PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, março 13, 2009

XÔ! ESTRESSE: EM TEMPOS DE PRÍNCIPE CHAVES

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].

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CASO TELEBRÁS: MAIS UMA ''PIZZA''

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Justiça inocenta ex-integrantes do governo FHC no caso Telebrás
Justiça absolve acusados de beneficiar Telemar em leilão


Folha de S. Paulo - 13/03/2009

Ação apontava suposta irregularidade na privatização do Sistema Telebrás, em 1998
Procuradoria vai recorrer; ação acusava o ex-ministro Mendonça de Barros, entre outros, de ter praticado improbidade administrativa
A Justiça absolveu Luiz Carlos Mendonça de Barros (ex-ministro das Comunicações), André Lara Resende (ex-presidente do BNDES), José Pio Borges (ex-vice-presidente do BNDES) e Renato Guerreiro (ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações) ao arquivar, após dez anos, ação em que eram acusados de improbidade administrativa por supostamente terem favorecido a Telemar na privatização do Sistema Telebrás, em 1998.
A sentença, do juiz Moacir Ferreira Ramos, da 17ª Vara da Justiça Federal em Brasília, é de 3 de março e é a primeira ligada ao caso. Processo semelhante tramita no Rio.O Ministério Público Federal, que propôs a ação em 23 de março de 1999, vai recorrer.
O procurador Wellington de Oliveira tem prazo de 30 dias para tomar as providências.
Na ação, pedia-se a condenação dos ex-agentes ao pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano causado, a perda de direitos políticos por até oito anos, além da proibição de contratar com o Estado.
Segundo o Ministério Público, os acusados atuaram para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ) financiasse a Telemar com empréstimos ilegais e sem garantias, bem como para que ingressasse no quadro societário da empresa após a privatização, o que seria proibido pelas normas do leilão.
Gravações clandestinas divulgadas inicialmente pela revista "Veja", e depois integralmente pela Folha, após a privatização do Sistema Telebrás, vendido por R$ 22,058 bilhões, revelaram que, com o conhecimento do então presidente Fernando Henrique Cardoso, Mendonça de Barros, Lara Resende, Pio Borges, além de Jair Bilachi (ex-presidente da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil) e Pérsio Arida (ex-sócio do Opportunity) se articularam para tentar garantir que o Opportunity, que comandava a Telemar, disputasse a compra da Tele Norte Leste.
Mas o banco comprou antes a Tele Centro Sul e, pela regra do leilão, ficou fora da disputa. A companhia foi arrematada pelo consórcio Telemar, por R$ 3,43 bilhões -ágio de 1%.Diante da divulgação dos diálogos, interlocutores justificaram que só tomaram medidas para aumentar a concorrência e elevar o preço dos ativos.As fitas são mencionadas pelo juiz, mas não interferiram no seu julgamento, que teve como base relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), concluído em 2002, e o parecer sobre o caso feito pelo Ministério Público que atua no tribunal.
Em seu parecer, o procurador Lucas Furtado afirma que "tudo indica que não houve tal intenção dos responsáveis [pela condução do leilão], haja vista, como se disse, não agirem eles para beneficiar em particular determinado consórcio, mas para favorecer a competitividade no leilão e buscar melhor resultado para o erário".
A ação foi proposta pelo Ministério Público como resultado de representação feita por petistas, entre os quais os deputados federais Ricardo Berzoini, hoje também presidente do PT, e Aloizio Mercadante, agora senador. O juiz sugere, por fim, que eles poderiam ter interferido no "governo atual (já renovado pela reeleição), ao qual têm dado suporte, para que fosse feita, a fundo, a investigação dessas denúncias -sérias, enfatize-se, que apontaram na representação.
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PUBLICIDADE [In:] ... E DEU NA TV!!!

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Associação de gays pede retirada de propaganda de Doritos do ar



CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha
A ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pediu ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) que retire do ar campanha do salgadinho Doritos, da Elma Chips, por "disseminar preconceito com roupagem bem-humorada" contra homossexuais. O vídeo está no YouTube.
Um dos dois filmes da campanha, lançada no último dia 8 em canais de TV aberta e paga, mostra um grupo de quatro amigos em um carro ouvindo a canção "YMCA", do grupo Village People (sucesso na comunidade gay, segundo a ABGLT), quando um deles começa a dançar a coreografia da música. Ao final do vídeo, um pacote de Doritos tampa o rosto do jovem e uma voz de fundo diz: "Quer dividir alguma coisa com os amigos? Divida Doritos".
Reprodução


