PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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terça-feira, maio 08, 2007

A SAIDEIRA (...NADA DE NOVO NO "FRONT")


[Chargista: Lane].

HAPPY-HOUR: "VIRADA" CULTURAL, MORAL & IDEOLÓGICA





[Chargistas: Pelicano, Tiago, Clayton].

VISITA PAPA BENTO XVI: "MORADORES DE RUA: SEM "SÉ", SEM "FÉ", SEM "BOLSA"]


Moradores de rua são tirados do centro de São Paulo:

SÃO PAULO - Assistentes sociais da subprefeitura da Sé removeram, na madrugada desta terça-feira, 8, moradores de rua da Praça da Sé e do Pátio do Colégio. Os funcionários que realizaram a retirada afirmam que esta é uma atividade rotineira, por conta da proximidade do início do inverno. De acordo com a subprefeitura, a ação é feita diariamente, em locais onde há pessoas dormindo nas ruas. Os moradores são convidados a se dirigir a um albergue. A ação dos assistentes durante a madrugada foi feita na Praça da República, na região da Bela Vista e principalmente na Praça da Sé. A assessoria da subprefeitura não divulgou o número de pessoas retiradas nem para quais albergues elas foram levadas, mas segundo informações eles teriam sido encaminhados a um albergue na Barra Funda, na zona oeste da cidade. Questionado se a remoção teria ligação com a visita do papa, ele chega na quarta-feira, 9, e fica até domingo, 13, os funcionários da Prefeitura negaram a relação. Bento XVI ficará hospedado no Mosteiro de São Bento, região central da cidade, próximo à Sé e ao Pátio do Colégio. (Colaborou Solange Spigliatti, O Estadão, foto Patrícia Santos/AE.)

PAPA BENTO XVI [In:] BOLSA-FAMÍLIA


Lula quer que papa divulgue Bolsa Família:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que pedirá ao papa Bento 16 que seja uma espécie de garoto-propaganda para divulgar pelo mundo os programas sociais do governo de combate à pobreza. No encontro com o papa, nesta quinta-feira, além de enfatizar o papel do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo federal e que atende hoje a cerca de 11 milhões de famílias, Lula disse que deseja conversar com Bento 16 sobre o "processo de degradação da estrutura familiar brasileira". O presidente citou a questão familiar em entrevista pela manhã a rede católica de rádios. Antes, havia falado a emissoras católicas de TV, o que ainda não foi ao ar. Voltou a discursar sobre o tema da família à tarde, no encontro do Conselho Nacional da Juventude, no Planalto. Às rádios, Lula disse que os problemas sociais e da juventude do país somente serão resolvidos por meio da família. "Achar que o Estado pode resolver tudo é no mínimo uma grande heresia", disse. À tarde, Lula seguiu na mesma linha e usou um exemplo de sua própria infância para exemplificar a questão. "[Quando] passava na feira, eu via aquelas maçãs da Argentina, tinha vontade de pegar uma e sair correndo, porque dinheiro eu nunca tinha para comprar. Entretanto, eu nunca fiz, porque eu tinha medo de que a minha mãe passasse vergonha se eu fosse pego com alguma coisa que não era minha." Ele acrescentou que sua mãe conseguiu formar "oito filhos-cidadãos" porque eles tinham nela uma referência. Lula também tratou da visita do papa na edição de ontem de seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente". Nele, apontou Bento 16 como um potencial garoto-propaganda de suas ações sociais. "Um dos assuntos que tenho interesse de discutir com o papa é o papel da igreja nas políticas públicas que a igreja já tem", disse. "Mas, sobretudo, discutir com o papa as políticas sociais que estamos fazendo no Brasil para que ele, como a pessoa mais importante da Igreja Católica, possa ajudar a disseminar essas boas políticas públicas para o mundo." Lula recebe o papa amanhã, na base aérea de São Paulo. No dia seguinte, terá encontro reservado com Bento 16. Ainda em seu programa, Lula afirmou que a "Igreja Católica tem um papel extraordinário na América Latina". "Não apenas de evangelizar as pessoas, mas um papel muito forte no sentido de elevar o nível de consciência das pessoas", disse. Ele fez um elogio à ação social da igreja. Embora não a tenha citado nominalmente, a corrente que sempre defendeu a "opção preferencial pelos pobres" na região é a Teologia da Libertação, atacada por Bento 16 quando ele era cardeal. No programa, o presidente também falou que a canonização do frei Galvão será um fato "extremamente importante" aos católicos brasileiros. Eduardo Scolese, Letícia Sander, da Folha de S.Paulo, em Brasília

LULA & MENSALÃO [In:] "TEMPOS DE HOMILIA, TEOLOGIA OU IDEOLOGIA?"

