PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, julho 21, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] ``AVIS RARA``

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].

REPORTAGEM ESPECIAL ``VEJA``. O BRASIL QUE CAMINHA SOZINHO...

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As novas fronteiras dos bilhões
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O Brasil entrou em um ciclo de desenvolvimento sustentável inédito em sua história e agora se posiciona como protagonistaglobal. VEJA lista os oito grandes negócios brasileiros noexterior e, em reportagem especial, conta como funcionam os oito mais dinâmicos pólos do crescimento interno
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O Brasil passou por um ajuste profundo – e por vezes doloroso – em sua economia ao longo dos últimos quinze anos. O país abriu-se à concorrência internacional, equilibrou as contas públicas, privatizou estatais e, acima de tudo, debelou a inflação. Empresas fecharam as portas. Quem sobreviveu, no entanto, emergiu mais forte e competitivo. Como conseqüência, o país experimenta hoje a euforia de crescer no ritmo mais acelerado desde o "milagre econômico" dos anos 70 – e crescer de maneira sustentável. Nesta reportagem especial, VEJA mostra os desdobramentos dessa transformação. Primeiro, lista os oito grandes negócios internacionais realizados por megacorporações brasileiras – e o seu significado estratégico. São histórias de empresas vencedoras, que se tornaram líderes globais em sua área de atuação – em geral, na chamada "velha economia", ou seja, setores industriais tradicionais, sobretudo ligados aos recursos naturais. O negócio que melhor simboliza esse fenômeno foi o anúncio, na semana passada, da criação da maior fabricante de cervejas do planeta, que será comandada por executivos brasileiros. Na seqüência, VEJA trata a fundo das transformações internas por que passa o país. Durante seis meses, uma equipe de oito repórteres reuniu dados e estatísticas e fez dezenas de entrevistas. Por fim, complementada por onze fotógrafos, saiu a campo para conferir as conseqüências da retomada do desenvolvimento. Percorreu 45 000 quilômetros Brasil adentro – porque agora o interior influencia os rumos do crescimento. Identificou os oito motores que fazem o país avançar e mostra as cidades que melhor souberam tirar proveito da atual fase de bonança para elevar o padrão de vida de seus habitantes.
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Os oito maiores negócios

