PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

segunda-feira, junho 03, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''VOA CANARINHO, VOA..." (Voou!)

 #



#


























#

ELEIÇÕES 2014: ''RASGUEI A MINHA FANTASIA'' (Lamartine Babo)


Geddel coloca em xeque apoio a Dilma



Autor(es): Por Cristiane Agostine | De São Paulo
Valor Econômico - 03/06/2013

Vice-presidente da Caixa Econômica Federal e presidente do diretório do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima colocou em xeque a manutenção da aliança de seu partido com o PT da presidente Dilma Rousseff em 2014. 
Segundo Geddel, não há "convicção" dentro do PMDB sobre o apoio à reeleição da presidente. O pemedebista disse que os diretórios da legenda nos Estados sentem-se alijados da articulação nacional com os petistas e afirmou que Dilma deve enfrentar dificuldades nos palanques regionais.
Na Bahia, Geddel negocia sua pré-candidatura ao governo estadual com o PSDB, DEM e MD. O pemedebista deve ser o principal opositor ao candidato lançado pelo governador Jaques Wagner (PT).
Além da Bahia, o apoio ao PT é contestado pelos diretórios pemedebistas do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco.
"Não dá para subestimar os conflitos entre o PT e o PMDB nos Estados", disse Geddel ao Valor. "O quadro está confuso em função das disputas regionais", afirmou o dirigente. Os reflexos dessa crise poderão ser sentidos na convenção nacional do PMDB no próximo ano, quando o partido decidirá sobre a aliança com Dilma. Os Estados resistentes ao apoio são os que mais têm delegados com direito a voto na convenção.
Pemedebista próximo ao vice-presidente da República, Michel Temer, Geddel afirmou que o quadro dentro do PMDB está "muito confuso". "Você não tem sequer a convicção, hoje, de que a aliança [com Dilma] seria renovada", disse, em entrevista concedida na semana passada à "Rádio Tudo FM", da Bahia.
Ao mesmo tempo em que destacou a dificuldade enfrentada entre PT e PMDB, o dirigente pemedebista elogiou os pré-candidatos presidenciais da oposição. Geddel classificou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como "dois quadros de uma nova geração política, extremamente bem sucedidos, tanto no campo político quanto no administrativo". Sobre a ex-senadora Marina Silva disse que é uma "grande mulher".
Na entrevista à rádio, o dirigente afirmou que o PT poderá enfrentar nas próximas eleições o risco da "fadiga do material", já que o partido completará 12 anos na Presidência da República. Com isso, disse, poderá ser reforçado na população o sentimento de "mudança".
Geddel apontou outro problema: a economia. "Se as pessoas começam a sentir que o emprego já não está tão farto, que o crédito já não é tão grande, que tinha um poder aquisitivo e a renda diminuiu com a inflação, é claro que vai ter efeito eleitoral", disse, à rádio.
Ex-ministro da Integração Nacional entre 2007 e 2010, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e integrante da gestão Dilma, o pemedebista disse não se sentir constrangido em articular sua candidatura ao Estado com apoio de opositores ao governo federal. "Não há nenhum constrangimento. Nenhum", reforçou. O pemedebista tenta construir uma "unidade clara da oposição" já no primeiro turno e espera obter em breve o apoio do DEM do prefeito de Salvador, ACM Neto.