Para Lula, houve calúnia no mensalão:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou na segunda-feira as acusações contra os mensaleiros e todos os que foram investigados por corrupção, nos escândalos registrados ao longo de seu primeiro mandato, aos processos de “difamação” a que, no regime militar (1964 a 1985), foram submetidos o arcebispo emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, e d. Helder Câmara (1909-1999), arcebispo de Olinda e Recife. “Passaram-se os anos e as calúnias levantadas contra essas pessoas nunca foram provadas”, afirmou o presidente, em resposta a uma pergunta sobre “questões éticas” feita pelo padre César Moreira, da Rádio Aparecida. Na entrevista a um pool da Rede Católica de Rádio, na segunda de manhã, no Palácio do Planalto, o padre Moreira disse que “houve uma certa frustração no modo como o governo tratou, no mandato passado, a questão dos escândalos”. E arrematou: “O senhor acha que fez tudo o que devia?” Ele se referia às acusações de pagamento de mesada a parlamentares para que votassem propostas de interesse do Planalto. O esquema foi alvo de duas CPIs no Congresso, a dos Correios e a dos Bingos, e provocou a queda do ministro da Casa Civil, José Dirceu, acusado de comandar o esquema, e de outros auxiliares de Lula. Deputado, Dirceu também teve seu mandato cassado pela Câmara, assim como Roberto Jefferson (PTB-RJ), que fez as primeiras denúncias sobre o escândalo. O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia contra 40 pessoas, entre políticos e empresários. Ele apontou Dirceu como “o chefe do organograma delituoso” e três ex-dirigentes petistas - José Genoino, eleito deputado em 2006, Delúbio Soares e Sílvio Pereira - como integrantes do “núcleo principal da quadrilha”. Na entrevista, de que participaram a presidente da Rede, irmã Helena Corazza, e mais três profissionais das Rádios Aparecida, Nova Aliança de Brasília e Difusora de Goiânia, Lula disse que “o presidente da República não é policial nem tem papel de juiz”. Ele afirmou, ainda, que a Justiça é que vai decidir quem é ou não culpado nos escândalos. Apesar disso, acrescentou sua opinião. “Na verdade teve muitas coisas que foram colocadas a público sem nenhuma veracidade, sem nenhuma prova, sem nenhum argumento que pudesse dizer: isso é verdadeiro.” Depois de afirmar que “o governo tem feito aquilo que é correto fazer”, Lula encerrou a resposta à Rádio Aparecida com a comparação com d. Paulo Evaristo e d. Helder. “Os caluniadores não querem provas, eles só querem caluniar”, disse, mostrando acreditar que seu governo foi vítima de calúnias. (O Estadão).

RONDÔNIA: GOVERNADOR CASSOL [HIDRELÉTRICA, "BAGRES & TUBARÃO"] - Conclusão


Energia importa mais que peixes, diz Cassol:
Dono de hidrelétricas, governador de Rondônia vende energia para o governo federal. Ele se diz "totalmente" favorável a projeto de implantar usinas no Rio Madeira.

Superfaturamento
G1 - No sorteio feito pela Controladoria Geral da União para verificação de contas da administração pública... Cassol - ...Eu sei. O estádio de Rondônia foi citado. Ontem mesmo, quando tomei conhecimento, já determinei que se abrisse uma sindicância, apurando quem cometeu irregularidades, para serem punidos na forma da lei. G1 - Apenas para deixar claro, governador, nós estamos falando do superfaturamento de computadores, que deveriam custar no máximo R$ 2,2 mil e custaram R$ 5,2 mil, não é? Cassol - R$ 15 mil. G1 - Mas o relatório da CGU fala em R$ 5,2 mil. Cassol - É coisa assim. Nós estamos na Região Norte, temos um custo mais elevado para qualquer bem de consumo que compramos aqui por causa do frete. Mas nada justifica um aumento de 100%. Tudo que estiver fora do valor, real, o secretário tem que apurar. G1 - Dá mais de 100%, nesse caso. O sr. afastou o secretário envolvido nessa licitação? Cassol - Eu não acredito que nenhum secretário esteja envolvido em licitação. Nenhum deles. Infelizmente, o governador nunca tem o controle de tudo. Você depende de um grupo de pessoas. Em Rondônia, são 40 mil servidores. Mas vamos responsabilizar quem fez isso. Pode ser quem for, vai ser responsabilizado na forma da lei.