Comprar para não ser comprado: esse é o desafio das megaempresas brasileiras que atuam globalmente em setores nos quais só haverá lugar para duas ou três gigantes. Desde 2002, algumas delas, na disputa pela liderança, se lançaram em operações ousadas que lhes deram musculatura para enfrentar o ímpeto concentrador do mercado. Abaixo, os negócios bilionários que precederam a criação da maior cervejaria do planeta.
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A BUDWSEIR é nossa
A disposição e os planos para comprar um dos maiores símbolos já construídos pelo capitalismo americano eram acalentados havia tempos na InBev. Mas a decisão de iniciar de verdade a batalha pela aquisição da Anheuser-Busch e criar a empresa mais valiosa no setor de consumo do mundo foi tomada somente em dezembro, numa cidadezinha de pouco mais de 100 000 habitantes do Meio-Oeste americano. Como faziam uma vez por ano desde 2004, os doze integrantes do conselho de administração da InBev e Carlos Brito, presidente da cervejaria belgo-brasileira, estavam passando uns dias em Boulder, no Colorado. O que lhes atraía não eram as áreas verdes que circundam a cidade nem as montanhas, próprias para escaladas. Eles foram a Boulder para ouvir o que Jim Collins tinha a lhes dizer sobre o futuro do negócio. Collins é um dos maiores especialistas em gestão do mundo. Divide o seu tempo entre o montanhismo e o aconselhamento de executivos e empresários pesos pesados. Foi nessa longa conversa que Collins lhes deu certeza de que as condições para o ataque estavam em seu momento mais favorável. Era a hora de partir para cima da fabricante da Bud-weiser, um ícone que traduz o espírito americano tanto quanto a Coca-Cola e a torta de maçã.
No domingo 13, sete meses depois dos primeiros movimentos, os conselheiros da Anheuser-Busch finalmente capitularam e venderam por 52 bilhões de dólares a cervejaria fundada em Saint Louis há quase 150 anos. Foi o maior negócio de que brasileiros já participaram como protagonistas, uma transação superlativa sob qualquer aspecto. E a segunda maior aquisição de uma empresa de bens de consumo da história dos EUA – só perde para a venda da Gillette para a Procter & Gamble, três anos atrás, por 57 bilhões de dólares. O que se criou com a união de forças da Anheuser-Busch com a InBev é um colosso de 37 bilhões de dólares em vendas anuais, dono de 300 marcas em cinco continentes e líder de vendas nos EUA, na América do Sul e na China (veja quadro). A Anheuser-Busch InBev – esse é o nome oficial da nova companhia – subiu ao topo: ao lado da Procter & Gamble, Nestlé e Coca-Cola, é uma das quatro maiores empresas de consumo do mundo.
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[Foto:Pedro Rubens. Marcel Telles: depois do vazamento da estratégia da InBev, viagem a Saint Louis com Lemann para oficializar uma proposta aos donos da Anheuser-Busch].
Os sete meses que se passaram desde as discussões no escritório de Jim Collins até o triunfo final foram divididos entre a estruturação financeira da operação e a penosa luta política para que ela se concretizasse. Na linha de frente ficaram Brito e seus auxiliares mais diretos, Felipe Dutra, diretor financeiro, e David Almeida, vice-presidente externo da InBev. A estratégia e algumas negociações especiais ficavam por conta do trio de empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os maiores acionistas individuais da InBev, integrantes do conselho da empresa e criadores de uma cultura de gestão baseada em meritocracia, agressividade e foco nos lucros única no Brasil. Lemann, Telles e Sicupira são os primeiros e mais bem-sucedidos empreendedores globais produzidos pelo capitalismo brasileiro. São ícones de vanguarda de um período glorioso da economia do Brasil – como mostra a reportagem especial das próximas páginas.
Não é exatamente fácil conseguir a confiança da banca para um empréstimo de 45 bilhões de dólares. Não bastasse o montante, o momento é de crise bancária e de dúvidas sobre a economia dos EUA. Isso sem falar da inflação dos alimentos, como o trigo, que impacta diretamente os insumos de uma cervejaria. O responsável por convencer um grupo de nove bancos, capitaneados pelo JP Morgan e pelo Santander, a topar financiar de modo compartilhado a operação foi Felipe Dutra, 42 anos. Assim como Brito e Almeida, Dutra trabalha com o trio Lemann, Telles e Sicupira desde os tempos da Brahma no início dos anos 90 (veja quadro).
Quase no fim da negociação do empréstimo, emergiu a batalha política. Motivo: o sigilo da operação voou pelos ares antes da hora prevista. No dia 23 de maio, o diário inglês Financial Times revelava em detalhes o plano de ataque da InBev. Como não dava para desmentir a notícia, era preciso agir rápido. Imediatamente, Marcel Telles e Lemann voaram para Saint Louis. Foram conversar com August Busch IV, presidente e trineto do fundador da empresa, e com o seu tio Adolphus, integrante do conselho da cervejaria. Os quatro não são propriamente amigos, mas são velhos conhecidos. Nos últimos quinze anos, em várias ocasiões Telles e Lemann propuseram que se iniciassem conversas para uma associação. Até porque a dupla sempre achou que não existe uma empresa verdadeiramente global sem ser forte nos EUA. Nessas abordagens, os Busch diziam que concordavam com a idéia, mas empurravam com a barriga qualquer tentativa mais firme de avançar numa negociação. No encontro do fim de maio, tio e sobrinho repetiram amavelmente o script. Mas seus interlocutores haviam se cansado da velha conversa para boi dormir. Os Busch, então, ouviram de Lemann: "Nós vamos enviar uma proposta formal de compra para o conselho da companhia".