"A propaganda diz que a gente tem que se guardar. É ofensivo e mostra que a gente tem que se assumir cada vez mais. Não ficar enrustido para não prejudicar os amigos", disse Toni Reis, presidente da ABGLT.
Reis disse que entendeu a cena do pacote de "Doritos" no rosto do jovem como uma maneira de "esconder a homossexualidade como se fosse um grande defeito".
O Conar informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a solicitação foi encaminhada para um relator e que, se houver pedido de liminar para suspender a propaganda, a decisão deve ocorrer na próxima semana.
A PepsiCo, proprietária da marca Elma Chips, afirmou, por meio de nota, que "nunca aceitaria o risco de veicular qualquer mensagem discriminatória, muito menos ofensiva a qualquer público, e desrespeitar os homossexuais seria inaceitável tanto para a Pepsico quanto para sua agência de propaganda, a AlmapBBDO". Para a empresa, a campanha do salgadinho quer mostrar "como é gostoso consumir Doritos entre amigos".
O filme YMCA "mostra a dancinha de forma irreverente, como algo fora de moda e não faz nenhuma menção ao homossexualismo. É uma coreografia antiga, engraçada e ultrapassada. Daí o olhar de estranhamento dos amigos para o mico do menino", segundo a nota.
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OPERAÇÃO SATIAGRAHA [In:] ... E DEU NO JORNAL

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Documentos: Reprodução de Veja

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Na noite de 12 de setembro de 2008, o delegado Protógenes Queiroz compareceu espontaneamente à Procuradoria da República no Distrito Federal.

Às 19h45, prestou um depoimento formal. Ouviram-no três procuradores: Gustavo Peçanha, Lívia Nascimento Tinôco e Vinícius Fernando Alves Fermino.

Àquela altura, Protógenes já havia sido afastado do comando da Satiagraha, operação que levara Daniel Dantas à prisão.

A trinca de procuradores abrira uma investigação criminal para apurar supostos desvios de conduta cometidos na ação policial.

A apuração do Ministério Público corre sob o número 2008.34.00.028228-0. Deve-se ao repórter Expedito Filho a revelação do conteúdo do depoimento de Protógenes.

Com seis meses e dois dias de atraso, a platéia fica sabendo que o delegado revelara aos procuradores o seguinte:

1. A Satiagraha “era uma missão determinada pela Presidência da República”;
2. O destinatário da ordem foi “o DPF [delegado da Polícia Federal] Paulo Lacerda”;
3. A operação foi deflagrada graças a “informações repassadas pela Abin" ao governo.


O delegado Protógenes está subordinado ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, que responde ao ministro Tarso Genro (Justiça).

Ao situar no Palácio do Planalto a origem da ordem que detonou a Satiagraha, Protógenes revela a existência de uma inusitada subversão à cadeia de comando.

De resto, o delegado aproxima do local de trabalho de Lula uma operação policial que, meritória nos fins, extrapolou nos meios.

De investigador, Protógenes foi convertido em investigado. Tornou-se alvo de uma correição da própria Polícia Federal.

Na semana passada, soube-se que, sob a investigação legal, o ex-mandachuva da Satiagraha estruturou uma rede clandestina de espionagem.

Perscrutou os passos de ministros, ex-ministros, senadores, juízes, jornalistas e advogados. Nem a vida amorosa de Dilma Rousseff escapou à bisbilhotice.

Protógenes serviu-se do auxílio de espiões da Abin. Dois ou três, disseram as autoridades no ano passado. Mais de 80, a correição da PF descobriria depois.

Pois bem, no depoimento aos procuradores Gustavo Peçanha, Lívia Tinôco e Vinícius Fermino o delegado fez uma outra revelação incômoda.

Disse que o juiz Fausto de Sanctis e o procurador Rodrigo de Grandis, que atuam na Satiagraha, tinham conhecimento da participação da legião da Abin no caso.
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A afirmação de Protógenes é desconfortável porque De Sanctis e De Grandis haviam atestado publicamente que não foram cientificados acerca das ações da Abin.

Ouça-se o que dissera o juiz num depoimento à CPI do Grampo, em agosto do ano passado:

"Sobre a participação da Abin, eu também não tenho como responder, é fato concreto. Isso vai chegar provavelmente ao meu conhecimento. Se isso tudo é verdade, vou ter de apreciar futuramente".

O procurador soara ainda mais taxativo ao ser indagado por repórteres sobre o tema no ano passado: "Não, eu não sabia". Alguém está mentindo.

Fica-se com a óbvia sensação de que alguém está mentindo. Reconvocado para prestar depoimento à CPI da Câmara, Protógenes talvez se anime a iluminar o mistério.

Por uma dessas coincidências do destino, o depoimento foi marcado para 1º de abril, o Dia da Mentira.

Alheio às armadilhas do calendário, Protógenes disse, numa palestra a estudantes de Goiânia, que vai à CPI com a disposição de “dar nomes aos bois”.