Operação Dominó: G1 - Como está o inquérito sobre a Operação Dominó, em que o sr. foi acusado de envolvimento com um esquema de desvio de verbas públicas? Cassol - O inquérito está em andamento, e eu faço questão que a investigação aconteça, pois não tenho nada a temer. Meu nome foi citado pelos verdadeiros envolvidos, e eu fiz questão de ser investigado para provar a minha. Sou inocente. Tentaram me colocar na mesma vala, mas não temo nenhuma investigação.

Vida empresarial: G1 - O sr. é um dos homens mais ricos de seu estado e empresário com atuação em vários setores. Em um estado pequeno como Rondônia, sua atuação empresarial não cria conflitos de interesse direto com o estado? Cassol - Sou empresário e empreendedor. Minha experiência de vida e empresarial me dá facilidade para administrar, para fazer as ações que tenho que fazer. Não quer dizer que os políticos não têm que ter nada. Enquanto há muitos políticos no país que botam o patrimônio em nome do laranjal, eu não tenho nem uma cibalena em nome de outras pessoas. O que tenho é meu e ganhei suado. Está no meu Imposto de Renda.

Hidrelétricas no Rio Madeira: G1 - O sr. tem seis pequenas hidrelétricas e vende energia para o governo federal. O projeto do complexo hidrelétrico do Rio Madeira não vai atrapalhar seus negócios no setor? Cassol - De maneira nenhuma. Primeiro porque a primeira turbina só vai funcionar em oito a dez anos. Em segundo lugar, não é Rondônia que está precisando de energia. São vocês aí que precisam, sob pena de ter de subir as escadas dos edifícios em Brasília e em São Paulo, sem elevador, e ficar no escuro. G1 - O sr. é a favor da obra? Cassol - Totalmente. Nós temos que parar de ser escravos de americanos, de estrangeiros. O que é mais viável? Uma usina nuclear ou uma usina limpa? “Ahh, mas vai atingir os ribeirinhos...” Aí eu pergunto: quem veio do exterior ou da nossa capital federal ajudar os ribeirinhos? Essa usina não é igual à de Itaipu, que tem área de alagamento muito grande. G1 - Mas há estudos ambientais que dizem que o impacto pode ser maior que o previsto, inclusive com a transferência de espécies de peixes que vivem em regiões baixas para as altas, onde poderiam passar a ser dominantes e vice-versa. Cassol - É mais importante a sua sobrevivência e a da sua família ou a dos peixes? Nós podemos transportar alevinos, nós podemos fazer escadas nas barragens, fazer as eclusas para os peixes poderem subir. Isso não é pretexto para inviabilizar uma obra. É bom para Rondônia? É bom, é ótimo. Mas eu quero lembrar que é muito melhor para o Brasil. Com a projeção do governo federal de crescer 5% ao ano, se não construir novas usinas, o Brasil fica no escuro, vai ter apagão.

Política partidária: G1 - Na última eleição, o sr. apoiou o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O sr. já fez parte do PSDB e hoje está no PPS, que também faz oposição ao governo federal. Como tem sido seu relacionamento com o presidente Lula? Cassol - Com o Lula, sempre foi muito bom. Nunca foi muito bom com o pessoal do PT no meu estado. G1 - O apoio dado ao candidato Alckmin criou algum tipo de problema nesse relacionamento? Cassol - Eu ajudei o Geraldo Alckmin, mesmo ele não tendo sucesso, fiz a minha parte. Num país democrático, temos o direito de escolher para quem trabalhar e em quem votar. G1 - Mas isso não causa embaraços políticos? Cassol - Eu não defendo questões partidárias, eu defendo o ser humano. Quem ganhou a eleição? Foi o PT? Não, foi o presidente Lula. A maneira simples, humilde dele, que ganhou a eleição. O PT estava manchado em nível nacional. O partido em que estou hoje, o PPS, ou meu apoio ao Alckmin, não vão me distanciar de A ou B ou C. G1 - Depois de migrar do PSDB para o PPS, como é seu relacionamento no novo partido? Cassol - É excelente. Quando o presidente do partido, Roberto Freire, me convidou, aceitei de pronto. Em Rondônia temos uma grande representação partidária, e sou respeitado pela bancada nacional, que apóia o nosso projeto político. Fui convidado a ingressar em outros partidos, mas optei por permanecer no PPS.