Foi a senha para o início de uma batalha. No dia 11 de junho, a InBev anunciou oficialmente que fizera uma proposta de 46 bilhões de dólares pela empresa. Duas semanas depois, os americanos recusaram a oferta. Consideraram-na baixa. Em Saint Louis, a confirmação da proposta soou como uma declaração de guerra da tropa estrangeira. Políticos e sindicalistas americanos começaram a levantar suas vozes contra a venda de um patrimônio tão caro aos americanos. É um filme que já se viu muitas vezes por aqui: o da empresa estrangeira ultracompetitiva que compra um símbolo nacional cheio de gorduras. Mas, desta vez, com sinais trocados. Neste filme eram os americanos que faziam o papel dos nacionalistas ofendidos. O tema atravessou até a campanha presidencial americana. "Será uma vergonha se os estrangeiros se tornarem donos da Bud", disse Barack Obama dias antes da conclusão do negócio. Sites foram criados para tentar barrar a "invasão estrangeira".
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[Fotos Célia Thowe/AE e Regis Filho. Sicupira (à esq.) e Lemann: mais uma vitória do modelo de gestão baseado em meritocracia, agressividade e foco no lucro].
Como o conselho de administração se mostrava arredio, a InBev começou a preparar a chamada oferta hostil – ou seja, faria a proposta diretamente aos acionistas e não mais ao conselho. No meio de tudo isso, os dois lados foram à Justiça. Os americanos, porque duvidavam de que a InBev tivesse realmente o comprometimento dos bancos para o empréstimo. Acusavam os proponentes de divulgar falsas ofertas. A InBev também subiu o tom: entrou com uma ação para que os diretores fossem destituídos, o que a lei americana prevê, e propôs uma nova diretoria, formada por ex-altos executivos de grandes empresas americanas. Antes que qualquer uma dessas ações fosse julgada, a InBev subiu o valor da oferta: agora, eram 52 bilhões de dólares na mesa. Para surpresa de Telles, Lemann, Sicupira e Brito, que contavam com uma batalha jurídica de uns quatro meses, um telefonema deu a senha de que a vitória estava próxima. Na semana passada, Busch IV, que em abril dissera que enquanto ele fosse presidente da empresa ela nunca seria vendida, ligou para Lemann. Era a rendição.
Durante todo esse processo, o carioca Carlos Brito, 48 anos, arregaçou as mangas. Agressivo nos negócios, mas avesso à exposição pública, Brito mandou às favas o horror aos holofotes. Dava entrevistas quase todos os dias explicando por que o negócio seria bom para os americanos também e se reunia com políticos, sindicalistas americanos – além de falar diretamente para os formadores de opinião de Saint Louis, escrevendo até artigos para o jornal local. Brito começou sua carreira na Brahma em 1989 e não parou de subir. É focado em lucros e não é carismático – o que, na opinião de Jim Collins, o oráculo de Boulder, é uma vantagem. Para Collins, os líderes carismáticos pensam mais em si mesmos do que nas empresas que comandam.
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[Foto: Joel Grimes. Jim Collins, o guru: o sinal verde veio após uma conversa com ele].
Os americanos chiaram, mas a realidade é que a Anheuser-Busch virou uma presa fácil para empresas fortes e globalizadas. Eis um dos erros da companhia: acomodou-se no confortável mercado americano, no qual detém 50% de participação. Era uma empresa de um país só, ainda que fosse o país com o maior e mais lucrativo mercado de cervejas do mundo. Nos últimos dois anos, a Anheuser-Busch teve de enfrentar uma guerra de preços com a britânica SABMiller, que até a semana passada era a maior cervejaria do planeta. Isso aguou os lucros da americana. A fragilidade do dólar e uma gestão ultrapassada criaram as condições para o bote da InBev.
O grande temor econômico dos que se opunham ao negócio eram possíveis demissões e o fechamento de algumas das doze fábricas da empresa – o medo, enfim, era do enxugamento obsessivo, que é a marca da cultura Lemann-Telles-Sicupira. Para não criar maiores atritos nesse início, contudo, Brito e companhia vão começar os trabalhos tirando da gaveta um remédio criado pela própria Anheuser-Busch, que ela nunca teve coragem de executar. É o Blue Ocean, um plano de reestruturação que vai emagrecer os custos em 1 bilhão de dólares por ano. Mas que ninguém duvide: a cultura InBev vai se infiltrar em todos os poros da cervejaria preferida dos americanos. Assim como eles terão de se acostumar com brasileiros em Saint Louis. Quando a InBev foi criada, os brasileiros eram minoria na diretoria. Hoje, eles são sete dos doze diretores. Outros 130 brasileiros estão espalhados mundo afora em cargos de direção da empresa.
Qual é o passo seguinte? Aos mais íntimos, Lemann e Telles dizem que nos próximos cinco anos não poderão pensar em aquisição. Nesse período, estarão empenhados em pagar o gigantesco empréstimo tomado. Mas e depois? "Depois, eu não sei", disse na semana passada Telles, numa conversa reservada em Nova York, deixando no ar a óbvia possibilidade de outro ataque daqui a alguns anos. Te cuida, Heineken.
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SP/MALUF: ''MA VÁ !!!"