A julgar pelo tamanho do rebanho tangido pela rede de bisbilhotagem que comandou, nomes não haverão de faltar ao delegado. Mas Protógenes não especificou o tipo de ruminante que planeja nominar.

A despeito dos desdobramentos explosivos da investigação a que Protógenes é submetido pela PF, o governo não fez nenhum comentário sobre o caso.

Por ora, o único alvo de Protógenes que se animou a dizer meia dúzia de palavras foi Dilma Rousseff.

Disse que não tem medo de escutas telefônicas. Não há vestígio de que a ministra tenha sido grampeada. De resto, pôs em dúvida a veracidade do noticiário.

No mais, imperou o silêncio. Já na semana passada o noticiário roçara o Planalto. Viera à luz um depoimento dado à PF por Lúcio Fábio Godoy de Sá.

Trata-se de um dos agentes da Abin que atuaram na Satiagraha sob ordens de Protógenes. Dissera ter ouvido do delegado o seguinte:

“Tratava-se de uma investigação que envolvia espionagem internacional”. Coisa do “interesse do presidente da República”

Lula “queria essa investigação porque até o próprio filho do presidente teria sido cooptado por essa organização criminosa”.
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O depoimento de Protógenes à Procuradoria, agora pendurado nas manchetes, confere ares de veracidade ao testemunho do araponga.

E o silêncio do Planalto resulta, por assim dizer, num barulho ensurdecedor.

Resta torcer para que o delegado Ricardo Saadi, sucessor de Protógenes no comando da Satiagraha, tenha avançado na investigação.

Os advogados que cuidam da defesa de Daniel Dantas, o suspeito-geral-da-República, tramam usar os desacertos de Protógenes para arguir a nulidade do inquérito.

A platéia não merece que a peça tenha semelhante desfecho.
Escrito por Josias de Souza / Folha Online.

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http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

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O RETORNO DO JEDI [In:] O CAÇADOR DE MARA(CU)JÁS

A volta do caçador de marajás
Collor cria regras para nomeações em agências e quer fiscalizar PAC
a
autor(es): Maria Lima
O Globo - 13/03/2009

Afastado da Presidência em 1992 por impeachment, o senador Fernando Collor (PTB) abriu a primeira sessão da Comissão de Infraestrutura, que preside, com medidas de moralização: criou uma comissão para fiscalizar o PAC e aprovou regras rígidas contra nomeações políticas nas agências reguladoras. Collor surgiu na década de 80 como o "caçador de marajás" de Alagoas. Na comissão, repetiu gestos imperativos que o notabilizaram no Planalto: olhos saltados e dedo em riste. E uma novidade: o nome da namorada (Caroline) tatuado no pulso e um broche com o seu rosto na lapela. A única petista da comissão, Ideli Salvatti, não estava quando foi votada a "despartidarização" das agências

Na primeira sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado que presidiu, o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) avisou que terá atuação alinhada com o Planalto, mas mostrou que pretende dar trabalho ao governo. Anunciou duas decisões que têm tudo para incomodar o presidente Lula e a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT em 2010: uma para fiscalizar as obras do PAC e outra impondo regras mais rígidas para aprovar nomes indicados pelo governo para as agências reguladoras.

Eleito presidente com a ajuda do líder do PMDB Renan Calheiros (PMDB-AL), derrotando a ex-líder Ideli Salvatti (PT-SC), Collor surpreendeu a petista e outros integrantes da tropa de choque governista ao anunciar grupos de trabalho de três senadores - variáveis, de acordo com a obra e o estado - para fazer diligências e fiscalizar in loco as obras do PAC que estão com problemas ou atrasadas.

No caso das obras do PAC, a ideia é confrontar a fiscalização dos senadores com as visitas de Dilma, nos palanques. Nem Wellington Salgado (PMDB-MG) e Gim Argello (PTB-DF), que trabalharam pela eleição de Collor, gostaram. O tucano Flexa Ribeiro (PA) sugerira uma subcomissão para fiscalizar o andamento do PAC, mas Collor entendeu que seria burocrático e que o melhor é criar grupos de trabalho para cumprir a atribuição constitucional de fazer diligências físicas.

- Não cabe à ministra Dilma fazer isso. Fiscalização é atribuição do Legislativo, e vamos fazer, verificando o que está funcionando, o que não está, quais os gargalos, e cobrar a solução dos problemas. O desejo é agilizar, não puxar o freio de mão - justificou Collor.

A palavra "diligência" levou os governistas a tentarem impedir a criação dos grupos.

- Fica calma, não terá diligência nenhuma - apostou Argello, em conversa com Ideli.

Ex-presidente diz que Dilma prometeu enviar balanço

Na reunião, Collor comunicou que Dilma telefonara dizendo que enviaria um balanço completo das obras do PAC. Foi visto como tentativa de evitar a "diligência", mas não surtiu efeito. Vários senadores se revezaram para reclamar do andamento das obras do PAC, contra a propaganda feita pelo governo.

