PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, junho 09, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] CONSORTEs

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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SENADO FEDERAL/RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO [In:] ''HOJE QUEM PAGA SOU EU ..." *

Como reverter um desastre

Autor(es): Claudio J. D. Sales
O Estado de S. Paulo - 09/06/2011

Na noite do dia 1.º de junho, o Senado Federal aprovou a Medida Provisória (MP) 517/10, que, dentre seus 53 artigos multitemáticos, prorrogou a Reserva Global de Reversão (RGR) até 2035. A cobrança desse encargo desnecessário e que pesa sobre a conta de luz deveria ter sido encerrada no dia 31 de dezembro de 2010, mas, com a aprovação da MP, os consumidores de energia serão forçados a desembolsar cerca de R$ 40 bilhões nos próximos 25 anos. Cientes do absurdo que a prorrogação da RGR representa, alguns senadores tentaram, em plenário, impedir a iniciativa. Mas a base de apoio ao governo, orientada a não abrir mão dessa arrecadação, fez valer sua maioria e conseguiu a vergonhosa aprovação da MP.

Durante as várias horas de discussão sobre a MP 517/10 - apelidada de Frankenstein, por versar sobre temas completamente distintos - nenhum senador foi capaz de defender a prorrogação da RGR. Discorreram sobre outros artigos da MP, que perderia a eficácia caso não fosse aprovada naquela sessão. Com a pressa, votaram como foram orientados, talvez até constrangidos. Mas renunciaram ao direito de questionar e ao dever de representar os interesses de seus eleitores.

Tornou-se nítida a incoerência dessa MP, justamente no momento em que o Executivo começa a admitir, por pressão da sociedade, que a absurda carga tributária sobre a conta de luz precisa ser reduzida. De 1999 a 2008, os tributos e encargos sobre a energia elétrica aumentaram a uma taxa de 13,5% ao ano. E todos os episódios que levaram a esse resultado foram iniciativas do Poder Executivo, com anuência do Congresso.

A defesa da continuidade da RGR pelo governo apoiou-se no argumento central de que o encargo é reinvestido no setor elétrico. Pela versão do governo, o Fundo RGR, que acumula R$ 16 bilhões, seria uma poupança para financiar investimentos a taxas subsidiadas e custear programas do setor. Mas a realidade é bem diferente.

A RGR é cobrada diretamente sobre os investimentos do setor elétrico e, portanto, em vez de estimulá-los, encarece-os: as concessionárias de energia pagam uma alíquota de 2,5% sobre os investimentos. E mais da metade (54%) do Fundo RGR está retida pelo governo federal e tem sido usada para o superávit primário.

Não há regras claras e transparentes para a aplicação dos recursos do fundo. Sua gestão sofre de um vício que precisa ser urgentemente sanado: é a Eletrobrás que administra os recursos e decide onde e como serão aplicados. O resultado é que 66% dos recursos beneficiam empresas subsidiárias ou coligadas da Eletrobrás. A gestora do Fundo RGR é, portanto, sua maior beneficiária, em flagrante conflito de interesses. Além disso, a Eletrobrás ainda é remunerada por essa função. Somente em 2010 recebeu R$ 90 milhões.

Os critérios de alocação dos bilhões da RGR precisam ser imediatamente comunicados para que o consumidor, que paga a conta, saiba quais projetos, e por quais razões, estão sendo financiados.

Mesmo o Congresso Nacional tendo desperdiçado essa grande oportunidade de beneficiar os consumidores de energia e a economia do País com a extinção da cobrança da RGR, ainda há como amenizar o prejuízo. Tornar transparente a gestão do Fundo RGR - que, vale ressaltar, continuaria existindo mesmo com o fim do encargo na conta de luz - é um desafio que deve ser abraçado pelos parlamentares que se envergonham da recente decisão consentida pelo Congresso Nacional.

A lei que criou a RGR já foi alterada diversas vezes para prorrogar sua cobrança e dar novas destinações ao encargo - muitas vezes com sobreposição a outros encargos. Com mais coragem, ainda é possível propor um projeto de lei para extinguir a cobrança da RGR.

Será mais meritória uma alteração que respeite o bolso do brasileiro e barateie os investimentos. É uma boa chance para o Congresso Nacional provar que não é apenas carimbador de iniciativas do Executivo, inclusive das mais descabidas.

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(*) A VOLTA DO BOÊMIO (Nelson Gonçalves).

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http://youtu.be/61tLRiiOa9c



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GOVERNO DILMA/GLEISI [In:] ''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA..." *

A ministra dos ministros


Autor(es): Dad Squarisi
Correio Braziliense - 09/06/2011

Gleisi Hoffmann assume a Casa Civil. Não há ineditismo na escolha. Duas mulheres já se sentaram na cadeira mais importante da Esplanada. Dilma Rousseff se saiu bem. Erenice Guerra saiu chamuscada por denúncias de corrupção. O gênero, pois, não faz a diferença. Talvez a diferença resida na determinação. Gleisi tem consciência da oportunidade. Foi a primeira voz petista a se levantar contra Palocci. Nos três meses como senadora, ganhou o apelido de pit bull da presidente. Destacou-se.