Futuro político: G1 - Quais são seus planos políticos? Depois de ter sido reeleito, o sr. pensa noutro cargo? Cassol - O futuro a Deus pertence. Não penso, no momento, em me candidatar a nenhum outro cargo. [Fausto Carneiro, G1, foto Leopoldo Silva].

RONDÔNIA: GOVERNADOR CASSOL [HIDRELÉTRICA, "BAGRES & TUBARÃO"] - 1a. parte


Energia importa mais que peixes, diz Cassol:
Dono de hidrelétricas, governador de Rondônia vende energia para o governo federal. Ele se diz "totalmente" favorável a projeto de implantar usinas no Rio Madeira.

Maior empresário do estado, com atuação nos setores agropecuário e de energia, o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), é grande defensor do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, que corta o estado, apesar da controvérsia sobre o impacto ambiental da obra. O projeto das usinas está orçado em R$ 14 bilhões e é o principal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado neste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O valor é quase 60% maior que o PIB do estado. A obra é objeto de controvérsia em razão do suposto impacto ambiental que poderá causar. “É mais importante a sua sobrevivência e a da sua família ou a dos peixes?”, questiona o governador, em referência às críticas de ambientalistas. Para Cassol, não fazer as usinas no Rio Madeira não será um problema para Rondônia. "Vocês aí que precisam, sob pena de ter de subir as escadas dos edifícios em Brasília e em São Paulo, sem elevador, e ficar no escuro", afirmou na última sexta-feira (4) ao G1.
Dois anos depois de gravar em vídeo, uma tentativa de extorsão feita por deputados em troca de apoio na Assembléia Legislativa, o governador - primeiro a se reeleger no estado - diz que ninguém mais se sente encorajado a fazer a ele propostas ilícitas. “Agora só querem falar comigo na piscina”, disse. Veja os principais trechos da entrevista, a segunda da série com governadores no G1.

Escândalo das fitas
G1 - O sr. gravou deputados que tentavam extorquir dinheiro em troca de apoio na Assembléia Legislativa. Como ficou seu relacionamento com a Assembléia Legislativa após esse episódio? Ivo Cassol - Na legislatura passada, não foi muito bom por causa da maneira como os deputados faziam política e sugavam o dinheiro público. Dessa assembléia nova, nós tivemos 19 deputados estaduais novos eleitos, de 24. Esses deputados estão dando um exemplo de economia, cortando despesas, demitindo servidores fantasmas que estavam no Nordeste, no Sul, em outros países. Nos primeiros três meses, economizaram R$ 8 milhões. G1 - Em outros países? Cassol - Ganhavam, mas estavam na Bolívia, Espanha, Portugal, Estados Unidos. Pessoas que ganhavam da Assembléia Legislativa, mas estavam em outros países. Faturavam à custa do estado sem trabalhar. G1 - A Assembléia entrou com alguma ação contra essas pessoas? Cassol - Entrou com processo administrativo para demissão. É o que eles fizeram. G1 - Nessa nova Assembléia, os deputados reeleitos não têm criado dificuldades para seu governo? Cassol - De maneira nenhuma. Mas, com os deputados novos, o presidente da Assembléia está tendo muita dificuldade, porque há uma pressão muito grande de alguns parlamentares para querer reviver o passado. G1 - Algum parlamentar tentou fazer algum tipo de proposta ilícita? Cassol - Não. Eles têm dificultado, quiseram tentar ter mordomias e reviver o passado, mas essa nova Assembléia Legislativa está moralizando o Poder Legislativo no estado. G1 - Mas houve alguma outra tentativa de achaque por parte de deputados? Cassol - Não para mim, mas eu tenho ouvido os próprios deputados reclamarem que há parlamentares que estão fazendo de tudo para que volte o passado, para ser tudo como antigamente. G1 - O sr. pode dar nomes? Cassol - Não tenho nomes. Como não tenho como provar, não posso falar. Se falar e não provar, me enrolo. Há alguns que achavam que podiam praticar a mesma coisa. E não estou me referindo aos que ficaram, estou me referindo a alguns dos novos. G1 - O sr. acredita que o episódio das fitas vai dar condenação a alguns dos envolvidos? Cassol - Eles vão responder criminalmente. O MP entrou com várias ações. Acho que é questão de tempo. A justiça está sendo feita. Quando não foram reeleitos, [a justiça] já estava sendo feita pelos eleitores. G1 - O sr. repetiria esse episódio? Voltaria a fazer uma gravação? Cassol - Se tivesse que fazer, sim. Mas agora ninguém mais fala nada comigo. Só querem falar comigo na piscina. Ninguém mais se sente motivado ou encorajado a falar comigo sobre coisas estranhas ou que não sejam de trabalho do dia a dia.
Má gestão
G1 - Apesar de ter feito essa denúncia, o sr. também sofre acusações de má gestão e irregularidades no uso de recursos públicos quando foi prefeito de Rolim de Moura, inclusive com ação no STF. Cassol - O que acontece é o seguinte: Em final de 2003, quando já era governador, tive um problema com o procurador do Ministério Público do estado. Sou o único governador do Brasil que tem um processo e que não negociou com os deputados para que não fosse processado, para poder provar minha inocência. Fui um exemplo para o Brasil. Me arrependo disso. G1 - Em Rolim de Moura, o problema foi com uma licitação? Cassol - Eu tive vários convênios com ministérios. Convênios de R$ 50 mil, R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 1 milhão e até R$ 3 milhões. Em todos eu executei as obras. O promotor me denunciou porque disse que fragmentei a licitação. Acontece que cada convênio tem um plano de trabalho, um empenho, uma ordem bancária e uma conta e uma prestação de conta. Para cada convênio fiz uma licitação. O correto é do jeito que fiz. Isso é o que eu vou ter que provar daqui para frente. Acabou. [G1, Fausto Carneiro].