O ato normativo a respeito das agências também surpreendeu, e foi aprovado sem os votos de Ideli Salvati, Salgado e Argello - que deixaram a sala na hora da votação. A aprovação na comissão de Infraestrutura terá duas etapas, e vai requerer que os indicados confirmem, com documentos, desde o comprovado saber da área, até declarações de próprio punho garantindo não ter parentes, sócios ou laços de amizade com pessoas que exerçam função relacionada ao setor. O rol de exigências prevê comprovação de regularização fiscal em todos os âmbitos, ou confissão de que o indicado é ou não alvo de ações judiciais, como autor ou réu. Na primeira etapa da avaliação, um relator fará um parecer sobre a documentação. Só na etapa seguinte ele será sabatinado, com concessão de vista coletiva automática antes da votação final.

- Mas o indicado para as agências terá que apresentar todos esses documentos? - duvidou Jaime Campos.

- Terá - disse Collor.

- É louvado o ato, mas acho que ninguém conseguirá ser aprovado desse jeito - refutou Jaime Campos.

- Não adianta só ter um padrinho forte. Queremos extrair o máximo dos candidatos. Além da idoneidade e isenção, que ele nos mostre sua visão, seus objetivos - respondeu Collor.

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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

13 de março de 2009

O Globo

Manchete: Governo estuda suspender aumento dos servidores

Planalto e área econômica divergem mais uma vez sobre condução da crise

Com o recrudescimento da crise e a queda do PIB, o governo federal analisa suspender por tempo indeterminado os aumentos concedidos a um milhão de servidores no ano passado. Os reajustes têm impacto de R$ 29 bilhões no Orçamento de 2009. A área econômica estuda formas de acionar salvaguardas que condicionam os reajustes à disponibilidade orçamentária. Mas o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT para 2010, ainda resistem, temendo o custo político da medida. Os servidores já ameaçam fazer greve. Não é a primeira vez que a equipe econômica diverge do presidente Lula e da ministra Dilma. Isso ocorre também nas discussões sobre o pacote habitacional, no qual Dilma quer incluir casa "de graça" para a população. (págs. 1, 3 e editorial "Momento próprio")

A nova receita de Lula: 'Contra a crise, Ronaldão' (págs. 1 e 24)

OAB: carteirada de ministro é inconstitucional

O procurador-geral da OAB-RJ, Ronaldo Cramer, disse que a decisão do ministro Orlando Silva de exigir carteirinha de todos os torcedores que vão aos estádios é inconstitucional e que a entidade deve tentar barrá-la na Justiça. "Isso joga a presunção de culpa sobre todos”, afirmou Cramer. (págs. 1 e 32)

A volta do caçador de marajás

Collor aprova no Senado medidas para moralizar agências e fiscalizar o PAC

Afastado da Presidência em 1992 por impeachment, o senador Fernando Collor (PTB) abriu a primeira sessão da Comissão de Infraestrutura, que preside, com medidas de moralização: criou uma comissão para fiscalizar o PAC e aprovou regras rígidas contra nomeações políticas nas agências reguladoras. Collor surgiu na década de 80 como o "caçador de marajás" de Alagoas. Na comissão, repetiu gestos imperativos que o notabilizaram no Planalto: olhos saltados e dedo em riste. E uma novidade: o nome da namorada (Caroline) tatuado no pulso e um broche com o seu rosto na lapela. A única petista da comissão, Ideli Salvatti, não estava quando foi votada a "despartidarização" das agências. (págs. 1 e 4)

Tarso: ‘Se fosse cubano, eu teria pedido refúgio'

Ouvido no Senado sobre o caso Cesare Battisti, o ministro Tarso Genro disse que, se fosse um dos boxeadores cubanos repatriados ano passado, teria pedido refúgio no Brasil, pois Cuba não tem um regime democrático. Tarso anunciou que concederá asilo a um militante fascista italiano, preso no Brasil, assim que o caso chegar às suas mãos. (págs. 1 e 8)

Emprego na indústria encolhe pelo quarto mês (págs. 1 e 23)

Pai rouba avião e cai com filha em shopping

Após brigar com a mulher e raptar a filha, um homem roubou um avião monomotor em Luziânia (GO), fez manobras de alto risco sobre casas e prédios de Goiânia, e despencou no estacionamento de um shopping da cidade. Ele e a filha de 5 anos morreram. Dois caças da FAB acompanharam o avião. (págs. 1 e 11)

ONU se divide sobre medidas contra drogas

Na hora da aprovação do texto com a nova política da ONU de combate às drogas, surgiu um racha: um grupo de 25 países, a maioria europeus, que se consideraram frustrados com as pequenas mudanças, anunciou que passaria a interpretar com uma ótica menos repressora várias das iniciativas acertadas. O Brasil não aderiu. (págs. 1 e 29)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Industria de SP fecham 237 mil vagas em 5 meses