Com a força do cargo, Gleisi tem de sintonizar o país com o próprio tamanho. O Brasil parece adulto apertado em roupas de escoteiro. Criança, ofereceu boa escola, saúde de primeira, aeroportos confortáveis, estradas suficientes, segurança confiável, portos adequados, ônibus pontuais. Quem tinha acesso às benesses? A população da cidade — menos da metade dos brasileiros. Os demais, que viviam no campo, não sobrecarregavam o equipamento urbano.

Mas o tempo correu, a realidade mudou. As urbes se superpovoaram. O país meio autista não correu atrás de alfaiates ou costureiros. Continuou com o guarda-roupa infantojuvenil. Resultado: sem o poder da multiplicação de Cristo, o menos não se tornou mais. Manteve-se menos. Carnes, gorduras, ossos, pelos saltam das vestimentas apertadas.

Aeroportos se confundem com rodoviárias. Aviões se assemelham a galinheiros. Portos atrasam cargas e descargas. Estradas desperdiçam produção, tempo e veículos. Apagões roubam a confiança de investidores. O Judiciário se afoga em processos. Hospitais matam. A insegurança pública incrementa a segurança privada. Drogas assassinam infâncias e juventudes. Escolas enganam — fazem de conta que ensinam, mas entregam à sociedade analfabetos totais ou funcionais.

Nada atende as urgências de um Brasil que força as portas do mundo desenvolvido. Gleisi Hoffmann é cara e sangue novos na política federal. Sem os vícios que mantêm o país na era das Capitanias Hereditárias, pode usar a autoridade de ministra dos ministros para derrubar as estruturas arcaicas — sustentadas por corrupção e compadrios. Aliada à presidente, precisa vestir o Brasil com trajes adultos. Aí, sim, fará a diferença.

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(*) Vinnicius de Moraes.

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STF/BATTISTI [In:] ''BRASIL, MEU BRASIL BRASILEIRO..." *

Supremo manda soltar Battisti

STF mantém decisão de Lula e manda soltar Battisti


Autor(es): agencia oglobo:Carolina Brígido e Catarina Alencastro
O Globo - 09/06/2011

Por seis votos a três, Corte manda libertar ex-ativista italiano; governo da Itália deverá recorrer ao Tribunal de Haia

BRASÍLIA. Por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Por conseqüência, determinou a libertação do réu - que aguardava preso o desfecho da situação na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele poderá viver em liberdade no Brasil. Se fosse mandado de volta à Itália, teria de cumprir pena de prisão pela morte de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava um grupo de extrema esquerda. O advogado Nabor Bulhões disse que o governo da Itália cogita recorrer ao Tribunal de Haia.

A libertação não é imediata, devido à burocracia judicial. A expectativa da defesa é de que Battisti seja solto hoje. Votaram a favor de Battisti os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello. Por outro lado, três ministros defenderam a nulidade do ato do ex-presidente e, por isso, queriam a extradição. São eles: Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cezar Peluso.

O tribunal autorizou a extradição de Battisti em novembro de 2009, mas deu a palavra final ao presidente da República. Em dezembro de 2010, Lula publicou no Diário Oficial a recusa em mandar Battisti para a Itália. O governo italiano recorreu, dizendo que Lula não tinha o direito de tomar decisão diferente do estabelecido pelo tribunal.

Ontem, a maioria dos integrantes da Corte argumentou que extradição é ato de soberania nacional e de política externa, conduzida exclusivamente pelo chefe do Executivo. Os ministros arquivaram o pedido da Itália sem julgá-lo, por motivo técnico: outro país não teria poderes para questionar na Justiça ato de presidente da República.

Mesmo após a decisão, o relator, ministro Gilmar Mendes, quis discutir se o presidente da República tem mesmo o direito de tomar decisão final em processo de extradição. Para ele, essa interpretação é absurda, porque reduziria o papel da Corte a uma atividade "lítero-poético-recreativa". No início de seu voto, a atitude de Gilmar Mendes provocou confusão e revolta.

- O STF resolveu a questão, indicou qual a linha que o presidente da República poderia tomar e ele tomou a decisão. Questão encerrada. Chega! - criticou Joaquim Barbosa.

Gilmar determinou a extradição do italiano e invalidou a decisão de Lula. O relator argumentou que o presidente Lula não tinha o direito de tomar decisão diferente do que entendeu o STF em 2009. Segundo o tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália, um dos países pode recusar a extradição se houver risco de perseguição ao réu em seu país de origem. Na decisão, Lula evocou essa hipótese, com base em notícias da imprensa italiana. Gilmar considerou o motivo fraco e lembrou que nenhum outro presidente brasileiro tomou atitude como esta.

