergh reage atacando Cabral e o PMDB do Rio

Governador diz desaprovar e desautorizar dossiês contra adversários

Cássio Bruno


A guerra declarada entre o PMDB do Rio e o senador e pré-candidato ao governo do estado em 2014 pelo PT, Lindbergh Farias, está longe do cessar-fogo. 

Depois de a revista "Época" ter publicado denúncia, a partir de informações do PMDB, sobre supostas irregularidades do petista quando ele era prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lindbergh contra-atacou. 

Levantamento apresentado ontem pelo grupo político do senador, a pedido do próprio Lindbergh, mostra que R$ 887 milhões que teriam sido repassados pela União ainda não foram utilizados pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) na reconstrução das cidades da Região Serrana castigadas pelas chuvas em 2011. 

A presidente Dilma Rousseff vai hoje a Petrópolis com Cabral e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, outro pré-candidato, e participará de uma missa pelos mortos nos deslizamentos da semana passada.

- Quem faz guerra de dossiês e jogo sujo é o PMDB. Essa é a política velha que queremos derrotar. Em vez de ficarem fabricando dossiês, eles deveriam se concentrar nas obras da Região Serrana. A Dilma fez tudo certo ao liberar os recursos. O problema é que, dois anos depois, as obras não foram iniciadas. Muitas (obras) não foram licitadas, e outras ainda estão em fase de elaboração de projetos. Isso tem nome: má gestão e negligência com a vida das pessoas - disparou Lindbergh em entrevista ao GLOBO.

A verba federal transferida seria referente à construção de casas, contenção de encostas, dragagem de rios e drenagem da água das chuvas, a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à reconstrução de pontes.

A briga entre Lindbergh e Cabral se transformou numa dor de cabeça para Dilma e para o ex-presidente Lula, já que PT e PMDB são os dois principais partidos da aliança que tentará reeleger a presidente. O governador, que quer a eleição de Pezão, se irritou depois de Lindbergh tê-lo criticado nas inserções partidárias do PT na TV e no rádio. Em resposta, o PMDB fluminense ameaçou não apoiar Dilma caso os petistas mantivessem o senador na disputa.

No fim de semana, Lindbergh colocou um vídeo no Facebook. Nele, lembra o episódio que provocou uma crise no governo Cabral no ano passado: as fotos publicadas na internet pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR) em que secretários de Cabral aparecem se divertindo, em 2009, com guardanapos na cabeça, em Paris, ao lado do governador e do ex-presidente da Delta Construções Fernando Cavendish, que chegou a ser investigado por suposta ligação com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

- Estão querendo jogar todo mundo na lama. Não adianta. Eles não vão conseguir colocar um guardanapo na minha cabeça. Temos outra conduta: não faço política patrimonialista e para enriquecer - diz Lindbergh, no vídeo.

Cabral respondeu por nota:

"O governador desaprova e desautoriza o uso de dossiês, lamentando constatar a atribuição deste ao PMDB. À Justiça, cabe julgar fatos. Quaisquer diferenças entre políticos devem ser tratadas com a devida seriedade e respeito dentro do campo político".

Já a Secretaria Estadual de Obras não quis comentar as informações sobre as obras na Região Serrana.

Na reportagem, a revista "Época" fez um levantamento a partir de documentos, obtidos com o PMDB, que fazem parte de um inquérito a que Lindbergh responde no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador petista é acusado de ter montado um esquema de recebimento de propinas de empresas contratadas pela prefeitura de Nova Iguaçu. O parlamentar nega.
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RESQUÍCIOS DE TEMPORADAS NO PODER...


24/03/2013 - 04h25

Lula levou diretor da Odebrecht em viagem oficial à África



FERNANDO MELLO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA/FOLHA



Na única viagem internacional em que o ex-presidente Lula foi designado representante oficial do governo Dilma Rousseff, o petista pôs entre os membros da delegação um diretor da Odebrecht.


Como a Folha revelou anteontem, a relação de Lula com empreiteiras é próxima: elas pagaram quase a metade de suas viagens internacionais como ex-presidente.

O pedido, ocorrido em 2011, para a inclusão do diretor da construtora na delegação que iria a Guiné Equatorial causou estranhamento no Itamaraty, que cobrou informações sobre o caso à assessoria do ex-presidente.

Na Guiné Equatorial há quatro empresas brasileiras com grande atuação: ARG, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. A Odebrecht entrou no país após a visita de Lula, sendo favorita para obras na parte continental, onde está sendo construída uma capital administrativa.

Lula foi a Guiné Equatorial em 2011 participar da Assembleia da União Africana como chefe da delegação brasileira. Reuniu-se com o ditador Obiang Nguema Mbasogo.

Viagens de Lula ao exterior

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Divulgacao/Instituto Lula
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O ex presidente Lula durante encontro com o chanceler turco Ahmet Davutoglu no Qatar

Em telegrama de 27 de junho de 2011, a embaixada brasileira em Malabo informou ter solicitado informações à assessoria de Lula sobre Alexandrino Alencar, que integraria a comitiva.

Alencar é diretor da Odebrecht e não estava na lista oficial enviada ao Itamaraty. Seu nome apareceu "em mensagem recente enviada a esta embaixada por aquela assessoria [de Lula]", informou Francisco Chaves do Nascimento Filho, encarregado de negócios da embaixada.

Hoje Alencar é o responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht. A relação dele com Lula é antiga.

No livro "Mais Louco do Bando", Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alexandrino fez a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa.

Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o Corinthians construir seu estádio. Hoje a empresa é responsável pela obra.

DILMA

Por meio de sua assessoria, Dilma afirmou que não é possível deduzir que Lula teria atuado em suas viagens a favor das empreiteiras.

"Eu me recuso a entrar nesse tipo de ilação sobre o presidente Lula. O presidente Lula tem o respeito de todos os Chefes de Estado da África e deu grande contribuição ao País nessa área."

A fala da presidente foi publicada ontem pelo "Estado de S. Paulo" e confirmada pela assessoria do Planalto.

OUTRO LADO

A assessoria de Lula disse que ele é acompanhado em suas viagens por "diretores do Instituto Lula, lideranças políticas, sindicalistas, empresários e intelectuais".

Folha questionou o Instituto Lula e a Odebrecht sobre Alexandrino Alencar. Nenhuma assessoria disse quem pediu sua inclusão na lista.

Segundo a empresa, "assuntos de interesse da Odebrecht não constaram da pauta dos encontros e das reuniões das quais o ex-presidente Lula participou". O Itamaraty diz que a lista oficial da comitiva continha os nomes de Lula e dos embaixadores.
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