Demissões fazem emprego no setor voltar ao nível de fevereiro de 2007

Desde outubro, quando os efeitos da crise financeira internacional começaram a ser mais sentidos no Brasil, a industria paulista fechou 236,5 mil vagas –cerca de 10% do total do setor. Com isso, o emprego na industria voltou ao patamar de fevereiro de 2007. De outubro a fevereiro, normalmente há queda no saldo de criação de vagas no Estado devido ao fim da safra de cana-de-açúcar, mas a retração foi muito superior á de anos anteriores. Em 2007 e 2008, houve perda de 35,5 mil e de 38 mil postos, respectivamente, no período. Fevereiro foi o terceiro mês seguido de recorde negativo para o setor. Só no mês passado, a industria paulista cortou 43 mil vagas. Paulo Francini, diretor da Fiesp, prevê que a partir de março o saldo de criação de empregos possa chegar, pelo menos, á estabilidade. (Págs.1 e B1)

Projeto que envolve BNDS na Bolívia é investigado

Projeto de US$ 415 milhões para uma estrada na Bolívia, concedido á empreiteira brasileira. OAS com proposta de financiamento do BNDS avalizada pelo presidente Lula, está sendo investigado no pais, relata Fabiano Maisonnave. A Controladoria-Geral boliviana apura o caso após quatro avaliação indicarem superfaturamento e favorecimento. O BNDS afirma que o projeto ainda não foi aprovado. A OAS não se pronunciou. (Págs.1 e B8

Justiça inocenta ex-integrantes do governo FHC no caso Telebrás

A justiça Federal em Brasilia inocentou Luis Carlos Mendonça de Barros (ex-ministro das Comunicações), André Lara Resende, José Pio Borges (ex-presidente e ex-vice do BNDS) e Renato Guerreiro (ex-presidente da Anatel) ao arquivar, após dez anos, uma ação em que eles eram acusados de improbidade na privatização da Telebrás, em 1998, durante o governo FHC. O Ministério Público Federal vai recorrer. (Págs.1 e A10)

Sus vai conceder tratamento de câncer em um só hospital. (Págs.1 e C15)

Madoff é preso após confissão de crimes
O americano Bernard Madoff, 70, foi preso em Nova York, após se declarar culpado em 11 acusações de fraude, lavagem de dinheiro, roubo e falso testemunho. O ex-presidente da Nasdaq, que gerou perdas de até US$ 65 bilhões a investidores, ficará na cadeia até audiência, em junho, que determinará sua pena. (Págs.1 e B12)

ONU reafirma linha repressiva como política contra as drogas

Os paises da Comissão de Narcóticos da ONU aprovaram um documento que mantêm o enfoque repressivo á produção, ao tráfico e ao consumo como diretriz para a policia internacional antidrogas. O texto estipula a meta de “minimizar ou eliminar a disponibilidade e o uso de drogas” até 2019. A União Européia teve rejeitada sua proposta de fazer da “redução de danos” o pilar de uma nova abordagem sobre as drogas. (Págs.1 e A11)

EDITORIAIS: Leia “Um ponto e meio”, que comenta decisão de baixar juros, e “Efeitos da lei seca”, sobre diminuição de mortes. (Págs.1 e A2)

Clóvis Rossi - Reação atrasada mostra que radar do BC não funciona (Págs.1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Crise fecha 236 mil vagas na indústria paulista

Após 5 meses de retração, Fiesp diz que onda de demissões está no fim

A Fiesp informou que as indústrias de São Paulo fecharam 43 mil postos de trabalho no mês passado, uma queda de 2,09% no nível de emprego em relação a janeiro. Foi o pior resultado para um mês de fevereiro desde 1994. Desde outubro, quando a crise financeira mundial se agravou, as empresas paulistas fecharam 235,5 mil postos, um corte de 8,5% em relação ao total de vagas existentes até setembro. Segundo o IBGE, a ocupação no setor industrial brasileiro em janeiro caiu 2,5% sobre o mesmo mês de 2008, o pior resultado desde 2001. Consulta da Confederação Nacional da Indústria mostra que"um terço das 431 empresas pesquisadas fará novas demissões. Para 54% dos empresários, as medidas contra a escassez de crédito têm tido efeito apenas moderado. (págs. 1, B1 e B3)

NÚMERO
18,2 %
é a queda da produção na crise

Notas e informações - Recontando o dinheiro

O governo vive seu primeiro ano de vacas magras e só poderá ter noção de quanto terá para investir quando avançar na revisão do orçamento, feito com estimativa de crescimento econômico de 3,5% . (págs. 1 e A3)