- O STF tem algum dever de cumprir a decisão presidencial em tema de extradição? Parece que as coisas estão colocadas de ponta cabeça. Se se trata de decisão política, retire a competência do Supremo. É a primeira vez que essa questão se coloca, e fala-se disso com uma naturalidade enorme, como se tivessem dizendo "sempre foi assim". Não, nunca foi assim, é bom q se diga: nunca foi assim, sempre se cumpriu a extradição!

Após o voto de Gilmar, que estava visivelmente irritado, o ministro Luiz Fux criticou, com ironia, o voto do colega:

- Efetivamente, o ministro Gilmar Mendes é uma inteligência privilegiada. Não obstante não tenha sido conhecida a reclamação ele trouxe à baila todo o processo de extradição. Eu que não havia participado de nenhum dos julgamentos já conheço todo o processo. Ficamos mais de três horas ouvindo a história de todo o processo.

Alguns ministros sustentaram que, se Lula descumpriu o tratado internacional, essa análise deveria ser feita por tribunais internacionais. Do lado de fora do STF, 200 manifestantes pediam a soltura do italiano.


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(*) Ary Barroso.
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CADE-FUSÕES & AQUISIÇÕES [In:] FRANGÃO & PERU (A difícil união estável)

FUSÃO DA PERDIGÃO COM A SADIA CORRE RISCO NO CADE

RELATOR DO CADE REPROVA UNIÃO ENTRE PERDIGÃO E SADIA


Autor(es): Juliano Basile | De Brasília
Valor Econômico - 09/06/2011


O início do julgamento da compra da Sadia pela Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu forte indicação de que o órgão pode vetar o negócio que criou a BRF - Brasil Foods. O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, reprovou a operação e indicou que, se o seu voto prevalecer, a união entre as empresas deverá ser desconstituída em dez dias após a publicação do resultado do julgamento no "Diário Oficial". O voto fez a cotação das ações da BRF cair 6,3% e o valor de mercado da empresa encolher em R$ 1,5 bilhão, retornando a R$ 22,8 bilhões, o mesmo da época da fusão, em setembro de 2009.

Alimentos: Conselheiro pede vistas e votação será retomada dia 15; empresa apresentará nova proposta.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça começou a julgar ontem a compra da Sadia pela Perdigão e deu uma forte indicação de que pode reprovar o negócio que criou a BRF - Brasil Foods.O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, reprovou a operação e indicou que se o seu voto prevalecer a união entre as empresas deverá ser desconstituída em dez dias após a publicação do resultado do julgamento no "Diário Oficial". Segundo ele, a razão é que haveria risco de aumentos nos preços dos produtos vendidos pelas duas empresas aos consumidores, como carnes, frangos, perus e outros.

"A operação não envolve artigos de luxo. Trata-se de provimento de comida", disse Ragazzo durante o julgamento. Segundo ele, eventuais aumentos nos preços dos produtos vendidos pela BRF vão influenciar diretamente na inflação e podem comprometer a renda dos cidadãos.

Após o voto de Ragazzo, que durou mais de cinco horas, todos os conselheiros fizeram elogios à sua conclusão. Mas houve pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. "Eu tenho dificuldade para encontrar contribuição da minha parte para melhorar o voto do relator", disse Ruiz. "Eu não tenho dúvidas sobre a conclusão, mas são 500 páginas e vou pedir vista para ler o voto", completou.

Com o pedido de vista, a BRF terá mais uma semana para apresentar uma nova proposta para o Cade que impeça a reprovação do negócio. É como se o Cade colocasse a empresa em xeque. Ou a Brasil Foods apresenta uma proposta aceitável ou sua criação será reprovada. Essa proposta deve ser apresentada antes do dia 15, quando o julgamento será retomado.

O Valor apurou que a Brasil Foods está disposta a adaptar sua proposta no que for necessário, mas não fará nenhum acordo e pode ir à Justiça caso a operação seja reprovada. A empresa não teria tido a oportunidade de negociar a proposta inicial com o relator.

Em nota, a BRF disse discordar do posicionamento do relator e considerar o pedido de vistas positivo. "(...) com o pedido de vistas, os demais quatro conselheiros terão mais tempo para avaliar a questão." A empresa acrescenta que apresentou aos cinco conselheiros que analisam a operação uma proposta inicial de acordo. "A BRF está, como sempre esteve, à disposição do Cade para uma solução negociada e acredita numa análise justa e imparcial do caso", diz em nota.

Na sessão de ontem, a proposta inicial que a BRF apresentou foi rechaçada pelo relator. A companhia se dispôs a vender marcas menores, como Excelsior, a fornecer produtos para concorrentes e a dar acesso a canais de distribuição de seus produtos. A advogada da Sadia, Barbara Rosenberg, disse que a proposta poderia levar à criação da quinta maior indústria de alimentos do Brasil "da noite para o dia". A advogada não detalhou os termos da proposta. Apenas ressaltou que ela configura "a clara disponibilidade de solução negociada" por parte da empresa.