BRASIL (LULA) & BOLIVIA (EVO): "HAY QUE ENDURECER, PERO SIN PERDER LA TERNURA JAMAS!" (*)


Brasil exige resposta de Evo em 48 horas. Se não houver acordo sobre valor da indenização pelas refinarias, Petrobrás vai recorrer a cortes internacionais.

A Petrobrás decidiu ontem vender ao governo da Bolívia 100% das refinarias que tem em Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra, saindo da atividade de refino de petróleo naquele país. A decisão da estatal, que até então pretendia continuar com uma pequena participação nas refinarias, é uma dura reação ao decreto do governo de Evo Morales, assinado no domingo, que deu à estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) o monopólio da exportação e comercialização de petróleo bruto reconstituído e de gasolina branca. O mesmo decreto fixa preços bem abaixo do valor no mercado internacional para esses produtos, o que foi classificado pelo presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, como 'expropriação do fluxo de caixa'.Gabrielli afirmou que o decreto 'tornou inviável a permanência da Petrobrás na Bolívia' e dificulta novos investimentos. 'A opção de ficar minoritária (nas refinarias) foi eliminada neste momento.'A Bolívia tem dois dias para dar uma resposta ao Brasil. Se não houver acordo, afirmou o presidente da Petrobrás, a empresa recorrerá às cortes internacionais. 'Vamos apelar para todas as formas jurídicas para contestar a expropriação de nosso fluxo de caixa. 'O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afirmou que a edição do decreto, em meio às negociações dos dois países, 'causou consternação e desapontamento'. Rondeau, que soube do decreto pela imprensa, disse que os impactos da medida estão sendo analisados pelas áreas jurídica e financeira da Petrobrás. Antes da entrevista, Rondeau e Gabrielli estiveram reunidos no Itamaraty com o vice-chanceler, Samuel Guimarães, para analisar os reflexos do decreto. No início da noite o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota, no mesmo tom duro, em que afirma que esta ou qualquer outra medida unilateral do governo de La Paz pode afetar as relações entre Brasil e Bolívia e expressa também o 'desapontamento' do governo brasileiro. A nota diz que o decreto tem efeito direto sobre a viabilidade econômica das refinarias. 'Independentemente das ações legais que a Petrobrás venha a tomar em defesa de seus interesses legítimos, o governo brasileiro não pode deixar de notar o impacto negativo que este e qualquer outro gesto unilateral pode ter na cooperação entre os dois países.' A Petrobrás vem negociando há meses a venda de parte de suas refinarias. O governo da Bolívia oferece um preço bem inferior do pretendido pela Petrobrás. Gabrielli explicou que a Petrobrás manterá os investimentos que estão previstos no contrato de exploração e produção de gás natural assinado com a Bolívia, que garante o fornecimento de 24 milhões de metros cúbicos diários do produto para o Brasil, até 2019. No entanto, investimentos adicionais serão analisados com mais rigor e a Petrobrás exigirá uma taxa de retorno mais alta. O presidente da estatal brasileira evitou falar 'em risco Bolívia', mas admitiu que 'existe um risco regulatório' naquele país que dificulta a realização de negócios. Ele afirmou também que não existe nenhuma ameaça por parte da Bolívia de interromper o fornecimento de gás para o Brasil. Gerusa Marques e Renata Veríssimo, O Estadão. Charge Sinfronio.