CNBB desautoriza excomunhão

Para bispos, mãe agiu sob pressão, com objetivo de proteger filha. (págs. 1 e A18)

Inclusão muda perfIl da Medicina da USP

Cai participação de escolas particulares

As três melhores escolas particulares do Estado segundo o Enem não tiveram neste ano um só aluno aprovado para a Medicina da USP. Os diretores dos colégios apontam como uma das razões o programa de inclusão que dá bonificação no vestibular a alunos de escolas públicas. A fatia desses estudantes aprovados para a Medicina na USP Pinheiros pulou de 9,7% para 37,7%. (págs. 1 e A16)

Gasto oculto na Câmara de SP chega a R$ 3,2 milhões

Os vereadores de São Paulo gastaram em 17 meses R$ 3,2 milhões em verbas indenizatórias. As despesas incluem correspondência e combustível. Só com impressão, material de escritório e gasolina foram cerca de R$ 2,8 milhões. A maior parte foi gasta com fornecedores não declarados. Líderes da Câmara vão discutir na semana que vem se o nome das empresas deve ser divulgado. (págs. 1 e C1)

EUA querem garantia de crédito à AL contra crise

Os EUA querem que o FMI e o Banco Mundial garantam à América Latina crédito contra a crise, disse o secretário-assistente de Estado americano, Thomas Shannon, sobre a Cúpula das Américas, no mês que vem. Mas a Casa Branca disse que o presidente Obama não irá à reunião "como Papai Noel" - ou seja, os EUA não vão liderar a ajuda ao continente. (págs. 1 e A4)

Madoff admite fraudes e pode pegar 150 anos de prisão

O investidor Bernard Madoff, de 70 anos, foi preso após confessar ter planejado uma fraude financeira estimada por ele mesmo em US$ 50 bilhões nos EUA. Madoff pode ser condenado a até 150 anos de prisão. "Lamento por meus crimes”, disse ele ao juiz. "Estou profundamente envergonhado.” No tribunal, havia cerca de 100 pessoas que se consideram vítimas de Madoff. (págs. 1 e B9)

Foto legenda - Samba de novo: É Charles no Rio

Charles e sua mulher, Camilla Parker Bowles, visitam favela no Rio; o príncipe - que em sua visita ao Brasil em 1978 tentou sambar - desta vez se limitou a tocar chocalho. (págs. 1 e A4)

Sapatada em Bush dá 3 anos de prisão

Jornalista que virou herói no mundo árabe declarou-se inocente. (págs. 1 e A15)

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Jornal do Brasil

Manchete: Desordeiros de luxo

Hotéis da Zona Sul ocupam irregularmente as calçadas com os carros dos hóspedes

A ausência de ordem urbana é flagrante nas calçadas da Zona Sul em frente a hotéis cinco estrelas. Nelas estacionam os carrões dos fregueses e hóspedes - ou por eles mesmos, ou pelos manobristas. O luxuoso Copacabana Palace, por exemplo, paga as multas que os clientes levam. De janeiro até hoje já foram 1.052 autos de infração na orla de Copacabana e Ipanema. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)

Caso Sean gera manifestações

O fim de semana será de manifestações pelo caso do menino Sean. Americanos favoráveis ao pai biológico protestam amanhã em frente à Casa Branca - onde Lula se reúne com Barack Obama - e no Rio. Amigos da família brasileira dão seu apoio no domingo. (pág. 1 e Internacional, pág. A22)

Desemprego pode iniciar ciclo vicioso

O emprego na indústria registrou em janeiro queda de 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado - a maior redução já vista desde o início da pesquisa do IBGE. O resultado amplia a possibilidade de recessão neste semestre. Para especialista, o desemprego afetará o consumo, até aqui "Blindado" contra a crise. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria mostra maior pessimismo dos empresários. (pág. 1 e Economia, págs. A16 e A17)

Sociedade Aberta - Frankilin Trein

Parceria entre Brasil e Europa destaca nossa liderança. (págs. 1 e A17)

Sociedade Aberta - José Sarney

Na economia, o ponto G é o ponto zero dos juros. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta – Alberto Zacharias Toron

Prisão especial é o mínimo do que deveria ser para todos. (págs. 1 e A6)

O olho grande dos ingleses

Príncipe Charles - Na favela da Maré o herdeiro do trono inglês tocou chocalho e propôs pagamento de bônus pela preservação da Amazônia. (pág. 1 e Internacional, pág. A20)

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Correio Braziliense

Redução de juros ameaça poupança
Senadores reunidos com Henrique Meirelles relatam a nova estratégia do governo para reduzir mais os juros: extinguir a TR e diminuir os rendimentos da poupança. Com o último corte na Selic, as aplicações na caderneta ficaram mais rentáveis do que os investimentos em títulos públicos. O Banco Central teme uma fuga de recursos. (págs. 1 e 11)