Mas Ragazzo considerou a proposta insuficiente. "A proposta está muito longe de minimizar os efeitos anticompetitivos da operação", afirmou. Para ele, o fato de a Sadia e a Perdigão assinarem contratos de industrialização sob encomenda com concorrentes não tira da BRF o poder de ditar os preços no mercado. "Não há transferência de tecnologia ou de ativos (para concorrentes)", apontou o relator. "É possível que esse contrato atrapalhe o concorrente, pois ele teria que pagar para obter os produtos", completou.

No caso de venda de marcas, Ragazzo advertiu que a Sadia e a Perdigão são as únicas classificadas como "premium" nos diversos setores em que as duas atuam. "Elas são a primeira e segunda preferência dos consumidores." As demais seriam marcas de combate. "Um remédio que não inclua as marcas "premium" certamente seria insuficiente para evitar eventuais aumentos de preços", disse o relator.

Pouco antes de pedir vista, Ruiz disse que a proposta era inadequada. "Você não faz contratos com concorrentes", criticou o conselheiro. Para ele, deixar que a BRF forneça produtos a concorrentes seria como permitir a formação de um cartel.

Após o pedido de vista, os conselheiros Alessandro Octaviani, Marcos Paulo Veríssimo e Olavo Chinaglia fizeram questão de elogiar "a excelência do voto do relator". "Sou professor da USP, mas hoje fui seu aluno", disse Octaviani a Ragazzo. "Gostaria de aguardar a volta dos autos cumprimentando o relator pela excelência do voto", completou Veríssimo.

O recado para a BRF foi claro: ou ela apresenta nova proposta ou os conselheiros devem seguir o voto de Ragazzo e reprovar o negócio.

No início do julgamento, o advogado Paulo de Tarso Ribeiro, que representa a BRF, defendeu que o objetivo principal da nova companhia é a exportação. Ele argumentou que, com o aumento das exportações, há também a elevação de sobras de carne e frango que são utilizadas para atender o mercado interno. Esse acréscimo no mercado interno levaria à redução nos preços aos consumidores brasileiros.

Já o advogado Thiago Brito, que defende a Dr. Oetker, afirmou que a fusão leva a altíssimas concentrações, que em alguns mercados chegariam a mais de 80%, e que o consumidor é muito fiel às marcas Sadia e Perdigão. Portanto, seria necessária a imposição de restrições.

Antes de iniciar o julgamento, os conselheiros negaram um pedido de vista do processo ao representante do Ministério Público no Cade, procurador Luiz Augusto Santos Lima. Ele alegou que não foi notificado para apresentar um parecer e pediu prazo para tanto. Mas os conselheiros verificaram que não há previsão legal para que o MP faça pareceres em processos no Cade. "Não é praxe e há um acordo com o MP de que o pedido (de parecer) seja feito até a entrada do processo em pauta", afirmou Ragazzo.

Contrariado, Lima advertiu os conselheiros que estudará medidas judiciais cabíveis. Uma delas pode ser entrar na Justiça contra o Cade. Se isso ocorrer, a decisão final do órgão antitruste pode parar no Judiciário, como ocorreu com outros casos, como o Nestlé-Garoto - negócio reprovado em 2004 e que está até hoje está sem solução. (Colaborou Alda do Amaral Rocha, de São Paulo)

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

09 de junho de 2011

O Globo


Manchete: PMs se unem a bombeiros para pressionar por reajuste

Reivindicação é elevar piso salarial para R$ 2.900, para as duas categorias

Após reunião com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, associações de cabos, soldados e oficiais da PM decidiram apoiar o movimento dos bombeiros, criando uma Frente Unificada das Entidades de Classe da Segurança Pública, com apoio também do Sindicato dos Policiais Civis. A reivindicação, agora de todos, é elevar o piso de R$ 1.190 para R$ 2.900 - R$ 900 acima do reivindicado inicialmente pelos bombeiros. Antes mesmo de oficializada a adesão dos PMs, mais de cem policiais participaram de uma carreata com bombeiros em Cabo Frio. De Campos, reduto eleitoral do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), bombeiros partiram em caravanas para a invasão do QG na sexta-feira. Ontem, em seu blog, Garotinho acusou o governador Sérgio Cabral de "iniciar o processo de destruição do Corpo de Bombeiros". (Págs. 1, 16 e 17)


Despedida de companheiro

Pela segunda vez, teve tom emocionado a despedida de Palocci de um governo petista. A presidente Dilma, com voz embargada, agradeceu ao "querido companheiro” e disse que "um amigo deixa o governo". Gleisi Hoffmann assumiu a Casa Civil rejeitando a alcunha de "trator" que ganhou no Congresso. O PMDB reclamou de não ter side ouvido. (Págs. 1, 3 a 12 e editorial "Hora de começar o governo Dilma")