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Em campanha, Maluf discute com eleitor sobre caso Pitta
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SÃO PAULO - O candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf , passou por uma saia-justa nesta segunda-feira, 21, em uma loja na zona norte da cidade. Novamente, um eleitor o questionou sobre o caso envolvendo o ex-prefeito e afilhado de Maluf, Celso Pitta.

"Ele não soube aproveitar sua chance quando prefeito", disse Maluf. Pitta ficou conhecido em 1996, quando Maluf o lançou candidato à Prefeitura de São Paulo para sucedê-lo.O candidato do PP chegou a dizer que se Pitta não fizesse um bom governo, a população não precisava mais votar nele.

A assessoria do candidato disse ao estadao.com.br que não houve um bate-boca, mas sim uma discussão. "Maluf não se incomoda com esse caso. Para ele, a história Celso Pitta é uma página virada, como ele já falou na semana passada."

Esta não é a primeira vez que Maluf é questionado sobre o caso Pitta em campanha. No dia 10 de julho, ao percorrer a rua Jose Paulino, Maluf disse "desconhecer" o ex-prefeito, que voltou à imprensa após prisão na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Em seguida, um outro eleitor se aproximou de Maluf e o defendeu sobre o caso, dizendo que Pitta foi quem cometeu erros.

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Foto: Patrícia Santos/AE.

O SILÊNCIO É OURO... literalmente.

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O silêncio dos inocentes

O silêncio mais constrangedor neste momento é o da chamada oposição.
As partes conhecidas do relatório do delegado Protógenes Queiroz indicam ação intensa do que chama repetidas vezes de "organização criminosa" liberada por DVD (Daniel Valente Dantas) sobre figuras centrais do lulo-petismo, de José Dirceu a Gilberto Carvalho ao filho de Lula ao compadre de Lula ao antigo advogado de Lula... Ninguém sabe onde esse fio acaba. Os boatos são intensos, frenéticos.
Mas a pequena grande oposição cala-se.
Pois foram primeiro pefelistas (notadamente o carlismo) e depois tucanos que inventaram Daniel Dantas.
É esse o jogo político brasileiro. O jogo do silêncio e da cumplicidade. O caixa-dois disseminado e assumidíssimo das campanhas eleitorais e o fisiologismo travestido de governabilidade igualam partidos e governos.
O que o governador mineiro, Aécio Neves, tem a dizer sobre o caso DVD? E o governador paulista, José Serra? Fatos tão momentosos não merecem posicionamento público dos dois principais candidatos do PSDB à sucessão de Lula?
O escândalo DVD é constrangedor porque, desde sua proeminência nas privatizações tucanas, o banqueiro passou por PFL (DEM), PSDB e PT com a mesma desenvoltura. Contratou banqueiros tanto do BNDES tucano quanto do Banco Central petista.
Se Dantas falasse... Mas não vai falar. Assim como Delúbio Soares e Marcos Valério não falaram.
Deve estar no rígido código de ética dessa turma. Delúbio e Valério são muito admirados em pequenos círculos pela boca fechada.
Dantas parece menos propenso ainda a falar, o silêncio hoje é um de seus maiores ativos.
Como protagonista das privatizações tucanas e depois no comando da Brasil Telecom, DVD conduziu negociações complexas entre empresários italianos, fundos de pensão de estatais, banqueiros, políticos, doleiros, governantes... Ninguém sabe onde esse fio acaba.
A longa disputa societária na BrT foi feia, suja e malvada. E teve final apoteótico: um acordo bilionário entre as partes precedido de forte articulação do governo para a criação de uma empresa embora a operação fosse contra a lei vigente. E dois empresários próximos do lulo-petismo ficam com o que gostam de chamar de "supertele" sem gastar quase nada no negócio.
Um caso exemplar, sem dúvida.
Seria muito bom para o país se Dantas falasse. Mas não vai falar.
15/07/2008
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Sérgio Malbergier é editor do caderno Dinheiro da Folha de S. Paulo. Foi editor do caderno Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha Online às quintas. E-mail: smalberg@uol.com.br

CELSO AMORIM [In:] DIPLOMACIA & DIPLOMAS

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O vocábulo diplomacia é peculiar. Traz injetado no nome o próprio significado. É coisa que, para funcionar, precisa ser macia.

Pois bem. Para surpresa generalizada, o chanceler brasileiro Celso Amorim trocou os velhos punhos de renda pelo bico do sapato.