Diretor se complica e devolve imóvel

Após admitir que mantinha um apartamento oficial de 180 metros quadrados para seus familiares na Asa Norte apesar de morar em casa própria no Lago Sul, o diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, devolve o imóvel. Pressão, agora, é por sua exoneração. O caso foi revelado ontem pelo Correio. (págs. 1 e 2)

Timothy vai voltar à UnB

Vinte anos afastado das salas de aula, o ex-reitor que renunciou ao cargo após denúncias de mau uso do dinheiro público retorna à universidade na terça-feira. (págs. 1 e 24)

Excomunhão sem inferno

CNBB adota discurso conciliador para amenizar polêmica de arcebispo que condenou aborto em menina estuprada. (págs. 1 e 9)

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Valor Econômico

Manchete: Cosan assume Nova América Empreiteira e reforça liderança no setor

O grupo Cosan será o novo controlador da Nova América Agroenergia, que tem quatro usinas de cana, e com isso vai consolidar sua posição de maior produtor de açúcar e álcool do mundo. Segundo o acordo já firmado, a aquisição não prevê desembolso financeiro e será realizada por meio de troca de ações. Assim, a holding Rezende Barbosa, dona da Nova América, vai se tornar uma das maiores acionistas da Cosan, com participação pouco superior a 10%, conforme apurou o Valor.

As duas companhias estavam em negociações nos últimos dois meses. Recentemente, a Cosan obteve prioridade no negócio em relação a outros concorrentes, entre os quais a americana Bunge e a ETH, do grupo Odebrecht.

Com o fechamento do acordo, a Cosan também se torna líder absoluta no varejo de açúcar no mercado brasileiro, com a incorporação da marca União. O grupo já era vice-líder no segmento, com a marca Da Barra. Há alguns anos, a Cosan tentou lançar um leque de produtos com essa marca, mas não teve o retorno desejado. Com a União, terá nova oportunidade de avançar nesse projeto.
Uma das empresas mais tradicionais do setor, a Nova América, com faturamento de R$ 1,1 bilhão na safra 2007/08, encontra-se em situação financeira delicada desde o ano passado. O golpe mais duro foi em agosto, quando o grupo teve de liquidar uma dívida de cerca de R$ 300 milhões referente ã emissão de debêntures em julho de 2007 e que venceria originalmente em 2013. Como não cumpriu algumas das cláusulas impostas pelos credores à época da emissão, o pagamento da dívida teve de ser antecipado.

Desde o segundo semestre de 2008, a Nova América estava negociando a entrada de um sócio estratégico para dar continuidade a seus projetos. Controlada pela família Rezende Barbosa, a companhia também produz laranja, além de atuar em pecuária. O passivo financeiro do grupo soma aproximadamente R$ 1,15 bilhão, boa parte com o BNDES e em certificados de direitos creditórios do agronegócio, segundo fontes do setor.

A Cosan também é apontada como interessada em firmar parceria com a Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP), que tem até o fim do mês para definir com quem fará uma associação. (págs. 1 e B10)

Empreiteira quer receber antes da obra

A escassez de crédito levou um grupo de empreiteiras a pleitear ao governo a antecipação parcial do pagamento de obras públicas federais contratadas mas ainda não iniciadas ou que estão longe de sua conclusão. Há dúvidas sobre a legalidade dessa antecipação de pagamento.

Ao menos no que se refere à construção, melhoria ou recuperação de rodovias, a ideia foi discutida em duas reuniões entre representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e da Associação Nacional de Empresas de Obras Rodoviárias. Normalmente, o governo só paga a construtora dois ou três meses depois de concluída ao menos uma etapa da obra. (págs. 1 e A5)

Cai déficit comercial do petróleo

O déficit da balança comercial do petróleo e derivados caiu 70% nos dois primeiros meses do ano como resultado da crise econômica, queda de preços e aumento da produção doméstica. O saldo negativo foi de US$ 9,18 bilhões em 2008, com média mensal de US$ 765 milhões. Em janeiro e fevereiro ficou em apenas US$ 232 milhões. Em volumes, a balança teve resultado positivo de 533 mil toneladas.

"A crise econômica vai melhorar os resultados porque vamos importar menos e teremos uma redução nas compras de produtos mais caros, como óleo leve e diesel", explica Fábio Silveira, da RC Consultores. Ele estima que em 2009 a balança do petróleo e derivados será deficitária em USS 4,5 bilhões, menos da metade de 2008.