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(*) Ernesto Che-Guevara [1928-1967].

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Governo recorre contra liberação de horário na TV. O Ministério da Justiça e a Advocacia Geral da União entregaram na segunda-feira (7) recurso ao Superior Tribunal de Justiça para tentar derrubar a liminar que desobrigou as TVs a exibir programas em horários estipulados pelo governo. O recurso foi entregue ao ministro João Otávio de Noronha, que concedeu a liminar às TVs há 20 dias. Desde então, mesmo a programação classificada como imprópria a crianças e adolescentes fica autorizada a ir ao ar em horário livre (antes das 20h). As redes podem exibir todo tipo de programação, a qualquer hora. Laura Mattos, Folha SP.
O Parlamento do Mercosul já está em pleno funcionamento. Tomaram posse ontem, em Montevidéu, os 81 deputados e senadores indicados pelos cinco países que compõem o bloco - Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Em seguida, foi eleito presidente o senador paraguaio Alfonso González Núñez, que já exercia interinamente a presidência após a realização, em dezembro, da sessão especial de constituição do novo parlamento, em Brasília. Ag. Senado.
Marcola deixa regime disciplinar em Presidente Bernardes (SP). O detento Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, deixou no início da manhã desta terça-feira (8) o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em Presidente Bernardes, a 589 km de São Paulo, onde estava desde maio de 2006. Segundo as primeiras informações, ele será transferido para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 620 km da capital. Por questões de segurança, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não divulga oficialmente o destino de Marcola. G1 SP.
Em livro, teólogos da libertação revidam censura do Vaticano. Teóricos da Teologia da Libertação já têm uma resposta à recente notificação do Vaticano contra o jesuíta espanhol Jon Sobrino, punido por ter supostamente dado, em sua obra, muita ênfase à humanidade – e não à divindade – de Jesus Cristo. Através do livro Baixar os Pobres da Cruz: Cristologia da Libertação, disponível gratuitamente na Internet, 40 dos mais importantes teóricos da corrente se solidarizam com Sobrino, rebatendo uma a uma as alegações da Santa Sé contra a obra do jesuíta, que recebeu a notificação punitiva do Vaticano no último mês de março. Valquiria Rey; de Roma, BBC Brasil.
Doações de órgãos caem no país pelo 2º ano. Caiu pelo segundo ano consecutivo o número de doadores de órgãos no Brasil. Dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) obtidos pela Folha revelam que apenas seis a cada um milhão de pessoas doaram órgãos no país no ano de 2006.Em 2005, o índice nacional era de 6,3 doadores por milhão de pessoas, segundo a entidade. No ano anterior, foi de 7,2. Para especialistas, fatores culturais e até religiosos ainda criam resistência à doação. Matheus Pichonelli, Ag. Folha.
DENGUE: Por que o Brasil não se livra dessa desgraça? O País trava há 25 anos uma batalha para abolir o mosquito Aedes aegypti. Mesmo assim, a doença prospera, atinge centenas de milhares de pessoa se faz vítimas fatais. Onde está a falha? Lena Castellón e Mônica Tarantino. Colaborou Celina Côrtes. IstoÉ online.
Unicef vai intermediar compra de 13,5 milhões de unidades de Efavirenz. O Brasil deve formalizar amanhã com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) o pedido para a compra de 13,5 milhões de unidades do genérico do Efavirenz - medicamento destinado a pacientes com aids e que teve sua licença compulsória decretada na sexta-feira pelo governo brasileiro. O organismo internacional vai intermediar a compra do remédio anti-retroviral de uma empresa indiana. O Estadão, Lígia Formenti, BRASÍLIA.
Para presidente da CNBB, educação sexual induz à promiscuidade. O presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal dom Geraldo Majella, diz que o programa de educação sexual do governo federal induz à promiscuidade, ao promover a distribuição de preservativos. “Favorecer uma educação, para quê? Para estimular a precocidade da criança, do adolescente, como no caso da camisinha. Será que isso é educativo? Isso é induzir todos à promiscuidade”, afirmou dom Geraldo em entrevista à BBC Brasil, poucos dias antes de encerrar seu mandato à frente da CNBB, nesta quarta-feira, e transmitir o cargo ao arcebispo de Vitoria da Conquista, dom Geraldo Lyrio Rocha, eleito na semana passada. BBC Brasil, Denize Bacoccina, de Brasília.