OVOS DE COLOMBO


Aécio na linha direta de FHC



Autor(es): Renato Janine Ribeiro
Valor Econômico - 03/06/2013
 

Não surpreende que Aécio Neves seja o candidato à Presidência da República ungido por Fernando Henrique Cardoso. É que seu programa no horário político do PSDB, iniciando de fato a propaganda eleitoral, traduz em linguagem televisiva e popular um artigo seminal do ex-presidente, que causou impacto dois anos atrás, mas confinado na época a um debate quase acadêmico. Refiro-me a "O papel da oposição", que saiu no número 13 da revista "Interesse Nacional", criada pelo embaixador Rubens Barbosa, um dos melhores cérebros próximos a FHC. O artigo pode ser lido no site da revista e em outros endereços na internet.
O que dizia o artigo? Se resumirmos não só o que Fernando Henrique disse com todas as letras, mas também as implicações menos visíveis mas inegáveis, seria o seguinte. 
O PSDB não tem como rivalizar com o PT junto aos mais pobres. As propostas tucanas são para a classe média. Mas esta última cresce. Os petistas não terão muito o que lhe dizer. O PSDB terá. 
E deve em especial lutar no âmbito de uma nova forma de relações sociais, que são as virtuais, as proporcionadas pela comunicação via internet. Falou assim primeiro o cientista político, ao mostrar os limites dos discursos tanto petista quanto tucano, e depois o sociólogo, ao pensar em novas relações sociais - o sociólogo que, quando foi presidente da República, se entusiasmava em dizer que estamos à beira de uma nova Renascença, o presidente que tinha por amigo Manuel Castells, um dos grandes teorizadores das possibilidades que nos abre a rede mundial de computadores. Para tanto, aliás, FHC criou a rede Observador Político, iniciativa que pretendia ser não-partidária e abrir um canal de discussão mais rico sobre a política.
Vamos reconhecer que a segunda parte do que disse FHC continua no plano das intenções, mas isso não é falha sua. Nossa sociedade, dominada pelo narcisismo, tem dificuldade em dialogar com o outro, em especial se for mesmo diferente de nós. As oportunidades que abre a Internet são destroçadas pela multiplicação de Narcisos. Mas isto fica para outro dia. O fato é que a primeira grande tese de FHC foi muito bem compreendida por Aécio Neves e está na raiz do que ele disse na TV.
Quando o senador mineiro diz que devemos ir além do Bolsa Família, está implicitamente reconhecendo o êxito e até a autoria petista da grande expansão dos programas sociais. Sim, ele recorda que foram tucanos os que os começaram. Mas isso é "pro forma". O fato é que os governos Lula e Dilma são os grandes responsáveis pela transformação de nossa pirâmide social em losango - o processo pelo qual as classes mais pobres deixaram de ser as mais numerosas, papel que hoje é da chamada classe C; entre 2005 e 2010, cerca de 50 milhões passaram das classes D e E para a nova classe média. Então, por que brigar com a realidade? Por que atacar isso, quando o segredo que desvenda FHC é que esse processo pode ter como beneficiário, justamente, o PSDB?
Em outras palavras, se o sonho de Dilma Rousseff é fazer do Brasil "um país de classe média", e se quem sabe falar à classe média e dar-lhe o que ela quer é o PSDB, então o interesse maior dos tucanos é que a presidenta e seu partido tenham pleno êxito em seu projeto. E o problema do PT, que os tucanos terão enorme prazer em apontar, seria tratar-se de um partido bom para vencer as grandes mazelas sociais, mas incapaz de dar um passo adiante - um partido bom para a emergência social em que vivemos estes séculos, com níveis de miséria e discriminação absolutamente indignos, mas incapaz de garantir, depois disso, um crescimento econômico e um desenvolvimento social sustentáveis. (E com esta ideia de sustentabilidade o PSDB pode também fazer acenos aos que apoiaram ou apoiam Marina Silva, cuja palavra de ordem foi deixando de ser "o verde", ou o meio ambiente, para se tornar a sustentabilidade em geral).
O PT seria capaz de medidas emergenciais. O Bolsa-Família pode ser o melhor programa de inclusão social do mundo, mas ninguém vai - ou deve - prosperar graças à assistência. É preciso criar empregos e empreendedorismo. A desigualdade étnica no País é escandalosa e as ações afirmativas são importantes para reduzi-las. Mas, em ambos os casos, trata-se de medidas pontuais, que têm de ser provisórias, pois apenas serão eficazes se tiverem data de conclusão próxima de nós no tempo. Assim, esperam FHC - e, agora, Aécio - construir, com políticas liberais, uma alternativa mais bem sucedida ao PT na conquista deste público, a classe média baixa.
Pela primeira vez desde 2002, o PSDB pode ir à campanha propondo, de fato, o que Serra formulou em palavras - mas que não convenceram o eleitorado - em 2010: continuidade em relação aos êxitos petistas. Ele passa a ter claro interesse em que o petismo realize o sonho de Dilma. Exagerando, ele pode até ser educadíssimo com o PT... Comparando, estamos numa situação análoga, ainda que com sinais invertidos, à de 2002. Lula tinha interesse em que o Brasil, que ia receber de FHC, estivesse bem. E a "herança maldita" estava longe de ser tão má, porque passar o cargo a um presidente eleito de esquerda era algo inédito em nosso país.
Parece que o país quer continuidade com mudanças, ou mudanças com continuidade. Quem nos convencer que fará isso ganha. Pessoalmente, não acredito que 2014 seja já a vez de Aécio; mas sua estratégia é boa, e o é porque deve muito a este artigo de FHC, que merece ser lido por quem ainda não o conhece. E fica o alerta para o PT. O desafio aumenta. Não vai ser fácil guardar a hegemonia política no país.
Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo. Escreve às segundas-feiras.