Deixou em pele viva a canela dos representantes dos países ricos numa reunião preparatória de um debate na OMC (Organização Mundial do Comércio).

Na mesa, a velha pendenga entre ricos e emergentes. Nós aferrados à defesa da redução de subsídios dos produtos agrícolas.

Eles agarrados à tese de que já cederam o bastante e que cabe agora aos países em desenvolvimento abrir seus mercados para os produtos industrializados.

Um discurso que Amorim, acertadamente, trata como falacioso. O diabo é que o representante do Brasil entendeu de comparar a negociação para a rodada de Doha à propaganda nazista.

O chanceler de Lula citou a máxima de Joseph Goebbels. O ministro de propaganda de Hitler dizia que uma mentira, repetida à exaustão, acaba passando por verdade.

Descendente de judeus que sobreviveram ao holocausto, a chefe de comércio dos EUA, Susan Schuwab, saltou da cadeira.

Um porta-voz do governo norte-americano traduziu assim o desconforto: "Estamos todos aqui para negociar de forma efetiva. E esse tipo de comentário maldoso não tem lugar nessas negociações."

Amorim bem que tentou retomar a maciez. Mas, qual um zagueiro de time de várzea, ele voltou às canelas. Disse:

"Se ofendi alguém, eu lamento, não foi minha intenção. Mas mantenho: repetir uma distorção faz com que as pessoas acreditem que ela é a verdade."

Como se vê, o Brasil –ou o pedaço do país representado pelo Itamaraty— já se considera forte o bastante para prescindir da diplomacia. Acha-se em condições de prevalecer no grito. Ou na porrada.
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Escrito por Josias de Souza - Folha Online, Foto: Jamil Bittar/Reuters. Charge: Novaes.
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