Merval Pereira
O governo precisa de quem gerencie programas com energia. Mas a questão central é política. (Págs. 1 e 4)


De olho em 2012, BC sobe juros de novo

Apesar da trégua na inflação, o Banco Central manteve a estratégia de aperto monetário para tentar puxar o custo de vida para o centro da meta em 2012. O Comitê de Política Monetária (Copom) fez ontem a quarta elevação da taxa básica no governo Dilma e, por unanimidade, subiu os juros em 0,25 ponto, para 12,25%. (Págs. 1 e 25)

Supremo manda soltar Battisti

O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 3, libertar o ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso em Brasília. A Corte manteve a decisão do ex-presidente Lula de não extraditar Battisti, que deve ser solto hoje. (Págs. 1 e 13)

Conselho pede cassação de Jaqueline Roriz

Por 11 votos a 3, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer que pede a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) por quebra de decoro parlamentar. Ela foi flagrada em vídeo recebendo R$ 50 mil. (Págs. 1 e 14)

Relator do Cade é contra Sadia-Perdigão

Após mais de cinco horas lendo seu voto, o conselheiro do Cade e relator da fusão entre Sadia e Perdigão, Carlos Ragazzo, recomendou o veto. Mas um colega seu pediu vistas e o processo parou. (Págs. 1, 28 e 29)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Dilma demitiu Palocci na hora certa, diz Lula

O ex-presidente Lula disse ontem que Dilma Rousseff "tem autoridade" e agiu "no momento certo" ao demitir Antonio Palocci da Casa Civil. Ele, que evitou falar do caso em público, atuou nos bastidores e negociou a demissão com a presidente.

A declaração de Lula contradiz a versão oficial de que Palocci decidiu abrir mão do cargo para proteger Dilma. O ex-ministro entregou carta de renúncia e disse, em sua despedida, que saia para preservar o diálogo do governo com a sociedade.

Na posse de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, a presidente lamentou a saída do "amigo", "parceiro de lutas" e "artífice da jornada vitoriosa que a elegeu". Disse ainda que o governo "jamais ficará paralisado diante de embates políticos".

Elogiada por Dilma por seu perfil técnico, Gleisi prometeu à oposição "convivência respeitosa" e afagou PMDB e PT, que já disputam cargos no Planalto. (Págs. 1 e Poder)

Carlos Heitor Cony
Palocci repetiu a ex-braço direito Erenice Guerra em escala maior. (Págs. 1 e Opinião A2)

STF decide e italiano Cesare Battisti é solto

Na quinta vez em que debateu o caso de Cesare Battisti em seu plenário, o STF validou a decisão do ex-presidente Lula de negar a extradição e determinou a soltura do italiano. Battisti saiu da prisão da Papuda (DF) por volta da meia-noite.

Battisti integrou grupo que atuou na Itália nos anos 70. Foi condenado à prisão perpétua por quatro mortes. Ele nega a autoria dos crimes. Para o ministro Luiz Fux, a Itália deveria levar o caso a tribunais internacionais, não ao STF. (Págs. 1 e Poder A11)

Foto legenda: O italiano Cesare Battisti, que estava preso desde 2007, acena para fotógrafos ao deixar a penitenciária da Papuda (DF)

BC aumenta taxa básica de juros em 0,25 ponto

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu elevar a Selic, taxa básica de juros, que funciona como referência para toda a economia, para 12,25% ao ano, elevação de 0,25 ponto.

Segundo o BC, o ritmo de desaceleração da economia e os efeitos na inflação ainda são incertos. (Págs. 1 e Poder A10)

Voo desviado de Congonhas ira para longe de SP

A Infraero proibiu, por falta de vagas no pátio, o desvio de voos para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), das 7h30 às 11h30 e das 18h30 às 22h30.

Nesses horários, as opções a Congonhas serão aeroportos em Campinas, Minas e Rio. (Págs. 1 e Cotidiano Cl e C3)

Vendaval deixa paulistano sem luz por mais de 24h

Além de ficarem sem luz por mais de 24 horas, moradores de nove municípios e de bairros de São Paulo tiveram a água cortada pela falta de energia na Sabesp. De acordo com a Eletropaulo, “80% das ocorrências" foram resolvidas. (Págs. 1 e Cotidiano C4)

Foto legenda: Funcionária de mercado na zona norte de São Paulo repõe produtos depois da falta de luz

Relator do Cade pede veto à fusão Sadia-Perdigão (Págs. 1 e Mercado)




Editoriais

Leia "Articulação precária", sobre a situação política do governo, e
"Os limites da miséria", acerca de programa de erradicação da pobreza extrema. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Dilma nega imobilismo e diz que escolha de Gleisi foi sua

Presidente tenta mostrar comando, não cita Lula e afirma que foi ela quem definiu a substituta de Palocci