... A BOMBORDO



Titanic do Planalto



Autor(es): Paulo Pereira da Silva
O Globo - 03/06/2013
 

Tema em discussão : Modernização dos Portos
A MP dos Portos é um Titanic brasileiro. A medida irá destruir nosso sistema portuário, precarizar as condições de trabalho nos portos e ampliar o processo de privatização de um setor estratégico, beneficiando grandes empresários e resultando em enormes prejuízos para o país.
Um dos mecanismos mais perversos da MP impacta diretamente no trabalho portuário e prejudica os trabalhadores, já que portos privados não serão obrigados a contratar os trabalhadores inscritos no OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra), o que vai resultar em perdas de direitos, desemprego e prejuízos para as cidades portuárias.
Para evitar esse desastre, propus nas reuniões com o relator da MP, senador Eduardo Braga - que acolheu, mas estranhamente não incluiu no texto final -, a obrigação de utilização dos trabalhadores registrados nos OGMOs nos portos privados. Com a rejeição da medida no texto, os portuários ficaram prejudicados. E mais. Não há dúvidas: os portos públicos vão quebrar, não terão como competir com os privados, que contarão com uma série de benefícios - não pagarão outorga e não terão a burocracia dos estados -, e os trabalhadores vão perder muitos direitos. É um verdadeiro jogo de cartas marcadas!
Infelizmente, todo o processo da MP foi marcado pela intransigência do governo, que evitou dialogar e estabelecer um debate democrático com as entidades do setor. Nossa luta incluiu mobilizações, panfletagens e greves. Tivemos que invadir um navio chinês para mostrar ao país que chineses estão ilegalmente ocupando trabalho dos nossos portuários. E foi com esta luta e pressão que conseguimos algumas conquistas, como a manutenção da guarda portuária, o estabelecimento de uma renda mínima e uma aposentadoria especial para os trabalhadores em portos.
Mas também chegamos ao ponto de ser tratados como adversários do governo a serem fulminados. Só para lembrar, como fomos críticos ao modelo proposto na MP dos Portos, sofremos espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), realizada com objetivo de nos intimidar e amordaçar o movimento sindical.
O governo usou a máquina para divulgar a falácia de que o atual modelo de portos estava alavancando o chamado "custo Brasil". Ora, vamos aos fatos. Só para citar um exemplo, nossos portuários de Paranaguá (PR) recebem apenas 17 centavos para embarcar carros que valem R$ 200 mil. Isso mesmo, 17 centavos por carro embarcado! E o sistema funciona desta forma: o portuário pega o veículo, dirige cerca de um quilômetro, embarca, sobe as escadas do navio de volta, caminha o mesmo quilômetro e começa tudo de novo. Pense: 17 centavos, no valor de um bem de R$ 200 mil.
Enfim, podemos definir a MP dos Portos como um Titanic porque é algo grandioso lançado com estardalhaço e que deixará muitas vítimas pelo caminho - no caso, a sociedade brasileira, especialmente os trabalhadores portuários.