O consumo de óleo diesel, que entre os derivados é o mais sensível ao nível da atividade econômica, caiu 7,7% (em volume) no primeiro bimestre, segundo dados do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom). O diretor de abastecimento da Petrobras, diz que nos primeiros dez dias de março o consumo de combustíveis mostra recuperação. (págs. 1 e A4)

Embraer busca parcerias para novo cargueiro

O novo cargueiro militar da Embraer, o KC-390, será desenvolvido em regime de parcerias estratégicas, como nos programas de seus jatos comerciais. A empresa já sondou 3D países, potenciais parceiros tecnológicos e industriais no projeto, diz Orlando Ferreira Neto, vice-presidente da Embraer para o mercado de defesa e governos. O pontapé inicial do projeto, que deve durar sete anos, com investimento estimado em US$ 800 milhões, será em abril, com o anúncio da liberação de recursos iniciais de RS 60 milhões. (págs. 1 e B7)

Ideias

Marcio Garcia: a taxa Selic deve continuar a cair para amenizar a recessão, mas não a evitará. (págs. 1 e Al5)

Corte na Indústria

O nível de emprego na indústria paulista caiu 2,09% em fevereiro, com a perda de 43 mil postos de trabalho, segundo a Fiesp. O dado nacional, compilado pelo IBGE, mostra recuo de 1,3% em janeiro, a quarta redução consecutiva na comparação mensal. (págs. l e A3)

Exportação de suínos cresce

As exportações de carne suína somaram 45.991 toneladas em fevereiro, alta de 21,7% no mês e de 16,7% sobre fevereiro de 2008. O bom resultado, apesar da desaceleração da economia global, refletiu a recomposição de estoques. (págs. 1 e B9)

Previdência privada

A captação liquida dos fundos abertos de previdência somou RS 1,07 bilhão em fevereiro, quase três vezes mais que em janeiro. Em relação a fevereiro de 2008, o resultado foi 74% maior. O primeiro bimestre registrou o melhor desempenho desde 2004. (págs. 1 e D1)

Poupança limita queda dos juros

A redução da taxa Selic esbarra em um importante limitador: a indexação da remuneração das cadernetas de poupança (TR mais juros de 0,5% ao mês), que toma esse investimento mais competitivo do que outras aplicações financeiras.

O governo tem até a pr6xima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 28 e 29 de abril, para resolver esse problema, sob pena de uma migração dos fundos de investimentos para a poupança causar graves desequilíbrios no sistema financeiro.

Qualquer mudança no regime de indexação da poupança terá de ser feita por lei. O tema é delicado por envolver milhares de pequenos poupadores que veem na poupança uma instituição nacional. O presidente Lula já está ciente do assunto. Os técnicos discutem alternativas. Uma delas é remunerar a poupança com base na Selic. (págs. 1 e A2)

Klabin fecha fábrica

A Klabin anunciou ontem o fechamento da fábrica de Ponte Nova (MG), onde eram produzidas 50 mil toneladas de papel reciclado por ano. A decisão foi tomada em razão da queda no preço do produto. Os 118 trabalhadores serão demitidos. (págs. 1 e B7)

Swap de um ano abaixo de 10%

A taxa do swap de 360 dias, o juro básico do mercado financeiro privado, caiu ontem para 9,95%. É a primeira vez que esse contrato negociado na BM&F encerra o dia abaixo de 10%, em um dígito. A queda histórica aumenta a pressão sobre o Copom. (págs. 1 e C2)

Fenômeno de vendas

Desde a estréia de Ronaldo no Corinthians, as camisas do atacante desapareceram das lojas. A fabricante Nike informa que a procura cresceu 25% e que a falta do produto é apenas "pontual". Na próxima semana, o clube deve anunciar três novos contratos de patrocínio que superam R$ 25 milhões. (págs. 1 e B4)

Como bancos quebraram o mundo

Há seis anos, Ron den Braber trabalhava no Royal Bank of Scotland (RBS), em Londres, quando ficou receoso de que os modelos de negócios do banco estivessem subestimando o risco dos produtos de crédito. Quando o holandês, especialista em estatística, alertou seus chefes sobre o problema, enfrentou tal desaprovação que acabou deixando o banco.

Histórias como essa explicam em parte como os grandes bancos ocidentais levaram a si mesmos a se enredar nos apuros atuais e jogaram o mundo em direção a uma recessão. Certamente, não há falta de possíveis réus: ganância despudorada, regulamentação complacente, política monetária demasiado solta, captações de crédito fraudulentas e fracasso administrativo desempenharam, todos, algum papel. O conjunto de inovações que supostamente criaria mercados mais livres, na verdade, produziu um mundo obscuro, no qual o risco estava sendo concentrado - e de formas que quase ninguém entendia.

Os últimos 12 meses mostraram que, sem fé, as finanças não valem nada. Reconstruir esse senso de confiança poderá demorar muito mais tempo do que isso. (págs. 1 e Al6)

Equador declara default em pagamento de parte dos títulos da dívida (págs. 1 e Al3)

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