Após três semanas de desgaste, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a despedida de Antonio Palocci - ministro da cota do ex-presidente Lula e suspeito de enriquecimento ilícito - para tentar mostrar que ela é chefe de seu governo. Em solenidade no Planalto, Dilma fez questão de dizer que escolheu sozinha a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para substituir Palocci na Casa Civil e que não ficará "imobilizada". Ela se disse "triste" pela saída de um "parceiro de luta", mas afirmou estar “satisfeita" com a solução que encontrou para “assegurar a continuidade do trabalho" no ministério. Ao contrário de quase todos os seus outros pronunciamentos, ela não citou Lula. (Págs. 1 e Nacional A4)


Presidente enfrenta PT
Dilma exige que petistas parem de brigar antes de trocar o ministro Luiz Sérgio. (Págs. 1 e Nacional A7)



Decisão do Supremo mantém Battisti no Brasil

O Supremo Tribunal Federal não aceitou a reclamação da Itália contra a decisão do então presidente Lula de manter o ex-ativista de esquerda Cesare Battisti no País, mesmo depois de o STF ter autorizado a extradição. Para a maioria dos ministros (6 votos a 3), essa é uma questão de política internacional na qual o STF não deve se intrometer. "É um ato essencialmente político, restrito, portanto, à atuação do Executivo", argumentou o ministro Marco Aurélio Mello. Os magistrados ainda decidiriam ontem se mandariam libertar Battisti, que está preso no Brasil desde março de 2007 a pedido da Itália – cuja Justiça o condenou à prisão perpétua por quatro homicídios. Segundo o advogado de Battisti, o pleito italiano é "apenas uma vingança". (Págs. 1 e Nacional A12)


Joaquim Barbosa
Ministro do STF
"Isso (a decisão de Lula sobre Battisti) não é matéria da nossa alçada"

Relator do Cade rejeita fusão de Sadia e Perdigão

Num dos votos mais duros da história do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o relator do caso Sadia-Perdigão, Carlos Ragazzo, reprovou a fusão que criou a Brasil Foods. O julgamento foi suspenso por pedido de vista de um conselheiro. O negócio vem sendo analisado há mais de dois anos e já passou pelo Ministério da Fazenda e pela procuradoria do Cade, que o aprovaram com sérias restrições. (Págs. 1 e Economia B1)


Carlos Ragazzo
Relator do Caso
“A fusão poderia provocar danos severos aos consumidores”

Como previsto, BC eleva juro em 0,25 ponto

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic, para 12,25% ao ano. Foi a segunda alta consecutiva. Com isso, a taxa básica de juros da economia continua no nível mais elevado desde março de 2009, quando foi de 12,75% ao ano. (Págs. 1 e Economia B6)

Irã vai triplicar sua produção de urânio

O processamento de urânio enriquecido a 20% acontecerá em um bunker subterrâneo. A iniciativa deve piorar a tensão entre Teerã e as potências ocidentais. (Págs. 1 e Internacional A14)

Após derrota, governo tenta consenso sobre Código Florestal

Depois de sua maior derrota na Câmara, o Planalto quer conciliar interesses e corrigir as “imperfeições" do Código Florestal que tramita no Senado. Em reunião com a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), senadores disseram que as comissões vão tentar construir relatório conjunto. (Págs. 1 e Vida A19)

Fiscais da Justiça têm superpassaporte

Integrantes do Conselho Nacional de Justiça, que fiscalizam abusos no Judiciário, valeram-se de seus cargos para conseguir passaportes diplomáticos para si e para familiares. (Págs. 1 e Nacional A11)

Carteira de habilitação já vem pelo correio (Págs. 1 e Cidades C1)


José Serra

Pior ideologia é a incompetência

Em época de eleição, nada mais demonizado do que a ideia de privatizações. Depois, a mesma ideia se torna apreciada. Essa é especialidade do PT. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Demétrio Magnoli

Palocci como sintoma

Ao não abrir investigações sobre a parceria público-privada de Palocci, o procurador-geral diz que ele está acima da lei. Eis aí a enfermidade. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

Senhora da situação

A nomeação, de lavra própria, da senadora Gleisi indica que Dilma pode se tornar senhora da situação. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Economia ajuda Dilma a espantar a crise

Prévias dos índices de junho mostram a inflação em queda após as medidas adotadas para conter o consumo. Especialistas preveem que uma onda de otimismo entre os trabalhadores deve resgatar a popularidade do governo (Págs. 1 e 16)

Festa para Gleisi, choro para Palocci

A posse da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Casa Civil foi marcada pelo apoio da base aliada, numa demonstração de força da sucessora de Antonio Palocci. Com a voz embargada, a presidente Dilma Rousseff elogiou o ex-ministro (Págs. 1, 2 a 7 e Visão do Correio, 24)