21 de julho de 2008

O Globo
Acusações de Amorim enfraquecem Brasil na OMC
A declaração do chanceler Celso Amorim comparando a tática dos países ricos à dos nazistas gerou mais que mal-estar. Para o próprio ministro e negociadores brasileiros, os EUA usam agora o deslize para desqualificar a posição do Brasil na Rodada de Doha, da OMC, sobre comércio global. (págs. 1 e 17)
Caso Dantas ganha reforço de força-tarefa
Uma força-tarefa de cerca de 50 pessoas, envolvendo desde a Polícia Federal (PF) até o Ministério Público e o Banco Central, começa hoje a analisar o material recolhido nas 58 ações de busca e apreensão da Operação Satiagraha, que tem como alvo o banqueiro Daniel Dantas. (págs. 1 e 19)
Projetos mudam gestão da Previdência Social
O governo mandará ao Congresso, mês que vem, dois projetos de mudança na Previdência. Segundo o ministro José Pimentel, um prevê que caberá ao INSS, e não mais ao trabalhador, comprovar o tempo de serviço para aposentadoria. (págs. 1 e 3)
Lula pede a libertação de reféns na Colômbia
Num domingo marcado por manifestações em centenas de cidades na Colômbia e no mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva juntou-se ao coro dos que pediram a libertação dos reféns da guerrilha colombiana. Em Letícia, na fronteira com o Brasil, ele assinou acordo para combater o tráfico de drogas e armas com os presidentes da Colômbia e do Peru. (págs. 1 e 22)
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Folha de S. Paulo
Perícia no caso Dantas deve levar até 4 meses
Polícia Federal e Ministério Público avaliam que a análise dos documentos apreendidos em casas e escritórios do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas, do ex-prefeito Celso Pitta e de mais 21 investigados na Operação Satiagraha deverá consumir quatro meses de trabalho.A polícia irá periciar o que estima ser uma tonelada de papéis e equipamentos apreendidos na operação.O cronograma de análise será definido hoje pelo procurador Rodrigo de Grandis e pelo delegado Ricardo Saadi, da PF. Saadi assume o lugar de Protógenes Queiroz, que diz ter sido afastado do caso pela cúpula da polícia.Segundo auditoria dos novos controladores da Brasil Telecom, Dantas tinha uma “sala de escuta” na empresa para gravar conversas. Seu banco, o Opportunity, contesta a auditoria.(págs. 1, A4 e A10)
Brasil envelhece rápido e atinge previsão de 2043
A taxa de natalidade no Brasil chegou em 2006 a 1,8 filho por mulher, segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde. O IBGE previa que esse índice fosse atingido só em 2043. Em 2004, a média havia chegado a 2,1 filhos por mulher.A queda ocorreu também na faixa de menor escolaridade e no setor rural, onde a média foi de 3,5 para 2 em dez anos. O fato de haver mais idosos e menos crianças antes do previsto altera cálculos de aposentadoria e políticas públicas. (págs. 1 e C3)
Amorim pede desculpas após citar frase de nazista na OMC
O ministro Celso Amorim disse lamentar o possível mal-estar com sua citação de frase atribuída ao nazista Joseph Goebbels, “uma mentira dita muitas vezes vira verdade”, em referência a países ricos na Organização Mundial do Comércio.A representante americana Susan Schwab é filha de sobreviventes do Holocausto. Amorim insinuou que a reação irritada dos EUA é tática de negociação. (págs. 1 e B3)
Presidente do Cade critica o governo na saída do cargo
A economista Elizabeth Farina, que deixa nesta semana a presidência do Cade, órgão do governo ao qual cabe o julgamento das fusões de empresas, se diz frustrada com o que considera falta de empenho do Planalto em reestruturar o sistema de defesa da concorrência. Farina afirma ter sofrido pressões ao julgar, mas não do governo. Segundo ela, o Planalto é lento nas nomeações para o órgão. (págs. 1 e A17)
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O Estado de S. Paulo
Lula abre cofre para aliados em ano eleitoral
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu o cofre para os aliados, neste ano de eleição municipal. Das 50 cidades que mais receberam dinheiro federal, a base aliada administra 43. Os prefeitos do PT, que administram 7% dos municípios, abocanharam 23% da verba, informam Sônia Filgueiras e Sérgio Gobetti.(págs. 1 e A4)
EUA usam “deslize” contra o Brasil, diz Amorim
O chanceler Celso Amorim alerta que os EUA estão usando seu deslize diplomático para tentar enfraquecer a posição do Brasil nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), que tentam encerrar a Rodada da Doha nesta semana. No sábado, Amorim acusou os países ricos de adotarem técnicas nazistas de desinformação nas negociações. (págs. 1, A1 e B3)
STF deve confirmar habeas corpus de Dantas
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal deve confirmar o habeas corpus que duas semanas atrás livrou o banqueiro Daniel Dantas da prisão. O mesmo grupo considerou ilegal, em 2006, a prisão de outro banqueiro, Edmar Cid Ferreira, em circunstâncias parecidas, a começar pelo juiz que mandou prender os dois. (págs. 1 e A10)
Remessas de trabalhadores estrangeiros crescem 78,4%
O forte crescimento da economia tem trazido ao Brasil trabalhadores de países vizinhos, como Bolívia, Colômbia, Paraguai e Peru. Com isso, o envio de dinheiro às suas famílias cresceu 78,4% nos 12 meses até maio e já soma US$ 638,8 milhões. Na contramão, as remessas de brasileiros nos EUA e Japão caíram 4,3%. (págs. 1 e B5)
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Jornal do Brasil
Investidor aposta R$ 122 bilhões no Rio
O Estado tem projetos já definidos que exigirão recursos de R$ 122 bilhões até 2010. Os setores de petróleo e gás, siderurgia, petroquímica e logística lideram os investimentos. Porém, a violência urbana do Rio, que chega a se comparar com regiões em conflito armado, é uma questão mais sensível no setor de serviços, admite o secretário estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno.(págs. 1, Cidade A17 e Economia A19)
PT quer apurar caso Dantas
A Executiva Nacional do PT vai discutir o envolvimento de cinco nomes do partido nas investigações dos supostos negócios criminosos do banqueiro Daniel Dantas. Entre os citados está Gilberto Carvalho, assessor direto do presidente Luis Inácio Lula da Silva. (págs. 1 e A5)
MST agora luta contra empresas e agronegócio
A reforma agrária já não é o principal objetivo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que agora desafia o modelo agrícola como um todo. Empresas apontam casos de sabotagem com alto potencial de provocar tragédias e mortes.(págs. 1, A2, A4 e Tema do Dia)
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Correio Braziliense
R$ 35 milhões jogados fora
Era para ser uma obra que atenderia 182 famílias de produtores agrícolas. Já consumiu R$ 35 milhões de dinheiro público. Mas o projeto de irrigação de Três Barras, em Cristalina, a 160km de Brasília, não só está sucateado como acabou invadido pelo mato. Para piorar, os governos federal e de Goiás querem investir mais R$ 20 milhões, embora a Corregedoria-Geral da União (CGU) faça o alerta: trata-se de uma “aberração administrativa” e a tendência é de que nunca venha a funcionar. E mesmo quem seria beneficiado reconhece que é dinheiro jogado fora: “Se tem alguém solicitando dinheiro, está com má intenção. Não funciona como está’, diz o presidente da Cooperativa Agrícola de Três Barras, Belchor dos Santos. (págs. 1, 2 e Tema do Dia)
MP inicia hoje investigação de boicote a delegado da PF. (págs.1 e 3)
O apelo de Lula por paz
Ao som de Shakira em plena Floresta Amazônica, os presidentes Lula e Álvaro Uribe unem-se para pedir a libertação dos reféns das Farc.(págs. 1 e 14)
Caos aéreo maquiado
Nos saguões dos aeroportos, o clima é tranqüilo. Mas nos bastidores, controladores e vôo reclamam da falta de profissionais qualificados. (págs. 1 e 6)
Carteiros tentam tirar o atrasoOs funcionários dos Correios que voltam a trabalhar hoje vão esticar o horário para normalizar as entregas. Processo deve levar 15 dias. (págs. 1 e 11)
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Valor Econômico
Alianças ideológicas e menos candidatos marcam eleições
O conjunto nacional das alianças partidárias das principais siglas nas capitais do país mostra um realinhamento ideológico e projeta composições para 2010, apesar da preponderância das realidades locais. Ao contrário do que ocorreu em 2004, as alianças do PT com partidos de esquerda cresceram em 2008. PCdoB, PSB e PDT têm com o PT, em bloco ou separadamente, 40 alianças em capitais - em 2004, foram 29. (págs. 1 e A8)
Europeus querem cota para etanol
Confrontos entre países desenvolvidos e emergentes, e agora também entre os próprios emergentes, anteciparam as negociações de 35 ministros que começam hoje em Genebra para tentar salvar do fiasco a Rodada Doha. O G-20, grupo liderado pelo Brasil, pela primeira vez rejeitou publicamente a tentativa da União Européia, Japão, Suíça e outros países de criar novas cotas para produtos agrícolas. O Valor apurou que a UE quer criar cota inclusive para o etanol, que limitaria a entrada do produto com tarifa menor a cerca de 142 milhões de litros por ano, ou seja, 5% da média do consumo europeu entre 2003-2005. A própria UE acenava antes com uma cota de 1 bilhão de litros por ano para o Mercosul na negociação birregional. (págs. 1 e A3)
Cimenteiras vão investir R$ 5,5 bilhões
Surpreendidas por um crescimento acelerado da demanda, as indústrias de cimento brasileiras investem cerca de R$ 5,5 bilhões para ampliar a capacidade de produção em 35% até 2012. Quando esse ciclo de aportes estiver concluído, as cimenteiras brasileiras terão condições de fabricar até 85 milhões de toneladas por ano, o que colocará o país entre os 10 maiores fabricantes do produto no mundo. (págs. 1, B1 e B6)
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Gazeta Mercantil
Rio de Janeiro receberá mais de R$ 100 bi de investimentos
Os investimentos públicos e privados programados para os próximos dois anos no Rio de Janeiro transformarão o estado em um grande canteiro de obras. Os setores de petróleo e gás, siderurgia, petroquímica e logística são os principais responsáveis pela concentração de projetos que devem manter a atividade econômica em alta até 2010.(págs. 1 e A6)
Uma nova tentativa para salvar a Rodada Doha
A poucos meses de completar sete anos de intermináveis negociações, a Rodada de Doha, voltada para a liberalização do comércio global, terá hoje mais uma tentativa de salvação. O diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, convocou 30 minutos para uma nova rodada de reuniões em Genebra, Suíça, para tentar alcançar um esboço de um acordo ainda este ano. (págs. 1, A10 e A11)
Protagonistas abandonam o caso Dantas
A crise criada desde a prisão do banqueiro Daniel Dantas já resultou na saída de pelo menos três protagonistas de toda essa história. O delegado responsável pela investigação, Protógenes Queiroz, foi o primeiro a sair para fazer um curso.Os delegados auxiliares Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro pediram para sair, mas foram convencidos a ficar. O diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa e o juiz Fausto De Sanctis pediram férias de 15 dias. (págs. 1 e A4)
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