Papa deve usar visita para atacar aborto. O papa Bento XVI deverá tratar de um assunto controverso - e fundamental para a Igreja Católica - durante sua visita, que começa na quarta-feira. De acordo com o próprio Vaticano, o sumo pontífice quer usar a visita para reforçar a oposição ao aborto - prática que ganha espaço na América Latina e que foi recentemente legalizada na Cidade do México. Conforme reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, a mensagem sobre o direito à vida no país será "muito forte", diz a Igreja. Veja Online.
Lula se diz contra aborto mas a favor de discussão no governo. Veja online.
O que significa ser católico no Brasil. O papa Bento XVI tem um encontro marcado, na quinta-feira, com um rebanho bem desobediente: a juventude católica. As jovens ovelhas acham normal fazer sexo antes do casamento, assim como usar camisinha e outros métodos para evitar gravidez. Também acham dispensável a autorização dos pais para fazer sexo seguro, mesmo antes dos 18 anos. A maioria dos jovens católicos, entre 18 e 29 anos, acha tudo isso e mais ainda. Dizem que, mesmo praticando o oposto do que a doutrina prega, são bons católicos. É a Igreja, na opinião deles, que está atrasada. Essa é a conclusão de uma pesquisa exclusiva do Ibope, realizada a pedido da ONG Católicas pelo Direito de Decidir com 1.268 jovens católicos em 315 municípios. Ela revela que a Igreja prega uma coisa e os jovens fazem outra. Revista Época.
CPI deve iniciar votações nesta terça. A CPI do Apagão Aéreo na Câmara pode votar nesta terça-feira (8) seus primeiros requerimentos de investigação, entre eles os que pedem informações das apurações feitas pela Aeronáutica e pela Polícia Federal sobre o acidente da Gol no ano passado e os relatórios realizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os problemas no sistema aéreo brasileiro. Leandro Colon, G1, Brasília.
BOLSA FAMÍLIA. Brasília. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai bloquear 330.682 benefícios do Bolsa Família, a partir do próximo dia 18, em todo País, sendo 13.267 no Ceará. Outros 10.792 benefícios no Estado, estão sendo averiguados pelo Ministério. Caso não estejam dentro dos critérios estabelecidos pelo programa Bolsa Família, poderão também sair da folha de pagamento. A medida foi tomada depois que a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania comparou a renda declarada no Cadastro Único de Programas Sociais com a renda informada na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dos anos de 2004 e 2005. Foram verificadas inconsistências entre as duas bases. Diário do Nordeste.
Estado ameaça acionar a Bayer. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) informou ontem que vai comunicar as polícias federal e civil, além do Ministério Público do Paraná (MP), o descumprimento da resolução 4 do Ministério da Saúde por parte do laboratório de medicamentos Bayer. A resolução obriga a empresa a vender para o poder público o medicamento Nexavar (utilizado no tratamento do câncer), com desconto de 24,66% sobre o preço de fábrica. Porém, de acordo com a PGE, no último pedido a empresa se recusou a dar o desconto. O remédio é para dois pacientes do Estado que conseguiram na Justiça, em abril deste ano, recebê-los gratuitamente. Mara Andrich, Paraná Online.
Vendas da Renault. Renault do Brasil registrou no mês de abril um crescimento de 50% nas vendas em relação ao mesmo mês de 2006, atingindo a marca de 6.081 unidades comercializadas. No período, foram emplacados 5.681 automóveis de passeio e 400 utilitários, ante o volume total de 4.054 veículos em abril do ano passado. Com o melhor desempenho mensal desde dezembro de 2003, a Renault do Brasil fechou o mês com uma participação de mercado de 3,6%. (...) a Renault do Brasil prevê fechar o ano com um incremento de 64,1% na fabricação de veículos no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais/PR. Panorama Econômico, Paraná Online.