Caixa de Pandora: Cassada pela ética

Por 11 votos a três, Conselho de Ética da Câmara aprova a cassação de Jaqueline Roriz (PMN), flagrada em vídeo recebendo maços de dinheiro de Durval Barbosa. Ela é a primeira deputada do DF a receber essa punição. No entanto, em votação secreta, o plenário da Casa precisa confirmar se houve quebra de decoro. (Págs. 1, 31 e 32)

Battisti sai da papuda

Depois de o STF negar sua extradição, por 6 votos a 3, o ex-ativista italiano, condenado por quatro assassinatos, deixou o presídio à 0h05 desta quinta-feira. (Págs. 1 e 12)

Saques de R$ 7,2 bi das aplicações

Retiradas dos trabalhadores provocam o maior saldo negativo dos fundos de investimento desde dezembro. O dinheiro será usado para quitar dívidas. (Págs. 1 e 17)

Engarrafamento no site da Receita

Muitos contribuintes tiveram dificuldades para conferir o primeiro lote do Imposto de Renda. Cerca de 1,5 milhão receberão a restituição no dia 15. (Págs. 1 e 22)

Copom sobe os juros de novo

O mercado já esperava a alta de 0,25 ponto percentual da Selic, anunciada ontem. Com o aumento, a taxa chega a 12,25% ao ano. (Págs. 1 e 18)

Justiça impõe teto salarial a inativos do DF

Decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF impede que servidores aposentados acumulem benefícios acima do patamar de R$ 26,7 mil. (Págs. 1 e 36)

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Valor Econômico


Manchete: Fusão da Perdigão com a Sadia corre risco no Cade

O início do julgamento da compra da Sadia pela Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu forte indicação de que o órgão pode vetar o negócio que criou a BRF - Brasil Foods. O relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, reprovou a operação e indicou que, se o seu voto prevalecer, a união entre as empresas deverá ser desconstituída em dez dias após a publicação do resultado do julgamento no "Diário Oficial". O voto fez a cotação das ações da BRF cair 6,3% e o valor de mercado da empresa encolher em R$ 1,5 bilhão, retornando a R$ 22,8 bilhões, o mesmo da época da fusão, em setembro de 2009.

Segundo Ragazzo, com a operação haveria risco de aumentos nos preços dos produtos vendidos pelas duas empresas aos consumidores, como carnes, frangos, perus e outros. Todos os conselheiros fizeram elogios à conclusão, mas houve pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. "Eu não tenho dúvidas sobre a conclusão, mas são 500 páginas e vou pedir vista para ler o voto", disse Ruiz.

Com isso, a BRF terá mais uma semana para apresentar uma nova proposta ao Cade. Ou a Brasil Foods apresenta um plano aceitável, ou sua criação será reprovada. Essa proposta deve ser apresentada antes do dia 15, quando o julgamento será retomado. (Págs. 1 e C1)

Gleisi já era a preferida de Dilma

A escolha da senadora Gleisi Hoffmann para substituir o ministro Antonio Palocci na Casa Civil foi uma decisão solitária da presidente Dilma Rousseff. Ela consultou na segunda-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde a transição de governo sabia que Gleisi era a opção de Dilma para o cargo.

A nova ministra é respeitada no PT e deve compor com Dilma e com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio Nóbrega, o triunvirato que vai se ocupar da coordenação política do governo a partir de agora. Por enquanto, Luiz Sérgio (PT-RJ) fica, mas não é aposta de longo prazo.

A prioridade política do Planalto, agora, é acabar com o clima de guerra no PT da Câmara e reconciliar o vice, Michel Temer (PMDB-SP), com a presidente. Em seu discurso de posse, Gleisi Hoffmann mencionou pelo menos duas vezes o nome do pemedebista. (Págs. 1 e A6 a A9)


Votorantim quer US$ 2,6 bi do exterior

A Votorantim sonda bancos para definir qual deles vai liderar um empréstimo de US$ 2,65 bilhões com prazo de até nove anos. A empresa está se aproveitando da grande liquidez no mercado de crédito externo para melhorar o perfil de seu endividamento, além de liberar o caixa para investimentos.

A empresa pretende que uma parcela de US$ 1,5 bilhão corresponda a uma linha de crédito rotativo, com vencimento em cinco anos. Nessa linha, semelhante a um cheque especial, a companhia paga uma comissão para ficar com os recursos disponíveis, mas só saca se precisar. Além disso, faz parte do planejamento da Votorantim obter um empréstimo vinculado à exportação com parcelas de sete, oito e nove anos, no total de US$ 1,15 bilhão.

Outras empresas brasileiras, como a Samarco, também estão em busca de recursos no exterior. (Págs. 1 e C1)

Rio Bravo faz sua estreia no setor elétrico

O fundo de "private equity" Rio Bravo, do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, vai estrear no setor elétrico. Ele fechou parceria com o grupo mineiro Orteng para juntos investirem R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos na construção de 11 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), em um movimento semelhante ao de outros fundos brasileiros com peso no mercado. Na semana passada, a gestora de outro ex-presidente do BC, a Gávea, de Armínio Fraga, oficializou um aporte de R$ 200 milhões na MPX Energia, empresa de geração do empresário Eike Batista.