DEMO


Atentado à democracia 


:: Mario Machado

Correio Braziliense - 03/06/2013
 

Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional nº 37 de 2011, pela qual se acrescenta ao artigo 144 da Constituição o seguinte parágrafo: "§ 10º A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo incumbe privativamente às polícias federal e civis dos estados e do Distrito Federal, respectivamente".
Com isso a apuração das infrações penais passa a ser atribuição privativa das polícias federal e civis dos estados e do Distrito Federal. Exclui-se o Ministério Público que, titular da ação penal pública, fica privado da possibilidade de investigar os crimes.
Afirma-se haver maioria no Congresso Nacional favorável à aprovação da PEC 37. Essa maioria, não adequadamente esclarecida, é liderada por grupos mal-intencionados, que defendem interesses próprios, dissociados dos valores republicanos.
Deixe-se claro, ao contrário do que possa imaginar a opinião pública, que são poucos os casos em que o Ministério Público toma a iniciativa de investigar. Até porque não dispõe, mesmo na capital da República, de instrumentos e estrutura que lhe permitam exercer indiscriminadamente essa ação. Esta é bem desempenhada pela polícia, equipada para tanto e com pessoal tecnicamente especializado. Limita-se o Ministério Público, na maioria dos casos, a fiscalizar os inquéritos e requerer medidas supletivas.
Hoje, o Ministério Público, com os elementos apurados em face da iniciativa policial, de medidas supletivas, de evidências que tenha colhido, forma sua opinião, requerendo o arquivamento do inquérito ou oferecendo denúncia contra os acusados. Oferecida esta, o Poder Judiciário, recebendo-a, tem um conjunto probatório extrajudicial fiscalizado ou produzido pelo Ministério Público, que atua de forma independente, não vinculado ao Executivo, ao Legislativo ou ao Judiciário. Retirada do Ministério Público a possibilidade de investigar, terá de se contentar com o que vier da polícia, que, indiretamente, determinará o que deve ser arquivado ou objeto de denúncia, conforme ofereça ou não ao promotor elementos suficientes e idôneos para uma acusação. E o Poder Judiciário — imparcial — chancelará, na fase inicial, a só atividade probatória da polícia.
A própria natureza dos casos em que o Ministério Público toma iniciativa de investigar elucida a razão espúria da PEC 37. São, normalmente, crimes contra a administração e o patrimônio públicos, crimes que afetam direitos fundamentais das pessoas, crimes chamados do colarinho branco, crimes praticados por policiais, promotores, procuradores, juízes, empresários, políticos, membros de poder, ocupantes de altos cargos nos três poderes da República. Não se cuida de criminosos comuns, sem poder de influência política e econômica na investigação policial. Trata-se de uma elite corrompida, criminosos poderosos, capazes de prejudicar uma investigação policial eficiente, que contratam os melhores advogados criminais do país, mediante elevados honorários.
As poucas vezes em que o Ministério Público investiga, porque o faz de forma competente e imune a intimidações, incomoda — e muito! — essa elite corrompida. Entende essa, por todos seus influentes canais, privados e públicos, mais fácil enfrentar a investigação só policial — e aí a verdadeira razão da Proposta de Emenda Constitucional nº 37, porquanto penoso aceitar-se que também se configure retaliação política ao MP.
Difícil o sucesso de investigações privativas policiais que afetem interesses governamentais e de classes privilegiadas. A polícia, subordinada ao Poder Executivo, dele dependente, é mais suscetível a injunções políticas e econômicas. Necessária a atuação de uma instituição voltada à defesa dos interesses indisponíveis da sociedade, independente, constitucionalmente estruturada para resistir às pressões dos mais variados setores sociais. O regime democrático não pode excluir a também atuação investigativa do Ministério Público.
O simplório argumento de que a PEC 37 vai coibir eventuais abusos nas investigações, de que acusados alguns membros do Ministério Público — os quais encontram controle institucional no seu conselho nacional —, é respondido pela natural consequência de que eles serão substituídos por também abusos nas investigações policiais, estas com maior campo para o seu incremento. A PEC 37 atenta contra a democracia!
» MARIO MACHADO Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal