A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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quarta-feira, março 13, 2013
HORA EXTRA [In:] ''TUDO TOMOU SEU LUGAR DEPOIS QUE A BANDA PASSOU... '' (Chico Buarque)
''HABEMUS PAPAM'' (Francisco I)
Argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo papa.
Veja a apresentação do pontífice
Fiéis se emocionam com a escolha do novo papa; siga o minuto a minuto
Efe





MADAME TUSSAUDS (2)
DOMINGO, 10 DE MARÇO DE 2013
A Verdade foi enterrada antes de Hugo Chávez
''POETA, MEU POETA CAMARADA..." (Toquinho ao Vinicius de Moraes)
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Roberto DaMatta
Uma avalanche de eventos
Temos vivido uma avalanche de
eventos.
Da morte de Chávez às divergências
sobre os royalties do petróleo cujas sequelas vão mudar a cena política. Isso
para não falar sobre a renúncia e agora eleição de um novo pontífice e o
rompimento de uma trégua pela Coreia do Norte.
Tudo isso pesa num mundo cada vez
menor.
No
plano insignificante do cronista, há a carta insigne
que recebi do vice-presidente da República, o senhor Michel Temer - assinada como Michel Temer reclamando do
modo como ele é mencionado na crônica Eu não Aceito, publicada em 6 de fevereiro.
O sr. Michel Temer ficou magoado com
o que leu como uma censura à sua poesia. Ora, não é todo dia que um sujeito que
dá aulas lê, escreve e pesquisa por mais ou menos 50 anos; um alucinado que
andou estudando índios e que transformou alegrias como o carnaval e futebol em
chatices teóricas; que vive denunciando a amizade e o apadrinhamento como
valores essenciais no mundo público; enfim, um professor, essa profissão tão
valorizada no Brasil, recebe uma carta acompanhada de três livros de um vice-presidente
da República, uma pessoa superocupada com os problemas nacionais e com uma
trajetória pública invejável.
Daí porque - pela deferência à figura
de Michel Temer e pelo respeito que tenho pelo papel que ocupa (e que a ele não
pertence totalmente) - torno público um assunto relativamente particular.
Observo que o nome do sr. Michel
Temer surge na minha crônica no papel de poeta. E de poeta hígido (hígido, para
quem não sabe, significa saudável!). Observo,
em seguida, que minha crônica é permeada de ironia que se manifesta nas imagens
que usei para salientar a minha desilusão com a dinâmica política nacional. O fato concreto, entretanto, é que
jamais larguei coisa alguma. Muito pelo contrário, estou enfronhado no Brasil
e, por circunstâncias que não inventei, tenho viajado muito mais para dentro do
que para fora de mim mesmo. No momento, estou aprendendo a viver com menos.
Michel Temer escreve-me discorrendo
sobre a sua vocação poética e explica que somente publicou seus pensamentos
instado por amigos fiéis que, por sinal, são indivíduos admiráveis.Em
seguida, ele fala de sua trajetória como acadêmico no campo do Direito
Constitucional, cujo sucesso foi inegável, e exprime, não sem uma boa e justa dose
de sarcasmo, o seu ressentimento por eu ter condenado a sua poesia. Termina
dizendo uma verdade: "Talvez o que o tenha influenciado é
o meu lado político. Duvido que V.S. seja daqueles que desestimulam os
"calouros" que se atrevem a impulsionar pelas letras
sentimentais".
O poeta no vice-presidente está
certo. Depois de ler o seu livro Anônima Intimidade percebo sua reação. Michel
Temer é um homem dividido como eu. É um correligionário de letras e de
mediunidade que a política escondeu e que, espero, não tenha liquidado
totalmente.
Na
carta que ele se dignou a mim endereçar, Michel
Temer me situa no Olimpo da vida literária nacional. Ledo engano, Michel. Eu moro em Niterói e tenho a certeza, como
muitos que criticaram o meu trabalho, que sou um especialista menor, errado ou
superficial, que luta para fechar suas contas praticando uma antropologia
antiga.
Na referida crônica, eu expressava a minha indignação não contra a sua poesia,
mas contra a posse como presidente do Senado de um político sobre o qual pesam
graves acusações. Um parlamentar que, entre outros fatos, é um recordista de
atos secretos e, mesmo assim, ou talvez por isso mesmo, dava uma aula de
"ética".
Se o poeta Michel Temer reler a minha
crônica, ele verá que o seu nome aparece por ele ser a segunda pessoa da
República e sua excelência, o presidente do Senado, o sr. Renan Calheiros, o
qual pertence ao seu partido, ser a terceira.
Quer se queira ou não, o vice-presidente
faz parte de um governo no qual a política tem sido descarrilhada por troca de
favores e escândalos que me envergonham - razão do meu desabafo.
Eu não o julguei como poeta, mas
testemunhei pela leitura do seu livro a angústia contida na poesia rascunhada
em papel de guardanapo de avião ao sair de Brasília. Vejo que é um composto de perplexidades e angústias causadas
pelo campo de sua atuação principal: a política - justamente a dimensão que motivou minha crônica. Lendo
as suas ansiedades, eu bem posso imaginar a profundeza das consternações que
marcam a sua biografia. No seu livro enxerguei a purgação que uns poucos podem
fazer diante de um quadro político tão, data vênia, deprimente. Se fazemos em
parte o mesmo, como poderia censurá-lo como poeta? Lamento o mal-entendido e
por ele me desculpo.
Mas gostaria de aproveitar esta
ocasião para dizer como eu gostaria que o seu lado de poeta estivesse mais
próximo do seu lado de político profissional e - ouso sugerir com índole
fraternal - pudesse ouvir esse seu lado literário com mais frequência. Foi
imperdoável tê-lo ignorado como poeta e rogo para que sua poesia possa iluminar
- com a agonia e as incertezas de todo poema - este nosso Brasil, cujo palco
político produz dramas tão calhordas sem nenhum constrangimento.
PS: Aqui fica um convite para um
encontro em minha casa no Olimpo chamado Niterói. Seria um prazer conhecer
pessoalmente o poeta que é vice-presidente da República e liderança da base
governista.
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06 de fevereiro de 2013
| 2h 14
Roberto
Damatta - O Estado de S.Paulo
Quando
o hígido Michel Temer vira poeta e Renan Calheiros - acusado pela Procuradoria
Geral da República de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso -
é apossado (com voto secreto - o voto da covardia) na Presidência do Senado
Federal no posto número 3 da sucessão republicana e entra no papel dando uma
aula de ética e com apoio do PSDB, um lado meu pergunta ao outro se não estaria
na hora de sumir do Brasil.
Se não
seria o momento de pegar o meu chapéu e deixar de escrever, abandonar o ensino
das antropologias, desistir do trabalho honesto, beber fel, tornar-me um
descrente, aloprar-me, abandonar a academia (de ginástica, é claro), deixar-me
tomar pela depressão, desistir de sonhar, aniquilar-me, andar de joelhos, dar
um tiro no pé, filiar-me a uma seita de suicidas, mijar sentado,
avagabundar-me, virar puxa-saco, fazer da mentira a minha voz; e - eis o
sentimento mais triste - deixar de amar, de imaginar, de ambicionar e de
acreditar. Abandonar-me a esse apavorante cinismo profissional que toma conta
do País - esse inimigo da inocência -, porque minha cota de ingenuidade tem
sido destroçada por esses eventos. Eu não posso aceitar viver num país que
legaliza a ilegalidade, tornando-a um valor. Eu não posso aceitar um conluio de
engravatados que vivem como barões à custa do meu árduo trabalho.
"A
ética não é um objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, é o
interesse nacional. A ética é obrigação de todos nós e é dever deste
Senado", professa Renan Calheiros, na sua preleção de po(s)se.