O sócio e cofundador da Orteng, Ricardo Vinhas, diz que das 11 PCHs que serão transferidas à RBO Investimentos, que já nasce como sociedade anônima, duas terão a construção iniciada em 2012. A estratégia é vender a energia no mercado livre, que dá incentivos aos consumidores que compram o insumo desse tipo de empreendimento. (Págs. 1 e B1)

Índios temem conflitos por terras na área de Belo Monte

A violência que atinge o Pará começa a se aproximar das aldeias indígenas do complexo do Xingu, região onde será construída a hidrelétrica de Belo Monte. A pressão sobre as aldeias é feita por grileiros e fazendeiros da região. As terras indígenas Juruna do Km 17, Apyterewa, Arara da Volta Grande do Xingu e Paquiçamba, todas na área de influência da hidrelétrica, são os principais alvos dos possíveis conflitos. O presidente da Associação dos Índios Moradores de Altamira, Luiz Xiporia, disse ao Valor que os índios que vivem no entorno de Belo Monte passaram a ser constantemente ameaçados de morte. "Se nada for feito, poderá haver uma catástrofe na região", afirmou. A construção de Belo Monte vai aumentar a grilagem de terras e os conflitos com as tribos que vivem próximas ao local da hidrelétrica.

Os próprios índios estão divididos em relação ao projeto e divergem até dentro das etnias. Os caiapós, por exemplo, que vivem em aldeias do baixo, médio e alto Xingu, não se entendem sobre o que pensam da hidrelétrica. O principal símbolo da reação indígena contra o projeto, a índia caiapó Tuire, que em 1989 ameaçou com um facão o então presidente da Eletronorte e hoje presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, agora é favorável ao projeto. (Págs. 1 e A16)

Novellis usa mais material reciclado

O desequilíbrio entre oferta e demanda de matéria-prima levou a Novellis, maior fabricante mundial de produtos laminados de alumínio, a planejar um aumento do uso de material reciclado. A meta é chegar a 2020 com 80% da produção sendo feita a partir de alumínio reutilizado. Hoje, mundialmente, a proporção é bem menor, de 34%. A maior parte do material é proveniente da coleta de latinhas de cerveja e refrigerantes, refundidas e transformadas em lingotes.

A empresa está aumentando a capacidade de produção da sua fábrica de Pindamonhangaba (SP), mas também houve redução na oferta porque no ano passado o próprio grupo teve de fechar a fundição de Aratu (BA), que fornecia mais de 50 mil toneladas de metal por ano. O custo da energia reduziu a competitividade da produção da fábrica, explicou Alexandre Almeida, presidente da Novelis na América do Sul. (Págs. 1 e B1)

Escalada da energia

O aumento do custo da energia elétrica tem feito grandes indústrias concentrarem esforços na busca da eficiência energética, mas esses investimentos não têm compensado o aumento do preço do insumo nos últimos anos. (Págs. 1 e A3)

Brasil reage à taxação de aéreas

Sem interesse em adotar controles nas emissões de carbono do setor aéreo idênticas às normas europeias, o Brasil busca apoio de outros países emergentes para uma reação conjunta às exigências dos europeus. (Págs. 1 e B7)

DHL também aposta no pré-sal

A DHL, uma das maiores empresas de logística do mundo, aposta no transporte de cargas pesadas para companhias do setor de petróleo e gás para aumentar o seu faturamento no mercado brasileiro. (Págs. 1 e B11)

Algodão sustentável

O Brasil se prepara para colher a primeira safra de algodão segundo os padrões "better cotton", que visam colocar no mercado fibras produzidas de acordo com critérios de sustentabilidade, diz Andréa Aragón. O projeto-piloto inclui dez grandes propriedades em quatro Estados. (Págs. 1 e B13)

Embarques de trigo

Segundo maior importador mundial de trigo, o Brasil passou também à lista dos dez maiores exportadores do cereal, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado. O principal destino foi o continente africano, com 69,5% do total embarcado. (Págs. 1 e B14)

Sem surpresa, Selic vai a 12,25%

Em decisão já esperada pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou ontem a elevação da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009, quando era de 12,75%. (Págs. 1 e C2)

Investimentos responsáveis

Uma nova classe de ativos, os "investimentos de impacto", ganha força no portfólio de empreendedores brasileiros. A proposta é injetar recursos em empresas ou projetos inovadores, com reflexos claramente positivos em termos sociais e ambientais. (Págs. 1, D1 e D2)

Ideias

Robinson Borges

Na era digital, a legislação brasileira ainda precisa redefinir o conceito de "livro" de uma forma mais abrangente. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Marcio Pochmann

O Brasil ainda não está condenado a ter de participar da nova onda de desindustrialização em favor dos países asiáticos. (Págs. 1 e A11)

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