ANTONIO PALOCCI [In:] QUASE UM "LIXO HOSPITALAR"...


Palocci tenta anular 'prova' do mensalão do lixo:

Acusado pelo Ministério Público de São Paulo de receber um “mensalão” de R$ 50 mil da Empresa Leão & Leão na época em que foi prefeito de Ribeirão Preto (2001-2004), o deputado Antonio Palocci (PT-SP) tenta anular no STF uma peça central do processo. Trata-se de um documento apreendido em batida policial realizada na sede da empresa, responsável pela coleta de lixo do município. A documentação faz referência ao pagamento mensal da propina ao “dr”, suposta referência a Palocci, que é formado em medicina. O caso foi incluído na pauta da sessão plenária do STF desta quarta-feira (9). Vai a julgamento, por ora, não o mérito da denúncia do Ministério Público, mas um recurso protelatório impetrado pela defesa de Palocci. O ex-czar da economia de Lula tenta evitar que o processo seja confiado ao ministro Joaquim Barbosa que, no ano passado, negou um pedido para que as provas fossem “lacradas”. Deu-se o seguinte: a ordem para que a polícia realizasse uma batida na sede da Leão & Leão foi expedida por um juiz do município de Sertãozinho. Depois, a papelada apreendida foi aproveitada num outro inquérito, que corria contra Palocci em Ribeirão Preto. Inconformados, os advogados do ex-ministro impetraram um habeas corpus no recorreram ao STJ. Pediram que os documentos fossem lacrados, invalidando o seu uso pelo Ministério Público. Alegaram que papéis apreendidos em diligência determinada por juiz de Sertãozinho não poderiam ter sido aproveitados pela comarca de Ribeirão Preto. De resto, argumentaram que a papelada recolhida pela polícia na sede da Leão & Leão excedia aos limites da busca e apreensão autorizada pela Justiça. O STJ não acolheu o pedido. Os advogados de Palocci recorreram, então, ao STF. Ali, o caso foi distribuído ao ministro Joaquim Barbosa que, a exemplo do que fizera o STJ, também negou, em decisão liminar (provisória), o pedido de hábeas corpus. Em seguida, aportou no Supremo a denúncia do Ministério Público paulista contra Palocci, que passou a desfrutar de foro privilegiado depois de ter sido eleito deputado federal. Valendo-se da documentação que os advogados de Palocci não conseguiram invalidar, a promotoria paulista acusou o ex-ministro de receber propina mensal da Leão & Leão. “Não é por outra razão”, diz a denúncia em determinado trecho, “que documentos apreendidos na empresa, demonstram o pagamento de R$ 50 mil por mês ao ‘dr’ (doutor), referência aos indiciados Antônio Palocci (médico, por isso o ‘dr’), e Gilberto Maggioni, tal como informado por testemunhas ouvidas nos autos.” Maggioni era assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão. Ao dar entrada no Supremo, a denúncia conta Palocci foi distribuída, por sorteio, ao ministro Cezar Peluso. Mas, em despacho à presidente do Tribunal, Ellen Gracie, Peluso argumentou que o caso deveria ser confiado ao colega Joaquim Barbosa, que já cuidava do julgamento do habeas corpus em que se questionavam as provas utilizadas no inquérito. Ellen Gracie deu-lhe razão. E o processo foi encaminhado a Barbosa. A defesa de Palocci recorreu contra a decisão de Ellen Gracie. Escaldados com a primeira decisão de Joaquim Barbosa, que validara o uso dos documentos da Leão & Leão, os advogados do ex-ministro tentam evitar que ele seja o relator da denúncia. É esse recurso que o STF julgará nesta quarta-feira. O tribunal não vai entrar no mérito da denúncia. Dirá apenas se o relator será Joaquim Barbosa ou Cezar Peluso. Sob Palocci, a Leão & Leão prestava serviços à prefeitura de Ribeirão. Cuidava da coleta de lixo. A denúncia de que Palocci recebia propina mensal de R$ 50 mil foi feita por Rogério Buratti. Depois de assessorar Palocci na prefeitura, Buratti tornou-se funcionário da Leão & Leão. Chegou à vice-presidência da empresa, da qual desligou-se em 2004. Segundo Buratti, a mesada teria engordado os cofres do PT. Palocci nega. Escrito por Josias de Souza, Folha Online, foto Folha.