Para
ele, a ética, o Brasil, o dever, o interesse e as obrigações são coisas
externas. Algo como a gravata italiana que chega de fora para dentro e pode ou
não ser usada. Façamos uma lei que torne todo mundo ético e, pronto!,
resolvemos o problema da cena política brasileira - esse teatro de calhordices.
A ética
não é a lei. A lei está escrita no bronze ou no papel, mas a ética está
inscrita na consciência ou no coração - quando há coração... Por isso, ela não
precisa de denúncias de jornais, nem de sermões, nem de demagogia, nem da
polícia! A lei precisa da polícia, o moralismo religioso carece dos santarrões
e as normas, de fiscais. A ética, porém, requer o senso de limites que obriga à
mais dura das coragens: a de dizer não a si mesmo e, no caso deste Brasil
impaludado de lulopetisto, a de negar o favor absurdo ou criminoso à namorada,
ao compadre, ao companheiro, ao irmão, ao amigo.
"O
Zé é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!", eis a cínica palavra de
ordem de um sistema totalmente aparelhado e dominado pelo poder feito para
enriquecer a quem o usa, sem compostura, o toma lá dá cá com tonalidades
pseudoideológicas, emporcalhando a ideologia.
Quem é
que pode acreditar na possibilidade de construir um mundo mais justo e
igualitário no qual a esfera pública, tocada com honestidade, é um ideal, com
tais atores? Justiça social, honestidade, retidão de propósito são valores que
formam parte da minha ideologia; são desígnios que acredito e quero para o
Brasil. Ver essa agenda ser destruída em nome dos que tentaram comprar apoio
político e hoje se dizem vítimas de um complô fascista, embrulha o meu
estômago. Isso reduz a pó qualquer agenda democrática para o Brasil.
O
cínico - responde meu outro lado - precisa (e muito) de polícia; o ético tem
dentro de si o sentido da suficiência moral. Ela ou ele sabem que em certas
situações somente o sujeito pode dizer sim (ou não!) a si mesmo. Isso eu não
faço, isso eu não aceito, nisso eu não entro. É simples assim. A camaradagem
fica fora da ética, cujo centro é o povo como figura central da democracia.
O que
vemos está longe disso. Um eleito condenado pelo STF é empossado deputado,
Maluf - de volta ao proscênio - sorri altaneiro para os fotógrafos, um outro
companheiro com um passado desabonado por acusações vai ser eleito presidente
da Câmara; a presidente age como a rainha Vitória. E o Direito: o correto e o
honesto viram "direita". Entrementes, a "esquerda" tenta
desmoralizar a Justiça porque não aceita limites nem admite abdicar de sua
onipotência.
Articula-se objetivamente, com uma desfaçatez alarmante, uma
crise entre poderes exatamente pela mais absoluta falta de ética, esse espírito
de limite ausente dos donos do poder neste Brasil de conchavos vergonhosos e
inaceitáveis. Você, leitor pode aceitar e até considerar normal.
Eu não aceito!
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ELEIÇÕES 2014: AS ALIANÇAS E A ÉTICA POLÍTICA DE MAQUIAVEL
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![]() | 13/03/2013 |
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PSB busca novas alianças
O governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência pelo PSB em 2014, Eduardo Campos, tem conversado com representantes de diversos partidos em busca de palanques alternativos para os correligionários nas eleições estaduais do ano que vem. Além de fechar o apoio dos cinco governadores do PSB — a única voz ainda resistente é a do governador do Ceará, Cid Gomes —, Campos tem conversado com representantes de outros partidos para escapar da necessidade de uma aliança com o PT em 2014.
Eduardo Campos chegou a Brasília no início da noite de ontem com uma série de conversas agendadas. Os encontros devem se estender até hoje, após a reunião dos governadores na Câmara para discutir o pacto federativo. Na semana passada, antes do anúncio de R$ 33 bilhões destinados a obras de saneamento e mobilidade urbana, o governador do PSB já havia conversado com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB). No radar do socialista pernambucano ainda estão nomes como o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e dos senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Waldemir Móka (PMDB-MS).
“Com a decisão de termos candidato próprio, não haverá como nos aliarmos ao PT nos estados. Eles abrirão o palanque para Dilma Rousseff”, justificou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Na prática, o PSB está concretizando nas articulações o que setores do PMDB temem que aconteça no ano que vem: os candidatos peemedebistas aos governos estaduais podem ficar à espera de uma sinalização de apoio de Dilma e acabar descobrindo que não existe espaço para palanques duplos quando um deles é ocupado por um candidato do PT. A intenção do PSB até o momento é ter, pelo menos, doze candidatos próprios aos governos estaduais no ano que vem. Nos locais onde isso não for possível, o plano é encontrar as composições políticas mais próximas dos objetivos do partido de eleger o próximo presidente da República. Beto diverte-se com a irritação que o PT tem demonstrado com as pretensões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de candidatar-se ao Palácio do Planalto. “A presidente Dilma não deveria se preocupar conosco. Ela deveria estar preocupada com a economia e com as brigas entre PT e PMDB nos estados”, disse Beto. Moka e Blairo Maggi devem ser candidatos por seus respectivos partidos aos governos locais no ano que vem. Além disso, os dois são expoentes do agronegócio, setor importante da economia brasileira que impediu um resultado ainda menos pífio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que fechou em 0,9%. Mas outras conversas já estão alinhavadas. No Paraná, por exemplo, Beto acha possível um contato com o atual governador, Beto Richa (PSDB). A proximidade entre as duas legendas remete a velhos caciques políticos: José Richa (pai de Beto) e Miguel Arraes (avô de Eduardo Campos). O tucano provavelmente abrirá seu palanque para Aécio Neves. Mas, como as duas legendas são aliadas no plano local, os socialistas também mantêm esperança de uma composição com os tucanos. Outra aposta arriscada acontece em São Paulo. O PSB está de olho nos movimentos do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O ex-prefeito de Sâo Paulo vem sendo estimulado pelo partido a candidatar-se ao governo. O Correio apurou que Kassab admite ter poucas chances diante da polarização entre PT e PSDB, mas pretende ser fundamental em um eventual segundo turno. Isso o cacifaria a ocupar um ministério importante em 2015, caso Dilma seja reeleita presidente da República. Reposicionamento Para Beto Albuquerque, o partido precisa se reposicionar neste momento em que busca pavimentar a candidatura presidencial de Eduardo Campos. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, temos o vice-governador na chapa de Tarso Genro. Mas teremos candidato próprio no ano que vem. A mesma coisa vai acontecer no Distrito Federal”, disse Beto. O PSB também não descarta possíveis alianças com os peemedebistas dissidentes.
De longe, a legenda acompanha a briga do PMDB fluminense com o PT. “Por que não imaginar que Eduardo teria um espaço no palanque de Pezão (Luiz Fernando Pezão, vice de Sérgio Cabral e provável candidato do PMDB ao governo do Rio)”? provocou Beto. Mas ele adianta que as conversas com o partido não começaram ainda. “Temos que esperar para ver se há sinais de divórcio. Não podemos nos antecipar”, justificou.
“Com a decisão de termos candidato próprio, não haverá como nos aliarmos ao PT nos estados” Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara
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ELEIÇÕES 2014: ''NA NOSSA FESTA VALE TUDO..." (As Frenéticas)
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Contra seca, Dilma promete 'vale-bode'
Presidente quer ajudar agricultor a recuperar rebanho
Eduardo Bresciani
Enviado especial
Água Branca (AL)
Em sua segunda visita ao Nordeste em menos de oito dias, a presidente Dilma Rousseff inaugurou ontem em Alagoas trecho de uma obra que leva água ao sertão e prometeu até cabras e vacas para agricultores que sofrem com a seca. A região costuma ter um eleitorado tradicionalmente petista, mas há o temor de que esses votos migrem para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), caso ele concorra ao Planalto em 2014.
A inauguração pela presidente dos dois primeiros trechos da obra do Canal do Sertão visa a minimizar os efeitos dos atrasos no cronograma da transposição do Rio São Francisco, que beneficiará quatro Estados e tem como prazo de entrega o ano de 2015. O projeto do Canal do Sertão prevê 250 quilômetros de extensão dentro de Alagoas. Até agora, 65 quilômetros foram entregues.
No evento, Dilma destacou ações emergenciais do governo para minimizar os efeitos de uma das secas mais rigorosas dos últimos anos e prometeu recompor o rebanho perdido por agricultores por causa da estiagem dentro de um programa que j será implementado após o fim da seca.
"É um programa de retomada. Quando a seca passar, não basta chover, vai ter de recuperar rebanho, bode, cabra, bovino, galinhas. O governo federal está atento a isso. Não posso recuperar quando tem seca, porque vai morrer outra vez, mas quero assegurar ao pequeno produtor que teve sua cabrinha morta, seu boizinho, que o governo federal vai recompor isso", disse Dilma.
O modelo para financiar o rebanho não está definido. Também não se sabe de onde virá o dinheiro, podendo ser do Banco do Brasil. Na semana passada, Dilma já tinha falado, para os integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da necessidade de recuperação das criações de galinha, cabras e bois, mortos por causa da seca.
Ela destacou ainda a compra de milho subsidiado durante a seca, o repasse de recursos por meio de dois programas federais e a contratação de carros-pipa para atender às áreas mais afetadas.União.
/ Colaborou Tânia.
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PACTO FEDERATIVO: QUEM É O PAI DA CRIANÇA?
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Para conter agenda de Campos e Aécio, governo dá prioridade a pacto federativo
Denise Madueño
Brasília
O governo federal antecipou-se e lançou uma contra ofensiva para tentar esvaziar a agenda e o discurso dos potenciais candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Os dois insistem na pauta da distribuição mais igualitária da arrecadação federal. Ontem, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), se reuniu com líderes dos partidos aliados que definiram como prioridade quatro projetos que alteram o pacto federativo.
A ministra pediu a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que muda a cobrança do ICMS no comércio eletrônico, um projeto de resolução que unifica as alíquotas do ICMS, a medida provisória que cria os fundos de compensação para as mudanças que ocorrerão com alteração do ICMS e o projeto de lei sobre o endividamento dos Estados, que poderá estabelecer um novo indexador.
O governo articula, ainda, uma reunião dos relatores dos quatro temas no Congresso com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana.
A reunião com líderes ocorreu um dia antes do encontro de governadores com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a questão federativa.
Eduardo Campos, por exemplo, já havia acertado uma reunião com governadores do PSB e as bancadas do partido para discutir uma estratégia comum em relação a temas referentes à relação entre Estados e União.
O empenho do governo federal em votar temas do pacto federativo ocorre em meio a uma crescente cruzada dos principais prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2014, por menor centralização dos recursos dos impostos nas mãos da União em detrimento dos Estados e dos municípios.
O discurso, de grande apelo político entre os governadores, tem sido adotado tanto por Campos quanto pelo senador Aécio Neves no campo da oposição.
Ontem o Senador tucano voltou a acusar o governo de omissão na questão federativa em discurso durante seminário do PSDB para debater a Petrobras. O tucano afirma que há uma "perda de harmonia" entre os entes federados,provocada pela falta de articulação do governo.
Jogo combinado. "Vamos articular e combinar a tramitação I das matérias", disse Ideli. Segundo a ministra, as propostas devem ser votadas concomitantemente no Congresso.
A proposta de descentralizar a cobrança do ICMS do comércio eletrônico foi apontada pela ministra como uma mudança fundamental. Atualmente esse tipo de comércio beneficia os locais onde estão as empresas de venda. "Esse comércio cresce exponencialmente e está concentrado em poucos Estados. A redistribuição é de fundamental importância", disse Ideli Salvatti.
Embora o governo tenha solicitado a aprovação das propostas, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou não haver data ainda para votação. "O objetivo não é apenas a celeridade, mas produzirmos ajustes no pacto federativo para promover o País do ponto de vista econômico e do ponto de vista social", disse Chinaglia.
"Quanto a prazo (para votação), hoje ninguém responde a essa pergunta. Nossa intenção junto com o governo é definir os conteúdos." Chinaglia reconheceu que há divergência sobre os temas nas próprias bancadas e entre os partidos.
O presidente da Câmara pediu aos governadores que tragam para a reunião de hoje os projetos que julgam ser fundamentais.
Grupo protesta em visita presidencial ao sertão alagoano
As promessas da presidente Dilma Rousseff aos nordestinos foram feitas com a trilha sonora de apitos insistentes de um pequeno grupo de manifestantes que conseguiu chegar até o local do evento, no canteiro de obras da construtura Queiroz Galvão, em Água Branca (AL). Munidos de cartazes contra políticos de vários partidos, os participantes diziam não fazer parte de qualquer movimento político. Apesar do esquema de segurança, eles questionavam qual seria o uso dado ao Canal do Sertão, reclamavam de promessas não cumpridas e alternavam os apitos com palavras de ordem contra a presidente e outros políticos presentes, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB).
Antes do evento, outro protesto dificultou o acesso nas estradas. Duas rodovias federais foram fechadas por manifestantes que cobram o asfaltamento de um trecho de 49 km entre Alagoas e a divisa com Pernambuco da BR-316. Em discurso, Dilma se comprometeu a levar adiante a obra.
/ Eduardo Bresciani.
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12/03/2013 - 13h51
Dilma e Renan Calheiros são alvos de protestos em visita a Alagoas
DANIEL CARVALHO
ENVIADO ESPECIAL A ÁGUA BRANCA (AL)
A presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foram alvo de protestos durante cerimônia em Água Branca, no sertão de Alagoas, a 296 km de Maceió.
Dilma visitou o município para inaugurar um trecho do Canal do Sertão, obra que se arrasta desde 1992.
A presidente discursou durante pouco mais de 26 minutos sob o som de apitos.
Manifestantes, que disseram não pertencer a nenhum grupo político, carregavam faixas e cartazes com dizeres como "Dilma, traidora. De oprimida a opressora", "Dilma, seja bem vinda à terra do coronel", "Honestamente, nunca se mentiu tanto".
Os manifestantes também gritavam "Alagoas, pior Estado do Brasil" e "Alagoas, Estado de ladrão".
"A gente protesta contra essa mentira porque a gente sabe que esse canal vai servir para a agroindústria", disse o professor José Londe, um dos manifestantes.
Ele fez críticas diretas a Dilma e Calheiros. "Renan Calheiros, que representa Alagoas no Senado é um verdadeiro sanguessuga. Dilma deixou a luta, abraçou o capital internacional e o capital nacional. A Dilma é uma vergonha para o Brasil", disse o professor, que era apoiado por outros cerca de 15 manifestantes.
O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), também foi vaiado e pelo menos um dos cartazes era contra ele. "Téo, se o papa conseguiu, você também consegue. Renuncie!!!".
Protestos também foram realizados antes da chegada da presidente. Duas rodovias foram bloqueadas pela população que pedia a pavimentação de um trecho de BR-316.
Em seu discurso, a presidente prometeu pavimentar o trecho da estrada.
Agricultores também protestaram. Eles colocaram cabeças de gado na estrada, na entrada da cidade, e distribuíram um manifesto pedindo o perdão das dívidas que têm com o Banco do Nordeste.
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